Revista Vida de Estudante Ed. 06

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Inaugurado o Centro de Capacitação do Sindhotéis Entrevista com Ryon Braga, Diretor-Presidente da Uniamérica UDC realiza II Fórum de Acessibilidade GERAÇÃO YOUTUBERS Dicas valiosas de Bel Pesce para você empreender no mundo digital ANO 2 | EDIÇÃO 06 | 2016 Sonho Materializado O aluno no papel de protagonista Um caminhar seguro Sem medo de errar

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Page 1: Revista Vida de Estudante Ed. 06

Inaugurado o Centro de Capacitação do Sindhotéis

Entrevista com Ryon Braga,Diretor-Presidente da Uniamérica

UDC realiza II Fórum de Acessibilidade

GERAÇÃO YOUTUBERS

Dicas valiosas de Bel Pesce para você

empreender no mundo digital

ANO 2 | EDIÇÃO 06 | 2016

SonhoMaterializado

O aluno no papel de protagonista

Um caminhar seguro

Sem medode errar

Page 2: Revista Vida de Estudante Ed. 06

O aluno no papel de protagonista

Entrevista com Ryon Braga, Diretor-Presidente da Uniamérica.

SonhoMaterializado

Inaugurado o Centro de Capacitação do Sindhotéis.

Empreendedorismo Também é para estudantes.

GeraçãoYoutubers

O mundo do empreendedorismo digital.

Diferenciais Inovadores

CEPFI desenvolve negatoscópios com reciclados.

Abra seu gabinete de curiosidades...

Exclusiva com Bel Pesce.

Um caminhar seguroUDC realiza II Fórum de

Acessibilidade.

Iguassu Rock Tumulto, 25 anos.

REVISTA IGUASSU ROCK | EDIÇÃO 03

CELEBRANDO 25 ANOS DE BANDA

ENTREVISTA:

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Sumário

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Diretor GeralWellington [email protected] 9960-7797

Jornalista ResponsávelDenise Paro - MTB: 3346 – PR

Projeto Gráfico e DiagramaçãoBuguno45 9971-4098

ColaboradoresAntonio Pitaguari, Beatriz da Silva, Camyle Hart, Fabiano Valiatti, Laercio Mello, Lorela Casella, Luciano Luz Lemos, Luziânia Medeiros,Marcio Aoki e Rafaela Laurencini.

Gráfica Tuicial

CirculaçãoOeste do Paraná

Redaçã[email protected] 3025-562845 9960-7797

[email protected] 3025-5628 / 45 9960-7797Avenida Brasil, 531 – Center Abbas, Sala 35.Foz do Iguaçu – PR

ANO 2 | EDIÇÃO 06 | JUN/JUL/AGO 2016

Editorial“AS PESSOAS QUE PENSAM EM ESTABILIDADE ESTÃO VIVENDO NA ILUSÃO” / Bel Pesce

Essa convicção é de Bel Pesce, relatada em entrevista exclusiva ao Vida de Estudante. Ela veio a Foz do Iguaçu, a convite da Itaipu Binacional, para conversar com um público de mais de 800 pessoas, no Parque Tecnológico de Itaipu. Egressa do curso de Engenharia Elétrica do Massachusetts Institute of Technology – MIT, Pesce é um fenômeno da Internet por compartilhar conteúdo relevante, estimulando crianças, jovens, adultos e idosos a criar uma trajetória empreendedora na era digital.

Rezendeevil, Canal Polivalência e Job do Dia. Se você não viu esses youtubers e seus canais, ainda vai ver. Pode ter certeza. Youtubers são pessoas que se comunicam por vídeos para passar uma mensagem, seja sobre cultura, sentimentos,

entretenimento ou, resumindo, o que mais gostam ou sabem fazer. Nossa reportagem de capa é sobre esse mundo digital e sobre pessoas que vivem nele e dele, dando um novo sentido para um projeto de vida na condição de empreendedores. Eles têm dicas valiosas para você que também está buscando empreender na internet.

Nessa edição, publicamos artigos de profissionais renomados sobre temas relevantes, que contribuirão, certamente, para que nossos jovens assumam as rédeas da própria vida: Educação para autonomia em saúde, Felicidade também se aprende na escola, O peso de ser eu mesmo, Empreendedorismo também é para estudantes e Ler, uma necessidade.

Boa Leitura!

www.vidadeestudante.com.br portalvde vidadeestudante portalvde portalvde

WELLINGTON CORREIADiretor Geral

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VIDA DE ESTUDANTE JUN/JUL/AGO 2016 JUN/JUL/AGO 2016 VIDA DE ESTUDANTE6 7

A Uniamérica ganhou o mundo tecnológico. Com salas de aula projetadas com layout inovador e metodologia de ensino voltada para aproveitar o que a internet tem de melhor, a faculdade estimula o aprendizado a partir da aplicação da teoria em projetos de diversas áreas, relacionados à matriz curricular dos cursos, cuja proposta passa também por trazer benefícios à comunidade, seja nos setores urbano, cultural, financeiro ou da saúde. Nesta entrevista, Ryon Braga, presidente da Uniamérica, explica a proposta.

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r Nós abolimos as aulas expositivas, mas não a explicação do professor. É o aluno que produz a partir de sua proatividade.

aqui uma manhã ou uma noite e ficar quatro horas ouvindo alguém falar ele vai aprender pouco. Uma pessoa hoje fica em uma instituição tradicional por quatro ou cinco anos, ela aprende muitas coisas, mas muito menos do que poderia pelo tempo que se dedicou a isso.

E como fica a matriz curricular?Uma das diferenças da Uniamérica para outras instituições é que não dividimos mais o currículo por disciplinas, mas por temas de projetos. O aluno matricula-se não mais em disciplinas, e sim no semestre. O Ministério da Educação determina os grandes temas que precisam estar nos cursos, isso está nas diretrizes curriculares nacionais. Esses grandes temas e todo o conteúdo necessário para estudá-los, transformamos em projetos. Uma das âncoras do modelo é a aprendizagem ativa. O aluno é o protagonista e vai atrás das coisas. Nós abolimos as aulas expositivas, porém não a explicação do professor. É o aluno que produz a partir de sua proatividade.

Como se dá essa experiência do aprendizado por meio dos projetos? Para resolver o problema do projeto, o aluno estuda uma série de conteúdos que o qualifica para isso. Por exemplo, para um aluno de Contabilidade aprender

a fazer um demonstrativo de resultados de uma empresa, ele tem primeiro a disciplina de Matemática Financeira, Contabilidade I ou Finanças Corporativas e, lá no 7º, período ele sabe fazer um demonstrativo. Nosso aluno não, se no 3º. período ele pegar um projeto no qual é preciso determinar quanto vale uma padaria, ele vai precisar ter uma série conhecimentos que estariam espalhados em várias disciplinas. No entanto, ele vai estudar naquele momento, naquele projeto. Na Califórnia eles chamam isso de modelo just in time, é diferente do modelo tradicional just in case – eu divido as disciplinas e passo a maior parte possível das informações para você. Caso você precise, um dia depois de formado eu já te passei. No modelo just in time, você precisa da aplicabilidade para saber quanto vale a padaria. O pré-requisito existe, mas é trabalhado ao mesmo tempo para resolver o problema.

E a resposta está sendo boa? Quais são as dificuldades?Há duas dificuldades grandes. Esse modelo exige que o aluno estude e há um padrão de aluno que não gosta de estudar. As provas são semanais. Toda semana o aluno tem que ler sete capítulos de livro e assistir sete vídeos, então as matérias não se acumulam. Se o aluno estudar permanentemente, as provas serão sempre fáceis. Se ele não estudar, aí fica impossível. Em outra instituição é possível passar sem estudar. Com prova bimestral, o aluno pode assistir aula, anotar no caderno. Então ele dá uma lida no caderno e passa. Na Uniamérica, as questões de prova são baseadas nesse conteúdo de leitura. Aqui nós também ajudamos o aluno a estudar. Temos um conteúdo no primeiro semestre que é técnica de estudo e leitura. !

era o mais importante e era centrada em quem dominava a informação. Hoje vivemos em um mundo em que temos um acesso universal à informação e o elemento principal não é a transmissão da informação. A educação demora para se adaptar a essa realidade. Fizemos uma proposta da Uniamérica ser uma instituição na qual de modo pioneiro iria começar a mudar isso, buscando uma melhor efetividade do aprendizado. O aluno precisa de competências comuns a qualquer profissional e não apenas aquelas dos conhecimentos técnicos dos cursos. A Uniamérica se propôs a fazer isso, experimentar de forma intensa, visando esse maior aprendizado do aluno.

Em que aspecto a metodologia da Uniamérica pode contribuir hoje para a educação diante de uma realidade na qual nos deparamos com um esgotamento do atual paradigma de ensino-aprendizagem?O projeto da Uniamérica nasceu da constatação de que o modelo tradicional vigente na educação superior não estava atendendo adequadamente a formação. Não que seja um modelo ruim. Ele parou no tempo. Os conhecimentos da ciência evoluíram e mostraram que para uma pessoa aprender de fato e de forma efetiva ela precisa ser protagonista da produção do próprio conhecimento e aprendizado. E esse modelo vem de uma época onde a transmissão da informação

Qual é a matriz dessa metodologia? Primeiro, do ponto de vista teórico, os estudiosos da educação e da neuroeducação já vêm defendendo uma abordagem dessa há mais de 20 anos. Nos últimos anos, o ambiente operacional ficou propício porque o advento das tecnologias, da internet e a facilidade de acesso à informação otimizou a implementação da teoria. A Uniamérica se espelhou em universidades que já faziam isso há alguns anos. No Brasil está tudo começando agora, então a Uniamérica, de certa forma, é pioneira no processo que teve início há 2,5 anos aqui no país. Já se tem mais de 100 instituições que fazem isso no Brasil. Nós olhamos instituições nos Estados Unidos e Europa, mas a âncora do nosso modelo é o que nós vimos na Universidade de Stanford, na Califórnia, considerada uma das três melhores do mundo.

