Revista Sindilat 02
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editorial
03
sanidade
tributos
especial
economia
notícias
destaque 24
20
16
10
06
04
sumário
RASTROde leite
A realização do AVISULAT2008 será um marco para Avi-
cultura, Suinocultura e Laticínios, relevantes setores do agro-
negócio brasileiro, que exercem um papel importante no meio
social do país. Ele será o coroamento de um esforço conjunto
destes setores co-irmãos para sua organização em busca de
consolida-lo como um evento de porte a ser realizado bienal-
mente no RS. Durante este período de 19 a 21 de novembro
de 2008, no Fundaparque em Bento Gonçalves, o Congresso
Sul-Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios e a Feira
de Equipamentos, Tecnologias e Serviços vão promover o de-
senvolvimento e gestão das três cadeias produtivas, incentivan-
do os novos conceitos e tecnologias do Brasil e do exterior que
possam trazer reais melhorias aos setores.
Estamos trabalhando para a consolidação do Fundoleite,
fundo criado pelas indústrias de laticínios associadas ao Sindi-
lat/RS para incentivar o consumo de leite e derivados. Vamos
atuar em nichos que não estão sendo explorados corretamente,
como o benefício do leite na idade escolar e para o fortaleci-
mento do organismo na terceira idade, através de campanhas
educacionais.
Apesar da crise mundial, o setor continuará crescendo
2% a 3% ao ano, porque ninguém deixa de comer. O mundo
continuará crescendo, principalmente os países asiáticos, e vai
continuar consumindo leite. Mas para abrir novos mercados,
que absorvam a demanda brasileira, será prioridade diminuir
as barreiras não-tarifárias, que envolvem problemas como sa-
nidade, rastreabilidade, qualidade do leite. Se este caminho for
seguido, a pecuária de leite no Brasil terá um caminho confor-
tável para os próximos anos.
Gilberto Antônio Piccinini
Presidente do SINDILAT/RS
sanidade
04
De olho na qualidadePrograma de monitoramento de produtos
lácteos é implantado no RS
O PemPlac (Programa de Monitoramen-
to de Produtos Lácteos) vai monitorar e fisca-
lizar a condição higiênico-sanitária do leite e
derivados produzidos e comercializados no Rio
Grande do Sul. A ação começou a ser implan-
tada em maio de 2008 e vai atuar através de
análises de amostras e atividades conjuntas das
Secretarias da Saúde e da Agricultura do Esta-
do, Vigilâncias Sanitárias e outros organismos.
O esperado é atingir o padrão de identidade e
qualidade, assegurando inocuidade e valor nu-
tricional dos produtos fabricados e comerciali-
zados no Estado.
As amostras de produtos lácteos serão
coletadas no comércio pelas equipes de vigi-
lância sanitária municipais, sob coordenação
das atividades pelo NVP/Alimentos da Divisão
de Vigilância Sanitária do CEVS/SES (Núcleo de
Vigilância de Produtos/Alimentos da Divisão
de Vigilância Sanitária (DVS) do Centro Estadu-
al de Vigilância em Saúde, ligado à Secretaria
Estadual da Saúde) pela competência consti-
tucional do órgão, bem como pelas atribuições
específicas definidas peIa Lei Orgânica da Saú-
de (8080/90) e pela legislação estadual. Serão
monitorados neste primeiro ano, Leite UHT,
leite Esterilizado e queijos, com oito amostras/
mês para Leite UHT e Esterilizado e quatro de
queijo tipo colonial.
A partir do segundo ano, o monitora-
mento será ampliado aos demais derivados
do leite, seguindo parâmetros de análises físi-
co-químicas, microbiológicas e rotulagem para
leite UHT/Esterilizado e queijos de alta, média e
baixa umidade.
Como instituições parceiras ao progra-
ma participam também o IPB-Lacen (Instituto
de Pesquisas Biológicas – Laboratório Central
do Estado), Fepps-SES (Fundação Estadual de
Produção e Pesquisa em Saúde da Secretaria
Estadual da Saúde do RS) e a Cispoa-DPA-Se-
appa (Coordenadoria de Inspeção Industrial
e Sanitária de Produtos de Origem Animal do
Departamento de Produção Animal da Secre-
taria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e
Agronegócio RS). A Federação das Associações
de Municípios do RS, Sindicato das Indústrias
de Laticínios, Federação dos Trabalhadores na
Agricultura, Faculdade de Veterinária, Laborató-
rio Nacional Agropecuário e Fundo Garantidor
de Parcerias Público-Privadas também inte-
gram o comitê que coordena o Pemplac. Tudo
sob a coordenação do CQuali nacional.
O Centro Integrado de Monitoramento
da Qualidade dos Alimentos (CQuali Leite) bus-
ca integrar as ações dos órgãos envolvidos no
controle de alimentos e fortalecer as medidas
de prevenção e combate a desvios de qualida-
de, incluindo irregularidades e fraudes. É um
trabalho conjunto da Agência Nacional de Vigi-
lância Sanitária (Anvisa), do Departamento de
Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do
Ministério da Justiça e do Ministério da Agricul-
tura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Atualmente, os laticínios já passam por
um serviço de acompanhamento. assim como
os hortifrutigranjeiros, amendoim, carnes em-
butidos, e grãos (cereais, farinha, café) através
de coletas de amostra de fiscalização. Mas, de
acordo com a responsável pelo Setor de Ali-
mentação da divisão de Vigilância Sanitária do
estado CEVS Susete Lobo Saar de Almeida, mé-
dica veterinária, o leite por ser um alimento de
grande consumo pela população e representar
importante fonte nutricional passaria a receber
maior atenção. “Fomos motivados pelo núme-
ro crescente de resultados em desacordo com
a legislação quanto aos padrões de identidade
e qualidade, e pelas denúncias de fraudes que
apareceram em outras partes do país [como a
operação Ouro Branco que ocorreu no ano pas-
sado]”, argumenta ela, e que provocaram um
certo receio do consumidor. A metodologia uti-
lizada está alinhada às internacionais. “A indús-
tria sabe que se um produto tão delicado como
esse tem problemas os prejuízos são enormes.”
