Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

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FECOMÉRCIO INFORMATIVO PUBLICAÇÃO MENSAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS - SISTEMA FECOMÉRCIO MINAS, SESC, SENAC E SINDICATOS TIRAGEM 150.000 EXEMPLARES COMPROVADA PELA SOLTZ, MATTOSO & MENDES AUDITORES INDEPENDENTES BELO HORIZONTE - MAIO 2012 - EDIÇÃO 375 www.fecomerciomg.org.br SESC PROJETO SESC PARTITURAS É LANÇADO DURANTE CONCERTO EM BH A Fecomércio Minas e a maioria dos Sindicatos es- tipularam como data para o vencimento da Contribui- ção Confederativa o dia 31 de maio. O pagamento des- te tributo é uma forma de o empresário contribuir para o crescimento do setor do comércio de bens, serviços e turismo, com o fortaleci- mento das entidades que o representam. PÁGINA 3 Neste ano, 11 cidades do interior de Minas vão receber o Fórum Empre- sarial Fecomércio Minas, evento que leva conheci- mento aos empresários, com a participação de palestrantes reconhecidos nacionalmente. PÁGINA 8 CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA FORTALECE SETOR TERCIÁRIO COMEÇA NOVO CICLO DO FÓRUM EMPRESARIAL JURÍDICO TRIBUTOS Fecomércio discute ST com o Governo de Minas. Página 25 1 2 3 PAGAMENTO DO TRIBUTO POSSIBILITA A CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS ÀS EMPRESAS DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO SENAC CONCLUÍDO O CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA QUALIDADE SEBRAE CIDADES MINEIRAS CRESCEM ACIMA DA MÉDIA NO TURISMO DE NEGÓCIOS Priscilla Ázara Dila Puccini/Sesc Minas MERCADO EXPORTAÇÃO Saiba como exportar seus produtos para a Rússia. Página 22 COMÉRCIO EXPECTATIVA Empresários otimistas para as vendas no Dia dos Namorados. Página 17

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Edição de maio do Jornal Fecomércio Informativo.

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fecomércioinformativo

Publicação mensal do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - sistema fecomércio minas, sesc, senac e sindicatos

tiragem

150.000exemPlares

comProvada Pela soltz, mattoso & mendes auditores indePendentesbelo Horizonte - maio 2012 - edição 375

www.fecomerciomg.org.br

SESCProjeto SeSc PartituraS é lançado durante concerto em BH

A Fecomércio Minas e a maioria dos Sindicatos es-tipularam como data para o vencimento da Contribui-ção Confederativa o dia 31 de maio. O pagamento des-te tributo é uma forma de o empresário contribuir para o crescimento do setor do comércio de bens, serviços e turismo, com o fortaleci-mento das entidades que o representam.

PÁGINA 3

Neste ano, 11 cidades do interior de Minas vão receber o Fórum Empre-sarial Fecomércio Minas, evento que leva conheci-

mento aos empresários, com a participação de palestrantes reconhecidos nacionalmente.

PÁGINA 8

CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVAFORTAlECE SETOR TERCIáRIO

COmEÇA NOVO CIClODO FóRUm EmpRESARIAl

JurídicoTribuTosFecomércio discute ST com o Governo de Minas. Página 25

1 2 3

Pagamento do triButo PoSSiBilita a continuidade doS ServiçoS PreStadoS àS emPreSaS de BenS, ServiçoS e turiSmo

SENACconcluído o curSo de tecnologia em geStão da Qualidade

SEBRAEcidadeS mineiraS creScem acima da média no turiSmo de negócioS

Priscilla ÁzaraD

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MercadoExporTaçãoSaiba como exportar seus produtos para a Rússia. Página 22

coMércioExpEcTaTivaEmpresários otimistas para as vendas no Dia dos Namorados. Página 17

Fortalecendoo Comércio de Bens,Serviços e Turismo.

Informações:0800 031 2266

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VOCÊ PAGA UMA VEZ E ECONOMIZA O ANO INTEIRO.CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA.

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2 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375

oPinião doPresidente

PresidenteLázaro Luiz GonzagaVice-presidentesEmerson Beloti de Souza, Sebastião da Silva Andrade, Amâncio Borges de Medeiros, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, José Maria Facundes, Hercílio Araújo Diniz Filho, Iesser Anis LauarSecretáriosAnelton Alves da Cunha, Afonso Mauro Pinho Ribeiro, Bento José Oliveira, Vera Lúcia Freitas Luzia, Idolindo José de Oliveira, Caio Márcio GoulartTesoureirosMarcelo Carneiro Árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, José Donaldo Bittencourt Júnior, José Porfiro do Carmo, Alfeu Freitas AbreuConselho fiscalCarlos Alberto Salvato, Carlos Wagner do Couto, Glenn AndradeFecomércio InformativoPublicação mensal do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac e Sindicatos e do Sebrae-MGProdução – Fecomércio MinasGerência de Comunicação e MarketingAna Laura GuimarãesCoordenação de ComunicaçãoMárcia MissonEdição: Etiene Egg e Priscilla ÁzaraProdução Editorial: Marketing Fecomércio MinasProjeto Gráfico: Prefácio ComunicaçãoImpressão: Sempre EditoraTiragem: 150.000 exemplaresComprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores IndependentesCaderno Sesc:Camila Lôbo – Cordenadora de ComunicaçãoCaderno Senac:Luciana Correa – Assessora de Marketing e Comunicação Caderno Sebrae:Teresa Goulart – Gerente de ComunicaçãoFecomércio Minas:Rua Curitiba, 561Centro – Belo Horizonte – CEP: 30 170 – 120Contato: (31) 3279.3300Sesc Minas:Rua Tupinambás, 956Centro – Belo Horizonte – CEP: 30 120 – 070Senac Minas:Rua Tupinambás, 1086Centro – Belo Horizonte – CEP: 30 120 – 070Sebrae Minas:Av. Barão Homem de Melo, 329 Nova Suiça – Belo Horizonte – CEP: 30 431 – 285

exPediente pOTENCIAlIzANDO O pRESENTEE pREpARANDO O FUTURO

Hoje o Sistema Fecomércio se posiciona com a dignidade e a responsabilidade da grandeza de sua representação econômica e a importância de sua responsabili-dade social. Isto se tornou possível graças aos diretores, conselheiros e funcionários bem selecionados, capacitados, motivados e dotados de novos modelos mentais que o moderniza e dinamiza.

“Para satisfazer as necessidades de nossos clientes, daremos a eles o que eles querem receber, não o que queremos dar.” (Steve James)

Prezadas e prezados empresários, militantes do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais.

Estamos vivenciando no Sistema o alinhamento do pensamento, discurso e ações.

Uma nova onda está reorientando as ações hu-manas no mundo, que é a sustentabilidade e seus três pilares principais: o ambiental, o econômico e o social, o que não é novidade para nós, pois é parte da filosofia do Sistema S. O crescimento populacio-nal e a melhoria do padrão de vida pressionarão por novos produtos, bens e serviços. Daí as boas pers-pectivas para a economia.

Porém, a escassez de determinadas matérias-primas, como água e energia, são desafios que de-mandarão grande criatividade e investimentos. A adequação na gestão dos resíduos é outro desafio de vital importância a ser superado.

Novas matrizes energéticas estão sendo desen-

volvidas e todo este universo de transformações sugere boas oportunidades para empreender, mas apontam, também, para mudanças comportamentais e nas legislações.

Estas adequações inicialmente geram transtornos e exigem intermediações das entidades para condu-zir com razoabilidade as transições, como tem sido feito ao longo do tempo. O que está diferente agora é a velocidade e a intensidade das transformações. Portanto, para os segmentos econômicos, é impor-tante ter entidades fortes, preparadas e atuantes. Isso se transforma em fator de tranquilidade para os in-vestidores e gestores.

Dentro destes princípios é que fazemos nosso apelo para que prestigiem seu sindicato, federação, confederação, Sesc, Senac, Sebrae, pois são institui-ções que constituem grande patrimônio econômico e social . Elas defendem e fomentam a economia e o desenvolvimento da sociedade.

“Trabalhamos para construir um ambiente mais simplificado, justo e seguro para empreender.”

Pense nisso.Positividade Divina Sempre.Até breve,

lázaro luiz gonzagaPreSidente do SiStema fecomércio minaS,

SeSc, Senac e SindicatoS e do SeBrae-mg

Deus, conceda-me se-renidade para aceitar as coisas que não posso mo-dificar, coragem para mo-dificar aquelas que posso e sabedoria para reconhe-cer a diferença entre umas e outras.

Meu Deus, não consintas que eu seja um carrasco que degole ove-lhas, nem uma ovelha nas mãos de carrascos. Ajuda-me a dizer a ver-dade na presença dos fortes e me abster de inventar mentiras para ser popular entre os fracos. Se me deres a força, não me tires a compaixão. Não me deixes ser atingido pela embriaguez, quando bem-sucedido, nem pelo desespero, quando derrotado. Meu Deus, faze-me sentir que o perdão é uma manifestação de força, e a vingança, uma prova de fraqueza. E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma bastante fortitude para desculpar e perdoar. Se eu te esquecer, Senhor, não te esqueças de mim.

Comunique-se conoscoE-mail: [email protected]

Fone: (31) 3270-3308 – Fax: (31) 3201-4961Rua Curitiba, 561 – 12º andar – CentroBelo Horizonte/MG – CEP: 30170-120

Autor desconhecido

ORAÇÃO DA SERENIDADE

pRECE áRABE

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 3

SETOR TERCIáRIO BEm REpRESENTADO

em foco

PriScilla ázara

Todas as atividades, realizações e servi-ços prestados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mi-nas Gerais em favor do empresário mineiro são resultados da boa aplicação e gestão dos recursos arrecadados através da Contribuição Confederativa Patronal. Desde 1938, cum-prindo sua missão constitucional, a Fecomér-cio defende os interesses e busca a valoriza-ção social e econômica das empresas do setor terciário do Estado.

A Contribuição Confederativa é a ferra-menta da Fecomércio para revitalizar a pres-tação dos serviços que são oferecidos aos empresários e fortalecer a entidade como le-gítima representante da classe comercial. É uma obrigação prevista na Constituição Fe-deral, inciso IV do artigo 8º, para o custeio do Sistema Confederativo Sindical, e devida por todas as empresas do comércio de bens, serviços e turismo, devendo ser recolhida aos respectivos sindicatos da categoria em que se enquadram.

A Fecomércio Minas e a maioria dos sin-dicatos cobram a contribuição no dia 31 de maio; no entanto, a data estipulada para a co-brança pode variar de acordo com o sindicato. O valor que a empresa deverá recolher é de-finido pelo número de empregados declarado no Caged (veja o quadro).

BenefícioSAs entidades sindicais, por determinação

legal, desenvolvem função social, estando entre seus objetivos institucionais as negocia-ções para celebração de convenções coletivas, assistência, cursos de qualificação, convênios, entre outros.

Com o recolhimento anual da Contribuição Confederativa, a Fecomércio Minas disponi-biliza, por meio de seus departamentos e de vários convênios firmados, importantes bene-fícios para seus representados (ao lado).

eMpresas eM dia coM a contribuição confederativacontaM coM benefícios exclusivos

• assessoria Jurídica especializada

• assessoria econôMica e coMércio exterior

• assessoria sindical

• Jornal fecoMércio inforMativo

• descontos eM cursos do senac Minas

• lazer oferecido pelo sesc Minas

sErviços

• instituições de ensino e treinaMentos

• linhas de crédito

• planos de saúde

• plano de aMparo social

• certificação digital

convênios

confederativa x SindicalA Constituição da República deixa claro que

a Contribuição Confederativa existe de forma independente da Contribuição Sindical. A Fe-comércio Minas também recolhe esta contribui-ção, que é cobrada todo mês de janeiro, confor-me o artigo 578 da CLT. O seu valor é definido

por meio do capital social da empresa informado no contrato social ou capital atribuído, referen-te às filiais. Com base na tabela disponibilizada anualmente pela Confederação Nacional do Co-mércio (CNC), é definido o valor a ser cobrado. Todas as empresas são obrigadas a recolher esta contribuição, seja qual for a natureza jurídica.

Número de empregados

CoNtribuição CoNfederativa

2012

Microempreendedor

Individual (MEI)R$ 36,00

De 00 a 05 R$ 122,00

De 06 a 10 R$ 159,00

De 11 a 20 R$ 195,00

De 21 a 30 R$ 297,00

De 31 a 45 R$ 428,00

De 46 a 70 R$ 623,00

De 71 a 100 R$ 985,00

De 101 a 150 R$ 1.394,00

De 151 a 200 R$ 1.654,00

Acima de 200 R$ 1.673,00

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institucional

Jair Amaral

Profissionais do Senac ofereceram serviços gratuitos de beleza aos visitantes do estande do Sistema Fecomércio e Sindicatos e do Sebrae

SISTEmA pARTICIpA DO mINAS TRENDaléM das ações no estande, entidade trouxecoMitivas de eMpresários do interior

PriScila aBreu e PriScilla ázara

Entre os dias 25 e 28 de abril, o Expominas se transformou em um ambiente leve, aconche-gante e glamoroso para receber um dos mais prestigiados pré-lançamentos de moda e com-portamento do país. Com o apoio do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos e do Sebrae-MG e promovido pelo Sistema Fiemg, a capital mineira recebeu o 10º Mi-nas Trend Preview, que apresentou ao públi-co as novidades da coleção Primavera-Verão 2012/2013 nos segmentos de vestuário, cal-çados, bolsas, moda infantil, joias e bijuterias, bem como as novidades tecnológicas e novas informações do setor.

O Sistema Fecomércio Minas esteve pre-sente com um amplo espaço para receber os vi-sitantes, que puderam relaxar com os serviços gratuitos oferecidos pelo Senac Minas, como o spa das mãos e maquiagem. Durante a abertu-ra oficial do evento, no dia 24, o presidente do Sistema Fecomércio Minas e do Sebrae-MG, Lázaro Luiz Gonzaga, recebeu no local visi-tantes ilustres, como os secretários estaduais de Turismo, Agostinho Patrus Filho, de Plane-jamento e Gestão, Renata Vilhena, o presidente

do Sistema Fiemg, Olavo Machado, entre ou-tros.

Além do estande, o Sistema promoveu a pa-lestra “Design de Lojas”, ministrada pela con-sultora do Senac Minas Izabela Sanches, um tema importante para os empresários.

Este ano, o MTP contou com a participação inédita do setor de moda infantil e de novos profissionais na direção criativa e curadoria do Salão de Negócios. Foram apresentados 21 des-files individuais de marcas participantes, que contaram com cerca de 5 mil espectadores.

Segundo Lázaro Luiz Gonzaga, “o Minas Trend Preview reafirma a posição do Estado nos cenários nacional e internacional da moda. Para os participantes, se torna uma oportuni-dade ímpar de se atualizar e fazer negócios”, ressaltou.

comitivaS da fecomércioEntre os mais de 15 mil visitantes que pas-

saram pelo evento, estavam os empresários do comércio de bens e serviços do interior de Minas que vieram acompanhar de perto as ten-dências da moda. Comitivas organizadas pela Fecomércio, em parceria com os Sindicatos, trouxeram empresários das cidades de Barba-cena, Governador Valadares, Patos de Minas,

Ponte Nova e Santos Dumont.Um banho de civilização. Assim classificou

a empresária Heli Nassaralla, proprietária da Casa Centenário, em Santos Dumont, sobre a vinda das comitivas proporcionada pela Feco-mércio. “Meus 51 anos de mercado me deram experiência, mas tem muita gente que está co-meçando no ramo e uma oportunidade como esta ajuda a abrir os horizontes rumo à prospe-ridade dos negócios”, enfatiza. A proprietária da Cia. da Moda, Rogéria Battisteli Fernandes, de Ponte Nova, também concorda e acrescenta que este é o momento de estabelecer contatos e levar para casa o melhor do evento. “O espaço ficou muito bonito, com uma bela decoração, um excelente atrativo a bons negócios.”

Para a auxiliar administrativa do Sindico-mércio de Patos de Minas, Monalisa Carneiro, o empresário tem a chance de ampliar a visão dos negócios e, assim, aumentar as vendas, uma vez que acompanha as tendências, ao mesmo tempo, das grandes cidades. A gerente comercial do Sindicato de Barbacena, Carolina Trindade, encantada com a estrutura e organi-zação do evento, disse que “as oportunidades de crescimento do negócio surgem a todo o momento, seja em visitas aos estandes ou to-mando um café”.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 5

rePresentatividade

Paolo Xavier

Deputado federal e ex-ministro da saúde,o médico Saraiva Felipe preside a

Comissão de Seguridade Social e Família

AOS IDOSOS, CUIDADO E COmpROmETImENTOex-Ministro da saúde fala sobre necessidade de investiMentos

De acordo com dados do Censo 2010 do IBGE, exis-tem mais de 20,5 milhões de brasileiros com idade superior a 60 anos e a tendência nas próximas décadas é que esse número aumente. Um sinal de desenvolvimento humano, mas que traz uma preocupação: como cuidar desse contin-gente cada vez maior?

O ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Sarai-va Felipe (PMDB/MG) tem focado sua atuação para garan-tir o cumprimento do Estatuto do Idoso e elaborar projetos de lei que tratam da saúde e do bem-estar da população com mais de 60 anos. Dentre seus projetos, está em trami-tação uma lei que regulamenta a profissão de cuidador de idoso. “É necessário que se votem leis específicas para que seja garantido o que já está escrito em termos genéricos no Estatuto do Idoso”, explica.

Médico sanitarista, ele preside a Comissão de Segu-ridade Social e Família da Câmara dos Deputados. Ele também lutou pela regulamentação da Emenda Constitu-cional 29, que, além de dispor sobre os valores mínimos

a serem gastos anualmente em saúde pela União, Estados e Municípios, deixa claro o que são serviços e ações de saúde, evitando brechas para desvio de recursos. A lei que regulamenta a emenda foi sancionada pela presidenta Dil-ma Rousseff no dia 16 de janeiro deste ano.

Ele acredita ainda que é necessário implantar um amplo sistema de saúde que atenda a população que não conseguirá arcar com plano de saúde suplementar. Inves-timentos públicos, naturalmente, têm de ser colocados em discussão.

Mas o deputado alerta que as entidades de classe de-vem contribuir, uma vez que o poder público não conse-guirá isso sozinho. Nesse quesito, cita que o Sistema Feco-mércio Minas tem desempenhado o seu papel de maneira eficaz.“O Sistema Fecomércio tem coberto uma lacuna com os cursos de cuidadores de idosos e com os programas de turismo social que integram os idosos. Ao contribuir com o bem-estar deles, certamente há o favorecimento da saúde também”, declarou.

Fortalecendoo Comércio de Bens,Serviços e Turismo.

Informações:0800 031 2266

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VOCÊ PAGA UMA VEZ E ECONOMIZA O ANO INTEIRO.CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA.

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rePresentatividade

pRêmIO BOm ExEmplO 2012 DESTACA VOlUNTáRIOSvencedor da categoria cidadania aJudano transporte de pessoas eM trataMento Médico

Promover ações para ajudar o próximo pode não fazer parte do cotidiano da maioria dos ci-dadãos, mas os que conseguem conciliar a rotina de uma vida moderna com a prática do bem fa-zem disso uma terapia. Estes merecem evidência pela determinação. São cidadãos de exemplo, de bom exemplo.

Assim, para destacar ações sociais que con-tribuem para a melhoria da qualidade de vida em Minas Gerais, surgiu o Prêmio Bom Exemplo, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), da Fundação Dom Cabral, da TV Globo Minas e do jornal O Tempo.

A terceira edição da premiação aconteceu no dia 17 de abril, no auditório da Fiemg, e ho-menageou pessoas, empresas e instituições em nove categorias: Cidadania, Ciência, Cultura, Economia, Desenvolvimento de Minas, Educa-ção, Esporte, Inovação, Meio Ambiente e o prê-mio especial Personalidade do Ano. A intenção é valorizar o esforço, a pesquisa, o trabalho e a realização de pessoas e organizações nessas áreas.

Parceiro do evento, o Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos marcou pre-sença na premiação. O presidente do Sistema, Lázaro Luiz Gonzaga, entregou o prêmio ao vencedor da categoria Ciência. O professor da Universidade Federal de Uberlândia Valder Ste-ffen Júnior é especialista em mecânica de sóli-dos e atua na otimização de sistemas mecânicos,

dinâmica de rotores, materiais inteligentes e problemas inversos em dinâmica.

O grande destaque do evento, a categoria Ci-dadania, premia pessoas que dedicam parte do seu tempo ajudando o próximo. A comissão jul-gadora escolheu cinco finalistas e o público, por meio de votação pela internet, definiu o primeiro lugar. O grande vencedor foi Rodrigo Barcelos de Medeiros, que ajuda no transporte de pesso-as em tratamento de saúde com dificuldades de locomoção. Hoje são 35 crianças e nove idosos beneficiados com o transporte gratuito de suas respectivas residências até hospitais e escolas.

Os outros finalistas que concorreram ao Prê-mio Bom Exemplo de Cidadania foram: Denise

No dia 10 de abril, o presidente do Sistema Fecomércio Mi-nas, Lázaro Luiz Gonzaga, recebeu em seu gabinete o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pi-nheiro (PSDB). Na ocasião, eles trataram sobre a ampliação da cooperação entre as duas entidades, visando o desenvolvimento de Minas.

O deputado aproveitou a visita para convidar o Sistema Fe-comércio Minas a se engajar nas campanhas em defesa da rene-gociação da dívida dos Estados com a União e da ampliação dos recursos da União para a área de saúde, ambas conduzidas sob a liderança do legislativo mineiro.

pRESIDENTE DA ASSEmBlEIAVISITA FECOméRCIO

Soares, professora voluntária, que reserva vagas para crianças que fazem tratamento de câncer na escola que administra; Flávia Coutinho, profes-sora de português, dá “aulas solidárias” duas ve-zes por semana para alunos que não podem pa-gar, arrecadando alimentos que são distribuídos em uma comunidade carente de Contagem; José Israel dos Santos, cadeirante, maestro, supera suas dificuldades físicas para ensinar prática vo-cal a crianças carentes; José Maria Figueiredo Júnior, que ganhou o apelido “Vampiro do Bem” por organizar grupos de doadores de sangue em Nova Lima. O projeto começou há três anos e já tem 700 doadores cadastrados e 480 bolsas de sangue doadas.

Priscilla Ázara

O vencedor Rodrigo Barcelos de Medeiros (1º da esquerda para direita) e os finalistas José Maria Figueiredo, José Israel dos Santos, Flávia Coutinho e Denise Soares

O presidente Lázaro Luiz Gonzaga e o deputado Dinis Pinheiro

Paolo Xavier

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de Maneira integrada, sesc, senac esindicoMércio ofereceraM serviços durante evento

Em abril, tive-ram início o Mó-dulo II do Centro de Estudos Sin-dicais (CES) e o quinto ciclo de implementação do Sistema de Exce-lência em Gestão Sindical (SEGS). Realizados no teatro Júlio Mackenzie do Sesc Palladium, contaram com a par-ticipação de representantes dos sindicatos da capital (Sincagen, Sincateva, Sindilojas, Sindimaco, Sincofarma, Sincopeças, Sinco-

vaga), e dos sindi-catos do comércio das cidades de Araxá, Barbacena, Itabirito, Juiz de Fora, Lavras, Mon-tes Claros, Patos de Minas, Santos Dumont, São João

del-Rei, Teófilo Otoni, Uberaba, Paracatu, Varginha, Unaí e das regiões do Vale do Aço e Vale do Sapucaí. Durante os encontros, foi feita uma retrospectiva do tra-balho já realizado e apresentadas as novidades para 2012.

Polo da Zona da Mata minei-ra, Juiz de Fora é hoje sinônimo de dinamismo e prosperidade. Referência na educação, saúde e, principalmente, no comércio e na prestação de serviço, a cidade tra-ça o caminho do futuro, rumo à modernidade.

Ao longo dos seus quase 60 anos, o Sindicomércio acompanhou de perto o cres-cimento e o de-senvolvimento da cidade. São mais de R$ 148 milhões em investimentos de infraestrutura viária nos próximos dois anos, garantindo maior mobi-lidade e segurança à população na região central da cidade.

A instituição anuncia também a transposição da linha férrea do centro de Juiz de Fora. Essa mu-dança trará melhorias no fluxo do trânsito, bem como impulsionará

a economia. Sem dúvida, o comércio irá

sentir os reflexos deste bom mo-mento. Hoje, a cidade possui cerca de 6500 estabelecimentos comerciais de diversos segmen-

tos. Diferentes bairros estão expandindo suas atividades. O setor de serviços ganha destaque.

Só no último trimestre, o setor gerou

517 novos em-pregos, sendo o melhor

desempenho desde 2003. Juiz de Fora também é reco-

nhecido por seu empreendedoris-mo. A cada dia cresce o número de empresas que procuram atra-vés da inovação sua inserção no mercado. Trabalhos de orientação e capacitação profissional realiza-dos pelo Sebrae e Senac contri-buem para isso.

SISTEmA FECOméRCIOpARTICIpA DA ExpOlESTE

SINDICATOS INTEgRAm NOVAS ETApAS DO CES E SEgS

JUIz DE FORA COmplETA 162 ANOS RUmO à mODERNIDADE

Nélio Junior/Sesc M

inas

O estande do Sistema e Sindicomércio de Governador Valadares foi um dos mais movimentados

notícias sindicais

O Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, junta-mente com o Sindicomércio Go-vernador Valadares, participou, entre 11 e 15 de abril, da 14ª edi-ção da Mostra Empresarial do Les-te Mineiro (Expoleste). Realizada pela Associação Comercial e Em-presarial de Governador Valadares (ACEGV), a mostra promove, a cada ano, encontros empresariais de diversos setores da economia brasileira. A 14ª edição foi aberta oficialmente pelo vice-governador do Estado, Alberto Pinto Coelho.

“O Sistema Fecomércio vem exercendo, no decorrer dos anos, um papel fundamental para o de-senvolvimento social e econômi-co de Minas Gerais. A presença dos Sindicatos, do Sesc e do Se-nac nos eventos de promoção das atividades comerciais e de servi-ços muito contribui para o forta-lecimento dos mesmos, uma vez que induz os empresários a parti-ciparem e, assim, tomarem conhe-

cimento das inovações e das no-vidades do segmento”, destacou o vice-governador.

Hercílio Diniz Filho, presiden-te do Sindicomércio de Governa-dor Valadares e vice-presidente da Fecomércio Minas, esclarece que a Expoleste exerce um importan-te papel na cidade e região, pois movimenta o comércio e divulga os potenciais econômicos locais, atraindo investimentos e empre-gos para o município. “A Mostra Empresarial foi uma oportunida-de de fortalecer e demonstrar em serviços e produtos a importância da integração do Sesc, Senac e o Sindicato do Comércio de Gover-nador Valadares”, destacou Diniz Filho, que representou o presiden-te Lázaro Luiz Gonzaga.

Segundo o diretor do Sesc Mi-nas, Rodrigo Penido Duarte, ao todo mais de 3300 atendimentos foram feitos pelas entidades du-rante o evento, o que comprova o sucesso da participação integrada.

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sive com a participação de unidades móveis do Sesc e do Senac, além do envolvimento dos sindicatos.

oBjetivoSO Fórum Empresarial tem como objetivos principais

propiciar a troca de experiências, a promoção e ampliação da discussão sobre temas relevantes às empresas do comércio de bens, serviços e tu-rismo.