Então, o modelo de Stanford é replicado na Uniamérica?Não é uma cópia porque a realidade norte-americana é diferente. É uma adaptação do que se tem lá para o Brasil, mas com contribuição do que é feito em algumas universidades da Holanda, da Alemanha e um mix baseado no que as teorias da neurociência dizem. E o que dizem? O aluno tem que ser protagonista. Essa é a essência de tudo. Se ele vier

O ALUNO NO PAPEL DE PROTAGONISTA

RYON BRAGAEducador e diretor-presidente da Uniamérica

j A Faculdade União das Américas - Uniamérica inova ao aplicar metodologia ativa, na qual o aprendizado ocorre por meio de um diálogo estreito entre a teoria e a prática

POR DENISE PARO

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VIDA DE ESTUDANTE JUN/JUL/AGO 2016 JUN/JUL/AGO 2016 VIDA DE ESTUDANTE8 9

Canal PolivalênciaO casal Lorela Casella e Márcio Aoki, de Foz do Iguaçu, iniciou o Canal Polivalência em julho de 2015. A dinâmica envolve postagens em blog e vídeos gravados de modo descontraído sobre assuntos relativos ao desenvolvimento humano e habilidades. A ideia é incentivar às pessoas a entrar nesse universo.

“Sabe aquele projeto no qual você consegue gostar muito do que faz e ainda pode virar uma fonte de recursos financeiros? É assim que vemos o canal. Fazer o canal é um modo de expressarmos aquilo que temos de vivências e experiências e é muito gratificante”, contam.

O que deixa os autores satisfeitos é o retorno dos internautas. Alguns relatam que os vídeos os ajudaram a entender determinado assunto ou vencer alguma dificuldade. A audiência é da faixa etária de 25 a 34 anos.

Autora do livro “Quem é criativo levanta a mão”, Lorela dedica na obra um capítulo para expressar aos professores formas de usar o youtube em sala de aula, tamanho potencial dos vídeos entre os jovens.

youtube.com/canalpolivalencia

Job do DiaO publicitário Rodrigo Guedes criou, em 2014, o canal Job do Dia para compartilhar conhecimento prático de publicidade e comunicação. Uma vez por semana, ele posta um vídeo para falar sobre assuntos relacionados a agências, designers, clientes e algo mais. São episódios descontraídos para quem pretender aprender um pouco mais sobre o mundo da comunicação.

O público é formado principalmente por jovens estudantes, profissionais da área e designers iniciantes e veteranos. “Mostro o dia a dia de quem trabalha com comunicação, mas também alguns aperitivos de técnicas, macetes e dicas da área. Agora o canal evoluiu também para entretenimento, mas focado em comunicação”.

O primeiro episódio, ‘Conduzindo um brainstorm’ tem 6 mil views. O segundo, ‘Direção de arte do design gráfico, chegou a 10 mil views. Guedes conta que ele mesmo faz a pauta, grava e edita. Recentemente, ele também começou a postar snapchats que faz no dia a dia. “O canal tem publicidade, criatividade, design, bichinhos de estimação, tentativa de humor e muito, muito conteúdo”. Muitos internautas, diz Guedes, agradecem pelo aprendizado e pedem vídeos com mais frequência.

youtube.com/goguedes

(alguns mal sabem da existência de telenovelas) e embarcam em um universo onde texto, imagem e som fundem-se com inúmeras possibilidades de encantamento. Surgem livros digitais, canais pessoais e blogs dos mais variados assuntos pilotados por gente de todas as idades.

Quando não estão no papel de receptores, os internautas assumem o comando do navio. Criam as próprias plataformas de comunicação. Alguns começam a navegar pela World Wide Web por um simples hobby; porém tempos depois veêm nessa teia digital um novo sentido para um projeto de vida na condição de empreendedores. Muitos tornam-se Youtubers - quem se comunica por vídeos para passar uma mensagem, seja sobre cultura, sentimentos, entretenimento ou, resumindo, que mais gosta ou saber fazer.

Vejam alguns exemplos de Foz e do estado.

O teórico e professor de Comunicação Manuel Castells diz que a difusão da internet fez surgir uma nova forma de comunicação interativa a partir da capacidade de se enviar mensagens de ‘muitos para muitos’. Isso, em tempo real ou no tempo escolhido. A internet ou ‘rede das redes’ fez do receptor da informação, antes limitado pela territorialidade, transformar-se em um público global.

Os produtos gerados podem ser trabalhados de acordo com o perfil de quem recebe. Por outro lado, o público também tem a chance de fazer uma seleção do conteúdo à disposição, cuja diversidade cresce a cada dia. Com mais autonomia para escolher o que quer, o receptor assume um papel de maior amplitude na comunicação.

Antenados a essa mudança, muitos jovens começam a aproveitar o potencial do mundo digital. Deixam de lado a monotonia da televisão

RezendeevilO nome dele é Pedro Afonso, mas você deve conhecê-lo apenas por Rezende. O londrinense de 19 anos tornou-se, no feriado da Páscoa, o primeiro youtuber brasileiro com mais de 2 bilhões de visualizações. A especialidade de Rezende é o Minecraft - jogo eletrônico com gráficos.

Ele começou a fazer vídeos há quatro anos sem imaginar tamanha receptividade. “Não esperava, mas trabalhei ‘muuuuuuito’ para ter essa repercussão positiva. Acho que o principal é fazer o que gosta, e eu curto muito o que eu faço”, diz. Hoje, o canal do Rezende atrai principalmente crianças na faixa etária de nove a 12 anos. “Comecei o canal sem muita pretensão. Acompanhava alguns outros canais falando sobre jogos, mostrando os jogos, e pensei em fazer algo igual. Mas foi no Minecraft que encontrei meu caminho. Já jogava o jogo e gostava, e pela liberdade de criação comecei as séries, que é algo que gosto muito, de roteirizar, a partir daí foi um vídeo atrás do outro”, conta.

O youtuber publica três vídeos ao dia e hoje dedica-se integralmente ao trabalho da internet. Além dos vídeos, também escreve livros. Já lançou dois títulos: “Dois mundos e um herói” e “De volta do jogo”. Rezende diz que o estimulo para escrita partiu do pai, logo após ter começado as séries no Minecraft.

Aos leitores, Rezende deixa uma dica: “independente de como as coisas se apresentem, tentem fazer sempre o que gostam”.

youtube.com/rezendeevil

POR DENISE PARO

GERAÇÃO YOUTUBERS

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Quando eu digo que a nova estabilidade é ser empreendedor, eu não digo para abrir um negócio. Eu digo conseguir lidar com mudança para ser protagonista de sua vida a qualquer momento.

O meio digital agora é a tendência?A barreira de entrada no empreendedorismo digital é menor. Se eu quisesse começar uma Itaipu a barreira de entrada seria gigantesca. Eu sou engenheira eletricista. Montar um computador é muito mais difícil do que fazer algo digital. Então acho que o mundo digital acaba providenciando uma maneira de você conseguir testar algo gastando menos e aprendendo bastante. Não acho que é a única resposta de maneira alguma e nem a única tendência, mas oferece a você uma barreira de entrada menor para começar agora.

Os Estados Unidos estão em outra realidade nesse contexto digital, diferente do Brasil. Como você vê isso?A grande diferença do Vale do Silício para cá é menos o digital e mais a habilidade que eles têm de conseguir não condenar quem erra. Aqui no Brasil queremos inovação. Agora se você errou, você é uma fraude, um perdedor. Então como fomentamos a inovação sem ‘matar’ o coitado do cara que é audacioso para tentar? Porque isso acaba acontecendo na prática. Eu acho que a grande diferença, além de claro ter menor burocracia e delays um pouco mais alinhados com que a gente precisa para crescer o negócio, é a resiliência ao erro. O cara que vai lá e tenta algo diferente pela primeira vez é visto como herói. Não é visto como perdedor que cai fora do mercado e que ninguém quer estar perto dele. !

Que dicas você daria para o jovem em uma época na qual a tendência é ter mais trabalho do que emprego? O empreendedorismo é uma saída?Eu acho que as pessoas que pensam na estabilidade estão vivendo na ilusão, não existe mais estabilidade. Antes pensávamos: isso é um momento de crise, eu tenho que lidar com mudança. Mas a vida vai ser uma constante crise porque o mundo está mudando muito rápido para todas as profissões. A minha opinião é que a única estabilidade que você pode ter, na verdade, é lidar com a instabilidade. Se você ficar esperando um concurso público ou uma supercarreira em um banco, é incerto. Bancos estão fechando, concursos mudando o que era planejado. Você tem que aprender a se renovar, a lidar com mudanças.

Deixe de lado todas aquelas certezas que você pensa ter sobre a vida e se lance no mundo na condição de aprendiz. Abra seu gabinete de curiosidades e dê vazão àqueles projetos mais ousados, sem medo de errar. É com um desafio semelhante a esse que Bel Pesce, 26 anos, estimula crianças, jovens, adultos e idosos a rever as próprias concepções sobre trabalho e criar uma trajetória empreendedora na era digital, aproveitando a oportunidade singular da internet, a possibilidade de se fazer conexões e compartilhar conhecimento. Menina prodígio, hoje ela administra quatro empresas no Brasil, escreve livros, gera empregos e felicidade para muita gente. Bel conseguiu bolsa para estudar em colégio privado e, com muita vontade e persistência, foi parar no Massachusetts Institute of Technology – MIT, onde se formou em Engenharia Elétrica. No dia 30 de março, ela esteve em Foz do Iguaçu para ministrar uma palestra a convite da Itaipu Binacional, no Parque Tecnológico Itaipu – PTI, onde falou para cerca de 800 pessoas. Lá, conversou com a revista Vida de Estudante. r

FRENTE CURIOSIDADES...E SIGA EM

ABRA SEU GABINETE DE

j Entrevista com Bel Pesce

POR DENISE PARO

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Casal Polivalência é o novo quadro do Canal Polivalência estreado há algumas semanas. O Márcio e eu decidimos retratar em vídeo os desafios que precisamos superar ao longo destes últimos 17 anos juntos.