COMPLEXIDADE
Aqui no RS, as únicas irregularidades até
hoje encontradas pela CEVS, revela Susete, nas
amostras coletadas, estão relacionadas com
rotulagem incompleta e não com o padrão de
qualidade ou com algum problema pontual
como leite talhado por falha na embalagem,
envolvendo no máximo uma partida inteira.
Com o Pemplac, serão monitorados e fiscaliza-
dos a qualidade sanitária de diversas categorias
de produtos lácteos, com análise laboratorial e
análise de rotulagem (que precisa obedecer le-
gislação específica); Estabelecerá um histórico
de qualidade dos produtos lácteos comerciali-
zados no Estado. A legislação do leite é comple-
xa e tem de atender o Ministério da Agricultura
para a rotulagem (com a informação nutricio-
nal obrigatória, e segundo a NBcal (norma so-
bre frases obrigatórias que precisam constar no
produto e seu ambiente, que não pode ter ape-
lo comercial). Outras ações têm sido realizadas
nos últimos anos tais como o Programa Nacio-
nal de Residuos de Medicamentos Veterinários
(PAMVET) no leite UHT.
No Rio Grande do Sul, quatro municí-
pios trabalham com coleta de amostras no va-
rejo: Porto Alegre, Erechim, Santa Maria e Pelo-
tas, abrangendo todas as marcas existentes no
mercado. As oito amostras por mês, procuram
não se repetir no comércio, de acordo com a lei
78/79 do MAPA. As amostras são enviadas ao
Lacen e, em 20 dias saem os resultados, que se
positivos terão abertura de processo adminis-
trativo sanitário.
A vigilância estadual também trabalha
com fiscalização, mas cabe aos municípios o
trabalho mais rotineiro. Dentro das agroindús-
trias, os processos são regidos por vários re-
gulamentos (pela inspeção federal SIF; Estado
Cispoa e Município SIM) identificado através do
selo de registro. Em 2007, o Setor de Alimentos
da CEVS registrou 247 reclamações/denúncias
de irregularidades em alimentos, sendo 54 re-
clamações relativas ao leite e seus derivados.
Baseados nas denúncias referentes a irregulari-
dades em leite UHT/UAT (como adição de soda
cáustica e água oxigenada veiculadas na mídia
nacional no final do mês de outubro desse ano)
varias ações de fiscalização foram realizadas no
país e no Estado. No Rio Grande do Sul, os re-
sultados das análises fiscais de 46 amostras de
leite UHT/UAT demonstraram estar de acordo
para padrões microbiológicos estabelecidos
pela legislação.
sanidade
05
tributos
06
Benefícios garantidosNo início de outubro (dia 2), o governo do
Estado prorrogou até 1º de março de 2009 – atra-
vés do Decreto 45.920, de 1º/10/08 publicado
no Diário Oficial – a vigência dos benefícios para
o leite, garantindo a manutenção dos créditos
presumidos de 8,5% para o leite UHT nas opera-
ções interestaduais tributadas a 12%, e de 3,5%
nas operações tributadas a 7%. Para o queijo, o
benefício segue de 6,8% nas operações internas.
Nas interestaduais tributadas a 12%, os créditos
seguem a 4,8%, e nas tributadas a 7%, a 2,8%, por
tempo indeterminado.
A manutenção dos créditos presumidos
nos mesmos patamares está condicionada à
aquisição de embalagens de produtos lácteos
no Estado, que deverá começar a ocorrer a partir
de março do ano que vem, quando deverão estar
instalados no RS centros de distribuição de em-
balagens. “Atualmente, o Rio Grande do Sul deixa
de arrecadar em torno de R$ 60 milhões de ICMS
pagos para outros estados que têm fábricas de
embalagens”, afirma Grazziotin. Além disso, o Es-
tado vai começar a debater com o setor a criação
de um fundo destinado ao desenvolvimento da
produção leiteira.
O secretário da Fazenda, Aod Cunha, des-
taca que a prorrogação dos benefícios foi possível
devido aos bons resultados obtidos com o ajuste
fiscal. “As ações de redução de gastos e incremen-
to de receita permitiram garantir ou prorrogar be-
nefícios para alguns setores da economia, como é
o caso das pequenas e microempresas e o proje-
to do Novo Simples. Agora, vem a prorrogação de
benefícios para a carne e o leite”, afirmou.
De acordo com o diretor da Receita Esta-
dual, Júlio César Grazziotin, essas negociações fa-
zem parte do cotidiano da Secretaria da Fazenda:
“O maior interesse é garantir competitividade aos
setores econômicos, para que sigam gerando em-
prego e renda, e também garantir que a arrecada-
ção do Estado não seja prejudicada.”
