Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

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Piracicaba | Fevereiro/Março 2015 | Ano 4 Edição n°18 Ano 4 | Edição n°18 Jovem cineasta conta história de Grande Otelo Papel de parede pintado à mão Cerveja artesanal tem roteiro em Piracicaba Luxo

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Piracicaba | Fevereiro/Março 2015 | Ano 4 Edição n°18

Ano 4 | Edição n°18

Jovem cineastaconta históriade Grande Otelo

Papel de parede pintado à mão

Cerveja artesanal tem roteiro em Piracicaba

Luxo

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Projeto editorial do MBM Escritório de Ideias desenvolvido especialmente para a Brancalion Administradora de Condomínios.

CNPJ 09461319/0001-99Rua Regente Feijó, 2387 – Vila MonteiroPiracicaba – SP – CEP 13418-560Fone: 19 3371-5944

Publicação bimestralTiragem: 7.000 exemplaresDistribuição gratuita, exclusiva e dirigida

DiretorBruno Fernandes [email protected]

Editora-chefeCristiane Sanches (MTb 21.937)[email protected]

Reportagens e textosCristiane [email protected] [email protected]

MultimídiaJeneli Wrasse Lorenz

Atendimento e logísticaTatiane [email protected]

ComercialRodrigo Caetano(19) 98197-7723 e [email protected]

Projeto gráfico e paginação:

MBM Escritório de Ideias

Allan Felipe Dalla Villa

Gestão de projetos

Fabiane Ducatti

Capa: Aninha

Foto: Alessandro Maschio

Anúncios e informes publicitários são espaços

adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é

de inteira responsabilidade de cada um deles,

cabendo à Revista Tutti Condomínios apenas

reproduzi-los nos espaços comercializados. A

opinião de colaboradores não é necessariamente

a opinião da revista. Matérias assinadas são de

responsabilidade de seus autores.

Sem querer faltar com a modéstia...Uma certa dose de modéstia é sempre desejável. Nos afasta da sober-

ba, nos ‘enquadra’ naquilo que é real e nos faz, de certa forma, perseguir o que pode ser ‘ainda melhor’ em nós mesmos e no nosso trabalho. É com esta filosofia que nós, da Revista Tutti, chegamos até aqui. Acolhemos os elogios com humildade e ouvimos as críticas com respeito. Isso nos inspira a querer nos superar a cada edição.

Agora, sem querer faltar com a modéstia (risos), preciso dizer que esta edição da Tutti me deixa especialmente orgulhosa. Um verdadeiro traba-lho de equipe, que rendeu uma pauta interessante, textos brilhantes, fotos incríveis e um seleto grupo de anunciantes que nos prestigiam e honram com a sua confiança na qualidade da nossa revista e no retorno que ela proporciona aos seus negócios.

Ao escolhermos a talentosíssima Ana Eliza de Moraes Barros, a Aninha, para a capa desta edição, estamos fazendo uma dupla homenagem: às mulheres piracicabanas, sempre guerreiras, inovadoras, corajosas e lindas; e ao bom e velho samba, que sempre se renova a cada geração, graças ao talento do povo brasileiro, que cuida de perpetuar este verdadeiro patri-mônio cultural do país.

Esperamos que você tenha uma leitura agradável!

Grande abraço.

Editorial

@mbmideiasmbmideias

Cristiane SanchesEditora

Cristiane veste LÖSCabelo: Daniela Martins

Make: Mariana Junqueira

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Nesta edição

30- Cineasta piracicabano conta história

de Grande Otelo

33- Leia +

34- ‘O samba me escolheu’

39- Maquiagem à prova de calor

40- Para sempre floral

42- Design e arte em papel

47- Trabalho x Satisfação

48- Morar à francesa

50- De trem pela Europa

56- Apaspi: pioneira e avançada

58- Festa na Carlos Botelho

61- Como reduzir os gastos em casa

62- Etiqueta no trabalho

64- A voz da amizade

65- TechTutti

66 - ClassiTutti

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6- Piranews na Tutti

9- A difícil tarefa do síndico em condomínios novos

10- Sala do Síndico

11- Portaria Legal

12- Uma noite no buteco

14- Peça premiada faz temporada no Monte Alegre

16- Pimenta-rosa é arma contra Alzheimer

19- Pequeno Dicionário do Lar

20- Cervejas muito especiais

23- Dica do Chef

24- Sampa

26- Caixa de surpresas gourmet

28- Face-me

29- Cinemania

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Um ano de sucesso O HFC+SAÚDE, operadora de planos de saú-

de que nasceu do Hospital dos Fornecedores

de Cana de Piracicaba (HFC), completou seu

primeiro aniversário com muitas conquistas

e total dedicação aos seus clientes e pres-

tadores. Realizou seu primeiro projeto social

Corrida e Caminhada Mais Saúde em prol da

saúde e do bem-estar, ampliou sua rede cre-

denciada com foco na qualidade do atendi-

mento e participou de projetos importantes

como arrecadação de leite e Futura Mamãe

realizado pelo HFC.

Encontro de Líderes O MBM Escritório de Ideias celebra 10 anos de fundação em 2015 e, para começar as comemo-rações, vai promover, em maio, o 1º. Encontro de Líderes de Piracicaba e Região. O evento será rea-lizado em parceria com a Plano Coaching.

Arqu

ivo

Livro infantil O músico e professor piracicabano Hermes Petrini estreia na car-reira de escritor com o livro infantil Eu e os Bichos: Diferentes e Parecidos, lançado no final do passado pela editora Saber e Ler. A obra tem ilustrações de Carlinhos Müller e é destinadas a crian-ças de zero a nove anos. “Trata-se de um material que vislumbra olhares que identificam diferenças e semelhanças entre alguns animais e entre nós e os bichos. E deixa abertas portas para ou-tros olhares, uma breve introdução ao acolhimento ao diferente”, explica o autor.

na Tutti

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Palestra com Mário Cortella O consagrado educador Mário Sérgio Cortella faz pa-lestra, em Piracicaba, no dia 9 de abril, às 20h, no Teatro Unimep, com o tema Ética, Indivíduo e Sociedade. A rea-lização é da empresa Ecult.

De casa nova A Flytour de Piracicaba comemora a ampliação e o crescimento dos negócios proporcionados pelas novas instalações. Desde outubro do ano passado, a agência ocupa um moderno e confortável imóvel no endereço mais charmoso da cidade, a avenida Carlos Botelho, no número 466. Com atendimento personalizado, a Flytour oferece pacotes de viagens nacionais e internacionais, cruzeiros marítimos, curso o exterior e um enorme gama de serviços.

Raul

Jr.

O Piranews é um projeto do MBM Escritório de Ideias e da Rádio Jovem Pan FM. São dicas e informações sobre eventos e acontecimentos de Piracicaba e região. Ouça diariamente na FM 103.1.

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Artigo

A função de síndico representa um grande desafio para aquele que assu-me o cargo e uma enorme expectati-

va para os moradores do condomínio. Mas, a missão se torna ainda mais difícil quan-do se trata de um prédio que acaba de ser entregue. O momento da entrega do con-domínio é marcado por altas expectativas, tanto pelo lado da construtora, que deseja ver o seu empreendimento dar certo, quan-to para os moradores que, na maioria das vezes, estão ali realizando um sonho.

Em um condomínio novo, o síndico pre-cisa gerir de forma a atender aos anseios de sua comunidade e, ao mesmo tempo, tentar manter um bom relacionamento com a construtora, bem como com a administra-dora escolhida por ela para o início da vida condominial.

Vale ressaltar que o artigo 1.347 do Có-

digo Civil rege que, para assumir a função de síndico, a pessoa deverá ser eleita, não apenas indicada. Por essa razão, nada im-pede que, no momento da entrega do condomínio, a construtora indique alguém para tal função, mas essa escolha deverá ser ratificada pelos condôminos presentes em assembleia. Estes poderão concordar com a escolha ou discordar e eleger outro represente dentre os presentes.

Art. 1.347. A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se.

O mesmo vale para a nomeação da ad-ministradora, que é prerrogativa do síndico e deverá ser aprovada em assembleia. Po-rém, quando se trata de condomínio a ser entregue, o processo de escolha da admi-

A difícil tarefa do síndico em condomínios novos

Rodrigo [email protected]

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Rodrigo Karpat é advogado imobiliário, consultor em condomínios e sócio do escritório Karpat Sociedade de Advogados

nistradora tem ficado a cargo da constru-tora, caso contrário o prédio seria instalado sem uma administradora, o que tornaria in-viável a gestão do patrimônio.

É importante lembrar que o contrato assinado pela construtora tem valor até a instalação do prédio. Da instalação para frente o condomínio passa a tomar as de-cisões gerenciais do prédio. A escolha da administradora deverá ser ratificada pelos presentes na própria assembleia de instala-ção e deverá ter contrato com previsão de rescisão de 30 dias. O ideal é que após a assembleia seja firmada nova avença com a administradora em nome do condomínio.

Indicados pela construtora e ratificados pelos condôminos ou eleitos em assem-bleia, o fundamental é que administradora

e síndico defendam os interesses do con-domínio. Se a opção for pelo formato su-gerido pela construtora, o corpo diretivo condominial exercerá importante papel na fiscalização e sugestão de novo formato, quando necessário. A construtora não deve oferecer resistência para a troca do formato de gestão inicialmente imposto, se esta for a vontade da maioria dos condôminos.

Caso a opção seja por um síndico profis-sional, é salutar que esteja claro na convo-cação enviada a todos os condôminos so-bre essa alternativa. Assim, os condôminos também poderão indicar profissionais para serem entrevistados e selecionados em as-sembleia. O contrato desse profissional po-derá ser definido pela própria assembleia e a lei estabelece prazo de até dois anos para cumprimento do mandato.

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do Edifício Athenas

Ana Lúcia Ferezini,

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Há quanto tempo a senhora mora no condo-mínio?Há mais de dez anos. Porém, sempre estivemos aqui. Meu pai comprou um apartamento desde a construção do prédio. O apartamento sem-pre foi da família.

É síndica desde quando?Este é meu terceiro ano como síndica.

Já foi síndica em outras oportunidades?Nunca fui síndica antes.

Qual é, na sua opinião, o lado bacana de ser síndica?Poder ajudar as pessoas, além de poder me-lhorar uma propriedade que é sua. São tantas benfeitorias que você pode fazer, buscando o bem comum!

Qual é o seu principal projeto nessa gestão?Nós estamos atravessando um período de obras. Já foram muitas e temos ainda mais de-safios pela frente. O nosso próximo projeto é a

reforma da portaria e da entrada principal do condomínio. Isso se não aparecer mais nenhu-ma emergência à frente!

O que considera seu principal desafio?Ter verba para a execução de todos os proje-tos. Nós criamos uma parcela extra para essas obras, pois não fica nada barato pintar o prédio inteiro, por exemplo. Mas isso ainda é algo de longo prazo...

O que merece destaque em seu condomínio?Todos os projetos já executados. Por exemplo, a recuperação do muro de divisa com o con-domínio vizinho, a troca da tubulação de gás por canos de cobre, a reforma do piso térreo da entrada do prédio, a construção da nova lixeira, e por aí vai...

Deixe um recado aos condôminos.Gostaria de agradecer a todos os moradores que confiaram e confiam no meu trabalho, prin-cipalmente a comissão, que tem sido muito prestativa, e à nossa zeladora Catarina Gonçal-ves Neta. Ela tem feito seu trabalho com muito empenho, dedicação e paciência, porém, in-felizmente está nos deixando em 2015. Muito obrigada a todos. Mais um ano se inicia e espe-ro que continuemos firmes nesta empreitada. Um forte abraço a todos.

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Perfil

Maria de Fátima Garcia de Godoy, Edifício Abel Francisco Pereira

“Estou aqui há nove anos. Fui governanta na casa de um médico, que era radiologista da Santa Casa. Chefiava quatro empregados. Isso foi há muito tempo. Depois me casei, tive minhas filhas e fiquei só cuidando da casa. Mas queria fazer alguma coisa. Comecei meio por acaso, cobrindo férias de uma moça, porque moro ao lado do prédio. Acabei gostando demais. A gente tem contato com muita gente diferente e, como eu sou muito comunicativa, o cotidiano do trabalho fica bem mais agradável. Estou em São Paulo há 38 anos, nasci no Pará, na Ilha de Marajó, a maior ilha fluvial do mundo. Por isso me apaixonei de cara por Piracicaba, que tem esse rio tão lindo”.

Aparecido Andrea Copoli, Edifício Albatroz

“Trabalho aqui no condomínio há oito anos. Além de ser o coordenador dos porteiros, respondo também pela zeladoria. É uma função de muita responsabilidade, porque o prédio é grande, temos duas portarias e 69 apartamentos. Mas é muito bacana o dia a dia do trabalho. A gente tem contato com muita gente, e tem pessoas bem diferentes. Eu trabalhei por 28 anos como metalúrgico na MEFSA. Cuidava da fundição, era um trabalho solitário e pesado. Agora é mais leve. Nasci em Piracicaba, te-nho três filhos e seis netos.”