Mas o que tem haver nossa vida amorosa com a polivalência? Existem mitos que pregam uma série de condições que levam duas pessoas a terem um relacionamento duradouro como as almas gêmeas ou no sonho do príncipe encantado. Na prática são histórias de romance que não tem respaldo na realidade. Um relacionamento duradouro é fruto de uma construção, que parte das duas pessoas envolvidas e tem como base algumas habilidades e objetivos comuns, porém vindos de pessoas com histórias de vidas diferentes e até temperamentos opostos, por que não?

Nós fazemos essa composição de um casal com temperamento totalmente diferente, mas com ideias e objetivos que nos une. Ele, mais observador, quieto. Eu falante, extrovertida... Quanto às habilidades... Uma delas é a que nos fazem sermos sociais ou sociáveis. Viver em

conjunto, sob o mesmo teto, exige das pessoas um senso de cooperação mútua que não são todas as pessoas que estão dispostas a praticar.

Então, se você achava que bastava estar apaixonado, saiba que essa fase também passa e o que fica é a capacidade de desenvolver uma história e superações diversas que com o desenvolvimento de habilidades múltiplas, poderá obter a construção do relacionamento através de confiança mútua, contando um com o outro em adversidades inimagináveis resultando em boas histórias para contar.

Se você está à espera da pessoa ideal e que esse ideal seja estabilidade, saiba que a maior estabilidade que um casal polivalente tem é a de que seja qual for a situação, ambos serão capazes de enfrentar juntos. Logo, a polivalência sim pode ser um bom ingrediente para um relacionamento saudável a dois.

Para você poder acompanhar de perto essas histórias, acessa lá no Canal Polivalência os primeiros capítulos já lançados. Pretendemos trazer nossas vivências e experiências para mostrar as dificuldades e os acertos que em conjunto, fomos capazes de conquistar ao longo desses anos. !

A CONSTRUÇÃO DE UMA VIDA COMUM

j Confira nossos vídeos semanalmente no YouTube – Canal Polivalência: youtube.com/canalpolivalenciaimportantes. Qual a sua real proposta de valor, o que você vai entregar e para quem (qual é seu segmento de cliente)? Então esse é um exercício interessante. Você vai entrar em um mercado mais competitivo, beleza. Mas qual é o seu diferencial? Todo desafio faz você pensar mais, aprofundar mais e você tem que transformar isso em uma vantagem competitiva.

O que você poderia falar sobre empreendedorismo digital para os jovens do Ensino Médio e universitário?Nós estamos vivendo uma crise no trabalho e a sua geração e a minha geração têm culpa porque a galera quer a parte boa, porém não quer trabalho duro. Mas para qualquer tipo de trabalho, a dica é ‘vai lá e goste do trabalho, agarre o trabalho’. Tá rolando uma crise no mundo. Todo

mundo quer o “oba oba” e ninguém quer o trabalho pesado. E quando você vai lá e agarra o trabalho, você se diferencia só por esse simples fato. Então essa é minha primeira dica. Trabalhar o mais cedo possível e com intuito. Se esperam cinco de vocês, faz 12, não entra nessa de que estão querendo mais, é você que vai ganhar. Em empreendedorismo digital há muito que pode ser feito. Se combinar com você ótimo, tente sempre fazer o melhor trabalho. Se não combinar, tranquilo, procure um caminho que combine. As pessoas escolhem carreiras por meio de tendências. Tendência é tendência e acaba. Seu amor pela coisa não acaba. Se é essa tendência que faz bem a você, ótimo. Se não é se permita fazer outra coisa a que queira dedicar sua vida e se dedicar de coração. Você só vai crescer se fizer isso. !

A diferença está muito aí da percepção da pessoa que tenta.

Há uma tendência de migração para a economia digital e para os projetos digitais, mas também há uma grande competitividade. Como ter sucesso com uma ideia que todo mundo está pensando em fazer? Competição é bom, valida o mercado. Se você está fazendo um negócio sozinho é até complicado, tem menos validação. Você tem que olhar para isso e entender qual é o seu diferencial. Tem uma ferramenta que eu gosto bastante que é o Canvas, fácil de usar. Na minha escola tem um curso gratuito sobre isso. Quem quiser é só acessar fazinova.com.br/canvas. Mais de 50 mil alunos já fizeram esse curso. O que é legal no Canvas? Pega sua ideia e antes de achar que é genial vamos olhar alguns parâmetros, dentre eles dois muito

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Instigante quando se compreende que a saúde, em primeiríssimo lugar, resulta das opções pessoais. Quem não gostaria de saber como melhorar? A etimologia no ensina que a palavra doutor significa professor. É preciso educar cada paciente quanto a poder decidir pelo que lhe faz bem em detrimento do que lhe faz mal.

Saúde não pode ser terceirizada, apenas pode ser alcançada a partir de si próprio. Nenhum terapeuta cura qualquer pessoa, no máximo ajuda o processo de autocura do consulente. Saúde bioquímica, psicológica e espiritual é algo individual e intransferível. Cada um é diferente, com problemas até parecidos mas nunca os mesmos.

É preciso reconhecer o poder de recuperação do corpo humano quando se identifica e atende as leis biológicas e naturais. Depende do estilo de vida pessoal que inclui: nutrição; movimento, sono; mentalidade; ambiente e comunidade. Prevenir e curar doenças é gerenciar estresse, ter contato com a natureza, exercitar-se ao ar livre, respirar ar puro, expor-se à luz solar, ingerir água de qualidade e, principalmente, alimentar-se de modo não tóxico e seguindo o equilíbrio ideal e pessoal de macro e micronutrientes.

A verdadeira educação em saúde, no contexto atual, implica em ensinar o interessado a focar atenção e reflexão no fortalecimentos de bem-estar e resiliência capazes de relacionar causa e efeito, identificar e definir de problemas, selecionar fontes de informações confiáveis, equacionar soluções e tomar decisões inteligentes.

Vale finalizar enfatizando o papel da doença, nem sempre de todo ruim. Paradoxalmente, assim como a zona de conforto pode estagnar, o sofrimento, por vezes, é o professor que aponta o caminho da autorregeneração, essência da saúde sustentável, transformador de sonhos em realidade e base da vida plena. !

Atualmente a ASE está em milhares de escolas em diversos países, com centenas de programas diferentes para desenvolver competências socioemocionais. Porém, nem todos apresentam resultados comprovados. Dentre aqueles reconhecidos por suas práticas efetivas para o desenvolvimento dessas competências vale a pena destacar o programa internacional F.R.I.E.N.D.S., por ser fundamentado em evidências científicas e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para prevenção de ansiedade e depressão, e promoção de Saúde Mental. Desenvolvido na década de 1990 na Austrália, recentemente chegou ao Brasil e se aplica a diferentes faixas etárias (crianças, jovens e adultos), e em diversos ambientes (consultórios, escolas, instituições de saúde, comunidades e empresas).

A ideia-chave desse movimento de ASE é de que habilidades cognitivas não se separam das habilidades socioemocionais e que todo espaço de aprendizado é potencialmente uma oportunidade para desenvolver as competências que os alunos necessitarão ao longo da vida.

A autoestima, a autoconfiança, a estabilidade emocional, a atenção plena, a gratidão e a resiliência são algumas das habilidades socioemocionais que consistem em verdadeiros poderes humanos. Um dos maiores defensores de que essas forças precisam ser despertadas na vida real, é o cineasta George Lucas, diretor do filme Guerra nas Estrelas, que criou o instituto Edutopia para apoiar pesquisas e difundir melhores práticas na área socioemocional, já tendo conseguido inserir o tema nos currículos de milhares de escolas americanas.

E quanto a você, jovem leitor ou leitora, gostaria de desenvolver plenamente os seus potenciais, e ser a mudança que queres ver no mundo? Que tal ser doutor na ciência do seu bem-estar e de sua felicidade? !

A experiência dos últimos anos me forçou a estudar saúde. Principalmente devido ao fato de ser a base para pensar claro, alcançar objetivos e viver melhor. Sempre que fazia exames de rotina, era orientado a fazer uso de medicamento para baixar o colesterol alto. Recusei diversas vezes, pois não me parecia lógico ter que ingerir uma droga pelo resto da vida.

Em 2009, influenciado por alguns amigos que estavam seguindo orientações similares e, com foco em prevenção, fiz uso de crestor por seis meses. Os efeitos colaterais foram preocupantes. Moleza, dores nas articulações, sonolência, redução de lucidez (brain fog) e da memória. Os resultados da pesquisa, que já dura seis anos, são ao mesmo tempo impactante e instigante.

Impactante, pois o vilão dos problemas cardíacos não é o colesterol, mas o açúcar. Não apenas o “tratamento do colesterol”, mas a medicina de modo geral é altamente questionável. Em termos de problemas agudos a alopatia costuma ser bem eficiente. Entretanto, quando se considera a atual epidemia de doenças crônicas, a boa medicina passou a ser aquela que educa mais e trata menos.

O contexto atual de saúde pode ser bem sintetizado por um artigo de análise publicado, em 3 de maio de 2016, no conceituado British Medical Journal (BMJ), denominado Erro médico – a terceira principal causa mortis nos EUA (Medical error – the third leading cause of death in the US).

Os autores, Martin A Makary e Michael Daniel, demonstram a séria crise na saúde. As pessoas morrem mais em virtude dos cuidados e tratamentos a que são submetidas do que propriamente das doenças que sofrem. Drogas são tóxicas, mascaram sintomas e não curam. Pior, promovem falsas esperanças, benéficas apenas para os grandes interesses corporativos.