GUERRA FISCAL
As medidas tributárias adotadas pelo
governo paulista, no final do ano de 2007, em
especial para o leite longa vida prejudicaram os
produtores de outros estados, principalmente do
Estado prorroga
tributação
diferenciada
para o setor
tributos
Rio Grande do Sul e Paraná. As principais medidas
foram: crédito de 1% para todas as indústrias de
laticínios na compra de leite de produtor paulis-
ta; redução de 100% na base de cálculo do ICMS
nas saídas internas de leite longa vida produzido
em território paulista, sem crédito de insumos, op-
cional ao regime em que se recolhe 7% de ICMS,
mas se credita do imposto de insumos; revogação
do crédito outorgado (6,7%) para as indústrias de
leite longa vida; não prorrogação do crédito na
aquisição de matéria-prima de outros estados
para produção de leite longa vida em São Paulo;
retirada da cesta básica paulista do leite longa
vida produzido em outros estados, passando a
alíquota do ICMS de 7% para 18%.
O decreto paulista prejudica em muito o
RS, aponta Airton Hochscheib, assessor de política
agrária da Fetag (Federação dos Trabalhadores na
Agricultura), afetando indústria e produtor, pois
eles têm que arcar com esse custo sem fazer re-
passe. Ficou inviável vender o leite. “O que esta-
mos pedindo ao governo estadual é que consiga
que o Executivo paulista revogue o Decreto, ou
que se tome alguma medida de impacto contra
eles. Mas por enquanto não tivemos nenhuma
sinalização neste sentido por aqui.” Atualmente
64% do leite gaúcho é vendido para fora do Esta-
do e apenas 36% é consumido aqui. Do total, 60%
se destina a São Paulo. Isso afeta a vida de 100 mil
famílias produtoras de leite gaúchas.
Apesar do crescimento nas aquisições
locais, como mostra o estudo de Edson Rosolen
para a Leite Brasil, as indústrias paulistas de lati-
cínios continuam dependentes de matéria-prima
de outros estados, representando no primeiro se-
mestre de 2008, 40% do total industrializado. Já o
volume médio diário de leite longa vida vendido
no Estado de São Paulo pelas indústrias paulistas
de laticínios, no primeiro semestre de 2008, foi
8,4% superior ao mesmo período do ano anterior
e 11,4% maior que a média diária ante 2007.
As indústrias paulistas de leite longa vida
ganharam maior participação nas vendas no
mercado do Estado de São Paulo, no ano de 2008
em relação a 2007, enquanto Rio Grande do Sul,
Goiás e Paraná tiveram sua participação reduzida.
Apenas Minas Gerais e Santa Catarina aumenta-
ram a participação, avalia Rosolen.
O advogado tributarista Eduardo Plastina
destaca que o cenário anterior ao decreto paulis-
ta já não era favorável ao produtor gaúcho, mas se
mantinha equilibrado. Agora, indústria e produtor
do Rio Grande do Sul estão fazendo um grande
esforço, pois precisam trabalhar com a margem
de lucro muito reduzida. “Infelizmente temos que
lidar com a guerra fiscal e com este alto custo tri-
butário”, lamenta ele. “A diferença ficou enorme,
mesmo com a manutenção dos benefícios do
governo daqui.”
O governo do Paraná entrou em outubro
com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade
(Adin), no Supremo Tribunal Federal (STF), ques-
tionando a concessão de benefícios fiscais aos
fabricantes de leite esterilizado do Estado de SP.
A ação argumenta que os benefícios seriam con-
trários aos artigos 150, 152 e 155 da Constituição
Federal, que proíbe os estados, o Distrito Federal e
os municípios de estabelecer diferença tributária
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em
razão de sua procedência ou destino. Outro pon-
to questionado é a concessão de 1% de crédito
sobre o valor correspondente à aquisição de leite
cru de origem paulista.
O Paraná também alterou as alíquotas do
crédito presumido do ICMS do leite, com o obje-
tivo de tornar a indústria paranaense mais com-
petitiva. O Decreto estabeleceu que as empresas
paranaenses que compram leite do Estado ga-
nham um crédito presumido de 4% sobre o valor
de entrada do produto na indústria. Nas opera-
ções de saídas da indústria, o crédito presumido
de ICMS, que era de 5%, passou para 8,5%. Assim,
a indústria, que tem carga tributária de 12% nas
operações internas, com o artifício do crédito pre-
sumido, a carga tributária paranaense tende a ser
zero.
tributos
especial
10
é pioneiro no mapeamento do leite
O Rio Grande do Sul será o pioneiro a im-
plantar um programa de georreferenciamento
para o setor do leite, o Geoleite. Isso significa
que todas as propriedades rurais produtoras
de leite gaúchas terão suas coordenadas pes-
quisadas e conhecidas dentro da cadeia. Assim,
será possível levantar dados mais precisos da
produção e seu universo, atuar com precisão
em ações da Defesa Sanitária Animal, bem
como melhorias em sistemas de gestão como
otimização de rotas. O contrato de implantação
foi assinado em 17 de setembro, Dia Estadual
do Leite.
O programa é uma parceria do Sindilat-
RS (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produ-
tos Derivados do RS) com o Fundesa (Fundo de
Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal),
Seappa (Secretaria Estadual da Agricultura, Pe-
cuária, Pesca e Agronegócio), MAPA (Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e
a Universidade Federal de Santa Maria. Conta
também com a participação da Fetag (Fede-
ração dos Trabalhadores na Agricultura no Rio
Grande do Sul), e a Farsul (Federação da Agri-
cultura do Rio Grande do Sul). O pagamento do
software do Geoleite estará a cargo da Fundesa,
isentando as indústrias e produtores do custo,
já que o fundo é alimentado pelas empresas
beneficiadoras e produtores rurais.
