Revista veja portugal nº 5

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1 // JULHO - JULY 2014

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sumário

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DirectorJosé Frazão

EditorCarlos Ferreira

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Redacção (Texto e Fotografias)Alexandre Salgueiro Silva, Carlos Ferreira, AHP, Edgar Martins,

João Pedro Silva, Ricardo Graça, Rui Miguel Pedrosa, Hugo Lagarto, Shutterstock.com, thinkstockphotos.com.pt,

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Parceiros internacionaisReino Unido

http://www.palopnews.com/Alcino G. Francisco

[email protected]íça

Guia Info Shop Portugalhttp://www.infoshopportugal.com/

Carlos Lopes([email protected])

Design gráficoAna Loureiro e Catarina Martins

TraduçãoAngelina Azinheira

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AssinaturasIsmael Libório · [email protected]

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Dep. comercial e publicidadeExposalão − Catarina Ribeiro

[email protected]. +351 244 769 480 – fax +351 244 767 489

Comunicação gráficaVelvet, publicidade

AdministraçãoJosé Frazão

Direcção financeiraMiguel Ascenso

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Delegação - Batalhae-mail. [email protected]

A publicação está isenta de Registo na ERC ao Abrigo do Regulamento 8/99/9/6 Artigo 12º Nr.1/A

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da exclusiva responsabilidade dos seus autores e podem não expressar o ponto de vista da revista. Reprodução proibida sem autorização da EXPOSALÃO − Centro de Exposições da Batalha.

4 - Editorial

5 - Exportações voltam a crescer

após três meses em queda

mercado

6 - Brasil assume metade das exportações

portuguesas para a América Latina

empresários diáspora

8 - Empresários Diáspora

Associações da diáspora são fundamentais

na colaboração com as organizações nacionais

noticiário

12 - Novo Presidente AICEP

“É fundamental analisar as oportunidades

que a economia mundial nos pode oferecer“

especiaL expohouse

15 - Importadores de todo o mundo

compram móveis em Portugal

especiaL moLdpLás

20 - Moldes e plásticos mostraram

equipamentos e novas tecnologias

especiaL intergaL

26 - Intergal diversifica-se e duplica

área e número de expositores

noticiário

31 - Balão promove vinho

português em Angola

empresas

32 - Enchidos Transmontanos

Produtos alimentares transmontanos

aliam sabor da tradição ao controlo actual

34 - Azeol

Azeite à conquista de mercados

pouco habituados ao ‘ouro líquido’

36 - Salmirim

Flor de sal do algarve chega

aos quatro cantos do mundo

38 - Ramirez

Mais antiga conserveira do mundo

faz 160 anos com novos produtos

noticiário

41 - Produtos Gourmet da Estrela

a caminho da União Europeia

empresas

42 - Fabridoce

Ovos moles e gelados de Aveiro

querem adoçar mercado externo

44 - Caffés Kaffa

Café português acelera entrada

no Brasil com construção de fábrica

noticiário

46 - Grupo Lena vai construir

dois hotéis por 60 milhões

empresas

48 - Beira Nova

Pescado congelado investe para

aumentar vendas no estrangeiro

50 - Olivae

Sabonetes artesanais de leite de cabra

embelezam países do norte e do leste

52 - DG

Portugueses ajudam a melhorar

a vida em cidades de todo o mundo

54 - Cobermaster

Portugal tem a única empresa

fabricante de gradil tridimensional

56 - Quidgest

Tecnológica acelera desenvolvimento

de sistemas complexos de informação

58 - Grupo YAP

Fabricante de auto-rádios cresce

para as TIC e gestão optimizada

60 - Irmamolde

Moldes aumentam capacidade de produção

para enfrentar novos desafios do mercado

noticiário

62 - Exportação da líder no fabrico

de autoclismos volta a crescer

empresas

64 - Korki design

Cortiça alia-se à pele para fazer

carteiras e acessórios únicos

66 - Solidal

Condutores de energia investem

para conseguir novos mercados

68 - Médico Exportador

Cirurgião português exporta técnica

inovadora para tratar doença das mãos

turismo

71 - Mercados europeu e brasileiro

na mira dos “tours” em Portugal

72 - Portugal enche montra do turismo

com prémios para todos os gostos

76 - Lisboa está na moda e regista

milhões de estrangeiros por ano

78 - Hotelaria portuguesa mantém bons

resultados e cresce 12% no semestre

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editorial

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New marketsfor our exports \\ At a time when Portuguese exports are back on track after three months of decline, we must reaffirm the importance of market diversification, especially since this recovery is owed mainly to sales to the European Union on which we are very dependent. In fact, if we look at figures for June, for example, exports of goods outside the Eu-ropean Union accounted for only a quarter of total national sales abroad – up by 5.9% as compared to a 8.8% rise in exports to the EC. In this context, the results obtained by the Portuguese companies internationally are

very much dependent on the EU buyers and the “moods” of their economies. It is therefore essential that we continue to seek new markets for the Portuguese prod-ucts in emerging economies such as Latin America, Africa, the Middle East & Eastern Europe. In short, in places that would allow us to better deal with fluctuations in regional economies and respective cyclical crises. However addressing the needs of emerging economies alone is not enough, as it is im-portant to make the country less depend-ent on mineral fuels and automobile sector for positive export results. Indeed, this “phenomenon” is well reflected in recent data from the National Statistical Institute (NSI): sales of goods abroad fell in May for the third consecutive month, reflect-

ing the contraction in the fuel sector, as a result of Galp’s Sines refinery shutting for maintenance. Obviously, the goal is not to underestimate fuel – not by any means, given its obvious importance – it is rather to try and follow the good examples we have in other industries such as textile and clothing, furniture, foot-wear and food and agriculture. In fact, these are higher value-added sectors in the Portuguese economy as they are less dependent on import.

Enjoy reading our magazine

We´ll leave you to it until the next issue or see you online at www.vejaportugal.pt

Novos mercados para as exportações

// Numa altura em que as exportações por-tuguesas voltam a crescer, após três meses em queda, é preciso reafirmar a importância de diversificar os mercados, tanto mais que esta recuperação resulta sobretudo das ven-das na União Europeia, de cujos mercados somos muito dependentes.Na verdade, tomando como exemplo o mês de Junho, as exportações de bens para países extra-União Europeia representaram ‘apenas’ um quarto das vendas nacionais no exte-rior – subiram 5,9% contra 8,8% no espaço comunitário.Neste contexto, os resultados obtidos pelas empresas portuguesas na internacionaliza-ção estão muito dependentes dos compra-dores da União Europeia e dos ‘humores’ das suas economias.

É, por isso, fundamental continuar a procurar novos mercados para os produtos portugue-ses, nos países emergentes, na América La-tina, em África, no Médio Oriente, no Leste da Europa. Enfim, em regiões que nos permi-tam estar melhor preparados para as osci-lações das economias regionais e para as crises cíclicas que as atingem.Mas não basta responder às necessidades em novas economias, é também importante que o País não esteja dependente, como está hoje, da venda de combustíveis mine-rais e do sector automóvel, para obter resul-tados positivos nas exportações.Aliás, a prova deste ‘fenómeno’ está bem pa-tente em dados recentes do Instituto Nacio-nal de Estatística (INE): as vendas de bens no exterior recuaram em Maio, pelo terceiro

mês consecutivo, reflectindo a contracção no segmento dos combustíveis, por efeito da paragem para manutenção da refinaria da Galp em Sines.Naturalmente, o objectivo não é menospre-zar os combustíveis – bem pelo contrário, dada a sua óbvia importância -, antes procu-rar seguir também os bons exemplos que temos nos têxteis e vestuário, mobiliário, calçado e algumas áreas da alimentação e agricultura.Aliás, estes casos geradores de maior valor acrescentado para o País por serem menos dependentes de importações.

Boa leitura. Até à próxima edição ou até já em www.vejaportugal.pt

José FrazãoDirector

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noticiário

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exports pick up after falliNg for three coNsecutive moNths\\ Exports amounted to € 43,379 million in the first half of the year, picking up by 8% in June after falling for three successive months. The pick-up in exports is a result of higher exports of goods to the EU which increased by 8.8% to EUR 3,047 million, mainly attributed to mineral fuels, clothing and machinery, ac-cording to the National Statistical Institute (NSI). Trade with countries outside the EU grew by 5.9% to EUR 1,197 million, mainly due to min-eral fuels, machinery and cars. On a monthly basis, exports rose by 3.8% in June in relation to May.

empresas portuguesas coNstroem em moçambique

O grupo Ramos Ferreira é responsável pelas instalações eléctricas; aquecimento, venti-lação e ar condicionado (AVAC), telecomuni-cações e gestão técnica centralizada da se-gunda fase do Edifício Platinum, em Maputo, a sua primeira obra em Moçambique.O edifício corresponde a um investimento de 40 milhões de euros, cuja empreitada de construção civil está a cargo da Mota-Engil.O Edifício Platinum, projectado pelo arqui-tecto Frederico Valsassina, inlcui residências (Platinum Residences), escritórios (Platinum Corporate) e lojas (Platinum Shops).As especialidades adjudicadas ao grupo Ra-mos Ferreira, em parceria com a empresa ECV Moçambique, arrancaram em Julho e a sua conclusão está prevista para o segundo semestre de 2015.

// As exportações atingiram os 43.379 mi-lhões de euros no primeiro semestre do ano, registando em Junho um aumento de 8%, depois de três meses consecutivos a cair.A recuperação das exportações resultou da evolução registada na venda de bens no espaço comunitário, que subiu 8,8%, para 3.047 milhões de euros, destacando-se as categorias de combustíveis minerais, vestuá-

rio e máquinas e aparelhos, segundo o Insti-tuto Nacional de Estatística (INE).O comércio extra-União Europeia cresceu 5,9%, para 1.197 milhões de euros, devido sobretudo aos combustíveis minerais e veícu-los e outro material de transporte, como os automóveis.Em termos mensais, as exportações aumen-taram 3,8% em Junho face ao mês anterior.

veNdas No exterior voltam a crescerapós três meses em queda

quiNta da lixa bate recorde No mercado exterNo

A Quinta da Lixa encerrou o primeiro semes-tre do ano com vendas de 3,3 milhões de eu-ros, um crescimento de 5,2% em relação ao período homólogo de 2013, quando a em-presa ultrapassou pela primeira vez a marca de três milhões de euros.A unidade de vinhos verdes mais premiada da última década exportou, de Janeiro a Junho, mais de 50% dos seus produtos, um resulta-do inédito.A marca exporta para 28 países e as vendas no exterior cresceram 6%, em relação ao perío-do homólogo do ano passado, e no mercado nacional subiram 5%.Os destinos externos mais importantes para a empresa este ano foram os EUA, Alema-nha, Holanda, Suíça e a Áustria.

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mercado

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// “A América Latina regista, desde 2003, uma sólida performance económica, dando a possibilidade de adoptar políticas públicas centradas no desenvolvimento de longo pra-zo. Apesar de diferenças nas várias econo-mias dentro da região, verifica-se que entre 2003 e 2008 o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma média anual de 5%. O exce-lente resultado baseia-se na combinação de dois factores: procura externa e consumo interno. Um outro contributo reside na boa gestão macro-económica que criou espaço orçamen-tal para atenuar os efeitos da crise financei-ra global de 2008, sem comprometer a sus-tentabilidade fiscal. Entre 2000 e 2007, a dívida pública da região diminuiu, em média, 15% do PIB. Existe estabilidade económica e recursos su-

ficientes para investir.Em 2010, os consumidores da América La-tina aumentaram os seus gastos em 15%, segundo dados do Citigroup. Existe uma grande classe média (53% da população no Brasil, 62% no México e 60% na Argentina), onde os salários das famílias chegam a ser dez vezes um ordenado mínimo. Estas famí-lias representam bilhões de dólares e são a maior força económica da região. Os números do Investimento Directo Estran-geiro (IED) espelham bem o potencial econó-mico de toda a região. Em 2011, o fluxo de investimento foi superior a 153 mil milhões de dólares. O valor mais elevado na história dos países latino-americanos. Em 2009, após a crise financeira, o montante não ultrapas-sou os 81.500 milhões de dólares (19 mil mi-lhões da UE).

Esta recuperação, revela um dinamismo po-lítico-económico onde os mercados e socie-dades acolhem bem as empresas e as opor-tunidades de negócio. O IED à América Latina e Caríbe represen-taram 10% dos movimentos mundias em 2011. Os principais destinos passam pelo Brasil, Mé-xico, Chile, Colômbia, Peru, Argentina, Vene-zuela e Uruguai. O Panamá também tem um lugar de destaque. Na aplicação do IED, 57% é dirigido à indús-tria dos recursos naturais, 36% no sector dos serviços e 7% na manufatura. As áreas da tecnologia, conhecimento e infra-estru-turas são as mais carenciadas”. - Fonte: “América Latina e Caribe”/Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina.

brasil assume metade das exportaçõesportuguesas para a américa latiNa

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mercado

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veNdas duplicaram e podem crescer mais// As exportações portuguesas para a América Latina não páram de crescer há cinco anos, sobretudo à custa do Bra-sil e o potencial de desenvolvimento é grande devido ao crescimento da clas-se média latino-americana.Entre 2009 e 2013, as vendas nacio-nais de bens para a América Latina au-mentaram 21,5%, uma evolução mais notória nos quatro primeiros anos do período - os negócios quase duplicaram, passado de 762,5 milhões de euros para 1.513 milhões, em 2012. No ano passado, o crescimento foi de apenas 1,7%.Em 2013, pela primeira vez em cinco anos, o saldo da balança comercial com este conjunto de países da América La-

tina foi favorável a Portugal em 54 mi-lhões de euros.O Brasil representa mais de metade dos negócios portugueses na América Latina: 38,6% em 2009; 40,2% em 2011; 44,9% em 2012 e 50,2% em 2013. Entre 2009 e 2013, as exportações de bens para o Brasil cresceram 28%, pas-sando de 294,5 milhões de euros para 772,9 milhões no ano passado. O México (196,5 milhões de euros em 2013) e Venezuela (190,3 milhões) são os dois mais importantes destinos para os produtos portugueses, depois do Brasil. Seguem-se a Argentina (89,6 mi-lhões), Chile (77,3 milhões) e a Colôm-bia (40,6 milhões).

brazil takes half of the portuguese exports to latiN america\\ “Latin America`s solid economic perfor-mance since 2003 has enabled the coun-tries to adopt public policies focused on long--term development. Despite differences between economies across the region, fig-ures show that between 2003 and 2008 the Gross Domestic Product (GDP) grew at an annual average rate of 5%. This outstand-ing result is based on the combination of two factors: external demand and domestic consumption. Another contribution lies in good macro-eco-nomic management that created financial cushion to mitigate the effects of the global financial crisis of 2008, without compromis-ing fiscal sustainability. Between 2000 and 2007, public debt in the region decreased by an average of 15% of GDP. There is economic stability and sufficient re-sources to invest. In 2010, Latin American consumers increased their spending by 15%, according to Citi-group. There is a larger middle class (53% of the population in Brazil, 62% in Mexico and 60% in Argentina), where wages of families come to be ten times the minimum wage. These families stand for billions of dollars and they are a major economic force in the region. Figures for Foreign Direct Investment (FDI) reflect well the economic potential of the entire region. In 2011, investment flows ex-ceeded 153 billion dollars.

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empresários diáspora

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“associações da diáspora são fuNdameNtais Na colaboração

com as orgaNizações NacioNais”

um sentido extraordinário de orgulho em ser português.E esse sentido alargou-se nos últimos anos, porque as gerações nascidas – seja em Fran-ça, nos EUA, no Canadá, na Austrália ou na Argentina – olham para Portugal com um enorme sentido de orgulho, enorme alegria, vontade de nos apoiar e visitar, mas também com vontade de o mostrar aos outros.Nos EUA 1,4 milhões de pessoas assumiram a origem portuguesa no último censos, que-rendo com isso dizer: “Eu tenho orgulho em

// “Há uns dias vimos na televisão um homem chamado Yohann Diniz, campeão europeu dos 50 quilómetros marcha, comemorar a vitória exibindo orgulhosamente as bandei-ras portuguesa e francesa.Este é o retrato actual da maior parte das co-munidades portuguesas. Se é verdade que há muitos portugueses, infelizmente, a terem de sair de Portugal, muitos com preparação académica superior, é igualmente verdade que há dezenas de milhões de luso-descen-dentes, por todo o mundo, a assumirem com

orgulho a sua relação com Portugal.Isto não é de hoje. O problema é que em Por-tugal há muitos que só deram conta disso agora, fruto das circunstâncias. Mas foi sem-pre assim.Eu tenho a felicidade de trabalhar com as co-munidades portuguesas, porque cada vez que tenho um contacto em qualquer ponto do mundo levo uma injecção de optimismo, de esperança e foi sempre assim; desde a pri-meira vez, na década de 1980, em que me desloquei a França, até agora percebi que há

Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha (esq.) com José Cesário

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empresários diáspora

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ser português”.Foi aquilo que o Yohann Diniz transmitiu na televisão. Uma imagem extraordinária que identifica muito bem o que é hoje a presença de Portugal no Mundo.Não pensemos que somos um país pequeni-no. Quando andava na escola primária en-sinaram-me que Portugal é um país de dez milhões de pessoas. Já era mentira na altura, muito mais é hoje. Esta presença no Mundo não pode ser vista como um factor que nos diminua, pelo con-trário. Portugal são as dezenas de milhões de pessoas que vivem pelo mundo fora. Só entre 1880 e 1920 foi um milhão de portu-gueses para o Brasil. É fácil fazer contas e perceber quantos deles descenderam. E para França, entre fins da década de 1950 e de 1970, partiram 900 mil pessoas. Esta é a rea-lidade da nossa presença no mundo.E muitas delas são empresários, estão em universidades, um Prémio Nobel da Medicina dos EUA é de origem portuguesa, de quem ninguém fala em Portugal. Temos gente em todos os degraus da política, da vida pública,

académica, cultural e da vida social em todo o mundo.Isto faz com que nós possamos dizer, orgulho-samente: “Nós acreditamos no futuro do país”. Se formos capazes de perceber que dando as mãos, independentemente das diferenças de opinião – é legítimo que as tenhamos -, re-lativamente ao essencial, conseguiremos ul-trapassar as dificuldades de hoje, como con-seguimos ultrapassar as do passado.As nossas comunidades têm-se sabido rele-var. Para além desta presença na vida social, cultural ou na vida política, há um movimen-to associativo extraordinário pelo mundo fo-ra. Há uns anos dizia-se: “As associações es-tão todas a morrer, a desaparecer”. Eu digo: “Não é verdade”.Neste Verão aconteceram dois factos que marcam: nasceu uma nova plataforma dos órgãos da comunicação social portuguesa noestrangeiro, que envolve meios em língua portuguesa de todo o mundo e uma federa-ção de novos dirigentes associativos (a Fede-ração Associativa da Diáspora), que envolve também pessoas de várias partes do mundo.

Gente muito nova, nalguns casos com muita actividade, que eleva a Bandeira de Portugal onde está.As associações têm, do ponto de vista estra-tégico, um papel fundamental para entidades como as câmaras municipais ou as associa-ções empresariais, porque elas permitirão uma coisa muito importante, que nós raramente con-seguimos fazer, que é lóbi. É organizarmo-nos de forma a defendermos os nossos interesses, de mãos dadas, os que estão cá e os que vivem fora. Se o fizermos, temos muito a ganhar.E este é o nosso principal desafio. É perceber como é que nós conseguimos fazer este lóbi. Como é nós conseguimos desenvolver influ-ência. É fundamental que haja uma socieda-de civil forte, organização, que as pessoas não se isolem, que saibamos onde estamos”. – Intervenção de José Cesário, Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, na cerimónia de constituição da Associação da Diáspora Batalhense e assinatura do proto-colo de colaboração entre o município da Ba-talha e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa.

“diaspora orgaNizatioNs are fuNdameNtal iN cooperatiNg with NatioNal orgaNizatioNs”\\ A few days ago we saw on television a man called Yohann Diniz- the European 50 km race walk champion celebrate vic-tory by proudly waving the Portuguese and French flags.

This is the current portrayal of most Por-tuguese communities. While it is true that there are many Portuguese nationals who, unfortunately, had to leave Portugal, and most of them highly qualified, it is equally true that there are tens of millions of Portu-guese descendants throughout the world, who take pride in their relationship with Portugal.This is not something recent. The problem is that in Portugal there are many who have just realized that now, given the circumstanc-es. But it has always been that way. I’ve been fortunate to work with the Portu-

guese communities, because whenever I come across a fellow citizen anywhere around the world a sense of optimism and hope takes over me every time, ever since my first trip to France in 1980 until today I have been aware of this extraordinary feeling of pride in being Portuguese.And this feeling has spread further in recent years, as new generations born and raised in either France, US, Canada, Australia or Argen-tina - look at Portugal with a huge sense of pride, sheer joy, willingness to support and visit but also with the desire to let the world know that.