Solange Aparecida Teixeira Nuevo, Edifício Marrocos

“Eu estou aqui no prédio há 20 anos. Comecei na faxina e logo depois fui para a portaria. Hoje eu sou folguista, que é aquela que trabalha na fol-ga dos outros porteiros. A gente não tem horário fixo, um dia trabalha de manhã, outro pode vir à noite. Não tem rotina, mas eu gosto disso. O que acho bacana também na minha profissão é ter contato com todo mundo. Acho que a gente aprende muito com isso, porque precisa ter jogo de cintura para poder contornar qualquer situação que apareça. Eu comecei a trabalhar muito cedo, já fui doméstica e servente na Escola Mello Ayres. Mas eu gosto mesmo de trabalhar na portaria, não tem nada melhor do que você fazer o que gosta. Nasci aqui em Piracicaba, tenho três filhos e quatro netos.”

Eles são profissionais fundamentais para o bom funcionamento de qualquer condomínio. Conheça

os porteiros, suas histórias e seu trabalhoFotos: Alessandro Maschio

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Uma noite no buteco

Circuito Tutti

O edifício Monalisa recebeu, em dezembro passado, a última edição do Circuito Tutti Condomínios de 2014. O evento de relacionamento é

promovido ao longo do ano pela Revista Tutti nos condomínios geridos pela administradora Brancalion, onde a revista é distribuída bimestralmente.

Fotos Alessandro Maschio

Ariele Medeiros, Karine Chiquito, Arthur Vieira e Rafaela Medeiros

Renata Kalil e Cristiane Sanches Janaina e Sérgio Rolim

Francisco e Ana Maria Ribeiro

Sandra e Carlos Prezotto

Regina e Luis Claudio da Costa

Valdemir e Elisangela Assarisse

Rodrigo Caetano, Fabiane Ducatti e Tatiane Fernandes

Bruno Chamochumbi, Wilton Fogaça, Julio Pires, Rodrigo Brancalion e Arthur Vieira

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Revista

Realização: Apoio cultural:Patrocínio: Partners Gourmet:

Renata e Cido Tapias

Lais e Paulo Zanello

Tatiane e Dalton Mûller, Miriam Fidelis e Rodrigo Caetano

Marcos, Raquel, Rafaela e Marcos SaitoEvento reuniu moradores e convidados no salão de festas

Cristiane Sanches, Rodrigo e Elaine Brancalion Aline e Luis SabadinVanessa Kallufi, Rosana Pitta, Laura e Fernando Sesso Junior

Meirebel Colombo, Christiane Chiaranda e Tania Gimenez

Estela e Marcelo OlivettiDebora e Jonatas Vasconcelos, Rodolfo Ustulin, Taisa e Juliana Veloso

Sandra Galdino e Vicente Oliveira Jr.

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A peça Mentira, contemplada pelo Pro-grama de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São

Paulo, fará longa temporada, com 24 apresen-tações gratuitas, na Casa do Marquês, no bairro Monte Alegre.

O espetáculo é resultado da parceria entre o Coletivo Bruto, da Cooperativa Paulista de Teatro, e o Coletivo Estalo, e começou a partir do encontro dos artistas Paulo Barcellos e Ma-ria Tendlau, paulistanos residentes em Piracica-ba, e as artistas piracicabanas Marina Henrique e Gabriela Elias.

A Casa do Marquês receberá apenas 20 es-pectadores por dia, de quinta a domingo, sem-pre às 20h, com entrada gratuita: “Como são poucos lugares por sessão, trabalharemos por meio de reservas”, explicam os produtores.

A quantidade limitada de espectadores por sessão faz parte do charme da montagem que estabelece uma relação de proximidade entre o público e os artistas, além do encanto da an-tiga escola do bairro Monte Alegre. “A ideia é explorar o grande potencial cultural do bairro nesta feliz parceria com a Mônica Brito e Klaus Barreto, proprietários da Casa do Marquês”, diz a diretora do espetáculo e gestora cultural Maria Tendlau.

Além do espetáculo, o projeto promove-rá dois workshops com os renomados artistas

paulistanos Alexandre dal Farra (prêmio Shell de dramaturgia em 2012) e Ney Piacentini (au-tor do livro "Eugênio Kusnet - do ator ao professor"). Até o fechamento desta edição, as datas ainda não haviam sido definidas.

SINOPSEMentira acompanha a tra-

jetória de uma antropóloga da Funai (Fundação Nacional do Índio) na busca por um índio isolado em Rondônia e a rela-ção perigosa que ela estabelece com um casal de pecuaristas proprietários de uma grande fa-zenda na região. O texto é de autoria dos Co-letivos Bruto e Estalo e faz referência, além das questões fundiárias da Amazônia legal, a uma filmografia de peso, produzida na década de 60, que remete a Ingmar Bergman, Robert Alt-man e Heiner Maria Fassbinder.

OS COLETIVOSO Coletivo Bruto surgiu em São Paulo, em

2006, da reunião de artistas de diferentes e múl-tiplas formações com o interesse em formar um grupo de criação em artes, que trabalhasse um hibridismo entre linguagens e seu diálogo na composição de obras artísticas. Destacam-se em sua trajetória os espetáculos Guerra Cega Simplex Feche os Olhos e Voe ou Guerra Mal-

Peça premiada faz temporadano Monte Alegre

Arte & Cultura

Espetáculo teatral será encenado na Casa do Marquês e poderá ser visto até o fim de março

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vada (2007) e O Que Está Aqui é o Que Sobrou (2012), criações que foram contempladas res-pectivamente pelo Programa de Apoio à Cul-tura do Estado de São Paulo, Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz e Programa Municipal de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.

O Coletivo Estalo nasceu em 2007, quando um grupo de artistas de diferentes áreas (cine-ma, fotografia, música e artes cênicas) decide fazer arte e ter sua sede em Piracicaba. A es-treia do Coletivo aconteceu com a montagem de Uma História de Borboletas (2007), que realizou longa temporada na capital paulista, e ganhou destaque com o espetáculo Marias (2009), que circulou por várias cidades, além de integrar, em 2011, o Circuito TUSP de Teatro.

Espetáculo: MentiraEstreia: 19 de fevereiro

Temporada: até 29 de março Local: Casa do Marquês

Horários: quintas, sextas, sábados e domingos às 20h.

Capacidade: 20 lugares

Endereço: av. Comendador Pedro Morganti, 4.970.

Bairro Monte Alegre.

Duração: 90 minutos

Classificação etária: 16 anos

Ingressos gratuitos: reservas pelo telefone (19)

3432-1967, de segunda a sexta, ou pelo email [email protected]

Informação adicional: com ar-condicionado

SERVIÇO

Gabriela Elias, Paulo Barcellos, Maria Tendlau e Marina Henrique

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Esalq

Pesquisa mostra que pimenta-rosa é o melhor

alimento funcional no combate e prevenção a

doenças neurodegenerativas

Pimenta-rosa é arma contra Alzheimer

Por Cristiane Bonin

A pimenta-rosa está entre os melhores alimentos funcionais no combate à demência

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Uns dizem que ela tem gosto de manga, mas a grande novidade é que a pimenta--rosa é uma arma poderosa contra o Mal

de Alzheimer. Hit entre os chefes de cozinha, este fruto foi apontado como a mais eficiente das pimentas no combate e prevenção a do-enças neurodegenerativas que, progressiva-mente, devastam a memória e as habilidades cognitivas.

A descoberta inédita da pimenta-rosa como o melhor entre os alimentos funcionais – consi-derando o nível de atividade anticolinesterási-ca em pimentas-do-reino e pimenta-rosa – no combate ao Alzheimer e doenças semelhantes foi realizada em estudo divulgado pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Quei-roz), no fim de 2014. Atividade anticolineste-rásica é a capacidade de reduzir a destruição dos neurotransmissores responsáveis pela área cognitica pela enzima acetilcolinesterase.

Segundo a autora do trabalho de disserta-ção, Fúvia de Oliveira Biazotto, os tratamen-tos convencionais com inibidores sintéticos de acetilcolinesterase têm baixa efetividade e a ausência de prognóstico positivo. “Esses inibidores não previnem ou curam a doença. Apenas tratam a perda cognitiva sem atrasar ou modificar a progressão da enfermidade. Em alguns casos, os medicamentos só funcionam por limitado período de tempo e, para alguns pacientes, não oferecem alívio nenhum”, afirma Fúvia.

De acordo com os estudos na Esalq, a pi-menta-rosa destacou-se por conter os maiores teores de antioxidante e a melhor atividade an-ticolinesterásica em relação a todas as pimen-tas investigadas. Ou seja, com base nos dados obtidos concluiu-se que a pimenta-rosa apre-senta o maior potencial na redução de risco da doença de Alzheimer.

“Para a descoberta de novos compostos ou alimentos com potencial para reduzir o risco de incidência de Alzheimer, o primeiro passo a ser dado é a avaliação do seu desempenho em análises in vitro. Dessa forma, estes foram os primeiros passos dessa pesquisa, sendo neces-sários mais estudos a fim de avaliar, de forma mais detalhada, os possíveis mecanismos de ação dos compostos bioativos presentes nas pimentas-do-reino e pimenta-rosa”, comple-mentou a pesquisadora.

ALZHEIMEREntre os problemas relacionados à velhice,

a demência tem sido apontada como uma das principais causas de morbidade em idosos. Clinicamente é caracterizada por um declí-nio progressivo e global de múltiplas funções cognitivas, incluindo memória, aprendizagem, orientação, linguagem, compreensão e julga-mento, sem obscurecimento da consciência. As disfunções cognitivas são frequentemente acompanhadas e, ocasionalmente, precedem o descontrole emocional, comportamental e motivacional.

“Entre os tipos de demência, a doença de Alzheimer é a mais comum, representando cer-ca de 70% a 75% de todos os casos de demên-cia acima da faixa etária de 65 anos. Mundial-mente, mais de 26 milhões de pessoas sofrem com o Mal de Alzheimer e a perspectiva é a de que este número de pacientes dobre a cada 40 anos. Na hipótese de ser possível adiar a do-ença por, em média, dois anos, a prevalência mundial em 2050 seria de 22 milhões a menos de casos do que as previsões atuais, reduzin-do significativamente os custos e o número de pessoas com a doença. Atualmente, a incidên-cia é de 7% em pessoas com mais de 64 anos e de 39% em pessoas com mais de 79 anos”, finalizou Fúvia.

PIMENTASAs pimentas branca, verde e preta são os

principais tipos de pimenta-do-reino existen-tes nos supermercados. Todos esses grãos de pimenta são procedentes da espécie Piper nigrum, e só se diferenciam pelo período de colheita e processamento empregado. Anato-micamente, a pimenta-rosa é muito semelhan-te às pimentas-do-reino. Outras características como sabor pungente, o uso comum na culiná-ria e a comercialização a granel sob a forma de-sidratada também reforçam essa similaridade. Apesar de ser muitas vezes confundida como mais um tipo de pimenta-do-reino, a pimenta--rosa é fruto da aroeira, uma árvore bem co-mum no interior de São Paulo.

“A aroeira é nativa da América do Sul e seus frutos são comuns na cozinha francesa, daí ser conhecida como poivre rose (pimenta-rosa em francês). Crocante e com sabor levemente ado-cicado e ardência bem delicada, dá personali-dade e textura aos pratos. Não deve ser cozida

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e sim colocada ao final da preparação. Só há pouco tempo passou a fazer parte da culinária brasileira, que até então exportava a pimenta--rosa para a Europa e depois a importava de volta”, conta a chef de cozinha Fernanda Lo-pes, editora do blog e do caderno Boa Mesa, do jornal Tribuna de Santos.

Ela explica que, por conta da baixa ardên-cia, a pimenta-rosa não é usada como condi-mento, mas como elemento de decoração. “Por outro lado, dá um sabor especial, pois quando as sementes são mastigadas, perce-be-se a suave ardência.”

O aspecto do fruto, quando fresco e bem conservado, é uma película fina e delicada de cor avermelhada ou rosada, de textura que-bradiça, que envolve uma semente escura de sabor levemente adocicado e pouco picante.

“Evite as pimentas com películas soltas,

com a cor rosa desbotada e cheiro de mofo. A melhor maneira de armazená-la é em reci-pientes herméticos, secos e limpos. Evite dei-xá-la exposta à luz e em ambientes úmidos”, observa Fernanda.

E como usar o fruto da aroeira? Fernanda conta que a pimenta-rosa combina tanto com preparações salgadas como doces. É usada, de maneira especial, em molhos para meda-lhões de filé mignon grelhado, mas também fica muito bom com massas simples, como fetuccine na manteiga, filés de frango e de peixe.

Sorvetes de frutas, mousses, crepes e sa-ladas (doces e salgadas) ganham mais cor e sabor com a pimenta-rosa adicionada no momento de servir. Atualmente, com a moda do brigadeiro gourmet, tem ficado comum a versão brigadeiro branco envolto na pimenta--rosa moída.

Caponata com pimenta-rosa

Ingredientes1 berinjela

1 pimentão vermelho

1 cebola

2 dentes de alho picadinhos

1 xícara de azeite

1/3 de xícara de vinagre

1 colher (sopa) de açúcar

10 azeitonas verdes picadas

1/2 xícara de uvas passas brancas

2 colheres (sopa) de pimenta-rosa.

Sal a gosto

PreparoCorte a berinjela, a cebola e o pimentão em cubinhos. Misture tudo (exceto o sal, as pas-sas e azeitonas) e leve ao forno pré-aquecido

e coberto com papel alumínio. Após meia hora, tire o alumínio, mexa e deixe mais 15 minutos. Tire do for-no, misture as passas, as azeitonas e a pimenta-rosa. Corrija o sal. Sirva com torradinhas ou pão italiano.