O chamado georreferenciamento é a
descrição do imóvel rural em seus limites, ca-
racterísticas e confrontações, através de me-
morial descritivo firmado por profissional ha-
bilitado, “contendo as coordenadas dos vértices
definidores dos limites dos imóveis rurais, geor-
referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro
e com precisão posicional a ser fixada pelo IN-
CRA” (art. 176, § 4º, da Lei 6.015/75, com redação
dada pela Lei 10.267/01). O programa aplicado
ao Geoleite foi desenvolvido pela Universidade
Federal de Santa Maria, que também fará seu
acompanhamento.
Programa de georreferen-
ciamento vai permitir mapear
a produção gaúcha
Estado do RS
De acordo com o professor coordena-
dor do programa, Enio Giotto, o mapeamento
da produção é uma grande vantagem compe-
titiva, pois permite dar o diagnóstico correto de
como se apresenta o segmento. “Temos agora
que preparar todo o treinamento para o pessoal
da indústria, para que saibam operar dentro do
sistema”. Ele vai dar condições de identificar as
propriedades por tipo de leite que produzem,
aumentar as condições de racionalizar rotas.
Possui alta tecnologia e diversas ferramentas,
pois pode ser operado com Smart Phone (um
celular que oferece capacidades avançadas,
poe exemplo, como a funcionalidade de um
computador) coletando inúmeras informações
como situação socioeconômica de cada produ-
tor.
O trabalho de implantação deve durar
cerca de dois anos, percorrendo as principais
bacias de leite já que a cadeia é grande, muita
mais numerosa do que a de aves e a de suínos
que já dispõem de sistema semelhante fun-
cionando, também gerenciado pela equipe da
UFSM. “Cada indústria conhece seu ambiente,
mas é preciso que haja integração de algumas
informações formando um banco de dados
para que seja mais competitiva e apta ao mer-
cado externo.”
A implantação do Geoleite também pro-
cura seguir a determinação da Normativa 51 do
Mapa, pela qual, entre outras coisas, deve ser
acompanhada do acondicionamento e da qua-
lidade do leite e para isso deve ser identificada
a rota por questão de segurança. “Isso também
vai permitir fornecer uma melhor assistência
técnica ao produtor”, argumenta ainda o profes-
sor. No RS os números dos produtores de leite
estão calculados entre 80 mil e 120 mil.
De acordo com o secretário executivo
do Sindilat, Darlan Palharini, nenhum outro
estado brasileiro possui esse georreferencia-
mento no leite, apenas algumas indústrias. Ele
reforça também que as empresas não terão
gastos com o software, que será custeado com
recursos do Fundesa. Hoje a produção leiteira
envolve direta e indiretamente 340 mil pessoas
no Rio Grande do Sul e é a atividade que possui
maior distribuição de renda às famílias. O Esta-
do ocupa a segunda colocação entre os produ-
tores de lácteos do Brasil e deve chegar neste
ano a 3 bilhões de litros. Segundo Palharini, este
programa possibilitará ao Estado avançar com
seus produtos no mercado internacional, sendo
uma complementação da segurança sanitária.
Para o presidente do Fundesa, Rogério
Kerber, o fundo já dispôs de recursos para a
implantação deste projeto. Ele enumera ainda
como vantagens para a implantação do Geo-
leite o fato de que o setor é pouco conhecido
o que cria uma dificuldade para a Seappa fazer
projeções. “A própria cadeia tem problemas para
isso”, reforça. A estimativa de gastos da Fundesa
para este programa é de R$ 500 mil. Vai permitir
a elaboração de um conjunto de informações
sobre a propriedade rural e seu perfil.
Os resultados positivos alcançados pelas
outras duas cadeias com o georreferenciamen-
to foram incentivadores da implantação no se-
tor lácteo. Vale lembrar que uma significativa
parcela dos pequenos produtores reúne as três
atividades em suas propriedades,
Kerber destaca que a ferramenta tem
duas funções ampliar o circuito de defesa sa-
nitária animal do Estado, dando condições de
agir com rapidez em caso de necessidade e
em segundo lugar, como gestão da produção.
“Traçar rotas econômicas, detectar rotas cruza-
das para recolhimento do leite, e traçar uma re-
engenharia da produção como ferramenta de
produtividade.”
11
especial
economia
12
O conjunto das bacias leiteiras do Rio
Grande do Sul conta com uma série de inves-
timentos já confirmados por parte da indús-
tria do leite e produtos derivados. Quando
ficar tudo pronto, isso vai adicionar mais 4,8
milhões de litros/dia à produção atual de 9
milhões de litros/dia. Sem contar com poten-
ciais interessados em novas instalações que
sondam o terreno. A qualidade do leite local,
tradição na atividade e boa produtividade al-
cançada são os fatores que tornam o Estado
atrativo aos empreendimentos.
A inauguração da fábrica da CCGL (Co-
operativa Central Gaúcha), dia 9 de outubro
em Cruz Alta, para produção de leite em pó
e butter-oil (óleo de manteiga usado em in-
dústrias alimentícias) é considerada como
restauração do pólo leiteiro na região. Estão
sendo investidos R$ 120 milhões na planta
que vai produzir inicialmente 1 milhão de
litros de leite/dia e gerar 230 empregos dire-
tos e 1,4 mil indiretos, na área de 42 hectares
destinada à fábrica (a área total da empresa,
com o setor de pesquisa, soma 570 hectares).
A produção se destina ao mercado interno e
externo.
A segunda etapa da implantação vai
incorporar a produção de queijo e secagem
de soro. Localizada no centro logístico do Es-
tado, a região de Cruz Alta é privilegiada para
o escoamento da produção. A CCGL possui
40 cooperativas associadas, que integram
180 mil produtores de cerca de 350 municí-
pios gaúchos. A governadora Yeda Crusius,
ao participar da inauguração, destacou que
o desenvolvimento do Estado se dá com a
associação dos pequenos produtores em co-
operativas.
