Revista Sistema Fecomércio-BA - Ed. 02

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VERSÃO WEB

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Em homenagem ao mês da mulher, a Revista Sistema Fecomércio-BA entrevistou a secretária municipal Rosemma Maluf.

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01Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

VERSÃO WEB

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03Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

T ransformar é um desafio constante. É preciso planejamento, inovação e aquela dose de coragem. Assim sendo,

a Fecomércio-BA veste a camisa da renovação e vive importantes momentos de avanços, seja no relacionamento com o poder público e sindi-catos, seja no oferecimento de novos serviços sociais, educação, cultura e lazer. Todo esse trabalho tem um porquê: estimular a evolu-ção do setor de comércio, serviços e turismo do estado, e aproveitar os grandes desafios e oportunidades que o ano de 2014 oferece, com a vinda da Copa do Mundo de Futebol da Fifa, em junho, e as eleições, em outubro.

A segunda edição da Revista Fecomércio-BA é uma amostra deste momento. Nas próximas páginas você conhecerá histórias de pessoas que nos inspiram a acreditar no desenvolvimento do comércio e do bem-estar social do estado. Como um exemplo, em pleno mês que se celebra o Dia Internacional da Mulher, damos destaque a Rosemma Maluf, que decidiu aceitar o desafio de deixar por um tempo sua carreira profissional para assumir um cargo público. E sua intuição fe-minina estava certa. Rosemma aplicou uma nova gestão dentro da Secretaria da Ordem Pública, em Salvador, e agora batalha para conscientizar o modelo soteropolitano de que a responsabili-dade de cuidar da cidade deve ser compartilhada entre o poder público e o cidadão.

Nesta edição, você também conhecerá a nova escola Sesc, que reúne mais de 400 alunos em Salvador, o case de Avani Perez Duran, pioneira no turismo receptivo na Bahia, a histó-ria do aluno do Senac que representa a Bahia em um torneio internacional, e as orientações para se abrir um comércio eletrônico, além de artigos, dicas da programação cultural e livros.

Desejo a todos uma boa leitura.Carlos Fernando Amaral

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Foto: Edgar Marra

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04 Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

Tem Sesc na minha vida.

Tem Sesc no meu sorriso.

Tem Senac na minha carreira.

Tem Sesc no meufuturo.

Tem CNC no meuposto.

Tem CNC na minha loja.

Tem CNCna nossapousada.

Tem Senac no meudiploma.

Tem Senac na minhapromoção.

TemFecomérciono meu estado.

Milhões de brasileiros fazem parte do comércio de bens, serviços e turismo. São empreendedores e trabalhadores que se empenham para fazer o dinheiro circular e movimentar a economia do país. Uma gente que vai à luta sabendo que o Sistema Comércio vai estar sempre ao seu lado. Afinal, é esse sistema que defende os legítimos interesses dos empresários e os representa nacionalmente através da CNC e nos estados através da Fecomércio. Que capacita profissionais com os cursos do Senac. E oferece cultura, educação, lazer e saúde aos comerciários e suas famílias através do Sesc. Tudo para este setor continuar a ajudar o Brasil a crescer.

Quem é do comércio de bens, serviços e turismo tem sempre alguém ao seu lado.

Transformando o Brasil.

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05Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

SUMÁRIO

Presidente da Fecomércio-BACarlos Fernando AmaralVice-Presidentes1º Carlos de Souza Andrade, 2º José Carlos Moraes Lima, 3º João Arthur Prudêncio Rêgo, Claudio Dantas Pinho, Herivaldo Bittencourt Nery, Luís Fernando Coelho Brandão, Marcos Antônio Lamego Mendonça, Roberto Brasileiro Lima, Sérgio da Silva SampaioDiretores-Secretários1º Arthur Guimarães Sampaio, 2º Bernardino Rodrigo Brandão Nogueira Filho, 3º Américo Soares Sales CamposDiretores-Tesoureiros1º Kelsor Gonçalves Fernandes, 2º José Carlos Boulhosa Baqueiro, 3º José Marinaldo MotaDiretoresAlberto Viana Braga Neto, Antônino Ferreira Nobre, Avani Perez Duran, Cíntia Freitas de Lima Modesto, Claudênio Barbosa de Souza, Carlos Alberto Luz Braga, Gustavo Andrade Santos, João Morais de Oliveira, José Afonso Ferreira, Joel Santos Lessa, Lise Weckerle, Maria José Carneiro Lima, Oswaldo Ottan Soares de Souza, Raimundo Jorge Dresselin, Raul Boullosa Y Baqueiro, Vicente de Paula Lemos Neiva, Wenceslau Seoane Carrera, Wilson RibeiroSuperintendente da Fecomércio-BAPaulo StudartSesc Bahia

Presidente do ConselhoCarlos Fernando AmaralDiretora RegionalCélia BatistaSenac Bahia

Presidente do ConselhoCarlos Fernando AmaralDiretora RegionalMarina Almeida

REALIZAÇÃOGerente de Comunicação e Marketing Fecomércio-BAMarcos Maciel

Assessora de Comunicação Fecomércio-BADélia Coutinho

SecretáriaEunice Ribeiro

Produção EditorialFausken Produção Multimídia

Sindicatos filiadosSindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros, Alimentícios da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Atacadista de Materias de Construção da Cidade do Salvador, Sin-dicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Patronal de Camaçari e Região , Sindicato do Comércio Atacadista de Salvador, Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Armarinhos e Vestuário da Cidade do Salvador, Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Armazenador do Estado da Bahia, Sindicato dos Lojistas do Comércio, Sindicato dos Representantes Co-merciais do Estado da Bahia, Sindicato dos Vendedores Ambulantes e dos Feirantes da Cidade do Salvador, Sindicato dos Conces-sionários e Distribuidores de Veículos no Estado da Bahia, Sindicato do Comércio Varejista e dos Feirantes de Jequié, Sindicato do Comércio Varejista de Irecê e Região, Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos de Eletrodoméstico da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Varejista de Santo Antônio de Jesus, Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Ribeira do Pombal e Região, Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região, Sindicato do Comércio de Feira de Santana, Sindicato do Comércio Varejista de Alagoinhas e Região, Sindicato do Comércio Varejista de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabralia e Belmonte, Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio de Vitória da Conquista, Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus, Sindicato Patronal do Comércio de Paulo Afonso e Região, Sindicato do Comércio Varejista de Santo Amaro, Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes e dos Vendedores Ambulantes de Ilhéus, Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia

Contatos e Sugestões: 71 [email protected]

Avenida Tancredo Neves, nº 1.109, Ed. Casa do Comércio, 9º andar, Pituba. CEP: 41820-210 Salvador - Bahia - Brasil

EXPEDIENTE

ENTREVISTA p.06Como iniciar meu e-commerce

CURTAS p.08

PASSOS CERTOS p.12Com o jeito feminino - A empresária Avani Perez Duran é a força da mulher no dia a dia da LR Turismo

CAPA p.14Arrumando a casa - Entrevista com Rosemma Maluf

INSIGHTSAumento da qualidade e da produtividade em comércio e serviços: o próximo desafioPor Sandro Cabral p. 18

Liderança de alta performancePor Paulo Lopes p. 19

A novidade é a inovaçãoPor Francisco Teixeira p. 20

Crescimento da renda e comércio varejista na Bahia Por Oswaldo Guerra p. 21

SINDICATOS p.22Nova Gestão - Presidentes de sindicatos descrevem as primei-ras ações para o novo mandato

SENAC p.24Com brilho no olho - Aluno do Senac representa a Bahia em torneio internacional

SESC p.26Onde a educação floresce - Escola Sesc Nazaré Zilda Arns mistura inovação e educação

ECONOMIA p.28Vendas no varejo baiano cresceram 6,7% em janeiro, segundo o IBGE

CULTURA p.30Programação cultural e dica de leitura

Projeto Gráfico e DiagramaçãoPerson Design

CapaFoto: Cesar Vilas Boas Criação: Person Design

RevisãoRogério Paiva

Tiragem 1.000 exemplares

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06 Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

ENTREVISTA

I nvestir em novas tecnologias para modernizar seu comércio e oferecer serviços inovadores para os clientes. O contexto é muito estimulante, mas qualquer novidade provoca diversas

dúvidas. O e-commerce, há bastante tempo, é apontado como tendência global e revela inúmeros resultados positivos. Para en-tender mais sobre o assunto, conversamos com o Yuri Soledade, CEO da empresa baiana ShopDelivery, uma das mais importantes do Brasil quando o tema é comércio eletrônico.

Apesar do grande potencial do e-commerce, analistas avaliam que ainda não é uma modalidade de compra tão difundida no Brasil, mesmo com o relativo crescimento. Qual é a sua avaliação quanto a isso e o que espera do comércio eletrônico em um estado como a Bahia?Na minha opinião, talvez seja o maior erro estratégico das em-presas baianas não terem ainda apostado no comércio eletrônico. Em contrapartida, os consumidores na Bahia começaram a com-prar, fortemente, diferentes tipos de produtos via e-commerce. Para constatar isso, faça uma experiência simples: procure qual-

COMO INICIAR MEU E-COMMERCE?