Na programação, haverá uma apresentação técnica para empresários, uma abordagem do panorama econômico da região e palestra magna, sempre com um palestrante de grande reconhecimento no mercado. Luiz Marins, Stephen Kanitz, Leila Navarro, Carlos Hilsdorf e Oscar Schmidt são alguns dos nomes que encantaram os espectadores em edições an-teriores. Em 2011, mais de 4.400 pessoas prestigiaram o Fórum nas 10 cidades por onde passou.

notícias sindicais

FóRUm EmpRESARIAlCOmEÇA Em JUNhO ciclo 2012 conta coM Mobilização dos sindicatos Paolo xavier

O Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos está preparan-do o ciclo 2012 do Fórum Empresarial, evento que movimenta as cidades por onde passa, mobiliza autoridades locais e constitui mais uma ação que marca a presença da entidade no interior de Minas. Para os empresários, contabilistas e demais públicos, o Fórum será uma noite de conhecimento e experiência, com palestrantes de renome nacional. Para a população, será uma demonstração de força do Sistema, com um toque de solidarie-dade. A integração e a interiorização, colocadas em prática pela entidade de maneira contundente em todo o Estado, terão sua expressão máxima no Fórum Empresarial.

Neste ano, o Fórum passará por 11 cidades que contam com sindicatos do comércio de bens e serviços: Barbacena, Conselheiro Lafaiete, Itabirito, Ituiutaba, Montes Claros, Patos de Minas, São João del-Rei, Teófilo Oto-ni, Uberaba, Uberlândia e Ipatinga, esta representando o sindicato do Vale do Aço. Para se ter uma ideia da dimensão do evento, em Itabirito houve um encontro entre o prefeito da cidade, Manoel da Mota, a presidente do Sindicato do Comércio de Itabirito (Sincovita), Maria Luiza Maia Olivei-ra, e colaboradores do Sistema Fecomércio. Durante a reunião, o prefeito ofereceu total apoio ao evento. Nas demais cidades, o Fórum também traz repercussões positivas com as autoridades e com toda a população.

Para o gestor do programa Fórum Empresarial, o presidente do Sin-dicato do Comércio de Sete Lagoas, Idolindo José de Oliveira, o even-to valoriza e enche de orgulho as cidades por onde passa. “Vejo que a população se sente valorizada e quer ver os palestrantes famosos que o Fórum leva. O evento é empresarial, mas toda a população é beneficiada”, comenta.

A solidariedade já é tradicional nos eventos. O programa Mesa Brasil Sesc Minas – Alimentação e Cidadania fará a distribuição dos alimentos que serão arrecadados. Todo o Sistema Fecomércio se engaja no Fórum, inclu-

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Manhua-çu, Henrique César Oliveira, e o secretário Roosevelt do Carmo Póvoa (ambos do lado direito), visitaram o presidente do Sis-tema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, no dia 24 de abril, na sede da entidade. Recém-criado, o Sindicato de Manhuaçu fir-

mou convênio de prestação de serviços com o Sistema e bus-ca estreitar os laços para o bem comum dos empresários do co-mércio de bens, serviços e turis-mo do município. Também par-ticiparam da reunião a gerente sindical da Fecomércio Minas, Tacianny Mayara Machado, e o consultor jurídico sindical Thia-go Magalhães

Paolo Xavier

Agnaldo Montesso/Prefeitura de Itabirito

A presidente do Sincovita, Maria Luiza Oliveira, e o prefeito de Itabirito,Manoel da Mota, em encontro de preparação para o Fórum Empresarial.

O evento mobiliza autoridades e toda a população por onde passa

2012

mANhUAÇU gANhA SINDICATO

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 9

notícias sindicais

O presidente do Sindicomércio de Araxá, Emílio Neumann, o presidente do Sindicomércio de Patos de Minas, Sebastião Andrade, o diretor do Sesc Araxá, Estêvão Xavier, o diretor do Sindcomércio de Montes Claros, Gilbert Lacerda, e o proprietário da Condor, Sergio Abreu

Divulgação/Sindicomércio Araxá

SEmINáRIO pARA UlTRApASSAR FRONTEIRAS

38ª ExpOARAxámOVImENTA NEgóCIOS NA REgIÃO

evento para o vareJo de aliMentos terá abrangência interestadual

sisteMa fecoMércio e sindicoMércio araxá participaraM da festa

Em um mercado empresarial tão competitivo tor-na-se cada vez mais necessária a busca constante pelo conhecimento e por novas oportunidades de negócios, principalmente para as empresas de pequeno porte. É com este objetivo que o Sindicato do Comércio Va-rejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte (Sincovaga BH) realizará nos dias 18 e 19 de junho, no Sesc Palladium (BH), o 1º Seminário de Micro e Pequenas Empresas do Varejo Alimentício da Região Sudeste. O projeto, desenvolvido em parceria com o Sistema Fecomércio Minas (entidade à qual o Sinco-vaga BH é filiado), Sebrae Nacional e Sebrae-MG, foi apresentado a parceiros, fornecedores e potenciais pa-trocinadores durante a reunião no dia 12 de abril, na sede da Fecomércio Minas.

A proposta é promover a atualização dos empresá-rios das micro e pequenas empresas do varejo alimen-tício de toda a Região Sudeste em relação às novida-des do mercado. “Estamos muito entusiasmados com a receptividade que o Seminário teve neste primeiro momento. Temos a certeza de que estamos no cami-nho certo e vamos trabalhar para que o evento seja um

Competições, shows, negócios, rodeios e recordes alcançados. Assim foi a 38ª edição da Exposição Agro-pecuária de Araxá (ExpoAraxá), rea-lizada entre os dias 9 e 22 de abril. O grande destaque foram os leilões, que geraram uma movimentação de R$ 4 milhões, número inédito entre todas as edições. O Sindicomércio Araxá, com o apoio do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, do Sebrae-MG e da Associação Comer-cial, Industrial, de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá (Acia) tam-bém participou do evento, a partir do dia 14 de abril, com o Espaço Empre-sarial.

O evento propiciou às entidades

a promoção de reuniões, debates e troca de informações com o intuito de aproximar os empresários dos mais variados recursos disponíveis para o desenvolvimento da empresa e a ca-pacitação de funcionários.

O presidente do Sindicomércio Araxá, Emílio Ludovico Neumann, ressaltou a satisfação de realizar a primeira ação conjunta com os par-ceiros, demonstrando a importância da integração. “Pela repercussão na mídia e depoimentos de empresários e parceiros, a ExpoAraxá foi um su-cesso. Em função dos diversos conta-tos realizados, temos certeza de que a iniciativa trará grandes resultados a todos”, enfatizou.

sucesso”, afirmou o presidente do Sincovaga BH, Ivo José de Castro. O seminário será, também, espaço para que a indústria alimentícia apresente seus produtos e

serviços. Além disso, a presença do Sebrae-MG, com as rodadas de negócios, contribuirá muito para a difu-são de conhecimento entre os empresários.

Dia 18 • 08h às 09h – café de boas-vindas e credenciaMento

• 10h às 12h – palestra: cenários e tendências – nelson barrizzelli

• 14h às 20h – rodada de negócios sebrae-Mg

Dia 19 • 9h às 10h30 – palestra: sucessão na eMpresa faMiliar:

conflitos e soluções – doMingos ricca

• 11h às 12h30 – palestra: vendas para a classe c – andré torretta

• 14h às 16h – palestra: liderança de resultados – suzy fleury – Moderador

sebrae-Mg

• 16h30 às 18h – palestra: Motivar pessoas é criar defensores de

sua Marca, de seu negócio – gilclér regina

• 20h30 – encerraMento

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10 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375

A Unimed-BH tem um espaçoexclusivo para a sua empresa

na Fecomércio-MG.

w w w . u n i m e d b h . c o m . b r

segunda via de boleto

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 11

notícias sindicais

RECONhECImENTO pElA lUTA E COmpANhEIRISmO

SINDBETIm VISITA FECOméRCIO E ESTREITA lAÇOS

presidente do sindicato do coMércio de uberlândia é hoMenageadoDurante a reunião da Diretoria da Fecomércio

Minas, ocorrida no dia 13 de abril, o presidente do Sindicato do Comércio de Uberlândia (Sindi-comércio-UDI), Anelton Alves da Cunha, recebeu das mãos do presidente Lázaro Luiz Gonzaga, em nome de toda a Diretoria, uma placa em reconheci-mento à sua importante contribuição ao movimen-to empresarial.

A homenagem foi ratificada pelos diretores presentes. A diretora da Fecomércio e presidente do Sindicato do Comércio de Ituiutaba, Vera Lúcia Freitas Luzia, traduziu em palavras o sentimento de todos. “Nada é mais justo que essa homenagem para esse homem, que comanda como um autênti-co sindicalista. Parabenizo, emocionada, o presi-dente Lázaro pela iniciativa em homenagear essa pessoa tão querida por nós”, declarou.

O presidente do Sindicomércio Uberlândia e primeiro secretário da Fecomércio Minas mani-festou sua gratidão e enfatizou que está e sempre estará à disposição para ajudar na defesa do co-mércio de bens, serviços e turismo. E como forma de agradecimento, deixou na memória de todos

Paolo XavierM

árcia Werneck

O presidente do Sindicomércio-UDI, Anelton Alves da Cunha, ao lado da esposa, Evânia Garcia Cunha, recebe homenagem do presidente Lázaro Luiz Gonzaga

Integração e parceria norteiam a política do Sindbetim. Na foto, a diretoria reunida com representantes das associações e entidades parceiras do Sindicato do Comércio

os presentes trechos de duas músicas – Eu Quero Apenas e Amigo – de Roberto Carlos, que, segun-do ele, expressam sua personalidade e sentimen-tos. Anelton Cunha também recebeu congratula-

ções do governador do Estado, Antonio Anastasia, durante o lançamento do Banco de Empregos do Sistema Fecomércio e Sindicatos, ocorrido logo após a reunião.

entidade sindical busca parcerias estratégicasNo dia 10 de abril, o presidente do Sindicato do

Comércio de Betim, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Esmeraldas, Juatuba e Mateus Leme (Sindbetim), Helvécio Siqueira Braga, visitou a sede do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos.

Mais que uma visita de cortesia de um sindica-to do comércio ao Sistema, o encontro entre Braga e o presidente do Sistema Fecomércio Minas, Lázaro Luiz Gonzaga, mostra a aproximação entre as enti-dades, evidenciando a integração entre todas as casas do Sistema. Entre outros assuntos, os dois presidentes relembraram a inauguração da sede própria do Senac Minas em Betim, ocorrida em fevereiro, e a sinergia entre as entidades. O encontro confirma a política do próprio Sindbetim de buscar parcerias estratégicas com entidades de interesses comuns.

Para o presidente do Sindbetim, a reunião foi pro-veitosa para alinhar estratégias conjuntas, sobretudo para o desenvolvimento do comércio de bens, servi-ços e turismo. “Temos que buscar sempre promover o comércio, criando e desenvolvendo projetos que vi-sem fomentar o setor. Temos que desenvolver ideias

que busquem a qualificação das empresas e profissio-nais, alcançando, assim, a solidez deste importante segmento econômico que contribui de forma decisi-va para o crescimento do país”, declara.

Para demonstrar a integração e o apoio buscados constantemente pelo Sindbetim, o presidente relata que na diretoria do Sindicato há espaço para várias

entidades. Associação da Mulher Empreendedora de Betim, a Associação Comercial, Industrial e Agrope-cuária de Betim e o Núcleo Integrado de Empresas do Setor Automotivo são algumas das entidades que possuem assento permanente na diretoria. Por fazer parte do Sistema Fecomércio Minas, o Sindbetim também vê na entidade um parceiro valioso.

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crcmg

FECON/mg lANÇA pROJETO ACADêmICO – JORNADA TéCNICA

A Federação dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais (Fecon/MG) promove, com o patrocínio do Sistema Fecomércio Minas, o 1° Projeto Acadêmico – Jornada Técnica, Cultural e Contábil, no município de Vargi-nha. O evento acontece nos dias 25 e 26 de maio, no Auditório da Faculdade de Ciências Contábeis e de Administração de Varginha.

O presidente da Fecon/MG, Rogério Noé, destaca que o objetivo do projeto é ofe-recer aos contabilistas, estudantes e empre-sários da cidade e região uma educação con-tinuada, com foco na valorização da classe contábil, aprofundando o conhecimento dos participantes por meio de palestras sobre as-suntos atuais voltados à profissão.

fecon

AUDITORIA INDEpENDENTE

O trabalho de auditoria é muitas vezes, equi-vocadamente, relacionado à existência de fraudes e/ou desvios de recursos e condutas. Entretanto, o principal objetivo da sua contratação é a emissão de relatório sobre demonstrações contábeis de em-presas. O relatório, feito pelo profissional registra-do em Conselho Regional de Contabilidade, avalia se as demonstrações financeiras representam ade-quadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial e financeira da empresa em determinada data, além dos resultados e fluxos de caixa de suas operações em determinado período.

Em algumas empresas, a auditoria das de-monstrações contábeis é obrigatória. É o caso das de capital aberto, para negociação de suas ações em bolsas de valores; instituições financeiras, para captar e aplicar recursos da sociedade; empresas seguradoras, administradoras de planos de saúde, entre outras. Entretanto, o trabalho dos auditores é também muito utilizado por empresas que atu-am em ambientes não regulados. Nesses casos, os empresários objetivam se assegurar, por meio da avaliação de terceiros, os auditores independentes,

dicas valiosas para o eMpresário proteger as inforMações de sua eMpresa

de que estão sendo adotadas práticas para avalia-ção de riscos e gestão, bem como se os processos de controles internos são os mais adequados para garantir os resultados esperados do seu negócio.

É também importante ressaltar o fato de a car-ga tributária no Brasil ser uma das mais elevadas do mundo e que, por meio de trabalho da auditoria independente, os empresários podem obter a segu-rança de que os impostos e contribuições sociais recolhidos pelas empresas, por eles geridas, estão sendo adequadamente apurados, em observância às normas legais vigentes.

Pela natureza do trabalho, é importante res-saltar que o Auditor Independente exerce função social relevante na medida em que contribui para garantir o fortalecimento da confiança nas rela-ções entre as empresas e todos os seus públicos de interesse: acionistas, investidores, governo e a sociedade como um todo. Por outro lado, é importante destacar que o sigilo é uma obrigação profissional, decorrente de direito inalienável da entidade auditada, e está diretamente ligado à cre-dibilidade e confiança no auditor independente,

além de estar previsto na Constituição Federal e nas normas profissionais do Conselho Federal de Contabilidade. Sua quebra só pode ser requerida na Justiça, como também ocorre com outras pro-fissões regulamentadas.

Divulgação C

RCM

G

Paulo Cezar Santana Vice-presidente de Fiscalização do CRCMG

Dia 25 (sexta) • 19h – recepção dos convidados

• 19h30 – abertura oficial

• 20h – palestra Motivacional, coM cristiano lopes (senac)

programação:

Dia 26 (sábaDo) • 8h30 – palestra: inteligência fiscal – cruzaMento de dados (Washington souza)

• 10h30 – coffee break

• 11h – palestra: o resgate à proteção patriMonial das eMpresas de

responsabilidade liMitada – soc. liMitada, s/a e eireli (paulo leonardo).

o evento terá duas outras edições ainda neste ano. dias 16 e 17 de

agosto, eM Montes claros, e no dia 20 de outubro, eM Juiz de fora.

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serviços

Gladiston RodriguesO diretor regional do Senac Minas,

José Carlos Cirilo Silva, o presidente do Sistema Fecomércio e Sindicatos, Lázaro

Luiz Gonzaga, e o governador Antonio Anastasia junto aos

chefs do Restaurante Escola do Senac

BANCO DE EmpREgOS é lANÇADO Em SOlENIDADEevento contou coM a presença do governador antonio anastasia e sindicatos

Os empresários do comércio de bens, serviços e turismo do Estado de Minas Gerais e a população possuem agora uma nova e eficiente ferramenta para o preenchimento de vagas do setor. Trata-se do Ban-co de Empregos do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos; um site dinâmico, ágil, de fácil acesso e totalmente gratuito, criado para encurtar dis-tâncias entre as empresas representadas pelo Sistema e os candidatos às vagas disponíveis nos mais diver-sos segmentos do setor terciário. O endereço do site é www.bancodeempregos.org.br.

O lançamento oficial do Banco de Empregos aconteceu no dia 13 de abril, na sede da entidade, durante a tradicional Feijoada Fecomércio, preparada pelos chefs do Restaurante Escola do Senac. O go-vernador Antonio Anastasia, presidentes e represen-tantes dos Sindicatos, secretários de Estado, vereado-res e empresários estiveram presentes.

O governador Antonio Anastasia mencionou que o Banco de Empregos terá destaque também nos peque-

nos municípios de Minas, onde a oferta de empregos não encontra a mesma publicidade que nas grandes cidades. “A Fecomércio Minas tem sido um parceiro excepcional da população mineira. Com o Banco de Empregos, é dado um apoio fundamental às famílias, como bem disse o presidente Lázaro. Essa é mais uma brilhante iniciativa da Fecomércio Minas.”

Já o presidente do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, anunciou que, em breve, o serviço contará com novidades. “Na próxima etapa, os candidatos tam-bém poderão ter acesso às vagas que as empresas disponibilizarem, tornando a ferramenta ainda mais eficiente.”

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turismo

O FOCO é CApACITAR pARA CApTAR eMpresas do setor participaM de treinaMento na fecoMércio Minas

Belo Horizonte é tida como uma cidade que possui grande potencial para o turismo de negó-cios. Eventos como o Encontro Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 2006, ajudaram a fortalecer esse conceito ao longo dos anos. Mas como fazer para que esse potencial se torne algo concreto? Para ajudar nesta solução, o Programa de Turismo de Negócios e Eventos de Belo Horizonte realizou em abril, na Fecomércio Minas, parceiro estratégico da ação, uma série de capacitações sobre a captação e promoção de eventos para a cidade.

Na série de capacitações, empresas como agên-cias de viagens, hotéis, empresas organizadoras de eventos e outras puderam conhecer alguns aspec-tos envolvidos na captação de eventos de negó-cios. Renata Pozza, turismóloga com experiência na Embratur, demonstrou em uma palestra os pas-sos para que uma cidade se candidate a receber um determinado evento. “Ao se candidatar, é preciso pensar em cada detalhe, mostrar o que o município tem a oferecer para aquele evento”, explicou.

Felipe Sartor, consultor em turismo de negó-cios do sul do país, ministrou minicursos para o desenvolvimento de produtos e ideias para capta-ção. “Em turismo de negócios, trabalhamos muito com os ganhos que as iniciativas trazem indireta-

mente para restaurantes, hotéis e o comércio em geral. Temos que estar atentos a isso”, explica.

Além do Sistema Fecomércio Minas, o progra-ma, que é financiado pelo BID, tem como parceiros o governo estadual, Belotur, Sebrae-MG e Fiemg.

Paolo Xavier

Representantes de empresas que trabalham com turismo participaram das capacitações que aconteceram na Fecomércio Minas em abril

Entre os anos de 2010 e 2011 mais de 2,7 milhões de brasileiros ascenderam das classes D e E para a classe C, segundo a pesquisa “O Observador Brasil 2012”, divulgada pela Cetelem BGN. Esse cresci-mento da classe média parece ser a grande resposta para manter o ritmo de consumo em alta, tanto no Brasil como no mundo.

Com esse aumento, a classe C hoje totaliza 54% da população brasileira. Essa ascensão nos últimos sete anos impressiona, já que em 2005, quando o levantamento começou a ser realizado no Brasil, o percentual era de apenas 34%.

De acordo com o presidente do conselho do Pro-grama de Administração de Varejo (Provar) da Fun-dação Instituto de Pesquisa (FIA), Claudio Felisoni de Angelo, o crescimento da classe C vem asseguran-do a manutenção dos altos índices de consumo.

Renato Meirelles, diretor do instituto especiali-zado em classes emergentes Data Popular, afirmou durante o Fórum Panrotas 2012 que a renda dos con-sumidores da classe C para viagens e lazer cresceu cerca de R$ 13 bilhões. “A classe C não deve ser olhada como segmento, mas como verdadeiro mer-cado de turismo no Brasil”, afirmou Meirelles.

OpORTUNIDADE DE NEgóCIOS COm A NOVA ClASSE méDIA

CONFIRA NA pRóxImA EDIÇÃO DO FECOméRCIO INFORmATIVO A COBERTURA DO 4º SAlÃO mINEIRODO TURISmO, qUE CONTA COm O ApOIO DO SISTEmA FECOméRCIO mINAS, SESC, SENAC E SINDICATOS

Diante desse cenário, as empresas que fazem par-te da cadeia produtiva do turismo devem desenvolver estratégias para seduzir os novos clientes. Para tanto, devem conhecer o perfil da nova classe média, suas necessidades e seus desejos, a fim de adequar a oferta a sua demanda.

A empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, citou em sua palestra também no Fórum Pan-rotas 2012, que as grandes organizações do turismo ainda não falam a língua desse novo consumidor. A empresária realizou um estudo de campo em que en-

viou funcionários de sua rede de varejo, considerados representantes da nova classe C, para uma viagem de lazer à Bahia. A partir das impressões recolhidas com estes funcionários, a empresária concluiu que estes consumidores, apesar de possuírem poder aquisitivo para realizar viagens turísticas, têm dificuldades de entender a linguagem e os procedimentos adotados por hotéis e aeroportos, por exemplo.

Neste sentido, cabe ao mercado turístico se pre-parar para dar as boas-vindas à nova classe média brasileira.

despesas coM viageM - cresciMento de 2002 a 2010

quanTo?

82%

41%

242%

85%

total

classe c

classes d e e

classes a e b

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economia

eMpresários esperaM auMento de faturaMento de pelo Menos 5%

O Dia dos Namorados encerra o calendário comercial do primeiro semestre do ano. E como o amor é o protagonista da ocasião, os apaixonados ficam mais sensíveis e buscam agradar seus parceiros. Flores, roupas, calçados, acessórios, pelúcias, chocolates, perfumes. As opções são as mais variadas. Para o comércio de bens, serviços e turismo, mais do que romantismo, a data é sinônimo de lucratividade.

“Como o comércio não apresentou um resultado muito satisfatório nos

primeiros quatro meses do ano, os empresários estão animados com

a aproximação do Dia dos Namorados para

alavancar as vendas. A expectativa geral é de um

crescimento de pelo menos 5%”, aponta o presidente do Sindicato dos

Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas BH), Nadim Donato.

A redução de taxas de juros, facilidade de crédito e confiança na economia são fatores que vão contribuir para o incremento das vendas. “A atual conjuntura econômica vai favorecer o comércio varejista no Dia dos Namorados”, garante a gerente do Departamento de Economia da Fecomércio Minas, Silvânia Araújo.

Como a data é de forte apelo emocional, mesmo sendo comemorada este ano em uma terça-feira, o consumidor, em geral, não vai poupar para presentear a pessoa amada. “Assim como no Dia das Mães, os consumidores devem gastar entre R$ 50 e R$ 500. O cartão de crédito será a forma mais utilizada e muitos vão optar pelo parcelamento das compras”, afirma Silvânia.

No setor de bens, a maioria dos casais vão se adiantar e garantir o presente

no final de semana que precede a comemoração. Já no setor de serviços, o dia 12 de junho promete ser movimentado. “Haverá muita procura por bares, restaurantes, hotéis e áreas de

lazer. Mesmo sendo um dia útil, os casais não vão deixar de celebrar a data”, destaca a gerente.

Para atrair os namorados, na loja

DIA DOS NAmORADOS AlAVANCA VENDAS

Imaginarium, no Pátio Savassi, kits serão montados especialmente para a ocasião. “Estamos preparando kits que vão dos delicados aos mais eróticos, além de algumas novidades que serão lançadas”, conta a gerente da loja, Ingrid Mello Friche. Ela afirma também que está confiante no aumento das vendas em relação a 2011. “Vamos contratar temporários para a semana que antecede o Dia dos Namorados, já que, neste ano, esperamos que as vendas cresçam, no mínimo, 15% em comparação ao ano passado”, frisa.

floricultura em altaO tradicional buquê de rosas

vermelhas ainda é o favorito dos casais. De acordo com a sócia-diretora da Flora Patrocínio, Rosily Patrocínio, as rosas são as mais pedidas para o Dia dos Namorados. Além disso, as flores vêm

conquistando outros personagens, afinal é uma ótima alternativa para encantar a amada e, por que não, o amado. “Hoje não existe mais o preconceito de que o homem não pode ganhar flores. As mulheres procuram girassóis, gérberas e até rosas

importadas para presentear os namorados e, ao que parece,

fazem sucesso”, conta Rosily. Segunda melhor data para o setor de

floricultura, perdendo apenas para o Dia das Mães, a expectativa para

a terça-feira dos namorados é a mais otimista. “Em 2011, o 12 de junho foi

em um domingo, dia em que muita gente viaja. Já este ano, por cair em um dia útil, a maioria ficará na cidade. Por isso, esperamos que as vendas aumentem em torno de 20% em relação ao ano passado”, ressalta.

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Kalunga, distribuidora de suprimentos para escritório, informática e papelaria, inaugurou, em março, uma loja no Boule-vard Shopping, em BH. O aporte foi de qua-se R$ 1,2 milhão. Foram gerados 25 postos de trabalho diretos e outros 50 indiretos. Ou-tra loja será inaugurada em Uberlândia, com investimentos em torno de R$ 1 milhão. Até o final do ano, a empresa pretende construir novas unidades com um investimento da or-dem de R$ 10 milhões. Fundada em 1972, a Kalunga conta com mais de 80 lojas em sete estados.

o Boticário, rede de franquia especiali-zada em cosméticos e perfumaria, tem pla-nos de abrir, neste ano, cerca de 250 lojas no Brasil, sendo 25 em Minas. As cidades e os valores não foram divulgados. Em 2011, foram abertas 240 unidades contra 180 em 2010. O Boticário está em 1.650 municípios brasileiros com 3.260 unidades. Deste total, 326 lojas estão em Minas Gerais, sendo 51 na capital. A rede emprega 22 mil funcio-nários em todo o Brasil, sendo 1,5 mil no Estado. A empresa está presente também em oito países.

SuPer noSSo/aPoio mineiro, atuante no segmento varejista e atacadista de su-permercados, prevê investimentos de, pelo menos, R$ 20 milhões na abertura de cinco unidades este ano. Serão duas lojas com a bandeira Super Nosso (varejo) e três com a marca Apoio Mineiro (atacado), todas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Um dos pontos de venda do segmento ataca-dista será inaugurado no primeiro semestre, em Ribeirão das Neves. As duas lojas Super Nosso Gourmet ficarão na Zona Sul de BH. Apesar de não revelar o total a ser aportado em cada estabelecimento, o investimento médio em cada unidade poderá chegar a R$ 4 milhões, com a geração de cerca de 250 empregos por loja.