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empresários diáspora

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“coNstrução fraNcesa precisa

de Nós para ajudar a fazer 550 mil alojameNtos”

carlos Vinhas pereiraPresidente da Câmara de Comércio

e Industria Franco-Portuguesa (CCIFP)

// “Hoje há 45 mil empresas de portugueses em França, a esmagadora maioria com suces-so. São empresas de pessoas que consegui-ram fazer muito. A diáspora é uma força, bas-ta considerar que serão sete a oito milhões de portugueses no mundo – em França são quase dois milhões, o que é muito importante.E esta força o que representa? É os empre-sários que procuram a internacionalização chegarem a um país que não conhecem, sem quaisquer apoios ou informação, como acon-teceu com os meus pais, e terem quem os possa auxiliar.A Câmara de Comércio e Industria Franco--Portuguesa ajuda os empresários a enfren-tar todos os problemas que existem quando se procura criar uma empresa. É um sítio onde podem ficar, por exemplo no nosso ‘hotel de empresas’, evitando alugar um espaço em Paris, que é caro. Darmos todo o apoio, com pessoas que falam as duas línguas, para que tratem da sua agenda e de organizar reuni-

ões e disponibilizamos meios informáticos e de comunicação.Além dos serviços, a câmara presta também aconselhamento, por exemplo ao nível da le-gislação francesa, que é mais exigente, em muitos casos, que a europeia.A câmara tem clientes em todos os sectores (a construção civil representa 40%) e pode-mos estabelecer contactos, fazer a ponte entre eles e os nossos empresários. A França precisa de 550 mil alojamentos e a constru-ção civil é uma área onde há muitos actores portugueses, embora seja muito difícil para os trabalhadores.A ideia é a Câmara de Comércio e Industria Franco-Portuguesa apoiar as empresas por-tuguesas, com a cedência de espaço, enquan-to se organizam, e a prestação de diversos serviços, no sentido de diminuir ao máximo os riscos de instalação no mercado francês, podendo também aceder aos 500 membros da associação com maior facilidade.

É também importante salientar que a diáspo-ra portuguesa nunca se esqueceu das suas raízes e agora, com esta crise, essa lembran-ça ainda é maior, com as pessoas a pergun-tarem-nos: “O que posso fazer pelo nosso país?”. É fazer trabalhar Portugal. É comprar mercadoria em Portugal para trazer para França. É ajudar nas exportações portugue-sas. E estas questões nunca foram tão bem tra-balhadas como têm sido agora, envolvendo as associações, os empresários e o Governo.Neste momento, temos todas as condições para ter sucesso. O nosso objectivo é criar emprego, tanto em Portugal, como em França. Por exemplo, estamos a acolher muitos jo-vens emigrantes com formação, o que é uma tendência natural das empresas de portugue-ses e ainda por cima aqueles jovens têm uma grande capacidade para aprender francês.Os jovens portugueses também podem fa-zer estágios na câmara, para se formarem e colaborarem com os empresários portugue-

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empresários diáspora

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ses que ocupem o “hotel de empresas”.A câmara é uma associação sem fins lucrati-vos, cujo objectivo é ajudar os nossos em-presários, mas também queremos ajudar o nosso país, porque desejamos que ultrapas-se esta crise”. - Intervenção de Carlos Vinhas Pereira, Presidente da Câmara de Comércio e Industria Franco-Portuguesa (CCIFP), na ceri-mónia de constituição da Associação da Diáspora Batalhense e assinatura do proto-colo de colaboração entre o município da Ba-talha e a CCIFP.

“the freNch housiNg market Needs us to help iN the coNstructioN of 550 000 lodgiNgs” \\ “Today there are 45 000 Portuguese com-panies in France, the majority of which are successful. They are owned by people who managed to achieve a lot. The diaspora is a driving force, one need only look at the esti-mate of seven to eight million Portuguese emigrants in the world - in France this num-ber is two million, which is huge. And what does it represent? Support to entrepreneurs who seek success abroad and come to a country they are not familiar with, without any support or information, as in my parents´ case many years ago.The Franco-Portuguese Chamber of Com-merce and Industry helps entrepreneurs

throughout the process of establishing a company. It is a place where they can stay, for example in our “business hotel”, thus avoiding renting accommodation in Paris, which is expensive. We provide all the sup-port they need, through people who speak both languages, to deal with scheduling and holding of meetings and make computerized and other means of communication available to them. In addition to these services, the chamber also provides advice, for example in terms of French law, which is more demanding in many cases, than the European. The chamber has clients in all sectors (con-struction stands for 40%) and we can estab-lish contacts and act as a bridge between the newcomers and our entrepreneurs. France needs 550 000 lodgings and cons-truction is an area where there are many Portuguese players, although it is very dif-ficult for the workers.”

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noticiário

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muito menos afectados. E é preciso que as empresas tenham esta realidade presente. Hoje encontramos duas grandes áreas de di-namismo: a Ásia (quer o Extremo Oriente, quer o Médio Oriente e, nomeadamente, as econo-mias do Golfo) e a América do Sul. Falo de paí-ses como o Chile, o Peru, a Colômbia, o México ou o Panamá. Mas também a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos ou o Qatar; a Chi-na, a Indonésia ou o Japão. O Japão, em parti-cular, é um mercado maduro ao qual Portugal não tem dado a atenção que pode e deve dar”. Na entrevista à ‘Portugal Global’, Miguel Fras-quilho destaca dois factores diferenciadores de Portugal no mundo: a língua e a posição geoestratégica, que “contribuem muito para a captação de investimento mas são clara-mente oportunidades para as nossas empre-sas também se expandirem”.

“é fuNdameNtal aNalisar as oportuNidades que a ecoNomia muNdial Nos pode oferecer”

// O novo presidente da Agência para o In-vestimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) considera que o crescimento e o su-cesso das empresas nacionais assenta na in-ternacionalização. Numa entrevista à revista ‘Portugal Global’, da AICEP, concedida em Ju-nho, três meses após ter substituído Pedro Reis, Miguel Frasquilho aponta o caminho das exportações, destacando alguns dos mer-cados emergentes mais importantes para a economia portuguesa.“A internacionalização é sem dúvida a grande oportunidade de sucesso e crescimento das empresas portuguesas. Por sermos uma eco-nomia pequena, isso foi entendido pelos em-presários portugueses que se abriram ao mundo. Hoje, Portugal é uma economia cada vez mais exportadora e ancorada em exem-plos de sucesso”, destaca Miguel Frasquilho.

“As empresas portuguesas já são bastante competitivas. Temos um tecido empresarial cada vez mais dinâmico, com empresários muito determinados e confiantes, empre-sas muito qualificadas e com uma enorme vontade de mostrar ao mundo do que são capazes. Cada vez mais os nossos empresá-rios procuram mercados com crescimentos económicos dinâmicos, onde possam colocar os seus produtos”, adianta.Mas, destaca o presidente da AICEP, “é fun-damental começar por analisar as oportuni-dades que a economia mundial pode ofere-cer às empresas portuguesas e perceber o impacto que a crise europeia teve a nível mundial. É hoje claro que as economias oci-dentais foram muito afectadas nos últimos quatro anos. Mais a Europa que os Estados Unidos. E os mercados emergentes foram

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noticiário

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“São mais de 250 milhões os habitantes do nosso planeta que utilizam a língua portugue-sa como forma de comunicar não só na sua família e no seu país. Utilizam-na também no seu dia-a-dia nas empresas, nos negócios, no estabelecimento de relações comerciais com parceiros de outros países. Representam um mercado de consumo muito relevante e que, em conjunto com as mais de um milhão de empresas, detêm um PIB superior a 2,5 biliões de dólares, ou cerca de 4% do produ-to gerado a nível mundial”.Quanto ao posicionamento geoestratégico de Portugal, somos uma economia europeia com acesso privilegiado a mercados africanos e latino-americanos relevantes – um acesso que é baseado na nossa posição geoestraté-gica, na qualidade do nosso sistema científi-

co e universitário, das nossas infra-estrutu-ras de telecomunicações e logística, numa ampla gama de fornecedores e empresas de referência e, é claro, nos laços históricos e culturais existentes com vários destes países, que são países de língua oficial portuguesa”.O presidente da AICEP destaca ainda que “Portugal é hoje um país mais exportador e com maior capacidade de atrair investimento estrangeiro. Contudo, é essencial aprofundar o esforço que tem sido desenvolvido, bem como superar novos desafios e identificar no-vas oportunidades. Esse caminho passa pela conjugação destes dois vectores: investimen-to e exportações. Este é o nosso desígnio, é a nossa ambição: reforçar a presença em-presarial portuguesa no mundo e mostrar ao mundo as oportunidades e condições cada

vez mais atractivas que a economia portu-guesa oferece”. Para Miguel Frasquilho, “a internacionaliza-ção é, factualmente, o motor que tem vindo a suportar o crescimento económico do país e as exportações atingiram já um recorde demais de 40 por cento do PIB em 2013. Assim todos os empresários mantenham o querer, a resiliência e o dinamismo demons-trado até aqui, considero que nos poderemos aproximar do registo de países europeus com-paráveis como a Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Holanda, Irlanda ou República Checa”.Este ano “as perspectivas continuam a ser po-sitivas. Tenho a expectativa que chegaremos ao final do ano com um ritmo de crescimento das exportações muito positivo”, conclui.

\\ According to the new president of the Por-tuguese Agency for Foreign Trade and Invest-ment (AICEP) internationalization is key to business success and growth. In an inter-view with AICEP - Portugal Global magazine, given in June three months after replacing Pedro Reis, Miguel Frasquilho spoke of the importance of exports, especially to some emerging markets of great significance for the Portuguese economy.“Internationalization is undoubtedly the great-est opportunity for success and growth of Portuguese companies. As we are a small economy, this was understood by the Portu-guese entrepreneurs who had already em-barked on that journey. Today, Portugal is increasingly export-oriented economy under-

pinned by examples of success”, said Miguel Frasquilho.“The Portuguese companies are already quite competitive. We have an increasingly dynamic business sector, with very deter-mined and confident entrepreneurs, highly qualified companies with a strong desire to show the world what they are capable of. More and more often our entrepreneurs seek markets with dynamic economic growth, where they can place their products”, he added. However, the president of AICEP refers that it “is essential to begin by examining the oppor-tunities that the global economy has to offer to Portuguese companies and understand the worldwide impact of the European crisis”.

“it is esseNtial to coNsider the

opportuNities which the global ecoNomy has iN store for us”

Foto

: Por

tuga

l Glo

bal/A

ICEP

miguel Frasquilhopresidente da AICEP

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importadores de todo o muNdo compram móveis em portugal

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// A Expo House Concept – II Exposição Internacional de Mobiliário e Decoração, que o Centro de Exposições Exposalão pro-moveu na Batalha, recebeu durante quatro dias empresários de 30 países de todo o Mundo. A exposição, que mostrou o que de melhor se fabrica em Portugal nos sectores do mo-biliário, iluminação e decoração, contou com a presença de 70 empresas e marcas nacio-nais, a esmagadora maioria com larga expe-riência na exportação. “A generalidade dos expositores, mais de 80%, estão no mercado internacional há mui-

tos anos, o que produz um grande impacto positivo no profissionalismo e qualidade da exposição”, destacou Paulo Amaral, director--comercial da Expo House Concept, promovi-da em Maio. A organização garantiu a participação de 150 importadores estrangeiros, de todo o Mundo, que se deslocaram a Portugal com o objectivo de concretizar negócios de qua-lidade. “Os visitantes internacionais estão mais exi-gentes e muitos são detentores de contas com valores significativos no mercado nacio-nal, que conhecem cada vez melhor, devido

ao esforço de internacionalização concreti-zado nos últimos anos pelas marcas nacio-nais”, explica Paulo Amaral. A Equipa para o Mercado Internacional da Exposalão, constituída por 10 profissionais, organizou pela quarta vez um certame de ‘missão inversa’ (trazer os importadores a Portugal, em vez de levar as nossas empre-sas/produtos ao estrangeiro). No ano passado concretizou a Stone - Feira Internacional da Pedra Natural de Portugal, Intergal - Exposição de Produtos Alimenta-res e Bebidas de Portugal e a primeira Expo House Concept.

importers arouNd the worldbuy furNiture from portugal

\\ Expo House Concept - II International Exhi-bition of Furniture and Decoration, promoted by Exposalão Exhibition Centre in the town of Batalha, received during four days busi-

nessmen from 30 countries around the world. The exhibition, which showed the best that Portugal has to offer in the furniture, light-ing and decoration sectors, was attended by 70 national companies and brands, the vast majority with broad experience in exports. “The majority of exhibitors, more than 80%, have been operating on the international market for many years now, which had a huge positive impact on the quality and professionalism of the exhibition”, said Paulo Amaral, commercial director of Expo House

Concept, held in May. The organization arranged for the participa-tion of 150 foreign importers from all over the world, who came to Portugal with the aim to enter into quality business agree-ments. “The visitors from abroad are more demand-ing and many have substantial bank ac-counts in Portugal, which they get to know better and better, due to the internationali-zation effort achieved in recent years by the national brands”, explains Paulo Amaral.

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mobiliário e ilumiNação registamcrescimeNto Nas exportações

// As exportações de mobiliário e material de iluminação, que estiveram em destaque na Expo House Concept – II Exposição de Mo-biliário, Iluminação e Decoração, estão a re-gistar crescimentos muito significativos para quase todo o mundo.O sector do mobiliário e colchoaria apresenta um aumento de 19% das exportações, para 224 milhões de euros, segundo os dados de

Maio da Associação Portuguesa das Indús-trias de Mobiliário e Afins, referentes aos pri-meiros dois meses do ano.Na área da iluminação, as exportações cres-ceram 20% nos últimos dois anos, para mais de 100 milhões de euros, destacam os dados da Associação dos Industriais de Iluminação Portuguesa.Foi neste contexto de forte investimento

nas exportações que decorreu a Expo House Concept.Entre os países que enviaram mais empre-sários importadores ao certame contam-se Espanha, França, Rússia, Ucrânia, Reino Uni-do e Marrocos. Angola, EUA, Itália, Tunísia e Paquistão são outros dos países represen-tados.Nos últimos anos, a qualidade e exigência, >

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quer dos fabricantes portugueses, quer dos importadores, tem aumentado bastante, um movimento acompanhado pela Exposalão, como explica Paulo Amaral, director comer-cial da Expo House Concept: “A exposição adaptou-se às novas exigências do merca-do. Por exemplo, os espaços destinados às empresas foram construídos de propósito para este showroom, contribuindo bastante para a sua qualidade estética e para realçar o mobiliário”.“Por outro lado, esforçamo-nos para que o certame se renove todos os anos, apresen-tando uma taxa de novos expositores a ron-dar os 70%, para que os compradores tenham sempre renovados motivos para se deslocar a Portugal”, adianta Paulo Amaral.

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modesto castroPresidente da Associação dos

Industriais Portugueses de Iluminação

// A Associação dos Industriais Portugueses de Iluminação (AIPI) está a investir 1,2 mi-lhões de euros na internacionalização do sector, em resultado da aprovação de um projecto no âmbito dos Sistemas de Incenti-vos do QREN – Quadro de Referência Estra-tégico Nacional.“A principal meta é o aumento das exporta-ções da iluminação em 5% em 2014 e 2015. O sector tem vindo a crescer e queremos con-tinuar a mostrar ao Mundo o enorme potencial dos produtos de iluminação feitos em Portu-gal, onde a aposta no design e na excelência de materiais tem sido uma constante”, explica Modesto Castro, presidente da AIPI.A iniciativa prevê o desenvolvimento de um conjunto de acções de internacionalização envolvendo 20 empresas de iluminação, cujo objectivo é iniciar e/ou consolidar a presença em mercados externos com o consequente aumento do volume de facturação.

O projecto iniciou-se em Setembro de 2013 e prolonga-se até 30 de Junho de 2015.Para além da participação em feiras, está prevista uma missão comercial a Luanda, em Outubro, e uma missão inversa (que consis-te em trazer a Portugal um conjunto de po-tenciais importadores com o objectivo de visitar empresas e reunir com os empresários portugueses da iluminação).No que respeita a novos mercados, destaca--se o mexicano, onde a AIPI já realizou uma missão comercial em 2013 e pretende conti-nuar a apostar através da participação numa feira no início de 2015.O projecto prevê o envolvimento de empre-sas portuguesas nas seguintes feiras no próximo ano: Interiors UK, em Birmingham (Janeiro); Maison & Objet em Paris (edições de Janeiro e Setembro); Euroluce, em Milão (Abril) e a Expo Lighting América, na Cidade do México (Fevereiro).

ilumiNação NacioNaliNveste 1,2 milhões

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tas pode contribuir decisivamente para a conquista de exigentes mercados interna-cionais”.“Numa altura em que a competitividade mun-dial não admite a mínima distracção, este envolvimento revela-se fundamental tam-bém na procura de apoios ao financiamen-to e na criação de emprego; sobretudo emprego jovem e altamente qualificado”, adianta José Frazão, destacando que os dois certames retrataram claramente este empenhamento das empresas portugue-sas, na linha da frente da tecnologia e do conhecimento.

moldes e plásticos mostraram equipameNtos e Novas tecNologias

// As indústrias de moldes e de plásticos de injecção constituiram o núcleo central das duas feiras especializadas para profissionais que o Centro de Exposições Exposalão orga-nizou na Batalha com a presença de 110 ex-positores, em representação das principais empresas e marcas nacionais e interna-cionais.O “8º Salão de máquinas, equipamentos, ma-térias-primas e tecnologia para moldes e plásticos” e o “9º Salão profissional de máqui-nas e equipamentos para a indústria, tecno-logia industrial, inovação, automação e robó-tica” ocuparam os 15 mil metros quadrados

dos três pavilhões da Exposalão e a organi-zação receebu 12 mil profissionais, em Maio.Além dos fornecedores da indústria de mol-des e de plásticos de injecção, estiveram também presentes empresas que fornecem o sector industrial em geral, reunindo as mais recentes tecnologias e equipamentos dispo-níveis no mercado.Para José Frazão, director-geral da Exposa-lão, “a internacionalização é um vector fundamental do crescimento e desenvolvi-mento da economia portuguesa e o cluster dos moldes é um dos melhores exemplos de como a criação de estratégias conjun-

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\\ The mould making and plastic injection industries constituted the core of the two trade fairs for professionals organized by Exposalão Exhibition Centre in Batalha which had the participation of 110 exhibitors, rep-resenting major national and international companies and brands.The Joint Exhibition of the “8th Fair of ma-chinery, equipment, raw materials and tech-nology for moulds and plastics “ and the “9th Professional Fair of machinery and equipment for the industrial sector, industrial technol-ogy, innovation, automation and robotics“ occupied 15 thousand square meters of the three Exposalão´s pavilions and the organi-

zation welcomed 12 000 professionals in May.Besides suppliers of plastic injection and mould making materials there were also com-panies that provide the industrial sector in general, bringing together the latest tech-nologies and equipment available on the market.According to José Frazão, Director of Expos-alão, “internationalization is essential for the growth and development of the Portuguese economy. The cluster of mould makers is one of the best examples of how joint strategies can contribute decisively to conquer demand-ing international markets.”

moulds aNd plastics show off

equipmeNt aNd New techNologies

José Frazão (esq.) com o eurodeputado Paulo Rangel ao seu lado

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a maior coNceNtraçãode tecNologia do momeNto

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total de 639 milhões. As vendas no exterior correspondem a 85% do total e o saldo da balança comercial regis-ta uma tendência de crescimento, passando de 268.78 milhões de euros em 2003 para 407,98 milhões em 2013.A Exposalão contou com o apoio das asso-ciações de referência do sector: Cefamol - Associação Nacional da Indústria de Moldes, Cenfim - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, Centinfe - Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásti-cos, Aimmap - Associação dos Industriais Metal. Metalomec e Afins Portugal e a Aneme - Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas.

// O Centro de Exposições Exposalão con-centrou durante quatro dias o maior conjun-to de tecnologia de ponta e serviços para a indústria disponíveis em Portugal, numa exposição ‘avaliada’ em mais de 20 milhões de euros.Os expositores mostraram desde ferramen-tas, máquinas de injecção, robots e compo-nentes para a indústria de moldes, a siste-mas de iluminação de baixo consumo e de limpeza de peças por ultra-sons.O software CAD/CAM/CAE, sensores e siste-mas de controlo; impressoras, equipamentos de produção, scanners e modelação em 3D, e software de simulação de injecção de plás-ticos foram outros dos atractivos da Mold-plás e da Tecna.