Fonte: Fernanda Lopes é chef de cozinha e jornalista. Veja mais sobre gastronomia em atdigital.com.br/boamesa.

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Hortaliças são todas as plantas comestíveis cultivadas em horta, de repolho, alcachofra e morango (culturas de Inverno) a berinjela, pepino e pimentão (de Verão). A horta pode estar dentro da sua casa ou em comércios específicos. Se você é fã de um buquê de alface ou de um cheiro-verde fresco, confira as dicas da coluna.

1) Cultivar: Escolha uma área que receba o sol da manhã; no caso de sacadas, tente bloquear o vento.

2) Recipientes: vaso cerâmico de 30 cm/profundidade para plantas altas (manjericão, sálvia, pimenta, couve);

- Jardineira de 30 cm/profundidade para plantas rasteiras (salsinha, orégano, cebolinha, morango);

- Caixa: aquelas de madeira, usadas no transporte de frutas como uvas, são ideais para o plantio de folhas como alface.

3) Camadas - Para vasos com buraco no

fundo, cubra a saída com pedras grandes ou pedaços de telha. Coloque um pouco de argila expandida, a manta de bidim e terra orgânica (até 2/3 do vaso). Coloque as mudas e complete com terra, deixando o espaço de três dedos entre elas. Para vaso cerâmico, plante apenas uma espécie.

4) Adube regularmente; regue já nas primeiras horas do dia e ao final da tarde; não troque os vasos constantemente de lugar e, quando a produção cair, substitua as mudas. A falta de equilíbrio ecológico e ambiental pode implicar na morte da sua horta. O combate às pragas e doenças pode ser feito com receitas caseiras. No aplicativo da Tutti, você encontra receitas de combate a ácaros, fungos, besouros e outros.

Comprar: a dica é ir até as hortas urbanas de Piracicaba. Além de poupar tempo com filas e estacionamento, o produto tem qualidade muito superior e preço mais em conta. No aplicativo da Tutti é possível conferir a localização de algumas das 80 hortas espalhadas pela cidade.

Cristiane [email protected]

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Cerveja

Microcervejarias piracicabanas se destacam

no top 10 nacional do segmento

Cervejas muito especiais

Sem deixar a tradicional cachaça de lado, Piracicaba revelou-se na última década um mercado receptivo às cervejas artesanais.

Três marcas foram criadas e abriram suas micro-cervejarias na cidade, e duas dessas empresas oferecem programa e infraestrutura receptivas aos turistas, uma oportunidade de passeio dife-renciado em qualquer época do ano.

A cerveja artesanal mais antiga de Piracicaba é a Cevada Pura, que nasceu em 2001 de um investimento feito por Carlos Alberto Colombo e Alexandre Augusto Peres Moraes. Colombo é químico e passou pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), de Campinas. Moraes é en-

genheiro de alimentos e trabalhou na cervejaria Kaiser.

A escolha do local para instalar a Cevada Pura, contam os proprietários, foi criteriosa, e Piracicaba foi selecionada pelos aspectos eco-nômico, de desenvolvimento urbano, clima e por conta do perfil do mercado de consumo. A fábrica fica na avenida Lourenço Ducatti, 301, na Vila Rezende.

No mesmo local, o cliente é recepcionado na loja da fábrica sede e, para conferir a pro-dução, basta ir a uma das chopeiras para apre-ciar a bebida, sentir o aroma da cevada, ver os

Por Cristiane BoninFotos: Jorge Queiroz

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tanques em aço inox e até bater um papo com os donos do negócio – o clima é mes-mo bem receptivo e praticamente todos os clientes, homens e mulheres, fazem a degustação enquanto o pedido, chope ou cerveja, é providenciado.

Esta visita à fábrica pode ser feita em qualquer momento do horário comercial (de segunda a sexta-feira) e, aos sábados, das 9h às 15h. A empresa também tem um bar próprio, o Cevada Chopp Bar, locali-zado na avenida Rui Barbosa, na Vila Re-zende.

“Temos planos futuros para iniciar um conjunto de atividades neste projeto de visitação”, anuncia o proprietário Moraes. A primeira cervejaria de Piracicaba está entre as dez primeiras do Brasil em giro comercial, informa o proprietário da Ce-vada – no país existem aproximadamente 200 microcervejarias, conforme a Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas).

A produção média mensal é de 25 mil litros na Cevada e o chope de trigo é a prata da casa com seu aspecto turvo e sabor quase doce. As versões pilsen, trigo, india pale ale, red ale e stout podem ser encontradas em chope ou cer-veja. Em 2006, a Cevada passou também a en-garrafar sua produção. “Abrimos uma franquia da fábrica em Maceió (AL) no primeiro semestre do ano passado. Tudo é fruto de muito traba-lho”, relata Moraes.

PRÊMIOSFundada em janeiro de 2010, também em

Piracicaba, a Dama Bier é uma empresa familiar que, com apenas quatro anos de existência, já coleciona premiações nacionais e internacio-nais, atestando a qualidade das cervejas pro-duzidas. A fábrica está situada em uma área de 1.900 m², localizada no bairro Piracicamirim, e tem capacidade produtiva mensal de 80 mil li-tros.

A empresa é focada na produção de cerveja com diferenciais em qualidade e grande perso-

nalidade sensorial. As receitas são desenvolvi-das a fim de proporcionar experiências únicas aos amantes de cerveja ao ressaltar as caracte-rísticas particulares de cada um dos estilos pro-duzidos, tais como cor, teor alcoólico, amargor, sabor e aroma.

A Dama coleciona um total de 14 premia-ções em diversos concursos de cerveja ao redor do mundo, como Austrália, Estados Unidos, Argentina e Brasil. “Os prêmios que temos co-lecionado em tão pouco tempo demonstram o nosso compromisso em sempre levar uma exce-lente cerveja para os apreciadores da bebida”, afirma o beer sommelier e diretor comercial da marca, Paulo Bettiol.

A cervejaria piracicabana tem sete rótulos de linha: pilsen, weiss, IPA, münchen, stout, ESB (extra special bitter) e imperial coffee IPA. A Dama também produz receitas sazonais, como a Smoked Porter (de Inverno) e a american lager (de Verão). A cervejaria produz outras cervejas apenas uma vez, proporcionando uma experi-

Cevada Pura é a mais antiga da cidade

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ência única aos seus degustadores, como é o caso dos rótulos Santa Muerte e do four-pack single hop.

Para receber os visitantes, a Dama oferece um programa de tour pela fábrica. O passeio inclui uma vi-sita guiada às instalações da cerve-jaria, informações sobre o processo de fabricação e degustação direto dos tanques. Existe também atendi-mento de loja e serviço de balcão, das 9h às 18h, de segunda a sexta--feira, e aos até as 16h.

BELGAA Cervejaria Leuven integra o

time de nomes de cervejas artesa-nais de Piracicaba. Com produção referenciada na bebida belga, a cer-vejaria foi batizada com o nome da cidade, na Bélgica, conhecida como capital mundial da bebida. Apesar de não abrir para a visitação para evitar risco de contaminação cru-zada, a cervejaria, aberta em 2010, tem história e produtos diferencia-dos no segmento de cervejas arte-sanais.

Alexandre Godoy, fundador da Leuven, começou elaborando be-bidas diversas seguindo as tradicio-nais receitas de seu bisavô, Octávio Teixeira Mendes e, a partir de 1992, passou a produzir cervejas caseiras. Godoy aprofundou-se profissional-mente no segmento, com gradua-ção em engenharia agronômica e mestrado na Escócia para produzir com status top premium.

Atualmente, a cervejaria produz o chope próprio, estilo pilsen, que é filtrado e tem recei-ta inspirada nas escolas tcheca, alemã e belga, além de quatro variedades de cervejas engar-rafadas – golden ale, que é dourada e frutada; red ale, com maltes de diversas intensidades de torrefação e de sabor intenso; blanche witbier, que é uma cerveja de trigo cítrica, tipicamente belga, e a Leuven Dubbel com fórmula refe-

renciada na era medieval, quando era feita por monges das abadias belgas.

O consumidor encontra o chope da marca Leuven no varejo – Pirachopp (distribuidora) e nos restaurantes Mirante, Toque Brasileiro, Spa-ço Sushi e Barceloneta. Em Piracicaba, as cer-vejas podem ser encontradas nos melhores em-pórios, como o Bom Peixe e do Vovô. Ao todo, a marca belga-piracicabana está em 14 Estados brasileiros.

Cerveja

Dama coleciona 14 premiações

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Michele [email protected]

Ingredientes1/2 xícara de quinoa em grãos2 colheres (sopa) de farinha de aveia1 cenoura pequena ralada1/2 abobrinha ralada1 cebola picada3 colheres (sopa) de azeite extra--virgem2 colheres (sopa) de cheiro-verde picadosal e pimento-do-reino a gosto4 pães de hamburguer integral3 colheres de sopa de tapenade de azeitona1 punhado de agrião1 cebola roxa cortada em meia-lua

Preparo Cozinhe a quinoa em água e sal até que fique bem macia, por proximadamente 25 minutos. Escorra bem e reserve. Refogue a cebola no azeite até que doure.Misture a quinoa, a farinha de aveia, a cebola dou-rada, a abobrinha, a cenoura, o cheiro-verde, o sal e a pimenta. Amasse bem para dar liga. Modele os hambúrgueres e coloque em uma assadeira unta-da com azeite. Asse em forno a 200ºC por aproxi-madamente 20 minutos, até que crie uma crosta dourada. Monte os hambúrgueres: corte os pães ao meio e passe a tapenade de azeitonas em todas as fatias. Coloque os hamburgueres, um pouco de agrião e as fatias de cebola. Sirva imediatamente. Bom apetite!Rende 4 porções

Michele Maia é chef de cozinha natural e proprietária da Simplesmente Gourmetwww.simplesmentegourmet.com.br

Hamburguer de quinoa

Tapenade de azeitonas verdes

Ingredientes300 g de azeitonas verdes sem caroço4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem

PreparoBata os ingredientes no multiprocessador. Armazene em um pote de vidro fechado na geladeira por até um mês.

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Coluna

Manu [email protected]

A moda da comida de rua pegou forte na capital paulista. São os food trucks: veículos adaptados, que levam às vias da cidade opções variadas para quem gosta de novidade e não quer entrar em restaurantes ou se aventurar na cozinha.

De temaki a paella, passando pela cozinha vegana, doces e brigadeiros gourmet até cerve-jas artesanais, os estabelecimentos sobre rodas oferecem opções para todos os gostos e bol-sos, nas quatro regiões de São Paulo. Como são itinerantes, a melhor maneira de encontrá-los é verificando seus roteiros por meio dos próprios sites ou telefones.

A Tutti selecionou algumas opções, mas a variedade é enorme. Escolha o menu, localize seu food truck e bom apetite!

Prato principal Para os amantes de comida japonesa, uma opção é o Taikô. São mais de dez pratos, como minchi trufado (delicadas fatias de salmão com ovas, flocos tempurá e azeite trufado), taco com salmão e rúcula, e ce-viche (peixe branco e salmão com cebola-roxa e tomate-cereja).

Aos que preferem delícias do Mediterrâneo, o Paellas Pepe leva às ruas algumas das mais tradicionais receitas espanholas. O carro-chefe, é claro, é a Paella Del Pepe, uma receita de família preparada artesa-nalmente, às vistas do cliente. Para acompanhar, a famosa e refrescante sangria é feita com vinho tinto e frutas frescas.

A onda é comer na rua!

Taikô

19 99935-7286

[email protected]

www.restaurantetaiko.com.br

Paellas Pepe

11 9 7153-7836 / 3798-7616

[email protected]

www.paellaspepe.com.br

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Davi

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Sobremesa No Bamboleiras – Sabores da Infância, o destaque vai para o bolo de brigadeiro de chocolate belga e para a pipoca caramelada com açúcar mascavo e amendoim. As balas de coco e os guarda-chuvas de cho-colate também fazem a diferença. Para acompanhar, groselha, água, refrigerantes e cafés com notas aromáticas. As Bamboleiras circulam por toda a capital!

Ainda na linha dos doces, a Senhora Brigaderia apresenta variadas opções do doce mais querido do Brasil, acompanhado de café expres-so ou prosecco geladinho! E não tem como não reconhecer o truck: um brigadeiro gigante colocado sobre o carro desfila pela cidade.

Bebericando Os amantes de cervejas artesanais também podem comemorar! A cervejaria itinerante Mais Uma Dose está no hall dos trucks mais procurados, com rótulos que variam semanalmente.

Bamboleiras – Sabores da Infância

11 2764-9070

[email protected]

www.bamboleiras.com.br

Mais Uma Dose

[email protected]

Senhora Brigaderia

11 9 6057-8177

[email protected]

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Direto de Caxias do Sul (RS), a Delicaterie envia mensalmente, a seus assinantes, em 12 Estados, um pacote com produtos

gourmet selecionados

Caixa de surpresas gourmet

Novidade

Descobrir novos sabores, experimentar no-vidades, explorar novas sensações. Todos os meses, uma boa surpresa. Foi com essa

proposta que a Delicaterie abriu as portas em ou-tubro do ano passado para assinantes que queiram desfrutar as novidades e a diversidade do universo gastronômico, apostando na curadoria mensal de itens com apelo gourmet.