Praça uBerlândia, centro de compras que será construído em Uberlândia, com inversões da ordem de R$ 200 milhões. O shopping ocupará área de 105 mil m². Serão 200 lojas, sendo cinco âncoras, um super-mercado, um estacionamento com 1,9 mil vagas (1,1 mil vagas cobertas) e um cinema com oito salas. O projeto contempla, ain-da, a construção de uma universidade e um hotel no mesmo terreno, cuja extensão é de 140 mil m². A previsão de entrega é para o primeiro semestre de 2014. Em relação aos postos de trabalho, a expectativa é que se-jam gerados 1,7 mil postos durante a cons-trução e, aproximadamente, 2,7 mil postos quando concluído.

notas emPresariais

índices econÔmicos

COMO ATUALIZAR SUA DÍVIDA PELO INPC: MARçO / 2012

MêS/ANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

JANEIRO 1,43737957 1,36831581 1,33087283 1,26562107 1,18858364 1,14161986 1,07229389 1,01083613

FEVEREIRO 1,42923295 1,36313589 1,32438336 1,25694813 1,18102508 1,13166124 1,06230820 1,00570702

MARçO 1,42297187 1,36000787 1,31884421 1,25094360 1,17737522 1,12379467 1,05660254 1,00180000

ABRIL 1,41265946 1,35634574 1,31306672 1,24459616 1,17502517 1,11587198 1,04967469 1,00000000

MAIO 1,39992018 1,35472007 1,30966160 1,23668140 1,16859788 1,10778515 1,04217106 -

JUNHO 1,39018886 1,35296122 1,30626531 1,22492215 1,16162811 1,10304207 1,03626435 -

JULHO 1,39171975 1,35390896 1,30222840 1,21387588 1,15676968 1,10425675 1,03398957 -

AGOSTO 1,39130236 1,35242130 1,29807456 1,20687600 1,15411521 1,10503027 1,03398957 -

SETEMBRO 1,39130236 1,35269184 1,29046084 1,20434687 1,15319266 1,10580434 1,02966498 -

OUTUBRO 1,38921853 1,35053099 1,28724273 1,20254305 1,15135050 1,09986507 1,02505225 -

NOVEMBRO 1,38120753 1,34474857 1,28339256 1,19656025 1,14859387 1,08983855 1,02178254 -

DEZEMBRO 1,37378907 1,33912425 1,27789760 1,19203054 1,14435974 1,07872766 1,01599139 -

POUPANçA / TR / SALÁRIO / SELIC

2012

MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR

POUPANçA (*) 0,5371 0,6578 0,6120 0,6235 0,7086 0,6008 0,5623 0,5648 0,5942 0,5868 0,5000 0,6073

TR 0,1570 0,1114 0,1229 0,2076 0,1003 0,0620 0,0645 0,0937 0,0864 0,0000 0,1068 0,0227

SALÁRIO MÍNIMO (R$) 545,00 545,00 545,00 545,00 545,00 545,00 545,00 545,00 622,00 622,00 622,00 622,00

SELIC (%) 0,9880 0,9563 0,9679 1,0741 0,9417 0,8820 0,8605 0,9073 0,8910 0,7488 0,8211 0,7119

ÍNDICES DE INFLAçÃO %

ÍNDICES%

2012 2012

ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR Acumulado12 meses (1)

IGP-DI (FGV) 0,50 0,01 -0,13 -0,05 0,61 0,75 0,40 0,43 -0,16 0,30 0,07 0,56 3,32

INCC-DI (FGV) 1,06 2,94 0,37 0,45 0,13 0,14 0,23 0,72 0,11 0,89 0,30 0,51 8,10

IGP-M (FGV) 0,45 0,43 -0,18 -0,12 0,44 0,65 0,53 0,50 -0,12 0,25 -0,06 0,43 3,23

INPC (IBGE) 0,72 0,57 0,22 0,00 0,42 0,45 0,32 0,57 0,51 0,51 0,39 0,18 4,97

IPCA (IBGE) 0,77 0,47 0,15 0,16 0,37 0,53 0,43 0,52 0,50 0,56 0,45 0,21 5,24

IPCA-BH (IPEAD) 0,84 0,58 -0,03 0,10 0,31 0,33 0,29 0,43 0,59 2,60 -0,08 0,30 6,43

Fonte: IBGE - Elaboração: Sistema Fecomércio Minas/Departamento de EconomiaComo atualizar:1) Por exemplo, uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em Janeiro de 2005.2) Na tabela o fator de atualização referente a Janeiro/05 é 1,4373796.3) R$ 200,00 vezes 1,4373796 = R$ 287,48, que é o valor em 01/04/2012.

* Primeiro dia do mês.Fonte: Fecomércio Minas | Departamento de Economia

Fonte: FGV, IBGE, IPEADElaboração: Fecomércio Minas | Departamento de Economia (1) Abr/11 – Mar/12

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 19

economia

INClUSÃO FINANCEIRA: NOVO mODElO DE mERCADOjuan moreno de deuSanaliSta econômico do dePartamento de economia, comércio exterior e microemPreSaS da fecomércio minaS

O acesso a servi-ços financeiros por famílias é uma reali-dade no país, com o crescimento da quan-tidade de cartões de crédito e débito, in-clusive o crescimento do número de cartões de crédito com bai-xo padrão de gastos, assim como o au-mento do número de transações realizadas nos diversos canais de distribuição. En-tretanto, tais acessos não asseguram que esses avanços sejam atribuíveis à utiliza-ção de serviços por parte de parcela cres-cente da população nos diversos estratos sociais, já que cada consumidor pode ter vários cartões e que esse mesmo consumidor pode realizar mais paga-mentos ou pagamentos de contas com valores maiores.

Segundo pesquisa do Banco Central do Bra-sil (BC), entre 2005 e 2010, houve redução das classes D e E e aumento das classes C e B, evi-denciando crescimento na participação das fa-mílias com acesso a itens financeiros, tais como conta-corrente e conta de poupança.

De 2005 a 2010, aumentou o percentual das classes D e E em 81% no acesso a conta-cor-rente, passando de 16% para 29%. No entanto, ainda há grande diferença em relação às classes mais ricas (A e B), que têm um percentual de 70%. A classe C teve aumento de 33%, passan-do de 39% para 52% de posse do item nos mes-mos anos.

O percentual de famílias com uso de conta-poupança nos anos de 2007 a 2010 é o mais ele-vado nas classes mais favorecidas (52%), em-bora se trate de um instrumento financeiro com apelo popular e penetração nas classes mais bai-

xas. O acesso aos cartões de débito aumentou de 2005 a 2007 e manteve-se praticamente estável de 2007 a 2010, em todas as classes. Já a pos-se do cartão de crédito aumentou em todas as classes e mais acentuadamente nas classes mais baixas: 66% nas classes D e E, 43% na classe C, 13% nas classes A e B.

A posse de cheque diminuiu muito nas clas-ses A e B, quase 50%, refletindo provavelmente sua substituição por outras formas de pagamen-to. Contudo, o instrumento cheque continua a ser muito usado pelas classes mais favorecidas em comparação com as demais. Segundo dados da Fecomércio Minas, os cheques como instru-mento de parcelamento são responsáveis por aproximadamente 19% das operações realiza-das pelo varejo, número em trajetória cadente, o que reforça a perda de espaço desse instrumento nas transações comerciais.

Em relação aos hábitos de pagamento, o di-nheiro continua sendo a forma mais utilizada pela população brasileira de qualquer classe so-cial, embora tenha havido pequena queda nos percentuais das pessoas cuja principal forma de

liquidar compro-missos e efetuar pagamentos seja em espécie. Com-p a r a t i v a m e n t e , quanto mais baixa a classe, mais ele-vado o percentual de pessoas cujo principal meio de pagamento é o dinheiro, segun-do o BC. Pode-se dizer ainda que o incentivo de uti-lizar este meio de pagamento surge, também, através do lojista que tem como desafio equilibrar o seu capital de giro com o dimensio-namento do seu estoque – imobili-

zar o capital. Para o consumidor, têm-se descon-tos e promoções que o levam, muitas vezes por impulso, a compras à vista.

O crédito às famílias em 2011 cresceu em ritmo inferior a 2010, reflexo das ações de polí-tica monetária e das medidas macroprudenciais introduzidas em 2010, amenizadas ao final de 2011. De forma geral, as concessões de crédi-to a pessoa física tiveram um resultado positivo (+8,9%), na comparação com 2010, mantendo a trajetória de crescimento dos últimos anos, re-fletindo a demanda dos consumidores, que ain-da continua aquecida, devido ao crescimento do emprego e renda no país.

Para 2012, o desafio é manter o processo de inclusão social através da concessão de crédito, mas em patamares de taxas de juros menores. Isso se dá em um contexto de redução das ta-xas de juros. Contudo, o alto endividamento das famílias exige um acompanhamento atento do mercado, para evitar o risco da inadimplência e de penalizar a saúde financeira das cadeias de negócios.

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20 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375

Planejar os gastos tem se tornado cada vez mais importante para que as famílias consigam manter o equilíbrio do orçamento, evitando dívidas ou pro-blemas como a inadimplência. Este é o pensamento de 70,1% dos entrevistados na pesquisa Orçamento Doméstico do Consumidor de Belo Horizonte, refe-rente ao mês de março. O número apresentou uma queda considerável em relação à sondagem anterior, quando atingiu 82,2%. É o menor índice desde se-tembro de 2009, mês em que estes representavam 67,9%. A resposta de 29,9% dos consumidores foi de que não planejam os gastos.

Outro dado importante é referente à execução do planejamento, quando 14,8% dos entrevistados afir-mam que não conseguem cumprir as metas traça-das e 33,2% seguem apenas parcialmente o que foi planejado. Com a soma dos dois índices chegamos a 48% de consumidores que apresentam dificulda-

des para controlar os gastos em relação ao que foi previsto. Apenas 22,1% disseram que seguem rigi-damente o que foi proposto, chegando ao menor ín-dice desde que a pesquisa é realizada. Ainda, 57,4% admitem que compram por impulso.

A alimentação continua na ponta dos gastos cor-rentes, representando 26,5%, seguida de perto pela água (25,3%) e energia elétrica (20,1%). É a terceira alta seguida do índice, que na sondagem referente a novembro de 2011 apontava 17,1%. O cartão de crédito também segue na frente dos compromissos financeiros, indicado por 57,5% dos entrevistados. De longe segue o cheque especial, com 12% das respostas. Vale destacar que, de acordo com a son-dagem, 68,7% dos consumidores utilizam cartão de débito em substituição ao dinheiro e que 84,3% pre-feririam comprar à vista caso fosse oferecido algum desconto.

giro econÔmicoplANEJAR gASTOS é mETA DOS CONSUmIDORES

economia

taxa Selic tem a Sexta redução conSecutiva

O Banco Central do Brasil anunciou o sexto corte seguido do juro básico da economia, que novamente caiu 0,75 pon-to percentual, o que era esperado pelos analistas do mercado financeiro. Agora, a taxa Selic está em 9% ao ano. Com a decisão, o Brasil deixa o primeiro lugar do ranking mundial dos juros reais mais altos, que ocupava desde janeiro de 2010. Neste momento, a Rússia é a nova líder.

Em comunicado, o Banco Central diz que a inflação não preocupa, mas, após os cortes nos últimos oito meses e as várias medidas de incentivo ao crédi-to e consumo, o ritmo da economia será maior a partir do segundo semestre, o que deve acelerar os preços. De acordo com o Boletim Focus (20/04/2012), a in-flação oficial, medida pelo IPCA, será de 5,08% neste ano e de 5,50% em 2013. Para segurar os preços, parte do merca-do prevê até mesmo uma alta dos juros a partir de abril do próximo ano.

faceBooK Pode Seruma nova aPoStaPara o comércio

Grupo de empresas iniciantes de co-mércio eletrônico está apostando que o Facebook pode se tornar uma potência do comércio eletrônico capaz de rivalizar com Amazon.com e eBay. Alguns empre-sários e investidores acreditam cada vez mais que o “F-commerce”, termo criado para nomear o comércio eletrônico via Facebook, será o caminho. Empresas ini-ciantes como BeachMint, Yardsellr, Ood-le e Fab.com estão desenvolvendo novas maneiras de convencer os usuários da rede social a fazer compras pela internet.

Com milhões de dólares em capital fornecidos por companhias como a Accel Partners, Andreessen Horowitz e outros grandes investidores como o Goldman Sachs, essas empresas iniciantes estão criando aplicativos de compras, organi-zando vendas caseiras e testando novos modelos de negócios no Facebook.

No final de 2011, o Facebook tinha 845 milhões de usuários ativos ao mês, superando os 164 milhões de usuários da Amazon e os 110 milhões do eBay. Po-rém, a rede social é usada principalmen-te para conexão com amigos, e não para compras on-line. Grandes cadeias de va-rejo norte-americanas como J. C. Penney, Gap e Nordstrom criaram lojas no Face-book, mas terminaram cancelando por causa de poucos acessos.

no entanto, pesquisa da fecoMércio revela dificuldade no controle

planeJaM os gastos Mensaistendo eM vista a renda faMiliar

quanTos?

33,2%

22,1%

14,8%

29,9%

planeJaM, Mas segueM parcialMente

planeJaM, Mas não segueM

não planeJaM

planeJaM e segueM rigidaMente

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 21

comércio exterior

COmERCIAlIzAÇÃO DE SERVIÇOS: UmA JANElA DE OpORTUNIDADES INTERNACIONAIS

naiara SerPa rocHaanaliSta de comércio exterior do dePartamento de economia, comércio exterior e microemPreSaS da fecomércio minaS

O comércio internacional tem se tornado cada dia mais di-

nâmico e diversificado. Não somente as operações de importações e exportações

vêm se adaptando a um novo cenário, onde os mercados têm

se tornado mais peculiares e com necessida-des distintas, mas as mudanças são ainda com relação aos tipos de bens procurados em tal ambiente.

O que se observa nos últimos anos é que as operações de compra e venda entre os pa-íses não se focam apenas em bens tangíveis, ou seja, produtos como bens agrícolas, ma-nufaturados, máquinas e equipamentos, entre outros. O novo contexto, oriundo dos mais di-versos tipos de desenvolvimento, é a demanda por produtos denominados intangíveis, que podem ser compreendidos como os serviços, que englobam diferentes mercados e setores, como atividades que envolvam transferência de conhecimento, comercialização de softwa-res, consultorias e muitos outros.

Apesar de o setor de serviços não ser uma discussão tão recente no comércio mundial, na realidade brasileira, o tema é ain-da tratado timidamente. A comercialização de bens intangíveis têm se mostrado com o decorrer dos anos pouco explorada no contexto bra-sileiro, o que é a causa do bai-xo desempenho em suas transa-ções.

Dessa forma, é importante res-saltar, que dentre os maiores players do comércio inter-nacional de serviços, o Brasil esteve entre os que

mais obtiveram déficits em tal setor. Conclui-se com tal fato que o saldo da balança comer-cial de serviços brasileira é negativo, ou seja, importa-se mais do que se exporta.

Entretanto, já é notável que o Estado este-ja inserido nessa nova realidade que se impõe nas relações comerciais; mesmo que os resul-tados da participação brasileira sejam negati-vos, o país já faz parte dos grandes mercados de serviços no comércio entre nações.

Necessário é que ações sejam tomadas para que o desempenho do país perante tal cenário se modifique. Maior conhecimento desse mer-cado é essencial para que tal mudança ocorra, bem como o aprimoramento dos serviços que já são comercializados atualmente, para que os mesmos se tornem competitivos diante de seus concorrentes internacionais.

Com o intuito de provocar tais mudanças e assegurar, de certa forma, a competitivida-de dos empresários nesse mercado, o gover-no brasileiro criou o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv), ferramenta que visa

controlar e auxiliar o acompanhamento das transações envolvidas nessa modalidade co-mercial.

Além do sistema, já existe também a No-menclatura Brasileira de Serviços (NBS), que ajudará importadores e exportadores de bens intangíveis no ato da classificação do produto comercializado. Entidades e órgãos governamentais ainda estudam e já forma-lizaram novas formas de financiamento e concessão de crédito a fim de incentivar tais atividades.

Por fim, o esforço maior, extremamente ne-cessário para alavancar a comercialização de serviços brasileiros, é a divulgação e conheci-mento da área. Apenas com a conscientização de que, a área em questão é uma grande oportuni-dade para novos negócios é que o interesse pela mesma será obtido. Governo, entidades, empre-sários e profissionais da área deverão fazer um esforço em conjunto para que, dessa forma, o setor de serviços se faça conhecido pela socie-dade brasileira, e com isso se torne uma grande ferramenta para a melhor participação do Brasil no comércio internacional de serviços.

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comércio exterior

CONhECENDO O mUNDO COm O SISTEmA FECOméRCIO E SEBRAE:

3ª EDIÇÃO: RúSSIA

como negociarcom oS ruSSoS• Reserve bastante espaço para negociar. As exi-gências iniciais dos russos costumam ser exage-radas.• Os russos querem conhecer tudo sobre o produto que estão comprando. Considere a possibilidade de levar um especialista.• Ouça, mas não emita muitas opiniões quando os russos falarem sobre as dificuldades que estão atravessando.• Considerando a forte influência de um sistema político comunista durante várias décadas, não é surpreendente que ainda predomine uma consci-ência de grupo, uma orientação coletiva.• Os russos são meticulosos quanto à forma de se tratarem e gostam do uso de títulos.• Costumam tratar-se pelo sobrenome.• A sua linguagem corporal diverge da dos oci-dentais e eles somente sorriem para seus amigos. Sorrir não é respeitoso em ocasiões formais.

superfície:

17.075.400km² (1º)localização:

Parte oriental Da euroPa e norte Da ásiapopulação:

142,9 milhões De habitantes (9º)noMe oficial:

FeDeração russa

idh:

0,755 (66º)Moeda oficial:

rublo (cotação: 1 r$ = 16,23 rub)estabeleciMento:

Declaração De inDePenDência: 12 De junho De 1990sisteMa político:

rePública semiPresiDencialista

idioMa oficial:

russopib per capita:

us$ 15.800 (51º)pib:

142,9 milhões De habitantes (9º)Maiores cidades:

moscou (10,6 milhões), são Petersburgo (4,6 milhões), novosibirsk (1,4 milhão), ekaterinburgo (1,2 milhão)

presidente:

vlaDimir PutinpriMeiro Ministro:

vlaDimir PutincoMércio internacional coM Minas gerais:

exPortação: (us$ Fob 293,4 milhões) e imPortação: (us$ Fob 464,1 milhões)

• Assim como os nórdicos eles são educados para ouvir atentamente sem interromper o interlocutor.• Gestos expressivos não são apreciados.

vocÊ SaBia?• A cor vermelha na bandeira russa simboliza a coragem e o amor, o azul representa a lealdade e pureza moral do povo russo, a branca a magnani-midade.• O escudo nacional da Federação Russa é a ima-gem da águia bicéfala dourada, colocada sobre o escudo heráldico vermelho; em cima da águia es-tão três coroas históricas de Pedro o Grande (duas coroas menores em cima das cabeças da águia e uma coroa maior em cima delas); no pei-to da águia sobre o escudo verme-lho está o cavaleiro ao atingir com a sua lança o dragão. As cabeças da águia representam o olhar atento tanto para o Ocidente quanto para o Oriente. O cavaleiro representado é São Jorge, santo patrono da cidade de Moscou.• A Federação Russa compreende um total de 85 unidades federais, entre as quais estão: 21 repúbli-cas, 8 territórios, 48 regiões, cidades federais como

Moscou e São Petersburgo, uma região autônoma e 6 circunscrições autônomas. • A Rússia tem um sistema de educação gratuito garantido para todos os cidadãos pela Constituição,

no entanto, o ingresso ao ensino su-perior é altamente competitivo.• Existem mais de 160 diferentes grupos étnicos e povos indígenas na Rússia. Os mais numerosos são ucranianos e tártaros bem como armênios, azerbaijanos, cazaques, judeus.• A Rússia tem 11 fusos horários di-

ferentes, os quais variam de +2 horas de GMT em Kaliningrad (extremo ocidental) até +12 horas em Kamtchatka e Tchukotka (extremo oriental). Fuso horário de Moscou e de São Peters-burgo é +3 horas GMT.

Page 23: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 23

no caso de substituição de mercadoria impor-

tada, pode-se receber primeiro a mercadoria

nova e depois enviar ao exterior a mercadoria

com defeito?

Sim. A Receita Federal, em casos especiais, justificados, autoriza que se processe o despa-cho aduaneiro de reposição antes da exportação, quando será firmado termo de responsabilidade, podendo ser exigido depósito, caução ou fiança, conforme consta da Portaria MF nº. 150/82.

Qual quantidade é considerada “amostra sem

valor comercial” para uma importação?

Não existe limite quantitativo para o trata-mento tributário de amostras sem valor comer-cial; elas representam quantidade, fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, estritamente necessários para dar a conhecer sua natureza, espécie e qualidade.

Por quanto tempo o exportador deve manter

a guarda dos documentos de exportação?

Devem ser mantidos em arquivo pelo prazo de cinco anos, excluído o ano da ocorrência do fato, conforme artigos 638 e 752 do Decreto nº. 6.759/2009 – Regulamento Aduaneiro.

de quem é a responsabilidade de pagamento

das despesas de descarga de uma mercadoria

importada, quando solicitada pelo auditor da

receita federal?

Se a despesa de descarga for considerada uma despesa necessária ao exercício da fiscali-zação aduaneira, a concessionária ou permissio-nária cobrará do usuário a tarifa que englobe to-dos os custos (normalmente designada tarifa de armazenagem). Caso a despesa seja relativa aos serviços conexos (exemplo: desunitização de carga) a concessionária ou permissionária po-derá auferir como receita acessória (cobrança à parte) junto ao usuário do serviço (importador).

notas

você sabia?

qUESTõES pONTUAIS qUE pODEm AUxIlIAR NA hORA DE FAzER NEgóCIOS COm O mUNDO

governo lança nomenclatura BraSileira de ServiçoS

Na primeira semana de abril foi lançada oficialmente pelo governo brasileiro a No-menclatura Brasileira de Serviços, Intangí-veis e outras operações que produzam varia-ções no Patrimônio – NBS.

A partir de então o setor passa a contar com uma classificação exclusiva, que ajudará na melhoria dos tratamentos dos dados e das movimentações que o setor envolve. Segun-do o governo, a NBS contará com 26 capítu-los sendo que os produtos classificados nos mesmos correspondem, atualmente, a 70% do PIB nacional.

A codificação da NBS se dará por nove dí-gitos e dentre os serviços que já estão inseridos nesses 26 capítulos temos: serviços de constru-ção, distribuição de mercadorias, despachante aduaneiro, hospedagem, fornecimento de ali-mentação e bebidas, transporte, distribuição de serviços públicos, financeiros e relacionados, imobiliários, propriedade intelectual, comuni-tários, sociais, ambientais e pessoais.

eStadoS unidoS reconHecem cacHaça como Produto BraSileiro

Através da troca de cartas assinadas entre o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o representante de Comércio dos Estados Uni-dos Ron Kirk, o processo de reconhecimento da cachaça como produto genuinamente bra-sileiro teve seu início.

O entendimento dos Estados Unidos so-bre a Cachaça enquanto produto brasileiro é importante, uma vez que garantirá às em-presas brasileiras que vendam para aquele país a denominação correta de seus produtos. Atualmente, nos EUA, a bebida é conhecida como “Brazilian Rum” (Rum Brasileiro), de-vido a sua composição original.

O relatório também analisa possíveis ce-nários positivos com a diminuição da crise europeia, a recuperação nos Estados Unidos, fatores que impulsionariam a demanda mun-dial de importações.

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24 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375

micro e Pequenas emPresas

INVESTImENTOS Em T.I. SÃO mAIORES

REDUÇÃO DOS JUROS FAVORECE mpEs

qUEm SÃO AS mpEs BRASIlEIRAS?

Pesquisa da Associação Bra-sileira dos Distribuidores de TI (Abradisti), com 24 empresas, mostrou que as micro e pequenas empresas (MPEs) represen-tam 39% dos investimentos realizados em Tecno log i a da Informa-ção (TI) pelo s e g m e n t o corporativo no país. Porém, as grandes empresas ainda são as que mais investem em tecnologia, repre-sentando 48% do total, enquanto as médias respondem por 13% do mercado.

O mercado corporativo é res-ponsável por mais de 70% de toda a movimentação financeira do segmento de TI, enquanto os

30% restantes referem-se às ven-das para pessoas físicas. Em 2011 foram movimentados R$ 59,3 bi-

lhões, um crescimento de 9,28% em re-

lação a 2010.Além dis-

so, o levanta-mento apon-ta que, com referência ao consumo de s e r v i d o r e s

e de PCs, as grandes empre-

sas respondem por 44% e 38% do mercado, respec-tivamente, seguidas pelas micro e pequenas empresas, com 36% de consumo de servidores e 47% dos PCs. Já as companhias mé-dias são responsáveis por 20% da aquisição de servidores e 15% da compra de PCs.

A redução dos juros anunciada recentemente pelos bancos públicos e seguida por instituições financeiras privadas pode ser uma boa oportunidade para que o custo do crédito às micro e pequenas em-presas (MPEs) diminua.

O crédito para os pe-quenos negócios, apesar de ser menor que o dispo-nibilizado às grandes em-presas, incentiva o sistema produtivo e a inovação tec-nológica, e o governo tem papel estimulador dessa inovação, da competição e da eficiência econômica.

Entre os desafios que o Brasil deverá enfrentar nas próxi-mas décadas, estão a recuperação da competitividade, a redução das distorções do sistema tributário e

a melhoria do ambiente de negó-cios, o que contribuirá para o for-talecimento das micro e pequenas empresas.

As Micro e Pequenas Em-presas (MPEs) representam 99% das empresas brasileiras. Empre-gam a maioria das pessoas eco-nomicamente ativas do país, mas respondem por apenas 25% do

Produto Interno Bruto brasileiro. Essenciais para a economia brasileira, as MPEs

têm tido incentivos específicos para facilitar sua so-brevivência, como a Lei Geral para Micro e Peque-nas Empresas, que cria facilidades tributárias como o Supersimples. As medidas vão ao encontro da cons-

tatação de que boa parte das MPEs morrem prema-turamente.

Além da definição legal, é importante levar em consideração o perfil desse micro e pequeno empre-sário, que é cada vez mais importante na estrutura ca-pitalista atual.

No Brasil, surgem cerca de 460 mil novas empresas por ano, sendo a grande maioria represen-tada por micro e pequenas. Os setores de serviços e comércio são os que con-tam com maior concentra-ção deste tipo de empresa. Aproximadamente 81% das MPEs trabalham nes-ses setores e empregam 68% da força de trabalho.

NúMERO DE ESTABELECIMENTOS E POSTOS DE TRABALHO NO BRASIL – 2010

SetorEstabelecimentos Postos de Trabalho

Total MPE MPE / Total % Total MPE MPE / Total %

Indústria 679.774 666.901 98,11 8.499.202 3.507.275 41,27

Construção Civil 277.295 273.080 98,48 2.508.922 1.206.023 48,07

Comércio 3.173.697 3.154.394 99,39 8.382.239 6.070.314 72,42

Serviços 3.026.304 2.980.196 98,48 23.268.395 5.973.121 25,67

Agropecuária 460.127 457.181 99,36 1.409.597 925.028 65,62

Total 7.617.197 7.531.752 98,88 44.068.355 17.681.761 40,12

Fonte: MIE - RAIS 2010 / Elaboração: Fecomércio Minas - DE

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 25

jurídico

Em decorrência da pretensão da Secretaria de Estado da Fazenda do Estado de Minas Gerais (SEF/MG) de adotar o regime de subs-tituição tributária do ICMS nas operações com relógios de pulso, o Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, na defesa dos in-teresses das empresas do comércio e da prestação de serviços do Estado de Mi-nas Gerais, se reuniu com o órgão discu-tindo o assunto e buscando soluções de for-ma a atender ao Fisco, sem, contudo, causar aumento

de carga tributária aos contribuintes.Entre as ações definidas ficou acer-

tado que caberá à Fecomércio Minas promover pesquisa econômica que

identifique a Margem de Valor Agregada (MVA), efetivamente praticada pelo mercado de re-lógios de pulso no Estado, uma vez que a apuração feita pela

SEF/MG identificou percentuais considerados muito elevados para o

segmento.Ficou acertado ainda que caberá à SEF/MG rees-

tudar os percentuais mais elevados das MVAs apre-sentadas, em função da grande divergência entre estes e os demais, o que influencia para cima o cálculo da MVA final a ser utilizado na adoção do regime.

Desta feita, a vigência do regime, inicialmente prevista para o primeiro semestre deste ano, ficou adiada para o segundo semestre, estabelecendo-se em consequência que, até o dia 31 de agosto de 2012, o Sistema Fecomércio Minas apresentará o resultado das pesquisas realizadas para reestudo das MVAs e adoção do regime.

O novo prazo de vigência, portanto, somente será conhecido após a apresentação destes dados.

SISTEmA FECOméRCIO DISCUTE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTáRIA DE RElógIOS COm O gOVERNO

Com a expansão dos negócios, não há titu-beio quanto à neces-sidade de ampliação do quadro funcional. Contratar profissio-nais como celetistas

ou autônomos, ao contrá-rio, é interrogação comum para boa parte dos peque-

nos e médios empreendedores. Pagar impostos trabalhistas

[que podem representar até 100% da folha de pagamento] ou enxu-gar os gastos?