Os certames incluiram ainda – entre muitos outros - equipamentos para arrefecimento industrial, máquinas-ferramenta para a in-dústria metalúrgica e metalomecânica; equi-pamentos de visão artificial, prototipagem e extrusão.Em síntese, apresentaram as últimas novi-dades ao nível da tecnologia de máquinas, equipamentos para a indústria, tecnologia industrial, software informático, automa-ção e robótica de apoio à produção, reu-nindo o que de mais vantajoso a ciência e a tecnologia colocam ao serviço das em-presas.A indústria de moldes atingiu no ano passa-do um volume de negócios nas exportações de 543 milhões de euros, de uma produção

José Frazão, com a eurodeputada Maria João Rodrigues

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João FaustinoPresidente da CEFAMOL

Associação Nacional da Indústria de Moldes

iNvestimeNto das empresas garaNte referêNcia iNterNacioNal \\ O atual posicionamento de referência no mercado internacional da Indústria Portu-guesa de Moldes deve-se essencialmente a um investimento desenvolvido pelas em-presas em tecnologia, em recursos humanos e na gestão e organização das mesmas, ali-cerçado, ao longo dos últimos anos, numa Campanha de Imagem Coletiva do Sector e de promoção da Marca “Engineering & Tool-ing from Portugal”, permitindo a diferencia-ção e valorização da oferta nacional no con-

texto mundial.Considerando, em termos de produção e ex-portação, 2012 e 2013 os dois melhores anos de sempre do Sector, verificamos que tem sido possível alargar e diversificar a nos-sa presença em mercados geográficos e seto-riais, consolidando uma intervenção em ativi-dades e produtos de alto valor acrescentado.A capacidade de inovação e integração de competências, as quais concentram áreas que vão desde o design, conceção, engenha-ria e prototipagem, fabricação de moldes e de ferramentas, até à injeção e montagem de produtos e componentes, permitem abarcar toda uma cadeia de valor de grande tecnicidade, reconhecida nacional e interna-cionalmente como distintiva na industrializa-ção de novos produtos.

rui tochaDirector-geral do CENTIMFE e da POOL.NET

estratégia coNjuNta poteNcia promoção iNterNacioNal

\\ O Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling, coordenado pela POOL-NET – Portuguese Tooling Network, integra as Indústrias de Moldes, Ferramentas Especiais e de Plásticos, resultando de um trabalho mobilizador (Plano Estratégico) dina-mizado no seio da Indústria, envolvendo os seus principais stakeholders (Empresas, Uni-versidades, Politécnicos e outros Centros de

Inovação, fornecedores e outros parceiros). O resultado desta visão estratégica conjun-ta permitiu o alinhamento do Cluster em objectivos comuns, potenciando a promoção no mercado internacional em torno de uma marca colectiva (“Engineering & Tooling from Portugal”), visando a diversificação de mer-cados (geográficos e de produtos), suportan-do-se na aposta na inovação, na dinamiza-ção de redes, no reforço tecnológico e de conhecimento, orientado para o incremento competitivo e das exportações (registando--se um crescimento acentuado da produ-ção e exportações de cerca de 85% desde 2010).

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iNtergal diversifica-se e duplicaárea e Número de expositores

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até na medida em que se assumiu como “didáctica” na forma como devem colocar-se em contacto os diferentes interessados nos negócios”, refere José Frazão, director-geral da Exposalão, destacando: “É uma verdadei-ra bolsa de contactos para o mercado exter-no. Um ponto de partida para novos rumos comerciais e uma excelente ferramenta de trabalho para os participantes”.“Nas edições anteriores, os visitantes mostra-ram-se agradavelmente surpreendidos pela qualidade dos produtos expostos e principal-mente pela capacidade de produção e de res-posta das empresas presentes, tendo sido, in-clusive, concretizados negócios no local. Este ano não será diferente”, conclui José Frazão.

// A 3ª edição da Intergal - Exposição do Sec-tor Alimentar, Equipamentos e Bebidas de Portugal apresenta este ano, como grande novidade, uma área dedicada aos produtos não alimentares – mas da mesma fileira –, com o objectivo de abrir o leque de oportunidades de negócio aos expositores e importadores de produtos portugueses.O certame, que o Centro de Exposições Expo-salão organiza de 4 a 7 de Outubro na Batalha, tem como objectivo promover a produção na-cional junto do mercado externo e fomentar as exportações nacionais, no âmbito de um projecto conjunto de apoio à internacionali-zação em que a Exposalão é o promotor.Neste contexto, a organização promoveu um conjunto de acções para potenciar os resul-tados das empresas nacionais, empenhando os seus melhores recursos, sobretudo a Equi-pa para o Mercado Internacional, que duran-te os últimos meses procurou e contactou importadores de produtos portugueses em mais de 25 países.A Intergal será, assim, uma diversificada pla-taforma de contactos entre os 120 exposito-res e os mais de 150 importadores de todo o mundo que chegam a Portugal no âmbito desta missão inversa (trazer os compradores a Portugal em vez de apresentar as empre-sas nacionais no exterior).Segundo a organização, está assegurada a presença de importadores provenientes da Alemanha, Angola, Argélia, Bélgica, Brasil, Cabo Verde, Canadá, China, Colômbia, Dina-

marca, Espanha, EUA, França, Guiné Bissau, Holanda, Líbano, Luxemburgo, Macau, Marro-cos, Moçambique, Nigéria, Reino Unido, Suíça,Senegal, Timor e Tunísia.O alargamento o âmbito da exposição às má-quinas, equipamentos e produtos de apoio às áreas alimentar, hoteleira e de restaura-ção, representa uma evolução natural, que a Exposalão concretiza para corresponder às perspectivas de internacionalização de em-presas envolvidas na fileira alimentar, mas que não estão directamente envolvidas no fabrico dos produtos.“A Intergal já permitiu a muitas empresas da-rem o primeiro passo em busca de novos mer-cados e mereceu elogios de importadores,

iNtergal becomes more diversified aNd doubles the

area aNd Number of exhibitors

\\ The 3rd edition of Intergal - Exhibition of Portuguese Food Products, Beverages and Equipment has some big news this year - an area dedicated to non-food products - but in the same sector - with the aim to expand the range of business opportunities to exhibitors and importers of Portuguese products. The event which Exposalão Exhibition Centre holds between 4-7 October in the town of Batalha aims to promote national production to the external market and to boost national exports under a joint project for support to internationalization in which Exposalão is the promoter. To that end, the organization has undertaken a number of actions to enhance the results of national companies, by putting in their best efforts, especially the Team for the In-

ternational Market, which has sought and contacted importers of Portuguese products in over 25 countries during the last few months. Intergal is thus a diverse platform of con-tacts between 120 exhibitors and more than 150 importers around the world who come to Portugal under this reverse trade mission (bring buyers to Portugal instead of present-ing national companies abroad). According to the organization, it has ensured the presence of importers from Germany, Angola, Algeria, Belgium, Brazil, Cape Verde, Canada, China, Colombia, Denmark, Spain, USA, France, Guinea Bissau, Holland, Leba-non, Luxembourg, Macau, Morocco, Mozam-bique, Nigeria, UK, Switzerland, Senegal, Ti-mor and Tunisia.

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mudaNça visa correspoNder melhoraos mercados da saudade e locais

// “A grande diferença em relação a anos an-teriores é a compartimentação da exposição, porque dos contactos que mantemos no mer-cado percebemos que havia potencial na fi-leira na área não alimentar”, diz à Veja Portu-gal Rogério Henriques, que divide com Paulo Amaral a direcção comercial da exposição.A criação das áreas alimentar e não alimen-tar – mas integrada na fileira da alimentação - tem o objectivo “de dar uma maior abran-gência ao certame, para melhor responder as necessidades do chamado ‘Mercado da Sau-dade’, mas também dos naturais dos países de destino. A ideia é completar o certame, torná-lo mais universal”, destaca Rogério Henriques.Paulo Amaral refere, por sua vez, que a inten-ção da organização “é encontrar soluções que ajudem as empresas, sobretudo as re-cém-chegadas à internacionalização, a en-contrar e/ou melhorar o caminho para as exportações”.

Um dos exemplos é o desdobrável por em-presa – em cinco idiomas, falando das marcas e dos produtos - que a Exposalão produz para os expositores, uma ferramenta de tra-balho essencial. A facilitação de contactos e de meios para concretização de reuniões é outra das apos-tas da organização.A exposição tem “um potencial de contacto com clientes muito elevada, porque a sua di-mensão está adaptada ao público profissio-nal, de forma a permitir uma proximidade signi-ficativa e a marcação de reuniões imediatas”.A Intergal, nesta perspectiva de promover a aproximação expositor/importador “tem um preço por contacto muito baixo, para motivar a participação das marcas recém-chegadas ou com poucos anos de experiência na in-ternacionalização”, destaca Paulo Amaral.“Uma tarefa muito importante”, como adian-ta Rogério Henriques, na medida em que “muitas empresas têm cada vez mais neces-

Rogério Henriques Paulo Amaral

sidade de consolidar/ampliar os resultados nos mercados externos e de diversificar a sua carteira de clientes, no sentido de evitar, ou aligeirar, a dependência que têm de deter-minados clientes”.Por outro lado, “os profissionais querem mar-cas alternativas, que apresentem novas so-luções. E as empresas presentes na Intergal apresentam uma alternativa e é isso que os importadores querem nesta exposição: pro-dutos diferenciadores, que marquem a dife-rença em relação às grandes marcas”, desta-ca Rogério Henriques.O director do certame, considera, no entanto, que para corresponder em pleno aos interes-ses dos importadores e expositores é indis-pensável que estes também façam o seu trabalho “antes, durante e depois da exposi-ção”. “A procura e o acompanhamento do potencial cliente até à concretização de ne-gócios, que raramente é imediata, é funda-mental”, conclui Rogério Henriques.

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sector agro-alimeNtar chega aos 5,1 mil milhões

As exportações do sector agro-alimentar aumentaram 6,6% no ano passado, em rela-ção a 2012, totalizando 5,1 mil milhões de euros. O peso no total de exportações é de 10,82%.O maior comprador é a Espanha, seguido por Angola, mas a Rússia foi o país que registou o maior aumento das importações de produ-tos portugueses (+128,7%) – mas é apenas o 15º comprador, com 48 milhões de euros.A Suíça é a Itália também aumentaram as com-pras (+13,8% e +10,4%, respectivamente).O produto mais vendido continua a ser o vinho, com 724,7 milhões de euros, segui-do do azeite, com praticamente metade do valor. Seguiu-se, o ano passado, a indústria das conservas de peixe, com 200,6 milhões de euros.

actividades paralelas: veNdas e produtos típicos NacioNais

Em paralelo à Intergal decorre na segunda--feira, 6, a partir das 16h00, o workshop “Su-cesso em Vendas”, organizado pela empresa Sucesso em Vendas Portugal, que tem como orador Pedro Ruivo.Pedro Ruivo é especialista no aumento da produtividade de equipas de vendas. Já trei-nou mais de 1500 pessoas e coordenou 100 projetos. Licenciado em Gestão de Empresas e Pós Graduado em Marketing, conta com 20 anos de experiência no desenvolvimento e treino de equipas de vendas em Portugal, Espanha, Inglaterra, Itália e Brasil.Na terça-feira, 7, a Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia (Aptece), apresenta, a partir das 10h00, as “Conclu-sões gerais e propostas de acção no âmbito do estudo de mercado sobre a utilização de produtos típicos portugueses na hotelaria e restauração portuguesa”.

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Data – 4 a 7 de Outubro

Local – Batalha

Horário – 10 às 19h00, todos os dias

Organização – Centro de Exposições Exposalão

Perfil dos expositoresprodutores, fabricantes, associações de produtores, cooperativas, distribuidores, Grossis-tas, importadores, prestadores de serviços e associações sectoriais e imprensa especia-lizada

Perfil do visitantecompradores internacionais, profissionais do sector alimentar, importadores, centrais de compras, grandes superfícies, distribuidores, associações de distribuidores, pastelarias e confeitarias, matadouros e talhos, hotéis, bares e restaurantes.

Mercado internacional (origem dos importadores)Alemanha, Angola, Argélia, Bélgica, Brasil, Cabo Verde, Canadá, China, Colômbia, Dinamar-ca, Espanha, EUA, França, Guiné Bissau, Holanda, Líbano, Luxemburgo, Macau, Marrocos, Moçambique, Nigéria, Reino Unido, Suíça, Senegal, Timor e Tunísia.

Produtos alimentares lacticínios e derivados, carnes e enchidos, conservas, bacalhau, padaria, pastelaria e con-feitaria, doçaria tradicional, mel e afins, frutos secos, congelados, pré-cozinhados e ultra congelados, massas e cereais alimentícios, azeite, frutas e legumes, arroz e outros pro-dutos alimentares.

Bebidasvinhos e licores, bebidas espirituosas, sumos e águas.

Produtos para hotelaria e restauraçãopalamenta e cutelarias, cerâmicas, utilidades, consumíveis e utensílios de pastelaria, ves-tuário profissional (batas, calçado, luvas e aventais de protecção), atoalhados, sabonetes e velas decorativas, cápsulas e rolhas de cortiça e mobiliário de ferro e madeira.

Máquinas e equipamentosfornos e batedeiras de panificação e pastelaria, frio, grelhadores e inoxes, vitrinas, máqui-nas de engarrafamento, para o sector da carne, de embalagem, de venda automática e para profissionais de limpeza.

Embalagensalumínio, plástico e polietileno, madeira, cartão e papel e vidro.

perfil da é abraNgeNtepara importadores e expositores

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noticiário

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formação profissioNaliNterNacioNaliza-se

A empresa portuguesa de formação profis-sional Futurbrain anunciou a entrada no mer-cado moçambicano através da criação de uma subsidiária, cujo objectivo “é alinhar as suas intervenções formativas em articulação e colaboração com as prioridades e solicita-ções expressas pelas autoridades e pelo te-cido empresarial locais”.A Futurbrain Moçambique, com sede em Ma-puto, um pólo de formação na Beira e pers-petivas operacionais a curto ou médio prazo para Pemba, quer “promover até final do cor-rente ano a formação técnica de qualidade junto dos “players” ligados às infra-estrutu-ras no território Moçambicano”, refere Miguel Silva, director executivo da empresa.A marca, com sede em Vila do Conde, quer actuar “com o profissionalismo, ética e rigor a que sempre acostumou os clientes e par-ceiros, adequando a formação às efetivas necessidades dos recursos humanos e, des-se modo, proceder à elevação e consolida-ção das competências dos profissionais dos sectores de actividade onde actua”, conclui Miguel Silva.

hot air balooN advertises portuguese wiNe iN aNgola

\\ The first hot air balloon licensed in Angola advertises Monte Velho wine from Alentejo, one of the leading brands of Esporao Estate, already present in 50 countries worldwide. The producer of wines and olive oils from Alen-tejo and Douro launched “the first licensed hot air balloon as an aircraft in Angola” in July, “an unprecedented initiative in the country,” which, besides promoting the brand, “aims to show stunning landscapes, contributing for the promotion of tourism in Angola”, the com-pany said in a statement. The winery has since 1996 an own representation in Angola, which is one of its main export markets.

“Os vinhos Monte Velho têm uma presença muito forte no mercado angolano, sendo um dos vinhos líderes de vendas. Queremos re-tribuir a confiança dos consumidores ango-lanos, através de iniciativas que possibilitem um maior envolvimento com a comunidade e um contributo para a dinamização cultural, económica e social”, diz Gonçalo Jorge, ges-tor do Esporão em Angola.A empresa, uma das mais importantes na área dos vinhos em Portugal, fundada em 1973 por José Roquette e Joaquim Bandeira, comer-cializa os seus produtos em lojas e restauran-tes em mais de 50 países de todo o mundo.O “Balão de ar quente Monte Velho” tornou--se, segundo a empresa “numa atracção tu-rística. Centenas de pessoas já voaram pelos ares de Luanda e o objectivo será, no curto prazo, percorrer as várias províncias”.

// O primeiro balão de ar quente licenciado em Angola promove o vinho alentejano Mon-te Velho, uma das principais marcas da Her-dade do Esporão, que está presente em 50 países em todo o mundo.O produtor de vinhos e azeites do Alentejo e do Douro lançou “o primeiro balão licenciado com matrícula aeronáutica em Angola” em Julho, “uma iniciativa inédita no país” que, além de promover a marca, “pretende dar a conhecer paisagens deslumbrantes, contri-buindo para a promoção do turismo em An-gola”, refere a empresa em comunicado.A adega tem desde 1996 uma representa-ção própria em Angola, país que constitui um dos seus principais mercados de exportação. As marcas Monte Velho e Esporão estão “no topo de vendas e da preferência dos consu-midores angolanos”.

balão promove viNho português em aNgola

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A ideia é conquistar as pessoas “pela boca”, sendo que a promoção da gastronomia e produtos regionais “é feita nas lojas e restau-rantes do país com constantes degustações”. “Fazemos isto um pouco por todo o país, por-que também temos como objectivo facilitar o acesso a estes produtos, conquistando os clientes pelos sabores dos melhores produ-tos transmontanos”, acrescentou ao Café Portugal.“Conseguirmos dar emprego a 50 pessoas de forma directa e indirecta é, sem dúvida, um forte impulso para o desenvolvimento da região, mas a nossa preocupação é fixá-las”, adianta Luís Portugal, garantindo que a acei-tação pelos consumidores “não podia ser me-lhor”, pois “o feedback das inúmeras degusta-ções e das feiras é muito positivo e enco-rajador”.

produtos alimeNtares traNsmoNtaNos aliam sabor da tradição ao

coNtrolo actual

// A Origem Transmontana é uma empresa com sede em Bragança, Trás-os-Montes, que se dedica à produção, promoção e comercia-lização de produtos tradicionais da região transmontana e está começar o processo de internacionalização. A garantia de qualidade dos produtos comer-cializados é “um factor de máxima importân-cia para a organização, no sentido de satis-fazer as necessidades dos seus clientes e assegurar a inocuidade dos produtos”, segun-do a própria marca. Neste sentido, há a preocupação de traba-lhar em parceira com cozinhas tradicionais certificadas para colocar no mercado produ-tos de elevada qualidade. A Origem Transmontana garante estar pre-sente “nas melhores lojas da especialidade e nas cozinhas dos chefs mais exigentes”. O

espírito de inovação está presente na orga-nização, sendo o seu principal intuito inovar em produtos, descobrir novos sabores e pro-mover a região de Trás-os-Montes. Em relação à internacionalização, já esteve presente em certames em Lyon (França) Lon-dres e Principado do Mónaco e regista expor-tações, embora ainda em pequenas quanti-dades, para a Alemanha, França, Reino Unido e EUA.Para o chef Luís Portugal, responsável pelo projecto, a Origem Transmontana nasceu de “acreditar nos produtos de qualidade supe-rior da região”, como referiu em entrevista ao Café Portugal (http://www.cafeportugal.pt) e aposta na selecção de matérias-primas de “primeira qualidade e na transformação com os princípios de antigamente e com o contro-lo dos nossos tempos”.

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SedeBragança

Actividadealimentar

Início de actividade2010

Número de trabalhadorescinco

Volume de negócios500 mil euros

Volume de negócios na exportaçãocinco mil euros

\\ Origem Transmontana is a company based in Braganca, Tras-os-Montes region, dedicat-ed to the production, promotion and marketing of traditional regional products, which has also initiated the process of internationalization. Ensuring product quality is “a factor of ut-most importance to the organization, as to meeting customer needs and guaranteeing the safety of the products,” according to the brand itself.That is why we look to work with traditional certified kitchens in order to supply the mar-

ket with high quality products.” Origem Transmontana assured us that it is present “in the best retail stores and in the kitchens of the most demanding chefs.” The spirit of innovation is instilled in the organ-ization, and its main aim is to innovate prod-ucts, discover new flavors and promote the region of Tras-os-Montes.In terms of internationalization, it has partic-ipated in fairs in Lyon (France), London and Monaco and exports, although small quanti-ties, to Germany, France, UK and USA.

food products from tras-os-moNtes regioN

ally traditioNal taste to moderN

coNtrol systems

// “Na longa caminhada que é sair de Trás-os-Montes para levar os “Sabores frescos” da tradição ao resto do país, a Origem Transmontana há muito que trilha Portugal, dando a provar uma re-gião, com a marca do despovoamento, mas com excelentes pessoas, produtos e óptima gastronomia.Vencemos batalhas, conquistamos terri-tórios, introduzimos os nossos produtos nos mercados mais apetecíveis e nas cozinhas dos chefs mais exigentes.Hoje, os nossos clientes reconhecem a marca Origem Transmontana.Estamos presentes em lojas da espe-cialidade, de norte a sul de Portugal, Açores e Madeira.Encontram-nos nos maiores eventos nacionais e Internacionais.

Somos já uma referência no mercado da qualidade.Criamos valor nas freguesias, recupe-ramos património e postos de trabalho. É disso exemplo, a recuperação da es-cola primária da Paradinha Nova, trans-formada em cozinha regional.Internacionalizamos a nossa organiza-ção, levamos a saudade dos produtos feitos aqui, definimos nichos de merca-do para melhor servir Portugal.Cooperamos para criar valor aos produ-tos que comercializamos com o selo “Portugal sou eu”. Queremos continuar a estar cada vez mais perto de quem é importante, as pessoas”.João MadureiraDepartamento de Qualidade e Comunicação da Origem Transmontana.