Foto: Divulgação

quer tipo de produto no Google simulando que você está na Bahia e perceba que sempre nos primeiros resultados aparecerão lojas virtuais de empresas do Sul e do Sudeste, que estão investindo fortemente nesse mercado. Isso está passando despercebido por quase to-das as empresas locais. Fazendo uma analogia com uma guerra, é como se sua região tivesse sendo invadida por um exército inimigo e você não tivesse sequer percebido.

Então você acredita que essa modalidade de comércio é um caminho sem volta?O comércio eletrônico é uma real e enorme oportunidade! De acordo com levantamento da E-bit, o setor faturou R$28,8 bilhões du-rante o ano de 2013, atingindo um cresci-mento nominal de 28%, em relação a 2012. Encerramos o ano com mais de 50 milhões de consumidores comprando por esse meio. Se avaliarmos as vendas via e-commerce no último Natal, elas registraram um cresci-mento de 41% e geraram um faturamento de R$4,3 bilhões. Baseado nesses dados, posso assegurar que o comércio eletrônico já é uma realidade inevitável para qualquer tipo de empresa competitiva.

Por que migrar ou ter uma presença digi-tal é importante para o varejista baiano?É questão de sobrevivência! Além de toda expansão do mercado de comércio eletrônico, existem outras variáveis que apontam para uma forte tendência de regionalização do

06 Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

NOME COMPLETO: Yuri Bezerra SoledadeIDADE: 38NASCIDO EM: Salvador, BahiaSOBRE A SHOPDELIVERY: é uma plataforma e-commerce que nasceu há dez anos com o sonho de transformar o mercado de comércio eletrônico no Brasil. Hoje, com centenas de clientes com lojas virtuais ativas, continua a alimentar o desejo da transformação com o intuito de manter nossos clientes na vanguarda do comércio eletrônico. ALTOS E BAIXOS: “Quando começamos, o comercio eletrônico ainda era uma promessa e assim existia toda uma dificuldade para conscientizar o mercado da importância desse modelo de negócio. Neste momento, se considerarmos que menos de 0,5% das empresas no Brasil possuem uma loja virtual ativa, percebemos o tamanho do mercado em que estamos envolvidos e isso nos deixa realmente empolgados”.

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07Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

comércio eletrônico, ou seja, cada vez mais pessoas estarão optando por comprar em lojas virtuais de empresas de sua própria cidade. Alguns fatores que estão levando a isso: o trânsito cada vez mais caótico, a sensação de insegurança cada vez maior, a falta de tempo das pessoas cada vez mais “presas” às rotinas do dia a dia, entre outros. Além disso, é necessário avaliarmos as novas gerações! O comportamen-to deles é completamente diferente. A famosa geração Y cresceu e muitos outros estão vindo com eles! Não podemos achar que essa geração ficará duas horas em um supermer-cado para realizar uma compra, por exemplo.

(em cima)Equipe reunida na sede da ShopDelivery em Salvador durante reunião de ações estratégicas. (embaixo) Equipe de atendimento da empresa orienta novos clientes sobre o comércio eletrônico

Fotos: Divulgação

Quais são os três primeiros passos para quem quer investir no e-commerce?A primeira coisa é conversar internamente com os colaboradores de sua empresa, fazer as pessoas comprarem a ideia para formar uma equipe sólida que acredite nesse novo conceito e entende toda a importância dessa mudança de rota. Lembre-se: não é algo que você vai testar e sim algo que você precisa que dê certo, e isso fará toda a diferença. Logo em seguida você precisará de uma plataforma e-commerce. Lembre-se que sua loja virtual será a imagem de sua empresa na internet e fuja das soluções de baixo nível. Imagine que você precisa ver a plataforma como uma empresa que será uma forte parceira sua por muitos anos. Uma loja virtual bem feita transmite credibilidade, eficiência e segurança, que são fatores decisivos para o sucesso de um e-commerce. O terceiro passo é criar uma situa-ção de logística que atenda a seus clientes com qualidade e ofereça o suporte necessário para a fluidez do seu comércio eletrônico.

Quais técnicas podem ser aplicadas para potencializar as vendas na internet?Eu poderia falar pelo menos uma hora sobre esse assunto, mas, para resumir, você deve considerar algumas das importantes estratégicas abaixo:

Links patrocinados do GoogleO seu produto ou serviço é mostrado ao poten-cial cliente no exato momento em que ele está buscando por isso. Remarketing no GoogleO cliente acessa o seu site ou loja virtual e automaticamente começa a ver banners de sua empresa nos principais sites da internet. Anúncios no FacebookCom essa estratégia, é possível mostrar anún-cios de sua empresa para um público com uma segmentação quase inacreditável.

SEOA otimização nas buscas gratuitas dos bus-cadores é importante, pois tende a reduzir significativamente o seu investimento em marketing de busca. Para um bom trabalho, nesse sentido, é importante mais uma vez a escolha da plataforma de sua loja virtual e a contratação de uma agência especializada nesse tipo de serviço.

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08 Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

O Segs (Sistema de Excelência em Gestão Sindical) teve mais um ciclo iniciado no ano de 2014. Para marcar o abertura do pro-grama, que tem provocado uma verdadeira revolução na gestão sindical do comércio patronal em todo o Brasil, a Fecomércio--BA promoveu palestra com o gerente de Programas Externos da CNC, Rodrigo Wepster, na reunião de diretoria do mês de fevereiro, na Casa do Comércio. Wepster discorreu sobre o tema “A função da entidade sindical na construção e defesa de suas agendas”, apresentando inicialmente os conceitos que envolvem o associativismo, a liberdade sindical e o Sistema Comércio, bem como a evolução histórica do sindicalismo patronal no Brasil. “Sindicato existe para fazer aquilo que o empresário sozinho não consegue fazer”, resumiu. Na ótica da CNC, a prestação de servi-ços é uma função acessória do sindicato, que é de fundamental importância por gerar receitas para a entidade e potencializar a representatividade. Ao aderir ao Segs, o sindicato participa de uma série de capacitações ao longo do ano, que culminam em um intercâmbio de avaliações entre os participantes ao final do ciclo. Mais de dez sindicatos participam do programa em 2014. Além das entidades sindicais, as próprias federações têm a opor-tunidade de participar do Segs e se autoanalisar.

CURTAS

SEGS 2014 TEM INÍCIO E POTENCIALIZA GESTÃO SINDICAL

Carlos Andrade, vice-presidente da Fecomércio-BA, Rodrigo Wepster, gerente na CNC, Carlos Amaral, presidente da Fecomércio-BA (da esq. para dir.)

Foto: Divulgação

Fotos: Divulgação

SERVIÇOS QUE OS SINDICATOS PODEM OFERECER COM O APOIO DA FECOMÉRCIO-BA E DA CNC

COMO PARTICIPAR?

Plano de Saúde Certificação Digital Informações de Crédito

O grupo destina-se prioritariamente aos comerciários aposentados, dependentes de comerciários e dependentes de servidores, a partir dos 60 anos. Nos dois primeiros meses do ano, os cadastros dos já associados são renovados. Assim, no mês de março, são disponibilizadas novas vagas para inscritos no Sesc. Os interessados devem comparecer à respectiva unidade para se inscrever. O ingresso de usuários não comerciários fica condicionado ao número de vagas não preenchidas pela clientela comerciária.

O Sesc Rua Chile completou, em 21 de fevereiro, duas décadas dedicadas ao trabalho social com idosos. Essa área de atuação do Sesc objetiva uma melhor qualidade de vida à terceira idade. A data foi motivo de comemoração, reunindo colaborado-res e os mais de 700 integrantes do grupo Fonte de Vida – os idosos inscritos no programa, em sua maioria comerciários aposentados. O Fonte de Vida tem a coordenação de Sued Lago, gerente da unidade. Canto coral, dança, artesanato, passeios, viagens e até confecção de fantasias com sucata es-tão entre as atividades enumeradas pelo aposen-tado Adalberto Lima, 80 anos, que é do Fonte de Vida há dez anos. “Minha vida é muito agitada gra-ças ao Sesc. Tenho o maior carinho por esse gru-po”, ressalta ele, que participa junto com a esposa Maria Lima. “Atuamos na perspectiva de reafirmar o idoso participativo, buscando novas atividades para manutenção do interesse pela vida”, explica a assistente social da unidade Kátia Gesteira.

20 ANOS DE TRABALHO SOCIAL COM IDOSOS

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09Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

FECOMÉRCIO-BA É A CAMPEÃ NO RANKING DA CNC DE EMISSÃO DE CERTIFICADOS DIGITAIS

A Fecomércio-BA ficou em primeiro lugar na emissão de certificados digitais durante o ano de 2013, no ranking divulgado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O certificado digital é um documento eletrônico que comprova a identidade de uma empresa, permitindo que ela atue com segurança pela in-ternet em processos de compra e venda, além de facilitar transações eletrônicas diversas. Desde o ano de 2011, a direção da Fecomércio-BA tem investido na interiorização da certificação digital. Além de Salvador, foram inaugu-rados pontos de atendimento nas cidades de Alagoinhas, Camaçari, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Paulo Afon-so, Ribeira do Pombal e Teixeira de Freitas. Muitos deles funcionam nas próprias sedes dos sindicatos filiados, be-neficiando os comerciantes dessas cidades.