A cada mês, um kit com cinco produtos garim-pados entre temperos especiais, molhos, doces, snacks, bebidas, alimentos para cozinhar ou ainda acessórios e pequenos utensílios para cozinha são enviados aos associados. Além de receberem in-formação específica sobre os itens, se deliciar com a seleção, conferir receitas e notícias por meio do portal, os assinantes podem opinar sobre cada um

dos artigos recebidos em sua DeliBox e ser recom-pensados por isso. Os feedbacks realizados ren-dem pontos que podem ser trocados por outros produtos disponíveis na loja virtual da Delicaterie.

A empresa está focada no aumento de interes-se da gastronomia diferenciada, mirando na expan-são dos chefs amadores ou profissionais. O clube busca oferecer a seus associados itens nem sempre disponíveis em supermercados, mas característicos de empórios e delicatessens, ou ainda, garimpar alimentos típicos e restritos a apenas algumas re-giões.

Bom começo

Com mais de 200 DeliBoxes entregues para apreciadores de novidades gastronômicas em seus

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três primeiros meses de funcionamento, a Delicate-rie comemora a receptividade e a crescente adesão de associados ao clube de assinaturas sediado em Caxias do Sul (RS).

O total de 15 produtos gourmets garimpados nesse período foram enviados para assinantes loca-lizados em 12 estados brasileiros, indicando que o interesse em novidades e na descoberta de novos sabores está em alta no mercado brasileiro. "E nos-sos parceiros estão conscientes dessa tendência e veem nosso serviço como uma excelente ferramen-ta para acertar em cheio esse segmento de público que não só está em busca de itens diferenciados, como também é grande influenciador de consu-mo", observa a executiva de operações da Deli-caterie, Janine Basso Lisboa. "Estamos entrando em 2015 com excelentes perspectivas. O feedback recebido dos nossos associados tem nos surpreen-dido positivamente, e eles são os principais divul-gadores do clube. Fazem questão de compartilhar a experiência em suas redes sociais, além de indicar e presentear amigos", complementa.

Itens como biscoito típico holandês e outro com receita uruguaia, cerveja artesanal, massa fun-cional com Chia, relax drink, vinagre balsâmico or-gânico e um ketchup inovador de manga entre ou-tras gostosuras compuseram as DeliBoxes enviadas aos associados nos meses de outubro e novembro. Já em dezembro de 2014, a Delicaterie entregou a terceira edição da caixa recheada com produtos alusivos às festas de final de ano. O panetone da empresa Frutos da Amazônia veio em um forma-to todo tropical. Isso porque, na receita, as frutas cristalizadas foram substituídas por cupuaçu e cas-tanhas-do-pará.

O chocolate também integrou os itens da cai-xa. A Ferronatto Chocolates Finos uniu o sabor de seus mais sofisticados produtos e a praticidade do chocolate em pó. O chocolate cremoso gelado é feito para misturar com leite e tem fácil preparação. Já os snacks da Biscoitos Quitanda, empresa de Encantado (RS), utilizou queijo gorgonzola e nozes para criar um sabor diferente ao biscoito caseiro.

O patê de salmão defumado em conserva da Marithimu's, localizada em Garuva (SC), tem o pro-pósito de proporcionar petiscos rápidos e sofistica-dos. Basta combinar o patê com pão ou torradas e está pronta uma entrada deliciosa e requintada.

O clássico espumante moscatel completour a última DeliBox de 2014. Cada assinante recebeu uma garrafa da bebida produzida por vinícolas lo-calizadas no maior produtor nacional de uvas da va-riedade moscato, o município de Farroupilha (RS).

Como integrar o clubeA Delicaterie oferece o plano mensal, com valor

de R$ 69,90, com frete incluso para os estados da região Sul do país. Para períodos maiores de as-sinatura há descontos progressivos: R$ 67,90 para seis meses e R$ 65,90 para um ano. Nas remessas para o Sudeste há um acréscimo de R$ 10 de frete e, para o Norte e Nordeste, de R$ 20.

As assinaturas podem ser feitas pelo site www.delicaterie.com.br, com pagamento por cartão de crédito.

Os assinantes também têm a opção de presen-tear amigos e familiares com uma DeliBox, assina-lando esta opção e preenchendo um formulário com os dados da pessoa a ser presenteada.

Delicaterie.com.brFacebook: facebook.com/delicaterieInstagram: @delicaterie

A cesta de dezembro teve panetone de cupuaçu e castanha

A DeliBox envia cinco produtos em sua cesta mensal

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Nãna

Em fevereiro, tem Carnaval!

Parabéns pra você, lá em novembro, fruto de um porre de bloco de rua!

Felicidade, pra mim, hoje, seria o mesmo que um cinza 50%. Sólido, mimético, sem muitas estripu-lias... Simples. Pronto. Desse jeito...

Deus, eu não sei se me falta coragem pra ser a pes-soa que eu poderia ser, ou humildade pra aceitar a pessoa que eu realmente sou...

Ô, produção? Uma ‘questÃ’ de concordância: o doutor Luiz agora pode ser meu psicanalistO e o doutor Marcelo, meu dentistO? E eu deles, seria o quê? A pacientA? Mais inteligentA?

Quando olhei pra mim, precisei menos dos olhares do público... afastei-me, naturalmente, dos palcos...

Confissões de bailarina...

Se pergunto quanto é 1 + 1, gosto de gente que me responde DEPENDE, porque da dúvida vem a explicação e da desconfiança, a troca...

Porque tudo na vida é relativo, mutável e incons-tante...

Você percebe a revolução tecnológica na pele quan-do faz uma prova dissertativa e, no meio dela, se

pega escrevendo 'pq' e 'vc'...

Sinais da idade...

Fora a cãibra na mão...

Não é porque eu tenho tempo livre que estou dis-posta a te esperar...

Não é porque não esteja com alguém que não es-teja comprometida...

Não é porque não seja mãe que não tenha gerado filhos lindos por aí...

Ok?

Fico feliz mesmo quando me 'curtem' nas fotos menos prováveis e menos estéticas, pois sei que são pessoas que gostam de mim de verdade... gos-tam daquela que não aparece de cara... mas daque-la que aparece nas entrelinhas...

Enfim, os mais íntimos me perguntam "como vai?"

Eu (só) respondo: "Vou indo... ou melhor, TENHO VINDO na direção de mim mesma. .. Nesta árdua e importante tarefa de encontrar o sentido do que é viver...

E nada mais a declarar... Teje dito!

Nãna Toledo é um ser humano em busca da sua identidade.facebook.com/nãna • [email protected]

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Trintões em plena formaAssim se passaram 30 anos e esses filmes, que fizeram sucesso total no lançamento, hoje

são clássicos inquestionáveis do cinema. Vai aqui uma dica ao público jovem: descobrir essas joias vale a pena, pois conservam o interesse no cinema de qualidade.

Por Ronaldo [email protected]

> A Cor Púrpu ra – O drama de Steven Spielberg foi o que mais comoveu o público, que chorou demais com a cruel história das duas irmãs separadas por causa do machismo. Mas a Academia não se comoveu e o ignorou no Oscar.

> Entre Dois Amores – Foi o vencedor do Oscar de 1985. Meryl Streep vive a escritora dinamarquesa Isak Dinesen, que encontra um piloto (Robert Redford) ao conhecer suas propriedades africanas. As paisagens são deslumbrantes.

> O Beijo da Mulher-Aranha – William Hurt foi premiado com o Oscar como ator nesse filme dirigido por Hector Babenco. Ele vive o afetado Molina, que conta histórias sobre cinema para distrair o parceiro de cela. Sônia Braga é a mulher-aranha.

< A Testemu nha – A viúva Rachel e seu filho Samuel iam viajar, mas na estação de trem o menino testemunha um assassinato. O detetive John Book (Harrison Ford) é designado para proteger a dupla, que mora numa comunidade amish.

> A Rosa Púrpu ra do Ca iro – Woody Allen faz uma declaração de amor ao cinema nessa comédia em que Mia Farrow é a garçonete Cecília. A moça vive no cinema e um dia o personagem sai da tela para ficar com ela. Bela fantasia.

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Cineasta piracicabano contahistória deGrandeOtelo

Memória

Trajetória de um dos maiores atores do cinema brasileiro será narrada em documentário sob a direção de Lucas Rossi, de 21 anos

Um gigante da arte brasileira. Este é o retrato de Grande Otelo que será mostrado no documentário Otelo, o

Grande. A direção cabe ao jovem cineasta piracicabano Lucas Rossi, 21, radicado há seis anos no Rio de Janeiro. O trabalho, que está com o roteiro fechado e logo começa a fase de entrevistas, contempla dois objeti-vos: primeiro destacar o centenário de nas-cimento do ator e, depois, trazer a lembran-ça do nome dele para as novas gerações.

“Um dos últimos trabalhos dele na tele-visão foi na Escolinha do Professor Raimun-do, mas com um personagem de pouca

expressão. Como ele morreu há mais de 20 anos, em 1993, há toda uma geração que não o conhece. Eu mesmo tenho uma so-brinha de 11 anos que nunca ouviu falar em Grande Otelo”, conta Lucas.

E Otelo – nascido Sebastião Bernardes de Souza Prata, em Uberlândia (MG) - foi grande na carreira. Esteve em nada menos que 117 filmes, desde a fase das chancha-das até a época do Cinema Novo, de onde veio seu maior sucesso, o clássico Macuna-íma. “Ele era de uma enorme versatilidade e atuou tanto em comédias de vaudeville quanto com grandes nomes do cinema

Por Ronaldo VictoriaFotos: Alessandro Maschio

Lucas, que mora no Rio há seis anos,

espera lançar o filme em novembro

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mundial como Orson Welles, que o dirigiu em É Tudo Verdade e o chamava de gênio, e o alemão Werner Herzog, com quem fez Fitzcarraldo”, lembra.

A época mais popular dele, no entanto, foi quando formou uma dupla famosa com Oscarito. Foram anos de parceria, com ce-nas memoráveis, como aquela em que a du-pla encarnava Romeu e Julieta em Carnaval no Fogo (1949). Oscarito era Romeu e Otelo a Julieta. Mas havia um componente não assumido na carreira de Otelo: o racismo brasileiro, ao mesmo tempo forte e velado na mesma dimensão. “Ele sempre fazia ‘es-cada’, ou seja, ajudava o Oscarito, na pele do branco esperto, a brilhar. O racismo doía, sim, na pele dele, mas ele nunca foi de bri-ga”, destaca.

Essas e outras características da face não-revelada do ator ganham espaço no documentário, que deve ganhar lançamen-to em novembro. “A vida pessoal dele, as várias tragédias pelas quais passou, os qua-tro casamentos mal-sucedidos e os proble-mas com o alcoolismo também fazem parte do roteiro. Se eu tirasse, estaria descaracte-rizando o Otelo”, diz o cineasta.

Não foram poucas as tragédias. O pai morreu esfaqueado e a mãe, alcoólatra, era cozinheira e trabalhava sempre com um copo de cachaça ao lado do fogão. Depois de fugir de Uberlândia com uma companhia de teatro mambembe para São Paulo, ele se casou com uma moça que já tinha um filho pequeno. Mas, provavelmente em crise de ciúme, ela envenenou a criança e depois co-meteu suicidou. “Esse foi o maior golpe na vida dele, mas contam que logo em seguida ele estava no palco, porque o show tem de continuar.”

O ator teve várias dificuldades por conta do alcoolismo. “Ele não era de beber pouco e nem bebida fraca. Gostava mesmo de ca-chaça. E não importava se o trabalho termi-

nasse às quatro da manhã, ele sempre esta-va procurando um bar”, lembra o cineasta.

Porém, ele destaca que pretende abor-dar tudo isso de forma leve, sem lançar mão do sensacionalismo. É uma vida bastante in-tensa, que terminou em 26 de novembro de 1993, quando Otelo morreu de infarto num avião, quando estava indo para a França, re-ceber uma homenagem no Festival de Nan-tes. Para os depoimentos, Lucas já agendou entrevistas com Jô Soares, Artur Poerner, Luís Carlos Maciel e Marieta Severo.

JOVEM E EXPERIENTE

Mesmo com a pouca idade, Lucas Rossi tem um currículo expressivo. Ele começou, em 2010, como assistente de produção de O Livro dos Salmos, com Cid Moreira. Atuou na produção da peça Escola de Mulheres e do curta-metragem Mães da Lapa. Fez parte da equipe da série Mais x Favela, uma produ-ção de Luiz Carlos Barreto em parceria com o grupo Nós do Morro. Foi também assisten-te de direção do documentário Como Você me Vê?, com depoimentos de vários atores, como Cissa Guimarães, Rodrigo Pandolfo, Nanda Costa e Babu Santana (o Tim Maia do filme). E atuou na produção do DVD que comemorou os 60 anos da peça Pluft, o Fan-tasminha, de Maria Clara Machado, estrela-da por Cláudia Abreu.

Grande Otelo morreu em 1993,

aos 78 anos

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A história de Grande Otelo cruza-se de forma expressiva com a de Piracicaba, no começo dos anos 80, quando o ator deu nome à sala de cinema de arte que funcio-nou no Teatro Municipal Dr. Losso Netto. A inauguração aconteceu em 1981, quando o coordenador de Ação Cultural era David Chagas e o prefeito era João Herrmann Netto.

A visita de Otelo está marcante na me-mória de Maria Araújo, que na época era programadora cultural da cidade. “Eu fui recebê-lo no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e estranhei a grande quantidade de jornalistas e fotógrafos. Só depois per-cebi que o motivo era o Otelo, pois ele ha-via fugido de um hospital do Rio de Janeiro para não perder a homenagem”, conta.