“queremos coNtiNuar perto do que é importaNte, as pessoas”

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Hoje à frente da empresa está também Jorge Elias, o filho do homem que começou a delinear esta história. Ambos acreditam num futuro promissor, com a determinação de quem tem a capacidade de idealizar novos horizontes.

azeite à coNquista de mercados pouco habituados

ao ‘ouro líquido’

// As primeiras linhas desta história foram escritas há mais de 50 anos, quando José Elias, actual presidente da Azeol, iniciou a sua atividade no comércio de azeite e de óleos alimentares. Nessa época a venda de azeite fazia-se porta-a-porta, em bilhas de chapa de ferro, e este produto era um fiel amigo de todas as casas.Com a modernização do sector, também os hábitos de consumo têm vindo a sofrer alte-rações. Actualmente o azeite surge com uma imagem renovada, em embalagens apela-tivas e com características de qualidade superiores. A Azeol tem vindo a acompanhar esta evo-lução desenvolvendo e modernizando a sua estrutura organizacional de forma a dar res-posta aos mercados mais exigentes.Desde a sua fundação que a linha orientado-

ra da Azeol têm sido a internacionalização dos seus produtos. Actualmente possui seis marcas próprias e está presente nos cinco continentes, em 34 países. De todas as mar-cas comercializadas, “Camponês” e “Boa Mesa” são aquelas que maior notoriedade têm jun-to dos consumidores. A marca “Camponês” é hoje líder de mercado em Angola sendo uma referência de qualida-de e confiança no sector dos azeites.Em 2013 foram inauguradas as novas insta-lações, com uma área total de 36 mil metros quadrados, e uma capacidade de armazena-mento a granel de quatro milhões de litros. Com um volume de negócios crescente, a Azeol conta também com a comercialização de outros produtos, como: o tempero por-tuguês, o vinagre, as azeitonas e o atum em conserva.

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SedeTorres Vedras

Actividadecomércio e exportação de azeite, óleos alimentares, tempero português, azeito-nas, vinagre e atum em óleo vegetal

Início de actividade1975

Número de trabalhadores53

Volume de negócios+ de 22 milhões de euros

Volume de negócios na exportação17 milhões de euros

“apostamos em países como a chiNa e a íNdia”// “A internacionalização da Azeol teve início há mais de 30 anos e é, desde então, o nosso principal foco. Estamos presentes em mais de 34 países, onde o azeite tem lugar de destaque na culinária e alimentação locais. Os PALOP (Países Afri-canos de Língua Oficial Portuguesa) e o Brasil são bons exemplos. Desenvolve-ram a sua gastronomia em redor deste produto e, hoje, absorvem grande parte do que exportamos.Sendo uma empresa empreendedora, o maior desafio da Azeol tem sido a sua pre-sença constante nos países que só agora começam a cultivar os hábitos de con-sumo de azeite e a conhecer as suas propriedades.Apostamos em países como a China e a Índia, ainda pouco familiarizados com este produto e que já começam a conhecer e a consumir o nosso azeite.Pretendemos “semear” o nosso futuro junto de outras culturas, dando a conhe-cer aos quatro cantos do mundo o paladar dos nossos produtos, acreditando que essa experiência irá reflectir-se numa alimentação saudável e cheia de sabor.” Jorge Elias, administrador da Azeol

José e Jorge Elias, administradores da Azeol

olive oil is coNqueriNg marketsuNaccustomed to the “liquid gold’’ \\ The first lines of this story were written over 50 years ago, when Joseph Elias, the current CEO of Azeol, started his own olive oil and edible oil business. Back then, olive oil was sold in churns and delivered door-to-door, and this product was a faithful friend to all households. With the modernization of the sector, also consumer habits have been undergoing changes. Currently the olive oil comes with

an improved image, in appealing packaging and superior quality characteristics. Azeol has been following this trend by de-veloping and modernizing its organizational structure to meet the needs of the most de-manding markets. Ever since its establishment, the company has been oriented towards product internation-alization. Currently it has six own brands and is present in all five continents, in 34 coun-tries. Of all brands, “Camponês” (which means Peasant) and “Boa Mesa” (Good Food) are those that have higher reputation among consumers. The brand “ Camponês “ is today a market leader in Angola being a reference for qual-ity and reliability in the oil sector.

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reduziam-se a juntar ervas aromáticas e a Salmarim adicionou alcaparras, limão ou azei-tona. Provocávamos os apreciadores de cozi-nha, com ofertas requintadas”, adianta.Hoje a marca colabora com chefs e empresas em quatro continentes. Exporta para a Ale-manha, França, Inglaterra, Polónia, Bélgica, Suécia, China, Canadá, Angola, Japão, entre outros países. Apesar da maior parte ser ven-dida em Portugal, o destino da produção são cozinhas no exterior.A Salmarim começou a orientar a estratégia para a colocação da flor de sal no mercado externo desde 2013 (cinco anos decorridos desde a criação da marca).

// O projecto Salmarim - Sal de Castro Marim, abreviado - nasceu em 2007, quando Jorge Raiado e Sandra ficaram a tomar conta das salinas adquiridas pelo pai dela, na mesma altura em que nascia João, o primeiro filho do casal. Foi uma altura de mudança, sobretudo para o empresário, que “trocava a construção civil pela natureza”. “Nesse ano vendemos a produção a uma em-presa de Espanha. E foi um sinal, o mercado pedia e nós tínhamos. Durante mais dois anos continuámos a vender parte da colheita, até que decidimos sermos nós a comercializar na integra”, conta Jorge Raiado.Nesta altura, o chef Henrique Mouro, que já

colaborava com a merca, da qual é um dos rostos, bem como o poeta José Carlos Barros, responsável pelos textos, ajudaram a alavan-car a Salmarim. “Depois fomos crescendo, ga-nhando mercado pela alternativa. Nunca de-sejamos ser únicos, mas oferecer uma flor de sal que fosse, para os apreciadores e profis-sionais, cuidada e com aromas”, explica o res-ponsável pela empresa.“E são os aromas e as suas embalagens que marcam a nossa primeira imagem. As caixas de cartão com design, atractivas, com ar vin-tage depressa chegaram à loja d’A Vida Por-tuguesa ou ao gourmet do El Corte Inglês. Na altura os aromas produzidos em Portugal

flor de sal do algarve chegaaos quatro caNtos do muNdo

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gourmet salt from the algarve reachesthe four corNers of the world \\ The Salmarim project- abbreviated form of Salt from Castro Marim - was born in 2007 when Jorge Raiado and Sandra were in charge of the salt pans purchased by her father, at the same time when João was born, the cou-ple’s first child. It was a time of change, espe-cially for the entrepreneur who “moved from construction to nature.” “That same year we sold the production to a company in Spain. The market was giving us a sign, there was demand and we had what to offer. We continued to sell part of the har-vest for two more years, until we decided to market it all by ourselves”, says Jorge Raiado. At this point, Chef Henrique Mouro, who had already been collaborating with the brand and is one of its faces, together with the poet José Carlos Barros, responsible for the texts, helped leverage Salmarim. “Then we started to grow, gaining market share with alterna-tive products. We never wished to be exclu-sive but rather offer fleur de sel (gourmet salt) with good presentation and different fla-vors that is preferred by consumers and profes-sionals”, explained the manager of the company. “In fact it is the flavors and packages that set our first brand image. The vintage style card-board boxes with attractive design made it quickly to d’A Vida Portuguesa store and gour-met section of El Corte Ingles. Back then the aromas from Portugal were obtained by mix-ing herbs and Salmarim added capers, lemon or olive. We were tempting food connoisseurs with exquisite offerings”, he further adds.

muito mais do que salgar comida// A Salmarim caracteriza-se pela produção - se assim podemos chamar, dado que “apenas colhe o que a natureza nos proporciona” -, de flor de sal natural ou com aromas, seca, com volume, certificada pela Sativa e Nature & Progres com referencial de Flor de Sal Artesanal, colhida na Reserva Natural do Sapal de Cas-tro Marim. A flor de sal é colhida manualmente, escorre e seca ao sol, de modo natural e assim é embalada e colocada em cada mesa. Mas o que é a flor de sal? O que a diferencia do sal grosso e do sal industrial? O sal grosso artesanal e a flor de sal formam-se na mesma salina - a àgua do mar evapora e na salmoura forma-se o cloreto de sódio no fundo do talho. A flor de sal forma-se na concentração de salmoura, mas num processo de evapo-ração, já que é uma fina camada que fica à superfície da água no final do dia ou ao amanhecer, conforme as condições meteorológicas, colhida manualmente de imediato para não engrossar. O sal industrial é apanhado mecanicamente, sujeito a lavagens e “remineralizado”. Os dois primeiros destacam aromas, enquanto o segundo salga apenas o alimen-to, não lhe conferindo mais valias.

SedeCastro Marim, Algarve

Actividadeextracção e comercialização de sal e flor de sal artesanal

Início de actividadea marca Salmarim foi registada em 2008 e a Insonso Salmarim criada em Janeiro de 2012

Número de trabalhadoresdois

Volume de negócios80 mil euros

Volume de negócios na exportação15%

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mais aNtiga coNserveira do muNdofaz 160 aNos com Novos produtos

// A empresa portuguesa Ramirez, que expor-ta 64% da produção para mais de 50 mercados dos cinco continentes, colocou em Julho nos circuitos comerciais uma edição comemorati-va da lata de conservas de atum em óleo ve-getal, para assinalar os 160 anos de actividade.A aguarela, da autoria do pintor Sérgio Re-mondes, que dá um novo colorido à litografia da lata, faz “o retrato de uma família radiante e satisfeita, que cresce dia após dia, na mes-ma proporção da generosidade das latas da marca”, explica Manuel Ramirez, presidente da empresa.Na pintura foram fixados todos aqueles a quem a marca pretende agradecer pela sua longevidade. “Retratamos todos os que, em vários mercados, nos honram com a sua pre-ferência e nos ajudam a construir uma marca global”, adianta Manuel Ramirez.“Nestes 160 anos de atividade, o nosso reco-

nhecimento é extensível às gentes do mar, que com bravura para nós pescam, bem como a todos os nossos colaboradores, que com esforço e entusiasmo connosco partilham trabalho e êxitos”, conclui.A Ramirez é mais antiga empresa mundial do sector das conservas de peixe em laboração e está também a construir uma nova unida-de fabril, em Lavra, Matosinhos. Esta fábrica, que representa um investimento de 18 mi-lhões de euros, permitirá duplicar a capacida-de da unidade atual. Entretanto, a empresa relançou a histórica marca “La Rose”, que no século XX interna-cionalizou os nomes de Portimão e de Portu-gal em países como Inglaterra, Bélgica, Fran-ça, Alemanha, EUA e Holanda.A produção da marca foi suspensa no final da década de 1970 e regressou agora ao edifício onde nasceu, em 1902, a antiga fá-

brica “Feu Hermanos”, hoje Museu de Porti-mão, onde foi relançada no 6º aniversário do espaço museológico, no dia 24 de Maio.Apesar de estar fora do mercado há mais de 30 anos, a “La Rose” goza ainda de um capi-tal de simpatia enorme em Portugal e no estrangeiro. As identidades vintage são também muito apreciadas em vários mer-cados. Prevê-se, por isso, que a marca possa ter algum impacto nas vendas da empresa no médio e longo prazo”, afirma Manuel Ramirez, administrador, filho do presidente do conselho de administração e membro da quinta geração da família à frente dos desti-nos da empresa.No imediato foram colocadas à venda 100 mil latas de duas referências – sardinhas em azeite e atum em azeite – em Portugal. Estão também a ser trabalhados alguns dos históri-cos mercados internacionais da “La Rose”.

manuel ramirez Presidente da empresa

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Sede / UnidadesMatosinhos e Peniche

Actividadeconservas de peixe

Início de actividade1853

Número de trabalhadores180

Volume de negócios30 milhões de euros/ano

Volume de negócios na exportação64%

Vendas45 milhões de latas/ano

Produtos55 referências de conservas de peixe

the oldest caNNiNg factory celebrates 160 years of busiNess with New products

\\ The Portuguese company Ramirez, which exports 64% of what it produces to more than 50 markets in all five continents, placed on the market in July an anniversary edition of cans of tuna in vegetable oil, to mark 160 years of activity. The painter Sergio Remondes conferred new colorful lettering and illustration of a radiant and happy family, which grows in number day after day, in proportion to the generosity of

the brand´s cans,” explains Manuel Ramirez, CEO of the company. The illustration had all those who the brand wanted to thank for helping it reach so far. “We pictured all those who across the world honor us with their preference and help us build a global brand”, further said Manuel Ramirez. “Throughout all these 160 years of activity, our gratitude also goes to the fishermen, who bravely fish for us, as well as to all our employees whose hard work and enthusi-asm are part of our success” he concluded. Ramirez is the world’s oldest canning com-pany to operate in the canned fish sector and it is also building a new plant in Lavra, Matosinhos. This plant, which represents an investment of € 18 million will double the ca-pacity of the current production unit.

ciNco gerações de iNovaçãoe aposta Na iNterNacioNalização// O processo de internacionalização da Ramirez, distinguido pela Associação Industrial Portuguesa, iniciou-se no sé-culo XIX e privilegiou “uma forte políti-ca de identidade própria”, criando e co-mercializando marcas como a “Cocagne” no Benelux (exportada desde 1906 e que assinalou recentemente 100 anos de actividade na liderança neste mer-cado); a “Tomé” nas Filipinas, Canadá e EUA; a “Al Fares” no mundo árabe, a “Gabriel” na África do Sul ou a “Mistral” na Venezuela.A exportação “continua em plena expan-são”, solidificando a presença contínuada Ramirez nos mercados da Áustria, Espanha, Bélgica, Holanda, Luxembur-go, França, Brasil, Inglaterra, Suíça, Áfri-ca do Sul, Canadá, EUA, Venezuela,

Angola, Moçambique, Alemanha, Israel, Japão, China e Austrália.A marca detém a maior gama de conser-vas de peixe no mercado: 16 conservas de atum, 17 conservas de sardinha, seis conservas de cavalas e sete espe-cialidades, fabricadas com recurso a pescado diverso, dos mexilhões ao pol-vo, com passagem pelo bacalhau ou pelas lulas e anchovas. Para responder às maiores necessida-des de conveniência dos consumidores, apostou no lançamento de refeições prontas em conserva: bacalhau à portu-guesa, bacalhau com grão e atum assa-do à algarvia, com grão, com milho e feijão vermelho, com feijão frade, com maionese e vegetais, com salada russa e maionese, ou sardinhas em caldeirada.

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noticiário

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armários automáticoseNtram Na américa latiNa

A empresa portuguesa de fornecimento de armários automáticos verticais VRC anunci-ou em Julho a abertura de um escritório em Bogotá, na Colômbia, dando continuidade à estratégia de expansão para mercados emer-gentes, que começou no ano passado com a entrada no Chile.A marca de Vila Nova de Famalicão registou um crescimento de 42% em 2013, face ao ano anterior, resultado das operações realiza-das na América do Sul.A empresa, com 20 anos de actividade, “está orientada para a instalação dos sistemas de armazenamento verticais mais inovadores e pretende manter esta estratégia na Colôm-bia”. “A operação tem de ser assumida com valências locais de marketing, vendas e ser-viço ao cliente. É uma fórmula simples, mas que exige muito sacrifício e dedicação”, ex-plica José Ribeiro da Cunha, administrador da VRC. “O contrato de distribuição com a Hänel Gmbh, para a Colômbia, é um importante activo, pois trata-se de um mercado com a dimensão da Península Ibérica, emergente, com enorme potencial de crescimento, e que carece de tecnologia”, adianta José Ribeiro da Cunha.A VRC é o distribuidor oficial da Hänel nas operações em Portugal, Espanha, Chile e Co-lômbia.A marca portuguesa foi fundada em 1993, pela família Vaz Ribeiro da Cunha e dedica-se a 100% ao fornecimento de armários auto-máticos verticais.

projecto.A “Delicias da Estrela” (www.deliciasdaestrela.pt) dedica-se me exclusivo à comercialização de produtos tradicionais da região das Bei-ras, como o Queijo Serra da Estrela, enchidos ou compotas.A “Delicias da Estrela” “é a única loja de co-mércio electrónico a utilizar caixas EPS (esfe-rovite) com certificado alimentar nos seus envios, trabalhando apenas com produtos pré-embalados”, afirma Miguel Gonçalves, que pretende atrair o ‘mercado da saudade’, todos os apreciadores dos produtos tradi-cionais e aqueles que valorizam a tradição beirã.

// A “Delicias da Estrela”, que se assume como “a maior loja de comércio electrónico gourmet portuguesa”, quer “dinamizar a re-gião das Beiras e promover a sua gastrono-mia além-fronteiras, garantindo uma rede eficiente, com uma cobertura de todos os estados-membros da União Europeia”.A loja, inaugurada em Maio e representante de uma marca que existe desde 2012, avan-çou em Julho para a comercialização e di-vulgação de produtos da Serra da Estrela, sendo “a marca mais representativa da re-gião nas redes sociais, ultrapassando mais de 154 mil seguidores no Facebook”, garante Miguel Gonçalves, um dos responsáveis pelo

produtos gourmet da estrela

a camiNho da uNião europeia

gourmet products from estrela oN

their way to eu

\\ “Delicias da Estrela”(Delicious foods from Estrela), which is considered to be “the largest Portuguese gourmet store online” aims to “boost the economy in the Beiras region and promote its cuisine across bor-ders, ensuring an efficient network, with coverage of all European Union member states.”The store, inaugurated in May and represen-tative of a brand that exists since 2012, moved in July to the sale and distribution

of “Serra da Estrela” products “the most representative brand of the region in the social networks, with over 154 000 follow-ers on Facebook “assures Miguel Gonçal-ves, one of the project leaders.“Delicias da Estrela” (www.deliciasdaestrela.pt) is dedicated exclusively to the sale of traditional products from the Beiras region, as the Serra da Estrela cheese, sausages or preserves.

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cil enviar menos de um contentor, uma ques-tão muito importante”.“É necessário arranjar uma plataforma de empresas para fazer grupagens, sobretudo com produtos complementares que não sejam concorrenciais. Às vezes fala-se da interna-cionalização, mas fazê-la com os nossos pro-dutos não é óbvio. Queríamos estar a fazê-la há muito tempo, mas não é muito simples, até porque na internacionalização só conhe-ço dois produtos tipicamente portugueses: o vinho do Porto e os pastéis de nata”, adianta.A marca está presente em Espanha – que recebe a grande maioria dos produtos expor-tados - , França, Luxemburgo, Suiça, Holanda e Angola.

ovos moles e gelados de aveiroquerem adoçar mercado exterNo

// A marca de doces regionais Fabridoce tem como linhas de orientação estratégica “Inovar mantendo a tradição” e “O bom gosto reco-nhecido, vende-se melhor”, e está apostada em aumentar as exportações dos seus pro-dutos, sobretudo os tradicionais ovos moles e os gelados de sabor típico português.A ultracongelação do doce certificado avei-rense, com um prazo de validade de seis me-ses – mais 12 dias após a descongelação – “vai contribuir decisivamente para a entrada do produto no mercado”, refere Rui Almeida, sógio-gerente da empresa com sede em Ca-cia, Aveiro.Até agora, exportar os “Ovos Moles de Aveiro” era “uma tarefa difícil, pelo prazo de validade

e por ser um produto desconhecido noutros países”, mas a ultracongelação permite que acompanhe outros doces fabricados na Fa-bridoce no caminho da internacionalização, como sejam os fios de ovos, castanhas de ovos, pão-de-ló, truffas de ovos moles, quei-jinhos de amêndoa com ovos moles e mós de chocolate.“A exportação é um factor determinante se quisermos continuar a crescer e a diversifi-car o nosso mercado e tipologia de cliente, que neste momento esta muito concentrado na moderna distribuição”, afirma Rui Almeida, explicando que “quando falamos na Europa, o envio é relativamente pacífico, no entanto se falarmos para fora da Europa é muito difí-

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market”, says Rui Almeida, owner and man-ager of the company based in Cacia, Aveiro. So far, export of the “Ovos Moles de Aveiro” has been “a difficult task, due to the rela-tively short shelf-life and unfamiliarity with the product” but the deep freezing permits it to accompany other Fabridoce sweets on the path to internationalization, such as the egg threads, egg chestnut cookies, sponge-cake, “soft eggs” truffles, almond cakes with “soft eggs” and chocolate. Exporting is a key factor if we are to continue to grow and diversify our markets and clients, which at the moment are mainly focused on the modern type of distribution”, says Rui Al-meida, explaining that “speaking of Europe, the shipment process is a relatively smooth one; not at all so when it comes to shipping outside Europe, it is very difficult to send less than one container, an issue we must not overlook.”

SedeQuintã do Loureiro, Cacia

Actividadepastelaria

Início de actividade09/01/1989

Número de trabalhadores47 (n.º médio)

Volume de negócios3,2 milhões de euros

Volume de negócios na exportação25%

“procuramos mercados em que o produto seja iNovador”// O ano passado fica como uma refe-rência para a empresa, porque começou a ultracongelar os ovos moles, mas tam-bém porque lançou no mercado uma linha de gelados de alta qualidade e genuíno sabor português.“Os sabores de Portugal” são uma gama de gelados “de enorme sucesso”. Rui Almeida define-a como “um produto di-ferenciador de qualidade acima da média e um sabor genuinamente português.