Fugir do registro em carteira é arriscado, diz o advogado tra-balhista Luiz Fernando Alouche, sócio do Almeida Advogados.

“Há outras maneiras de as pe-quenas empresas economizarem dinheiro, como oferecer um salá-

rio menor e complementá-lo com benefícios”, sugere o especialista.

Segundo o Ministério Público do Trabalho, a multa para quem infringe a lei trabalhista, como contratar autônomo por mais de três semanas, pode chegar a custar R$ 50 mil por dia.

rotatividadeNão é apenas a multa o fator

de risco da contratação de PJ. Na decisão entre reduzir gastos ou op-tar pela CLT, pesa também o alto índice de rotatividade dos profis-sionais sem vínculo empregatício.

Sem vínculo efetivo com a empresa, o mesmo ocorre com profissionais temporários com carteira assinada por até 90 dias.

Fonte: Folha de São Paulo

pEqUENAS EmpRESAS TAmBém Têm DúVIDASNA OpÇÃO ENTRE ClT OU pJ

A 37ª Vara do Trabalho de Belo Hori-zonte MG, no processo de número 00377-

22.2012.503.0137, tendo como re-clamada a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais, decidiu ser legítima a exigência da Con-tribuição Sindical Patronal pela microempresa inscrita no Simples Nacional.

A ação versa sobre pedido de ressarcimento da Contribuição Sindical Patronal de exercícios anteriores, ao argumento de que seria inconstitucional a sua exi-gência, o que não foi acatado pela

Justiça do Trabalho, que enten-deu pela legalidade da cobrança, a despeito de ser a reclamante mi-croempresa, optante pelo Simples Nacional.

Entendeu o Juiz que o art. 89 da Lei Complementar 123/2006 revogou a Lei 9.317/96 a partir de 01/07/2007, tornando obriga-tório o recolhimento da referida contribuição.

Entendeu ainda o Magis-trado que o art. 3º, inciso III da Lei Complementar 127/2007 re-vogou o art. 53 da Lei Comple-mentar 123/2006, que vigorou somente até 30/06/2007, não ha-vendo como acolher a pretensão da autora, decretando a improce-dência do pedido.

pAgAmENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAl pATRONAl pElOSOpTANTES DOSImplES NACIONAl

lEmBRAmOS qUE O pRAzO DO SpED FISCAl VENCE ImpRETERIVElmENTE Em 25/07/2012,pARA OS OBRIgADOS ATé 2011, E 25/12/2012, pARA OS OBRIgADOS A pARTIR DE 2012.

Page 26: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

26 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375

jurídico

OBRIgAÇõES SOCIAIS E FISCAIS | JUN 2012

PIS - DCT

IR FONTE - SALÁRIOS,AUTôNOMOS, ALUGUÉIS

CARNê LEÃO

PIS/FATURAMENTO

COFINS

FGTS / GEFIP

INSS - SALÁRIO SALÁRIOS

CAGED

IRPJ ESTIMATIVA CONTRIBUIçÃO SOCIALESTIMATIVA

SIMPLES NACIONAL - Recolhimento DCTF - MENSAL

DACON - MENSAL

RETENçÃO PIS / COFINSCSLL ARTIGO 30 - LEI 10.833/03

SPED / PIS / CONFINS

IRPF -3ª QUOTA

DIPJLUCRO REAL, PRESUMIDO E ISENTOS

DAPI • Comércio varejista, supermerca dista,lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes.

• Indústrias e atacadistas de bebidas,comb. e lubrif; cigarros e fumos.

• Demais indústrias

• Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. - Gia - ST

• Demais contribuintes

ISS Imposto S/ Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

IPTU Belo Horizonte Outros Municípios

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

DES Declaração Eletrônica de Serviços - Mensal Belo Horizonte

Até o dia 05 (cinco)Ver legislação local

Até o dia 15 (quinze)Ver legislação local

Fixado pelo municípioVer legislação local

Até o dia 20 (vinte)

No mês de admissão

Até o último dia do 2º decêndio

Até o último dia útil do mês

Até o 25º dia do mês

Até o 25º dia do mês

Até o dia 7 (sete)

Até o dia 20 (vinte)

Até o 5º dia útil

Até o dia 7 (sete)

Até o último dia útil do mês

Até o último dia útil do mês

Até o dia 20 (vinte)

Até o 15º dia útil do mês Até o 5º dia útil do mês

Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção

Até o 10º dia útil do mês

Até o último dia do mês

Até o último dia do mês

Até o dia 09

Até o dia 04

Até o dia 15

Até o dia 10

Ver Calendário Fiscal

Nota: LEMBRAMOS QUE O PRAZO DO SPED FISCAL VENCE IMPRETERIVELMENTE EM 25/07/2012, PARA OS OBRIGADOS ATÉ 2011, E 25/12/2012, PARA OS OBRIGADOS A PARTIR DE 2012.

Âmbito federal

Âmbito estadual

Âmbito municiPal

A Câmara de Negociação sobre De-senvolvimento Econômico e Social, criada para buscar consenso em pro-postas que interessam a trabalhadores e empresários, reúne-se para analisar o projeto que acaba com o fator previ-denciário (PL 3299/08). Serão discu-tidos os pareceres dos dois relatores:

deputado Assis Melo

(PCdoB-RS), cujo texto representa a opinião dos trabalhadores, e deputado Jorge Corte Real (PTB-PE), que reu-niu as sugestões dos empresários.

O objetivo do grupo é, a partir dos dois relatórios, buscar um texto único a ser apresentado no Plenário, quando o PL 3299/08 for analisado. Em mar-ço, em audiência na Câmara, o gover-no admitiu que o fator previdenciário, criado em 1999, não conseguiu atingir seu objetivo principal, de adiar a apo-sentadoria dos trabalhadores do Regi-me Geral da Previdência Social.

O fim do fator já havia sido apro-vado no Congresso em 2010, mas a proposta foi vetada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

gRUpO DISCUTE DOIS pARECERES SOBRE FIm DO FATOR pREVIDENCIáRIO

Page 27: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375 • 27

jurídico

A COBRANÇA DE mETASE O DANO mORAlconrado di mamBro oliveiraconSultor jurídico da fecomércio

A sociedade é dinâmica. Evolui e avança com velo-cidade impressionante. E no ambiente empresarial não é diferente. A globalização, as inovações tecnológicas, os no-vos nichos de mercado, o in-cremento do comércio virtual e o aumento do poder de com-pra dos consumidores, entre tantos outros fatores, atuam na modificação deste cenário, exigindo dos empresários ain-da mais preparo e habilida-de para se adaptar aos novos tempos e não perder o rumo da história.

E o que isso tem a ver com o título proposto para este ar-tigo? Tudo. Neste novo con-texto, a competição entre as empresas se acirra acentuadamente e a procura pela margem de lucro se torna tarefa ainda mais difícil. Os empresários e gestores são obrigados a adotar novas práticas junto às suas equipes, incorporando, cada vez mais, um conjunto de ações focado na produtividade, captação de no-vos clientes e ampliação dos negócios.

Não há mais espaço para o amadorismo e improvisos. Definição e alcance de metas de vendas – individuais e coletivas –, equipe qua-lificada, motivada e bem treinada, produtos de qualidade e processos produtivos sustentáveis são hábitos que, atualmente, fazem parte da ro-tina de qualquer empresa que pretende superar os desafios do dia a dia e se manter ativa no mercado.

Porém, nesta atual perspectiva, as empresas se deparam, frequentemente, com algo indese-jado: a pressão exagerada e abusiva por metas e resultados, fora dos limites normais do poder diretivo do patrão, pode, eventualmente, cau-sar abalo psíquico ao trabalhador e, conforme o caso, gerar condenações ao pagamento de inde-nizações por danos morais.

É inquestionável que o empregador, enquan-to proprietário da empresa e na condição daque-le que assume os riscos do empreendimento, dirige a prestação de serviços com a prerroga-

tiva de organizar e disciplinar o ambiente de trabalho, na busca por resultados eficientes. No entanto, esse não é um direito absoluto (aliás, como não é nenhum outro) e deve ser exercido com moderação, dentro dos limites.

Logo, todo o cuidado é pouco. O Judiciário Trabalhista, quando acionado, repele e pune procedimentos patronais que, a pretexto de exi-gir e estimular a observância de metas, acabam por atacar a integridade moral e psíquica do tra-balhador.

Abaixo, apenas para ilustrar, relacionam-se alguns casos concretos julgados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (Minas Ge-rais) em que a empresa reclamada fora conde-nada ao pagamento de indenização por danos morais, em função de excessos e abusos come-tidos por gerentes e supervisores na cobrança de produtividade dos funcionários.

– Expor, nas reuniões, como cobrança de metas, foto de funcionária com baixo rendimen-to em painéis para ataque de tiros de borracha – tiro ao alvo (Processo 01354-2010-033-03-00-6).

– Obrigar a trabalhadora, por ter ficado em último lugar no ranking, a segurar uma “lan-terna” durante a reunião em que se discutem as metas da empresa (Processo 01877-2010-112-03-00-0).

– Exigir cumprimento de metas de forma ofensiva, com intimidações, ameaças, xinga-mentos e apelidos depreciati-vos – “cavalo paraguaio” –, na frente de outros empregados (Processo 01398-2009-138-03-00-2).

– Realizar cobrança de-sarrazoada de cumprimento de metas, de forma repetida e prolongada, com imposição de temor constante de demissão ao empregado e com desvalori-zação do trabalhador (Processo 01811-2010-040-03-00-0).

Naturalmente que a simples fixação de metas pelo emprega-dor, exercida de forma adequa-da e nos limites de seu poder diretivo e disciplinar, não atin-

ge a honra e dignidade do trabalhador, até mesmo porque este presta serviços de forma subordina-da, estando sujeito às ordens do patrão.

Neste sentido, no julgamento do processo 00664-2011-035-03-00-7, o Desembargador Heriberto de Castro lembra que “a mera esti-pulação e cobrança de metas de produtividade, mormente em setores competitivos, como o co-mércio e o setor bancário, não se revelam sufi-cientes para a caracterização do assédio moral. A condenação do empregador ao pagamento de indenização por dano à esfera moral do empre-gado exige a comprovação da prática de abusos, perseguições infundadas ou atitudes reiteradas voltadas a minar a integridade psicológica deste obreiro”.

Conclui-se, portanto, que o exercício do po-der diretivo e disciplinar por parte do empre-gador é legítimo, mas não pode extrapolar seus limites e ser usado como ferramenta para ridicu-larizar, discriminar ou humilhar o empregado. A dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho são fundamentos previstos na Consti-tuição Federal de 1988, que também assegura a redução dos riscos inerentes ao trabalho como um direito social, além de proteger a honra, imagem, intimidade, vida privada e demais atri-butos da personalidade.

Page 28: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

28 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 375

jurídico

Antes de colocar a carteira de trabalho no fun-do da gaveta e tentar empreender é preciso ava-liar qual tipo jurídico é o mais interessante para a futura empresa.

Há quatro opções: o MEI (Microempreende-dor Individual), o Empresário Individual, a So-ciedade Limitada e a Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada).

O que determina a escolha do modelo é o fa-turamento que a empresa vai gerar a médio prazo, diz José Constantino de Bastos Júnior, presidente da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo).

“Um prestador de serviços que espera receber até R$ 5.000 mensais tem mais vantagens com o MEI, enquanto o que planeja acumular fatura-mento maior pode escolher entre os restantes”, explica.

Com um caixa mensal de R$ 1.666, Jaílson de Oliveira, 39, optou pelo MEI. Ex-vendedor de

cosméticos, ele viu no modelo uma forma de eco-nomizar dinheiro com tributos – o recolhimento varia de R$ 31,10 a R$ 37,10 por mês.

Há dois anos, pediu demissão de uma empresa de beleza e abriu a própria loja, a JP Cosméticos. “Tenho que aproveitar [a redução tributária] por-que ainda sou peixe pequeno”, afirma ele.

maiS de 2 milHõeS Como Oliveira, há outros 2,24 mi-

lhões de Microempreendedores Individuais no Brasil, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Esse também é o modelo que mais cresce em São Paulo, de acordo com a Jucesp.

Em segundo lugar na preferência dos autôno-mos está o Empresário Individual, que não exige sócio – como é praxe na Sociedade Limitada.

A desvantagem consiste no fato de os bens do empresário poderem ser utilizados no caso de dí-

vida da empresa. Para quem quer ter segurança e fugir

de um sócio, a Eireli – lançada em ja-neiro – é a mais adequada, aconselha

Walther de Castro, sócio do es-critório de auditoria financeira Castro & Hayashi.

A pedra no sapato é a exigên-cia de capital social [aporte finan-

ceiro mínimo] de 100 salários mínimos (R$ 62,2 mil). “Como

tudo na vida, os modelos jurídicos possuem vantagens e desvantagens”, diz. Em São Paulo, 2.087 Eirelis foram criadas até março. Ainda não há dados de todo o Brasil.

Fonte: Folha de S.Paulo

FATURAmENTO DEVE DEFINIR mODElO

Em março deste ano, a Câmara dos Deputa-dos instalou a Comissão Especial encarregada de analisar a proposta do novo Código Comer-cial Brasileiro, constante do projeto de lei nº. 1.572/2011, tendo como pre-sidente o Deputado Artur Oliveira Maia (PMDB/BA) e como relator o Deputado Paes Landim (PTB/PI).

A proposta, de autoria do De-putado Vicente Cândido (PT/SP), objetiva sistematizar e atualizar a legislação comercial brasileira e as relações empresariais entre as pessoas jurídicas, tendo em vista que, como o atual Código Comer-cial data de 1850 e foi quase total-mente revogado pelo Novo Código Civil, restando tão somente a parte que dispõe sobre o Direito Marítimo, ficamos carentes de uma legislação que trate especificamente das relações entre as empresas, como existe no res-to do mundo.

O projeto aborda inúmeros temas, a exemplo da denominação empresarial, de títulos eletrô-nicos e do comércio na internet, destacando-se a permissão para que toda a documentação em-

presarial seja mantida em meio eletrônico, dispensando-se o uso de papel, o

que, sem dúvida, incorpora grande avanço tecnológico.

O projeto é composto por 670 artigos, divididos em cinco

livros, dispondo o primeiro sobre a empresa em sua parte geral, o se-

gundo sobre as sociedades empresariais, o terceiro sobre as obrigações dos em-presários, o quarto sobre a crise da em-presa, e, finalmente, o quinto, sobre as disposições transitórias.

A proposta contempla ainda prazos prescri-cionais mais curtos e normas mais adequadas em relação às obrigações entre as empresas, as quais, segundo o autor, o Deputado Vicente Cândido, “são necessárias à segurança jurídica

nas relações empresariais”, tratando ainda dos principais contratos empresariais.

Outras questões, a exemplo das Sociedades Anônimas, da Falência e dos Títulos de Crédito, como já são reguladas por leis específicas, serão preservadas pela proposta, mas a Lei de Dupli-catas será revogada.

Corroborando o autor, o Ministro da Jus-tiça, José Eduardo Cardozo, afirmou recen-temente que, apesar de o governo ainda não ter uma posição definida em relação ao tema, a proposta é bem-vista e que ele se coloca à disposição dos parlamentares para enriquecer o debate.

A proposta é tema de constante discussão na Câmara dos Deputados, podendo os interessa-dos participarem on-line pelo Portal e-Demo-cracia, em parceria com a Coordenação de Par-ticipação Popular da Câmara.

A sociedade também poderá apresentar su-gestões ao projeto, por meio do Wikilegis da Comunidade do Código Comercial.

CâmARA INSTAlA COmISSÃO ESpECIAl pARA DISCUTIR O NOVO CóDIgO COmERCIAl

Page 29: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

SESCFECOMÉRCIO INFORMATIVO

SESC MINAS CELEBRA O DIA NACIONAL DO CHORO EM GRANDE FESTA NA CAPITALPÁGINA - 4

PUBLICAÇÃO MENSAL DO SISTEMA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MINAS - SESC - SENAC / www.fecomerciomg.org.br

EXPOSIÇÕESDESTACAMTALENTODE ARTISTASNA CIDADEDE COROMANDELPÁGINA - 8

ODONTOSESC JÁ REALIZOUEM UM ANOQUASE NOVE MIL CONSULTAS NO ESTADOPÁGINA - 7

Dila Puccini / Sesc M

inas

Meyre Ribeiro / Sesc M

inas

PATRIMÔNIO MUSICAL BRASILEIRO

AO ALCANCE DE TODOS: PESQUISADORES, MUSICISTAS E PÚBLICO EM GERAL

PODEM TER ACESSO A MAIS DE 300 COMPOSIÇÕES PÁGINA 6

Page 30: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

2 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” (Kant)

Kant atribui importância à formação do homem. Sugere a educadores e institui-ções que somos frutos de nossas vi-vências, ambiente familiar, edu-cação etc.. Daí a importância de preservarmos o ensino com qualidade.

Educar é missão his-tórica do Sesc. Entre tantas ações socio-educativas chance-ladas pelo Sistema Fecomércio Minas, o Planetário, equipa-mento mais novo em termos de educação, foi recém-adquirido pelo SESC Minas. A proposição pedagó-gica oriunda do De-partamento Nacional se apresenta como instrumento didático-interativo. Tem por objetivo ampliar o co-nhecimento no campo da ciência, trabalhar conceitos e mexer com os sentidos dos espec-tadores.

O Planetário reproduz, por meio de pro-jeção no teto, em ambiente virtual, situações envolvendo fenômenos espaciais: constela-ções, o entardecer, o anoitecer, movimenta-ção de cometas, Sol, Lua, Sistema Solar...

ARTIGO

EDUCAÇÃO COM INOVAÇÃO RODRIGO PENIDO DUARTE DIRETOR DO SESC MINAS

Dila Puccini / Sesc Minas

SERVIÇOO Planetário está instalado no Sesc Venda Nova até 9 de maio. No período de 14/05 a 13/07, o projeto estará no Sesc Santa Quitéria (Rua Santa Quitéria 566 – Carlos Prates, em Belo Horizonte). Fique atento à programação. Informa-ções: (31) 3279-1478 ou www.sescmg.com.br.

Traz para próximo do espectador, no detalhe, elementos surpreendentes que transcendem a at-mosfera terrestre e que nos separam anos-luz.

O conhecido Carl Sagan, ex-consultor da Nasa e autor de importantes

livros, como C o s -

mos - obra que inspirou seriado de TV de igual nome - afirmou que: “Em um Universo que já tem 10 ou 15 bilhões de anos, estamos constantemente esbarrando em surpresas.” Essa ação inopinada, mas cal-culada pelo projeto, é estímulo que desperta

o interesse pela ciência.A interatividade ocorre em aproximada-

mente 30 minutos, sempre acompanhada de monitor preparado para esclarecer dúvidas e estimular a curiosidade e a imaginação do visitante. O educador da turma acompanha os trabalhos. O projeto propõe uma viagem pelo universo, em chão firme e num espaço

cercado de muita tecnologia.

Após a viagem virtual, os participantes são envolvidos em três oficinas temáticas. Pintura, quebra-cabeça e um software que permi-

te posicionar o olhar do educando para a dispo-sição das estrelas no céu de outros países, em tempo real, com-plementam a ativida-de extraclasse. A visi-ta ao Planetário faci-

lita a compreensão do mundo e do universo.

Itinerante, o Planetá-rio chegou para atender aos

estudantes da rede pública, trabalhadores do comércio de

bens, serviços, turismo, seus dependentes, visitantes do SESC e

de pessoas da região em que a Unidade, aco-lhedora do projeto, se encontra inserida. O in-terior de Minas também vai ser contemplado. Prevê-se atendimento mensal de 5 mil visitan-tes, a partir dos 6 anos de idade.

Há muito o SESC percorre a estrada pro-movendo a cidadania. Distribui conhecimen-to e facilita a transformação de indivíduos em cidadãos. Incansável, o Sistema Fecomércio

Minas, SESC/SENAC e Sindicatos per-segue os melhores métodos pelos

seus braços socioeducativos; cria condições para a inserção

social, por meio de projetos itinerantes. Tudo isso em prol de uma educação ino-vadora, associada às novas

tecnologias.

Page 31: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

2 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” (Kant)

Kant atribui importância à formação do homem. Sugere a educadores e institui-ções que somos frutos de nossas vi-vências, ambiente familiar, edu-cação etc.. Daí a importância de preservarmos o ensino com qualidade.

Educar é missão his-tórica do Sesc. Entre tantas ações socio-educativas chance-ladas pelo Sistema Fecomércio Minas, o Planetário, equipa-mento mais novo em termos de educação, foi recém-adquirido pelo SESC Minas. A proposição pedagó-gica oriunda do De-partamento Nacional se apresenta como instrumento didático-interativo. Tem por objetivo ampliar o co-nhecimento no campo da ciência, trabalhar conceitos e mexer com os sentidos dos espec-tadores.

O Planetário reproduz, por meio de pro-jeção no teto, em ambiente virtual, situações envolvendo fenômenos espaciais: constela-ções, o entardecer, o anoitecer, movimenta-ção de cometas, Sol, Lua, Sistema Solar...

ARTIGO

EDUCAÇÃO COM INOVAÇÃO RODRIGO PENIDO DUARTE DIRETOR DO SESC MINAS

Dila Puccini / Sesc Minas

SERVIÇOO Planetário está instalado no Sesc Venda Nova até 9 de maio. No período de 14/05 a 13/07, o projeto estará no Sesc Santa Quitéria (Rua Santa Quitéria 566 – Carlos Prates, em Belo Horizonte). Fique atento à programação. Informa-ções: (31) 3279-1478 ou www.sescmg.com.br.

Traz para próximo do espectador, no detalhe, elementos surpreendentes que transcendem a at-mosfera terrestre e que nos separam anos-luz.

O conhecido Carl Sagan, ex-consultor da Nasa e autor de importantes

livros, como C o s -

mos - obra que inspirou seriado de TV de igual nome - afirmou que: “Em um Universo que já tem 10 ou 15 bilhões de anos, estamos constantemente esbarrando em surpresas.” Essa ação inopinada, mas cal-culada pelo projeto, é estímulo que desperta

o interesse pela ciência.A interatividade ocorre em aproximada-

mente 30 minutos, sempre acompanhada de monitor preparado para esclarecer dúvidas e estimular a curiosidade e a imaginação do visitante. O educador da turma acompanha os trabalhos. O projeto propõe uma viagem pelo universo, em chão firme e num espaço

cercado de muita tecnologia.

Após a viagem virtual, os participantes são envolvidos em três oficinas temáticas. Pintura, quebra-cabeça e um software que permi-

te posicionar o olhar do educando para a dispo-sição das estrelas no céu de outros países, em tempo real, com-plementam a ativida-de extraclasse. A visi-ta ao Planetário faci-

lita a compreensão do mundo e do universo.

Itinerante, o Planetá-rio chegou para atender aos

estudantes da rede pública, trabalhadores do comércio de

bens, serviços, turismo, seus dependentes, visitantes do SESC e

de pessoas da região em que a Unidade, aco-lhedora do projeto, se encontra inserida. O in-terior de Minas também vai ser contemplado. Prevê-se atendimento mensal de 5 mil visitan-tes, a partir dos 6 anos de idade.

Há muito o SESC percorre a estrada pro-movendo a cidadania. Distribui conhecimen-to e facilita a transformação de indivíduos em cidadãos. Incansável, o Sistema Fecomércio

Minas, SESC/SENAC e Sindicatos per-segue os melhores métodos pelos

seus braços socioeducativos; cria condições para a inserção

social, por meio de projetos itinerantes. Tudo isso em prol de uma educação ino-vadora, associada às novas

tecnologias.

FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 3

DIA DAS MÃES

JULIANA SODRÉ

“Estamos esperando Letícia ansiosamente. Além de primeira filha, é a primeira neta dos dois lados da família. Ela está sendo muito aguardada”, conta a profissional do Turismo Patrícia Marinho, grávida de oito meses. A ansiedade é comum nas famílias que aguar-dam um bebê. Medos, dúvidas, angústias ou a simples vontade de entender tudo o que está se passando pelo corpo da mãe também

são naturais. Para cuidar de quem normalmente cuida

da gente, o Centro de Saúde São Francisco do

Sesc Minas está forman-do turmas para o

curso de ges-tantes.

A s s i m como Patrí-cia, são mi-

lhares as mães que aguardam

seus filhos pela primeira vez.

Dados do IBGE re-velam que cerca de

8.200 crianças nascem por dia no país. As transformações na vida destas famílias,

a ansiedade da espera e o fato de lidar com o novo provo-

cam sensações que devem ser assistidas por profissionais da saúde. “Tudo muda na gente: corpo, pele, cabelo. A transformação é geral”, conta Patrícia, que procurou orienta-ções quando estava no quarto mês de gesta-ção. “As dicas de alimentação e de como me deitar foram importantes para eu conseguir dormir melhor”, relata.

Além das mudanças físicas, o fato de ser mãe, de se tornar responsável por uma crian-ça, mexe com o emocional das mulheres. A própria inexperiência provoca angústias que precisam de atenção. Acompanhando o dia a dia das futuras mamães, a gerente do Centro de Saúde São Francisco, Ana Beatriz Barro-

PENSANDO EM QUEM GERALMENTE SE OCUPA EM CUIDAR DOS FILHOS, O SESC MINAS CRIOU UM CURSO ESPECIAL PARA GESTANTES

MÃES TAMBÉMPRECISAM DE CUIDADOS

Dila Puccini / Sesc M

inas

Dila Puccini / Sesc M

inas

so, percebeu a necessidade de implantação desse tipo de serviço gratuito e resolveu for-matar o curso.

“Sentimos a necessidade de criar um gru-po com o objetivo de apoiar, orientar e pas-sar confiança para a gestante. A mu-lher precisa se fortalecer para poder conduzir, com mais autonomia, não só a gestação, como o parto e os cuidados com a criança após o nas-cimento”, explica Ana Beatriz. “O Sesc preocupa-se com a assistên-cia integral à saúde da mulher e pretende acolher a gestante, provocando a troca de expe-riências e informações”, completa.

Ana Carolina Po-lignano, de 27 anos, teve sua primeira filha há três meses. Quando esperava Valentina, ainda no sétimo mês de gravidez, ela e o marido procuraram um grupo de pais na ma-ternidade onde ela já fazia o pré-natal. O casal aprovou e a

mãe recomenda: “Foi muito importante este apoio, me senti mais segura e mais informa-da sobre os procedimentos do parto e o trata-mento com a criança. Foi muito bom.”

CURSO PARA GESTANTESO curso conta com quatro en-contros divididos por temas:

acolhimento; modificações do corpo, tipos de parto e ama-mentação; cuidados com o recém-nascido e planeja-mento familiar. Tudo com a intenção de orientar a futura mãe. Eles serão realizados semanalmen-te durante um mês. As turmas estão em fase de

formação e para se inscre-ver a gestante precisa fazer

contato no Centro de Saúde pelos telefones: (31) 3441-

2188 e 3441-2182 ou ir até a própria Unidade (Rua Viana do Castelo, 490 – Bairro São Francisco, em Belo Horizon-te). O curso é gratuito.

Gestante Patrícia Marinho Amamentação - Centro de Saúde São Francisco

Page 32: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

4 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

MEYRE RIBEIRO

Em comemoração ao Dia Nacional do Cho-ro, o Sesc Minas participou de uma grande festa na capital mineira, no dia 22 de abril. O evento, realizado no Espaço Funarte, antecipou as ho-menagens ao nascimento de Alfredo da Rocha Vianna, o mestre Pixinguinha (em 23 de abril de 1897). Cerca de mil pessoas assistiram às apresentações de cinco grupos musicais e con-vidados especiais, como os artistas Waldir Sil-va e Silvério Pontes. As apresentações foram comandadas pelo radialista Acir Antão.