Qual a sua motivação para ir à escola todos os dias? Certamente uma das respostas comuns será: encontrar os amigos. A escola é o segundo grupo social ao qual pertencemos após a família. Uma de suas funções é promover a socialização entre pares, a troca de experiências e a construção do conhecimento. Você já observou em que condições aprende mais e melhor? De que modo o seu humor influencia no aprendizado? De quais fatores depende o seu bom desempenho escolar? Você sabe quais competências precisam ser desenvolvidas ao longo da vida para que você seja mais feliz, realizado e motivado para os seus desafios de hoje e planos para o amanhã?

Nas últimas décadas essas questões vêm conquistando espaço nas agendas de educadores, psicólogos, neurocientistas e pesquisadores do comportamento humano. Imagine uma escola que te ensina a manejar as situações de estresse, a reconhecer as suas emoções e saber lidar com elas sem precisar chegar “ao fundo do poço”, a tomar decisões responsáveis, a construir e manter relacionamentos positivos, a trabalhar em equipe, a saber parar e relaxar. Imagine uma escola que te ensina também a arte do bem viver, do bem-estar e da felicidade. Pois bem: inúmeras escolas ao redor do mundo tem investido na educação de habilidades para a vida (life skills).

Pesquisas têm revelado que competências socioemocionais, a exemplo do autoconhecimento, da autorregulação, da empatia e da sociabilidade, são tão importantes para ter sucesso na vida quanto as habilidades cognitivas como atenção, pensamento abstrato, linguagem e raciocínio lógico. O bem-estar maior melhora a aprendizagem. Um estado de humor positivo produz maior atenção e um pensamento mais criativo. Tais descobertas têm gerado um movimento global conhecido por Aprendizagem Social e Emocional (ASE).

EDUCAÇÃO PARA AUTONOMIA EM SAÚDE

FELICIDADE TAMBÉM SE APRENDE NA ESCOLA

POR ANTONIO PITAGUARI POR LUZIÂNIA MEDEIROS Antonio Pitaguari Autonomia em Saúde www.autonomiaemsaude.net.br

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VIDA DE ESTUDANTE JUN/JUL/AGO 2016 JUN/JUL/AGO 2016 VIDA DE ESTUDANTE16 17

É comum ao adolescente olhar-se com mais frequência no espelho. Neste período da vida, tudo é muito novo e a busca por referências que o identifiquem prevalece. Até a fase adulta, o caminho é árduo, psicologicamente frágil e desgastante e deve ser acompanhado com o devido cuidado pelos pais e demais cuidadores.

Não é fácil, principalmente para os jovens, encontrarem o ponto de equilíbrio de diferenciarem o que é adequado do que é nocivo. Estar dentro dos padrões estabelecidos não pode ser o sinônimo de felicidade. Portanto, o ideal é focar nas qualidades pessoais e únicas que cada um de nós tem.

Essa pressão social e cultural não deve nortear a nossa vida. Embora seja difícil, não podemos nos deixar adoecer por conta de padrões impostos. Equilíbrio é a palavra chave. Não somos cópias uns dos outros. Cada um de nós traz em si seu próprio universo e a sua beleza. !

leitor assíduo sabe que com raras exceções o livro é sempre melhor que o filme já que este ultimo é uma tentativa de adaptar o primeiro e isso exige uma certa síntese. Ellen White afirma em Mente, Carater e Personalidade Volume 1: “ Do justo emprego do tempo depende nosso êxito no conhecimento e cultura mental. A cultura do intelecto não precisa ser tolhida por pobreza, origem humilde ou circunstancias desfavoráveis, contanto que se aproveitem os momentos. Alguns momentos aqui outros ali, que poderiam ser dissipadas em conversas inúteis, as horas matutinas tantas vezes desperdiçadas no leito, o tempo gasto em viagens de ônibus, ou espera na estação, os minutos de espera pelas refeições, de espera pelos que são impontuais- se tivesse um livro a mão, e estes retalhos de tempo fossem empregados estudando, lendo e meditando, o que não poderia ser conseguido (...)”. Outra citação desta autora que vem a calhar no momento é: “Nunca penseis que já aprendestes o suficiente e que podeis afrouxar vossos esforços. O espírito obstinado é a medida do homem, vossa educação deve ser continuada através da vida interira (...)”.

Segundo o jornal GAZETA DO IGUAÇU de 16 de setembro de 2015 no caderno C8 diz: “A população brasileira não tem o hábito da leitura, quando comparado a outros países. O brasileiro lê em média, 4 livros por ano, sendo 1,5 lido por inteiro. O resultado é sentido no ranking internacional dos exames que avaliam o desempenho dos aluno como o Pisa, onde o Brasil sempre ocupa as últimas colocações.” Ainda não descobrimos o prazer da leitura nem seus benefícios tais como: o estimulo a memoria, a concentração e a criatividade, o desenvolvimento do pensamento critico-analitico e principalmente a melhora da comunicação verbal e escrita.

Em ultima analise podemos citar Castro Alves quando diz: “Bendito o que semeia, livros, livros a Mao cheia e faz o povo pensar.” !

Enquanto a população mundial engorda, o culto à magreza aumenta. Uma contradição que vem causando transtornos psicológicos, principalmente entre os jovens. Comportamentos de risco passam a ser incorporados em prol do objetivo condicionado de um corpo ‘perfeito’. Meninas com o peso, até há pouco tempo, considerado ‘normal’, hoje são rotuladas como gordinhas. O padrão estabelecido foge ao real, são conceitos quase inatingíveis. Sabe a imagem do ratinho na esteira correndo incessantemente para alcançar o queijo? Penso que ilustra bem esta realidade.

Toda essa cobrança social tem seu sofrimento psíquico, principalmente entre os jovens, que fazem parte de um grupo mais vulnerável, pois estão entrando na fase adulta e buscam, ainda, construir uma identidade. É aí que transtornos como a bulimia e a anorexia ganham força através da distorção da autoimagem numa sociedade que tende à padronização, sem levar em conta que cada pessoa é única, com suas qualidades e defeitos, sua cultura e a sua genética.

Francis Bacon dizia que conhecimento é poder. E uma das formas mais praticas de obter conhecimento é através da leitura. Isso parece obvio, mas esta obviedade é somente para os amantes da leitura. O livro de Oséias diz: “Meu povo perece por falta de conhecimento”. O maior terror do estudante para o enem, vestibular ou concurso publico é a redação. Como jornalista posso afirmar sem sombra de duvida que a redação tem apenas três segredos: conhecer profundamente as regras da língua portuguesa, tentar escrever contantemente e muita leitura.

Muitos professores criticam os alunos por lerem autores como Paulo Coelho e J. K. Rowling mas o que tais educadores ignoram ou fingem ignorar é que tais autores podem ser a porta de entrada para o delicioso mundo da leitura. Em outras palavras o aluno começa lendo Paulo Coelho e com o passar do tempo passará a ler a Biblia ou outros clássicos da literatura mundial. Outros começam a ler por necessidade como é o caso dos universitários ou do profissional liberal que começa a ter que ler sobre sua profissão como é o caso dos guias de turismo por exemplo.

Molly Gumptill Manning em Quando Os Livros Foram A Guerra cita o caso dos militares americanos que tomaram o gosto pela leitura nos períodos de calmaria entre as batalhas da Segunda Guerra Munidal. É fácil entender porque. Numa época em que não existia internet, televisão e o radio era de difícil acesso, o soldado não tinha como passar o tempo a não ser através da leitura e dos esportes e a primeira atividade se tornou a preferida da maioria dos soldados.

Outra forma de criar leitores é através do teatro e do cinema já para apreciar melhor estas artes ou mesmo atuar é melhor ler sobre elas. O cinema e a literatura fazem uma parceria chamada Comunicação Integrada. Um exemplo disso foi quando um volume da série Harry Potter era lançado e algumas livrarias davam o ingresso para ver o filme também. E todo

O PESO DE SER EU MESMO LER, UMA NECESSIDADE

POR CAMYLE HART POR FABIANO VALIATTI

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Centro de Capacitação do Sindhotéis oferecerá excelência na formação em hotelaria e gastronomia

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de Capacitação, como a UDC (Centro Universitário Dinâmico das Cataratas), IFPR (Instituto Federal do Paraná), Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), Unifoz (Faculdades Unificadas de Foz do Iguaçu) e Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

Cursos DiferenciadosOs primeiros cursos lançados pelo Centro de Capacitação têm certificação de instituições renomadas. Entre

eles, estão o de Inglês Aplicado ao Turismo e Hotelaria, com certificação Dyned; Gestão Executiva na Hotelaria, com certificação da UDC; Revenue Management, Distribuição e Marketing Digital, com certificação da GO Consultoria (Gabriela Otto é uma renomada profissional de marketing, distribuição e revenue, com mais de 20 anos de experiência e diplomas na PUC-RS, ESPM, FAAP-SP e grandes empresas do setor hoteleiro, além de uma das principais palestrantes sobre Turismo de Luxo no Brasil); Governança Hoteleira de Excelência, com certificação da ABG; Excelência no Atendimento ao Cliente, com certificação da Uniamérica; e Competências Profissionais Sistêmicas, com certificação da Uniamérica.

Cozinhas do MundoO Curso é voltado para o aperfeiçoamento de técnicas das culinárias mais famosas do globo: francesa, italiana, mediterrânea , asiática e peruana, ministrado pelos talentosos chefs da Le Cordon Bleu Peru.

Cursos LivresO Centro de Capacitação também lançará em julho, uma série de cursos livres, entre eles, os de Organização de

Eventos e Catering, Curso de Destilados, Técnico em Gestão de Viagens, Produtos e Tecnologia Aplicada à Viagens e Gestão Estratégica de Marketing Digital e Mídias Digitais em Turismo.