É apresentado em embalagens de 150 e 450 mililitros e numa cuba de cinco litros, neste caso com a clara intenção de expor-tar o produto português.A empresa, fundada em 1989, entrou no ano 2000 nas grandes superfícies comer-ciais. Apesar disso, “tenta estar num mer-cado em que haja menos concorrência, em que o produto seja inovador. Sabemos que não é para vender aos biliões”, expli-ca o sócio gerente.

“Continuamos a querer vender e pro-duzir produtos tradicionais, mas ino-vando na forma de os comercializar, embalar e de os apresentar do ponto de vista comercial”, diz Rui Almeida, destacando que “a Fabridoce pretende crescer nos próximos tempos por via das exportações. Por isso, tem investi-do muito na criação de novos produtos, na forma de embalamento e conserva-ção e na certificação”.

traditioNal sweets from aveiro waNt to sweeteN the exterNal market\\ Fabridoce, a brand of traditional regional sweets has as strategic guidelines “Innovate by preserving the tradition” and “The well--known good taste, sells better,” and is cur-rently working to increase exports of its prod-ucts, especially the traditional ´ovos moles´ (“soft eggs” - wafer-like outer casing with a filling made from egg yolks, sugar and water) and traditional Portuguese ice cream. The deep freezing of the certified tradition-al sweet from the Aveiro region allows its conservation for up to 6 months – and extra 12 days after defrosting - “and is decisive for placing the products on the international

Foto

: Diá

rio d

e Av

eiro

rui almeida, sócio-gerente da Fabridoce

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meira da marca portuguesa no exterior, que em território nacional tem capacidade para fazer 350 milhões de cápsulas ao ano - me-tade destinadas à exportação.A empresa dedica-se à produção de cápsulas desde 2004 e factura 20 milhões de euros por ano. Está no mercado brasileiro (desde Março do ano passado) e noutros nove países: Alemanha, Argélia, Bélgica, Espanha, França, Israel, Itália, Rússia e Suécia.

// A família Telles vive intensamente a pai-xão pelo café desde 1900. Antes da inau-guração da Brasileira (no Porto, Lisboa e Coimbra) em 1905, já a família plantara e comercializara café no Brasil. Em Portugal, a fábrica para torrefação e comercialização de café - Cafa Armázens de Café -, foi cria-da em 1960. Desde então, todo o trabalho desenvolvido permitiu ao herdeiro e actual presidente da Galvão & Noronha – Óscar Telles de Noronha Galvão – dar seguimento ao negócio de famí-lia, garantindo o crescimento sustentado e a existência, hoje, da marca Kaffa Cafés.Empenhado na investigação, inovação e mo-dernização, aposta num “processo de torre-fação de excelência, totalmente controlado e automatizado, e nas melhores combinações de lotes de café do mundo. O resultado é um cremoso café natural, sem quaisquer aditivos ou produtos químicos”. Actualmente, a empresa dedica-se à produ-ção de café encapsulado, comercializando di-versos tipos de cápsulas, com cores e pack-

aging distintos, na sua unidade fabril em Trajouce, Cascais, onde investiu três mi-lhões para aumentar em 350% a produção por ano.Entretanto, a Kaffa investiu um milhão de euros (três milhões de reais) numa fábrica de cápsulas em Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, que entrou em funcionamento em meados de Julho, com capacidade para produzir 60 mi-lhões de cápsulas por ano.A fábrica situa-se junto à sede da Café Utam, parceira da Kaffa, que importou quatro mi-lhões de cápsulas no ano passado. As nacio-nais servem diferentes marcas, são compatí-veis com as máquinas da Nespresso e entre 30% e 40% mais baratas do que as vendidas pela Nestlé.A Kaffa dedicou mais de um ano ao desen-volvimento de uma linha exclusiva para a companhia brasileira Utam, recentemente lançada, e comercializa uma máquina própria, produzida em Portugal, que poderá ser ex-portada para o Brasil.Esta unidade de produção no Brasil é a pri-

café português acelera eNtradaNo brasil com coNstrução de fábrica

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empresas

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SedeCabra Figa

Actividadebebidas

Início de actividade1960

Número de trabalhadores52

Volume de negóciosn.d.

Volume de negócios na exportaçãon.d.

“a empresa desde sempre apostou Na iNvestigação e Na iNovação”// “A Kaffa é uma empresa que, desde sempre, apostou na investigação e na inovação para o desenvolvimento e produção de novos produtos. Sempre considerámos que este é o caminho certo para oferecer aos nossos clientes produtos de elevada qualidade. Por isso, continuamos empenhados no de-senvolvimento de soluções inovadoras. E, de facto, estamos muito satisfeitos com o trabalho que temos vindo a de-senvolver que é visível nos bons resul-tados alcançados em Portugal e que nos transporta agora para o cenário in-ternacional, com a abertura da nova fá-brica no Brasil.Ficamos ainda mais orgulhosos quan-do encontramos uma equipa totalmen-

te portuguesa a trabalhar neste pro-jecto. Somos uma marca portuguesa, realizada por uma equipa 100% nacio-nal e, em anos de crise, é para nós mui-to gratificante poder contribuir para a melhoria do cenário económico em Por-tugal e assistir à expansão da marca para os mercados internacionais. O projeto que iniciámos no Brasil é exemplo do empenho, esforço e dedica-ção de toda a equipa Kaffa Cafés, repre-sentando não apenas o reconhecimento do nosso trabalho, mas também o reco-nhecimento da lealdade, honestidade e transparência que sempre defendemos e continuaremos a defender”.Óscar Telles de Noronha Galvão, presidente da Galvão & Noronha, proprietária da Kaffa Cafés

portuguese coffee speeds up eNtryiNto brazil by buildiNg a factory\\ The Telles family have been intensely pas-sionate about coffee ever since 1900. Be-fore the opening of the Café a Brasileira (in Porto, Coimbra and Lisbon) in 1905, the fam-ily used to plant and sell coffee in Brazil. In Portugal, the coffee roasting factory – “Cafa Armázens de Café” - was created in 1960. Since then, all the work done allowed the heir and current president of Noronha & Galvão -

Oscar de Noronha Galvão Telles - to contin-ue the family business, by ensuring sus-tained growth through its own brand - Kaffa. Engaged in research, innovation and mod-ernization, the company uses “computer-controlled roasting process, mastered to perfection, and blending of varieties of cof-fees from around the world. The result is a natural creamy coffee, without any additives or chemicals”. At present, the company is dedicated to the production of coffee capsules, selling vari-ous types of capsules, with different colors and packaging at its plant in Trajouce, Cas-cais, in which it has invested three million Euros to increase production by 350% per year.

Meanwhile, Kaffa has invested one million euros (three million dollars) in a capsule factory in Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil, which started operations in mid-July, with capacity to produce 60 million capsules per year.

Óscar telles de noronha galvãopresidente da Galvão & Noronha, proprietária da Kaffa Cafés

Foto

: DN

Ang

ola

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noticiário

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grupo leNa vai coNstruirdois hotéis por 60 milhões

700 milhões de euros, com destaque para os hospitais de Tamanrasset e de Blida, e o complexo imobiliário “La Tour des Galets”, em Oran, num investimento de 5,6 milhões de euros.“A internacionalização é um dos pilares de crescimento do Grupo Lena, com um peso de 55% nas actividades em 2013, prevendo-se que ultrapasse os 90% em 2018”, refere Joa-quim Paulo Conceição, presidente da comis-são executiva do Grupo Lena.“Queremos ser um dos principais grupos ibé-ricos ligados à construção, ambiente e ener-gia, com uma presença internacional susten-tada, rentabilidades ao nível das melhores práticas e uma estrutura de capitais equili-brada”, conclui o responsável.

// O Grupo Lena vai construir duas unidades hoteleiras, uma de quatro estrelas, na maior província da Argélia, Tamanrasset, e outra de três estrelas em Setif, no valor global de 60 milhões de euros, anunciou em Julho a em-presa de Leiria.As duas empreitadas foram adjudicadas pela Direcção Central das Infra-estruturas Milita-res, do Ministério da Defesa da Argélia, e re-forçam a presença no grupo português no país, onde se encontra desde 2005.As principais obras realizadas pelo Grupo Lena na Argélia ascendem a 117 milhões de euros, com recurso a meio milhar de cola-boradores locais e quatro dezenas de expa-triados.Em curso estão dez empreitadas, no valor de

curtumes coNquistammercado da aeroNáutica

A indústria portuguesa de curtumes aumen-tou sete vezes o volume de exportações des-de o início da década de 90, está menos dependente do sector do calçado e poderá atingir este ano um volume de negócios pró-ximo do recorde, revelou a Associação Portu-guesa da Indústria de Curtumes (APIC), em Alcanena, Santarém. Os curtumes nacionais, com 200 anos de existência, atravessam um dos melhores momentos, tem-se modernizado, diversificado áreas de negócio e conseguiu aumentar a quota de exportação de 5% para 35%, desde 1990 até ao corrente ano, segun-do o secretário-geral da APIC, Gonçalo Santos, que falava na conferência comemorativa do 20º aniversário do Centro Tecnológico das In-dústrias do Couro. O sector afirmou-se nos últimos anos, acompanhando outros grandes produtores, como Itália e França, e atingiu um resultado melhor que Espanha, embora o nos-so país tenha menos empresas. A evolução das exportações “tem sido muito positiva” para um sector que deixou de depender quase exclusi-vamente do calçado (de 90% na década de 90 para 73% no ano passado) e entrou em áreas como o vestuário, aeronáutica e automóvel.

leNa group to build two hotels for 60 millioN\\ Lena Group will build two hotel units, one four star hotel in the largest province of Algeria, Tamanrasset, and another three star hotel in Setif, amounting to 60 million euros, as the company from Leiria announced in July. The two contracts were awarded by the Dir-ectorate-general for Military Infrastructure, of the Ministry of Defense of Algeria, and re-inforce the Group´s presence in the country, where it has been operating since 2005. The main infrastructure works by Lena Group in Algeria amount to EUR 117 million, provid-ing employment to several hundreds of lo-cals and dozens of expatriates.

paulo conceição, presidente da comissão executiva do Grupo Lena

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pescado coNgelado iNveste para aumeNtar veNdas

No estraNgeiro

// A Beira Nova é uma empresa com mais de uma década de existência, mantendo um crescimento sustentado no sector da trans-formação e comercialização de pescado con-gelado. Vocacionada, para o mercado exter-no, prepara um conjunto de novos produtos para reforçar o seu posicionamento a nível internacional. A empresa é o resultado de um projecto fa-miliar e da visão empreendedora de António Rodrigues, o seu fundador com mais de 30 anos de experiência fabril e comercial na área do pescado, vocacionado prioritariamente para o mercado externo. A continuidade do projecto está nas mãos da segunda geração da família, que assume a gestão e a estraté-gia marca.Susana, Frederico e Bruno Rodrigues man-têm a tendência de crescimento da empre-sa, com 30% do volume total de venda con-seguido no mercado externo. “O propósito inicial da Beira Nova, ainda que continue a tratar-se de uma empresa familiar, sempre englobou o mercado externo, que em 2013,

cresceu cerca de 10%”, diz Frederico Ro-drigues.“É um crescimento de elevada importância quando nos enquadramos no panorama ac-tual do sector. O investimento em inovação, quer seja no produto, na embalagem, no tipo de abordagem ou no marketing são hoje prio-ridades na nossa empresa. As exigências alteraram-se e temos de estar preparados para responder à altura”, conclui.A marca vai ampliar as instalações com o ob-jectivo de aumentar o volume de negócios em 2,5 milhões de euros nos próximos três anos e criar 15 postos de trabalho.A câmara de Viseu – a unidade está instala-da na Zona Industrial de Coimbrões – deu fevereiro a autorização prévia ao projecto de expansão da unidade, que despachou em apenas cinco dias, segundo o jornal ‘Correio Beirão’.As novas instalações permitirão aumentar asexportações, duplicar a actual área de produ-ção e quadruplicar a capacidade de armaze-nagem, “com um padrão de qualidade de re-

ferência no sector a nível europeu”, nomea-damente com novas linhas de embalamento e processamento de pescado.A ampliação da unidade industrial da Beira Nova traduz-se num investimento de um mi-lhão de euros.

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frozeN fish compaNy iNvests iN orderto iNcrease sales abroad \\ Beira Nova is a company with over a dec-ade of existence, maintaining a sustained growth in the frozen fish sector. Export-oriented, it prepares a set of new products to strengthen its position internationally. The company is the result of a family project and entrepreneurial vision of António Rod-rigues, the founder with over 30 years of industrial and commercial experience in the processing and selling of fish, primarily to the overseas market. The continuity of the project is in the hands of the second genera-tion of the family, which has taken over the brand management and strategy. Susana, Frederico and Bruno Rodrigues keep the company on the upward trend, with 30% of total sales achieved in the external mar-ket. “The original objective of Beira Nova, still essentially a family business, has always included the foreign market, which in 2013 grew about 10%,” says Frederico Rodrigues.

SedeViseu

ActividadeIndústria e transformação de pescado congelado

Início de actividade2001

Número de trabalhadores37

Volume de negócios8,5 milhões de euros (2013)

Volume de negócios na exportação31%

“Não estamos iNteressados em quaNtidade, mas em qualidade”// Para melhorar as respostas, tanto no mercado externo como interno, a Beira Nova apostou na melhoria do processo produtivo e prevê a ampliação da unida-de fabril. “Na Beira Nova não estamos interessados em produzir em quantidade, mas sim em qualidade e com uma capacidade de resposta diferenciadora. O pró-ximo investimento está relacionado com a ampliação da unidade fabril, que bene-ficiará todo o negócio da empresa”, explica Frederico Rodrigues.A Beiranova, Aquatis e Saborearte são as marcas da empresa para o mercado in-terno e externo, nomeadamente para a Europa, Angola, EUA e Canadá.“Temos consciência de que comercializamos um produto que é testado de manhã à noite pelo cliente final. Quando decepciona no prato, sabemos que podemos ser preteridos. Por isso, temos de ser muito exigentes na compra e na produção, principalmente quando nos propomos a abordar novos e exigentes mercados, tornando-se a qualidade o guião para a prossecução dos nossos objectivos”, des-taca Frederico Rodrigues.

“It is a very important increase given the cur-rent background of the sector. Investment in innovation, in terms of product, packaging, sales approach or marketing are top priori-ties of our company at the moment.”

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// A marca portuguesa de sabonetes Olivae, nascida no coração do Alentejo, aposta este ano na internacionalização, sobretudo para os países do Leste e nórdicos, regiões onde obteve boa aceitação em resultado dos pri-meiros contactos comercias promovidos em 2013.A bióloga Elza Neto e a engenheira zootécni-ca Carla Janeiro são as responsáveis por este projecto, que agarraram em mãos – literal-mente, uma vez que toda a produção é arte-sanal – em 2011 com o objectivo de contribuir para a valorização dos recursos de qualidade portugueses.A ideia inicial era aproveitar as propriedades da folha de oliveira, que possui componentes com benefícios para a saúde, designadamen-te com acção antimicrobiana e antioxidante. O problema é que os benefícios se perdem du-

saboNetes artesaNais de leite de cabraembelezam países do Norte e do leste

rante o processo de produção dos sabonetes.No entanto, Elza Neto e Carla Janeiro adqui-riram conhecimentos sobre a saboaria arte-sanal e decidiram explorar outros recursos locais, como o leite de cabra serpentina, pelos seus benefícios para a pele.O projecto já levava dois anos e meio de de-senvolvimento quando, a 15 de Outubro de 2013, foi criada a empresa Planetalfazema para produzir e comercializar os Olivae.Usando apenas métodos tradicionais, os sa-bonetes são feitos a partir de azeite virgem, leite de cabra serpentina, cera de abelha e óleos essenciais biológicos, podendo ser per-sonalizados com diferentes aromas, formas, dimensões ou embalagens.A Planetalfazema conseguiu em Janeiro des-te ano primeiro parceiro internacional, para os mercados do Leste da Europa; a Spartsmore

que representa a Olivae em hotéis e SPAs na Estonia, Letónia, Lituânia, Finlândia e Suécia.Os sabonetes, cuja comercialização começou em Abril de 2013, estão à venda em 30 lojas e mercearias em Portugal e uma em Barcelo-na, além de hotéis.A marca está a estabelecer contactos com outros países, sobretudo do Norte da Euro-pa, onde o preço de venda ao público é três vezes superior ao praticado em Portugal e já tem distribuidores em Espanha e na Europa do Leste.

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asseNte em produtos Naturais portugueses// O conceito passa pela produção de sabonetes naturais que limpam e nu-trem a pele, livres de produtos químicos, recorrendo exclusivamente a matérias--primas portuguesas de elevada quali-dade. O azeite virgem e o leite de cabra serpentina são os dois principais ingre-dientes.Obtido a partir da moagem, prensagem e centrifugação das azeitonas, o azeite é utilizado desde há muito no fabrico de produtos cosméticos. Excelente con-dicionador da pele, o ácido oleíco possui características emolientes e humectan-tes. Por um lado, lubrifica a superfície da pele, conferindo-lhe maciez e lisura; por outro, aumenta o volume de água retida na camada superior da pele, atra-vés da captura da humidade do ar. Rico

em vitaminas A, D, K e E, o azeite é tam-bém um poderoso antioxidante que ajuda a retardar o envelhecimento da pele.O leite de cabra contém uma mistura de ingredientes extraordinários para a saúde da pele, conferindo-lhe suavidade e bem estar. Os triglicéridos presentes, com pH semelhante ao da pele, ajudam a hidratar e a manter a pele em equilíbrio. É rico em vitamina A, que desempenha funções vitais a nível da manutenção do tecido epitelial.O leite utilizado nos sabonetes Olivae provém da raça serpentina. A cabra ser-pentina resultou de cruzamentos de ani-mais trazidos em tempos remotos para a Península Ibérica por povos de várias origens. E aí, face a condicionalismos ambientais e alguma selecção morfológi-

ca, deram origem a uma população de acentuada homogeneidade, merecen-do posteriormente o estatuto de raça. É a raça de caprinos com maior expres-são no Sul do País, mas ainda assim a população actual é reduzida, estando por isso classificada como em vias de extinção.Os aromas dos sabonetes Olivae são conferidos exclusivamente por óleos essenciais 100% puros e biológicos, obtidos pela destilação de plantas a vapor de água. A preferência por óleos obtidos a partir de plantas da flora por-tuguesa, como o alecrim, o rosmaninho e o tomilho bela-luz, autóctone da Pe-nínsula ibérica, constitui um contributo para a valorização dos recursos natu-rais endógenos.