Logo o ator foi cercado pelos jornalistas. “Ele disse que não podia deixar de compa-recer a um acontecimento tão importante em Piracicaba, e que estava acompanhado por uma representante da cidade, ‘Maria da Luz’. Ele entendeu o meu nome errado”, lembra Maria Araujo.

Na saída do aeroporto, ela disse que o almoço seria por conta da prefeitura e per-guntou qual restaurante ele preferia. “Achei que ele ia escolher algo chique na época como o Rodeio, mas ele falou que adora-

va um restaurante simpático chamado Um Dois Feijão com Arroz. Para você ver como ele era simples.”

Assim que chegou a Piracicaba, o ator já estava sendo esperado por jornalistas, in-cluindo uma equipe da TV Campinas, como ainda era conhecida a EPTV, e a repórter que o entrevistou foi Ilze Scamparini, hoje correspondente da Globo na Itália. A noite na cidade, depois da solenidade, que teve a projeção de Macunaíma, foi no mesmo estilo. O prefeito Herrmann o levou para o Bar da Flora, reduto boêmio na Rua do Porto. “Foi uma noite agradável e me lem-bro que ele não quis tomar nada alcoólico. Disse que já havia sofrido muito e que o al-coolismo só tirava as coisas das pessoas”, recorda Maria.

Memória

Otelo em Piracicaba

Vida agitadaA vida de Grande Otelo, em seus 78 anos, teve

dramas e alegrias para vários filmes. Depois de fugir de Uberlândia, Otelo foi adotado pela família do polí-tico Antonio de Queiroz, de São Paulo, onde estudou no Liceu Coração de Jesus. Ainda nos anos 20, co-meçou a participar da Companhia Negra de Revista, cujo maestro era Pixinguinha. Em 1932, entrou para a companhia de teatro de revista de Jardel Jércolis, onde ganhou o apelido que o tornou famoso.

Nos anos 50, teve uma fase de grande su-cesso no cinema, em parceria primeiro com Oscarito e depois com Ankito. Depois, seguiu--se uma época de crise nos anos 60, da qual só se reergueu ao aparecer no filme Macunaíma, em 1969. A partir dos anos 70, foi contratado

pela Rede Globo, onde apareceu em várias novelas, como Uma Rosa com Amor, Feijão Maravilha e Sinhá Moça. Sua última aparição aconteceu em Renascer, em 1993, pouco antes de morrer. Teve cinco filhos, incluindo o ator José Prata.

Em Piracicaba: Grande Otelo, ao centro, sentado ao lado do prefeito João

Hermmann; atrás do ator, em pé, está Maria Araújo

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O CAPITAL NO SÉCULO XXIThomas PikettyIntrínsecaO livro de economia mais comentado dos últimos anos. Até que não é ligado em números vai gostar. Tudo porque o francês Piketty fala sobre o tema enfocando a concentração de renda e seus danosos efeitos no mundo todo. Rendeu comentários nas redes sociais e ganhou elogios de gente famosa.

MAMÃE WALSH: PEQUENO DICIONÁRIO DA FAMÍLIA WALSHMarian Keyes

Bertrand BrasilA autora de “Melancia” retorna com um livro diferente, mas ainda mais

engraçado. É um dicionário da família irlandesa mais disfuncional de todos os tempos. Quem está com a palavra é a mamãe Walsh, que fala tudo sobre as cinco filhas (Claire, Margareth, Rachel, Ann e Helen). Parente é serpente!

OS INOVADORES: UMA BIOGRAFIA DA REVOLUÇÃO DIGITALWalter IsaacsonCompanhia das LetrasA obra fala de pessoas que criaram o computador e a internet. Pessoas como Steve Jobs (Apple), Bill Gates (Microsoft), Larry Page e Sergei Brinn (Google). O autor conta que foram invenções coletivas, resultado da interação de vários profissionais que transformaram máquinas pesadas em personal computers.

A CEIA SECRETAJavier Sierra

PlanetaA história se passa em 1497, quando o papa Alexandre VI recebe denúncia: o

polêmico Leonardo da Vinci está pintando uma nova versão da Santa Ceia, em que ele deixa muitas mensagens cifradas sobre a vida de Cristo. Um inquisidor

vai ao local para decifrar o mistério. Segue claramente o estilo Código da Vinci.

O Festim dos Corvos - As Crônicas de Gelo e Fogo

– Livro 4, de George R.R. Martin, Editora Leya

“Neste quarto livro da serie "As cronicas de gelo e fogo" as aventuras estão melhores e mais intrigantes, a disputa pelo Trono de Ferro vem com muitas batalhas, traições e grandes perigos, é um livro que te prende do começo ao fim”,

Juliana Brizola, estudante universitária, Condomínio Benvennuto

Page 34: Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

‘O sambame escolheu’

Matéria da capa

Com um nome de tom aristocrático, Ana Eliza de Moraes Barros logo seguiu sua maior vocação, a música, e se formou em canto lírico pelo Conser-

vatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, em Tatuí. Mas ela gosta mesmo é de ser cantora popular. E de samba. “Era costume se ouvir samba em casa, desde criança foi assim”, ela conta. Hoje, aos 34 anos, Aninha Barros, líder do grupo Samba D’Aninha, já tem 20 anos de carreira dedicada à música. Sucesso em toda a re-

gião, canta de segunda a segunda e já conta com um público fiel. Lança, em breve, seu primeiro CD, com 11 sambas inéditos e a regravação de um clássico de Noel Rosa, Último Desejo. Com tantos shows e as aulas de canto que dá em duas escolas de Piracicaba, acha que já estaria sem voz se não tivesse a técnica aprendida com a música clássica. Mas não reclama. “O palco é a minha casa e se eu não puder estar mais lá, perdi minha vida”, garante.

Por Ronaldo VictoriaFotos: Cássia Marques

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Revista Tutti - Foi você que escolheu o samba ou o samba que escolheu você?Aninha - O samba me escolheu. Vem de família. Desde minha avó, passando pela minha mãe, era costume ouvir samba em casa.

Sua família é muito musical?Muito. Minha mãe canta. Meu avô era multi-ins-trumentista, tocava cavaco, viola, acordeon...

Então, para assumir a carreira artística, você não teve dificuldade?Não, mas fui a única que foi para o lado pro-fissional.

Nunca pensou em outra profissão?Nunca, tanto é que trabalho desde os 14 anos com música. Participei do primeiro concurso aos 14. Aos 16 já comecei a me manter com a música. A família nunca se opôs, foi minha mãe que me inscreveu no concurso.

Como está o samba em Piracicaba?Está muito valorizado. Percebo até pelos músi-cos que vêm procurar emprego comigo. E não é só quantidade, cresceu muito na qualidade.

E tem muita mulher no samba.Hoje elas não têm mais medo de ‘por a cara’. Saindo da área musical, o Senai (Serviço Na-cional da Indústria), que quase só tinha espaço para homem, hoje tem muito curso para elas. Em qualquer profissão é assim. E falo isso por-que a música é uma profissão. Minha renda vem da música.

Você escolheu ser cantora popular, mas tem forma-ção clássica, não?Sou formada em canto lírico pelo Conservató-rio Dr. Carlos de Campos, de Tatuí.

Nunca pensou em seguir essa vertente?Não. Quando entrei em Tatuí já era cantora po-pular, cantava em banda de baile. Dava aula, já tinha feito cursos de canto e tinha alguma base. Tive duas escolhas: MPB ou canto lírico. Fui para uma área que exige mais de mim, com trabalho vocal, corporal. Tive matérias como história da música, expressão corporal. Você se descobre por meio do canto lírico.

Para ter uma base sólida para o popular...Exatamente. O pessoal fala: eu nunca ouvi você cantar o lírico no samba. Mas toda técnica que eu aprendi no canto lírico eu adapto para o samba. Tenho 19 anos de estrada cantando

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na noite, ficando sem dormir, dando aula o dia inteiro. Já era pra eu estar sem voz. A técnica é para a vida toda.

Essa vida de cantar na noite é muito puxada?Muito! Tenho que ter descanso, no mínimo oito horas de sono, me alimentar bem. Faço exercí-cio físico porque o corpo tem que ter uma es-trutura para aguentar a noite. É lindo ver você cantando, mas o pessoal não sabe o trabalho que dá. Meu show está marcado para as nove da noite, às oito estou passando o som. Aí aca-ba, você vai embora e eu fico lá desmontando o equipamento. Chego em casa às quatro da manhã. É um trabalho delicioso, mas é árduo. O palco é a minha casa e se eu não puder estar mais lá, perdi minha vida.

Você está com a agenda de shows carregada?Graças a Deus! Posso dizer que a gente está trabalhando de segunda a segunda. Toco nos finais de semana, mas também dou aula de canto na Vivace e na Music Center de terça a sexta. Então, trabalho com a voz todos os dias.

Você já passou por várias fases. Como é o começo, em que, como diz a música do Milton Nascimento, ‘não importa se quem pagou quis ouvir’?No começo eu achava desagradável. A pes-soa chegava ao ponto de pedir para abaixar o som! Quando você escolhe um bar com música ao vivo, escolhe apreciar a música. Mas foi um aprendizado. Um cantor me contou que uma vez abaixou tanto o som que a pessoa precisou pedir depois que aumentasse.

Mas hoje as pessoas vão para vê-la, é diferente...Vão pra se entregar mesmo. Já pedem músi-ca pelo Face e vão para me ouvir cantar. Muita gente me pergunta se faço voz e violão. Acho que descaracteriza o que é o meu repertório. Para samba tem que ter pandeiro, cavaqui-nho...

Como foi montada a sua banda, o Samba d’Aninha?Somos seis. Tem o Fernando, que é meu mari-do. É muito bom, porque dividimos tarefas. Ele é ótimo em orçamento, fechar contrato. Deixo a burocracia pra ele. Acho que as pessoas res-peitam mais quando é homem.

Ainda tem isso?Eu sinto isso. No começo do Samba d’Aninha quem fechava datas, orçamento, era eu. Mes-mo que você tenha pulso forte e seja pé no chão, como eu, o pessoal dá uma choradinha e você age com o coração. No começo o pessoal

não tinha muito conhecimento. Foi mais difícil.

Faz de conta que você é ‘mole’ como o povo espera que seja...Exatamente. Aliás, essa é uma grande esperte-za da mulher, deixar o povo pensar que a gente é boba!

Tem só homem na banda?Tem Tadeu no cavaco, Léo no violão, Pablício no pandeiro e Xande no tantã.

E como é chefiar essa rapaziada? Você é a abelha--rainha?Eu sinto um respeito muito grande deles. O Samba d’Aninha veio para me abrir portas, não só pelo profissionalismo, mas pela família que hoje a gente é.

Você é bem conhecida na cidade. Não sofre cobranças do tipo: por que você não tenta voos maiores?Eu me cobro um pouco e o público me cobra muito.

Tipo por que você não se inscreve no The Voice?É. E eu brinco dizendo: ‘não estão mais gos-tando de mim aqui, querem que eu vá embo-ra?’ Eu penso nisso. Conheço muita gente que participou de concurso em televisão e a gente sabe que tem uma ‘panela’.

Quando você era pequena, que cantora a influencia-va?Lembro que minha mãe colocava muito Alcio-ne pra eu ouvir.

Que músicas dela falam mais, os sambas rasgados ou as baladas?Todas. A Alcione veio mais da linha do forró, ela nasceu no Maranhão. E na minha casa a gente sempre ouvia muito forró e samba. A mi-nha escolha veio pela minha vivência. Depois fui conhecendo outras cantoras, Clara Nunes, Beth Carvalho. Elis Regina também foi muito forte na minha vida.

Piracicaba valoriza os cantores?Não, ainda falta. O profissional da música tra-balha muito. Não é só chegar e cantar, você monta um repertório, tem que ensaiar com os músicos. Cada um tem uma disponibilidade de horário. É muita coisa.

Por ser uma mulher bonita, já levou muita cantada na noite?Já levei, mas aí entra aquele jogo de cintura que te falei. “Olha, estou trabalhando”. Mas

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isso faz parte. Tanto pra mim quanto para os meninos, viu?

Ah, eles também são cantados?Os meninos são muito assediados. Demais! Até o meu marido!

E aí, o que você faz?Já aprendemos a lidar com isso. Teve uma situ-ação engraçada. Na primeira vez que a gente se apresentou em Americana, veio uma moça e perguntou: ‘todos os músicos são casados?’ Eu disse que não. O fato é que ela estava inte-ressada no Fernando. Eu falei:’ quer conhecer ele?’ Apresentei um para o outro e voltei a can-tar. Só que alguém falou que ele é meu mari-do. Essa menina ficou tão sem graça! Mas ao mesmo tempo veio conversar comigo. Eu disse que ali éramos profissionais. Ela ficou admirada com a minha atitude.

O samba transmite essa visão mais calma, mais que os outros ritmos?Acho que sim. Além da batucada, a letra e a melodia são muito emocionantes.

Tem algum samba que te emocione mais que todos?Tem uma música chamada Um Ser de Luz, fei-ta em homenagem a Clara Nunes logo depois que ela morreu. Essa música me arrepia dos pés a cabeça. E eu choro, vem uma emoção que sobe. E deixo o público cantando o refrão.

Quando lança seu disco?Terminei de gravar o CD, está pronto. Agora vai para prensagem. Estou querendo fazer o lança-mento em breve..