Para a produção de queijos e secagem
de soro de leite serão investidos R$ 129 mi-
lhões, R$ 104,4 milhões em recursos do BRDE
(Banco Regional de Desenvolvimento do Ex-
Investimen-tos em plantas
de beneficia-mento incenti-vam atividade
produtora
De olhono mercado externo
tremo Sul). O projeto foi entregue na Casa do
BRDE na 30ª Expointer, em 2 de setembro. A
nova fábrica gerará 555 empregos, sendo 185
diretos e 370 indiretos, e beneficiará 180 mil
famílias de produtores rurais de diversas re-
giões do estado. “No total, serão beneficiadas
655 mil pessoas, o que atesta função social
do BRDE de financiar projetos que tragam
ganhos à qualidade de vida das comunida-
des onde atua.”, salienta o presidente da ins-
tituição Mario Bernd. O início das operações
desta segunda fase está previsto para 2010.
A terceira fase tem previsão para funcionar
em quatro ou seis anos, com quatro torres
de secagem e duplicação da queijaria, e deve
atingir o consumo de 6 milhões de litros de
leite/dia.
Com as novas instalações da 2ª fase, a
capacidade de processamento de leite fluído
da cooperativa passará para 2,7 milhões de
litros/dia. A produção de queijo deve chegar
a 100 toneladas diárias e a de soro de leite
em pó, a 55 toneladas. Derivado da produção
do queijo, o soro é utilizado como insumo
pela indústria alimentícia. Fundada em 1976,
a cooperativa chegou a industrializar 70% do
total de leite coletado no Estado, contribuin-
do para que a produção gaúcha crescesse de
913 mil litros por dia, no ano de sua fundação,
para 3,06 milhões por dia em 1996.
A CCGL, através de suas cooperativas
associadas, irá oferecer assistência técnica
aos produtores gaúchos de leite, pois se
estima que a empresa compre leite de cer-
ca de 25 mil produtores a partir de 2008. A
região noroeste do Estado, responsável por
65% da produção leite gaúcha, será a princi-
pal fornecedora de matéria-prima. A coope-
rativa aposta que não haverá problema de
falta de matéria-prima, pois o leite que hoje é
vendido para fora do Estado ficará aqui, o que
pode ser a solução, uma economia de cerca
de R$ 0,07 a R$ 0,12 em função do transporte,
para enviar o produto para o centro do país (a
partir do Paraná) e com a tributação imposta
por São Paulo.
FESTA DUPLA
A solenidade de inauguração da se-
gunda torre de secagem em leite em pó da
Cosulati (Cooperativa Sul-Rio Grandense de
Laticínios), em Capão do Leão, também ser-
viu para comemorar seus 35 anos, no último
21 de setembro. Na inauguração, o secretário
da Agricultura, João Carlos Machado, afirmou
que a Cooperativa é um dos orgulhos da Me-
tade Sul do Estado, tendo na marca Danby
produtos de reconhecida qualidade.
Com 5 mil produtores, a Cosulati está
organizada em 81 núcleos, nove cooperativas
parceiras e quatro associações de produtores,
abrangendo 38 municípios. Em 2007, a Coo-
perativa recebeu 126 milhões de litros e re-
colheu R$ 15 milhões em obrigações sociais e
tributárias no mesmo período, gerando mais
de 500 empregos diretos e 300 prestadores
de serviços, além de movimentar mais de 20
mil pessoas na região sul do Estado. Mais de
economia
13
14
economia
4,5 mil pessoas estiveram presentes na sole-
nidade.
Hoje, a unidade tem capacidade de
industrializar 630 mil litros de leite em pó
por dia, totalizando 1 milhão de litros leite/
dia, como revela o superintendente Jones
Raguzoni.
O investimento totalizou R$ 25,4 mi-
lhões, sendo R$ 15,4 milhões via BRDE e R$ 10
milhões obtidos através de recursos próprios.
Raguzoni destaca a importância da capaci-
dade instalada de produção da torre, que é
de 56 toneladas de leite em pó integral e 120
toneladas de leite condensado/dia.
A localização da fábrica é estratégica,
estando próxima a via férrea, das fronteiras
com o Uruguai e Argentina, além da distância
de 50 quilômetros do porto de Rio Grande.
Estes fatores se constituem hoje nos grandes
diferenciais logísticos da cooperativa.
A cooperativa licenciou junto à Fun-
dação Estadual de Preservação Ambiental
(Fepam), o tratamento de efluentes de 900
metros cúbicos por dia. Este tratamento foi
projetado para atender a nova fábrica e futu-
ras modificações. No setor de laticínios, além
da ampliação da fábrica de leite em pó, a co-
operativa investe na construção de postos de
recebimento e resfriamento de leite nos mu-
nicípios de Santana do Livramento, Candiota
e Hulha Negra.
A cooperativa surgiu da fusão da Co-
olacti e Coolapel, em 1973. A unidade de la-
ticínios da Cosulati foi a segunda fábrica de
leite em pó instalada no Brasil, em 1957. Dois
especialistas dinamarqueses vieram implan-
tar o projeto na ocasião que ficou registrada
pelo nome dinamarquês dado aos os produ-
tos (leite em pó e manteiga) da Cooperativa,
Danby.
Com a inauguração da nova torre, a
empresa se habilita ao mercado externo. En-
tre os potenciais compradores estão Vene-
zuela, o México, Oriente Médio e África.