SedeMonte da Roseira, Courelas da Azaruja

Actividadeprodução de cosméticos

Início de actividade15/10/2013

Número de trabalhadoresdois

Volume de negócios50 mil euros (estimativa 2014)

Volume de negócios na exportaçãon.d.

haNdmade goats’ milk soaps beautify easterN aNd NortherN couNtries

\\ The Olivae brand is a Portuguese soap brand, created in the heart of Alentejo, and this year it is focused on internationaliza-tion, especially to the Eastern and Nordic coun-tries where there has been good acceptance as a result of the first commercial contacts established in 2013. The biologist Elza Neto and zootechnical en-gineer Carla Janeiro are responsible for this project in their hands - literally, since the en-

tire production is handmade – which started in 2011 and aims to take advantage of the rich Portuguese resources . The initial idea was to use the properties of olive tree leaves, which have health benefits, particularly antimicrobial and antioxidant prop-erties. There was a problem however as the benefits would disappear during the soap production process.Nevertheless, Elza Neto and Carla Janeiro dug into soap making and decided to explore oth-er local resources, such as goats´ milk (from a Portuguese Serpentina goad breed) due to its benefits to the skin. The project has been under way for two and a half years when, on 15 October 2013, the company Planetalfazema was created to pro-duce and market Olivae products.

carla Janeiro

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des do projecto DG, constituiu-se a DG SGPS, em 2010, ano em que o grupo atingiu um volume de facturação de 12 milhões de euros.O ano de 2011 foi também marcado por no-vas conquistas: a aquisição da unidade indus-trial Proftec, a criação da Dayclima - Instala-ções Mecânicas e da INUR SGPS, presente na África subsariana. Nesse mesmo ano, a empresa mudou-se para o Centro Empresa-rial de Gême, em Vila Verde. Em 2012 foi criada a DG Tools, departamen-to transversal a todas as empresas que se encarrega do pós-venda. O grupo possui ins-talações em Angola, Moçambique, Gabão e Marrocos, e parceiros comerciais em países como o Brasil, Líbia, Argélia, Guiné Equatorial, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, França, Ve-nezuela, Qatar e China.

portugueses ajudam a melhorara vida em cidades de todo o muNdo

// O Grupo DG é um dos principais “players” do sector das instalações eléctricas, hidráu-licas, e aquecimento ventilação e ar condicio-nado (AVAC), mas a sua actividade estende--se a outras áreas, como o desenvolvimento de soluções técnicas, através do departamen-to de engenharia; manutenção de instalações especiais, domótica, energias renováveis, média tensão e importação/exportação na actividade de trading. O projecto surgiu em Março de 1999, quando os dois sócios fundadores associam as suasempresas, com o objectivo de formar um gru-po empresarial. Em Abril de 2000 foi criada a DG Eléctricas - Aníbal Domingues & Jorge Gon-çalves, a primeira empresa com a assinatura do grupo, que passa a comercializar material eléctrico em Janeiro do ano seguinte. Em 2002, os sócios decidem especializar-se

em sistemas e tecnologias de domótica e apostar na internacionalização do grupo para o mercado de Angola. A internacionalização nesse país é concretizada um ano depois. Devido a diferenças de estratégia, os dois fundadores decidem enveredar por rumos distintos, em 2004. Aníbal Domingues aban-dona o projecto DG e Jorge Gonçalves passa a assumir a liderança do grupo. A partir de 2006, o processo de internacio-nalização acelera. Nesse mesmo ano, a cria-ção da DG Eletrique Marrocos representa a expansão para o Norte de África. Activo em três mercados, o grupo DG atingiu um valor de facturação de cinco milhões de euros e alargou a sua actividade para Moçam-bique. A nova sede do grupo foi construída em Portugal, em 2009. De forma a unificar as empresas e activida-

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SedeCentro Empresarial de Gême, em Vila Verde

ActividadeInstalações elétricas, hidráulicas e AVAC, entre outras

Início de actividade1999

Número de trabalhadores722

Volume de negócios60,222 milhões de euros (2013)

Volume de negócios na exportação45,464 milhões de euros (2013)

“temos um posicioNameNto arrojado Na resposta a questões e desafios”// “As diversas alterações globais, climatéricas e demográficas moldam a cada instante o futuro das cidades tornando imprescindível uma adap-tação eficaz capaz de torná-las mais eficientes, em termos de recursos e desenvolvimento sustentável. Com esta necessidade de melhorar a qualidade de vida, a prosperidade e a competitividade económica são necessários bens essenciais como edifícios eficientes, redes eléctricas confiáveis, soluções de mobilidade capazes, ar limpo, água potável e se-gurança. A complexidade envolvida requer uma visão holística e soluções sustentáveis para as cidades.Procurando sempre soluções que promovam a inovação e o desenvol-vimento, temos assumido um posi-cionamento arrojado na resposta a questões e desafios que nos são im-postos pelo quotidiano - como a efi-ciência energética, a sustentabilida-de e o respeito ambiental. O Grupo DG tem a carteira, o know--how e a especialização para tornar as cidades mais habitáveis, compe-titivas e sustentáveis. Para nós, So-lutions behind energy, mais do que um lema, é uma razão de existir”. Eduardo Gomes, CEO do Grupo DG

\\ The DG Group is one of the major “players” in the field of electrical and hydraulic instal-lations and heating, ventilation and air condi-tioning (HVAC) systems but its activity ex-tends to other areas such as development of technical solutions through the engineering department; maintenance, home automation, renewable energy, medium voltage and im-port/export activities.The project became a reality in March 1999, when the two founding partners merged their companies with the purpose of form-ing a business group. DG Electrics – Anibal

Domingues & Jorge Gonçalves was the first group company to be incorporated in April 2000 and it started selling electrical equip-ment in January next year. In 2002, the partners decided to specialize in home automation systems and technolo-gies and focus on entering the Angolan mar-ket. A subsidiary was established in that coun-try a year later. Due to differences in terms of strategy, the two founders decided to embark on separate paths in 2004. Annibal Domingues abandoned the DG project and Jorge Gonçalves took on the leadership of the group. From 2006 onwards, the internationalization process was speeded up. That same year, the incorporation of DG Eletrique Morocco was the Group moving to Northern Africa.

portuguese help improve life iN cities arouNd the world

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méis nasceu em dezembro 2012, ano em que a economia portuguesa sofreu a mais pro-funda recessão desde 1975, com o objetivo de impulsionar o mercado interno e de pro-mover o emprego em Portugal. Em 2013, a Cobermaster iniciou o processo de seleção dos fabricantes nacionais, seguindo os critérios de produtos homologados e “made in” Portugal, que culminou este ano com a apresentação da loja “online” e do catálogo que dispõe de uma oferta ampla de produtos para o mercado nacional e internacional.Em Junho a marca anunciou o lançamento de uma linha exclusiva de secretárias com a apli-cação de gradil tridimensional, até agora apenas utilizado na construção e indústria. A linha inclui oito modelos originais de secre-tárias, com uma estrutura assente numa úni-ca peça de gradil tridimensional e o tampo em vidro.

portugal tem a úNica empresafabricaNte de gradil tridimeNsioNal

// A líder nacional de produção de gradil e a única empresa no mundo a fabricar gradil tridimensional atingiu no ano passado uma taxa de exportação de 95%. Hoje mais de cem produtos são exportados pela Cobermaster, directa e indirectamente, para Espanha, Fran-ça, Alemanha, Angola, Moçambique, Brasil, Argentina, Marrocos e Argélia.A empresa portuguesa que se dedica ao de-senvolvimento e produção de equipamentos metálicos de apoio à indústria, energias reno-váveis e construção civil estima duplicar o volume de vendas para 1,6 milhões de euros este ano.Em 2013 obteve um volume de negócios de 800 mil euros, um crescimento de 3% face a 2012. Os principais clientes da Cobermaster, com sede em Oliveira de Azeméis, são ‘players’ mun-diais da indústria e das energias renováveis –

mais de mil torres eólicas, em todo o mundo, estão equipadas com o gradil da marca fun-dada há 10 anos.“Este ano aspiramos crescer acima dos dois dígitos em mercados como Espanha, França e Angola”, afirma Frederico Albergaria, presi-dente da empresa, adiantando que, “apesar da maioria das empresas portuguesas estar focada apenas no mercado externo, defini-mos uma estratégia de posicionamento tam-bém no mercado nacional. É necessário inves-tir e apostar no nosso País”.Neste sentido, envolveu 30 empresas portu-guesas e criou uma plataforma ‘online’ com mais de cinco mil soluções para a indústria e construção, exclusivamente produzidas em Portugal. As primeiras encomendas interna-cionais chegaram de Espanha, França, Malá-sia e Uganda.A iniciativa da empresa de Oliveira de Aze-

Frederico albergariaCEO da Cobermaster

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euros, an increase of 3% compared to 2012. The main customers of Cobermaster, which is based in Oliveira de Azeméis, are major ‘players’ in the industrial and renewable en-ergies sectors – more than a thousand wind towers worldwide are equipped with grating from the company established 10 years ago. “This year we aspire to grow above the double-digit in markets such as Spain, France and Angola” says Frederico Albergaria, manager of the company, adding that “although the majority of Portuguese companies are focused mainly on the external market, we have de-fined a positioning strategy for the domestic market. It is necessary to invest in our country”.

SedeOliveira de Azeméis

Actividademetalomecânica

Início de actividade03/04/2003

Número de trabalhadores14

Volume de negócios800 milhões de euros

Volume de negócios na exportação95% (directa e indirecta)

// “O nosso “core business” é o fabrico de gradil. No entanto, temos ao longo dos anos dedicado grande parte dos nossos resultados ao desenvolvimento de novos produtos e novos métodos de fabrico.Durante o ano de 2013 desenvolvemos um processo de fabrico de gradil tridimen-sional. O gradil é um produto fabricado em forma de placa, que pode ser retangular, redonda ou recortada. O gradil plano como o conhe-cemos tem aplicações em pisos técnicos em instalações industriais e em algumas fachadas de edifícios. O nosso objetivo foi desenvolver gradil

com formatos que se tornassem inte-ressantes para aplicação em mobiliário urbano e de escritório, fachadas tridi-mensionais de edifícios, entre muitos outros elementos de decoração e arqui-tectura. Mas a nossa área de actividade não se fica pelo gradil. Temos um de-partamento de Investigação e Desen-volvimento onde desenvolvemos equi-pamentos diversos para os mercados da construção e indústria e estamos preparados para o fabrico desses pro-dutos em série”. Frederico Albergaria, presidente da Cobermaster

aplicável em fachadas e mobiliário

de escritório

\\ A national leader in the production of grat-ing and the only company in the world to manufacture 3 D grating exported 95% of its production last year. Today more than a hundred products are exported by Cobermas-ter, directly and indirectly, to Spain, France, Germany, Angola, Mozambique, Brazil, Argen-tina, Morocco and Algeria. This Portuguese company committed to the development and production of supporting metallic equipment for the Industrial, Con-struction and Renewable Energy sectors estimates to double its sales volume to 1.6 million euros this year. In 2013 it achieved a turnover of 800 000

portugal is the oNly maNufacturer of three-dimeNsioNal gratiNg

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desenvolveu no último ano, destacam-se o Sistema Integrado de Registo Predial para a Direcção Nacional de Registos e Notariado de Moçambique, o Sistema de Gestão Clínica da Angolana Cligest e o desenvolvimento de soluções para a modernização da função pú-blica de Timor-Leste. Actualmente conta com 100 colaboradores de 12 nacionalidades. Este ano a empresa pretende continuar o desenvolvimento de soluções únicas e inovadoras para as organi-zações nacionais e reforçar a sua presença nos mercados internacionais, através da di-namização da rede global de parceiros e utili-zadores da plataforma Genio – a QuidNet.

tecNológica acelera deseNvolvimeNto de sistemas complexos de iNformação

// A Quidgest é uma empresa tecnológica multinacional de origem portuguesa, criada em 1988, pioneira na geração automática de software. Entre outros prémios e distinções é PME Líder e integra a rede de PME inovado-ras da COTEC. Através da plataforma Genio, a marca desen-volve muito rapidamente sistemas de infor-mação complexos urgentes ou específicos para várias plataformas, incluindo Web, dispo-sitivos móveis e Cloud. Líder no desenvolvimento e implementação de soluções integradas de gestão, de grande dimensão e complexidade, nomeadamente no sector Público, dispõe de um portefólio de mais

de 200 aplicações preparadas para evoluir continuamente, em sectores muito diversos. Com empresas constituídas em Portugal, Ale-manha, Marrocos, Macau, Timor-Leste e Mo-çambique, para além de parcerias no Reino Unido, em Angola, no Brasil, na Polónia, na Nicarágua e em El Salvador, a Quidgest tem investido fortemente e com sucesso na inter-nacionalização das suas actividades. No ano passado, a tecnológica apresentou um crescimento de 36%, com especial desta-que para os mercados internacionais que, pela primeira vez na história da empresa, repre-sentaram mais de 50% da facturação total. Entre os principais projectos que a Quidgest

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SedeLisboa

ActividadeConsultoria e desenvolvimento de sistemas de informação

Início de actividade1988

Número de trabalhadores100

Volume de negócios3,687 milhões de euros (2013)

Volume de negócios na exportação50% da facturação total

carlos costa, director de marketing da Quidgest

“tempo de programação e implemeNtação dos projectos é muito mais rápido”// “Desde muito cedo acreditámos que a geração automática seria o futuro da engenharia de software. Por isso, em vez de seguirmos uma lógica de desenvolvimento tradicional, baseada na escrita de código manual, procurá-mos seguir uma via automática de software. Foi com base nesta ideia que nasceu o Genio, a nossa plataforma automática de desenvolvimento. Por ser um processo automático, o tempo de programação e implementação dos projectos é muito mais rápido e pode ser reduzido de 10 para um face aos métodos tradicionais de produção de código, com grandes vantagens ao ní-vel do aumento da produtividade dos recursos. Esta inovadora abordagem de desen-volvimento permite aos clientes da Quidgest, em todo o mundo, com pode-rosos mas reduzido número de recur-sos (SmartSourcing), beneficiarem de soluções novas, perfeitamente ajustá-veis à dinâmica da sua actividade ou da rápida e fiável actualização de pla-taformas tecnologicamente obsoletas (APTO), sempre facilmente evolutivas, com prazos imbatíveis e custos muito competitivos. Sobretudo no mercado internacional, o conceito de geração automática não só

é inovador como também é necessário, pois com 10 vezes menos recursos é possível desenvolver sistemas comple-xos, integrados e sem erros, adaptados à cultura do país, quer ao nível da linguagem, como ao nível da própria moeda. Se do lado da informática o Genio con-cretiza o sonho dos programadores, tornando possível a geração rápida de protótipos funcionais, do lado do clien-te facilita o desenvolvimento de solu-ções totalmente adaptadas à realidade do negócio, uma vez que o processo é feito com a participação activa do cli-ente. No fundo, todo o conhecimento e ideias dos nossos clientes são incorpo-radas nas suas soluções de gestão, tor-nando-as únicas. Por quereremos partilhar com os nos-sos parceiros as vantagens da geração automática de código, o nosso objecti-vo futuro é alargar a rede de parceiros QuidNet, em Portugal e no mundo. Em parceria com a entidade formadora Actual Training, estamos também a cer-tificar pessoas em Genio, com a possi-bilidade de colaborarem com as organi-zações que utilizam a plataforma e/ou desenvolverem as suas próprias solu-ções de negócio”.Carlos Costa, director de marketing da Quidgest

Through its Genio platform, the brand devel-ops very quickly urgent, specific and complex information systems for various platforms, including Web, mobile devices and Cloud. Leader in the development and implementa-tion of strategic integrated management solutions particularly for the public sector, it has a portfolio of more than 200 applications prepared to be continually used in different sectors.With companies incorporated in Portugal, Germany, Morocco, Macau, Timor-Leste and Mozambique, as well as partnerships in the UK, Angola, Brazil, Poland, Nicaragua and El Salvador, Quidgest has invested heavily and

\\ Quidgest is a multinational software engi-neering company with headquarters in Por-tugal, established in 1988, which pioneered the automatic software generation. Among other awards and distinctions it is a leading SME and integrates the SME Innovation Net-work of COTEC – Business Association for Innovation.

techNology speeds up developmeNt of complex iNformatioN systems

successfully in the internationalization of its activities. Last year, technology grew by 36%, with par-ticular emphasis on the international markets which for the first time in company´s history represented more than 50% of total turnover.

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fabricaNte de auto-rádios crescepara as tic e gestão optimizada

// A YAP é um grupo de empresas 100% portuguesas cuja maior parcela da factura-ção advém do fabrico de rádios para o merca-do automóvel. Com uma unidade de produção no México, equipa modelos da Volkswagen em todo o mundo. Mas é nas tecnologias de informação (TIC) e na gestão optimizada de recursos (energia, água, resíduos) que o grupo faz neste momento as maiores apostas, através da YAP Comunicação e da YAP_ON.A YAP Soluções Globais, fundada em 2004, passou a SGPS em 2013 e tem participações em empresas que vão desde a produção de equipamentos para a indústria automóvel ao desenvolvimento de software e soluções digitais, passando pela publicidade e comu-nicação. Estas empresas trabalham frequentemente em conjunto. O Governo português, Volks-wagen, Volvo, Sodecia, Konica Minolta, IKEA

Centre Group, bancos portugueses e grupos editoriais contam-se entre os seus clientes.A escala global do grupo estrutura-se pelos mercados onde está presente de forma con-solidada: países da Europa, México (unidade de produção), Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.“O grupo iniciou a sua actividade no sector automóvel, onde tem vindo a adquirir com-petências, quer ao nível da gestão de pro-cessos, quer na internacionalização da sua actividade, quer ainda no desenvolvimento de hardware”, explica Nuno Simões, CEO do Grupo YAP. “Com a aquisição de uma tecnológica em 2013, ampliámos as nossas competências ao nível do desenvolvimento de software. Agora pretendemos verticalizar o seu negó-cio, reunindo estas competências para res-ponder ao desafio da ‘internet das coisas’ que irá ser, cada vez mais, marcante no dia--a-dia de todos”, adianta. nuno simões, CEO do Grupo YAP

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“a chave do que vamos fazer é aplicação iNovadora de tecNologia”// A YAP_ON, a mais recente empresa do grupo, vai racionalizar os consumos de energia, água, resíduos e mobilidade em empresas, cidades, edifícios e em todos os sistemas consumidores. Irá também produzir “inteligência” para a gestão elec-trónica dos automóveis, aproveitando a ligação do grupo à Volkswagen, para a qual fornece tecnologia há dez anos.A marca resulta da associação entre a YAP e o actual administrador Filipe Vas-concelos, ex-diretor-geral da ADENE – Agência para a Energia. Os primeiros clien-tes são municípios portugueses, empresas privadas em Portugal, organizações públicas e privadas em África, México e da Colômbia. Está também em estudo com o Grupo Volkswagen a produção de um gestor de consumos que induza o condutor a fazer uma condução mais eficiente. “A chave de tudo o que vamos fazer é aplicação inovadora de tecnologia, baseada no conhe-cimento da realidade e apostando na agregação de processos”, explica Nuno Simões.No seu ramo ligado às tecnologias de informação/comunicação, a YAP Comunica-ção fornece ao Estado português desde 2007 o Portal de Imprensa Regional, onde estão alojados 60 órgãos de comunicação.O acesso dos jornais regionais ao portal e a sua utilização é gratuita para qual-quer publicação. “Pela importância que o portal revelou, o Governo apoia a inter-nacionalização deste software, até por ser uma prática de administração de apoi-os públicos única no mundo”, afirma Nuno Simões.A YAP Comunicação tem-se responsabilizado também pelas plataformas “on line” de vários grupos editoriais europeus representados em Portugal pela Editora Goody: T3, Topgear, Quer Saber, ou a portuguesa Revista Digital Worten.Desde outubro de 2013 que disponibiliza no mercado mundial uma nova plataforma de gestão de passatempos “on line” designada “Promothunder”, particularmente vo-cacionada para o uso empresarial e desenvolvida inicialmente para a Porto Editora.

história do grupo2004 • é fundada a Yap Soluções Globais, pa-ra se dedicar à comercialização e representa-ção de acessórios para o sector automóvel.

2006 • inicia a produção do primeiro modelo de auto-rádio para fornecer a Volkswagen.

2007 • lança o segundo modelo de auto-rádio (o primeiro produzido no México) e fortalece a sua relação com a Volkswagen; cria a Sardinha Comunicação, uma agência de publicidade com o objectivo de diversificar a atividade e apoiar o crescimento do Grupo YAP.

2010 • alarga o número de modelos de auto--rádios fornecidos à Volkswagen e entra em no-vos mercados como a Rússia e Índia.

2012 • inicia uma parceria com a front.end, uma empresa na área das tecnologias de infor-mação e comunicação.

2013 • entra no capital da front.end em Agosto de 2013, para a seguir proceder à sua fusão com a Sardinha, criando a YAP Comu-nicação.

2014 • cria a YAP_ON, uma consultora global, especializada na gestão optimizada de recur-sos e que gera valor para clientes públicos e privados de todo o mundo.

SedePorto

Actividadeserviços

Início de actividade2004

Número de trabalhadores25

Volume de negóciostrês milhões de euros

Volume de negócios na exportação70%

Filipe Vasconcelos, administrador

tising & communication. These companies often work together. The Portuguese Gov-ernment, Volkswagen, Volvo, Sodecia, Konica Minolta, IKEA Centre Group, Portuguese banks and editorial groups are some of it major clients. The global group structure includes markets where it is firmly present such as EU coun-tries, Mexico (production unit), Brazil, Russia, India and South Africa.

\\ YAP is a group of Portuguese companies whose largest share of turnover comes from the manufacture of audio equipment for the car market. With a production facility in Mexi-co, it equips Volkswagen models around the globe. But it is the information & communi-cation technologies (ICT) and the efficient management of resources (energy, water, waste) that has the group currently invest-ing through YAP Communication and YAP_ON. YAP Global Solutions, founded in 2004, became a holding in 2013 and has interests in companies ranging from the production of equipment for the car industry to software & digital solutions development and adver-

maNufacturer of car audio equipmeNt iNvests iN ict aNd efficieNt maNagemeNt

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moldes aumeNtam capacidade de produção para eNfreNtar Novos desafios do mercado

“A sinergia de esforços da nossa equipa, alia-da a equipamentos produtivos e processos de fabricação eficazes, permitem-nos estar a par dos mais exigentes mercados de mol-des, em que o preço, qualidade e prazos são de extrema importância”, adianta o sócio--gerente. Os serviços e capacidades da Irmamolde cen-tram-se nos seguintes tipo de moldes: bi--componentes (2K), injecção assistida a gás, termoplásticos e fundição injectada; para áreas como a indústria automóvel (80%); eléctrica e electrónica, telecomunicações, doméstica, informática (hardware) e equipa-mento de escritório.