Primeira reunião do GT Sindical em 2014, na Casa do Comércio

Foto: Divulgação

GT SINDICAL DA FECOMÉRCIO-BA RETOMA OS TRABALHOS COM FORÇA TOTAL

CURSO DE GESTÃO SINDICAL DO SENAC MOTIVA PARTICIPANTES

A Fecomércio-BA dá continuidade em 2014 a um dos principais projetos desenvolvidos no ano passado – o GT (Grupo de Traba-lho) Sindical, que reúne representantes de todos os componentes do Sistema, entre sindicatos filiados, diretoria da Federação, Sesc e Senac. A primeira reunião do ano ocorreu em 31 de janeiro, na Casa do Comércio, com a participação de 11 presidentes de sindi-catos. “Com o retorno das reuniões mensais do grupo, retomamos as linhas de ação prioritárias do nosso planejamento, que tem como objetivo ampliar a representatividade e fortalecer os sindi-catos do comércio patronal em todo o estado”, explicou a gerente de Relações Institucionais e Sindicais da Fecomércio-BA, Cristina Maeda. Dentre as ações apontadas pelo grupo, estão a criação de novos produtos e serviços, o treinamento em Gestão Sindical e o programa de visitas às sedes sindicais. “Reiniciamos as visitas técnicas no mês de março, quando estivemos nos dois sindicatos filiados localizados em Ilhéus”, disse Cristina.

Duas turmas do curso Gestão Sindical – o treinamento pioneiro desenvolvido pelo Senac Bahia para atender ao GT Sindical – foram concluídas até março. História do sindicalismo, liderança e nego-ciação coletiva estiveram entre os temas abordados nas aulas, que uniram momentos presenciais e de ensino a distância (EAD). Para Antonio Chaves, presidente do Sindescobrimento, essa iniciativa representa um avanço para todo o Sistema: “O curso nos proporcio-nou novas áreas de conhecimento acerca do sindicalismo. O Siste-ma Fecomércio-BA se beneficia com pessoas mais qualificadas para fazer as transformações necessárias”. Está prevista a abertura da terceira turma, com aulas em Salvador.

LIVRO SOBRE CULINÁRIA DA CHAPADA RECEBE PRÊMIO INTERNACIONAL

Com selo da Editora Senac, o livro Chapada Diamantina: Culinária & História está entre os melhores de gastrono-mia do mundo lançados em 2013. Isso porque a publica-ção recebeu o prêmio Gourmand World Cookbooks Awards 2013, na categoria Melhor Livro de Culinária Regional do Brasil. Tal distinção garante também uma vaga na disputa do The Best in the World, que elege os melhores livros por categoria entre os vencedores de cada país. O resultado do prêmio máximo da literatura gastronômica mundial sairá em maio, durante a Beijing Cookbook Fair, na China. O livro é resultado de uma ampla pesquisa so-bre a rica culinária da região da Chapada Diamantina, incluindo mais de 60 receitas, todas assinadas por an-tigos moradores e por chefs de cozinha do circuito tu-rístico local. O historiador Delmar Alves Araújo assina a pesquisa histórica e a edição é de Marília Pessoa.

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CURTAS

“É o momento de repensar o Sesc sob uma ótica regional”

Célia Batista, diretora do Sesc Bahia

SESC BAHIA SEDIA ENCONTRO DE DIRETORES REGIONAIS DO SESC NORDESTE Trocar experiências, identificar novas oportunidades, ali-nhar estratégias e, principalmente, buscar o fortalecimento do Sesc na região Nordeste. Com esses objetivos, os dire-tores regionais Sesc dos estados nordestinos e seus asses-sores diretos reuniram-se no Grande Hotel Sesc Itaparica, nos dias 13 e 14 de março. A oportunidade também serviu para apresentar aos executivos o hotel baiano, mais novo integrante da Rede Sesc de Hospedagem. “Esse momento é histórico. Nasceu de uma conversa informal na última reu-nião diretiva no Departamento Nacional, quando a diretora do Ceará sugeriu um encontro exclusivo dos nordestinos. É o momento de repensar o Sesc sob uma ótica regional”, declarou a anfitriã Célia Batista, diretora do Sesc Bahia. “Temos a responsabilidade de nos unir e discutir questões para ter um Sesc sempre melhor para o Brasil e para a socie-dade”, disse Regina Leitão, diretora do Sesc Ceará. Diversos temas foram debatidos nos dois dias, com destaque para os cases de implantação do Projeto Saúde da Mulher (DR Rio Grande do Norte) e do Programa Ecos de Sustentabilidade, pelo Regional Pernambuco. Experiências com processos de controladoria, PCG e ações em rede, como o Mesa Brasil e o Turismo Social, também foram discutidas pelo corpo dire-tivo. A previsão é que o segundo encontro regional de dire-tores Sesc ocorra em Natal, no mês de julho.

SAÚDE DA MULHERPrimeiro estado a operar a unidade móvel Sesc especiali-zada em exames e serviços de saúde específicos do público feminino, o Rio Grande do Norte descreveu o trabalho que vem sendo realizado há um ano e meio e que já benefi-ciou cinco municípios potiguares. Segundo a diretora de Programas Sociais do Sesc RN, Ilsa Galvão, a agilidade no atendimento (resultados de exames como ultrassonogra-fia e mamografia entregues em até 20 minutos) é o grande diferencial dessa unidade móvel, que também promove ações de educação em saúde. Os representantes dos regio-nais tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre a operacionalização da unidade e as contrapartidas mu-nicipais e estaduais envolvidas. Bahia, Ceará, Maranhão e Pernambuco são os próximos estados a receber a carreta Saúde da Mulher em 2014. PROGRAMA ECOSPernambuco foi o quarto regional Sesc no Brasil a implan-tar o programa de sustentabilidade, que propõe a mobiliza-ção do público interno em torno das questões ambientais. “Para elaborar o plano de implementação do programa, o primeiro passo foi levar o corpo gerencial ao Sesc Panta-nal. Essa visita técnica serviu como uma grande vivência e sensibilização para toda a equipe”, contou Silvia Cavadi-nha, diretora de Programas Sociais do Sesc PE. Também foi promovido um grande evento de lançamento do Ecos para os funcionários, com a finalidade de comunicar objetivos e metas do programa, além de entregar kits promocionais a todos os colaboradores. O programa Ecos é apoiado por um forte trabalho de comunicação, que inclui peças informati-vas, website e atuação em redes sociais.

Diretores do Sesc e assessores estiveram reunidos no Grande Hotel Sesc Itaparica

Foto: Cesar Vilas Boas

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FECOMÉRCIO-BA APRESENTA ASSESSORIA LEGISLATIVA À BANCADA FEDERAL BAIANAUma comitiva da Fecomércio-BA, formada pelo vice-presidente Carlos Andrade, pelo superintendente Paulo Studart e pelo assessor institu-cional Edmundo Bustani, esteve em Brasília cumprindo agenda de vi-sitas aos parlamentares baianos. A meta foi apresentar a recém-criada Assessoria Legislativa da Federação, a qual tem por objetivo ser par-ceira da bancada baiana, contribuindo nos projetos de lei e políticas públicas que envolvam o comércio. Também foram apresentados os investimentos do Sistema Fecomércio-BA no interior da Bahia, como a construção de novas unidades Sesc e Senac em cidades como Jacobina, Alagoinhas e Porto Seguro. Os deputados Arthur Maia, Alice Portugal, Amauri Teixeira, Daniel Almeida, Roberto Britto, José Carlos Araújo, Sergio Brito, Felix Mendonça Júnior e Paulo Magalhães receberam a Federação. Todos se colocaram à disposição para debater assuntos de interesse do Sistema Fecomércio. “Enxergo muitas parcerias entre o Sesc e a Comissão de Cultura da Câmara que irei presidir”, salientou Alice Portugal (PCdoB) na visita ao seu gabinete. Já o deputado Arthur Maia ratificou seu apoio na defesa do projeto de lei do Novo Código Comercial, do qual é grande articulador.

SISTEMA FECOMÉRCIO-BA CONFIRMA SESC E SENAC EM IRECÊ

O prefeito de Irecê, Luizinho Sobral, o presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos Amaral, e o presidente do Sincom, Edvaldo Lima de Oliveira (da esq. para dir.)

Pela primeira vez o Turismo Social do Sesc Bahia levou um grupo ao arquipélago de Fernando de Noronha

Situada a 478 km de Salvador, Irecê será uma das pró-ximas cidades baianas a ganhar unidades Sesc e Senac. A confirmação se deu com o decreto municipal publi-cado em fevereiro, através do qual a prefeitura autori-za a criação do loteamento onde serão construídas as unidades. O presidente Carlos Amaral falou dos pró-ximos passos antes de dar início à construção. “Agora vamos elaborar os projetos arquitetônico e comple-mentar e posteriormente será deflagrada a concorrên-cia pública para a obra. A nossa previsão é de que o evento de lançamento da pedra fundamental ocorra até abril”, explicou o presidente, que tem na interiori-zação um dos pilares da sua gestão. A previsão de con-clusão das obras é para 2016. “Com 72 mil habitantes, Irecê é uma cidade de comércio muito forte”, frisou o prefeito de Irecê, Luizinho Sobral. “O empenho do sindicato patronal do comércio de Irecê e de todos os empresários da cidade foi fundamental para a concre-tização desse sonho. O Sesc e Senac vão trazer, sem dúvida, ainda mais desenvolvimento para a cidade”, completou o governante.