“O País tem firmado acordos sanitários,
o que vai permitir aos produtos lácteos brasi-
leiros atingir os consumidores estrangeiros.”,
diz Raguzoni.
economia
Qualidade do leite é atrativo
Facilidade de resposta e genética do rebanho somam pontos para o Estado
Entre os motivos da chegada de novas
plantas industriais do setor lácteo ao Estado,
estão o clima favorável, as boas pastagens,
o gado de excelente qualidade genética e o
envolvimento de um grande número de pro-
dutores familiares na atividade leiteira. A Nes-
tlé/DPA (Dairy Partners Americas, joint venture
formada com a cooperativa neozelandesa Fon-
terra, maior exportadora de lácteos do mundo)
inaugurou em 26 de setembro, em Palmeira
das Missões, uma nova unidade de processa-
mento de leite com capacidade para processar
até 1 milhão de litros/dia. O empreendimento
contou com um investimento inicial de R$ 30
milhões. Estrategicamente localizada em uma
privilegiada bacia leiteira, a região ofereceu ex-
16
economia
celentes condições para a instalação da fábrica
que vai gerar cerca de 950 empregos diretos e
indiretos, além de movimentar a economia lo-
cal, já que todo o leite processado será captado
na região, principalmente no Rio Grande do Sul
e Santa Catarina.
Com 4 mil metros quadrados de área
construída, a nova fábrica adota conceitos ino-
vadores de coleta, manuseio e processamento
da matéria-prima como, por exemplo, a desi-
dratação do leite, realizada a frio para que não
haja alteração nas características e no sabor do
leite. A nova unidade também incorpora mo-
dernos sistemas que visam à preservação do
meio ambiente. A tecnologia aplicada no tra-
tamento de efluentes devolve a água ao meio
ambiente por meio de 4 quilômetros de tubos,
distribuídos em uma área de 150 mil metros
quadrados, evitando a erosão do solo. A unida-
de também não utiliza queima de óleo na ge-
ração de vapor: o aquecimento de água é a gás,
o que reduz a quase zero a emissão de gases
na atmosfera.
A Nestlé/DPA desenvolverá iniciativas
junto aos seus fornecedores de leite locais,
fomentando assistência técnica a esse grupo.
Um dos destaques do programa envolverá pe-
quenos produtores de agricultura familiar com
o objetivo de promover o desenvolvimento
socioeconômico dessas famílias, estabelecen-
do condições para o desenvolvimento da ati-
vidade leiteira de forma sustentável e, conse-
qüentemente, garantindo a permanência dos
produtores no campo. Esta iniciativa terá a
parceria da UFSM (Universidade Federal Santa
Maria) que dará apoio técnico. As famílias re-
ceberão orientação e capacitação sobre diver-
sos temas voltados à melhoria da produção de
leite, como, por exemplo, manejo de ordenha,
qualidade do leite, manejo sanitário do reba-
nho e utilização estratégica de alimentos con-
centrados e volumosos para os animais.
Projeto semelhante já foi implanta-
do pela Nestlé/DPA na cidade de Andradina
(SP), no noroeste do Estado de São Paulo.
Lá, no início do programa, em 2005, a pro-
dução média de leite era de 68 litros/dia e
em 2007 atingiu a marca de 90 litros/dia. A
18
economia
média de produção por animal
cresceu de 5,7 litros/dia para
8,1 litros/dia, um aumento mé-
dio de 42,1% na média anual
de produção diária de leite por
produtor. Houve uma evolução
de 132,4% na renda obtido na
atividade leiteira.
A Nestlé é a maior empre-
sa mundial de nutrição, saúde
e bem-estar e opera em 86 paí-
ses. No Brasil, instalou a primeira
fábrica em 1921 e hoje tem 28
unidades industriais no País, emprega 16,7 mil
colaboradores diretos e gera outros 220 mil
empregos indiretos, que colaboram na fabrica-
ção, comercialização e distribuição de mais de
mil itens. A joint venture entre a Nestlé e a Fon-
terra, da Nova Zelândia, resultou na criação da
Dairy Partners Americas (DPA) há cinco anos.
Atualmente, a DPA processa 3 bilhões de litros
de leite por ano em cinco países da América
do Sul (Brasil, Argentina, Equador, Colômbia e
Venezuela), e atua nos segmentos de iogurtes,
sobremesas prontas, sucos e bebidas lácteas,
assim como leite em pó e ingredientes.
DIVERSIFICAR A PRODUÇÃO
A Cosuel (Cooperativa dos Suinocul-
tores de Encantado) investe R$ 53 milhões na
construção de uma fábrica de laticínios desti-
nada à produção de leite em pó em Arroio do
Meio, no Vale do Taquari. Do valor total, R$ 43
milhões serão financiados pelo BRDE. Com ca-
pacidade para processar 460 mil litros de leite/
dia, a nova unidade poderá produzir mais de
18,6 mil toneladas de leite em pó/ano. O con-
trato de financiamento também foi assinado
na 30ª Expointer, em 4 de setembro.
Após o início das operações, previsto
para janeiro de 2011, serão gerados cerca de
130 empregos diretos. Além de leite em pó in-
tegral e desnatado, também serão produzidos
leite em pó instantâneo e creme de leite, em
uma próxima etapa. A produção será destina-
da ao mercado interno e também externo. O
leite será fornecido pelos 1,8 mil produtores da
região associados à Cooperativa.