Para o diretor regional do Sesc Minas, Ro-drigo Penido Duarte, o evento valoriza as raí-zes musicais do país. “O Sistema Fecomércio Minas, por meio de seu braço sociocultural, o Sesc Minas, desenvolve no estado projetos que denotam a importância cultural das sete artes, direcionados tanto para o trabalhador do co-mércio de bens, serviços e turismo quanto para a comunidade em geral. Este evento mostra exatamente isso, por meio da apreciação de um dos estilos musicais mais tradicionais do Bra-sil”, declarou o diretor regional.

Um dos mentores do projeto, o radialista Acir Antão ressaltou a importância da inicia-tiva. “Minas Gerais sai na frente, realizando esta comemoração desta forma tão garbosa. O chorinho é derivado do samba, que nasceu no Rio de Janeiro, ex-capital do país. É um estilo musical que muito representa nossa cultura”, explicou Antão, que também comandou seu programa dominical diretamente do local do evento, ao vivo.

“O Sesc Minas sempre valoriza em seus projetos a tradição musical brasileira. Exem-plo disso são as realizações do Minas ao Luar, Causos e Violas das Gerais, Seresta ao Pé da Serra, entre outras iniciativas”, lembrou o su-perintendente de Educação e Cultura do Sesc, Gustavo Guimarães Henrique. Estavam pre-sentes também o diretor regional adjunto da entidade, Luciano de Assis Fagundes, e o neto de Pixinguinha, o cantor Marcelo Vianna.

CULTURA

MAIS DE MIL PESSOAS PRESTIGIARAM CINCO GRUPOS TRADICIONAIS DO ESTILO MUSICAL

SESC MINAS COMEMORA O DIA NACIONAL DO CHORO

Meyre Ribeiro / Sesc M

inasM

eyre Ribeiro / Sesc Minas

TRADIÇÃOOs grupos Flor de Abacate, Sarau Brasileiro,

Ausier Vinícius, Clube do Choro e Quem Não Chora Não Mama apresentaram composições de artistas brasileiros conhecidos e renomados. Waldir Silva trouxe também músicas de sua própria autoria. Simpático como sempre, o ca-vaquinista parabenizou o Sesc Minas por mais uma parceria.

“O Sesc está em todas, prestigiando e valori-zando a música de raiz. Este evento é feito com muito carinho e nos deixa muito felizes com toda a pompa com que é realizado”, disse Silva. “Está tudo maravilhoso. Adorei participar desta comemoração junto com meu amigo Waldir”, reiterou o músico Mozart Secundino de Oli-

veira, 89 anos de vida e quase 60 deles tocando violão.

“Eu adoro choro e vou a shows como este sempre que posso”, disse a aposentada Marília Furtini, 67 anos. O funcionário público federal Adelmo Andrade, 53 anos, admirou a qualidade musical do evento. “Tenho muito interesse em co-memorações como esta. Adoro esse ritmo e fiquei muito satisfeito com todas as apresentações.”

José Antônio Rocha, 70 anos, afirmou que o evento foi como uma terapia. “Me trouxe ale-gria, me distraiu e levantou meu astral. Acompa-nho vários eventos do Sesc, inclusive”, afirmou o aposentado, que declarou acompanhar o ídolo Waldir Silva em diversas edições do Minas ao Luar.

O músico Waldir Silva apresentou-se no evento com o Clube do Choro

O Dia Nacional do Choro é realizado, tradicionalmente em Belo Horizonte, pelo radialista Acir Antão

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FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 5

ATRAÇÕES VÃO ALÉM DA CULINÁRIA E DAS TERMAS DE RELAXAMENTO

TURISMO

JULIANA SODRÉ

Repleta de histórias, lendas e misticismo, a terra de Dona Beja tem muito a oferecer aos turis-tas que a visitam. Bem traçada e acolhedora, possui visuais que encantam e uma geografia que atrai os amantes do esporte de aventura. Sua localização pri-vilegiada rendeu-lhe o nome de origem indígena: Araxá vem da língua tupi-guarani e quer dizer “lugar onde primeiro se avista o sol”. É nesta terra hospitaleira e de tradições que está também o Sesc Pousada Araxá.

Em um terreno de 21 mil m², a pousada acolhe uma média de 2.500 hóspedes por mês. São 89 apartamentos e 44 chalés, que comportam até 500 pessoas em uma só temporada. Os quartos equipados com televisão, ar-con-dicionado ou ventilador, frigobar, ducha e telefone são confortáveis e permitem um descanso acolhe-dor para o turista.

Estruturada com piscina, giná-sio poliesportivo, três quadras de esportes, dois salões de eventos, biblioteca, restaurantes e quios-que de jogos, a pousada segue a missão do Sesc de contribuir para o bem-estar social do trabalhador do comércio de bens, serviços, turismo e seus dependentes, ofe-recendo serviços de qualidade a baixo custo. As diárias com café da manhã variam de R$ 39 a R$ 250, dependendo das caracterís-ticas da acomodação, da quanti-dade de pessoas, época do ano da viagem e da categoria do matri-culado.

Além das datas comemorati-vas e dos feriados prolongados, a pousada recebe muitos turistas na época do Encontro de Carros Antigos e do Encontro de Ervas

ARAXÁ PÕE A MESAE MUITO MAIS

Fotos: Marcos Brás Canedo

17 a 21 de maio – a partir de R$ 448 (por pessoa em acomodação dupla). In-clui: transporte em ônibus executivo, hospedagem no Sesc Pousada Araxá, café da manhã e quatro refeições.

6 a 10 de junho (Corpus Christi) – a partir de R$ 557 (por pessoa em aco-modação dupla). Inclui: transporte em ônibus executivo, hospedagem no Sesc Pousada Araxá (ou similar), café da manhã e quatro refeições.

Sesc Pousada Araxá – (34) 3661-3804 / Excursões Sesc Minas – (31) 3279-1500

PRÓXIMAS EXCURSÕES PARA ARAXÁ

CONTATOS

Medicinais, que são realizados anualmente na cidade e já se tor-naram tradicionais. Os amantes dos esportes radicais também têm muito o que conhecer. Situada no planalto do Alto Paranaíba, seus vales, serras e paredões de pedras convidam para a prática do voo de asa-delta e paraglider. Prati-cantes do trekking, da pesca, das cavalgadas e das trilhas de motos

e jipes também escolhem a região para essas atividades.

O Complexo do Barreiro é a atração mais visitada da cidade. Banhos medicinais, fisiotera-pias, cromoterapias e massagens são oferecidos aos visitantes que aproveitam para relaxar e até curar doenças e dores. Os servi-ços são tarifados e atraem gente de diversos estados do país. A

formação geológica e geográfica da cidade, encravada em um vul-cão extinto, permitiu as proprie-dades terapêuticas e radioativas das águas de Araxá, apresentando consideráveis riquezas minerais como o nióbio e a apatita, além das águas sulfurosas. Toda esta riqueza natural ajudou, e muito, para a construção e também para as lendas existentes na cidade.

A culinária é um caso à parte. De acordo com Vânia Maria de Oliveira, supervisora de hospeda-gem do Sesc Pousada Araxá, “a cidade oferece os mais variados pratos da comida brasileira, mas os doces de frutas em compotas e cristalizadas, como o figo, a goia-ba e a laranja, são bem famosos na cidade. A cachaça, o queijo minas e o pão de queijo também são muito bem representados por aqui”, conta.

Quem se interessar em co-nhecer uma das mais famosas cidades do Alto Paranaíba não pode deixar de aproveitar a hos-pitalidade do Sesc Pousada de Araxá. Os interessados podem consultar diretamente a Unidade ou os pacotes no setor de excur-sões do Sesc Minas. Confira os próximos pacotes para Araxá no box abaixo.

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6 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

SESC NACIONAL

PORTAL DO PROJETO FOI LANÇADO DURANTE O I CONCERTO SESC PARTITURAS, REALIZADO NA FUNDAÇÃO DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA DE BH

SESC PARTITURAS DIFUNDE MÚSICAS BRASILEIRAS

MEYRE RIBEIRO

Difundir, divulgar e preservar o patrimônio musical brasileiro. Com esse objetivo, o site Sesc Partituras (www.sesc.com.br/sescparti-turas), que tem mais de 300 composições dis-postas no acervo, está disponível para acesso, consultas e download a pesquisadores, musi-cistas e público em geral. O projeto, que é uma iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, foi lançado, em 14 de abril, simultaneamente, em 23 estados do país. Por meio do Sesc Mi-nas, o I Concerto Sesc Partituras foi realizado na Fundação de Educação Artística (FEABH). Artistas como o pianista Wagner Sander, a flau-tista Ludmila Costa e o doutor em contrabaixo acústico Fausto Borém, junto ao grupo Musa Brasilis, se apresentaram no evento.

Para o assessor de Eventos e Cultura do Sesc Minas, Célio Balona, que representou a diretoria regional da entidade e a presidência do Sistema Fecomércio no evento, a iniciativa viabiliza e democratiza o acesso às partituras. “Permitir que os interessados tenham acesso a esses materiais e que, na maioria das vezes, possam escutar o áudio das músicas é bastan-

Fotos: Dila Puccini / Sesc Minas

Fausto Borém interpretou canções de sua própria autoria e encantou a

plateia com as performances diferenciadas

te inovador. Atualmente, encontrar partituras à disposição no mercado ou em bibliotecas é difícil. Com o site, o Sesc contribuirá com a di-fusão e preservação das representações escritas das canções”, explica Balona.

Wagner Sander e Ludmila Costa tocaram pe-ças do compositor Antônio Celso Ribeiro, que estava na plateia e acompanhou toda a homena-gem. “Fico lisonjeado por ter minhas composi-ções disponíveis no site. Este projeto é muito importante para o mundo da música no nosso país”, observa Ribeiro. Ludmila Costa também elogiou o projeto e destacou o momento especial do lançamento. “Sou de Pouso Alegre, conterrâ-nea de Antônio Celso. Mostrar as peças desse grande compositor com Wagner Sander, um de seus colegas, em um evento tão importante, foi muito prazeroso”, ressalta a flautista.

Já Fausto Borém investiu em suas próprias composições e se apresentou com a cantora e intérprete Ana Taglianetti e a pianista Tânia Cançado, que juntos formam o grupo Musa Brasilis. A pianista Margarida Borghoff foi es-pecialmente convidada pelo trio para compor a apresentação. “O Sesc Partituras é uma ini-ciativa importante para o cenário musical. Na estreia do projeto tive a honra de exibir minhas canções em três estilos musicais, o popular, o erudito e o cênico, o que me deixou orgulhoso e emocionado”, conta o contrabaixista.

SESC PARTITURASDesde abril, o site Sesc Partituras está no

ar. O objetivo é permitir ao público, em ge-ral, o acesso a uma biblioteca virtual de mú-sica partiturizada, formada exclusivamente por obras de compositores brasileiros. O acervo é disponibilizado por um sistema de catalogação e busca prática, que permite a visualização integral de cada composição.

Em Minas, para ter os trabalhos avalia-dos pela curadoria do site, os interessados devem enviar as partituras e os áudios das músicas auditadas para [email protected]. As obras selecionadas serão incluídas no acervo da biblioteca virtual.

Entre as obras já disponíveis, estão com-posições raras (até então mantidas em ma-nuscritos originais) de músicos consagrados como Francisco Mignone, Guerra-Peixe e Glauco Velásquez; obras de relevância histórico-patrimonial, como as do Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830); músicas de compositores representativos de diversas regiões do país como Maurício de Oliveira (ES), Tó Teixeira (PA), Adel-mo Arco Verde (PE), Fernando Cerqueira (BA) e João Rodrigues de Jesus (SE); além de canções de musicistas contemporâneos, como Alexandre Schubert, José Orlando e Elieri Moura.

Os músicos Wagner Sander e Ludmila Costa durante o lançamento do Sesc Partituras

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6 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

SESC NACIONAL

PORTAL DO PROJETO FOI LANÇADO DURANTE O I CONCERTO SESC PARTITURAS, REALIZADO NA FUNDAÇÃO DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA DE BH

SESC PARTITURAS DIFUNDE MÚSICAS BRASILEIRAS

MEYRE RIBEIRO

Difundir, divulgar e preservar o patrimônio musical brasileiro. Com esse objetivo, o site Sesc Partituras (www.sesc.com.br/sescparti-turas), que tem mais de 300 composições dis-postas no acervo, está disponível para acesso, consultas e download a pesquisadores, musi-cistas e público em geral. O projeto, que é uma iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, foi lançado, em 14 de abril, simultaneamente, em 23 estados do país. Por meio do Sesc Mi-nas, o I Concerto Sesc Partituras foi realizado na Fundação de Educação Artística (FEABH). Artistas como o pianista Wagner Sander, a flau-tista Ludmila Costa e o doutor em contrabaixo acústico Fausto Borém, junto ao grupo Musa Brasilis, se apresentaram no evento.

Para o assessor de Eventos e Cultura do Sesc Minas, Célio Balona, que representou a diretoria regional da entidade e a presidência do Sistema Fecomércio no evento, a iniciativa viabiliza e democratiza o acesso às partituras. “Permitir que os interessados tenham acesso a esses materiais e que, na maioria das vezes, possam escutar o áudio das músicas é bastan-

Fotos: Dila Puccini / Sesc Minas

Fausto Borém interpretou canções de sua própria autoria e encantou a

plateia com as performances diferenciadas

te inovador. Atualmente, encontrar partituras à disposição no mercado ou em bibliotecas é difícil. Com o site, o Sesc contribuirá com a di-fusão e preservação das representações escritas das canções”, explica Balona.

Wagner Sander e Ludmila Costa tocaram pe-ças do compositor Antônio Celso Ribeiro, que estava na plateia e acompanhou toda a homena-gem. “Fico lisonjeado por ter minhas composi-ções disponíveis no site. Este projeto é muito importante para o mundo da música no nosso país”, observa Ribeiro. Ludmila Costa também elogiou o projeto e destacou o momento especial do lançamento. “Sou de Pouso Alegre, conterrâ-nea de Antônio Celso. Mostrar as peças desse grande compositor com Wagner Sander, um de seus colegas, em um evento tão importante, foi muito prazeroso”, ressalta a flautista.

Já Fausto Borém investiu em suas próprias composições e se apresentou com a cantora e intérprete Ana Taglianetti e a pianista Tânia Cançado, que juntos formam o grupo Musa Brasilis. A pianista Margarida Borghoff foi es-pecialmente convidada pelo trio para compor a apresentação. “O Sesc Partituras é uma ini-ciativa importante para o cenário musical. Na estreia do projeto tive a honra de exibir minhas canções em três estilos musicais, o popular, o erudito e o cênico, o que me deixou orgulhoso e emocionado”, conta o contrabaixista.

SESC PARTITURASDesde abril, o site Sesc Partituras está no

ar. O objetivo é permitir ao público, em ge-ral, o acesso a uma biblioteca virtual de mú-sica partiturizada, formada exclusivamente por obras de compositores brasileiros. O acervo é disponibilizado por um sistema de catalogação e busca prática, que permite a visualização integral de cada composição.

Em Minas, para ter os trabalhos avalia-dos pela curadoria do site, os interessados devem enviar as partituras e os áudios das músicas auditadas para [email protected]. As obras selecionadas serão incluídas no acervo da biblioteca virtual.

Entre as obras já disponíveis, estão com-posições raras (até então mantidas em ma-nuscritos originais) de músicos consagrados como Francisco Mignone, Guerra-Peixe e Glauco Velásquez; obras de relevância histórico-patrimonial, como as do Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830); músicas de compositores representativos de diversas regiões do país como Maurício de Oliveira (ES), Tó Teixeira (PA), Adel-mo Arco Verde (PE), Fernando Cerqueira (BA) e João Rodrigues de Jesus (SE); além de canções de musicistas contemporâneos, como Alexandre Schubert, José Orlando e Elieri Moura.

Os músicos Wagner Sander e Ludmila Costa durante o lançamento do Sesc Partituras

FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 7

MEYRE RIBEIRO

OdontoSesc, projeto idealizado pelo Depar-tamento Nacional do Sesc, atua em 23 estados no Brasil. Em Minas Gerais, circula há pouco mais de um ano. Já passou por Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Patos de Minas, Cataguases e Teófilo Otoni. A próxima visita da Unidade Volante será a Governador Valadares, de 3 de julho a 31 de agos-to. No total, serão quase dois meses em que uma equipe com quatro cirurgiões-dentistas realizarão, gratuitamente, procedimentos odontológicos junto com dois técnicos de saúde bucal e um técnico em manutenção. Além disso, serão realizadas palestras de conscientização quanto à importância e cuidados necessários com o aparelho bucal.

De acordo com o analista de projetos de saúde do Sesc Minas e coordenador do projeto no Estado, Roberto Luiz de Araújo, o OdontoSesc deixa múlti-plos benefícios por onde passa. “Recebemos retor-nos de que as populações atendidas têm terminado o tratamento de forma satisfatória. Todos os proce-dimentos realizados contam com equipamentos de ponta, materiais de primeira qualidade e profissio-nais altamente especializados”, explica. Para Araú-jo, é observada também melhoria da autoestima dos beneficiados. “Temos notícia que boa parte dos que participam da ação ficam motivados a se inserirem ou se reinserirem no mercado de trabalho”, pontua.

SOCIAL

ODONTOSESC JÁ REALIZOU QUASE NOVE MIL CONSULTAS ODONTOLÓGICAS EM MINAS

Erwin Oliveira / Sesc Minas

SESC PROMOVE MAIS SAÚDE BUCAL NO ESTADO

No Brasil, pesquisas revelam que 64% das pes-soas têm dificuldade no acesso aos serviços odon-tológicos, de acordo com o Departamento Nacional do Sesc. Com pouco mais de 12 meses, o Odonto-Sesc em Minas já atendeu mais de 1,3 mil pacientes, realizou quase nove mil consultas e restaurou cerca de oito mil dentes. Quanto às remoções de tártaro, profilaxia, aplicação tópica de flúor, foram mais de 13 mil sessões efetivadas. Mais de 1,1 mil pessoas, entre adultos e crianças, foram atendidas nos proje-tos de educação e promoção da saúde respiratória infantil.

Entre os procedimentos executados na carreta de odontologia estão: extrações de dentes perma-nentes; raízes residuais e dos dentes decíduos; res-

taurações de amálgama e estéticas; canal de todos os dentes; pontes provisórias; consertos em próteses removíveis (parcial e total) e profilaxia com ultras-som (remoção de tártaro e fluoretação).

As cidades atendidas são escolhidas principal-mente mediante solicitação do Sindicato do Comér-cio local, que levanta as demandas do município em relação à saúde bucal. A Superintendência de Saúde do Sesc Minas avalia as indicações e faz o agenda-mento de visitas do OdontoSesc. Outras entidades de classe, prefeituras e associações também podem fazer o pedido de atendimento ao Sesc Minas que, da mesma maneira, pondera as solicitações diante das necessidades apresentadas.

O PROJETOO OdontoSesc surgiu em 1999, por meio da área

de saúde do Sesc Nacional. É um projeto itineran-te, que se pauta na prevenção e promoção de saúde bucal. O objetivo é estender os serviços de odonto-logia, de forma gratuita, às pessoas residentes nas cidades do interior e na periferia dos grandes cen-tros urbanos, principalmente nas comunidades com maior vulnerabilidade social. O Sesc Minas efetivou o projeto no ano passado, com o piloto realizado de 16 de abril a 26 de julho de 2011. São atendidos os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turis-mo e a população de baixa renda.

Em todo o país, as Unidades Volantes trabalham com odontólogos, atendentes de consultório e agen-tes de saúde. O OdontoSesc desenvolve procedi-mentos clínicos, ações de prevenção e de educação em saúde.

O OdontoSesc já passou por cinco localidades e realizou diversos tipos de atendimento gratuitos

O projeto surgiu por iniciativa do Departamento Nacional do Sesc e, em Minas, promove a saúde bucal e a prevenção há mais de um ano

Divulgação

Page 36: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

8 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

PINTURA

A diretora de Cultura de Coromandel, Marta Maria Lemes Monteiro, a artista Maria Terezinha, a Prefeita Dione Maria Peres e o professor José Honorato

TALENTOS EXPRESSOS EM CORES E MOVIMENTOS ARTISTAS COROMANDELENSES MOSTRAM DONS PELOS TRAÇOS DA PINTURA EM TELA*ANA LUISA MARÇAL

A mineira Coromandel fica na Re-gião do Alto Paranaíba e, além de seu potencial agrícola e pecuário, é terra de diamantes valiosos e preciosos talentos. A cidade foi berço para as ricas com-posições do clarinetista Abel Ferreira e as canções do poeta Goiá, reproduzidas por famosos artistas da música sertane-ja. A diversidade cultural do município está ganhando novo ramo: a arte da pin-tura em tela.

O projeto de “Mostra de Artes Plás-ticas” na Casa da Cultura do município está dando espaço aos pintores locais e o resultado está surpreendendo o público.

A prefeita de Coromandel, Dione Maria Peres, explica que a administra-ção sentiu que havia expressivo número de artistas na cidade e era necessário um projeto para mostrar os trabalhos.

A diretora de Cultura da Prefeitura de Coromandel, Marta Maria Lemes Monteiro, tem experiência de 13 anos de trabalho como professora de artes e é apaixonada pela pintura em tela. “O pro-jeto está sendo muito importante para as pessoas conhecerem como o município é rico nesse segmento.”

Obras do artista José HonoratoObras da artista Maria Terezinha

Fotos: Ana Luisa Marçal

ARTISTAS DA TERRAUm dos responsáveis pela divulgação

da arte em tela em Coromandel é José Ho-norato, que tem comprovada experiência na área. A trajetória do pintor e professor começou ainda criança. “Continuei de-senhando até o dia em que um amigo me indicou estudar. Em um dos cursos o pro-fessor não conseguiu concluir as etapas e a turma pediu para eu continuar as aulas. Nessa época, há mais de 15 anos, eu tinha

uma oficina de lanternagem. Larguei a pro-fissão e passei a viver da arte e das aulas de pintura”, detalha o artista.

Pelo ateliê de José Honorato passaram mais de 200 alunos, como aconteceu com Maria Terezinha Resende, que anterior-mente já havia feito curso de pintura no Senac de Coromandel. Por trás da bancária disciplinada e eficiente existia uma artista com capacidade para expressar sentimen-tos, dando vida a situações, cenas, seres e

objetos. “É um universo que deve ser ex-pandido, tornando-se patrimônio da maio-ria e não se limitando a poucos”, conta Terezinha.

CONTATOS COM OS ARTISTAS:

(34) 3841-3777

[email protected].

*ESPECIAL PARA O JORNAL FECOMÉRCIO INFORMATIVO - CADERNO SESC

A artista Maria Terezinha Resende e o professor José Honorato ao lado de suas obras

Page 37: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

8 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

PINTURA

A diretora de Cultura de Coromandel, Marta Maria Lemes Monteiro, a artista Maria Terezinha, a Prefeita Dione Maria Peres e o professor José Honorato

TALENTOS EXPRESSOS EM CORES E MOVIMENTOS ARTISTAS COROMANDELENSES MOSTRAM DONS PELOS TRAÇOS DA PINTURA EM TELA*ANA LUISA MARÇAL

A mineira Coromandel fica na Re-gião do Alto Paranaíba e, além de seu potencial agrícola e pecuário, é terra de diamantes valiosos e preciosos talentos. A cidade foi berço para as ricas com-posições do clarinetista Abel Ferreira e as canções do poeta Goiá, reproduzidas por famosos artistas da música sertane-ja. A diversidade cultural do município está ganhando novo ramo: a arte da pin-tura em tela.

O projeto de “Mostra de Artes Plás-ticas” na Casa da Cultura do município está dando espaço aos pintores locais e o resultado está surpreendendo o público.

A prefeita de Coromandel, Dione Maria Peres, explica que a administra-ção sentiu que havia expressivo número de artistas na cidade e era necessário um projeto para mostrar os trabalhos.

A diretora de Cultura da Prefeitura de Coromandel, Marta Maria Lemes Monteiro, tem experiência de 13 anos de trabalho como professora de artes e é apaixonada pela pintura em tela. “O pro-jeto está sendo muito importante para as pessoas conhecerem como o município é rico nesse segmento.”

Obras do artista José HonoratoObras da artista Maria Terezinha

Fotos: Ana Luisa Marçal

ARTISTAS DA TERRAUm dos responsáveis pela divulgação

da arte em tela em Coromandel é José Ho-norato, que tem comprovada experiência na área. A trajetória do pintor e professor começou ainda criança. “Continuei de-senhando até o dia em que um amigo me indicou estudar. Em um dos cursos o pro-fessor não conseguiu concluir as etapas e a turma pediu para eu continuar as aulas. Nessa época, há mais de 15 anos, eu tinha

uma oficina de lanternagem. Larguei a pro-fissão e passei a viver da arte e das aulas de pintura”, detalha o artista.

Pelo ateliê de José Honorato passaram mais de 200 alunos, como aconteceu com Maria Terezinha Resende, que anterior-mente já havia feito curso de pintura no Senac de Coromandel. Por trás da bancária disciplinada e eficiente existia uma artista com capacidade para expressar sentimen-tos, dando vida a situações, cenas, seres e

objetos. “É um universo que deve ser ex-pandido, tornando-se patrimônio da maio-ria e não se limitando a poucos”, conta Terezinha.

CONTATOS COM OS ARTISTAS:

(34) 3841-3777

[email protected].

*ESPECIAL PARA O JORNAL FECOMÉRCIO INFORMATIVO - CADERNO SESC

A artista Maria Terezinha Resende e o professor José Honorato ao lado de suas obras

SENACFECOMÉRCIO INFORMATIVO

SENAC MARCA PRESENÇA NO FESTIVAL BRASIL SABOR

PÁGINA 6

PUBLICAÇÃO MENSAL DO SISTEMA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MINAS - SESC - SENAC / www.mg.senac.br

PRONATEC: QUALIFICAÇÃO COM FOCO NO TRABALHO

PÁGINA 7

OPORTUNIDADES PARA QUEM ESTÁ FORA DO MERCADO

PÁGINA 3

PROFISSIONAIS REQUISITADOSNO ATUAL CENÁRIO COMPETITIVO E GLOBALIZADO, A ATUAÇÃO DO TECNÓLOGO EM GESTÃO DA QUALIDADE É INDISPENSÁVEL PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DAS ORGANIZAÇÕESPÁGINA 5

Estúdio 53

Estúdio 53

Page 38: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

2 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

A utilização da tecnologia como recurso estratégico da organização para agilidade no trato das informações tem se tornado cada vez mais frequente. Com isso, observa-se uma necessidade crescente de se adotarem mecanismos que garantam a segurança dessas informações.

Nesse contexto, alguns conceitos são importantes: o de confidencialidade – pro-priedade que possibilita que a informação não esteja disponível ou seja revelada a indivídu-os, entidades ou processos não autorizados; o de integridade – propriedade de salvaguarda da exatidão e totalidade de ativos; e o de disponibilidade – propriedade de a informa-ção estar acessível e utilizável sob demanda por uma entidade autorizada. Esses são os pilares da segurança da informação e devem ser considerados em qual-quer processo de negócio da empre-sa, visto que a melhoria contínua é obtida, na maioria das vezes, com o incremento do uso da tecnologia.

Como exemplo desse incremen-to, podemos citar o aumento do uso da internet como forma de disponi-bilizar serviços, agilizar comunica-ção de dados, fomentar o comércio e ampliar o conhecimento. Outro exemplo é a eliminação de tarefas manuais por meio da automatização de processos, trazendo maior efici-ência operacional às organizações. Podemos citar ainda o armazenamento digital das informações, que, além de auxiliar na automatização de processos, também é uma forma sustentável de uso da tecnologia, pois minimiza a quantidade de papel circulando nas organizações.