E o repertório?São 12 faixas, 11 inéditas e uma do Noel Rosa, Último Desejo. Um compositor da Beth Carva-lho, o Wanderlei Monteiro, me deu três músi-cas e escolhi duas. O disco se chama Requinte. Está uma pérola, não é porque é meu!

O pessoal diz que hoje não se vende tanto CD. Isso dificulta?Mas a expectativa está tão grande em relação ao meu CD que tive de aumentar a quantidade de cópias. Eu tenho um público na cidade e é o lance do carinho. Quanto eu termino de fazer o show, o pessoal pergunta se tem CD. Eu tinha preocupação com isso, porque eu baixo músi-ca pela internet. Mas ainda compro CD porque faço questão de ter o encarte com as letras.

O que falta mais na sua vida?Pra mim agora não falta nada. Só tenho de agradecer. Mas como tudo aconteceu tão ines-perado, meu nome sendo tão bem falado na cidade, só espero mais coisas inesperadas.

Como diz a letra de Eu e a Brisa, que “o inesperado faça uma surpresa”...É isso o que eu quero da vida: que o inespera-do sempre me faça surpresas!

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Beleza

Nada pior que ir linda a um evento durante o dia e ficar com a maquiagem toda der-retida! Para evitar esse mal, vou contar

alguns segredos profissionais para a maquia-gem durar entre 8 e 12 horas mesmo no calor!

1- Prepare bem a pele. Isto significa lavar o ros-to com um sabonete de limpeza próprio para seu tipo de pele (oleosa, mista ou seca);

2- Use um bom tônico para equilibrar o pH da pele;

3- Hidrate a pele para que ela não absorva a água da base e fique ‘craquelada’;

4- Use um bom Primer, este produto ‘fecha’ os poros, garantindo que a pele não transpire;

5- Hoje existem bases, máscaras para cílios e pós translúcidos de efeito à prova d’água. Lan-

ce mão desses cosméticos e garanta um look impermeável!

Importante: estas dicas são para eventos sociais ao ar livre (com sol indireto). Para evitar manchas provocadas pelos raios solares, o ide-al é que toda a maquiagem contenha FPS (fator de proteção solar) 15.

É fundamental lembrar que na praia e na piscina o ideal é usar o filtro solar e dispensar a make, pois só a maquiagem com filtro não é su-ficiente para proteger do sol nessas situações.

Mariana Junqueira é gerente do salão de beleza Aspecto Pi-racicaba. Foi professora no curso de maquiador profissional do Senac. Atua no mercado de maquiagem há 13 anos, em desfiles, produção de noivas e editoriais de moda.

Mariana [email protected]

Foto: Juliano Amaral

Maquiagem à prova de calor

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Parasemprefloral

Vitrine

R$ 198

R$ 120

R$ 82

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As estações vêm e vão, tendências surgem e desaparecem na moda, mas uma coisa é certa: as estampas florais estão sempre atuais. Quem garante é

a estilista Renata Kalil, da LÖS, em Piracicaba. Ela selecionou os hits da sua coleção de Verão para a Revista Tutti, disponíveis no showroom da marca. É leve, é chique. É LÖS.

Onde encontrar: Rua Rangel Pestana, 641 - Centro 19 3374-5641 • www.losbrasil.com.br

Fotos: Jeneli W. LorenzR$ 89,90

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R$ 189,90

R$ 139,90

Renata Kalil, estilista da LÖS

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Design de interiores

Os artistas oferecem maquete do espaço a ser decorado com o papel de parede

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Os chineses podem ter sido os primeiros a utilizar papel como forma de reves-timento para suas paredes, 200 anos

antes do Salvador nascer, mas, como sempre, foram os franceses que deram seu ar da graça ao produto, transformando-o num dos detalhes de decoração mais cobiçados pelas fashion vic-tims (vítimas da moda) do final do século 18.

Mas naquela época, papel de parede tinha outra cara. Tudo feito à mão, fruto das últimas tecnologias habilmente ‘conquistadas’ dos chi-neses por comerciantes árabes que não me-diram esforços para sua comercialização pelo continente europeu.

Sua propagação foi lenta, assim como sua aceitação. Com temática sempre chinesa (daí o termo chinoiserie), até o século 16 a oferta era limitada assim como os desenhos oferecidos. Mas, para nossa alegria, o então regente fran-cês Francisco 1º convida artistas renascentistas italianos a se instalarem na França, surgindo assim novas estampas nos papéis de parede, desta vez totalmente europeias.

Mas foi mesmo em 1870 que o francês Juan Zuber instalou, em Rixheim, na França, uma fá-brica de papel de paredes que funcionaria até 1939, e iria revolucionar o mundo da decoração.

As paredes, até então, eram adornadas com tapeçarias retratando paisagens, o que não só oferecia uma solução estética para a decora-ção, mas, sobretudo servia como camada de proteção contra o frio nos interiores dos palá-cios. Mas nem todos tinham palácios, tampou-co os meios para aquisição de tapeçarias exóti-cas em materiais de luxo.

No final do século 18 surgem no mercado os papéis de parede panorâmicos da Zuber, com técnicas de impressão aperfeiçoadas com o uso de corantes. E, como se pode entender, tudo era feito à mão. Desde o fundo colorido aos detalhes mais insignificantes.

Inicialmente, as pinturas eram feitas manu-almente por artesãos, depois evoluíram para grandes carimbos de madeira decorativos que, depois de entalhados por artistas, eram embe-

Design e arte em papelTexto e fotos: Marcelo Gimenes

[email protected]

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Design de interiores

Inspiradas na natureza, as estampas são únicas e feitas sob encomenda

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bidos em tinta para imprimir os desenhos em sequência.

Baseados em passagens históricas, os pai-néis da Zuber ainda causam hipertensão nos colecionadores e aficcionados.

Com a indústria, o papel de parede se trans-forma em produto de massa, deixando pra trás um passado de glória. Novas tecnologias, no-vos materiais e um mercado de consumo des-cartável fizeram com que a produção de papéis de parede crescesse e tornasse possível sua aquisição para todas as camadas da sociedade.

Com uma influência cada vez maior na de-coração, o papel de parede é prático, causa efeito com rapidez e oferece uma sensação de aconchego e luxo. Sem contar as vantagens acústicas e de isolação. O papel cria um am-biente, transforma suas funções e acolhe.

Junto com a imigração europeia, no final do século 19, o papel de parede também aterrissa em terras tupiniquins. Até 1930, a importação

de papel de parede era pequena em virtude dos altos custos. Com a modernização da indústria brasileira, nos anos 60 e, por consequência, os baixos custos, o papel tornou-se popular como revestimento decorativo de paredes.

Hoje, com uma visibilidade cada vez maior e com a chegada de técnicas de impressão di-gital de alta qualidade, as estampas de papel se tornaram infinitas. Tudo é literalmente pos-sível e o papel de parede revive, assim, mais uma história de sucesso. E quando a procura é grande, a oferta se apresenta.

FEITO À MÃO

Especializada em estampas exclusivas para papel de parede, a holandesa Snijder&CO deu um passo à frente e voltou no tempo.

Inspirados pelas tapeçarias do século 18, os artistas da Snijder&CO desenvolveram uma nova coleção de papéis de paredes pintados à mão, utilizando técnicas de ponta, novos ma-

As faixas de papel de parede têm 75 cm de largura e 310 cm de altura

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teriais e tintas de alta qualidade como Farrow & Ball, Little Greene e IJM Colour Amsterdam, incluindo fundo metalizado em dourado. Para os mais corajosos, folhas de ouro ou prata tam-bém estão disponíveis.

A equipe de artistas da Snijder&CO vem trabalhando há mais de um ano no intuito de aperfeiçoar essa técnica antiga de pintura e impressão. O resultado é, sobretudo, contem-porâneo e surpreendente. Ricas em detalhes e inspiradas na natureza, as estampas são únicas e feitas sob encomenda. As faixas de papel de parede têm 75 cm de largura e 310 cm de altu-ra, e são feitas à mão desde a cor de fundo. A liberdade de escolha das estampas e das cores e opção de personalização do produto torna a coleção única no mundo de interiores. (Para a Primavera de 2015, a Snidjer&CO prepara uma série especial de papéis pintados à mão, digi-talizada e impressa em alta resolução com tira-gem limitada!)

“É um trabalho minucioso e demorado, mas cada faixa de papel de parede pintado a mão é feito com muito amor, atenção e respeito à

profissão. Os desenhos são inspirados em plan-tas e flores, sem faltar um pássaro ou uma bor-boleta para acrescentar um pouco de humor e contemporaneidade ao produto” – afirmam os artistas.

Para facilitar sua compreensão e para se obter uma imagem mais clara do produto final, os artistas oferecem uma maquete do espaço a ser decorado com o papel de parede em miniatura, facilitando dessa maneira eventuais mudanças na estampa ou nas cores. Exclusivi-dade e liberdade ao pé da letra.

É o que acontece quando arte e design ‘co-lidem’.

Para mais informações: www.snijder-co.nl

Marcelo Gimenes é piracicabano, artista plástico pela Aca-demia de Artes Willem de Kooning em Roterdã e reside há 28 anos na Europa, é diretor criativo da Snijder & CO (www.snijder-co.nl), co-fundador da Barce Foundation (www.bar-cefoundation.org) colecionador e consultor de decoração assina os projetos da Depot Rotterdam (www.depotrotter-dam.nl)

Design de interiores

Artistas trabalham há um ano no intuito de aperfeiçoar essa técnica antiga de pintura

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Sei que esse debate é um pouco batido, mas acredito que seja válido. Por esse motivo, resgatei uma pesquisa que me impres-

sionou bastante, aplicada pela empresa HLCA Human Learning, em 2006. Embora um pouco antigo, o estudo, que foi realizado com 10 mil brasileiros, de executivos a funcionários sem curso superior, em todas as regiões do país, me parece bastante atual. O resultado apontou que 78% das pessoas estavam infelizes no emprego. Sim, 78%!

Minha primeira reação ao ter acesso a essa informação foi de espanto e extrema tristeza. Já passei por momentos de insatisfação ao longo da minha carreira profissional e consigo imaginar o que essas pessoas vivem diariamente, o que sentem quando o despertador toca pela manhã.

Num segundo momento, esse número me pareceu bastante condizente com a realidade que vivemos, pois observo, de forma geral, uma falta de amor, de cuidado dos profissionais ao re-alizarem seus trabalhos, não é mesmo? Desde o mau humor da opera-dora de caixa do super-mercado, até o doutor que não olha nos olhos do paciente durante uma consulta médica. Essa infelicidade se re-flete diretamente na qualidade (ou na falta de qualidade) do que se entrega como atividade profissional, concorda?

E, já numa terceira etapa, me pergunto: por que 78% das pessoas permanecem onde estão, infelizes no seu trabalho? Quanto tempo mais elas vão continuar entregando ‘o que tem pra hoje’, se lamentando, sofrendo e adoecendo? Sei que algumas mudanças não são fáceis nem rápidas, mas acredito que elas são possíveis. E você?

E se você se enquadra nesses 78% de infeli-zes, que tal aproveitar o novo ano e rever algu-mas questões relacionadas à sua carreira? Você consegue, hoje, vivenciar seus valores no seu dia a dia de trabalho e desenvolver atividades que lhe tragam significado, importância, satisfação? Quais são as suas metas principais de carreira? Como você está se preparando para atingi-las?

Essas são apenas algumas reflexões e provo-cações despretensiosas, mas que, por ventura, podem iniciar um movimento de mudança, que só depende de você. Vamos em frente?

“A única maneira de fazer um bom trabalho é amando o que você faz. Se você ainda não encon-trou, continue procuran-do. Não se desespere. As-sim como no amor, você saberá quando tiver en-contrado. ” (Steve Jobs)

Silvana Esteves Meneghetti é executive coach, life coach, fundadora e diretora da Plano Coaching

TrabalhoXSatisfação Silvana Esteves [email protected]

Artigo

Page 48: Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

Por Cristiane Bonin

Jeneli W. Lorenz

Morar àfrancesaMóveis no mais puro estilo provençal, presentes,

papéis de parede e uma grande variedade de itens de

decoração fazem da BelleClaire uma loja única

Design de interiores

Pense numa loja que ‘transportará’ você para a França. Sim, esta loja existe e está em Piracicaba. Ao entrar

na BelleClaire Móveis e Decoração, o visitante é envolvido pelo aroma agradável que exala das lamparinas com perfumes da Lampeberger. A música ambiente também dá o tom com uma playlist que inclui clássicos como Tu es ma came, com Carla Bruni.

Toda esta sensação também está distribuída entre as peças à venda na BelleClaire, do aconchego do mobiliário europeu, com seu estilo clássico e singular na linha provençal, ao contemporâneo. O display da loja inclui uma garimpagem de pequenas preciosidades em presentes e revenda exclusiva de grandes marcas como Kleiner Schein, Catherin Maison e Tapeçaria Italiana.

Outras das raridades da BelleClaire incluem itens como mesas de jogos, papéis de parede, tapetes personalizados, enxovais e lustres. A lista de comodidades

ao cliente nesta requintada loja de decoração também engloba a instalação das peças compradas e projetos especiais para modulados.

“Sem a menor dúvida, somos uma loja totalmente diferenciada e trabalhamos com produtos de traços leves, sem perder o ar sofisticado. A delicadeza das peças é para encantar e surpreender”, conta Leila Moda, proprietária e designer de interiores.