O presidente da Cosuel, Gilberto
Piccinini, afirmou que o empreendimento
se inclui dentro de um plano de expansão
de R$ 81 milhões entre 2007 e 2010. “Onde
existem cooperativas, o Índice de Desen-
volvimento Humano (IDH) é 20% superior”,
afirmou Piccinini. Segundo o diretor-supe-
rintendente da Cosuel, Carlos Alberto de
Freitas, o projeto é importante devido à
necessidade de renda dos produtores de
agricultura familiar, em grande número na
região, e a oportunidade de demanda do
leite em pó. O investimento segue a orien-
tação de diversificar a produção. Fundada
em 1947, a Cosuel hoje conta com mais de
3 mil associados, em 39 municípios. Além da
indústria de laticínios, o frigorífico também
ganha destaque. Todos os produtos da Co-
suel levam a marca Dália.
notícias
20
Dia estadual do leite Produção de leite envolve direta e
indiretamente 340 mil pessoas no RS
O Dia Estadual do Leite, comemora-
do dia 17 de setembro será um marco para
o setor. Na ocasião, que contou com a pre-
sença da governadora Yeda Crusius, foi assi-
nado o contrato para a implantação do Ge-
oleite, o georreferenciamento de todas as
propriedades rurais produtoras de leite do
Rio Grande do Sul. O programa é uma parce-
ria do Sindilat-RS (Sindicato da Indústria de
Laticínios e Produtos Derivados do RS) com
o Fundesa (Fundo de Desenvolvimento e
Defesa Sanitária Animal), Secretaria da Agri-
cultura do Estado, Ministério da Agricultura
e a Universidade Federal de Santa Maria.
O Rio Grande do Sul será o primeiro
Estado brasileiro a ter o georreferenciamen-
to no gado de leite. A governadora Yeda
Crusius destacou o rápido crescimento, a
organização e modernização da produção
leiteira do Rio Grande do Sul, que já atinge
volumes superiores a R$ 200 milhões em
novos investimentos industriais. Ela asse-
gurou ainda a parceria do governo para que
o Estado atinja a liderança nacional na pro-
dução de leite e derivados, sugerindo para
o futuro, a exemplo da comenda farroupilha
do Ponche Verde, uma outra, “a do ponche
branco estendido através de seus produto-
res em todo o Estado”, por meio de coope-
rativas e indústria. “Nós acompanhamos e
incentivamos essa evolução, através do que
é nossa responsabilidade como a irrigação,
por exemplo, que auxiliará no aumento da
produção, atingindo índices de países pro-
dutores tradicionais como os Estados Uni-
dos e Nova Zelândia”, disse Yeda.
O secretário da Agricultura, Pecuá-
ria e Agronegócio, João Carlos Machado,
lembrou os desafios da produção leiteira
07
- V
III
CALDEIRAS E TROCADORES DE CALOR
Av. Frederico Ritter, 3150 Cachoeirinha - RS Fone: 3406-6979
GUIADOS PELA EXCELENCIA
CALDEIRA DE VAPOR SATURADO, Tipo CVS-HP De 100 a 10.000 kg/h de vapor
Gás GLP, Natural, Diesel ou Óleo BPFCapacidade:Combustíveis:
CALDEIRA DE AQUEC. DIRETO, Tipo CAD-CL De 500.000 a 4.000,000 kcal/h
Lenha, Resíduos, Cavacos e outrosCapacidade:Combustíveis:
CALDEIRA DE VAPOR, Tipo CVS-HL De 2.000 a 15.000 kg/h
Lenha,Resíduos de Serraria e AgrícolasCapacidade:Combustíveis:
CALDEIRA DE VAPOR, Tipo CVS-CL 500 até 2.000 kg/h
Lenha, Resíduos de serraria e AgrícolasCapacidade:Combustíveis:
De
TROCADOR DE CALORDE PLACAS, Tipo TCP
Fabricados em açoinox AISI-316-L
Conforme necessidadesdos projetos
CALDEIRA DE AQUEC. DIRETO, Tipo CAD-HP De 20.000 a 500.000 kg/h
Gás GLP, Natural ou Óleo BPFCapacidade:Combustíveis:
SISTEMACOMPACTO DEAQUECIMENTO
CAD-HPCom trocador de Placase Vaso de ExpansãoPresurizado
Dia estadual do leite
notícias
gaúcha no caminho da liderança nacional.
“Estamos bem próximos disso e dentro
dessa expectativa, teremos uma grande
preocupação com a sanidade de nossos re-
banhos.” Ele citou o programa estruturante
Terra Grande do Sul, que pretende dar es-
pecial atenção a essa necessidade. “Com no-
vos mercados, precisaremos produzir mais
leite e assim, o governo do Estado, cuidará
da alimentação correta dos animais. Temos
o troca-troca forrageiro, que será aliado
do produtor leiteiro e, em parceria com a
Secretaria de Irrigação, partiremos para a
construção de micro-açudes, viabilizando a
produção de pasto irrigado. Somamos a isso
ainda a Câmara Setorial do Leite, fórum que
reúne toda a cadeira leiteira em discussão
das questões de produção e comercializa-
ção”, destacou o secretário.
O presidente do Sindilat do RS, Gilber-
to Piccinini afirmou que a produção leiteira
gaúcha vai em busca de novos mercados,
mas precisa repetir o ímpeto farroupilha
para enfrentar uma intensa guerra fiscal
nessa disputa. Piccinini elogia a determina-
ção da governadora em apoiar o setor, ao
manter-se sempre em contato com gover-
nadores de outros estados, quando a ques-
tão tributária interfere na concretização de
bons negócios: “A governadora Yeda conhe-
ce como poucos o terreno a ser conquis-
tado. E hoje, dia em que festejamos o leite,
brindamos também um Estado que saneia
suas contas. Como empresários sabemos o
quanto isso é difícil. E por isso agradecemos
o trabalho profissional da doutora em eco-
nomia Yeda Crusius”, elogiou.