Se, por um lado, essa evolução tecnoló-gica possibilita melhorias e agilidade nos processos da organização, por outro, provoca dependência e faz surgir ameaças que, con-cretizadas, podem causar danos irreparáveis ao negócio. Com isso, a cada dia aumenta a atenção dos gestores dos processos, no sen-tido de identificar possíveis impactos, sejam eles financeiros, operacionais, legais ou refe-rentes à imagem da organização, causados por

ameaças que exploram as vulnerabilidades existentes nos ativos que suportam os proces-sos de negócios.

Considerando esse contexto, garantir a proteção das informações ao adotar medidas que certifiquem um nível aceitável de segu-rança ganha grande importância nas decisões estratégicas da organização. Buscar maior qualidade dos serviços e proteção adequada dos dados torna-se uma atividade prioritária dos gestores que lidam com um grande volu-me de informações.

A melhoria contínua dos processos de gestão da qualidade dos serviços e a sua atualização tecnológica tem se tornado, nos últimos tempos, um grande desafio para as organizações. Aprimorar os controles téc-

nicos, administrativos e operacionais que atuam na proteção das informações é uma necessidade do negócio. Nos últimos anos, diversas iniciativas relativas à modernização tecnológica e à criação de normas e decretos têm sido tomadas, tanto pelo setor privado quanto pelo público, com o objetivo de agre-gar conceitos de segurança da informação. Esses processos passam pela implantação da governança de tecnologia da informação, que auxiliará os gestores e as equipes técni-cas no direcionamento das ações, de modo a prover os recursos computacionais ou huma-nos adequados.

A legislação nacional dá grande importân-cia à proteção da informação em diferentes

aspectos, principalmente no que se refere à veracidade, integridade, disponibilidade e inviolabilidade dos dados, e também quanto ao seu uso. Por exemplo, o Código de Defesa do Consumidor, nos artigos 43 e 44, versa sobre as informações dos consumidores arquivadas em banco de dados. O Código Civil, de forma ampla, prevê que aquele que causa dano a outrem tem o dever de indenizar, o que pode responsabilizar os administradores que derem mau destino às informações da empresa ou que estejam envolvidos com problemas como vazamento de informações, indisponibilidade de sistemas e fraudes. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XII, trata do sigilo e da inviolabilidade dos dados telemáticos e das comunicações privadas. Além desses,

o Código Penal também trata da segurança das informações e do uso que a elas é dado, ainda que sem essa denominação específica. No artigo 152, é tipificado como crime o abuso da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, sub-trair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo. Outras disposições legais também podem ser encontradas no artigo 189 da Lei n. 9.279/96 (que versa sobre a propriedade industrial) e no artigo 12 da Lei n. 9.609/98 (que dispõe

sobre a propriedade intelectual de programas de computador).

Como se percebe, o ordenamento jurídico brasileiro possui grande preocupação não só com a proteção da informação em si, mas também com sua utilização. Importante dizer que, apesar de os exemplos citados não se referirem especificamente à segurança da informação, todos eles guardam relação com esse aspecto, seja no que se refere ao seu conteúdo, seja no que se refere à forma de uti-lização da informação e dos meios de comu-nicação. Sendo assim, proteger as estratégias organizacionais é também assegurar que as informações da empresa sejam uma boa arma para o desenvolvimento do negócio.

OPINIÃO

TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO:RECURSOS ESTRATÉGICOSMARILENE DA CONCEIÇÃO SIQUEIRA DELGADOVICE-DIRETORA

“GARANTIR A PROTEÇÃO DAS INFORMAÇÕES AO ADOTAR MEDIDAS QUE CERTIFIQUEM UM NÍVEL ACEITÁVEL DE SEGURANÇA GANHA GRANDE IMPORTÂNCIA NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS DA ORGANIZAÇÃO.”

Estúdio 53

Page 39: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

2 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

A utilização da tecnologia como recurso estratégico da organização para agilidade no trato das informações tem se tornado cada vez mais frequente. Com isso, observa-se uma necessidade crescente de se adotarem mecanismos que garantam a segurança dessas informações.

Nesse contexto, alguns conceitos são importantes: o de confidencialidade – pro-priedade que possibilita que a informação não esteja disponível ou seja revelada a indivídu-os, entidades ou processos não autorizados; o de integridade – propriedade de salvaguarda da exatidão e totalidade de ativos; e o de disponibilidade – propriedade de a informa-ção estar acessível e utilizável sob demanda por uma entidade autorizada. Esses são os pilares da segurança da informação e devem ser considerados em qual-quer processo de negócio da empre-sa, visto que a melhoria contínua é obtida, na maioria das vezes, com o incremento do uso da tecnologia.

Como exemplo desse incremen-to, podemos citar o aumento do uso da internet como forma de disponi-bilizar serviços, agilizar comunica-ção de dados, fomentar o comércio e ampliar o conhecimento. Outro exemplo é a eliminação de tarefas manuais por meio da automatização de processos, trazendo maior efici-ência operacional às organizações. Podemos citar ainda o armazenamento digital das informações, que, além de auxiliar na automatização de processos, também é uma forma sustentável de uso da tecnologia, pois minimiza a quantidade de papel circulando nas organizações.

Se, por um lado, essa evolução tecnoló-gica possibilita melhorias e agilidade nos processos da organização, por outro, provoca dependência e faz surgir ameaças que, con-cretizadas, podem causar danos irreparáveis ao negócio. Com isso, a cada dia aumenta a atenção dos gestores dos processos, no sen-tido de identificar possíveis impactos, sejam eles financeiros, operacionais, legais ou refe-rentes à imagem da organização, causados por

ameaças que exploram as vulnerabilidades existentes nos ativos que suportam os proces-sos de negócios.

Considerando esse contexto, garantir a proteção das informações ao adotar medidas que certifiquem um nível aceitável de segu-rança ganha grande importância nas decisões estratégicas da organização. Buscar maior qualidade dos serviços e proteção adequada dos dados torna-se uma atividade prioritária dos gestores que lidam com um grande volu-me de informações.

A melhoria contínua dos processos de gestão da qualidade dos serviços e a sua atualização tecnológica tem se tornado, nos últimos tempos, um grande desafio para as organizações. Aprimorar os controles téc-

nicos, administrativos e operacionais que atuam na proteção das informações é uma necessidade do negócio. Nos últimos anos, diversas iniciativas relativas à modernização tecnológica e à criação de normas e decretos têm sido tomadas, tanto pelo setor privado quanto pelo público, com o objetivo de agre-gar conceitos de segurança da informação. Esses processos passam pela implantação da governança de tecnologia da informação, que auxiliará os gestores e as equipes técni-cas no direcionamento das ações, de modo a prover os recursos computacionais ou huma-nos adequados.

A legislação nacional dá grande importân-cia à proteção da informação em diferentes

aspectos, principalmente no que se refere à veracidade, integridade, disponibilidade e inviolabilidade dos dados, e também quanto ao seu uso. Por exemplo, o Código de Defesa do Consumidor, nos artigos 43 e 44, versa sobre as informações dos consumidores arquivadas em banco de dados. O Código Civil, de forma ampla, prevê que aquele que causa dano a outrem tem o dever de indenizar, o que pode responsabilizar os administradores que derem mau destino às informações da empresa ou que estejam envolvidos com problemas como vazamento de informações, indisponibilidade de sistemas e fraudes. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XII, trata do sigilo e da inviolabilidade dos dados telemáticos e das comunicações privadas. Além desses,

o Código Penal também trata da segurança das informações e do uso que a elas é dado, ainda que sem essa denominação específica. No artigo 152, é tipificado como crime o abuso da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, sub-trair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo. Outras disposições legais também podem ser encontradas no artigo 189 da Lei n. 9.279/96 (que versa sobre a propriedade industrial) e no artigo 12 da Lei n. 9.609/98 (que dispõe

sobre a propriedade intelectual de programas de computador).

Como se percebe, o ordenamento jurídico brasileiro possui grande preocupação não só com a proteção da informação em si, mas também com sua utilização. Importante dizer que, apesar de os exemplos citados não se referirem especificamente à segurança da informação, todos eles guardam relação com esse aspecto, seja no que se refere ao seu conteúdo, seja no que se refere à forma de uti-lização da informação e dos meios de comu-nicação. Sendo assim, proteger as estratégias organizacionais é também assegurar que as informações da empresa sejam uma boa arma para o desenvolvimento do negócio.

OPINIÃO

TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO:RECURSOS ESTRATÉGICOSMARILENE DA CONCEIÇÃO SIQUEIRA DELGADOVICE-DIRETORA

“GARANTIR A PROTEÇÃO DAS INFORMAÇÕES AO ADOTAR MEDIDAS QUE CERTIFIQUEM UM NÍVEL ACEITÁVEL DE SEGURANÇA GANHA GRANDE IMPORTÂNCIA NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS DA ORGANIZAÇÃO.”

Estúdio 53

FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 3

ACONTECE

INCENTIVO ÀESCRITA E LEITURA

NOVAS PERSPECTIVAS PROFISSIONAIS

Estão abertas até 31 de maio as inscrições para a quinta edição do Concurso Literário Livro de Graça na Praça, que conta com o apoio do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos. A iniciativa selecionará três autores de todo o Brasil para terem seus contos publicados em uma coletânea, que

será lançada e distribuída no even-to de mesmo nome, em setembro.

De acordo com o idealizador do projeto, José Mauro da Costa, o tema do concurso este ano é Belo Horizonte. Cada candidato poderá concorrer com até dois contos, que devem ser inéditos, ou seja, não podem ter sido divulgados

ou publicados anteriormente. A seleção será feita com o apoio da Academia Mineira de Letras, de acordo com os critérios de objeti-vidade, clareza e originalidade.

A inscrição deve ser efetivada por meio da entrega dos originais dos textos, juntamente com os dados pessoais, na Biblioteca Central do

Sesc Minas (Rua Caetés, 603 – Centro) ou envio pelos Correios até 31 de maio. O edital do Concurso Literário Livro de Graça na Praça está disponível para consulta nos sites www.sescmg.com.br e www.mg.senac.br, onde também será divulgado o resultado, no dia 15 de junho.

O Senac Minas, desde 2004, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, executa cursos de qualificação profissional no âmbito do Programa Melhor Emprego. A iniciativa é uma parceria da insti-tuição com a Secretaria Municipal Adjunta de Trabalho e Emprego e tem como proposta capacitar, por meio de cursos gratuitos, os moradores da capital mineira cadastrados nos postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine): Barreiro, BH Resolve, Centro/Niat e Venda Nova.

Por meio do programa são ofe-recidos cursos variados, em dife-rentes segmentos, como Assistente administrativo, Confecção de peças íntimas, Operador de telemarketing; Garçom/Barman, entre outros. Em todas as turmas são assegurados, no mínimo, 10% do total das vagas para pessoas com deficiência. Além da gratuidade, todos os alunos rece-bem vale-transporte e lanche.

De janeiro a abril de 2012, 28 novas turmas foram iniciadas no

Senac Belo Horizonte, atendendo a mais de 500 pessoas. De acordo com a consultora de negócios do Senac Minas, Milene Lopes, a pre-visão é de que aproximadamente 2.600 alunos se formem até o final de 2012. “Cada vez mais as pessoas desempregadas estão procurando pelos cursos do Programa Melhor

Emprego, devido às chances de contratação”, ressalta a consultora. Ela informa que, em 2011, foi fir-mada uma parceria com uma rede de drogarias para a contratação de 600 pessoas que fizeram o curso de Operador de Caixa.

Para Elisângela Pereira, que frequentou o curso de Assistente

Administrativo, não poderia haver momento mais oportuno para parti-cipar do Programa. “Tinha acabado de ficar desempregada e estava precisando me qualificar em outras áreas”, conta.

Para mais informações sobre o programa, ligue para 156 ou acesse www.pbh.gov.br/melhoremprego.

Fonte: www.livrodegracanapraca.blogspot.com.br

NÚMEROS DO PROJETO (DE 2003 A 2011)

110.000LIVROS E CORDÉIS DISTRIBUÍDOS DE GRAÇA

100.000PESSOAS PRESENTES NOS EVENTOS DE DISTRIBUIÇÃO DOS LIVROS

330.000LEITORES

Com o projeto, pessoas com dificuldade para encontrar colocação no mercado têm a chance de buscar outros rumos na carreira

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4 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

As turmas do curso de Gestão Microrregional oferecido pelo Núcleo de Pós-Graduação e Educação a Distância do Senac Minas concluíram suas atividades. A iniciativa, realizada em parce-ria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), qualificou gestores públicos para a implantação, desen-volvimento e controle dos Planos Microrregionais de Saúde, visan-do a garantir governança e forta-lecimento das políticas e redes de atenção à saúde em Minas Gerais. Aproximadamente 1,8 mil alunos, entre secretários, promotores muni-cipais e profissionais do ramo da saúde de 640 municípios mineiros participaram do curso, que teve início em agosto de 2010.

Segundo o diretor escolar do Núcleo de Pós-Graduação e Educação a Distância, Dilermando Ubiraci Amador de Oliveira, o curso contou com 11 momentos presenciais, apesar de ter sido cria-

EM FOCO

CURSO PREPARA GESTORES DE SAÚDE

O Núcleo de Pós-Graduação e Educação a Distância do Senac Minas criou o Café com Conhecimento, um encontro desti-nado à discussão e à reflexão sobre temas relacionados à educação a distância, educação ambiental, governança de TI, gestão escolar, entre outros. São palestras, mesas--redondas, exposições e painéis oferecidos aos acadêmicos, pro-fessores e profissionais que pro-porcionam a troca de experiências,

além de promover a interdiscipli-naridade e a integração entre os cursos de pós-graduação.

De acordo com a superviso-ra pedagógica da Pós-Graduação a Distância do Senac Minas, Vanilde Muniz, o projeto pretende trazer novidades, como a proposta de dar continuidade à discussão sobre os temas na internet. “Após a realização do evento presencial, o participante poderá refletir, debater e esclarecer dúvidas num fórum virtual, e quem

sabe construir textos coletivos e colaborativos para publicação nos veículos de comunicação do Senac Minas”, explica.

A última edição, realizada de 16 a 19 de abril, reuniu mais de 300 participantes em torno do debate de temas relacionados à área de Marketing. O próximo evento, previsto para o dia 17 de maio, será uma mesa-redonda com o tema Educação em Tempos Digitais.

Arquivo Canal M

inas Saúde

Foram capacitados mais de 1,8 mil profissionais da saúde vindos de diversos municípios mineiros

“O Senac, que é uma das entidades executoras habilitadas pela Prefeitura com mais experiência na área de serviços e comércio em Minas Gerais, tem nos auxiliado na qualificação dos cidadãos de Belo Horizonte. Estamos sempre estreitando nossos laços com esse grande parceiro, que, além da competência, possui instalações e instrumentos educacionais que garantem um ensino de qualidade para toda a população.”

Andrea Santos e Campos – Gerente de Coordenação de Programas de Geração de Emprego e Capacitação de Mão de Obra da Prefeitura de Belo Horizonte

CLIENTE EM DESTAQUE

do como Educação a Distância (EAD). Foram nove oficinas, uma prova e um encontro para apresen-tação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “O Senac disponibi-lizou 14 polos em todo o Estado,

nos quais os alunos realizavam as atividades”, ressalta.

A promotora Virgínia Chaves, de Poços de Caldas, diz que o aprendizado adquirido no curso será utilizado tanto na sua vida

acadêmica quanto na profissio-nal. “Aprendi tudo o que se refe-re ao elo entre a educação e a justiça, judicialização e utiliza-ção das políticas públicas em saúde”, afirma.

CAFÉ COM CONHECIMENTO

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4 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

As turmas do curso de Gestão Microrregional oferecido pelo Núcleo de Pós-Graduação e Educação a Distância do Senac Minas concluíram suas atividades. A iniciativa, realizada em parce-ria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), qualificou gestores públicos para a implantação, desen-volvimento e controle dos Planos Microrregionais de Saúde, visan-do a garantir governança e forta-lecimento das políticas e redes de atenção à saúde em Minas Gerais. Aproximadamente 1,8 mil alunos, entre secretários, promotores muni-cipais e profissionais do ramo da saúde de 640 municípios mineiros participaram do curso, que teve início em agosto de 2010.

Segundo o diretor escolar do Núcleo de Pós-Graduação e Educação a Distância, Dilermando Ubiraci Amador de Oliveira, o curso contou com 11 momentos presenciais, apesar de ter sido cria-

EM FOCO

CURSO PREPARA GESTORES DE SAÚDE

O Núcleo de Pós-Graduação e Educação a Distância do Senac Minas criou o Café com Conhecimento, um encontro desti-nado à discussão e à reflexão sobre temas relacionados à educação a distância, educação ambiental, governança de TI, gestão escolar, entre outros. São palestras, mesas--redondas, exposições e painéis oferecidos aos acadêmicos, pro-fessores e profissionais que pro-porcionam a troca de experiências,

além de promover a interdiscipli-naridade e a integração entre os cursos de pós-graduação.

De acordo com a superviso-ra pedagógica da Pós-Graduação a Distância do Senac Minas, Vanilde Muniz, o projeto pretende trazer novidades, como a proposta de dar continuidade à discussão sobre os temas na internet. “Após a realização do evento presencial, o participante poderá refletir, debater e esclarecer dúvidas num fórum virtual, e quem

sabe construir textos coletivos e colaborativos para publicação nos veículos de comunicação do Senac Minas”, explica.

A última edição, realizada de 16 a 19 de abril, reuniu mais de 300 participantes em torno do debate de temas relacionados à área de Marketing. O próximo evento, previsto para o dia 17 de maio, será uma mesa-redonda com o tema Educação em Tempos Digitais.

Arquivo Canal M

inas Saúde

Foram capacitados mais de 1,8 mil profissionais da saúde vindos de diversos municípios mineiros

“O Senac, que é uma das entidades executoras habilitadas pela Prefeitura com mais experiência na área de serviços e comércio em Minas Gerais, tem nos auxiliado na qualificação dos cidadãos de Belo Horizonte. Estamos sempre estreitando nossos laços com esse grande parceiro, que, além da competência, possui instalações e instrumentos educacionais que garantem um ensino de qualidade para toda a população.”

Andrea Santos e Campos – Gerente de Coordenação de Programas de Geração de Emprego e Capacitação de Mão de Obra da Prefeitura de Belo Horizonte

CLIENTE EM DESTAQUE

do como Educação a Distância (EAD). Foram nove oficinas, uma prova e um encontro para apresen-tação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “O Senac disponibi-lizou 14 polos em todo o Estado,

nos quais os alunos realizavam as atividades”, ressalta.

A promotora Virgínia Chaves, de Poços de Caldas, diz que o aprendizado adquirido no curso será utilizado tanto na sua vida

acadêmica quanto na profissio-nal. “Aprendi tudo o que se refe-re ao elo entre a educação e a justiça, judicialização e utiliza-ção das políticas públicas em saúde”, afirma.

CAFÉ COM CONHECIMENTO

FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 5

CAPA

GERENCIADORESDA QUALIDADE

INSCRIÇÕES ABERTAS AUTOAVALIAÇÃOA Faculdade Senac Minas promoveu,

durante todo o mês de abril, a primeira etapa da pesquisa de Autoavaliação Institucional. Por meio dela, a orga-nização é avaliada por alunos, profes-sores e funcionários em dez aspectos estabelecidos pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). A próxima fase será realizada entre 1º e 29 de junho, e contará com a participação de alunos e do corpo docente.

Para o diretor da Faculdade Senac Minas, Antônio Marcos Souza, a Autoavaliação Institucional é um pro-cesso que diagnostica as condições de ensino, pesquisa e extensão, ofere-cendo oportunidades de mapeamento para possíveis melhorias na qualida-de da instituição. “É um instrumen-to que viabiliza a construção do pla-nejamento e gestão da instituição”, ressalta o diretor.

Imagine poder se formar em um curso superior, com toda a qualida-de e a credibilidade sustentadas pela marca Senac Minas, mas em tempo menor do que as demais gradua-ções. Isso já é possível, por meio do curso superior de Tecnologia em Gestão da Qualidade da Faculdade Senac Minas.

A primeira turma de tecnó-logos em Gestão da Qualidade formou-se em março deste ano. A procura pelo curso tem crescido, e algumas razões são o cenário competitivo e globalizado, que exige cada vez mais a presença do tecnólogo nas organizações e a diversidade de atuação desse profissional no mercado.

Ao longo do curso, que tem duração de dois anos, os alunos são preparados para: atuar como audi-tores internos ou em entidades de certificação; proceder à análise da

situação da organização, seus méto-dos de trabalho e produtos; elaborar e gerenciar estratégias de implanta-ção para obtenção de determinada certificação; e supervisionar as alte-rações no processo produtivo, entre outras possibilidades.

De acordo com o coordena-

dor do curso, Samir Haddad, o conteúdo abordado nas aulas é extremamente atual e passa por questões como a sustentabilidade e a sobrevivência das empresas. “O curso forma profissionais capa-zes de ajudar as organizações atuais a se tornarem eficientes e atende-

rem às demandas de seus consu-midores por meio da aplicação das metodologias gerenciais utilizadas na gestão da qualidade”, afirma o coordenador.

Outro diferencial é que a for-mação se aplica a pessoas de fai-xas etárias distintas, dando opor-tunidades de trabalho tanto para quem está iniciando sua carreira quanto para quem que já possui experiência profissional e neces-sita de qualificação, como é caso do mecânico industrial Eduardo Batista. Segundo ele, a graduação tecnológica o preparou para exer-cer outras funções, além das que ele já realizava dentro da empre-sa onde trabalha. “Agora, posso contribuir com o meu aprendi-zado em várias áreas dentro da empresa”, ressalta Eduardo, que foi promovido antes mesmo de ter concluído o curso.

A Faculdade Senac Minas recebe inscrições, até 21 de junho, para o vestibular dos cur-sos de Administração, Ciências Contábeis e Tecnologia em Gestão da Qualidade. As provas serão realizadas no dia 23 de junho, e o resultado, divulgado em 27 do mesmo mês. Conheça os demais cursos:

ADMINISTRAÇÃOConta com uma diversidade de

estratégias pedagógicas que visam a aliar teoria e prática, inserindo o aluno em atividades estratégicas de extensão e colocando-o em con-tato com o mercado de trabalho. Cotidianamente, em sala de aula, os professores utilizam metodo-logias de trabalho voltadas para orientações sistemáticas, contex-tualizações e interdisciplinaridade,

as quais possibilitam a socialização do conhecimento e a aprendiza-gem crítica, criativa, participativa e coletiva dos alunos.

CIÊNCIAS CONTÁBEISForma profissionais com sóli-

dos conhecimentos nas áreas de atuação do contador, possibilitando o acompanhamento da evolução tecnológica e suas mudanças e ino-vações no âmbito empresarial. Para isso, propõe uma sólida formação científica, aliada a um conjunto relevante de disciplinas de forma-ção instrumental complementar em informática, que será inquestiona-velmente vital para o sucesso das organizações.

Mais informações sobre o proces-so seletivo no site www.mg.senac.br/faculdade, ou pelo 0800 724 44 40.

O aprendizado vai além da sala de aula na Faculdade Senac Minas

Arquivo Senac Minas

Page 42: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

6 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

GIRO

SENACMÓVEL LEVA ENSINO PROFISSIONAL AO TRIÂNGULO MINEIRO

Democratizar o acesso à edu-cação profissional e levar conhe-cimento a municípios onde não existem unidades fixas do Senac são os principais objetivos do SenacMóvel. Ao longo de 2012, três carretas atuarão na região do Triângulo Mineiro: Informática, Turismo e Hospitalidade e Multiuso.

De acordo com o gerente regio-nal de operações, Paulo Baratta,

as carretas funcionam como uma verdadeira sala de aula itineran-te e representam grande atrati-vo para a população da região. “Os municípios se esforçam para ter o SenacMóvel em seus even-tos”, conta. Até o mês de abril, foram mais de 5 mil atendimen-tos na região, entre workshops, palestras, oficinas e cursos. As cidades que já fizeram parte da iniciativa são: Ituiutaba, Uberaba,

Uberlândia, Araxá, Coromandel, Arinos, Urucuia, Araguari, Patos de Minas, Presidente Olegário e Carmo do Paranaíba.

AÇÕES ITINERANTESEm Uberaba, uma das ações de

destaque do SenacMóvel foi rea-lizada no aniversário da cidade. Cerca de 10 mil pessoas participa-ram das comemorações e, duran-te uma semana, foram realizados

pelo Senac aproximadamente 2 mil atendimentos em minicursos e workshops, com dicas de automa-quiagem, penteados, pinçamento de sobrancelhas, como vender e negociar no varejo, gestão de pes-soas, entre outros.

Ituiutaba também recebeu uma ação focada em etiqueta à mesa, que ensinou aos participantes como se comportar adequada-mente em situações sociais.

Para discutir competências pro-fi ssionais e inserção no mercado de trabalho, o Senac Minas realizou, em três cidades da Zona da Mata e em São Joaquim de Bicas, a pa-lestra O mercado de trabalho: con-dições e oportunidades no mundo globalizado. A atividade, promovi-da de forma gratuita, foi ministrada por André Carvalho, diretor escolar

do Senac Juiz de Fora. O ciclo de apresentações teve

início em Leopoldina, no dia 24 de abril, com Ubá (25) e Catagua-ses (26) como destinos seguintes. No dia 8 de maio, São Joaquim de Bicas, na área central do Es-tado, também recebeu a palestra. O evento abordou, entre outros temas, a empregabilidade no con-

texto da globalização, elaboração de currículo, processo de seleção, marketing pessoal e entrevista. “Tivemos uma resposta muito po-sitiva do público e fi zemos con-tatos para desenvolver atividades junto a empresas locais. Espera-mos colher muitos benefícios para a região a partir dessa ação”, ava-lia André Carvalho.

O Senac Minas, como inte-grante do Sistema Fecomércio Minas, contou com o apoio do Sindicomércio de Cataguases na realização do evento, além da Agência de Desenvolvimento de Ubá e Região (Adubar), da Prefei-tura de Leopoldina e da Associa-ção Comercial de São Joaquim de Bicas (Asscom).

UM GOSTINHO DA ITÁLIA NO BRASILA Associação Brasileira de

Bares e Restaurantes (Abrasel) rea-liza, entre os dias 3 de maio e 3 de junho, a sétima edição do Festival Brasil Sabor. O evento, promovido em todo o Brasil, é considerado um dos maiores festivais gastro-nômicos do mundo. O tema deste ano é Quem tem boca vai a Roma, em homenagem ao ano da Itália no Brasil, que vai de outubro de 2011 a junho de 2012.

Durante todo o período do Festival em Minas Gerais, esta-belecimentos de 18 municípios oferecerão ao público, a preços diferenciados, pratos que home-nageiam a influência da cultura italiana na gastronomia brasileira. O Senac Minas, por meio dos res-

taurantes-escola de Belo Horizonte, Barbacena e Tiradentes, participará do evento com as seguintes iguarias: Bem-casado de salmão com surubim em leito de creme de baroa

(Restaurante Escola Senac Belo Horizonte), Confit de costelinha suína com risoto de canjica branca e crispe de couve (Hotel Senac Grogotó) e Risoto à milanesa com confit de cebolas roxas ao perfume de rosas (Senac Tiradentes). Os pratos serão servidos nos próprios restaurantes, conforme os horá-

rios de funcionamento de cada estabelecimento.

De acordo com o coordenador de Hotelaria e Gastronomia do Senac Belo Horizonte, Hans Aichinger, o evento é uma oportunidade de mostrar o desenvolvimento técnico e a criatividade dos alunos dos restaurantes-escola.

PALESTRA ITINERANTE SOBRE MERCADO DE TRABALHO

Christoph Reher

José Celso Lima

José Celso Lima

Hotel Senac Grogotó

Senac Belo Horizonte

Senac Tiradentes

rios de funcionamento de cada estabelecimento.

coordenador de Hotelaria e Gastronomia do Senac Belo Horizonte, Hans Aichinger, o evento é uma oportunidade de mostrar o desenvolvimento técnico e a criatividade dos alunos dos restaurantes-escola.