O programa Turismo Social do Sesc Bahia levou o primeiro grupo de 38 visitantes ao arquipélago de Fernando de Noronha, entre os dias 19 e 24 de fevereiro. A viagem proporcionou oportunidades de lazer, integra-ção pessoal e enriquecimento cultural em um dos mais bonitos destinos turísticos do Brasil. O grupo foi formado por 31 comerciários e seus de-pendentes, além de conveniados. A missão do Sesc nessa área é a de criar possibilidades para que as pessoas conheçam o país, através de viagens e passeios de curta, média ou longa durações a um custo mais acessí-vel do que o do mercado, democratizando o acesso a viagens, passeios e hospedagem. Através do Turismo Social, o Sesc leva seus clientes para todo o país, com guias cadastrados pela Embratur, seguro de viagem e os roteiros mais variados possíveis, especialmente criados para destacar os aspectos sociais e culturais da população. A programação das viagens está disponível nas unidades do Sesc, através da agenda mensal de pro-gramação, cartazes e mala direta via e-mail para os clientes cadastrados e empresas do comércio de bens, serviços e turismo.

TURISMO SOCIAL DO SESC EM FERNANDO DE NORONHA

Foto: Cesar Vilas Boas

Foto: Divulgação

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Com o jeito feminino

A EMPRESÁRIA AVANI PEREZ DURAN É A FORÇA DA MULHER NO DIA A DIA DA LR TURISMO, EMPRESA QUE JÁ CONQUISTOU O TÍTULO DE MELHOR QUALIDADE DE SERVIÇO DAS AMÉRICAS

PASSOS CERTOS

V aidosa como a maioria das mulheres, a soteropolitana Avani Perez Duran é avessa

a fotografias. Prefere falar do tra-balho dela à frente da LR Turismo, operadora baiana dedicada ao turis-mo receptivo, ou, como ela mesma define, uma empresa que vende a Bahia para o mundo.

Desde que assumiu o controle acionário da LR, no fim dos anos 90, Avani enfrentou o desafio de reerguer o receptivo local que, à época, sofria com a decadência do turismo baiano. A empresária usou o know-how herdado de uma família proprietária de hotéis em Salvador para administrar e repaginar a em-presa, fundada em 1973.

A primeira ação foi ampliar o número de clientes do exterior para aproveitar o momento em que o governo baiano planejava incluir Salvador na rota de destinos turísti-cos. Ela viajou para buscar referên-cias, participar de feiras e saber o que o turista de fora queria. O que mais a incomodava era o fato de a capital baiana nunca ser o destino principal. “Os operadores ficavam no Rio de Janeiro e compravam de nós apenas uma ou duas noites em Salvador”, conta. “Eram eles que ma-nipulavam a vinda do passageiro ao Brasil, e Salvador ficava à margem dos operadores”, completa.

Para resolver esta questão, Avani precisou vender a Bahia di-retamente. Abriu mão dos clientes do Rio de Janeiro e transformou a LR em uma operadora de viagens. “No começo, o número de clientes caiu, mas logo a lucratividade e o acesso cresceram. Entramos direto como operadores e com pacotes inéditos”. Os passageiros, que

Foto: Divulgação

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antes passavam uma ou duas noites, começaram a aderir a pacotes de uma semana na capital baiana, com direito a retorno. “Sempre levei o lema de que a Bahia é um destino e não uma opção”, enfatiza a empresária que é diretora da Fecomércio, conselheira do Senac e integrante ativa da Câmara de Turismo da Fecomércio-BA.

A chave do sucesso para ela é a diversidade de produtos. “Precisamos de criatividade e sempre renovar. O mesmo produto cansa e o visitante que vem uma vez não quer ver a mesma coisa da próxi-ma”, defende. Hoje, a LR Turismo atua no transporte aéreo assim como no marítimo, sendo pioneira na realização de passeios na Baía de Todos-os-Santos.

Apesar de ser muito respeitada no mercado, Avani se lembra dos tempos em que ser mulher era um obstáculo a ser enfrentado na hora de fazer negó-cios. “Os diretores de companhias aére-as, de hotéis, de operadoras turísticas... Todos são homens. Eles se perguntavam: ‘Será que eu posso confiar numa mu-lher?’”, lembra. “O que todos precisam saber é que a mulher se prepara muito para chegar em um posto de gestão, jamais ela dá uma opinião sem ter lido algo antes porque sabe que pode gerar dúvidas”, diz a empresária, que guarda na memória o dia em que ganhou com a LR Turismo o título de melhor qualidade de serviço das Américas. “Eu sou muito respeitada quando assumo a posição de fazer um negócio. Todos me ouvem. Estou me atualizando sempre. Esse é o segredo”, completa.

Foto: Alberto Coutinho/Secom

Foto: Carol Garcia/Secom

Foto: Alberto Coutinho/Secom

“Sempre levei o lema de que a Bahia é um destino e não uma opção”

Exemplos de pontos turísticos de Salvador trabalhados pela LR Turismo

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Foto: César Vilas Boas

CAPA

CASADA, É GRADUADA EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS E PÓS-GRADUADA EM MARKETING PELA UNIFACS, É EMPRESÁRIA, VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DA BAHIA

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Q uem é empresário sabe muito bem como é trabalhoso colocar as coisas no lugar den-tro de nossa organização. Imagine em uma

cidade. Pois essa é a missão de Rosemma Maluf, ex-empresária que ergueu as mangas da camisa e topou o desafio de ser titular da Secretaria de Or-dem Pública (Semop) de Salvador. É ela a responsá-vel por cuidar do ordenamento do espaço público da cidade (incluindo feiras livres, ambulantes), da parte estética (cartazes colados de forma irregular, carcaças de automóveis abandonados em via públi-ca), dos cemitérios, da iluminação pública, da coleta de lixo, e ainda organizar núcleos como Salvamar e Guarda Municipal. Trocando em miúdos, Rosemma cuida da casa. Um dos maiores desafios, segundo a secretária, é a herança da falta de fiscalização do espaço público: “Salvador é uma cidade que estava há tantos anos sem uma fiscalização e não vamos conseguir mudar em tão pouco tempo”. No entan-to, ela conta com a cooperação dos soteropolitanos. “Uma peça motiva a outra. Quando você vê uma cidade com gestão, com pessoas com vontade de servir, todos querem participar”.

Qual foi a realidade encontrada quando entrou na secretaria?Faltavam recursos humanos e materiais, além de não ter processos de gestão mapeados. Iniciamos arrumando a casa, colocando uma infraestrutura necessária para que a secretaria pudesse cumprir sua missão. Foi preciso mo-tivar a equipe também, fazer com que os servidores se sentissem parte deste processo de mudança. Então, co-meçamos a mapear os processos da secretaria e foi feito todo um planejamento estratégico até 2016. A secretaria não trabalhava em cima da demanda diária, e hoje nós temos metas a alcançar. Claro que ainda não estamos plenamente equipados, mas já houve um grande avanço, até no que diz respeito ao aumento do efetivo.

E qual sua avaliação do atual momento de Salvador nos temas sob sua responsabilidade?As pessoas já percebem que há um gestor, que há uma liderança. O caos do comércio informal em Salvador cres-ceu desordenadamente por falta de fiscalização. O lazer do baiano estava muito restrito aos shoppings porque as praças estavam sem ordem, o espaço público estava de-sordenado. Quem olha para Salvador de cima para baixo

Rosemma Maluf visita o subúrbio de Salvador, na localidade de Tubarão

Arrumando a casa

Foto: Divulgação

ENTREVISTA COM ROSEMMA MALUF

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Foto: Divulgação

Na posse da presidente do Sindvest, Eunice Habib; Rosemma é grande apoiadora do sindicalismo patronal na Bahia

A titular da Semop fez palestra para a Câmara de Turismo da Fecomércio; na foto, ao lado do coordenador da Câmara, Giuseppe Belmonte

CAPA

“Estamos fazendo um choque de ordem, cessando o abuso do espaço público, disciplinando as pessoas”

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Foto: Divulgação

Fiscalização da Semop em festas

populares da cidade de Salvador

está vendo que o prefeito está fazendo obras em toda a orla marítima. Já começamos a ordenar algumas áreas da cidade, estamos trabalhando na recuperação das fon-tes e iluminação pública. Estamos devolvendo o espaço público para os cidadãos poderem desfrutar. Se a cidade é boa para quem mora, imagine para o turista. Estamos fazendo um choque de ordem, cessando o abuso do espaço público, disciplinando as pessoas.