// A exportação directa e indirecta é respon-sável por 90% do volume de negócios da Irmamolde (80% proveniente do sector au-tomóvel), que deverão crescer 20% este ano em relação ao exercício de 2013, quando facturou 1,6 milhões de euros. Os investi-mentos em equipamento e software, bem como na ampliação das instalações, justifi-cam esta expetactiva da empresa, com em sede em Cavalinhos, Maceira, no concelho de Leiria.A marca nasceu em 1990, com um único só-cio e empregado, o actual sócio-gerente, Bel-miro Teixeira, com duas fresadoras conven-cionais, em instalações arrendada. É uma em-

presa familiar, hoje de três irmãos – daí cha-mar-se Irmamolde -, todos com uma larga experiência do sector dos moldes.Os seus principais mercados encontram-se na Europa e no México. Mas mais a Europa, porque está muito ligada ao ramo automó-vel, como a generalidade do cluster dos moldes.A unidade industrial está vocacionada para a produção de moldes de precisão para a in-dústria de plástico e fundição injectada até 22 toneladas, e os “24 anos de experiência na concepção, desenvolvimento e fabrico fa-zem dela uma empresa flexível mas rigorosa”, como refere Belmiro Teixeira.

Belmiro teixeira, sócio-gerente da Irmamolde

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mould-makiNg iNcreases productioN capacity to face New market challeNges

\\ The direct and indirect export accounts for 90% of Irmamolde´s turnover (80% from the car sector), which is expected to grow by 20% this year as compared to 2013, when it was € 1.6 million euros. Investments in equip-ment and software, as well as expansion of facilities, justify the forecasts of the compa-ny with headquarters in Cavalinhos, Maceira, in the municipality of Leiria. The brand was created in 1990 by a sole proprietor, the cur-rent managing partner, Belmiro Teixeira with two conventional milling machines in leased facilities. It is today a family business man-aged by three brothers - hence the name Irmamolde (Irma/o means sister/brother in Portuguese)- all with extensive experience in the mould-makings sector.Its main markets are in Europe and Mexico.

SedeMaceira, Leiria

Actividadeconcepção e fabricação de moldes para plástico e fundição injectada

Início de actividade1990

Número de trabalhadores30

Volume de negócios1,8 milhões de euros

Volume de negócios na exportação1,6 milhões de euros

“iNiciámos em coNtracicloprojectos de graNde iNvestimeNto”// “Este ano representa para a Irmamol-de uma das mais importantes etapas da sua existência. Em contraciclo com a generalidade das empresas portuguesas, iniciámos em meados de 2013 projectos de grande investimento que visam dar o passo seguinte na consolidação da nossa po-sição no mercado dos moldes, tanto na-cional como internacional. Tomando em consideração as necessi-dades dos nossos clientes e a tendên-cia dos mercados, houve a necessida-de de aumentar a quantidade anual de moldes produzidos em simultâneo e elevar as nossas capacidades em termos de peso admissível por molde de 12 para 22 toneladas. Aumentamos a nossa área fabril para o dobro e adquirimos novas máquinas, como uma prensa para ajuste de mol-

des, furação rápida, centro de maqui-nação de fresagem CNC de cinco eixos contínuos.O que mais nos orgulha é o facto de nestes 24 anos termos chegado a paí-ses/continentes pelo tradicional “boca a boca”, tendo como bandeira a qualidade dos nossos produtos. Todos afirmam que têm o know-how e qualidade, mas é necessário ter a capacidade de de-monstrar essas valências aos clientes. Deixo para o final o mais importante dos nossos investimentos. Sim, porque não foi apenas o facto de aumentamos para o dobro a nossa área fabril ou a adquisi-ção de máquinas modernas e eficientes que definem esta nova etapa. A empre-sa são as pessoas e é nesta vertente importante que iremos continuar a in-vestir nos anos vindouros”. Belmiro Teixeira, sócio-gerente da Irmamolde

But predominantly in Europe, because it is closely linked to the car industry, likewise the majority of mould makers. The plant is designed for production of pre-cision moulds for injection moulding and die-casting up to 22 tons, and the “24 years of experience in the design, development and manufacture make us a flexible yet strict com-pany”, stated Belmiro Teixeira.

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noticiário

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cresce veNda de douro No exterior

As exportações dos vinhos DOP Douro conti-nuaram a crescer no primeiro semestre do ano, representando quase 20,7 milhões de euros, ou seja, mais 17,3% face ao período homólogo do de 2013, revelou o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).Ao nível da quantidade e do preço médio tam-bém se registou um aumento de 14,9% e 2,1%, respectivamente. No total, foram exportadas 554 mil caixas de Portugal para o mundo, mais 72 mil do que em 2013, no período homólogo.Neste semestre as quotas de mercado da ex-portação em valor (44,0%) e em quantidade (40,7%) superaram as percentagens regista-das de Janeiro a Junho de 2013 (41,5% em valor e 39,3% em quantidade), bem como as do total do ano passado (40,9% e 40,1%).Os cinco principais mercados de exportação dos vinhos tranquilos da Região Demarcada do Douro são o Canadá, Angola, Estados Uni-dos, Suíça e Alemanha.// A empresa portuguesa líder ibérica na pro-

dução de autoclismos OLI regressou ao cresci-mento no primeiro semestre deste ano, com um aumento global de 6% do volume de negó-cios, face ao período homólogo do ano anterior.O crescimento foi alicerçado no aumento das exportações, nomeadamente para mercados como Itália (23%) e França (16%). A taxa de exportação situou-se nos 80%, com a produ-ção a chegar a mais de 60 países dos cinco continentes – a Europa é o principal destino.A empresa “estima manter o ritmo de cresci-mento na segunda metade do ano e encer-rar o exercício com um aumento global de 10%”. No ano passado, obteve um volume de

negócios de 40 milhões de euros.“O desempenho nos primeiros seis meses do ano traduz um crescimento sustentado, que se deve à apresentação de soluções inovado-ras adaptadas às necessidades específicas de cada cliente e de cada mercado e ao cum-primento das expectativas dos clientes com rigor e seriedade”, considera António Oliveira, presidente da OLI.Nos últimos cinco anos, a marca aplicou 10 milhões de euros em investigação e desen-volvimento. Tem 40 patentes activas e no ano passado foi a empresa em Portugal que apresentou mais pedidos ao Instituto Euro-peu de Patentes.

exportação da líder No fabrico de autoclismos

volta a crescer

exports are back oN track for the leadiNg producer of flushiNg cisterN\\ The Portuguese company which is a leader in the production of OLI cisterns is back on the upward trend in the first half of this year, with an overall increase in turnover of 6%, com-pared to the same period last year. This growth was sustained by the increase in exports, especially to markets such as Italy (23%) and France (16%). The export rate stood at 80%, with production reaching more than 60 countries in all five continents - Europe is the main destination. The company “expects to maintain the pace of growth in the second half of the year and achieve an overall increase of 10% by the end of the year.”

papeleira NacioNalplaNta em moçambique

O grupo Portucel Soporcel está a investir 4,7 milhões de euros (200 milhões de meticais) na plantação de eucaliptos na região de Socone, na Zambézia, Moçambique.O investimento, no distrito do Ilé, consta de um viveiro-estufa para a multiplicação de eucalip-tos, que estará concluído no final de 2014.A papeleira portuguesa já emprega mais de quatro mil pessoas na Zambézia, tem planta-ções também em Namarrói e prevê construir uma fábrica de processamento de eucalipto, em 2025, em Malei, Namacura.“É um importante projecto de investimento florestal verticalmente integrado” em curso em Moçambique que “culminará com a cons-trução de uma fábrica de produção de pasta de celulose com uma capacidade anual de 1,3 milhões de toneladas, num investimento de 2,3 mil milhões de dólares (1,673 milhões de euros)”, explica a empresa.

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teiras e acessórios de luxo “hand made” e “made in Portugal”. Aliando cortiça, pele na-tural e design, todos intervenientes na ino-vação e desenvolvimento que compõem esta equipa foram rigorosamente seleccio-nados para a concepção de um produto de excelência”, destaca a responsável da marca, que ambiciona, “lançada numa primeira fase no mercado europeu, chegar ao mercado global”.A Korki Designs “tem uma visão estratégica que a posicionar num segmento de luxo, em que a combinação de cortiça e pele natural é inovadora e diferenciadora do existente no mercado. Com estes atributos temos um pro-duto com características únicas”, conclui Va-nessa Pereira.

cortiça alia-se à pele para fazer carteiras e acessórios úNicos

// A Korki Designs, uma empresa portuguesa com sede no Porto, especialista na produção artesanal de carteiras e acessórios de luxo em pele natural e cortiça destinados às mu-lheres, está a apostar este ano em novos mercados, além dos quatro países europeus onde já possui negócios.A marca especialista em produtos feitos arte-sanalmente (“hand made”) aposta numa es-tratégia 100% nacional, em que todos os in-tervenientes na inovação, desenvolvimento e concepção que compõem esta equipa são nacionais.A empresa afirma-se, por isso, como autora de “um produto 100% made in Portugal”.Neste momento, a Korki Designs exporta para Espanha, França, Itália e Reino Unido, e a es-

tratégia “este ano passa pela afirmação da marca noutros mercados e potenciamento das vendas nos países onde já assegurou presença” , segundo Vanessa Pereira, directo-ra executiva da marca.Entretanto, “continua o processo de presen-ça em feiras internacionais para a dar a co-nhecer a colecção deste ano”.A Korki Designs considera-se “uma marca ino-vadora, que combina cortiça e a pele natural”, lançada em Portugal em 2013, altura em que foi registada no Instituto Nacional da Pro-priedade Industrial, “condição fundamental para o seu sucesso e para a preservação dos direitos de titularidade”, destaca Vanessa Pereira.“É uma marca portuguesa que produz cartei-

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pany positions itself therefore as a “100% made in Portugal” brand. At present, Korki Designs export to Spain, France, Italy and the UK, and this year´s strat-egy “is to take the brand to other markets and increase sales in the countries where we already have presence”, according to Vanes-sa Pereira, executive director of the brand . Meanwhile, “we continue to participate in international fairs in order to promote this year´s collection”. Korki Designs are “an innovative brand that combines cork and genuine skin”, launched in Portugal in 2013, upon registration with the National Institute of Industrial Property “fun-damental condition for our success and pres-ervation of property rights”, added Vanessa Pereira. Sede

Vila Nova de Gaia

ActividadeMarroquinaria

Início de actividade2013

Número de trabalhadorescinco

Volume de negóciosn.d.

Volume de negócios na exportaçãon.d.

cork allies to geNuiNe leather to make uNique bags aNd accessories\\ Korki Designs, a Portuguese company based in Porto, experts in the production of hand-made bags and luxury accessories in genu-ine leather and cork for women, is turning to new markets this year, in addition to the four European countries where it already sells. The brand which specializes in hand made products, by adopting 100% national con-tent strategy, in which all participants in the innovation, development and design that make up this team are nationals. The com-

“preteNdemos o destaque e a distiNção eNtre as restaNtes marcas e produtos”// “Desde a sua criação, Korki Designs pretendeu o destaque e a distinção entre as restantes marcas e produtos.A originalidade e a harmonia das linhas simples e do design fazem dela uma mar-ca que projecta elegância, qualidade e moda. O realce ao “hand made”, ao 100% Portugal e aos materiais “eco-friendly” é uma mais-valia da marca.A Korki Designs está a projectar novos produtos, assim atraindo novos clientes e novos nichos de mercado.No médio e longo prazo a Korki Designs irá apresentar produtos diferenciadores do que o mercado oferece sendo para isto necessário a concretização de um in-vestimento físico que está em estudo”. - Vanessa Pereira, directora executiva da Korki

A sede da empresa é neste edifício

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// A Solidal assegurou no primeiro trimestre do ano três novos contratos, no valor global de 30,4 milhões de euros, celebrados com ‘utilities’ de energia eléctrica europeias e anunciou que prevê atingir um volume de ne-gócios de 94 milhões de euros este ano, um crescimento de 10% em relação a 2013.“Vamos de imediato investir quatro milhões de euros na ampliação da nossa capacidade produtiva, com vista a preparar, a partir do segundo semestre, uma abordagem consis-tente ao mercado alemão, quer junto das eléctricas, quer do segmento de armazenis-tas e empreiteiros, e também para preparar a entrada no segmento da média tensão em França, bem como assegurar a continuação do bom desempenho que temos registado em Inglaterra”, revelou Pedro Lima, presidente da Solidal.Numa análise ao momento actual do sector eléctrico europeu, o responsável da empresa mostrou-se optimista quanto ao desenvolvi-

coNdutores de eNergia iNvestem para coNseguir Novos mercados

mento de condições favoráveis ao desempe-nho internacional da Solidal.“O mercado irlandês está a renascer e no Rei-no Unido, onde há um plano de substituição da rede eléctrica em curso até 2020, há também um movimento de retoma económi-ca que induz crescimento. No mercado ale-mão, onde temos competitividade para estar, o abandono progressivo da energia nuclear vai fazer crescer a aposta nas redes de trans-porte e distribuição de energia eléctrica e até em Espanha há potencial de alguma recu-peração”, destacou. A marca portuguesa, especialista na produ-ção de cabos eléctricos, que integra o Grupo Quintas e Quintas, foi escolhida pela irlande-sa Electricity Supply Board para o forneci-mento de cabos subterrâneos de média e alta tensão, num contrato avaliado em 18,4 milhões de euros, válido para os próximos quatro anos.Com a britânica UK Power Networks rubricou

um contrato de quatro anos, renovável por mais dois, que prevê o fornecimento de ca-bos subterrâneos pelo montante de seis mi-lhões de euros.Por igual valor, a Solidal vai fornecer cabos subterrâneos à francesa RTE, subsidiária da Electricité de France, no período de dois anos, com opção de renovação por igual período.Estes contratos coincidem com uma altura em que a empresa está a fechar um ciclo de gestão de crise e a preparar um investimen-to na ordem dos 16 milhões de euros para o quadriénio 2014-2017, com o objectivo de reforçar a capacidade de produção e a quali-dade dos produtos.A Solidal figura entre as 40 maiores exporta-doras nacionais, tendo como principais cli-entes mais de 20 ‘utilities’ de energia eléc-trica do sudoeste europeu, exportando mais de 70% da produção para mercados como o Reino Unido, Irlanda, Espanha, Itália e França.

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SedeEsposende

Actividadeenergia

Início de actividade1970

Número de trabalhadores310

Volume de negócios88 milhões de euros (2013)

Volume de negócios na exportação70%

iNtegra grupo portuguêsde origem familiar// O Grupo Quintas & Quintas é por-tuguês, de origem familiar, e foi fun-dado em 1925 pelo comendador Francisco Alves Quintas. A evolução histórica da empresa cruzou-se ao longo do tempo, para se encontrar definitivamente a partir do ano de 2001, concentrando as actividades industriais em Esposende, maximi-zando sinergias funcionais e optimi-zando a rentabilidade do negócio com total integração da sua gestão. A Quintas & Quintas - Condutores Eléctricos surgiu da da reestruturação operada no grupo em finais de 1997. A Solidal - Condutores Eléctricos ini-ciou a sua atividade industrial em 1970, tendo o Grupo Quintas & Quin-tas participado no capital da empre-sa no ano de 1987 e adquirido a sua totalidade a partir de 1994. Ambas as empresas estão vocacionadas para o desenvolvimento de conduto-res de energia, “pautando a sua acção pela inovação e pioneirismo, desafi-ando continuamente os mercados com novas soluções e produtos”, se-gundo o próprio grupo.

German market, negotiating both with elec-tricity companies, from the wholesale or con-tracting segments, and also to prepare to enter the medium voltage segment in France, as well as to ensure continuation of the good performance we have had in England“, said Pedro Lima, CEO of Solidal.Given the current situation of the European electricity sector, the company´s manager is optimistic about the development of condi-tions favorable to Solidal´s performance abroad. “The Irish market is rising and in the UK there is an ongoing plan for substituting the electrical grid by 2020, which is also a sign of economic recovery that implies growth.

eNergiaelectrical coNductors iNvestmercadosso as to gaiN New markets

\\ Solidal guaranteed in the first quarter of the year three new contracts worth a total of EUR 30.4 million, signed with European pub-lic electricity suppliers and said announced it expects to achieve a turnover of € 94 million this year, more 10% than in 2013.“We will immediately invest four million eu-ros in the expansion of our production capacity in order to prepar and initiate in the second half of the year consistent approach to the

pedro Lima, presidente da Solidal

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cirurgião português exporta técNicaiNovadora para tratar doeNça das mãos

buidores e por um grande fabricante, repre-sentante e distribuidor de material cirúrgico brasileiro, tendo em vista uma possível parceria, o que neste momento posiciona o Brasil como um país na linha da frente para ser o primeiro a nível mundial a registar uma utilização regular dos instrumentos e da técnica cirúrgica que desenvolvi”, revela Dinis Carmo. De acordo com o cirurgião-ortopedista, que tem também sido contactado por diversos colegas provenientes de Santa Catarina, Porto Alegre, São Paulo e Salvador, a adap-tabilidade dos instrumentos cirúrgicos que desenhou é o “segredo” que explica o grande interesse pelos seus inventos no Brasil.

// A técnica inovadora e um conjunto de instrumentos cirúrgicos desenvolvidos por um cirurgião ortopedista português para o trata-mento do Síndrome do Túnel do Carpo (STC) está a atrair a atenção dos mais conceituados especialistas mundiais em cirurgia da mão.Depois de a aplicar com uma taxa de suces-so muito próxima dos 100% em mais de 180 pacientes portugueses, Dinis Carmo, o autor desta inovação mundial que permite uma considerável diminuição das dores incapaci-tantes a nível da palma da mão que caracte-rizam o período pós-operatório da patologia, está prestes a exportá-la para cinco países. Os instrumentos cirúrgicos foram alvo de um processo de patente apresentado junto da

Organização Mundial de Propriedade Inte-lectual (OMPI) em todos os países da União Europeia, bem como no Brasil, Austrália, Canadá, Japão, China, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, México, Índia e Israel.Após ter participado, no final de Março, no 34º Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, realizado em Maceió, onde apresentou a téc-nica e os instrumentos cirúrgicos que con-cebeu para tratamento da STC, Dinis Carmo foi contactado por responsáveis da Universi-dade Federal de São Paulo, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e da Universida-de Federal de Brasília, que pretendem utilizar o seu método e tecnologia.“Fui igualmente contactado por dois distri-

dinis carmo, cirurgião-ortopedista (à dir.), durante uma operação

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passagem pelaáfrica do sul// Dinis Carmo licenciou-se em me-dicina em 1976, tendo feito o seu curso na Faculdade de Medicina da Universidade do Coimbra.Em Maio de 1982 ingressou no Serviço de Ortopedia do Hospital Baragwanath, Joanesburgo, Repúbli-ca da África do Sul, onde esteve até Maio de 1987.Em Maio de 1988 realizou o exame da especialidade de Ortopedia pela Ordem dos Médicos portuguesa (OMP), tendo sido aprovado por una-nimidade, fazendo posteriormente a inscrição no Colégio da Especia-lidade de Ortopedia como médico especialista.É desde 1994 director clínico e proprietário da Clínica Ortopédica Dr. Dinis Carmo, no Porto.

portuguese surgeoN exports aN iNNovativetechNique for the treatmeNt of haNd disease \\ An innovative technique and a set of sur-gical instruments developed by a Portuguese orthopedic surgeon for the treatment of Carpal Tunnel Syndrome (CTS) are getting the attention of the most renowned world experts in hand surgery. After performing the procedure with a suc-cess rate very close to 100% on more than 180 Portuguese patients, Dinis Carmo, the author of this global innovation that allows a considerable reduction of disabling pain in the palm of the hand that characterizes post-operative period of this pathology, is about to export it to five countries. The surgical instruments were subject to a patent registration filed with the World Intel-lectual Property Organization (WIPO) in all European Union countries as well as in Bra-zil, Australia, Canada, Japan, China, South Ko-rea, United States of America , Mexico, India and Israel. After taking part at the 34th Brazilian Con-gress of Hand Surgery, held in Maceió in late March, where he presented the technique and surgical instruments he designed for the treatment of CTS, Dinis Carmo was contact-ed by officials from the Federal University of São Paulo, the Faculty of Medicine of Ri-beirão Preto and the Federal University of Brasília, seeking to use his method and tech-nology.