Mais informações sobre esses cursos você encontra em nosso Portal: www.vidadeestudante.com.br/cursos e www.capacitacaosindhoteisfoz.com.br

Novo ciclo no turismo de FozA inauguração do Centro de Capacitação do Sindhotéis marcou os 41 anos de atuação da Entidade em prol do desenvolvimento da hospedagem e alimentação. Cerca de 200 pessoas participaram do evento. Iniciada em junho de 2013, a construção do Centro de Capacitação foi possível graças à união e patrocínio de empresas associadas ao Sindhotéis e ao patrocínio master da Itaipu Binacional, Fundo Iguaçu, CNC (Confederação Nacional do Comércio), FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), Senac/Fecomércio, Iguassu Convention & Visitors Bureau, Arte Tintas, UDC, além do apoio de dezenas de empresas da região.

Em nome da sua diretoria, o presidente do Sindhotéis, Carlos Silva, faz um agradecimento especial a todos os associados do sindicato, bem como aos patrocinadores, apoiadores e fornecedores que acreditaram no projeto. “A gente sozinho não faz nada. Muitos presidentes e diretores deixaram o seu legado à nossa história. Hoje deixamos nossa contribuição“, afirmou Silva, que também agradeceu a família, colaboradores do sindicato, profissionais de imprensa e responsáveis pela obra. “Foz tem 176 meios de hospedagem e 206 estabelecimentos gastronômicos de interesse turístico. Temos que ser uma única força de ação”, completou. !

hotelaria por meio de programas de classe mundial. Com isso, o Centro de Capacitação traz para Foz do Iguaçu uma das principais referências mundiais na formação de chefs de cozinha.

Outro grande parceiro é a Associação Brasileira de Governantas e Profissionais de Hotelaria (ABG). A entidade está nas principais iniciativas setoriais por meio de seus núcleos regionais, em âmbito nacional, promovendo atividades que colaboram com o crescimento da qualificação profissional e contribuindo para o desenvolvimento da hotelaria no país.

O presidente do Sindhotéis, Carlos Silva, frisa que o empreendimento fortalecerá a indústria do turismo, oferecendo capacitação para colaboradores e gestores de empresas

O Sindhotéis buscou parceiros de alto nível para colocar a disposição do trade regional uma estrutura capaz de proporcionar ainda mais competitividade ao Destino Iguassu e torna-lo referência nacional e internacional em gastronomia, turismo e hotelaria. O Centro de Capacitação é um imponente edifício de 1.500 m2, com salas de aulas modernas, sala-laboratório especial para aulas de governança, com suíte completamente estruturada, auditório com capacidade para 150 pessoas e cozinha-escola para cursos de gastronomia e bar.

Um dos principais diferenciais é a parceria com a Le Cordon Bleu. Fundada em Paris em 1895, a Le Cordon Bleu é uma renomada rede de instituições de ensino dedicada a prover o mais alto nível de ensinamento culinário e de

de todos os tamanhos. “O destino é reconhecido nacionalmente e internacionalmente pela excelência dos meios de hospedagem. Agora chegou a hora de a gastronomia ter o mesmo destaque”, diz.

Gestão da UniaméricaO Centro de Capacitação do Sindhotéis terá a gestão administrativa e pedagógica da Uniamérica. A vinda da escola de culinária francesa é fruto do trabalho conjunto de gestão pedagógica da Uniamérica. O diretor-presidente da instituição, Ryon Braga, afirma que o centro será “um marco histórico na formação das lideranças” do setor de turismo.

Outras instituições de ensino já confirmaram apoio ao Centro

SONHO MATERIALIZADO

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www.vidadeestudante.com.br

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JUN/JUL/AGO 2016 VIDA DE ESTUDANTE 23 22 VIDA DE ESTUDANTE DEZEMBRO 2015 - JANEIRO/FEVEREIRO 2016

O CEPFI, referência em educação técnica na área de saúde em Foz do Iguaçu e região, surpreende mais uma vez desenvolvendo metodologias e projetos de aprendizagem inovadores. Para se ter ideia, componentes eletrônicos que seriam descartados, muitas vezes de forma inadequada no meio ambiente, estão sendo reciclados e, nas mãos de alunos do curso técnico de Radiologia, com orientação da coordenadora Juliana Locks Gregório, estão se tornando modernos negatoscópios, equipamentos de iluminação para visualização de radiografias.

“A partir da identificação da necessidade de se melhorar ainda mais o aprendizado nas aulas teóricas e práticas, decidimos reformar um negatoscópio que estava inutilizado e, então, inovamos”, esclarece Juliana. No projeto, desenvolvido pelos alunos Ricardo Langwinski e Fernando Gonzalez, sob sua orientação, as lâmpadas fluorescentes e seus transformadores estão sendo substituídos por fitas de LED, mais econômicas e com maior durabilidade. Além da economia e da reciclagem, importantes para a preservação do meio ambiente, a utilização de LED

possibilitará que os negatoscópios sejam mais finos, proporcionando maior liberdade e flexibilidade para visualizações dos exames radiográficos.

“A ideia inicial era apenas apresentar um artigo em congresso, mas com a motivação dos alunos ganhou corpo e está se transformando num grande projeto de inovação científica e didática, que poderá beneficiar instituições públicas e privadas de ensino”, destaca Juliana. Os alunos do Curso de Radiologia do CEPFI estão desenvolvendo modelos de negatoscópios portátil, de parede e de mesa/bancada, para facilitar as apresentações dos professores/instrutores e dos alunos. Os modelos detalhados você encontra em nosso Portal: www.vidadeestudante.com.br. !

CEPFI APRESENTA DIFERENCIAIS INOVADORES

episódicas. Eu posso ser testemunha disso, pois aprendi inglês em apenas cinco meses enquanto morava nos Estados Unidos.

Quando retornei ao Brasil, comecei aplicar esta teoria de aprendizado em diversas áreas diferentes, primeiro em oratória com grande sucesso, nos meus workshops ensinava meus alunos a contar histórias ao invés de discursar como normalmente faziam e eles descobriam que desta forma ficavam mais fluentes e relaxados ao falar e com isso se tornavam melhores comunicadores e depois começaram a perceber que seus ouvintes lembravam melhor o que eles haviam falado tornando todo o processo de comunicação mais eficiente o que me levou para a comunicação de liderança empresarial e nos últimos seis anos, comecei aplicar esta teoria no aprendizado linguístico e o sucesso foi incrível, hoje tenho orgulho de dizer que somente no ano passado conseguimos ensinar inglês para quase quatrocentos alunos em Foz do Iguaçu dentro do curto espaço de tempo de apenas doze meses.

A popularidade do método AssimSim no Brasil não pode ser considerado uma surpresa pois em uma educação permeada de aulas expositivas e de conteúdo passivo, precisávamos de um método que valorizasse a capacidade inata de aprender de forma divertida e interativa, para voltarmos a ser os verdadeiros gênios linguísticos que poderíamos ser considerados quando aprendemos a nossa primeira língua em pouco mais de um ano.

O meu apelo final seria para voltamos a aprender como crianças sentadas em torno de uma chama, onde o limite da curiosidade é a imaginação e o nosso processo milenar de aprendizado volte a ser valorizado e seguido. !

De repente estava tudo escuro! Meu Deus! Querida onde estão as velas, a luz acabou novamente!

Eu simplesmente adorava quando isso acontecia na minha casa, pois quando criança isto significava que iríamos nos sentar em torno da mesa, enquanto uma vela acesa dentro de um prato ardia com chamas azuis e avermelhadas e assim que o silêncio pela falta de equipamentos eletrônicos começava a incomodar meu pai iria começar a contar histórias sobre garimpos que ele esteve, índios perigosos que comiam pessoas, conhecidos como índios cabeças secas e outras aventuras incríveis de sua infância no Rio Grande do Sul, que faziam as nossas imaginações arderem com desejo de aprender.

Este instinto de aprender com histórias continua vivo em nós, aliás, eu acredito que somente aprendemos efetivamente de duas formas; Primeiramente aprendemos na prática e em segundo lugar podemos aprender de forma eficiente e divertida praticando em nossa imaginação enquanto ouvimos ou contamos histórias, esta segunda forma eu chamo de ASSIMSIM, Assimilação por Simulação. Enquanto ouvimos uma história criamos uma memória episódica que o cérebro transforma em memória de longo termo, por isso é tão fácil lembrar linha por linha uma piada inútil que ouvimos anos atrás enquanto é difícil lembrar a última importante explicação do nosso professor de matemática que aconteceu na aula passada.

Estamos evolutivamente preparados para aprender através de formação de memorias episódicas, isso explica a facilidade que um adulto sente em aprender uma nova língua quando este aprendizado acontece no exterior em direto contato com a língua alvo.

Neste caso, cada interação que esta pessoa tem com a língua alvo, está efetivamente gerando memórias

QUANDO EU ERA CRIANÇA, EU ERA UM GÊNIO PARA APRENDER NOVAS LÍNGUAS, E AGORA?

POR ADEMIR AGUIAR Criador do método de aprendizado AssimSim | [email protected]

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Mudanças metodológicas da Uniamérica refletem positivamente no ambiente acadêmico

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adaptada. Ela ressalta a importância das disciplinas extra curso, incluindo Educação financeira e Resolução de Conflitos. “Isso soma muito. Você tem melhor visão de como administrar seu dinheiro e resolver conflitos”, diz.

Para o estudante de Farmácia, Gustavo Rolim Barbosa, 21 anos, o método dá um resultado bastante positivo. Um dos projetos dos quais ele participou está relacionado à análise de medicamentos apreendidos na fronteira, o que o levou para a Universidade de São Paulo – USP, onde obteve orientação de professores de Química para fazer os estudos. “Agora o grupo vai publicar um artigo científico”, comemora.

Internacionalização – Os intercâmbios estudantis são realidade na Uniamérica. Hoje, a faculdade tem 60 alunos de 11 países, incluindo Portugal, Espanha, Cuba, Colômbia, China e Moçambique. Ryon explica que a abertura para estudantes de

outros lugares e cultura tem valor ímpar na formação do aluno. A meta, diz, é receber pelo menos mil alunos provenientes de 50 países e também abrir portas para os alunos brasileiros estagiarem e estudarem em instituições do exterior.