José Celso Lima

Senac Tiradentes

(Restaurante Escola Senac Belo Horizonte), Confit de costelinha suína com risoto de canjica branca e crispe de couve (Hotel Senac Grogotó) e Risoto à milanesa com confit de cebolas roxas ao perfume de rosas (Senac Tiradentes). Os pratos serão servidos nos próprios restaurantes, conforme os horá-Senac Belo Horizonte

José Celso Lima

Christoph Reher

José Celso Lima

Hotel Senac GrogotóSenac TiradentesSenac Tiradentes

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GIRO

SENACMÓVEL LEVA ENSINO PROFISSIONAL AO TRIÂNGULO MINEIRO

Democratizar o acesso à edu-cação profissional e levar conhe-cimento a municípios onde não existem unidades fixas do Senac são os principais objetivos do SenacMóvel. Ao longo de 2012, três carretas atuarão na região do Triângulo Mineiro: Informática, Turismo e Hospitalidade e Multiuso.

De acordo com o gerente regio-nal de operações, Paulo Baratta,

as carretas funcionam como uma verdadeira sala de aula itineran-te e representam grande atrati-vo para a população da região. “Os municípios se esforçam para ter o SenacMóvel em seus even-tos”, conta. Até o mês de abril, foram mais de 5 mil atendimen-tos na região, entre workshops, palestras, oficinas e cursos. As cidades que já fizeram parte da iniciativa são: Ituiutaba, Uberaba,

Uberlândia, Araxá, Coromandel, Arinos, Urucuia, Araguari, Patos de Minas, Presidente Olegário e Carmo do Paranaíba.

AÇÕES ITINERANTESEm Uberaba, uma das ações de

destaque do SenacMóvel foi rea-lizada no aniversário da cidade. Cerca de 10 mil pessoas participa-ram das comemorações e, duran-te uma semana, foram realizados

pelo Senac aproximadamente 2 mil atendimentos em minicursos e workshops, com dicas de automa-quiagem, penteados, pinçamento de sobrancelhas, como vender e negociar no varejo, gestão de pes-soas, entre outros.

Ituiutaba também recebeu uma ação focada em etiqueta à mesa, que ensinou aos participantes como se comportar adequada-mente em situações sociais.

Para discutir competências pro-fi ssionais e inserção no mercado de trabalho, o Senac Minas realizou, em três cidades da Zona da Mata e em São Joaquim de Bicas, a pa-lestra O mercado de trabalho: con-dições e oportunidades no mundo globalizado. A atividade, promovi-da de forma gratuita, foi ministrada por André Carvalho, diretor escolar

do Senac Juiz de Fora. O ciclo de apresentações teve

início em Leopoldina, no dia 24 de abril, com Ubá (25) e Catagua-ses (26) como destinos seguintes. No dia 8 de maio, São Joaquim de Bicas, na área central do Es-tado, também recebeu a palestra. O evento abordou, entre outros temas, a empregabilidade no con-

texto da globalização, elaboração de currículo, processo de seleção, marketing pessoal e entrevista. “Tivemos uma resposta muito po-sitiva do público e fi zemos con-tatos para desenvolver atividades junto a empresas locais. Espera-mos colher muitos benefícios para a região a partir dessa ação”, ava-lia André Carvalho.

O Senac Minas, como inte-grante do Sistema Fecomércio Minas, contou com o apoio do Sindicomércio de Cataguases na realização do evento, além da Agência de Desenvolvimento de Ubá e Região (Adubar), da Prefei-tura de Leopoldina e da Associa-ção Comercial de São Joaquim de Bicas (Asscom).

UM GOSTINHO DA ITÁLIA NO BRASILA Associação Brasileira de

Bares e Restaurantes (Abrasel) rea-liza, entre os dias 3 de maio e 3 de junho, a sétima edição do Festival Brasil Sabor. O evento, promovido em todo o Brasil, é considerado um dos maiores festivais gastro-nômicos do mundo. O tema deste ano é Quem tem boca vai a Roma, em homenagem ao ano da Itália no Brasil, que vai de outubro de 2011 a junho de 2012.

Durante todo o período do Festival em Minas Gerais, esta-belecimentos de 18 municípios oferecerão ao público, a preços diferenciados, pratos que home-nageiam a influência da cultura italiana na gastronomia brasileira. O Senac Minas, por meio dos res-

taurantes-escola de Belo Horizonte, Barbacena e Tiradentes, participará do evento com as seguintes iguarias: Bem-casado de salmão com surubim em leito de creme de baroa

(Restaurante Escola Senac Belo Horizonte), Confit de costelinha suína com risoto de canjica branca e crispe de couve (Hotel Senac Grogotó) e Risoto à milanesa com confit de cebolas roxas ao perfume de rosas (Senac Tiradentes). Os pratos serão servidos nos próprios restaurantes, conforme os horá-

rios de funcionamento de cada estabelecimento.

De acordo com o coordenador de Hotelaria e Gastronomia do Senac Belo Horizonte, Hans Aichinger, o evento é uma oportunidade de mostrar o desenvolvimento técnico e a criatividade dos alunos dos restaurantes-escola.

PALESTRA ITINERANTE SOBRE MERCADO DE TRABALHO

Christoph Reher

José Celso Lima

José Celso Lima

Hotel Senac Grogotó

Senac Belo Horizonte

Senac Tiradentes

rios de funcionamento de cada estabelecimento.

coordenador de Hotelaria e Gastronomia do Senac Belo Horizonte, Hans Aichinger, o evento é uma oportunidade de mostrar o desenvolvimento técnico e a criatividade dos alunos dos restaurantes-escola.

José Celso Lima

Senac Tiradentes

(Restaurante Escola Senac Belo Horizonte), Confit de costelinha suína com risoto de canjica branca e crispe de couve (Hotel Senac Grogotó) e Risoto à milanesa com confit de cebolas roxas ao perfume de rosas (Senac Tiradentes). Os pratos serão servidos nos próprios restaurantes, conforme os horá-Senac Belo Horizonte

José Celso Lima

Christoph Reher

José Celso Lima

Hotel Senac GrogotóSenac TiradentesSenac Tiradentes

FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 7

Criado pelo governo federal, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) é uma das maiores ini-ciativas de desenvolvimento da educação profissional e tecnológica no Brasil. Para isso, conta com a experiência do Senac em promover capacitação e qualificação profis-sional por meio da oferta de cursos em diversas modalidades. Nesta edição, o Assessor de Planejamento Renato Nunes Vaz esclarece sobre essa parceria entre o Senac Minas e o Pronatec, a importância dela para a instituição e as expectativas para este ano.

O governo federal está investin-do em formação de profissionais de nível técnico, com o intuito de suprir o mercado carente de trabalhadores. Esses investimen-tos acabaram encontrando a área de atuação do Senac Minas, que possui know-how em formação profissional. Sendo assim, como funcionará essa parceria entre o programa e o Senac?

O Pronatec é um programa do governo federal para disponi-bilizar ensino profissionalizante a uma vasta gama de brasileiros. Esse Programa tem de um lado os ofertantes, que são aqueles que ofe-recem as vagas nos cursos, como o Senac, e, de outro, os demandan-

tes, que são aqueles que encami-nham as pessoas que querem fazer os cursos. Neste grupo, podemos citar o Ministério da Educação, do Desenvolvimento Social, do Turismo, da Defesa e do Trabalho, junto às respectivas secretarias esta-duais. Como o Programa está em evolução, podemos vir a ter novos demandantes.

Nesse contexto, como é a atuação dos demandantes?

São eles que, no Estado, conhe-cem o público-alvo e se encarregam de divulgar a possibilidade de reali-zação dos cursos, fazendo a seleção e o encaminhamento dos selecionados aos parceiros ofertantes. Ou seja, o perfil do público a ser atendido está relacionado às especificidades da área de atuação de cada Ministério ou Secretaria demandante. Portanto, as pessoas interessadas em participar devem ficar atentas às oportunidades que surgem a partir desses órgãos.

Existe uma estimativa de quan-tas pessoas o Senac Minas deve-rá capacitar pelo Programa este ano?

Para o ano de 2012, foi realizada uma pactuação entre o governo fede-ral e o Senac Minas, que disponibili-za cerca de 6 mil vagas para cursos técnicos e 18 mil para os de capaci-tação em diversas modalidades. Para os anos seguintes acontecerá, ano a ano, uma nova pactuação, ou seja, a cada ano se negociam quantas vagas serão disponibilizadas.

Que cursos o Senac irá oferecer aos alunos do Pronatec?

O Senac oferecerá mais de 40 cursos, entre técnicos e de capa-citação. Como exemplo dos pri-meiros, podemos citar Técnico em Administração, Enfermagem, Estética, Eventos, Informática, entre outros. Quanto aos de capacitação, alguns exemplos são Agente de Informações Turísticas, Almoxarife,

Assistente Financeiro, Auxiliar de Cozinha, Costureiro, Cuidador de Idosos, Montagem e Manutenção de Computadores, Operador de Telemarketing.

Quais os pré-requisitos para parti-cipar do Pronatec?

Para os cursos técnicos, é neces-sário estar cursando o segundo ou terceiro ano do ensino médio em instituição pública e atender aos requisitos inerentes à qualificação pretendida. O curso técnico será ofertado em regime de concomi-tância com o ensino médio, ou seja, simultaneamente. Para os cursos de capacitação, os candidatos devem ficar atentos às chamadas, que serão realizadas pelos ofertantes ao seu público-alvo. Os requisitos de aces-so aos cursos devem ser observados curso a curso.

Como o senhor vê essa parceria e qual a importância dela para o público atendido?

Essa ação possibilita o cresci-mento profissional e individual de pessoas que, de outra forma, não poderiam cumprir essa trajetória. Esses anos de estudo melhoram a capacidade de inserção no merca-do de trabalho, com o respectivo aumento de renda. Ajudam a rea-lizar o crescimento individual e da sociedade como um todo, contri-buindo para o desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil.

E para a instituição Senac Minas?O Programa permite ao Se-

nac ampliar a sua atuação, le-vando o conhecimento para um público ainda mais abrangente. Por meio dos 36 centros fixos e de unidades de apoio da institui-ção em várias cidades mineiras conseguimos levar as ações edu-cacionais para um maior número de profissionais, além de atender às demandas onde elas forem detectadas.

ENTREVISTA

PRONATEC AMPLIA POSSIBILIDADES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Estú

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53

Renato Nunes Vaz, Assessor de Planejamento do Senac Minas

SENAC MINAS É UM DOS PARCEIROS DO PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL QUE PRETENDE PREPARAR A POPULAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO

“O PROGRAMA POSSIBILITA O CRESCIMENTO PROFISSIONAL E INDIVIDUAL DE PESSOAS QUE, DE OUTRA FORMA, NÃO PODERIAM CUMPRIR ESSA TRAJETÓRIA.”

“O PRONATEC AMPLIA A ATUAÇÃO DO SENAC, QUE LEVA O CONHECIMENTO DAS ÁREAS DO SETOR TERCIÁRIO PARA UM PÚBLICO AINDA MAIS ABRANGENTE.”

Page 44: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

8 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

DICA DO DESCUBRAMINAS.COM

PROFISSÃO

APRENDENDO COM O SENAC

PROTEGENDO-SE NA INTERNET

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CONECTADA COM O ESPAÇO

PROFISSIONAL DO PRESENTE

consultewww.mg.senac.br

Aliadas da tecnologia, as profissões de web designer e programador web integram são as que mais crescem no país. Ambas se deparam com um universo de possibili-dades e um mercado de trabalho cada vez mais aquecido devido ao surgimento de novas mídias e à necessidade de ampliação dos canais já existentes, como a publicida-de, a internet, a telefonia celular e a mídia impressa.

Um web designer deve ser capaz de desenvolver, executar, finalizar e atualizar aplicativos gráficos, além de atuar nos pro-cessos de criação de sites e projetos de comunicação na internet. Seu trabalho visa à utilização adequada de recursos para as peculiaridades da mídia on-line, incluin-do importantes questões de usabilidade e padrões web. Já o programador web é o profissional apto a desenvolver e manter sistemas para a internet; modelar e projetar banco de dados; realizar a manutenção de sistemas e aplicações; selecionar recursos de trabalho, tais como metodologias de desen-volvimento de sistemas, linguagem de pro-

gramação e ferramentas de desenvolvimen-to. Desenvolve sistemas e aplicações para empresas de pequeno, médio e grande porte e para prestadores de serviços, determinando interface gráfica, critérios ergonômicos de navegação, montagem da estrutura de banco de dados e codificação de programas.

Considerando a grande demanda da área, o Senac Minas lançou, recentemente, cur-sos de capacitação para esses profissionais.

A internet traz comodida-de e praticidade para efetuar compras, pagamentos e obter informações. Mas, para usufruir de todos esses benefícios com segurança, é necessário tomar algumas precauções, evitando sérios prejuízos.

Ao acessar um site de com-pras, devemos ter o cuidado de verificar se a página possui fer-ramentas que impedem ações ilícitas, como o acesso a senhas e informações privadas. Caso ainda não conheça a empresa, pesquise a respeito em outros sites e fóruns, e não conclua a compra se a página apresentar nome e endereço de pessoa física como responsável. Organizações que oferecem somente boleto bancário como forma de paga-mento podem não ser confiáveis. Caso não haja alternativas, evite a compra.

Comumente, os compradores on-line são vítimas de golpes por simples descuidos. Usar a inter-net a nosso favor é uma tarefa que exige um olhar minucioso e atento no quesito segurança.

Famosa por ter, supos-tamente, recebido criaturas alienígenas em 1996, Vargi-nha, uma das cidades polo do sul de Minas, é conhecida pela produção de café, por seu parque industrial diver-sificado, pelo comércio e pela prestação de serviços variados.

Entre os principais atra-tivos turísticos do municí-pio destacam-se o Theatro Municipal Capitólio, a Esta-ção Ferroviária, o Museu Municipal de Varginha, os parques (Novo Horizonte, São Francisco de Assis, Cen-tenário e Zoobotânico Dr. Mário Frota), o Palacete Villa Dona Vica (antigo Fórum) e a praça Dom Pedro II, onde está locali-zada a Igreja Matriz.

Acredita-se que os primeiros a habitar o município foram os índios cataguás, carajás, mandimboias e outros ramificados do grupo tupi-guarani. Essas tribos deixa-ram vestígios na Fazenda das Posses, lugar onde hoje se localiza Varginha.

A cidade iniciou seu desenvolvimento econômico com a extração de ouro nos córregos, posteriormente substituída pela cana-de-açúcar, na produção de aguarden-te. Hoje, a principal atividade é o café. No início do século passado, a cidade con-quistou o 19° lugar no Estado na produção e o 6° lugar com suas indústrias manufatu-reiras de café moído. Até a arquitetura da cidade – com suas construções de sóbrios casarões, grossas madeiras, pés-direitos altos e varandas com suporte de ferro – está ligada ao grão.

A caixa-d’água em forma de nave espacial é uma das atrações de Varginha

Didi Rodrigues

Arquivo Senac

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SEBRAEFECOMÉRCIO INFORMATIVO

PUBLICAÇÃO MENSAL DO SISTEMA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MINAS - SESC - SENAC / www.fecomerciomg.org.br

Acervo Belotur

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS E RESPONSABILIDADE SOCIAL GARANTEM QUALIDADE NA GESTÃO EMPRESARIAL PÁGINA 3

FLORES DAS GERAIS: PRODUTORES RESPONSÁVEIS GARANTEM AO VALE DO JEQUITINHONHA O APELIDO DE “JARDIM DO BRASIL” PÁGINA 6

PUBLICITÁRIOS DE JUIZ DE FORA SE UNEM PARA FORTALECER AÇÕES E CONQUISTAR MERCADOS PÁGINA 7

MINAS CONSOLIDA VOCAÇÃO PARA

TURISMO DE NEGÓCIOSBELO HORIZONTE, JUIZ DE FORA E UBERABA

CRESCEM ACIMA DA MÉDIA DO PAÍS PÁGINAS 4 E 5

Page 46: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

2 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

PERGUNTE AO ESPECIALISTA

EM BUSCA DE UMFIM SUSTENTÁVEL

A sustentabilidade tem sido um dos principais temas apontados, dis-cutidos e apresentados em veículos de comunicação, congressos e semi-nários por todo o mundo visto ser um

Fabiano Alves PereiraAnalista do Sebrae-MG, em Uberlândia

Miguel Aun

problema que afeta todos, não só a humanidade, mas toda espécime do globo terrestre.

Quando surge o assunto, logo te-mos a ligação somente com o meio ambiente. Porém, a sustentabilidade está sobreposta em três grandes pila-res: uma economia viável, um ambien-te socialmente justo e ecologicamente correto. Mas, caso não tenhamos um meio ambiente realmente favorável à nossa existência, os demais assuntos não se sustentam.

Assim, podemos observar as res-postas vindas da natureza que, com o aquecimento global, têm provocado, além do aumento das temperaturas, os tsunamis, os furacões, as erupções de vulcões, o derretimento de geleiras e o aumento do nível dos mares. Tudo isto em função da ganância humana

Empresa Individual de Res-ponsabilidade Limitada (Eireli) é aquela constituída de uma única pessoa, realidade no Brasil desde janeiro último. O empreendedor que quiser abrir ou migrar para uma Eireli deve ter capital so-cial de, no mínimo, 100 vezes o valor do salário mínimo vigente no país (hoje, R$ 62,2 mil). No entanto, a integralização deste capital não poderá ser feita com bens imóveis (lotes, casas, apar-

tamentos e salas, entre outros).A Eireli segue as regras pre-

vistas para as sociedades limita-das, o que é um fator importante, pois permite que o empreendedor tenha também as mesmas prote-ções da sociedade limitada. Ou seja, a empresa responde por dívidas apenas com seu patrimô-nio, e não com os bens pessoais do seu titular, o que reduz os ris-cos do empresário.

Mas atenção: o empreende-dor pode ter em seu nome ape-nas uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Esta também poderá resultar da con-centração das quotas de outra modalidade societária em um único sócio, independentemen-te das razões que motivaram tal concentração.

EIRELI, A EMPRESA DE UMA PESSOA SÓ

por mais e mais riquezas.Temos visto sempre algumas

tentativas de redução do “consu-mo” de nosso meio ambiente, como o Protocolo de Kyoto cheio de boas intenções, mas poucas participações efetivas; a Cop 15 – Conferência de Copenhague realizada com a partici-pação de 192 países, que ao final não propuseram nenhum acordo.

Estas são ótimas iniciativas, po-rém se evolui muito pouco. Claro que existem exemplos positivos como ca-sas e equipamentos inteligentes, veí-culos movidos a energia solar, com-bustíveis menos poluentes e diversas campanhas de conscientização. Todas estas são iniciativas importantes, mas que já deveriam fazer parte de nosso dia a dia.

Segundo estudos do MCKIN-SEY – Pathways to a Low-Carbon Economy for Brazil (2009), até 2020 o mundo precisa reduzir em 25% a emissão de gases poluentes, porém estamos andando na contramão. Em 2005 foram emitidas 45 bilhões de to-neladas de gás carbônico e a previsão é de aumento de 53% até 2030. Só aí temos um gap de quase 78% a mais

de emissão de poluentes. Entre os principais fatores estão o

uso indevido da terra, as indústrias de transformação e a logística. Percebe-se em pesquisa realizada em 2010 pelo ILOS – Instituto de Logística e Supply Chain, em uma amostra de 109 empresas de maior faturamento do Brasil, que 26% declaram não pos-suir uma gestão sustentável em prol do meio ambiente. Além disso, de acordo com dados de 2010 da Green-dex – Consumer Choice and the En-vironment, clientes colocam o Brasil em 2º lugar nas intenções de compra de produtos verdes, porém dizem não estarem dispostos a pagar mais por estes. Isto contribui para que as em-presas não façam investimentos nesta área ainda mais por falta de incenti-vos governamentais e financiamentos específicos.

Dessa forma, precisamos ter, além da consciência, a atitude de colocar em prática ações em nosso dia a dia que contribuam com a melhoria e econo-mia do nosso meio ambiente para que possamos ter a certeza de que fizemos a nossa parte para um futuro promissor a nossos sucessores.

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2 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

PERGUNTE AO ESPECIALISTA

EM BUSCA DE UMFIM SUSTENTÁVEL

A sustentabilidade tem sido um dos principais temas apontados, dis-cutidos e apresentados em veículos de comunicação, congressos e semi-nários por todo o mundo visto ser um

Fabiano Alves PereiraAnalista do Sebrae-MG, em Uberlândia

Miguel Aun

problema que afeta todos, não só a humanidade, mas toda espécime do globo terrestre.

Quando surge o assunto, logo te-mos a ligação somente com o meio ambiente. Porém, a sustentabilidade está sobreposta em três grandes pila-res: uma economia viável, um ambien-te socialmente justo e ecologicamente correto. Mas, caso não tenhamos um meio ambiente realmente favorável à nossa existência, os demais assuntos não se sustentam.

Assim, podemos observar as res-postas vindas da natureza que, com o aquecimento global, têm provocado, além do aumento das temperaturas, os tsunamis, os furacões, as erupções de vulcões, o derretimento de geleiras e o aumento do nível dos mares. Tudo isto em função da ganância humana

Empresa Individual de Res-ponsabilidade Limitada (Eireli) é aquela constituída de uma única pessoa, realidade no Brasil desde janeiro último. O empreendedor que quiser abrir ou migrar para uma Eireli deve ter capital so-cial de, no mínimo, 100 vezes o valor do salário mínimo vigente no país (hoje, R$ 62,2 mil). No entanto, a integralização deste capital não poderá ser feita com bens imóveis (lotes, casas, apar-

tamentos e salas, entre outros).A Eireli segue as regras pre-

vistas para as sociedades limita-das, o que é um fator importante, pois permite que o empreendedor tenha também as mesmas prote-ções da sociedade limitada. Ou seja, a empresa responde por dívidas apenas com seu patrimô-nio, e não com os bens pessoais do seu titular, o que reduz os ris-cos do empresário.

Mas atenção: o empreende-dor pode ter em seu nome ape-nas uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Esta também poderá resultar da con-centração das quotas de outra modalidade societária em um único sócio, independentemen-te das razões que motivaram tal concentração.

EIRELI, A EMPRESA DE UMA PESSOA SÓ

por mais e mais riquezas.Temos visto sempre algumas

tentativas de redução do “consu-mo” de nosso meio ambiente, como o Protocolo de Kyoto cheio de boas intenções, mas poucas participações efetivas; a Cop 15 – Conferência de Copenhague realizada com a partici-pação de 192 países, que ao final não propuseram nenhum acordo.

Estas são ótimas iniciativas, po-rém se evolui muito pouco. Claro que existem exemplos positivos como ca-sas e equipamentos inteligentes, veí-culos movidos a energia solar, com-bustíveis menos poluentes e diversas campanhas de conscientização. Todas estas são iniciativas importantes, mas que já deveriam fazer parte de nosso dia a dia.

Segundo estudos do MCKIN-SEY – Pathways to a Low-Carbon Economy for Brazil (2009), até 2020 o mundo precisa reduzir em 25% a emissão de gases poluentes, porém estamos andando na contramão. Em 2005 foram emitidas 45 bilhões de to-neladas de gás carbônico e a previsão é de aumento de 53% até 2030. Só aí temos um gap de quase 78% a mais

de emissão de poluentes. Entre os principais fatores estão o

uso indevido da terra, as indústrias de transformação e a logística. Percebe-se em pesquisa realizada em 2010 pelo ILOS – Instituto de Logística e Supply Chain, em uma amostra de 109 empresas de maior faturamento do Brasil, que 26% declaram não pos-suir uma gestão sustentável em prol do meio ambiente. Além disso, de acordo com dados de 2010 da Green-dex – Consumer Choice and the En-vironment, clientes colocam o Brasil em 2º lugar nas intenções de compra de produtos verdes, porém dizem não estarem dispostos a pagar mais por estes. Isto contribui para que as em-presas não façam investimentos nesta área ainda mais por falta de incenti-vos governamentais e financiamentos específicos.

Dessa forma, precisamos ter, além da consciência, a atitude de colocar em prática ações em nosso dia a dia que contribuam com a melhoria e econo-mia do nosso meio ambiente para que possamos ter a certeza de que fizemos a nossa parte para um futuro promissor a nossos sucessores.

FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 3

SUSTENTABILIDADE

MPEs MINEIRAS COMPROVAM QUE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS POSSIBILITAM CRESCIMENTO E DESTAQUE NO MERCADO

RESPONSABILIDADE SOCIALNA GESTÃO EMPRESARIAL

Retífica Ituiutaba: ambiente mais harmonioso, seguro e confortável

Divulgação

ação, inicialmente de marketing, hoje também está ligada à sustentabilidade. Isso exige esforço, determinação, comprometimento e o envolvi-mento de todos no processo.”

SALTO DE QUALIDADEAs duas instituições são exemplos de micro e

pequenas empresas que estão inserindo a susten-tabilidade na gestão do negócio, dando um salto de qualidade nos produtos e serviços oferecidos e criando oportunidades de negócios inovadores. Prova disso é que foram destaques, em 2011, no Prêmio Sebrae-MG de Práticas Sustentáveis.

“Desenvolver a sustentabilidade empresarial pressupõe que a empresa seja rentável, gere re-sultados econômicos e contribua para o desenvol-vimento da sociedade”, diz Anízio Dutra Viana, gerente de acesso à Inovação e à Sustentabilidade do Sebrae-MG. Para ele, a inserção de práticas sustentáveis nos negócios é fator determinante de competitividade, uma vez que as exigências do mercado estão mais rígidas, e os consumi-dores mais exigentes. “A decisão de mudança passa pelo processo de reconhecimento interno, por empresários e funcionários, de que a adoção da prática da sustentabilidade oferece diferentes vantagens, inclusive a de ganhos financeiros”.

Práticas sustentáveis são grandes aliadas das empresas. São aquelas que combinam desenvol-vimento econômico com distribuição de renda mais justa (igualdade social) e preservação do meio ambiente. Uma sondagem feita pelo Sebrae Nacional no ano passado, em todo o Brasil, com mais de 3.000 empresários (de micro e pequeno porte), avaliou o nível de percepção sobre os te-mas Sustentabilidade e Meio Ambiente. O levan-tamento constatou que aproximadamente 58% desconhecem esses temas. Mas, em 68% dos depoimentos, foram identificadas algumas ações sustentáveis como controle de energia, gasto de papel e coleta seletiva.

PRÁTICAS SUSTENTÁVEISO que muita gente ainda não sabe é que al-

gumas empresas vêm se destacando na boa apli-cação de práticas sustentáveis. Como a Retífica Ituiutaba, na cidade de mesmo nome, no Pontal do Triângulo. Há cinco anos, seus donos desco-briram que este é o caminho do tesouro e hoje já colhem os frutos da implantação dessas práticas, com fidelização dos clientes, aumento da receita e a conquista do título de primeira empresa sus-tentável da cidade.

A receita de sucesso? O uso de medidas sustentáveis em todos os ambientes, com recipientes coletores de re-síduos (papel, metais, plásti-cos e outros materiais que precisam ter destinação adequada), jardins de inverno com ilumina-ção natural, sala com isolamento acústico fei-to com caixas de ovos (para testes de bombas injetoras), caixa separado-ra de água e óleo, instalação de piso de borracha na sala de máquina – para evitar infiltração do óleo no solo, climatizadores à base de água no am-biente de trabalho, além do sistema de isolamento térmico, que garante manutenção da temperatura local, e várias outras iniciativas. “O trabalho se

tornou mais eficiente, e o ambiente para os clien-tes e funcionários ficou mais harmonioso, seguro e confortável”, conta o sócio Rhusbel Aparecido de Oliveira Costa.