Especializada em apresentar novidades e lançamentos, a loja de design instalada em Piracicaba, desde agosto de 2013, inaugura em março, uma cozinha Kleiner Schein no mais puro estilo europeu em seu showroom.

SERVIÇO

A BelleClaire Móveis e Decoração fica na avenida Independência, 3.464, na Vila Independência. Na web, o endereço é belleclaire.com.br e /BelleClaireMoveis no Facebook.

Leila Moda: ‘Nosso lema é surpreender o cliente’

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Page 49: Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

19 3434.123119 3432.2367www.belleclaire.com.br

Av. Independência, 3464Piracicaba/SP

Opção de estacionamento frontal e lateral

/BelleClaireMoveis

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Fotos: Divulgação

De trem pela EuropaConfira dez dicas importantes para quem vai viajar com este meio de transporte pela primeira vez

Turismo

O trem é o modo mais europeu de viajar. Eficiente, seguro, confortável e, de quebra, com muito charme. Para os brasileiros que pretendem conhecer ou rever diversas cidades da Europa em uma única viagem, o trem é o jeito mais fácil e prático. Isso porque o Velho Continente soma 250 mil quilômetros de ferrovias,

conectando mais de 20 países, o que permite fazer várias combinações entre diferentes destinos.

Uma das maiores facilidades é comprar a passagem de trem ainda no Brasil, evitando filas e garantindo bons descontos no site da Rail Europe (www.raileurope.com.br).

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Confira dez dicas para embarcar nos trens europeus pela primeira vez:

O trem é a maneira mais confortável e prática de conhecer os encantos das ci-dades europeias. Na maioria dos trens europeus não há a burocracia dos aero-portos como o check in com duas horas de antecedência, revista no raio-X, con-ferência de documentos e de bagagens. Viajar de trem também é, muitas vezes, mais econômico, já que o passageiro não paga pela taxa de embarque nem pelo traslado de táxi ou ônibus até o aeropor-to. E, de quebra, pode apreciar a paisa-gem pelo caminho.

As estações de trem estão localizadas no centros das cidades. Além disso, a maio-ria dos aeroportos está ligada às redes ferroviárias por uma estação no próprio

terminal ou por sistemas de metrô e trem. É o caso dos aeroportos de Barce-lona (Espanha), Londres (Inglaterra), Ber-lim e Frankfurt (Alemanha), Paris (França), Roma (Itália), entre outros.

Seja pontual, pois os trens não atrasam. A maioria deles encerra o embarque dois minutos antes do horário previsto de sa-ída, além de não realizar procedimento de check in. Procure chegar com antece-dência de 15 a 30 minutos para localizar a plataforma de embarque e o vagão.

A quantidade padrão de bagagem é de duas malas grandes por pessoa. Uma das vantagens de viajar de trem é que, diferentemente das companhias aéreas internacionais e das low cost, não há re-gra para despacho, nem limite de peso de bagagem. Mas o passageiro fica res-ponsável pelo transporte da bagagem,

Turismo

1. Por que viajar de trem?

4. Existe limite de bagagem?

3. Devo ter algum cuidado no

momento de embarque?

2. Onde estão localizadas as

estações de trem na Europa?

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Turismo

que é armazenada nos bagageiros superiores ou atrás de cada assento.

Nos trajetos mais longos, os trens contam com vagões-restaurante, que oferecem refeições completas. Se o percurso for menor, carrinhos de bebidas e lanches circulam pelos corredo-res. Em algumas linhas como Thalys e TGV, o viajante pode solicitar que a refeição seja servi-da em sua poltrona, com horário marcado. Ou-tra opção é levar seu próprio lanche.

Basta acessar o site da Rail Europe (www.raileurope.com.br), que está totalmente em português. Com isso, você evita filas, sobretudo na alta temporada. Os passes comprados com antecedência podem garan-tir bons descontos. O site também apresenta algumas promoções, além de oferecer serviços como reserva de assento, o que pode ser exigido

pelos trens de alta velocidade. Além disso, os bilhetes são entregues na sua residência.

Antes de tudo, faça um roteiro com o tempo de duração da viagem e os lugares que pretende visitar. Os bilhetes ponto a ponto são indicados para viagens previamente agendadas ou de curto deslocamento entre dois destinos. Já se a ideia é ter maior liberdade de mudança de iti-nerário, escolha os passes flexíveis para viagens ilimitadas para vários países.

5. É possível fazer refeições a bordo?

6. Como comprar as passagens

ainda no Brasil?

7. Quais os tipos de passes?

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Muitos passes oferecem descontos para crian-ças, jovens até 26 anos e pessoas com mais de 60 anos.

Os vagões da primeira classe apresentam me-nor número de assentos, os quais são recliná-veis e mais confortáveis. Em geral, são passa-geiros que viajam a trabalho. Já os vagões da segunda classe oferecem maior número de assentos.

Se a passagem for para trens de alta velocida-de, panorâmico ou noturno, a reserva é obriga-tória. Se este for o seu caso, há duas soluções: comprar a reserva antecipadamente pelo site da Rail Europe ou contatar seu agente de via-gens para auxiliá-lo.

8. Há descontos nas passagens?

9. Quais as diferenças entre as acomodações

de primeira e segunda classe?

10. É preciso reservar o assento?

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Pioneirismo é a marca da Apaspi (As-sociação de Pais e Amigos dos Surdos de Piracicaba), organização da socieda-

de civil privada que foi criada na cidade no dia 26 de maio de 1977. Na época em que as professoras Adir Teresinha Massari e Ma-ria Ephigênia de Mello Camuzzo tiveram a atitude de fundar a entidade, o quadro ge-ral em relação aos deficientes auditivos era muito diferente. “Elas eram duas professoras da Escola Estadual João Conceição, que fica na Paulista, e teve a primeira classe especial para deficientes auditivos. Além do trabalho específico de educação, elas se reuniam com os pais dos alunos para palestras e orienta-ções. Isso porque a informação era pouca e o preconceito ainda era grande”, lembra Deni-

se Cássia Lourenço, supervisora pedagógica da Apaspi.

Foi com a missão de aumentar a inclusão e diminuir a desinformação que surgiu a en-tidade, naqueles primeiros anos ainda em estágio embrionário. A Apaspi foi a primeira a fazer um trabalho voltado para esse públi-co, não apenas em Piracicaba, mas em toda a região. Naquele tempo, foi constatado que 90% das pessoas com algum tipo de defici-ência não recebiam qualquer tipo de acom-panhamento especializado.

Para começar esse serviço, mas decidida a fazer um levantamento que embasasse o trabalho, a diretoria da Apaspi dos primei-ros anos realizou o cadastramento de toda a

Criada para auxiliar pessoas com deficiência auditiva há 38 anos, entidade atende hoje 55 crianças e adolescentes

Tutti do Bem

Apaspi: pioneira e avançada

Por Ronaldo VictoriaFoto: Alessandro Maschio

Vinícius frequentou a Apaspi por 18 anos e hoje trabalha num supermercado

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população deficiente auditiva de Piracicaba. “As professoras fizeram esse levantamento e chegaram aos nomes de 80 surdos em Pira-cicaba naquela época”, conta Denise. Assim, em 28 de março de 1984, começou o atendi-mento especializado, o primeiro recurso so-cial destinado a essa camada da população.

Hoje, quase 40 anos passados, a Apaspi continua seu trabalho focado neste público. Atende atualmente 55 crianças e adolescen-tes, na faixa etária de zero a 18 anos. Eles contam, na sede (localizada na rua Doutor Alvim, 1464, no bairro São Judas), com a Clí-nica Lalita Elias Sierra, que oferece aulas de linguagem de sinais, consultas com fonoau-diólogos, atendimento pedagógico individu-al e testes de audiometria.

O foco do trabalho é a integração da criança e do adolescente. “Eles se integram ao sistema regular de ensino, mas dispõem de intérpretes em linguagens de sinais para que se faça essa integração. É neces-sário, senão como eles vão se comuni-car?”, lembra a supervisora pedagógi-ca.

O atendimento da Apaspi funcio-na como um complemento ao sistema oficial de ensino. “Todos estão matri-culados nas escolas. Quem estuda de manhã, vem aqui à tarde e vice-versa”, conta a diretora Fátima Esteves. A enti-dade também atua em conjunto com a Santa Casa, que faz o chamado ‘teste da orelhinha’ e encaminha as crianças a partir dos seis meses de idade, diag-nosticadas com deficiência auditiva. Elas já começam a passar pela estimu-lação precoce.

Para manter esse trabalho, estima Fátima, a Apaspi tem um gasto mensal de R$ 20 mil. “Por isso precisamos sem-pre de contribuições e da organização de eventos beneficentes como venda de pizza, bingo e bazar. Outra fonte importante é a nossa participação na Festa das Nações de Piracicaba, onde já estamos há 27 anos, representando a Barraca Brasil Nordeste. Com a ren-da que conseguimos com a festa, po-demos nos manter por quatro meses”, conta a diretora.

A entidade também aceita voluntários, conforme suas necessidades de momento, mas eles precisam ser capacitados para atu-ar de acordo com os padrões adotados pelo atendimento da Apaspi.

Os atendidos têm deficiência auditiva moderada, severa ou profunda, sem outros comprometimentos. É oferecido serviço social (para preparar a família ao processo de aceitação e reabilitação) e pedagógico (responsável pelo desenvolvimento global e reabilitação). O curso de Libras inclui tam-bém os pais, para aprimorar a comunicação em família. Outro fator que anda em alta é a colocação no mercado de trabalho. Denise cita uma parceria com a indústria alimentícia Mondelez. “Já foram encaminhadas mais de 200 pessoas que têm se adaptado bem ao sistema de produção, pois demonstram alta dose de concentração durante a rotina de trabalho”, afirma.

MERCADO DE TRABALHO

Aos 24 anos, Vinícius Adilson das Neves, que frequentou a Apaspi durante 18 anos, trabalha há cinco anos no setor de hortifrutigranjeiros do supermercado Jaú Serve, no bairro São Dimas, tem uma boa definição sobre a sua personalidade. “Eu sou inteligente e deficiente auditivo”, garante. O problema é de quem não entende que as duas características andam jun-tas, sim.

No supermercado, Vinícius, que perdeu a audição aos dois anos de idade, cuida da reposição de hortaliças e legumes nas bancas, trabalho que desenvolve com muita aplicação. “Eu te-nho muitos amigos aqui e gosto muito do meu trabalho”, rela-ta. Ele tem deficiência auditiva severa, mas lê lábios e também se expressa pela linguagem de sinais. A entrevista, porém, foi realizada por escrito.

Satisfeito com o trabalho, Vinícius tem como plano ime-diato voltar aos estudos. “Quero terminar o ensino médio”, declara.

Para ajudar: Quem quiser colaborar com a Apaspi pode en-trar em contato pelos telefones (19) 3434-9947 ou 3422-8324 e solicitar o boleto bancário. Ou então fazer um depósito di-retamente na conta da entidade: Bradesco, agência 2209-8, conta corrente 27.602-2. A Apaspi funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h30 às 16h30.

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Celebração

Festa na Carlos BotelhoFoi na agência da Caixa Econômica Federal da avenida Carlos Botelho que a Revista Tutti comemorou a entrega da sua 17ª edição, que teve a charmosa avenida como tema especial. O encerramento de 2014 aconteceu ao lado de síndicos, parceiros comerciais e clientes do banco. Com menu assinado pela chef Lilian Droghetti e música da melhor qualidade garantida pela dupla Mário Brito (violão) e Marina Falda (violoncelo), o evento foi o maior sucesso.

As fotos são de Moreno Moura.