Para incentivar os alunos, as aulas de inglês passaram a fazer parte do currículo com objetivo de o estudante deixar a faculdade fluente na língua.

Expansão – a Uniamérica oferece hoje 22 cursos de graduação com perspectiva de chegar a 30. O diferencial das demais instituições privadas é a vertente social. A faculdade não tem fins de lucro e tem caráter comunitário. Qualquer pessoa pode ser associada e tem direito a voto.

Hoje 20% dos alunos são bolsistas e a meta é aumentar esse número a cada semestre e chegar a um patamar de 100% de bolsas, com vista a ganhar face de projeto social. !

computadores, facilitando a interação entre aluno e professor. A aprendizagem ocorre por meio de pelo menos 80 diferentes técnicas de estudo, incluindo leituras, resumos, mapas conceituais, simulações, júris, debates, oficinas, seminários e o estudo independente, ou seja, autodidatismo. Para isso, o aluno recebe um conjunto de conteúdos baseados em capítulos de livros e textos clássicos de autores de referência em cada área e vídeos com explicações.

Outros pilares são o aprendizado baseado em problemas, estudo de casos e a preceptoria. Cada aluno tem um preceptor, que é um professor que o acompanha a fim de ajudá-lo a superar dificuldades, não só relacionada ao conteúdo de estudo, mas na área comportamental e motivacional.

A inovação da Uniamérica também chegou ao Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. Em vez de fazer apenas um trabalho final, o aluno precisa, todo final

Desconstrua na sua cabeça aquele modelo de aula expositiva onde por vezes surge a dispersão, a falta de atenção e a monotonia. Com a metodologia ativa, a Uniamérica incentiva os estudantes a descortinar o conhecimento por meio da pesquisa e aplicabilidade, em um processo otimizado pelas plataformas tecnológicas.

“Partimos de problemas reais do campo profissional e articulamos com os aspectos teóricos necessários de cada curso de graduação. Assim ocorre aprendizagem de forma significativa e contextualizada”, diz a coordenadora do curso de Pedagogia, Thuinie Daros.

A mudança na concepção de ensino repercutiu não apenas no ambiente acadêmico, mas também na arquitetura do Campus Boulevard, inaugurado em fevereiro deste ano. As salas de aula tradicionais deram lugar a ambientes com mesas circulares e

de semestre, apresentar um projeto não só teórico, mas prático e resolver um problema real da comunidade, seja uma empresa, um paciente, um hospital ou organização não governamental, explica o presidente da instituição, Ryon Braga.

A metodologia começou a ser implantada de modo experimental há 2,5 anos em dois cursos. Este ano, todos os cursos a incorporaram. Os estudantes aprovaram a mudança. Aluno do curso de Enfermagem, Fernando Souza da Silva, 19 anos, diz que todos têm condições de estudar sozinhos, basta saber pesquisar. “Aprendemos muito mais com atividades do que aulas expositivas. O modelo tradicional é mais cômodo. Nós sentamos, ouvimos o professor e fazemos prova”, diz.

Thamires da Silva Lopes, 23 anos, aluna de Enfermagem, chegou à Uniamérica após ser transferida de outra instituição. No começo, estranhou o método, mas agora se diz

SINTONIA ENTRE TEORIA E PRÁTICA

[ Fernando Souza da Silva.

[ Gustavo Rolim Barbosa.

[ Thamires da Silva Lopes.

[ Thuinie Daros.

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prática, a teoria é outra”. Você pode conhecer a teoria de alguma coisa, mas colocar isso em prática é uma outra história. E a melhor forma, e eu acredito ser a única, de superar essa barreira é Fazer! Faça associações de ideias entre a teoria estudada e suas atividades no estágio. É somente na aplicação que você vai entender as variáveis que surgem e como lidar com elas.

Busque mentoresHá pessoas que já passaram

por esse processo e você pode usar essa experiência para acelerar o seu desenvolvimento. Procure essas pessoas, contate elas . Tem muita gente disponível a te ajudar. Essa atitude pode encurtar o tempo de seu aprendizado e acelerar o ganho de experiência. Quanto antes você puder produzir em alto nível, mais fácil será colocar ideias em prática e essa é a base do empreendedorismo.

Elimine as fronteirasAs fronteiras só existem na

cabeça de quem está fazendo. Use a criatividade em seu trabalho. O trabalho criativo exige mais liberdade, não é igual uma indústria com produção em escala. As ideias mais criativas surgem quando enxergamos como aplicar práticas típicas de um mercado em negócios de outro mercado, por exemplo. Então, não limite suas ideias.

É importante também olhar para as caraterísticas regionais para adequar ao mercado ou nos caso dos empresários, adequar seu produto aos clientes, e isso não impede que você busque referências externas. O que está acontecendo no mundo? Como posso aplicar isso aqui, na minha realidade?

Crie Valor/Gere resultadosAs startups ou pequenas

empresas não estão preocupadas com o processo, pelo menos não deveriam. O dono ou gerente não vai te cobrar para você aplicar aquela ferramenta que você aprendeu na aula, isso deverá ser por sua conta para garantir o melhor resultado possível. É disso que as organizações vivem, é com isso que estão preocupadas. E é aí que tudo o que você aprendeu durante a faculdade vai fazer a diferença.

Então não tem problema você se distrair, desde que seja um conceito de ócio criativo, que você aproveite essas referências nas suas entregas.

Use a tecnologia a seu favorQuer assistir vídeos, jogar

games? Tudo bem! Até porque você é criativo e precisa de estímulos para criar conexões. Mas fique atento a uma questão: utilize essas atividades de alguma forma positiva para qualificar suas entregas. Não se trata de diversão, mas de procurar formas para ampliar sua criatividade e gerar melhores soluções. Por exemplo, estou desenvolvendo um produto e preciso capturar leads, como eu posso fazer isso? Ah, já sei! Tem um jogo online que tem uma página de cadastro, e se a usássemos como referência?

Talvez a grande mudança na preparação dos novos profissionais seja justamente a atitude, a vontade de fazer acontecer. E esta é a principal característica do empreendedor. Seja atuando em uma empresa, como intraempreendedor, ou abrindo seu próprio negócio, você é capaz e o único responsável pelo futuro profissional que terá. Então, não perca tempo na busca pelo melhor que você pode fazer pelo seu futuro. Você pode, você merece! !

à comportamento, a ter atitude, a ir lá e fazer acontecer.

Recentemente, lendo o livro O Poder das circusntâncias (Sam Sommers) me deparei com o conceito de Wysiwyg (what you see is what you get - o que você vê é o que você obtém), ou seja, o contexto é sempre uma interpretação da realidade e o nosso poder de ação está em como lidamos e reagimos a ele. Essa interpretação acontece de acordo com o nosso mindset, o nosso modelo mental. Assim, você pode enxergar diferentes soluções conforme você interpreta o contexto onde você está. Esta forma de enxergar a realidade permite criar novas empresas e negócios todos os dias. Daí surge a inovação que muda a sociedade e gera novos mercados.

Vejamos: o mindset do empreendedor está ligado a percepção das oportunidades e dos

Começo o texto imaginando o que vocês devem estar pensando: Qual a relação entre empreendedorismo e faculdade?

E a resposta é: Todas possíveis, meus amigos! E nesse artigo vou explicar porque.

Uma característica bem evidente da nossa geração é a busca por trabalhos com os quais nos identificamos, algo que tenha algum propósito, um significado real. E para atuarmos nesses projetos, seja ele nosso ou de uma empresa para a qual trabalhamos, não basta desenvolver atividades operacionais, precisamos pensar como empreendedores.

Acho importante esclarecer que o conceito de empreendedorismo não está atrelado em ser dono de uma empresa, até porque nem todo empresário é empreendedor, e nem todo empreendedor e empresário. Empreendedorismo está relacionado

meios de como tornar a execução de uma ideia viável.

Na faculdade a gente leva aquela vida de entregar trabalhos, estudar para a prova, obter nota para aprovação. E que tal encarar aquele projeto onde você desenvolveu uma solução para sua área de atuação como um negócio? Lembrem-se que empreendedorismo não é um benefício apenas para quem já está formado.

Geralmente passamos por todo o período da faculdade pensando no que vamos fazer profissionalmente assim que ela acabar, vamos ser concursados, empregados ou empresários?

E assim muitas vezes esquecemos de aproveitar o processo que ela nos oferece, de preparação.

Use essa etapa para de desenvolver o seu mindset empreendedor. Aqui vão 6 dicas para isso:

Busque oportunidadesComo tem empresa que acha

que estagiário é mão de obra barata, tem estagiário que pensa que é um empregado que não precisa entregar resultado e vai ficar fazendo serviço operacional. Não procure um estágio nesse formato, pense no estágio como uma forma de colocar em prática o que você está aprendendo e de uma forma supervisionada. É a hora de você fazer testes, se preparar para o futuro! Porque depois da faculdade a expectativa sobre você vai ser maior, suas responsabilidade serão outras.

Aceite riscos acima do conforto, procure projetos que te desafiem e que você se identifique com eles.

Coloque o conhecimento em prática

Tem uma frase que eu acho um verdadeiro tapa na cara, que diz “na

EMPREENDEDORISMO TAMBÉM É PARA ESTUDANTES

POR RAFAELA LAURENCINIÉ empreendedora, sócia da Magnidea Desenvolvimento Organizacional, marketing Shop4Help e voluntária no Iguassu Startups.

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[ Professora Neuza Zanette inspirou-se nas obras de Romero Brito para colorir a Escola.

Bancos, paredes e vasos foram coloridos para dar mais vida à Escola.]