O secretário executivo do Sindilat,
Darlan Palharini apontou que o georrefe-
renciamento “é uma ação inédita desse por-
te no Brasil”. O Geoleite será aplicado pela
Universidade Federal de Santa Maria e tem
também a participação da Fetag (Federação
dos Trabalhadores na Agricultura no Rio
Grande do Sul) e da Farsul (Federação da
Agricultura do Rio Grande do Sul).
A produção de leite envolve direta e
indiretamente 340 mil pessoas no Rio Gran-
de do Sul. É a atividade que possui a maior
distribuição de renda às famílias. O Estado
ocupa a segunda colocação entre os produ-
tores de lácteos do Brasil, devendo chegar
neste ano a 3 bilhões de litros. O consumo
de leite entre os gaúchos é de 180 litros/per
capita, superior ao do país, que está em 141
litros. Fica abaixo, porém, do consumo indica-
do como ideal pela Organização Mundial da
Saúde, que é de 217 litros/ano. O Dia do Lei-
te, faz parte do cumprimento da Lei 12.365,
de 03 de novembro de 2005, de autoria do
deputado Vilson Covatti, que determina a
realização de evento alusivo ao setor na ter-
ceira quarta-feira do mês de setembro.
22
destaque
Fabricar um produto
de alta qualidade, de fácil
digestão, com elevados va-
lores nutritivos importan-
tes na criação de bezerras.
Esta é a razão pela qual a Sloten utiliza matérias-primas
de excelente qualidade tendo desenvolvido uma gordura
especial, microencapsulada e de fácil digestibilidade. São
partículas com tamanho de (2 mícrons) que são totalmen-
te digeríveis e com uma ótima absorção, além de ter uma
combinação única nas gorduras e óleos que são selecio-
nados através de um rigoroso critério que começa desde
a seleção das matérias-primas. Então, para satisfazer as
necessidades nutricionais dos bezerros durante a fase de
aleitamento, e adicionado uma quantidade de vitaminas e
minerais de acordo com as necessidades do animal.
Sloten do Brasil:SPRAYFO: lucro certo
e imediato
Para suínos.
Para bezerroslactantes.
Para bovinosem geral.
Para silagem.
Para silagemde grão úmido.
Para silagemde cana.
Para vacas emperíodo de pré-partoe lactação.
Para leitõesrecém nascidos.
Probióticos
Sal Mineral
InoculantesBiológicos
Conheça a famíla Kera e prepare-separa grandes resultados.
Conheça a famíla Kera e prepare-separa grandes resultados.
Com essa grande família, oque cresce é a sua produção.
Visite-nos na AVISULAT 2008.De 19 a 21 de Novembro de 2008. Estande 218 e 219, na área de laticínios.Centro de Exposições FUNDAPARQUE, em Bento Gonçalves - RS
Nutrição animal é
www.kerabrasil.com.br • (54) 2521-3124
destaque
Aconteceu em Pas-
so Fundo/RS, nos dias 2, 3 e
4 de outubro, o 1º Encontro
da XI Turma de pós-gradu-
ação em pecuária leiteira,
uma parceria entre o Rehagro, a Universidade de Passo Fundo
(UPF) e a Alta Genetics.
Todos os presentes demonstraram bastante interesse
e relataram grande expectativa para os próximos módulos, já
que este foi visto como de excelente qualidade teórica e apli-
cabilidade prática. Para que o encontro fosse este sucesso, con-
tou-se com o apoio do prof. Carlos Bondan da UPF, como co-
ordenador local do curso. A turma tem hoje, 34 alunos e ainda
há possibilidade de novas matrículas. Os interessados devem
entrar em contato conosco no e-mail [email protected]
ou pelo telefone (31)3343 3800.
XI Turma da pós-graduaçãoem pecuária leiteira se inicia
em Passo Fundo/RS
A Veros Produtos
Químicos comemora 35
anos de mercado com
certificações Halal e Or-
gânica para o VEROMAX
80, já aprovado pelos Ministérios da Saúde e da
Agricultura. O produto, que possui ação bactericida,
fungicida, viricida e algicida, pode assim ser utili-
zado no processamento de alimentos orgânicos de
acordo com as normas internacionais (IBD, IFOAM
e NOP) e na produção de alimentos destinados à
exportação aos países islâmicos e ao mercado in-
terno, por possuir procedência e padrões de quali-
dade garantidos.
para uso em Laticínios, Avicultura,
Suinocultura com novas certificações
Dióxido de cloro estabilizado
Dióxido de cloro estabilizado
SINDILAT/RS - Sindicato da Indústria de Latícinios e
Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul
Av. Mauá - n° 2011 - Sala 505 - Centro - Porto Alegre / RS
CEP 90030-080 - Fone:(51)3211-1111 - Fax:(51)3028-1529
www.sindilat.com.br - [email protected]
DIRETORIA
TITULARES
Presidente: Gilberto Antônio Piccinini
Vice-Presidente: Arno Alfredo Kopereck; Mário Antônio Farina
Diretor Secretário: Henrique Vontobel
Diretor Tesoureiro: Marcos Luiz Zanatta
EQUIPE SINDILAT
Secretário Executivo: Darlan Palharini
Secretária: Maria Regina Rodrigues
EDIÇÃO
Francke | Comunicação Integrada
Av. Carlos Gomes, 466 - cj. 07 - Bela Vista
Fone/Fax: 51 3273.3340
www.francke.com.br
Editora Responsável: Mariza Franck (Reg. Prof. 8611/RS)
Redação: Teresa Maria Schembri (Reg. Prof. 6240/25/91 RS)
Diagramação e Capa: Luciano Braga
Comercial: Raquel Diniz
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para os animais
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