André Souza e Cristiane Medeiros

Grupo de parceiros da Carlos Botelho da Revista Tutti Miriam Fidelis e Paulo NunesJuliana Franco e Rodolfo Ustulin

Daniela Beauclair e Márcia Ferrante

Eliseu Moda

Elaine Brancalion, Kátia Groppo e Rodrigo Brancalion

Equipe de gerentes da Caixa Econômica FederalCarlos Henrique Custódio, Luciana Bettiol e Bruno Chamochumbi

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Priscila Idalgo e Gabriel Carvalho Marina Falda e Mário Brito

Elisana Bonato, Luciano Ferraz e Moacir Mesquita

Carolina Barbosa e Cristiane Defavari

Renata Kalil e Hélio Gonçalves Inayá Mantovani e Márcio Azevedo

José e Magali Idalgo

Daniela Berti, Angela Andreotti e Cristiane Sanches

Luiz Fernando Tirabassi, Noeli e Cidinha Cesta

Anfitriões:

Patrocinadores Avenida Carlos Botelho: Partners gourmet: Apoio:

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Page 60: Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

Celebração

Laila Brandão, Paula Avena e Neide Romanholi

Sueli Weiss e Isabel de Souza

Karine Chiquitto e Arthur VieiraMaria Aparecida Pereira e Cristina Gabini

Renato Ferrari e Arthur FerrariAndreza e Marcello Sanches

Bruno Chamochumbi, Fabiane Ducatti, Flavio Rocha e Rosana Ribeiro

Eliete Rossi, Vilma Barros Neto e Elisana Bonato

João Luiz e Márcia Erlo

Alexandre Jose e Luiz Carlos Pachiano

Leandro Bocchio e Ivy Calejon

Tatiane Fernandes, Fabiane Ducatti e Rodrigo Caetano

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Quando se fala em educação financeira e em economizar, a maioria das pessoas já afirma imediatamente: "Com o que eu ganho, não tenho como economizar!". Mas pesquisas já mostram que isso não é totalmente verdade, sendo que, na verdade, em média, 20%

dos gastos são excessos.Para que isso ocorra, antes, se deve convocar uma reunião familiar para discutir quais os

objetivos da família e o que pode ser feito para que essas reduções realmente ocorram. Para mostrar melhor essa questão, irei comentar sobre sete pontos, dentre vários outros, que acre-dito que sejam práticos e do cotidiano das pessoas:

1. Os gastos de energia elétrica são um dos que mais apresentam excessos. Basta pensar em quanto tempo usa o chuveiro e quantas vezes deixa as luzes ligadas ou deixa a geladeira aberta. Sem contar no uso de televisão e de computador;

2. O uso de telefone também deve ser repensado, fazendo uma análise entre os valores do fixo e do celular. É preciso comparar o valor das tarifas sempre que possível. Dê preferência ao uso do telefone fixo em vez do celular. A opção deve ser pela menos custosa e não pela mais prática;

3. A reciclagem de produtos também deve ser priorizada. Os desperdícios nas casas são muitos, sendo possível reciclar desde alimentos até roupas e materiais escolares, sem perder a qualidade;

4. Antes de ir ao supermercado, faça uma lista de compras e procure deixar as crianças em casa. Também tenha cuidado com as promoções. Muitas vezes compramos o famoso ‘pague dois e leve três’ e perdemos dois dos produtos;

5. Compare os preços quando for às compras. Seja em lojas, supermercados ou até restaurantes, é fundamental que se faça essa comparação, pois as variações são muitas. Evite produtos de 'grife';

6. Economize ao utilizar o veículo. Nem sempre se necessita fazer tudo de carro; andar pode ser saudável e econômico. Além disso, é importante manter o carro revisado para que imprevistos não estourem as finanças;

7. Na utilização de gás e água, também é possível economizar. Evite deixar o fogo, o chuveiro e as torneiras ligados sem necessidade e busque reutilizar a água.

Reinaldo Domingos é educador financeiro, autor dos livros Terapia Financeira, Eu Mereço Ter Dinheiro, Livre-se

das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo.

Como reduzir os gastos em casa

Finanças pessoais

Por Reinaldo Domingos

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Page 62: Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

Competência técnica não é tudo no ambiente

corporativo. Postura e boas maneiras são

fundamentais para garantir sucesso na carreira

no trabalhoEtiqueta

Mundo corporativo

É comum as pessoas tratarem com estranheza o termo ‘eti-queta empresarial’ por não

terem a real noção da importância dos profissionais de uma empresa saberem se portar. Mas, segundo Ricardo Barbosa, diretor executivo da Innovia Training e Consulting, o impacto da capacitação interna nes-sa área traz resultados diretos nos negócios, proporcionando o cresci-mento de uma empresa.

Barbosa conta que, muitas ve-zes, profissionais altamente capaci-tados e competentes no que fazem acabam sendo demitidos de suas empresas por uma questão de pos-tura. Logo, pode-se concluir que competência técnica não é tudo e

que profissionais que não têm uma boa habilidade para criar relaciona-mentos, ou seja, etiqueta no conví-vio, acabam tendo menores chan-ces de sucesso.

Etiqueta empresarial é um con-junto de cerimônias usadas no trato entre pessoas e empresas, regidas pela boa educação, bom compor-tamento, convenções sociais, ética profissional e prescrições oficiais. Seu objetivo é reduzir, ao mínimo, os conflitos, preconceitos, atritos, dúvidas, suspeitas e mal-entendidos entre o público e as organizações, criando um clima de conhecimento, compreensão, confiança, coopera-ção e parceria entre as partes que se relacionam.

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Page 63: Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

Veja algumas dicas de etiqueta empresarial

que Ricardo Barbosa destacou:

1. Pontualidade deve ser pnto de honra no ambiente empresarial. Um compromisso as-sumido torna-se sua responsabilidade, princi-palmente o horário. Organize-se para chegar na hora todos os dias e para cumprir com os prazos propostos. Caso perceba que não será possível cumprir com o compromisso no horá-rio, ligue ou peça para ligarem informando so-bre o atraso.

2. A vestimenta diz muito para as outras pes-soas, assim, são recomendáveis roupas discre-tas, sem modismos. Decotes, cores vibrantes, dentre outros erros, devem ser evitados, para não comprometer a seriedade. Também tenha muito cuidado com a higiene pessoal.

3. O ditado ‘a primeira impressão é a que fica’ deve ser levado a sério. Assim, sempre seja cordial e prestativo desde o primeiro contato; saiba ouvir e falar na hora certa e tenha sempre cartões profissionais disponíveis.

4. Sempre ao entrar em um local, solicite li-cença, busque cumprimentar todas as pessoas que estiverem no local, mas só estenda a mão se o interlocutor o fizer primeiro, e só se sente se for convidado.

5. Comunique-se corretamente com as pessoas, busque olhar nos olhos, demonstre atenção no que estão falando, não se distraia durante a conversa e busque estabelecer um diálogo.

6. Mantenha uma postura correta, não cruze os braços, evite se sentar de qualquer jeito, jo-gando o corpo na cadeira. É importante estar acomodado, porém ereto e de forma adequa-da.

7. A maioria das corporações possui códigos de ética e de conduta a serem seguidos. Pro-cure informar-se no lugar em que você trabalha onde pode encontrá-lo e leia com atenção.

8. Seja organizado e demonstre isso. Planeje adequadamente seu tempo e sua mesa, man-tenha os papéis e arquivos de computador nos devidos lugares, em um local onde qualquer membro da empresa consiga localizar quando necessário.

9. Respeite os colegas e o espaço de traba-lho. Não precisa ficar mudo durante o expe-diente, mas evite, ao máximo, assuntos que exponham o seu lado pessoal ou o de outra pessoa. Fofocas nunca combinaram com o am-biente profissional. Além disso, adeque a altura da sua voz ao ambiente.

10. Cuidado com a utilização de celulares no trabalho, evite ligações pessoais e caso es-tas ocorram, busque ir para um local privado. Não fale demasiadamente alto e muito menos utilize termos de baixo calão. Cuidado com o toque do celular, o correto é deixá-lo no modo silencioso.

11. Além do celular, também são necessários cuidados com outras ferramentas tecnológicas, principalmente com as redes sociais. As empre-sas antenadas possuem políticas para utilização das redes, por isso, busque saber os limites.

12. Amizades no ambiente de trabalho é um tema delicado. É importante diferenciar amigos de colegas de trabalho, principalmente dentro da empresa. Esse limite pode ser útil quando for necessário realizar uma cobrança ou fazer um feedback.

13. Bom humor é uma necessidade nas em-presas. Quando estiver tendo um dia difícil, re-flita se alguém do trabalho tem a obrigação de compartilhar as dificuldades com você. Toda-via, cuidado com as brincadeiras. Um ambiente de trabalho descontraído é positivo, desde que sejam feitas apenas brincadeiras saudáveis, que promovam um ambiente alegre e equilibrado.

14. Busque ter ‘jogo de cintura’ na hora de imprevistos e ouça a opinião dos outros. Muitas vezes, das opiniões divergentes chega-se a um ponto em comum. É preciso saber argumentar e, principalmente, ceder.

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A VOZ daAMIZADE

Um jovem estudante com muita energia. Com pouco dinheiro e uma empresa re-cém-aberta, um dos lugares que mais fre-

quentei naquele 2005 foi a boa e velha Rua do Porto, no Caipira. Era sexta no Bar do João e domingo no Caipira.

Naquela atmosfera jovem, conheci muita gente interessante e conheci a cantora Zazá. Eu e meus amigos gostávamos muito de vê-la can-tando. Num estilo que misturava MPB, Alcione, samba e samba rock, Zazá encantava nossos ou-vidos. Queríamos saber "onde Zazá vai cantar?" E assim, ganhei uma amiga, sempre com aquele sorriso contagiante. Conversávamos muito, ría-mos muito.

A cada ano, Zazá tinha mais público. Seu sucesso vinha da voz impressionante, da natu-ralidade e do bom humor com que tratava todo mundo.

Em 2007, conversávamos que seria legal ela viver integralmente de música, quem sabe sair do trabalho 'convencional' e viver de cor-po e alma da música. Naquele momento, ela fazia muitas apresentações em eventos, festas e bares. Alguns dias depois, Zazá comentou que o Teatro Municipal Dr. Losso Netto tinha feito convite para ela participar de uma reunião sobre o novo projeto Prata da Casa, que sortearia da-tas para apresentação de artistas locais. Ela não podia ir à reunião por conta do trabalho, mas queria muito entender o que era para, quem sabe, realizar seu sonho de cantar no teatro de sua cidade. Eu fui à reunião com seu filho Rafa-el. Saímos de lá com a data marcada e começa-mos a organizar tudo. E as coisas começaram a

acontecer. A grande sacada era gravar o show e transformá-lo num DVD demonstrativo, que facilitaria muito a divulgação e venda de novas apresentações de Zazá & Banda.

No grande dia, estávamos muito felizes por-que aquele era um trabalho especial para Zazá, seu filho, seus amigos, familiares, fãs, para mim e para nós do MBM, que estávamos vivencia-do a produção cultural. Dias depois, comemo-ramos meu aniversário e, ao se despedir, Zazá pediu que rezássemos, pois em alguns dias ela faria uma cirurgia que, apesar de simples, esta-va deixando-a preocupada. Recebi as imagens do DVD no dia da operação. Avisei ao Rafa, que contou a ela. Não sabíamos que aquelas ima-gens seriam o grande registro de uma grande despedida.

Zazá respirava música e se preparava para viver totalmente dela quando, sem mais nem menos, chegou a hora de partir, calando muitos corações. Seu samba é eterno. Sua voz continua viva, porque está no Rafael. Seus olhos brilhan-tes estão na sua netinha Marina.

Zazá está na beleza de Aninha Barros, na ginga de Juca Ferreira, no sorriso de Sandra Ro-drigues e na levada de Lu Garcia. Zazá está nas vozes de todos os talentosos artistas de Piraci-caba. Ela era cantora, mas foi grande composi-tora de uma vida cheia de amor e amizade.

Ela não se foi. Nossa amizade completa dez anos. E sua voz continua cantando, nos meus ouvidos e no coração.

Bruno Chamochumbi é publicitário diretor do MBM Escritório de Ideias e da Revista Tutti Condomínios.

Por Bruno [email protected]

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Page 65: Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

tech

Glauco de França Paula é web developer e professor de informática para a Terceira Idade

A Microsoft liberou o download do Windows 10 Technical Preview em evento oficial no final de janeiro. O novo sistema está disponível para desenvolvedores, com algumas características que a MS avisa que pode mudar ou retirar na versão final, prevista para 2016. Ele traz o assistente pessoal Cortana, bem como a possi-bilidade de optar pela interface Metro ou pela antiga, com o menu ‘iniciar’ do jeito que todos estavam acos-tumados. Para alívio dos desenvolvedores, foi decreta-do o fim do Internet Explorer.

Atualização - A Microsoft reconhece que a grande quantidade de usuários que ainda utili-za versões antigas do Windows é um problema para os desenvolvedores, que precisam progra-mar apps que funcionem para o maior número de versões possível. Por isso, ela quer que a migração para Windows 10 seja feita mais rapi-damente e, como incentivo, dará acesso grátis à atualização durante o primeiro ano para quem tem Windows 7, Windows 8 e também smar-tphones com o Windows Phone 8.1.

Multiplataforma - Qualquer dispositivo com Windows 10 poderá oferecer a mesma experiên-cia para qualquer usuário de PCs , tablets, smar-tphones e até mesmo Xbox One. Essa unificação do sistema tornará possível, por exemplo, um torneio de games entre usuários de Xbox e PCs em rede.

Interface - A interface em blocos do Windows 8 (Metro) permanece, mas pode ser configurada para tela cheia ou para aparecer como uma ex-

tensão do menu ‘iniciar’. Vai ser possível ter múl-tiplos desktops e o painel de controle foi unifica-do ao aplicativo ‘configurações do computador’, já que ambos têm funcionalidades similares. A barrra inferior (action center) vai ser como a dos smartphones, podendo ativar conexões, modifi-car configurações e também receber e enviar no-tificações postadas pelos aplicativos autorizados pelo usuário. Tudo isso no próprio action center sem precisar abrir um app exclusivo.

Cortana - A interface de voz Cortana é ativa-da pelo comando “Hey Cortana!”. O reconheci-mento é muito preciso e grava um histórico da conversação. Sua integração com o aplicativo maps tornará mais fácil descobrir endereços e direções. Segundo a Microsoft, será até mesmo possível encontrar carros em estacionamentos de shoppings e supermercados.

Spartan, o novo browser - O Internet Explo-rer vem perdendo espaço para os concorrentes, que são bem mais leves, rápidos, confiáveis e não têm tantos problemas de incompatibilidade com novas tecnologias. O Spartan decreta o fim do IE, pois terá um novo motor de renderização para dar mais velocidade e fluidez à internet e ainda contará com o ‘note-taking’, que permite marcar, comentar e fazer anotações em páginas da internet, compartilhando tudo em qualquer plataforma. Com o ‘reading mode’, as páginas web ficam parecidas com as de um livro, facili-tando a visualização com a retirada de publici-dade e avisos.

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Glauco de França [email protected]

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Page 66: Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

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