É possível os setores público e privado unirem forças para o desenvolvimento da cidade?Sem dúvidas. As parcerias público-privadas são grandes alternativas para o desenvolvimento do país. Mas elas têm de ser feitas em cima de contratos claros e demandam uma fiscalização efetiva do poder público. A iniciativa privada tem a expertise da gestão e a agilidade, o que nem sempre a gestão pública tem.

Você citou em uma entrevista que um dos maiores desafios da sua secretaria é mobilizar o cidadão. O soteropolitano está mais cuidadoso com a cidade?A gestão da cidade não é de exclusividade dos gestores públicos. A participação da população é fundamental. No Brasil, em boa parte das capitais, a coleta de lixo é alternada, é realizada dia sim e dia não. Em Salvador

isso é inverso, em 70% da cidade, a coleta é diá-ria, sendo que, em alguns lugares a coleta é feita até duas vezes no mesmo dia. O que se vê é que o cidadão tira o problema da casa e coloca na rua. O vandalismo tem gerado muito prejuízo para a cidade. Só em 2013, tivemos R$300 mil em roubos de cabos de iluminação. Com esse valor, consegui-ríamos iluminar um bairro da periferia. Acabamos de reformar a fonte da Piedade e, em três dias, as estátuas já estavam pichadas.

Com este cenário, como é possível manter a ordem pública?Isso só pode ser resolvido com educação. É preciso ampliar o conceito de que todos devem fazer parte do todo. As pessoas precisam cuidar da cidade como se fosse a casa delas. A campanha Salvador, Viva, Ame e Cuide é um bom exemplo de como a iniciativa privada pode contribuir. Afinal, para o empresário, uma cidade com infraestrutura e com cidadãos educados será benéfica para o desenvol-vimento dos negócios. Uma cidade bem cuidada incrementa o turismo, gera mais empregos, au-menta a renda e gera consumo. É um ciclo que só faz bem à cidade.

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Aumento da qualidade e da produtividade em comércio e serviços: o próximo desafio

o quadro. Nessa linha, a educação básica ocupa um papel fundamental. É inadmissível que, após mais de dez anos de educação formal, tenhamos indivíduos incapazes de executar funções matemáticas elementares, desprovidos de padrões mínimos de raciocínio lógico e sem condi-ções de se expressar corretamente. A correção de tais fragilidades via processos de recrutamento e seleção mais apurados encontra limites, sobretudo num cenário de economia aquecida e em que os profissionais mais bem qualificados possuem al-ternativas. Por mais que cursos de capacitação oferecidos por entida-des como Senac possam amenizar a situação e contribuir para uma cultura de melhoria contínua nos serviços, a responsabilidade maior aqui é do poder público.

A classe empresarial, por sua vez, pode contribuir com ações concretas para um salto nos padrões de qualidade e produtividade. Não é incomum observarmos pequenos empresários que investem em seus negócios e que designam um gerente para tocar o dia a dia, que não apre-sentam maior envolvimento com as operações e que ainda esperam manter um padrão de lucratividade capaz de permitir uma vida confor-tável. Na maior parte das vezes, a

conta não fecha e os empreendimen-tos possuem grandes chances de figurar nas estatísticas de morta-lidade empresarial. É preciso que empresários busquem desenvolver sistemas de incentivos atrelados ao desempenho que sejam capazes de induzir uma resposta adequada de seus funcionários. Por exemplo, a remuneração variável pode ser atrelada ao atingimento de metas de faturamento, porém parte pode ser condicionada ao atendimento de padrões de qualidade e indicadores de produtividade. Empresários do setor de comércio e serviços podem liderar pelo exemplo, executando, em momentos de pico, funções realizadas por seus comandados, contribuindo para a quebra do mito de que o ato de servir é uma ativida-de inferior. Isso pode fazer também com que os empresários conheçam melhor as minúcias do negócio.

Os consumidores também podem contribuir para a melhoria nos padrões de serviços, exigindo padrões de qualidade, porém de for-ma cordial e respeitosa em relação aos prestadores de serviço. O mais importante é que busquemos inovar. Afinal, como disse Albert Einstein, “insanidade é querer obter resul-tados diferentes fazendo sempre a mesma coisa”.

Sandro Cabral é doutor em Administração e professor da Escola de Administração da Ufba

INSIGHTS

Q uantas vezes nos irritamos ao nos deparar com lentidão exces-

siva, pedidos errados e falta de cordia-lidade no atendimento? Obviamente, reclamações acerca da ineficiência no setor de serviços ocorrem por todo o país, não sendo algo exclusivo da Bahia. É inegável que as tensões acumuladas entre capital e trabalho ao longo de séculos afetam os padrões observados no setor de comércio e serviços. Temos alguns ingredientes que contribuem para esse quadro, como, por exemplo, um ambiente onde a meritocracia ainda não deu o ar da graça, uma sociedade em que o “você sabe como quem você está falando?” pauta muitos relacionamen-tos e em que o servir, infelizmente, é visto como uma atividade inferior. Porém isso não deve servir de des-culpa para que aceitemos a situação como dada e nos conformemos com a máxima do “é assim, porque sempre foi assim e assim será”.

É preciso encontrar meios para romper esse círculo vicioso, uma vez que todos, empresários, consumi-dores e sociedade, perdem com um cenário de baixa qualidade e baixa produtividade nos serviços. Várias ações são necessárias para reverter

“É preciso que empresários busquem desenvolver sistemas de incentivos atrelados ao desempenho que sejam capazes de induzir uma resposta adequada de seus funcionários”

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P ara falarmos de liderança de alta performance, torna-se neces-

sário estabelecer alguns conceitos básicos e algumas diferenças entre liderança, gerenciamento e coaching.

Liderança é anunciar o futuro e convocar as pessoas para que façam esse futuro acontecer.

Gerenciamento é a coordenação de recursos e pessoas para cumprir objetivos específicos, que farão o futuro anunciado acontecer.

Coaching é ajudar as pessoas a se dedicar e a ter entusiasmo no cumprimento dos objetivos.

Portanto, para que se possa ter uma liderança de alta performance é preciso que a ação esteja integrada com esses três pilares: liderança, gerenciamento e coaching.

Temos observado nos nossos trabalhos de contratação de exe-cutivos e de consultoria de gestão empresarial que ainda é muito forte a ênfase no gerenciamento, o que tem contribuído para que as organi-zações tenham baixos resultados.

Esta postura com forte ênfa-se na gestão tem levado muitos executivos ao fracasso e isto ocorre pelas práticas de algumas atitudes tais como:

• Intimidação.• Frieza e arrogância.• Ambição demasiada.• Incapacidade de pensar e agir estrategicamente.• Incapacidade de delegar e trabalhar em equipe.

Liderança de alta performance

Tais atitudes levam à baixa produtividade e consequentemente à desmotivação.

E qual seria então o compor-tamento adequado do líder para obtenção da alta performance, ou seja, atitudes para energizar os seus liderados?

• Criar momentos de diversão no trabalho.• Deixar os liderados fazerem escolhas com maior frequência.• Oferecer permanentemente feedback construtivo.• Oferecer medidas de desempenho desafiadoras e não ameaçadoras.• Encorajar os liderados a fixar as metas que sejam representativas para eles.

Observamos então que é de fundamental importância que os líderes assumam novos papéis, dos quais se destacam:

• Parceiro estratégico da organização.• Transformador de paradigmas.• Desenvolvimento de pessoas.

Sem sombra de dúvidas, isso irá contribuir para o desenvolvimento das competências dos liderados e será revertido em resultados de alta performance.

Para adotar o alinhamento de pessoas estratégicas e resultados, é fundamental ter a transparência, o compromisso e a capacitação como pilares básicos.

Transparência no sentido de clareza estratégica, estrutura organi-zacional, valores e princípios.

Compromisso na adoção de prá-ticas de reconhecimento, remunera-ção e clima organizacional saudável e finalmente o pilar capacitação, que representa a importância da gestão do desempenho, treinamento e desenvolvimento das lideranças.

Assim, podemos observar que todas as atitudes acima listadas dizem respeito a um aspecto vital na liderança - fazer com que as pessoas se sintam importantes, pois essa é uma das maiores neces-sidades para o bem-estar psicológi-co do ser humano.

Para que tenhamos um líder de alta Performance, é necessário a adoção de comportamentos mais produtivos, como:

• Atuar como coach dos liderados.• Apoiar no estabelecimento da visão.• Disseminar os valores da organização.• Comemorar sempre os resultados por menores que sejam.• Envolver todas as partes interessadas no negócio.• Evitar o foco no curto prazo.

Concluindo, podemos dizer que o maior trabalho da liderança é agregar valor e isto se dará através de progra-mas e processos efetivos de desenvol-vimento humano visando construir excelência na liderança de pessoas para poder gerar melhores resultados para os negócios e a equipe.