“este Novo método é de uma graNde simplicidade”// A STC é uma patologia da mão que afecta seis milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo mulheres a partir dos 35 anos de idade, e que se carateriza por fortes dores, formiguei-ros e adormecimentos nocturnos a nível do punho, mãos e dedos, decor-rentes, na maioria dos casos, de acti-vidades que implicam o uso repetitivo das mãos, como os teclados e os ‘ratos’ dos computadores - por isso é apelida-da como uma “doença do século XXI”.A inovação desenvolvida por Dinis Carmo permite a realização da inter-venção cirúrgica sem cortes na palma da mão e sem recurso a instrumentos dispendiosos, facilitando uma cirurgia mais rápida e económica e propor-cionando um período pós-operatório menos doloroso. A recuperação é mais rápida, existem menos efeitos secun-dários e reações adversas, e a cicatriz fica esteticamente próxima da perfei-ção, pois é efectuada a nível da prega palmar distal do punho, tornando-se

praticamente indetectável após alguns meses.“Este novo método é de uma grande simplicidade técnica, podendo ser rea-lizado com um mínimo de experiência por parte do cirurgião, o que motivou o interesse de colegas de renome mundial, oriundos de Espanha, França, Itália, Suiça e Brasil, em avançar, desde já, com pedidos do conjunto de instru-mentos necessários à cirurgia”, revela o cirurgião ortopedista do do Porto.“O facto de ser uma cirurgia guiada, através de uma incisão de apenas um ou dois centímetros, é uma clara mais-valia para o bem estar do pa-ciente pois, desta forma, evitam-se as dores pós-operatórias resultantes de incisões de dimensões apreciáveis e acelera-se a sua recuperação. Para mais, o facto de se dispensar a utiliza-ção de equipamento sofisticado e, por isso, muito dispendioso, permite que esta técnica possa ser praticada em larga escala”, conclui Dinis Carmo.

dinis carmo (à esq.) com reinaldo nakagava, da Universidade Federal de Brasilia

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Central region of Portugal, offering them a possibility to customize the tours according to their interests and budget. West & Beyond, operating in the area of private tours began publicizing their products in hotels and online on the company´s site on June 15, “with the goal to enhance the tourism market in Portugal, seeking to respond to the overall upward trend for private tours, explains Rui Ca-sal, one of the three partners of the company.

empresa laNça passeios de helicópteros Na capital

lisboa à freNte doalgarve Na iNterNet

A cidade de Lisboa foi a mais referida nos meios de informação alojados na Internet nos primeiros seis meses do ano, benefician-do, em certa medida, da realização da final da Liga dos Campeões no Estádio da Luz, re-fere um estudo da empresa Cision.O objectivo da análise, efectuada entre 1 de Janeiro e 30 de Junho, era apurar quais as 10 cidades mais noticiadas, a nível global, entre as 18 capitais de distrito do país.A capital portuguesa, com 82.952 referên-cias, foi a cidade que registou mais referên-cias, refere a líder global no fornecimento de serviços para planeamento, contacto, moni-torização e análise dos média. “A título de cu-riosidade, o Algarve, região do nosso país reconhecida pelo forte dinamismo turístico, registou 47.457 referências nos média inter-nacionais desde Janeiro”, adianta a empresa.

// Uma empresa de passeios turísticos, cria-da em Leiria, está apostada em captar clien-tes nos mercados europeu e brasileiro, com destino à região Centro de Portugal, que podem personalizar os “tours” conforme os seus gostos e orçamento.A West & Beyond, que actua na área dos “tours” privados, começou a divulgação dos seus produtos nas unidades hoteleiras e atra-vés do site no dia 15 de Junho, “com o objeti-vo de adicionar valor ao mercado do turismo em Portugal, procurando acompanhar a ten-dência global de crescimento das viagens de “touring”, explica Rui Casal, um dos três só-cios da empresa.A empresa tem cinco colaboradores e foi cons-tituída apenas com investimento privado, “re-

lativamente baixo e aplicado sobretudo no desenvolvimento dos tours”, adianta Gil Sou-sa, outro dos sócios, perspectivando “um vo-lume de negócios anual de 60 mil euros nos primeiros dois anos, que corresponde a uma média de 600 clientes anuais”.Os turistas – que a empresa pode ir buscar ou deixar em qualquer ponto do país – têm ainda a possibilidade de personalizar um “tour”, de acordo com as suas preferências e orçamento.“Neste momento estamos a trabalhar para criar sinergias com os hotéis da região Centro, com o objectivo de proporcionar aos hóspe-des mais possibilidades de entretenimento e ajudar a aumentar a reduzida taxa de noites de estadia na região”, explica Gil Sousa.

mercados europeu e brasileiro Na mira dos “tours” em portugal

A Lisbon Helicopters, uma empresa do grupo Helibravo Aviação, lançou em Junho um ser-viço de passeios turísticos de helicóptero pela cidade de Lisboa, em resultado de um inves-timento inicial de um milhão de euros.O serviço é assegurado por dois helicópteros, com capacidade para três pessoas – mas há outros com capacidade para um maior núme-ro de passageiros -, e permite diversas moda-lidades de percursos, das quais fazem parte os passeios regulares, os passeios personali-zados para qualquer ponto do País, as expe-riências temáticas (baptismos do ar, declara-ções de amor, pedidos de casamento) e outras para ocasiões especiais (Dia dos Na-morados, Dia da Criança, Dia do Pai, eventos em Lisboa), refere a empresa em comunicado.O serviço funciona a partir do Heliporto de Lisboa, localizado junto à Torre de Contro-lo de Navegação do Porto de Lisboa, em Algés.

\\ A leisure travel company, created in Leiria, is determined to attract customers from the European and Brazilian markets, to visit the

a travel compaNy iN portugaltargets europeaN aNd braziliaN markets

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Condé Nast Traveler, uma das principais pu-blicações de viagens de Espanha.A votação foi realizada online pelos leitores da revista. A cultura, gastronomia, vinhos, praias, campos de golfe, história, a simpatia dos portugueses e a variedade de paisagens justrificam a escolha feita em Abril.Foi a 6ª edição do prémio e Portugal concor-reu com a Espanha, EUA, Itália, México e Suíça.“Esta distinção reforça a visibilidade de Por-tugal como destino turístico de excelência junto de Espanha, um dos principais merca-dos emissores internacionais que, em 2013, gerou mais de três milhões de dormidas e mais de mil milhões de euros em receitas”, des-tracou o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo.

acampar na Zambujeira A Zambujeira do Mar, na Costa Vicentina, é dos melhores sítios do mundo para acampar, segundo a edição da revista Condé Nast Traveler que divulgou em Abril, no seu site, uma lista com os 15 sítios do mundo dos mais bonitos para ao ar livre. O parque Zmar, na Zambujeira do Mar, é um dos locais ideias para passar férias em con-

// Os resultados do turismo batem todos os recordes. Portugal nunca foi tão falado, nem elogiado, como nos últimos anos. A estraté-gia de promoção do país, muito intensa com artigos em revistas – através de convites a jornalistas especialistas na área – e na Inter-net, é uma das principais razões da maior visi-bilidade das potencialidades nacionais em todo o mundo.No ano passado, o nosso país recebeu 14,4 milhões de hóspedes e registou 41,7 milhões de dormidas. As receitas cresceram em rela-ção ao ano anterior 7,5%, para 9,2 mil milhões de euros – sem este dinheiro Portugal ainda não teria saído da recessão técnica – e o nú-mero de visitantes estrangeiros subiu 8%. São números que impressionam pelos valo-res e pelo ineditismo, mas que, ainda assim, poderão ser ultrapassados já este ano, dado o bom comportamento que o sector apre-sentou no primeiro semestre.A acompanhar este ritmo de crescimento, su-cedem-se os prémios e os artigos elogiosos a Portugal na Imprensa de referência de todo o mundo. Uma enorme vantagem, pois cada mais turis-tas escolhem os seus destinos com base na leitura de artigos em revistas ou em sites, com tendência clara de crescimento no meio mais recente.Nos últimos 10 meses foram dezenas as dis-tinções recebidas pelo turismo português. Aqui ficam algumas delas.

‘Óscares’ do turismoNo ínicio de Agosto, Portugal conquistou 16 ‘Óscares’ na 21ª edição do concurso World Travel Awards , que decorreu em Atenas, na Grécia, e tem como objectivo premiar o me-lhor do turismo europeu.A grande novidade para Portugal foi a vitória do Turismo de Portugal como Melhor Orga-nismo Oficial de Turismo da Europa.Vencedores: Turismo oficial: Turismo de Por-tugal; Companhia cruzeiros fluviais: Douro-Azul; Destino insular: Madeira; Destino de cruzeiros: Lisboa; Porto de cruzeiros: Porto de Lisboa; Companhia aérea para América do Sul: TAP Companhia aérea para África: TAP; Resort de luxo: Conrad Algarve; Hotel em pa-trimónio: Bairro Alto Hotel, Lisboa Hotel re-sidences: Pine Cliffs Residence, Albufeira; Design Hotel: The Vine Hotel, Madeira; Bou-tique resort: Choupana; Hills Resort & Spa,

Madeira; Boutique hotel: Vila Joya, Algarve; Resort tudo-incluído: Pestana Porto Santo Villa resort: Martinhal Beach Resort & Hotel, Algarve; Resort mais romântico: Vila Vita Parc, Algarve.

melhor país europeuO prémio de “Melhor país europeu” foi atribuí-do a Portugal em Maio pelos leitores do site de viagens USA Today, entre 19 concorren-tes. A Itália e Áustria ficaram em segundo e terceiro lugares, seguidos por Alemanha e Reino Unido.“Portugal é menos icónico do que outros paí-ses bem conhecidos, mas oferece uma rique-za de oportunidades para os viajantes: aldei-as encantadoras, boa comida, música regio-nal fascinante, oportunidades culturais, um belo litoral e até surf de classe mundial”, ex-plicou o USA Today.Os Top 10 na Europa são: 1 - Portugal; 2 - Itália; 3 - Áustria; 4 - Alemanha; 5 - Reino Uni-do; 6 - Espanha; 7 - Irlanda;; 8 - França; 9 - Is-lândia; 10 – Suíça.

espanhóis rendidosPortugal foi eleito o melhor país para visitar, pelo segundo ano consecutivo, pela revista

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\\ Tourism numbers beat all records. Portu-gal has never been as popular and praised as in recent years. The promotion strategy of the country, aggressive with articles in mag-azines – written by journalists specialized in the area - and on the Internet is one of the main reasons for the increased visibility of the national potential around the world. Last year, our country was visited by 14.4 million people and recorded 41.7 million over-night stays. Revenues grew by 7.5% in rela-tion to the previous year to EUR 9.2 billion- without this money Portugal would still be in technical recession - and the number of foreign visitors increased by 8%.

These figures are impressive in terms of mon-etary value and unprecedented nature, but nevertheless can still be exceeded this year, given the good indicators for the sector in the first half of the year. Alongside this growth, there have been suc-cessive awards and laudatory articles on Por-tugal in the world Press. Which is a huge advantage, given that more and more tourists choose their destinations after reading articles in magazines or on web-sites, with the latter gaining increasing sig-nificance. In the last 10 months the Portuguese Tour-ist Office was awarded several distinctions.

portugal has a full collectioN

of awards for its tourism

tacto com a natureza: “Em pleno Parque Na-tural do Sudoeste Alentejano, de frente para o Atlântico, o Zmar Eco Camp oferece uma visão minimalista e visionária da prática do campismo”, sublinha a jornalista María Bayón. A cordilheira Huayhuash (Perú), as monta-nhas da Patagónia, a selva do Cambodja, o es-tado do Utah (EUA) e as ilhas Hébridas da Escócia são alguns dos outros “destinos úni-cos” para acampar, segundo a revista.

destino de golfeA Associação Internacional de Operadores Turísticos de Golfe (IAGTO), que reúne os operadores turísticos especializados neste desporto, atribuiu ao Algarve o título de

“Destino de golfe 2014”.O Algarve obteve melhor resultado do que Dublin e Irlanda Central, Ilhas Canárias, Ter-ras Altas da Escócia, Riviera e Provença (França).Os prémios foram votados, no final do ano passado, por 516 especialistas de 62 países.Entre outros elogios ao golfe na região al-garvia, realça-se a relação qualidade-preço ou que ainda recentemente teve seis cam-pos incluídos no “prestigiado” top 100 da revista “Golf World”.“Temos no Algarve alguns dos melhores cam-pos de golfe da Europa, uma extraordinária costa banhada pelo sol e inúmeros e exce-lentes hotéis e resorts de todas as dimen-

sões”, afirmou o presidente do Turismo do Algarve, Desidério Silva. O Algarve possui 40 campos de golpe.

porto ganhaO Porto foi eleito o “Melhor Destino Europeu 2014”, um galardão atribuído todos os anos pela “European Consumers Choice”, uma or-ganização independente e não lucrativa, com sede em Bruxelas.“Admirável a forma como a cidade se mobili-zou em torno de um objetivo, contagiando o país e os turistas!”, escreveu o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na sua página no Facebook, quando o prémio foi atribuído, em Fevereiro, adiantando: “Uma notável li-

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ção de cidadania e um exemplo de como é possível a união por boas razões e objetivos positivos! Que grande Porto somos nós!”O Porto já tinha sido eleito, em 2013, o me-lhor dos 10 destinos de férias de eleição na Europa, numa distinção internacional promo-vida pela editora Lonely Planet, líder mundial na publicação de guias de viagem.

alentejo aconselhadoO Alentejo é um dos 21 destinos mundiais considerados de visita obrigatória este ano pela revista de viagens da National Geogra-

phic, na publicação de Novembro de 2013.Do norte da Austrália, a Apúlia, passando pelos parques do Ruanda e da Índia, ou por Cabo Verde, o Alentejo é destacado entre os eleitos pelo “ritmo lento que é parte da atrac-ção” e onde se aconselha “relaxar, praticar a paciência e não olhar para o relógio”.Entre as atracções do Alentejo, a revista re-fere a Rota Vicentina; o Ecorkhotel, em Évo-ra; o Museu do Sabão, em Belver, a Rota Tons de Mármore; o grande Lago Alqueva e a Re-serva Dark Sky; a Tasca do Celso, em Vila Nova de Milfontes; o Mundo Montado e a

Imani Country House.

Vale do douroA Fodor’s, considerada o maior grupo de pu-blicações de turismo do mundo, elegeu o Va-le do Douro como um dos 25 destinos obri-gatórios para visitar em 2014. A “Go List” da Fodor’s elege todos os anos 25 destinos “a não perder” para inspirar os viajantes a ter “um ano cheio de viagens ines-quecíveis”. Em 2013, também os Açores integraram esta lista de destinos imperdíveis da Fodor’s.

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// A cidade de Lisboa está na moda. O turis-mo nunca registou um crescimento como nos últimos anos e os elogios surgem das quatro partidas do mundo, em formato de prémios e distinções ou em reportagens na Imprensa mundial.E, se duvidas houvesse, os números falam por si. A capital registou receitas superiores a cinco mil milhões de euros e recebeu mais de 37 milhões de turistas na última década, a maioria chegados de Espanha, França e Brasil. Só no ano passado recebeu quatro mi-lhões, a grande maioria estrangeiros.A tendência de crescimento regista-se des-de o Campeonato Europeu de Futebol orga-nizado em Portugal em 2004, com um inter-

regno em 2008 e 2009, os dois primeiros anos da crise económica que ainda atinge o país.No ano passado pernoitaram em Lisboa 4,3 milhões de turistas, 1,4 milhões dos quais na-cionais; contra três milhões de dormidas re-gistas há dez anos.No total, a hotelaria na região de Lisboa con-tabilizou em 2013 mais de 10 milhões de dor-midas, o que aconteceu pela primeira vez no período de um ano, um valor que representa uma subida de 6,6% relativamente a 2012. Em consequência, os proveitos totais de Lis-boa subiram 8,5% para 587 milhões de euros.Exemplo desta dinâmica é o facto de o porto de Lisboa ter batido o recorde de passageiros

lisboa está Na moda e registamilhões de estraNgeiros por aNo

de cruzeiros, ao registar a marca de 558 mil pessoas, mais 7% que no ano anterior. Estes turistas estiveram, em média, nove horas em Lisboa e gastaram 97 euros cada um.E o aeroporto de Lisboa ficou, também pela primeira vez, acima dos 16 milhões de pas-sageiros, um crescimento de movimento de 4,6%.Um dado curioso que ajuda a perceber o au-mento do turismo na capital é a carreira do eléctrico 28, que passa pela Graça, Alfama, Baixa, Chiado, S. Bento e Estrela e transpor-tou 1,3 milhões de pessoas no ano passado, 60% delas estrangeiras. Para dar resposta a esta procura está projec-tada a abertura de 14 novas unidades hote->

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leiras durante este ano e o próximo e existem mais oito previstas, embora sem obra iniciada ou inauguração prevista.Ao todo, abriram no ano passado no país 53 unidades hoteleiras. Segundo o Turismo de Portugal, a região de Lisboa – inclui Oeiras, Cascais e Península de Setúbal – passou de 192 para 208, e acrescentou à oferta nacio-nal 1.528 quartos de hotel, mais de um terço dos que surgiram no país.A capital portuguesa ocupa este ano a 15ª posição na lista das cidades europeias que recebem mais visitantes e na 38ª posição do ranking global, que compreende 132 cidades, de acordo com o Global Destinations Cities Index, da Mastercard.

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porto em liNha com a capital// O turismo no Porto segue a tendên-cia de Lisboa. A prová-lo está o facto de ter duplicado os números de dormi-das e de passageiros no Aeroporto de Sá Carneiro. Na altura do Euro 2004, a hotelaria do concelho registava um milhão de dor-midas, um valor que no ano passado passou para 2,5 milhões. O aeroporto

contava com um tráfego três milhões de passageiros há 10 anos, que chegou aos 6,4 milhões do ano passado. O Porto foi eleito o Melhor Destino Eu-ropeu 2014, entre outras 19 cidades a concurso, realizado no âmbito de uma competição destinada a escolher os me-lhores destinos na Europa. A cidade já tinha vencido este título em 2012.

This upward trend has been ever since the European Football Championship held in Por-tugal in 2004, with slowdowns in 2008 and 2009, the first two years of the economic crisis that still grips the country. Last year 4.3 million tourists, 1.4 million of which nationals, had an overnight stay in Lisbon; against 3 million overnights recorded ten years ago. In total, the hotel business in the Lisbon re-gion recorded in 2013 more than 10 million overnight stays, unprecedented number for a year period, a figure that represents an in-crease of by 6.6% in relation to 2012. Con-sequently, the total income of the city rose by 8.5% to EUR 587 million. Example of this dynamics is that the port of Lisbon has beaten the record for cruise pas-sengers, to register a record of 558 000 peo-ple, 7% more than the previous year. These tourists spent on average nine hours in Lis-bon and 97 euros each.

\\ The city of Lisbon is cool and popular. Tourism has never been as massive as in recent years and praises come from all four corners of the world, as prizes, distinctions or television coverages in the media world-wide. And if there were doubts, the numbers speak for themselves. The capital recorded reve-nues of over five billion euros and received more than 37 million tourists in the last dec-ade, mainly from Spain, France and Brazil. Last year alone it was visited by four million people, the vast majority foreigners.

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Brasil (13%) e Reino Unido (12,4%).Em média, cada estada durou 2,74 dias e o rendimento médio por quarto disponível foi de 26,9 euros.As dormidas aumentaram em todas as regi-ões, com destaque para Alentejo, Lisboa e Algarve, com valores acima dos 13%.Em Junho registaram-se 4,7 milhões de dor-midas, um crescimento homólogo de 8,6, cor-respondentes a 1,6 milhões de hóspedes.As receitas totais das unidades hoteleiras aumentaram para os 222,5 milhões de euros (mais 8,1%). As regiões do Algarve e Madeira são os que registam maiores aumentos.Os hotéis receberam a maioria das dormidas (2,9 milhões ou 61,9%), aumentando 10% face ao mesmo mês de 2013. A maioria dos turistas optou por ficar em hotéis de quatro estrelas, embora o maior crescimento homó-logo (17,8%) se tenha registado nas unida-des com a categoria de cinco estrelas.

// A hotelaria portuguesa atingiu em Junho proveitos totais de 894 milhões de euros, um crescimento de 12,1% comparando com o período homólogo do ano passado, reve-lam os dados do Instituto Nacional de Esta-tística.No total, registaram-se 19,5 milhões de dor-midas nos primeiros seis meses de ano, o que corresponde a um crescimento de 11,4% e as unidades hoteleiras receberam 7,1 milhões de hóspedes, também acima do valor alcançado no primeiro semestre de 2013.A esmagadora maioria das dormidas corres-pondem a residentes no estrangeiro (14,1 mi-lhões), o triplo das nacionais (5,4 milhões de dormidas). Ambos os segmentos cresceram em comparação com os resultados dos primeiros seis meses de 2013, na ordem dos 11%.A maior subida de dormidas no semestre tem origem em residentes em Espanha (22,5%), seguindo-se a Bélgica (17,3%), França (13,2%),

hotelaria portuguesa maNtém boNs resultados e cresce 12% No semestre

portuguese hospitality sector performs well aNd grows by 12% iN the first half of the year \\ The Portuguese hospitality sector reached total revenues of € 894 million in June, an increase of 12.1% as compared to the same period last year, according to data from the National Statistical Institute. In total, there were 19.5 million overnight stays in the first six months of the year, which corresponds to a growth of 11.4% and hotels accommodated 7.1 million guests, well above the figure for the first half of 2013. The overwhelming majority of overnights were recorded under foreign visitors (14.1 million), three times the national (5.4 million overnight stays). Both segments increased in comparison to the results for the first six months of 2013 of about 11%.The biggest increase in overnight stays for the first half of this year comes from resi-dents in Spain (22.5%), followed by Belgium (17.3%), France (13.2%), Brazil (13%) and the UK (12,4%). On average, each stay lasted 2.74 days and the average revenue per room was 26.9 euros. Overnight stays increased in all regions, es-pecially in Alentejo, Algarve and Lisbon, with numbers above 13%. In June, there were 4.7 million overnight stays, an annual increase of 8.6%, corresponding to 1.6 million guests.

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