Em Ouro Preto, a Pousada do Arcanjo, lo-calizada no Circuito do Ouro, vem buscando há pelo menos quatro anos a sustentabilidade como

forma de contribuir para a preservação da memória, da história e da cultura lo-

cal. Ações como aquecimento de água por painéis solares

e o uso de cosméticos e produtos de limpeza bio-degradáveis vêm incen-tivando hóspedes, co-laboradores e a comu-nidade local a adotar o

consumo consciente dos recursos naturais e a pra-

ticar o turismo solidário.“Estamos um passo à

frente dos nossos concorrentes. Nossa boa imagem no mercado se

projeta à medida que mais pessoas vão se cons-cientizando de que o nosso hotel é uma empre-sa politicamente correta”, diz Márcio Abdo de Freitas, proprietário do empreendimento. “Nossa

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4 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

TURISMO DE NEGÓCIOS

O chamado turismo de negócios (que envolve os participantes de cursos e congressos, os que pros-pectam negócios ou visitam clientes) vai de vento em popa na capital mineira. Segundo a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), cerca de 30% das visitas anuais à cidade são motivadas por esse segmento. De acordo com o presidente do BH Convention & Visitors Bureau, Roberto Fagundes, Belo Horizonte recebeu, em 2011, mais de 250 mil turistas a negó-cios.

O número tende a crescer proporcionalmente à rede hoteleira, que ainda não supre a demanda. “Em-bora com limitações, a cidade se tornou um destino importante para eventos, feiras, esporte e gastrono-mia”, diz Fagundes. Jânio Valeriano, diretor do Gru-po Maio/Paranasa, de construção industrial, confirma: “A taxa média de ocupação dos hotéis em 2004 era de 40%. Em 2010, já estava em 75%.”

Apesar das necessidades visíveis de melhorias, BH e o Estado crescem acima do nível nacional. A permanência média do turista de negócios na capital é de 3,5 dias, com gasto diário de R$510, considera-do de primeira classe. “Já trouxemos à cidade mais de R$1,5 bilhão com o turismo de negócios”, afirma Fagundes. A vocação da cidade para este segmento já surgia antes mesmo de se tornar uma das sedes das Copas das Confederações, em 2013, e do Mundo, em 2014.

Prova disso é que, em maio de 2012, centenas de pessoas de mais de 60 países estarão em Belo Hori-zonte para participar do Congresso Mundial do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade), uma asso-ciação que tem o compromisso de promover a susten-tabilidade. BH, associada à entidade desde 1993, será a primeira da América Latina a receber o evento.

Aliada às expectativas da cidade face aos jogos de 2013-14, uma iniciativa do Sebrae-MG também pode ajudar Belo Horizonte a se manter firme no setor. O projeto Smart City – com a Prefeitura, BHTrans e parceiros – quer transformar a capital em uma cida-de inteligente no atendimento das necessidades dos consumidores, como a mobilidade urbana. “Estamos analisando as experiências que deram certo no mundo e começamos aproximação com o mercado em busca de investidores”, diz Mônica Alencar, analista do Se-brae-MG e responsável pelo programa Sebrae 2014, já com 40 empresas envolvidas.

BH, CAPITAL NACIONALDOS NEGÓCIOSA CIDADE, APESAR DA NECESSIDADE DE MELHORIASEM INFRAESTRUTURA, CRESCE ACIMA DA MÉDIA NACIONAL NO DO TURISMO DE NEGÓCIOS

Fotos: divulgação

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4 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

TURISMO DE NEGÓCIOS

O chamado turismo de negócios (que envolve os participantes de cursos e congressos, os que pros-pectam negócios ou visitam clientes) vai de vento em popa na capital mineira. Segundo a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), cerca de 30% das visitas anuais à cidade são motivadas por esse segmento. De acordo com o presidente do BH Convention & Visitors Bureau, Roberto Fagundes, Belo Horizonte recebeu, em 2011, mais de 250 mil turistas a negó-cios.

O número tende a crescer proporcionalmente à rede hoteleira, que ainda não supre a demanda. “Em-bora com limitações, a cidade se tornou um destino importante para eventos, feiras, esporte e gastrono-mia”, diz Fagundes. Jânio Valeriano, diretor do Gru-po Maio/Paranasa, de construção industrial, confirma: “A taxa média de ocupação dos hotéis em 2004 era de 40%. Em 2010, já estava em 75%.”

Apesar das necessidades visíveis de melhorias, BH e o Estado crescem acima do nível nacional. A permanência média do turista de negócios na capital é de 3,5 dias, com gasto diário de R$510, considera-do de primeira classe. “Já trouxemos à cidade mais de R$1,5 bilhão com o turismo de negócios”, afirma Fagundes. A vocação da cidade para este segmento já surgia antes mesmo de se tornar uma das sedes das Copas das Confederações, em 2013, e do Mundo, em 2014.

Prova disso é que, em maio de 2012, centenas de pessoas de mais de 60 países estarão em Belo Hori-zonte para participar do Congresso Mundial do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade), uma asso-ciação que tem o compromisso de promover a susten-tabilidade. BH, associada à entidade desde 1993, será a primeira da América Latina a receber o evento.

Aliada às expectativas da cidade face aos jogos de 2013-14, uma iniciativa do Sebrae-MG também pode ajudar Belo Horizonte a se manter firme no setor. O projeto Smart City – com a Prefeitura, BHTrans e parceiros – quer transformar a capital em uma cida-de inteligente no atendimento das necessidades dos consumidores, como a mobilidade urbana. “Estamos analisando as experiências que deram certo no mundo e começamos aproximação com o mercado em busca de investidores”, diz Mônica Alencar, analista do Se-brae-MG e responsável pelo programa Sebrae 2014, já com 40 empresas envolvidas.

BH, CAPITAL NACIONALDOS NEGÓCIOSA CIDADE, APESAR DA NECESSIDADE DE MELHORIASEM INFRAESTRUTURA, CRESCE ACIMA DA MÉDIA NACIONAL NO DO TURISMO DE NEGÓCIOS

Fotos: divulgação

FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 5

TURISMO DE NEGÓCIOS

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, qua-se 35% dos turistas vão com este propósito e 35 empresas participam do projeto Turismo de Negócios. Em parceria com o Convention Bureau e a Prefeitura Municipal, o Sebrae-MG, desde 2009, fortalece a rede de servi-ços. “A cidade recebe, principalmente, feiras voltadas ao agronegócio e biotecnologia ge-nética, com uma eficiência crescente nos ser-viços”, afirma a analista do Sebrae Heloisa Tinoco.

Se, antigamente, atender aos eventos na cidade significava buscar serviços de outros municípios, graças às ações do Sebrae-MG, Uberaba hoje conta com empresas capacita-

das e gestão eficiente. São empresas de iluminação, buffets de recepções, agên-cias e hotéis que tiveram consultoria em pontos-chaves, como finanças, ma-rketing e economia. “Com o objetivo de modernizar

equipamentos e acompanhar tendências, tam-bém levamos empresários às feiras do setor no Brasil”, diz a analista.

Na Zona da Mata, em Juiz de Fora, Ale-xandre Moreira, 37 anos, coordenava cursos numa faculdade quando decidiu, há três anos, largar tudo e virar empresário. Com mais três sócios, comprou um antigo hotel na cidade, o Green Hill, reformou-o e modernizou-o. Mas ele só arriscou devido a uma percepção já confirmada pelos números: o aumento do turismo. “Acredito no potencial do município e também no mercado crescente”, afirma.

O mercado vislumbrado por ele é o de tu-

rismo de negócios. Em 2010, dos turistas que estiveram na cidade mais de 20% o fizeram a negócios. A julgar pelo histórico, os números devem melhorar; se, em 2002, a média era de 50 eventos anuais, a previsão, para este ano, é de 280. Segundo a Juiz de Fora e Região Convention & Visitors Bureau, a expectativa é que a capacidade hoteleira da cidade passe dos atuais 3.699 para 4.383 leitos ainda em 2012, um aumento de 18,5%.

O Programa de Turismo de Negócios do Sebrae-MG, em Juiz de Fora, tem o apoio do Convention e do Núcleo de Turismo da Prefei-tura. “O Sebrae trabalha tanto o pensamento estratégico do setor, com foco na captação de novos eventos com aumento do fluxo de tu-ristas como a eficiência operacional, ou seja, a melhoria da qualidade dos serviços, propor-cionando maior competitividade ao destino, especialmente no mercado de eventos corpo-rativos de pequeno e médio porte”, explica o analista do Sebrae-MG Marcelo Rother.

Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais, com cerca de 85 mil habitantes, a 480 qui-lômetros de Belo Horizonte, prepara-se para implantar um ciclo de desenvolvimento econômico, social e ambiental até o ano de 2030, quando ocorrerá o esgotamento da mi-neração de ouro, que é hoje a principal fonte de renda e de emprego na cidade.

As diretrizes que orientam o crescimen-

to municipal nos próximos 20 anos estão previstas no Plano de Desenvolvimen-to Sustentável de Paracatu – 2030, desenvolvido pela Agência de Desenvolvi-mento Sustentável de Para-catu (Adesp), em parceria com instituições apoiado-ras, entre elas o Sebrae-MG.

O planejamento estraté-gico, a sustentabilidade ambiental e social, a participação social, a intersetorialidade de políticas públicas, o referenciamento no território, tanto urbano quanto rural, e a ges-tão democrática são os princípios norteado-res do documento. “Esse plano é uma nova forma de trabalho: de longo prazo e focada no desenvolvimento do município de for-

ma planejada e estruturada”, diz o gerente da Regional Oeste do Sebrae-MG, Marden Magalhães.

A coordenadora geral da equipe técnica da Fundação João Pinheiro, que dará suporte técnico para o projeto, Maria Isabel Marques do Vale, ressalta que a entrega do plano “é a coroação de um esforço, uma recompensa do trabalho de todos os envolvidos no proje-to”. Já o presidente da Adesp, José Eduardo Trevisan, espera que “as parcerias possam continuar e garantir a execução do projeto”.

O Sebrae-MG participou ativamente da elaboração do plano e já define atividades, a longo prazo, de capacitação dos empresá-rios de pequeno porte. A Adesp é a gestora do projeto e contou com total apoio do Sebrae-MG e das empresas Kinross Paraca-tu e Votorantim Metais, que patrocinaram a elaboração do Plano.

TURISMO DE NEGÓCIOS EM ALTA TAMBÉM NO TRIÂNGULO E ZONA DA MATA

PARACATU 2030: O FUTURO É AGORA

Alexandre Moreira, largou tudo para virar empresário

Planejando o futuro agora

Page 50: Ed.375 - MAI/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

6 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375

FLORES DAS GERAIS

PRODUTORES DE PLANTAS ORNAMENTAIS ABANDONAM O EXTRATIVISMO E CONSTROEM UM FUTURO SUSTENTÁVEL

Dois vilarejos do Vale do Jequitinhonha guardam, nas lembranças de um passado próximo, tempos de dificuldades. O extrativismo, a baixa renda e o êxodo rural eram características comuns. Mas Andrequicé e Raiz, na zona rural da cidade de Presidente Kubitschek, perto de Diamantina, mudaram sua realidade e hoje tra-çam um caminho repleto de flores, literalmente.

Graças à participação no projeto Flores das Gerais, apoiado e desenvolvido pelo Sebrae-MG, moradores produzem e preservam espécies ornamentais destina-das ao paisagismo. São sempre-vivas, chuveirinhos, marcetias, lavoisieras, cravos-do-mato, begônias-da-serra, cunamãs, tilândsias e verdes-amarelos. Flores que colorem a região, que encantou e recebeu de Bur-le Mark, nosso maior paisagista, falecido em 1994, o apelido de “Jardim do Brasil”.

As flores, espalhadas por toda a paisagem – e que, de tão familiares e abundantes, já nem eram mais no-tadas – agora são vistas pelos produtores com outros olhos, os da redenção econômica. Quatro deles são do povoado de Raiz, e 13 pertencem à comunidade de Andrequicé, distantes uma hora de carro e com muita poeira. Desde 2009, eles recebem capacitação e apren-dem a prática e a teoria para a lida com as plantas. O cuidado com o solo, a adubação e a colheita das se-mentes são alguns dos ensinamentos aplicados ao gru-po, que, já acostumado às atividades do campo, tira de letra os desafios.

VIDAS FLORIDASSirley Ferreira Alves, 32 anos, casada com Elias

Clezone Alves, é a mais perfeita tradução de como o projeto Flores das Gerais é transformador. Ela e o marido, moradores de Raiz, são agora felizes proprie-tários de um Voyage. “No começo, falei para o povo da comunidade que eu iria comprar um carro com o dinheiro que ganharia com as flores. Todos riram. Quando surgimos com o carro, em 26 de dezembro do ano passado, as pessoas ficaram de boca aberta. Pagamos à vista, não ficamos devendo um centavo”, diz, orgulhosa.

Maria Célia Lopes, 46 anos, produtora de Andre-quicé, revela sua paixão pelas plantas. Um dos ensina-mentos adquiridos no projeto é o de como preparar a compostagem: “Areia, terra, esterco e folhas. Fazemos uma caminha até virar pó. Aí, a gente espera uns meses e, então, faz o plantio e semeia a semente”, ensina con-forme aprendeu. Quanto aos sonhos, ela afirma que não são apenas seus, mas de todo o grupo. “Queremos crescer, continuar no negócio, viver com dignidade.

Flores das Gerais – ajudando a construir um futuro sustentável

Flor do Vale do Jequi: segundo Burle Marx, “Jardim do Brasil”

O JARDIM DO BRASIL

Sei que vamos conseguir porque nossas flores são lin-das e encantam o mercado.”

Elas são mesmo sedutoras e vendem cada vez melhor. Uma das mais recentes vendas do grupo foi feita à loja botânica do Instituto Inhotim, em Brumadinho, referência nacional e internacional de arte contemporâ-nea. Segundo a técnica do Sebrae de Diamantina, Luciana Teixeira, foi pai-xão à primeira vista pelas “Flores das Gerais”. Somente na última remessa foram negociadas três mil mudas de sempre-vivas. “Além da beleza aparente, elas embutem a be-leza do resgate social”, elogia Edmar Silva, responsá-vel pelo plantio e escolha de plantas do Instituto.

De olho na expansão para outros mercados, como

estratégia de visibilidade e aumento de vendas, o Se-brae-MG lançará, ainda no primeiro semestre de 2012, um catálogo destinado a apresentar as riquezas do pro-jeto Flores das Gerais. Ele será enviado a floricultores,

paisagistas e intermediários do comércio de plantas e mudas em geral. A ideia é pros-

pectar os mercados interno e externo.Além do catálogo, o Sebrae-MG

também fornecerá suporte ao grupo para o desenvolvimento de novas es-

pécies, destinadas a suprir um mercado insaciável em sua busca por novidades.

“Antevejo para eles um amanhã de muita valorização e independência. Isso será possível porque, um dia, eles plantaram a semente da esperança e da dedica-ção”, afirma Luciana Teixeira.

Juliana FlisterJuliana Flister

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FLORES DAS GERAIS

PRODUTORES DE PLANTAS ORNAMENTAIS ABANDONAM O EXTRATIVISMO E CONSTROEM UM FUTURO SUSTENTÁVEL

Dois vilarejos do Vale do Jequitinhonha guardam, nas lembranças de um passado próximo, tempos de dificuldades. O extrativismo, a baixa renda e o êxodo rural eram características comuns. Mas Andrequicé e Raiz, na zona rural da cidade de Presidente Kubitschek, perto de Diamantina, mudaram sua realidade e hoje tra-çam um caminho repleto de flores, literalmente.

Graças à participação no projeto Flores das Gerais, apoiado e desenvolvido pelo Sebrae-MG, moradores produzem e preservam espécies ornamentais destina-das ao paisagismo. São sempre-vivas, chuveirinhos, marcetias, lavoisieras, cravos-do-mato, begônias-da-serra, cunamãs, tilândsias e verdes-amarelos. Flores que colorem a região, que encantou e recebeu de Bur-le Mark, nosso maior paisagista, falecido em 1994, o apelido de “Jardim do Brasil”.

As flores, espalhadas por toda a paisagem – e que, de tão familiares e abundantes, já nem eram mais no-tadas – agora são vistas pelos produtores com outros olhos, os da redenção econômica. Quatro deles são do povoado de Raiz, e 13 pertencem à comunidade de Andrequicé, distantes uma hora de carro e com muita poeira. Desde 2009, eles recebem capacitação e apren-dem a prática e a teoria para a lida com as plantas. O cuidado com o solo, a adubação e a colheita das se-mentes são alguns dos ensinamentos aplicados ao gru-po, que, já acostumado às atividades do campo, tira de letra os desafios.

VIDAS FLORIDASSirley Ferreira Alves, 32 anos, casada com Elias

Clezone Alves, é a mais perfeita tradução de como o projeto Flores das Gerais é transformador. Ela e o marido, moradores de Raiz, são agora felizes proprie-tários de um Voyage. “No começo, falei para o povo da comunidade que eu iria comprar um carro com o dinheiro que ganharia com as flores. Todos riram. Quando surgimos com o carro, em 26 de dezembro do ano passado, as pessoas ficaram de boca aberta. Pagamos à vista, não ficamos devendo um centavo”, diz, orgulhosa.

Maria Célia Lopes, 46 anos, produtora de Andre-quicé, revela sua paixão pelas plantas. Um dos ensina-mentos adquiridos no projeto é o de como preparar a compostagem: “Areia, terra, esterco e folhas. Fazemos uma caminha até virar pó. Aí, a gente espera uns meses e, então, faz o plantio e semeia a semente”, ensina con-forme aprendeu. Quanto aos sonhos, ela afirma que não são apenas seus, mas de todo o grupo. “Queremos crescer, continuar no negócio, viver com dignidade.

Flores das Gerais – ajudando a construir um futuro sustentável

Flor do Vale do Jequi: segundo Burle Marx, “Jardim do Brasil”

O JARDIM DO BRASIL

Sei que vamos conseguir porque nossas flores são lin-das e encantam o mercado.”

Elas são mesmo sedutoras e vendem cada vez melhor. Uma das mais recentes vendas do grupo foi feita à loja botânica do Instituto Inhotim, em Brumadinho, referência nacional e internacional de arte contemporâ-nea. Segundo a técnica do Sebrae de Diamantina, Luciana Teixeira, foi pai-xão à primeira vista pelas “Flores das Gerais”. Somente na última remessa foram negociadas três mil mudas de sempre-vivas. “Além da beleza aparente, elas embutem a be-leza do resgate social”, elogia Edmar Silva, responsá-vel pelo plantio e escolha de plantas do Instituto.

De olho na expansão para outros mercados, como

estratégia de visibilidade e aumento de vendas, o Se-brae-MG lançará, ainda no primeiro semestre de 2012, um catálogo destinado a apresentar as riquezas do pro-jeto Flores das Gerais. Ele será enviado a floricultores,

paisagistas e intermediários do comércio de plantas e mudas em geral. A ideia é pros-

pectar os mercados interno e externo.Além do catálogo, o Sebrae-MG

também fornecerá suporte ao grupo para o desenvolvimento de novas es-

pécies, destinadas a suprir um mercado insaciável em sua busca por novidades.

“Antevejo para eles um amanhã de muita valorização e independência. Isso será possível porque, um dia, eles plantaram a semente da esperança e da dedica-ção”, afirma Luciana Teixeira.

Juliana FlisterJuliana Flister

FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 375 • 7

MERCADO

PROJETO PIONEIRO DO SEBRAE-MG FORTALECE MERCADO PUBLICITÁRIO DE JUIZ DE FORA

Em Juiz de Fora, 14 agências de publicidade...

... se unem para conquistar mercado

A FORÇA DA UNIÃO

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O mercado publicitário de Juiz de Fora vive um momento singular. Um projeto pioneiro do Sebrae-MG uniu 14 agências de publicidade da cidade que, juntas, buscam o fortalecimento mútuo por meio de capacitações e consulto-rias de recursos humanos, finanças, marketing e, sobretudo, estratégias de gestão.

O Sebrae-MG baseou sua inicia-tiva em um diagnóstico, realizado em 2009, que constatou os princi-pais motivos pelos quais o mercado publicitário local estava estagnado: inexistência de um polo, amadorismo, falta de gestão e valorização inadequada do profis-sional do setor. Notou-se que os donos das agências

sabiam sobre comunicação, e não sobre o negócio comunicação.

A pesquisa também mostrou que as agências não cobravam o preço justo por seus serviços

devido ao alto poder de barganha do cliente. A competitividade em servi-ços clássicos da publicidade, como criação de peças, aumentava a dis-puta pela mesma fatia de mercado, gerando brigas acirradas, vencidas sempre por quem cobrava menos. Somavam-se a esses fatores a alta

rotatividade de funcionários insa-tisfeitos com salários e a dificuldade no

controle das finanças.O Sebrae foi ao mercado e, depois de constatar

as falhas, criou estratégias mercadológicas. “Antes da formação do grupo, observávamos falhas na ges-tão empresarial, nos recursos humanos, nas finan-ças, no marketing e na qualidade dos processos e desempenhos. Então, pensamos trabalhar três linhas mestras: a gestão, a governança e as mídias alter-nativas”, diz o analista do Sebrae-MG João Paulo Palmieri, coordenador do projeto composto pelas 14 agências.

UNIÃO E RECONHECIMENTOA união já trouxe bons resultados. Recentemente,

a Prefeitura de Juiz de Fora fez uma licitação públi-ca, e o grupo conseguiu suspendê-la, porque havia uma cláusula excludente comum a várias agências. “O episódio demonstrou governança e força políti-ca”, explica João Roberto Marques Lobo, gerente da regional Macroleste do Sebrae-MG. A coesão serviu, ainda, para as agências lançarem um olhar mais ambicioso sobre o mercado.

Em 2011, 14 delas participaram, em São Pau-lo, de uma rodada de negócios. Ofereceram ser-viços, fecharam contratos, fizeram suas agendas de relacionamento e as mantêm. Agora, algumas atendem contas nacionais e fazem jobs para em-presas que atuam também no exterior. Outras es-tão atuando não só na cidade, mas na região. E já ganham licitações em outras cidades de Minas e do Brasil.

O projeto do Sebrae Juiz de Fora obteve tanto êxito que o Sebrae Nacional estuda a possibilida-de de estendê-lo para outras regiões. E, claro, o sucesso alcançado é motivo de júbilo na cidade. O sócio-diretor da Griffin Comunicação, Luiz Cavali-ni, atribui ao Sebrae grande mérito pelo momento vivido. “Antes nos faltava poder de gerenciamento, conhecimento sobre finanças e fluxos de trabalho. Tudo era feito de uma maneira muito intuitiva. Os concorrentes se veem agora como um segmento, compartilhando os interesses de uma mesma classe. Somos, enfim, uma categoria unida”.

Já o diretor comercial da Futuro Comunicação, Danilo Martins, que se mostrara reticente quando o projeto lhe foi apresentado, revela que, após conhe-cê-lo melhor, percebeu em sua empresa dificuldades semelhantes às das outras agências de publicidade. “Antes de concorrentes, temos de ser parceiros, res-peitando o mercado, a ética da profissão e os clien-tes. Depois de participar desse projeto coletivo, en-tendi que, juntos, seremos mais fortes”.

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PONTO DE PARTIDA

LANCHONETEA falta de tempo das pessoas para se ali-

mentarem, decorrente da correria da vida moderna, promoveu uma expansão do mer-cado de lanches rápidos, que passou a ser explorado por empresas com diversas abor-dagens mercadológicas. Este mercado tem uma concorrência ampla e diversificada, que inclui desde estabelecimentos até grandes multinacionais de fast-food.

PONTO E INVESTIMENTOA escolha de um bom ponto comercial

é imprescindível para o sucesso do empre-endimento. O local deve se caracterizar por um fluxo intenso de pessoas e facilidade de acesso. Deve-se observar também o público da região, para identificar seu perfil e ofe-recer aquilo que mais irá atendê-lo. Inde-pendentemente da localização, a lanchonete deve passar a ideia de conforto, higiene e organização.

Uma alternativa para diminuir o investi-mento fixo é negociar com as empresas for-necedoras de bebidas, cigarros e sorvetes a colocação de painéis luminosos, mesas, ca-deiras, freezers, máquinas de refrigerantes e outros equipamentos em troca da veiculação de propaganda no local de venda.

DICAS DE NEGÓCIO– Trailer: Além de atraírem pessoas que

buscam uma refeição rápida, os trailers de lanches são verdadeiros pontos de encontro e lazer, principalmente durante a madruga-da, quando jovens voltam da balada. Sua estrutura não é móvel e deve estar em local

Divulgação

com grande fluxo de pedestres, como esco-las, clubes, quadras esportivas, pontos de ônibus.

– Pastelaria: O empreendedor deve estar atento à diversificação do mix de produtos, não se limitando a oferecer os tradicionais pastéis de carne, queijo e palmito, acompa-nhados de caldo de cana. É certo que estes produtos agradam à maioria, mas verifica-se uma crescente demanda por sabores diver-sos, incluindo os pastéis doces.

– Quiosque: É uma possibilidade a ser estudada, e o quiosque deve ser instalado em pontos estratégicos de comércio, como hipermercados. Há empreendedores que op-tam por investir em shoppings centers e ga-lerias de lojas, implantando estabelecimen-tos organizados conforme os parâmetros de grandes empresas de fast-food.

MANUSEIO DE ALIMENTOS Utilizar carnes inspecionadas e produtos de

fornecedores idôneos. Lavar legumes e hortaliças em água corrente

e desinfetá-los com produtos específicos, como cloro. Cozinhar os alimentos e dividi-los em peque-

nas porções. Manter os alimentos em temperaturas abaixo

de 5ºC ou acima de 60ºC. Limpar e desinfetar todos os alimentos. Dar preferência a utensílios de plástico, vidro

ou alumínio. Evitar o manuseio de alimentos crus e cozi-

dos na mesma área. Armazenar os alimentos, agrupando-os por

tipo. Estocar alimentos em lugares secos, adotando

a regra “o que entra primeiro, sai primeiro”, no momento de usá-los. Armazenar o lixo em local independente, sem

comunicação com a área de processamento. Quando possível, o lixo deve ser tratado por meio de trituradores e os recipientes devem ser pequenos, obrigando sua retirada várias vezes ao dia. Contratar empresas especializadas para dede-

tizar os locais de produção e armazenagem de alimentos.

EQUIPAMENTOS E PRODUTOSAcessórios e utensílios de cozinha; acondicio-nadores de alimentos; balança; balcões de tra-balho, de atendimento e refrigerados para acon-dicionamento e exposição de frios, recheios, molhos e verduras; bandejas de aço inox; chapa

de lanches; copos; cortador de frios; espreme-dor de frutas; fogão; forno; freezers; panelas; talheres; etc.

PESSOALSugestão de composição de equipe de trabalho, que irá va-riar conforme a estrutura do negócio: atendentes, caixa, cozinheiro, servi-ços gerais. A remuneração deve seguir a legislação de cada categoria. No entanto, premiações e comissões podem ser grandes incentivadores. É importante que toda a equipe esteja a par da boa prática de manuseio de alimentos. Se pos-sível, todos devem fazer um curso de segurança alimentar e manipulação de alimentos.

– Franquia: O franchising é uma alter-nativa para os empreendedores com pouca experiência e que possuem algum capital para investir. As empresas franqueadoras são responsáveis pelo repasse de tecnolo-gia, pelas ações de marketing e, em alguns casos, pelo fornecimento de matérias-pri-mas.

– Fast-food: Caracteriza-se pela agili-dade no atendimento. Os pilares do modelo são: oferta de refeições de boa qualidade, em grande escala e curto espaço de tempo. O empreendedor deve estar preparado para montar uma eficaz estrutura de produção.

Com o aumento da preocupação com a boa forma e saúde, frituras começam a ser evitadas por boa parcela da clientela. Por isso, é importante a oferta de salgados as-sados.