Paulo Lopes é CEO do grupo Organiza, diretor da Associação Comercial da Bahia, headhunter, coach, palestrante e autor do livro “Segredos de um Headhunter”

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INSIGHTS

I novação virou moda. Cada vez mais encontramos essa palavra

sendo usada nos mais diferentes contextos e circunstâncias. Empresas inovadoras, que operam processos inovadores para lançar produtos crescentemente inovadores. Inova-ção em serviços, na administração pública, inovações sociais. Cam-panhas políticas que formatam candidatos inovadores. São exemplos que nos chegam pela mídia, pela internet pelas redes sociais. Como não poderia deixar de ser, o marke-ting se apropriou dessa palavra para enfatizar não só um possível produto inovador, mas um estilo de consumo vinculado a um modo de vida próprio da modernidade. Enfim, inovação vai se enfronhando no imaginário cole-tivo como um valor positivo, alguma coisa, mesmo que vaga, que pode nos levar à felicidade.

Com frequência, também encontramos a palavra inovação em comentários de colunistas de economia. Para alguns, inovação aparece como a palavra mágica que

A novidade é a inovação

vai dinamizar irreversivelmente a economia brasileira, levando de roldão as nossas estruturas so-ciais. Para que isso aconteça, todos - governos, empresas e até pesso-as – precisariam investir mais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para garantir a inserção do país na rota do desenvolvimento sem fim. Vista dessa forma alegórica, inovação se confunde com o “elixir da longa vida” econômica.

O conceito de inovação foi pela primeira vez proposto por Joseph Schumpeter, um economista aus-tríaco, no início do século passado. Para ele, inovação é a principal arma competitiva de empresas sub-metidas a um processo de competi-ção no mercado. A constante busca por inovações com o objetivo de su-perar os competidores e abocanhar fatias cada vez maiores do mercado se constitui, para Schumpeter, o motor da dinâmica capitalista. É a inovação que faz com que essa forma de organização econômica e social possua intrinsecamente um impulso que a direciona para sua expansão progressiva, mesmo que cíclica. Essa visão da evolução do capitalismo levou Schumpeter ao conceito de destruição criativa: para que o sistema avance, torna-se necessário destruir velhas formas de organização, de produção e velhos produtos. Para se difundir, o novo precisa se livrar do velho, principalmente das velhas estrutu-ras socioinstitucionais.

Nesse momento em que ino-vação virou moda, é importante resgatar a origem e o uso desse

conceito fundamental. Certamente que a palavra vai continuar sendo usada nos mais diversos contextos e circunstâncias, assim como ou-tras já o foram no passado. Afinal, o nosso imaginário coletivo preci-sa ser constantemente preenchido por signos que, de alguma forma, ajudem a construir uma identidade coletiva, ainda que passageira, que nos leve ao consumo e à expansão dos mercados. O público, no en-tanto, não precisa acreditar que a inovação é a panaceia que vai curar todos os nossos problemas econô-micos e mazelas sociais. Pode tam-bém ter a opção de desconfiar de reivindicações positivas a ela asso-ciadas. Pode ainda constatar que alardeadas inovações nos serviços públicos e sociais muitas vezes são coisas velhas que atrapalham o surgimento do novo. Quanto ao marketing, nada a fazer. Ele está sempre buscando novas formas de vender e, no momento, inovação está vendendo muito.

Francisco Teixeira é doutor em Ciência e Tecnologia e diretor da Escola de Administração da Ufba

“A constante busca por inovações com o objetivo de superar os competidores e abocanhar fatias cada vez maiores do mercado se constitui, para Schumpeter, o motor da dinâmica capitalista”

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N os últimos anos, o consumo interno no Brasil tem cres-

cido em razão da adoção de um con-junto de medidas, destacando-se o aumento real do salário mínimo e das aposentadorias, os programas de transferência de renda para os pobres, a redução de tributos incidente sobre alguns bens, e a ampliação do crédito.

Essas medidas têm beneficia-do muito a Bahia que, como se sabe, abriga um grande número de pobres, particularmente na região do semiárido. Dos 417 municípios baianos, 262 recebem recursos

Crescimento da renda e comércio varejista na Bahia

provenientes do Programa Bolsa Família, da aposentadoria rural, e do benefício da prestação continu-ada (programa que paga um salário mínimo para deficientes físicos e pessoas com mais de 65 anos que possuam renda inferior a um quarto do salário mínimo). A soma desses recursos é superior àquele que mui-tas prefeituras recebem do Fundo de Participação dos Municípios.

Em razão dessa realidade, na composição do PIB baiano, o setor de serviços, que engloba o comér-cio varejista e é por ele fortemente influenciado, tem exibido taxas

de crescimento superiores às da agropecuária e da indústria. Por ser um segmento intensivo em mão de obra e gerador de fortes efeitos multiplicadores sobre a indústria e a agropecuária, seu desempenho tem sido crucial para garantir o cresci-mento econômico da Bahia, atrair indústrias para o estado, e viabilizar o acesso dos novos consumidores, especialmente os oriundos das ca-madas pobres, aos bens de consumo.

Oswaldo Guerra é doutor em Economia pela Unicamp e professor associado da Faculdade de Economia da Ufba

“Dos 417 municípios baianos, 262 recebem recursos provenientes do Programa Bolsa Família, da aposentadoria rural, e do benefício da prestação continuada”

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SINDICATOS

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia reúne um total de 29 sindicatos filiados. O ano de 2014 é um período de renovação na gestão desses sindicatos, quando os dirigentes tomam posse para o novo mandato e iniciam os trabalhos com foco no desenvolvimento setorial e na filiação de novos associados. A maioria dos sindicatos já fez suas eleições e boa parte dos presidentes foram reeleitos. Confira as expectativas de alguns deles:

NOVA GESTÃO

Francisco de Assis FerreiraSindicato Patronal do Comércio de Paulo Afonso

“Nosso desafio para este novo mandato é convencer os representados a se filiarem ao sindicato. Nós temos algumas ações como a representação do sindicato na Federação e a representação jurídica, estamos criando assessoria jurídica, além de mais de 10 convênios com clínicas e casas comerciais. Tudo isso faz parte de um trabalho para se consolidar como sindicato. Vejo que os filiados só recorrem ao sindicato para as convenções, que são essenciais, mas acredito que nós vamos muito além disso. A nossa sobrevivência depende da filiação, que depende muito do que oferecemos”

Kelsor Gonçalves FernandesSecovi

“Nós adquirimos uma sede nova e estamos reformando. A nossa expectativa com a mudança da sede é passar a oferecer uma gama maior de serviços aos contribuintes. Estamos trabalhando firme para tornar o Secovi cada vez mais forte. Vamos lançar o portal imobiliário nacional assinado pelo Secovi, estamos finalizando o setor de pesquisas de mercado, conseguimos fazer a nossa revista semestral e estamos ampliando alguns convênios. Acredito que o maior desafio é conscientizar os empresários do setor de que eles precisam se aproximar do sindicato, que é um fórum de discussão de suas principais questões. Infelizmente, o empresariado do Nordeste não vê o lado do associativismo com bons olhos”

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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Isaque Neri Santiago NetoSindicato Patronal de Jacobina e Região

“O Sindpat passa por um novo momento. Conseguimos mudar a nossa sede, que antes ficava dentro de um prédio da Associação Comercial, e hoje estamos em um espaço maior, bem localizado, de fácil visibilidade. Creio que esta mudança deve gerar mais captação de associados. Aumentar este número é uma das nossas vontades, por isso aumentamos a nossa presença na internet, com site e redes sociais. Mudamos também a nossa diretoria, o que traz novas ideias e projetos”

José Carlos Moraes LimaSindicato do Comércio de Feira de Santana

“Enfrentamos uma dificuldade muito grande na captação de novos associados, por isso estamos preparando um portfólio com benefícios, como cursos de idiomas, academia, aluguel de carros, para conseguir atrair esse público. Também tivemos o cuidado de renovar alguns diretores para que possamos ter quatro anos de maior crescimento. Nosso principal objetivo é crescer a filiação de empresas e dar um melhor atendimento para nossos associados”

Juranildes Melo de Matos AraújoSindicato do Comércio Patronal de Camaçari e Região

“Estamos montando um plano de ação estratégica para trazer os empresários para mais perto da gente. Queremos procurar formas de fazer com que eles sejam mais proativos. A nossa meta é aumentar o número de filiados e, para isso estamos treinando pessoas para vender seguros, o que gera receita, e montando um curso do eSocial para os empresários, a fim de suprir suas necessidades. Além disso, estamos nos organizando juntamente com a prefeitura, governo do estado e diretores, para ter a nossa sede própria”

Antônio de Oliveira Costa Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus

“Queremos incrementar mais ainda o sindicato e fazer uma série de convênios, melhorar a administração interna e procurar fazer um atendimento melhor ainda do que fazemos para os associados. Acredito que o principal desafio deste novo mandato é a construção do centro de lazer do Sesc.Também há a formulação de um núcleo do Senac em Ilhéus, que já atua com convênios com várias entidades, mas estamos lutando para desenvolver uma unidade aqui na cidade”

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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SENAC

Foto: Divulgação

Andeson Fonseca, Cristiano Santos Ribeiro e Antônio César Falcão embarcam para o WorldSkills Americas 2014, na Colômbia (da esq. para dir.)

B asta prestar um pouco mais de atenção para notar o nervosismo por trás do sorriso largo de Andeson Fonseca. Não é à toa. O baiano, de 20 anos, está se

preparando para viajar para Bogotá, Colômbia, onde inte-grará a delegação brasileira que fará parte do WorldSkills Americas (WSA), maior torneio de educação profissional da América. A responsabilidade é grande, já que Andeson é o representante da Bahia para disputar a medalha de ouro nas provas da categoria Serviço de Restaurante con-tra representantes de outros seis países.