“Era a única disciplina que eu tirava dez”, brinca. Da aptidão para a escolha da profissão foi um pulo. Assim, aos 23 anos começou a lecionar artes e não parou mais. “Sou muito detalhista, caprichosa e perfeccionista com tudo ao meu redor. Eu acredito que tudo o que nos cerca é uma extensão de nós mesmos”, diz.

Para Neuza Zanette, a história do mundo e das artes andam sempre juntas. “Os acontecimentos do mundo vão sendo retratados através da arte. Cada época vivenciada tem sua identidade e é representada nas mais variadas

manifestações artísticas. Podemos contar a história humana analisando a arte”, explica.

Quanto à arte nos dias de hoje, Neuza diz: “A arte, atualmente, é estranha, bizarra, muitas vezes, choca quem a vê. Isso porque o mundo, hoje, também está assim, assustador. Cabe a nós interpretar e contextualizar tudo isso”.

Para expor as pinturas realizadas na escola, a professora usou as redes sociais. Ali, logo a notícia espalhou-se e o sucesso foi tamanho, que mais escolas aguardam a vez para transformarem-se em obra de arte. !

Ela tem paixão pelas artes e resolveu, nas horas de folga, dar vida às paredes e bancos desbotados da escola

A ideia de uma professora de artes transformou a aparência do colégio em Medianeira. Neuza Zanette adora o que faz. Desde que leciona artes nas escolas do município, sempre buscou interagir com os alunos e motivá-los a expressarem suas emoções através das aulas. Alunos garantem: “Aulas da professora Neuza nunca são monótonas”.

Nesse ritmo criativo, um dia, enquanto olhava as paredes descascadas e sem vida à sua

frente, teve uma ideia. Resolveu usar o tempo livre para desenhar e pintar as paredes, bancos e vasos de plantas da escola. “Eu estava sentada olhando para o nada, quando me dei conta de que eu podia pintar aquelas paredes”, conta a professora.

Então, ela contou sobre a ideia a outras colegas que, prontamente, resolveram ajudar. Assim, Neuza e outras duas funcionárias da Escola Estadual Olavo Bilac, transformaram o visual do colégio. Com a ajuda de amigos e de pais de alunos, ela conseguiu as tintas e, em 15 dias, o visual da escola transformou-se. “Inspirei-me nas obras de Romero Brito e fiz, então, uma releitura da sua arte”, explica. Para a professora de artes, o mundo, hoje, é muito colorido. “As roupas, as cidades, enfim, tudo hoje em dia é muito expressivo e tem muita cor. Foi isso que eu quis fazer na escola”, conta animada.

De acordo com Neuza, quando os alunos viram a escola toda colorida e cheia de vida, ficaram muito felizes. “O ambiente ficou muito mais acolhedor e aconchegante para os jovens. Recebi muitos elogios deles e também dos pais”, conta.

Neuza leciona a disciplina de artes em várias escolas de Medianeira e demonstra a sua paixão em tudo o que faz. Desde detalhes de calendário de aniversário na sala dos professores, até os trabalhos da apostila repassados aos alunos. Tudo é muito intenso.

ProfissãoNeuza Zanette conta que sempre quis ser professora de artes. Desde a juventude, teve afinidade com o tema e muita vontade de aprender mais.

UMA PROFESSORA QUE PINTA O SETEPOR CAMYLE HART

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Aos poucos eles foram chegando e se deparando com colegas em cadeiras de rodas, deslizando pelo saguão. Outros vivenciavam a experiência de caminhar com os olhos vendados. Essas ações sensibilizaram milhares de alunos do Centro Universitário UDC, como parte da programação do II Forum de Acessibilidade, realizado nos dias 30 e 31 de maio, em parceria com o CREA/PR. O tema desse ano foi: Desafios da Acessibilidade em Pleno Século XXI.

"O objetivo é justamente empoderar nossos acadêmicos, a comunidade e, principalmente, as pessoas com deficiência, com o intuito de buscar soluções efetivas para tornar a nossa sociedade e a cidade mais acessível", destaca Fabio Hauagge do Prado, pró-reitor da UDC.

Deficientes Físicos, a Prefeitura Municipal, enfim, vários atores que fazem parte desse meio e que podem cooperar com soluções. Na academia estudamos as teorias, fazemos as aulas em laboratórios, visitas técnicas, trabalhos de sensibilização e tivemos a confirmação do engajamento dos nossos alunos ao estarmos com o auditório cheio nas duas noites do evento. Saímos do Fórum com uma ação imediata. Vamos rever, reavaliar, trazer à tona e modernizar o Projeto Calçadas que foi feito na Instituição há mais de 10 anos e levaremos aos órgãos competentes. Esse Projeto partiu da premissa de que um caminhar seguro é importante para o bem-estar social. As calçadas exercem a função de proteger os pedestres, por isso é

Durante o evento, ele desafiou os acadêmicos a criarem mais projetos voltados à acessibilidade, lembrando que a Lei das Calçadas (Lei 3144/05) resultou de projeto de pesquisa no âmbito acadêmico da UDC. Prado adiantou, ainda, que essa pesquisa será revisada no próximo semestre.

O evento contou com a presença da Engenheira Civil Célia Rosa, Vice-Presidente do CREA/PR, que abordou o tema “Acessibilidade em Foz do Iguaçu, Desafios e Metas”; do Prof. Mestre Radames Giona, Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UDC, que falou sobre “Sensibilização para a Acessibilidade Arquitetônica”; e de Nelson Carvalho, da Associação dos Deficientes Físicos de Foz do Iguaçu, que debateu os

importante que estejam em condições adequadas de acessibilidade.

VDE - Foz é acessível?Fabio Prado - Embora a Lei das Calçadas (decorrente do Projeto) esteja em vigor desde 2005, ainda tenhamos muito que melhorar. Porém, a acessibilidade promovida pela padronização das calçadas é evidente e não deixa dúvidas sobre sua importância. Estamos evoluindo e é justamente por esse motivo que fiz o desafio de rever o Projeto Calçadas.

VDE - Como a UDC agrega valor aos seus acadêmicos em relação ao tema acessibilidade?Fabio Prado - Ficamos muito felizes enquanto instituição com o

engajamento dos nossos alunos. O debate enriquece o conhecimento. Após as palestras, em uma mesa redonda, os participantes foram questionados pelos estudantes e a sabatina foi longa, os alunos ficaram muito interessados. Tenho certeza que nossa comunidade acadêmica tem muito a contribuir com essa área. Temos na UDC inúmeras pessoas com necessidades especiais e que se formam normalmente. Todos são assistidos. Por exemplo, tivemos no Fórum uma aluna de Design de Moda que é deficiente auditiva e que veio acompanhada pela interprete de libras. Isso ocorre todas as noites e em todas as aulas, é algo comum. É importante ressaltar que todas as áreas do conhecimento podem contribuir com ideias e projetos. !

desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência.

Foz é acessível?Vida de Estudante conversou com o Professor Doutor Fabio Hauagge do Prado, pró-reitor da UDC, para aprofundar o debate sobre acessibilidade em Foz do Iguaçu.

VDE - Quais as repercussões do II Forum de Acessibilidade para a cidade, os estudantes e a sociedade de modo geral?Fabio Prado - Trazer a percepção da acessibilidade e tocar nesse assunto é muito importante. Participaram dos nossos debates a comunidade acadêmica com mais de 15 cursos, o CREA-PR, a Associação dos

UM CAMINHAR SEGUROPara o poeta Mário Quintana, deficiente é aquele que não consegue modificar a vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

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Entidades de Base (COMEB), nas dependências do Colégio Estadual Monsenhor Guilherme. Estudantes e presidentes de grêmios, em conjunto com a diretoria executiva municipal da entidade, deram início às atividades para realização do 16º Congresso da UMEFI, nesse ano com o tema "Declare guerra a quem finge te amar!". É uma forma de homenagear a primeira gestão da entidade, do ano de 1978, que surgiu em plena ditadura militar. O congresso da UMEFI é o espaço que reúne os estudantes secundaristas da idade de Foz do Iguaçu, para definir os rumos da luta estudantil. O Encontro Estadual de Grêmios esse ano será realizado em junho, na cidade de Guarapuava. !

DiretoriaBeatriz da Silva - Presidente da Umefi - (45) 9835- 1432Diego Carvalho - Secretário Geral - (45) 9954-3958Diego Lucas - Tesoureiro Geral - (45) 9931-8115Kauane - Diretora de Esportes - (45) 9765-8829Milene - Diretora LGBT - (45) 9800-9606Joana - Diretora Mulheres - (45) 9813-9959

A União Municipal dos Estudantes de Foz do Iguaçu (UMEFI) agradece a Revista Vida de Estudante por este espaço, que será dedicado a informar nossos associados e a todos os estudantes de Foz do Iguaçu e região, sobre as ações, projetos e programas de nossa Entidade, em defesa da educação de qualidade.

Encontro Municipal de GrêmiosEm junho será realizado o Encontro Municipal de Grêmios Estudantis. O objetivo é discutir ações conjuntas com a UMEFI contra o sucateamento da educação, debater a escola que queremos e o que podemos fazer para conquistá-la, as dificuldades que cada Grêmio tem em atuar dentro do próprio Colégio, o preconceito, LGBTfobia e machismo dentro das escolas e como podemos combatê-los. Local e data estão sendo definidos.

LGBTfobiaEm agosto, a UMEFI promoverá debates sobre LGBTfobia e machismo, no Encontro de mulheres e LGBT, onde será deflagrado uma grande campanha secundarista contra o preconceito. A LGBTfobia e o feminicídio vem aumentando muito no país. Hoje o Brasil é um dos países que mais mata transsexuais no mundo.