Para chegar ao WorldSkills, o caminho não foi curto. O candidato, ex-aluno do PSG (Programa Senac de Gratuida-de), passou por treinamentos e participações nas etapas es-

Com um brilho no olhoO JOVEM ANDESON FONSECA REPRESENTA A BAHIA NO MAIOR TORNEIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DA AMÉRICA

colar, regional e nacional. Andeson se inscreveu no Se-nac para se aperfeiçoar como garçom em seu primeiro emprego, em uma lanchonete. Foi aí que descobriu que essa era a sua vocação. “Tinha passado nos vestibulares de fisioterapia e nutrição também, mas não quis seguir. Parece que o destino me trouxe para cá”, diz.

Durante o curso, ele despertou a atenção do profes-sor Antonio César Falcão, hoje treinador de Andeson para o WSA. “Eu me lembro até hoje quando o pro-fessor César me falou desta oportunidade e disse: ‘Eu quero ver esse brilho do olhar no resultado do pódio, quando você ganhar o ouro’”, comenta entusiasmado.

Em Bogotá, Andeson será testado em quatro módulos: o bar, onde o participante apresenta seu co-nhecimento em drinques clássicos; o módulo banquete, no qual Andeson servirá um menu preestabelecido; o jantar fino e, finalmente, o bistrô. A intenção é revelar o garçom em todas as áreas de atuação e ainda mostrar como ele desenvolve a sua criatividade para possíveis mudanças no decorrer das provas. Andeson se prepara por oito horas todos os dias nos restaurantes do Senac e presta atenção aos conselhos dos professores.

O professor Cristiano Santos Ribeiro tem muita experiência para inspirar Andeson. Medalha de ouro e

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Foto: Fabio Carvalho

Instrutores do Senac Bahia ao lado da diretora Marina Almeida e do vice-presidente Carlos Andrade, na abertura do festival gastronômico, em Brasília

A intenção é revelar o garçom em todas as áreas de atuação e ainda mostrar como ele desenvolve a sua criatividade para possíveis mudanças no decorrer das provas

Brasília com toque de dendêA capital federal ficou mais baiana entre os dias 18 e 20 de janeiro, durante a Semana de Gastronomia Regional: Bahia. Nesse período, o Senac Bahia levou ao Planalto Central os sabores típicos da culinária baiana. O evento, realizado nos Restaurantes Escola Senac do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), em Brasília, apresentou uma verdadeira via-gem pela história da formação da cultura baiana.

“Divulgar a gastronomia baiana no país e no mundo é uma das metas do segmento de Hospi-talidade e Turismo do Senac Bahia”, afirmou a diretora Marina Almeida durante a ocasião. Esta-va lá também o vice-presidente Carlos Andrade, além de executivos da Federação.

Cerca de 1.500 pessoas foram agraciadas pelo sabor inconfundível da comida baiana durante os três dias. Nos dias 18 e 19, o restaurante da Câmara serviu um buffet de iguarias típicas semelhante ao dos restaurantes Casa do Comércio e Pelourinho. Os res-ponsáveis pelo cardápio foram os chefs André Batista Gomes, Adriano Caldas e Sidney Santos. O restauran-te do Senado ofereceu cardápio a la carte como acarajé, abará, além de bobó de camarão e xinxim de galinha como pratos principais. As sobremesas foram baba de moça, pudim de tapioca e quindim.

Esta foi a segunda semana gastronômica temáti-ca promovida em Brasília pelo Senac Gastronomia/Departamento Nacional. A primeira foi dedicada à culinária mineira. A próxima missão do Senac Bahia será apresentar a comida baiana em New Orleans, nos Estados Unidos, em abril.

prata nas WSA de 2010 e 2012 respectivamente, desta vez, Cristiano representará o Brasil no júri da compe-tição de 2014. “O torneio é um grande encontro dos educadores, que estão ali para verificar a excelência”, diz. O treinamento, conta Cristiano, pode levar até dois anos, já que o candidato passa por etapas. “No caso da cozinha, o aluno treina com 100 tipos de ingredientes diferentes e uma semana antes da prova, os técnicos decidem alterar e incluir novos itens. Isso faz com que o aluno demonstre o melhor apuro técnico, que é o que a gente quer ver”, comenta.

Se Andeson ganhar a medalha de ouro em abril, já estará classificado para a etapa mundial, que será realizada em São Paulo em 2015. Finalizando esta úl-tima etapa, ele é agraciado com um curso de idioma, estudos fora do país e incentivos em universidades. “A ideia é que ele possa, depois de tudo isso, treinar um novo competidor e passar suas experiências para uma nova pessoa”, sugere Cristiano. “Queremos que este conhecimento se multiplique e isso seja refleti-do na indústria, no mercado de trabalho”, finaliza.

O professor César, o primeiro a notar o diferen-cial de Andeson, enche-se de orgulho para falar do aluno. “Ele é um menino de origem humilde, muito esforçado, desde o começo já tinha se destacado. É muito positivo imaginar que uma pessoa tem um ideal e corre atrás disso apesar de todas as dificulda-des. As pessoas que pensam assim com certeza vão conquistar o que desejam”, comenta César. “A gente está com um friozinho na barriga, mas acreditando que vamos fazer um excelente trabalho, é só acredi-tar e se preparar”, finaliza Andeson.

A coordenadora das competições de Educação Profissional do Senac Bahia, Crystiane Matos, lem-bra que o Regional tem histórico de bons resultados em torneios internacionais: “Dois alunos do Senac Bahia, das ocupações Serviço de Restaurante e Cozi-nha, já estiveram entre os dez primeiros colocados do WorldSkills Internacional, em 2011, na Inglater-ra, numa competição que envolveu países de todo o mundo. Isso é prova de que o Senac Bahia vem formando profissionais bem preparados nas suas habilidades técnicas”, disse Crystiane.

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SESC

U m lugar a favor do conhecimento. Este é o propósito da Escola Sesc Nazaré Zilda Arns, localizada no bairro da Saúde, em Salva-dor, Bahia. Alunos, todos dependentes de comerciários baianos,

divididos em 18 turmas de educação infantil e fundamental, encontram-se diariamente para ser abastecidos de educação de melhor qualidade, como garante Denise Santos, diretora da instituição. “O Sesc Bahia não mede esforços para que essa educação de ponta seja executada”, conta. “Temos um comprometimento com a transformação pela qual a sociedade está passando. Queremos viajar juntos nesta mudança”.

Inaugurada em 17 de fevereiro, a escola, que leva o nome da fundado-ra da Pastoral da Criança, tem uma importância especial para a diretora do Sesc Bahia, Célia Batista. Tendo iniciado sua carreira no Sistema na área de educação, a diretora fala sobre a construção da escola, que antes funcionava dentro de uma unidade do Sesc em Nazaré. “Antes a

Onde a educação floresce

Foto: Divulgação

ESCOLA SESC NAZARÉ ZILDA ARNS MISTURA INOVAÇÃO E EDUCAÇÃO PARA MAIS DE 400 ALUNOS EM SALVADOR

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área de recreação coberta, pátio, sala de inclusão digital, sala de habilidades de estudos, quadra de esportes e área administrativa e pedagógica.

A professora Denise Santos, diretora da escola, sa-lienta que a educação da instituição prioriza as crianças dentro de uma proposta sociointeracionista. “A educação do Sesc é transformadora. Nossa missão é contribuir para que os cidadãos de amanhã sejam transformadores”, declarou. Um dos exemplos é o “Chá com a Diretora”, uma das ações educativas do Sesc que promove o encontro entre aluno e diretora, dando a ele o caráter de gestão.

Esta não é a primeira escola Sesc na Bahia. Além da unidade de Nazaré, o Sesc tem escolas em Barreiras, Feira de Santana, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista e ainda tem projetos em andamento em Jacobina, Alagoinhas e Teixeira de Frei-tas. Segundo a diretora do Sesc Bahia, já existe um plano de ampliação da escola, a pedido dos pais dos alunos. “Tivemos a sorte de ter um imóvel ao lado da escola em que o propietário demonstrou interesse em vender seu terreno. É a nossa oportunidade para ampliar e atender até o nono ano”, comenta Célia. O projeto ainda não tem uma data de conclusão, mas os trâmites para a expansão já estão sendo adiantados.

(em cima) O presidente Carlos Amaral, a diretora do Sesc, Célia Batista, e a diretora da escola, Denise Santos, no descerramento da placa inaugural. (embaixo) Apresentação do coral de alunos na inauguração

escola tinha que dividir espaço com outros setores da unidade do Sistema e, por isso, era adaptada. Agora, conseguimos construir realmente uma escola, com todas as dependências necessárias, com uma proposta pedagógica, um projeto modelar, aplicado em todos os municípios”, diz. Para Célia, a educação é um instrumento de mudança de realidade e de transformação do mundo. Ela salienta que iniciati-vas nessa área são empreendidas pelo Sesc na Bahia desde a década de 50. “A educação não deve ter fim em si mesma, é um instrumento de mudança, de transformação do mundo. Daí a importância de atender à classe infantil, etapa fundamental de descobrimento do mundo”, comenta Célia.

“Agora eu tenho espaço para poder aprender, com ar-condicionado, quadra para jogar bola”, diz Guilher-me Carvalho, de 10 anos, aluno do 5º ano. Animado por poder participar das aulas, Guilherme ainda diz que adora participar das aulas de flauta doce e coral.

Espaço para Guilherme e para os outros 460 alunos é o que não falta. São cerca de 1.490 metros quadrados de área construída, dividida em quatro pavimentos, com três salas de educação infantil, seis salas de ensino fundamental, sala multiuso, lanchonete, refeitório,

Foto: Divulgação

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28 Revista Fecomércio-BA MARÇO 2014

ECONOMIA

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O comércio varejista da Bahia, em ja-neiro de 2014, registrou expansão de 6,7% nas vendas, em relação a

igual mês do ano de 2013, segundo informa-ções da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ocupando a 12ª posição. Essa variação superou a nacional, que registrou a taxa positiva de 6,2%, considerando a mesma base de comparação. Na análise sazonal, o varejo na Bahia cresceu 0,5%, superior à taxa de dezembro, que caiu 0,2%. O aquecimento

Vendas no varejo baiano cresceram 6,7% em janeiro, segundo o IBGE

nas vendas, na comparação entre dezembro e janeiro de 2014, pode ser explicado pelo estímulo provocado nos consumidores com o reajuste de 6,78% no salário mínimo e as liquidações realizadas no período. Os dados foram apurados por essa pesquisa realizada em âmbito nacional e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

A intensificação no ritmo de crescimento no varejo baiano se justifica em função da moderação dos preços no mês de janeiro. Conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, do IBGE, nesse mês a variação nos preços foi de 0,55%, abaixo 0,37 ponto percentual da taxa registrada em dezembro de 2013 (0,92%).

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ANÁLISE DE DESEMPENHO DO VAREJO POR RAMO DE ATIVIDADEEm janeiro de 2014, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando com-parados a janeiro de 2013, revelam que seis de um total de oito ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresenta-ram resultados positivos.

Quando observado o segmento Tecidos, vestuário e calçados e Equipamentos e ma-

GRAU DE MAGNITUDE DAS TAXAS EM ORDEM DECRESCENTE

Livros, jornais, revistas e papelaria 31,8%

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

4,7%

Móveis e eletrodomésticos 5,2%

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

12,7%

Outros artigos de uso pessoal e doméstico 12,8%

Combustíveis e lubrificantes 16,7%

teriais para escritório, informática e comu-nicação, constata-se taxa negativa de 1,6% e 41,7%, respectivamente. Para os subgrupos de super e hipermercados, o resultado apura-do foi positivo em 6,8%. O de Eletrodomésti-cos cresceu 11,1%, em contrapartida à queda de 5,0% no subgrupo de móveis.

O maior impulsionador das vendas na Bahia, em janeiro, repetindo o desempenho do mês anterior, foi o segmento de Combus-tíveis e lubrificantes. O registro pelo quarto mês consecutivo de uma taxa positiva consoli-da a mudança de comportamento do setor, que apresentou por 12 meses, outubro/2012 a setembro/2013 taxas negativas. Esse desempenho foi determinado pelo o efeito base, já que em igual mês do ano passado o segmento registrou variação negativa 9,5% e o período de férias, quando os consumidores costumam intensificar as viagens.

A segunda maior contribuição veio do segmento de Hiper-mercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista, a atividade apresentou crescimen-to devido à elevação do poder de compra dos consumidores em função do novo salário mínimo (6,8%) vigente a partir do primei-ro dia do ano ficar acima da inflação de 5,9%.

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico foi o terceiro maior impulsionador das vendas no comércio varejista da Bahia. Por englobar ramos como lojas de departa-mento, que comercializam produtos de menor valor agregado, bem como ótica, artigos esportivos, brinquedos, etc. O aque-cimento nos negócios realizados no segmento foi influenciado pela evolução positiva da massa de salários e pelas facilidades nas compras com cartão de crédito.

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Teatro Sesc Casa do ComércioEXPOSIÇÃO: UM OLHAR SOBRE O PERCURSOData: 4 a 30/4Horários: segunda a quinta, 9h as 17h, e sexta a domingo, 14h as 21hLocal: Foyer térreo

A HISTORIA DOS AMANTES Data: 5 e 6/4Horários: sábado, as 19h, e domingo, as 20hIngresso: R$60,00 antecipado e R$80,00 no dia. Desconto 70% comerciário

FILME SOLIDOES – OSWALDO MONTENEGROSessão aberta ao público com presença de Oswaldo MontenegroData: 1/4 Horário: 20h30Classificação: 14 anos

A BELA ADORMECIDA Data: 5, 6, 12 e 13/4 (sábados e domingos)Horário: 16hIngresso: R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia)Desconto 70% comerciárioClassificação: Livre

CALLAS Data: 19 e 20/04, as 20hIngresso: R$70,00 (inteira)Desconto 70% comerciárioClassificação: 12 anos

Sonho Grande de Cristiane Correa

A dica é de Carlos Andrade, vice-presidente da Fecomércio-BA

CULTURA

BAHIA BEM TEMPERADA

Dica de leitura

Programação Abril e Maio

Atores em ação na peça, que faz parte do Palco Giratório do Sesc

Buscando desvendar os diferen-ciais da gastronomia baiana, o antropólogo Raul Lody realizou pesquisas por meio da cultura e do aroma do dendê, do cravo e da canela. O estudo resultou no livro Bahia Bem Temperada: Cultura Gas-tronômica e Receitas Tradicionais. O autor mostra como a variada gama de costumes presente na história de povos africanos, europeus e orientais influenciou a formação miscigenada da gastronomia da Bahia. Com visão etnográfica, Lody descreve a comida como uma forma de comunicação entre os homens e Deus, e de resgate aos seus antepassados e tradições. Os utensílios também são abordados, como aqueles feitos de barro. Com prefácio de Tereza Paim, chefe e pesquisadora da gastronomia baiana, o livro é classificado por ela como um romance culinário, por mesclar a história cultural da Bahia com gastronomia.

Sob a direção de Rodrigo Matheus, fundador do Circo Mínimo, os atores, que são circenses e bailarinos, Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues alternam cenas cômicas e momentos imagéticos para contar a histó-ria de dois estrangeiros presos na sala de imigração de um aeroporto. Sem uso da palavra, a dupla utiliza técnicas de circo, dança e teatro em uma trama que aproxima a vida desses dois estranhos.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira ergueram, em pouco mais de quatro décadas, o maior império da história do capitalismo brasileiro e ganharam uma projeção sem precedentes no cenário mun-dial. Eles compraram nada menos que três marcas americanas conhecidas globalmente - Budweiser, Burger King e Heinz. Sonho Grande é o relato detalhado dos bastidores da trajetória desses empresários.

Título: Bahia Bem Temperada: Cultura Gastronômica e Receitas TradicionaisEditora: Senac Autor: Raul Lody

Mostra Sesc de Artes - Aldeia Olhos D’água (Feira de Santana) LIRINHA (PE)Data: 5/4, as 20hLocal: Teatro de Arena do Centro de Cultura Amélio AmorimIngresso: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)Classificação: 14 anos

RECITAL POÉTICO COM LIRINHA (PE)Data: 6/4, as 17hLocal: Foyer do Teatro da CDLIngresso: Gratuito/capacidade limitada

SOLAMENTE FRIDA –PALCO GIRATORIO (AC)Data: 9 e 10/4, as 19h30Local: Centro de Cultura Amélio AmorimIngresso: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)Classificação: 14 anos

NAMÍBIA, NÃO!Data: 8/4Horário: 19h30Local: Centro de Cultura Amélio Amorim Ingresso: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)Classificação: 14 anos

HOMENS DE SOLAS E VENTOSData: 19 e 20/4Horário: 20h (sábado) e 19h (domingo)Ingresso: R$10,00 e R$5,00Classificação: 8 anosLocal: Teatro Jorge Amado, em SalvadorObs.: Por necessidades técnicas, o espetáculo não será realizado no Teatro Sesc Senac PelourinhoDias: 11 e 12/4, em Feira de SantanaDias: 15 e 16/4, em Jequié

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Escola Sesc NazaréZilda Arns

Com uma estrutura física muito mais ampla, moderna eexclusiva ao campo educacional, no dia 17 de fevereiro de 2014,

o Sesc inaugurou mais uma Unidade na capital baiana:a Escola Sesc Nazaré Zilda Arns.

Nesses 67 anos de atuação com foco em educação, o compromisso histórico do Sesc se materializanesse empreendimento que atende a 156 crianças, de 3 a 5 anos, na Educação Infantil,

e 303 alunos, de 6 a 10 anos, no Ensino Fundamental.

Como disse a Diretora Regional, Célia Batista, em seu pronunciamento: “A educação não é um fim em si mesma, mas um instrumento de mudança da realidade e de transformação do mundo.”

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