Jornada de LutasA UMEFI promoveu, no dia 15 de Abril, a Jornada de Lutas, que reuniu mais de 200 estudantes na Avenida Brasil, em Foz do Iguaçu. A passeata pacífica seguiu até a Praça da Paz, na Avenida JK. O ato foi contra o sucateamento da educação no Paraná, o descaso com a merenda, em defesa das reivindicações dos professores, a favor do passe livre e da democracia nos grêmios estudantis. Desde os protestos de 2013, os estudantes secundaristas vêm sendo protagonistas na luta e resistência contra o sucateamento da educação, ocupando escolas como forma de protesto contra o descaso. No Paraná não foi diferente, no dia 18 de maio o Colégio Gerardo de Maringá foi ocupado pelos estudantes. A UMEFI exige merenda de qualidade e melhores condições de ensino em Foz do Iguaçu.

16º Congresso da UMEFINo dia 6 de maio, a UMEFI realizou o Conselho Municipal de

UMEFI, EM DEFESA DA EDUCAÇÃO

REVISTA IGUASSU ROCK | EDIÇÃO 03

CELEBRANDO 25 ANOS DE BANDA

ENTREVISTA:

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ENTREVISTARobert Rafagninentrevista a banda TUMULTO,que comemora 25 anos de palco.O IGUASSU ROCK esteve no estúdio "Thomas Case", nesta quinta-feira (19/05) acompanhando o ensaio da banda TUMULTO. Aproveitamos para fazer uma entrevista e apresentar as novidades da banda. A TUMULTO está regravando o Álbum "Conflitos Sociais", lançado em 1992, mas com uma nova roupagem e ao som característico. Eles prometem muita adrenalina para os ouvidos dos fãs. Acompanhe a entrevista na íntegra, com Marcio Duarte (Baterista), Germano Duarte (Vocal e Guitarra) e Rafael Feldman (baixo).

IR: Falem sobre esta novidade, a regravação do álbum "Conflitos Sociais", de 1992.

MÁRCIO: O álbum Conflitos Sociais foi gravado em 1992, com a produção do Redson, do Cólera, e foi um álbum em conjunto com a banda Morthal. Na época foi muito legal e até hoje, onde a gente vai tocar, tem gente que fala dele. Foi um momento bacana para a gente regravar o álbum, primeiro porque o Tumulto este ano está fazendo 25 anos de banda, e outro porque é agora que estamos voltando a tocar. Ficamos muito tempo parados em virtude do meu problema de saúde e eu estava me recuperando, então eu estou me sentindo como se tivesse começando a banda outra vez. Entendo que a regravação deste cd foi essencial, não estou dizendo que vai ser o último, espero que seja o primeiro de muitos.

IR: E o Álbum terá quantas faixas?

GERMANO: 9 faixas. As 6 faixas da regravação na íntegra do álbum Conflitos Sociais e mais 3 covers, uma espécie de homenagem as bandas que de uma forma ou de outra participaram da história do Tumulto. Uma delas, do Cólera, com a música "Medo", em homenagem ao Redson, que foi o responsável pela produção do Conflitos Sociais, e também ao Pierre, que é um grande amigo, enfim ao Cólera todo. Ação Direta com a música "Descontrução" e Câmbio Negro HC de Recife com a música "Meu Filho", um punk-rock que a gente sempre ouviu e gosta muito e fechou nisso ai, 9 músicas.

IR: Gafa, como foi a sensação de entrar na banda?

RAFAEL FELDMAN: Eu sempre fui fã da banda, conheci o Germano em 1999, na ocasião ele vestia uma camiseta do Hellowen, ai eu perguntei: -"a banda em que vocês tocam é estilo Hellowen cara"? Ai ele respondeu que não, eu fui assistir ao show e já virei fã. O show foi muito legal, sem palavras, ai

tocavam som próprio, tudo doidão, o batera não toca porra nenhuma (risos), brincadeirinha, mas é assim na amizade mesmo, erramos juntos (risos).

IR: Está programado os shows para o lançamento do Álbum?

MARCIO DUARTE: O primeiro show nosso vai ser aqui em Foz do Iguaçu mesmo, mas assim..., vai ser na FARTAL (risos). Depois tem dia 9 de junho, show em Curitiba-PR na casa 92 Graus, dia 10 de junho em Joinville-SC com a banda Khrophus, e depois dia 11 de junho em Indaial-SC, e dia 12 de junho em Florianópolis, ai depois dia 17 de junho em Foz do Iguaçu, que na verdade vai ser uma festa com as bandas March to Die e Arsênio, vai ser no Ballinas Pub.

MARCIO DUARTE: Neste show a gente vai lançar oficialmente o cd pra galera de Foz do Iguaçu, mas já estaremos com ele antes.

IR: Já tem ideia para um novo álbum?

GERMANO DUARTE: Tem sim, a gente já está compondo outras músicas mesmo, já tínhamos uma coisa preparada, e agora apareceu a ideia doConflitos Sociais, então, logo após cumprirmos esta tabela, vamos pensar, vamos ver o que vai acontecer.

IR: Onde foi gravado o álbum e como foi a experiência?MARCIO DUARTE: No Estúdio da Banda Embrio em Cascavel.

IR: E como foi a experiência?

MARCIO DUARTE: Estúdio é sempre diferente. A primeira vez que a gente gravou foi com o Ciero e com o Frank Blackfire do Creatorno estúdio da tribo em SP. Quando gravamos o Fight foi muita pressão de todos os lados, então a gente não tinha ainda trabalhado com o Emerson, foi muito tranquilo. A gente fez várias vezes Foz-Cascavel, foi muito bom trabalhar com ele, depois a gente remasterizou com outro cara de Santa Catarina, que foi indicação dele.

IR: Qual foi o tempo de produção?

GERMANO DUARTE: Acho que foi aproximadamente uns 2 meses e meio, é isto?RAFAEL FELDMAN: É isso mesmo. E sem ensaiar.

IR: Finalizando, obrigado a banda Tumulto pela divertida entrevista, sucesso para banda.

ACOMPANHEM A ENTREVISTA COMPLETA EM VÍDEO NO CANAL DA IGUASSU ROCK NO YOUTUBEyoutube.com/iguassurock

TUMULTUANDOEDITORIAL

Diretor Geral: Luciano Lemos LuzDiretor de Arte: Lafa LemosWeb: Andrew WalmirEdição e Produção: Dinha Galeano Edição e Roteiro: Maurício BonhanApresentador: Robert Rafagnin

Colaboradores:Lafa Lemos,Dinha Galeano,Mauríco Bonham,Andrew Walmir,Robert Rafagnin,Marcio Duarte,Pâmela Moreira,Germano Duarte,Rafael Feldman,Wellington CorreiaCirculaçãoOeste do Paraná

Expediente

ContatosRelacionamentoRedação/ComercialLuciano Lemos Luz [email protected] – 9901-2431

Fala galera do rock!Chegamos a terceira edição do IGUASSU ROCK, trazendo mais informações, entrevistas e principalmente muito Rock ‘N Roll. O nosso site está de cara nova, e se você ainda não baixou nosso APP para de ler AGORA e vai fazer o download. Nossa página no Facebook esta bombando e o nosso programa Eventos do Caralho (não sei se eu posso escrever isso aqui) esta cada dia mais engraçado. Também lançamos novo programa no YouTube: Estúdio Resenha do Rock, com o nosso grande amigo Robert Rafagnin. Nossa entrevista especial é com a galera do Tumulto, que comemora 25 anos de estrada com o lançamento de mais um CD novinho em folha. Apresentamos, também, a estreia da compositora e vocalista da banda Drock Pamela Moreira com seu texto “Mostre o Rock que vive em você!”. E, como já é de costume, a Coluna TUMULTUANDO, do nosso grande amigo Marcio Duarte e seu ponto de vista afiado do cenário local. Agradeço a toda equipe IGUASSU ROCK pelo apoio: Lafa Lemos, meu fiel escudeiro, Dinha Galeano, uma grande profissional, Maurício Bonhan, pura criatividade, Andrew Walmir, nosso resolve tudo na Web e por último e não menos importante o nosso grande apresentador Robert Rafagnin. Um muito obrigado ao Marcio Duarte pela Coluna, a Pâmela Moreira pelo texto, ao grande amigo e Principal apoiador Wellington Correia (Diretor do Vida de Estudante), ao Estudio Kase nosso primeiro patrocinado, a Intercultural que iniciou este mês a parceria com o Iguassu Rock e, principalmente, as 1.255 pessoas que curtiram a nossa página no Facebook (23/05/2016).

O IGUASSU ROCK(Revista/Facebook/Youtube/Site/App) está aberta à CRITICAS, SUGESTÕES E Elogios, desde que sejam com o intuito de contribuir e de divulgar o ROCK DAS TRÊS FRONTEIRAS. hasta la vista baby!.Luciano Lemos Luz, Diretor

O underground é um movimento que existe há muitos anos no meio do Rock e que até hoje ainda é vivo. O problema é que essa palavra pode ser usada em dois sentidos. No que se refere aos shows e bandas, uma das formas, e no meu ponto de vista a que deveria ser a mais praticada, é que banda underground pode ser banda profissional, banda de qualidade, e existem muitas a exemplo do Krisiun, Claustrofobia, Necromancia, Ratos de Porão e por ai vai e o mesmo acontece com shows como Forcaos, Black River, Roça 'N' Roll, entre outros. Em minha opinião esse é o verdadeiro underground feito com muita responsabilidade e profissionalismo, com bandas onde os músicos procuram estudar e fazer boas músicas e no caso de shows e festivais uma estrutura no mínimo boa para a banda e o público poder aproveitar. Não estou falando de palco de Rock In Rio, estou falando de palco com boa caixas para guitarra e baixo, uma bateria boa um bom PA e retorno, isso consegue fazer um ótimo evento. Existem poucos como esses, mais o bom é saber que ainda temos pessoas que pensam em fazer isso. A forma errada de usar o underground e, infelizmente, a mais comum, é quando se pensa que underground, são bandas ruins e shows ruins, em casa de shows ou bares sem estrutura nenhuma, deixando o som pior do que deveria ser, onde as bandas não conseguem executar uma música no mínimo afinada. Hoje ainda podemos ver público para esses eventos que dizem gostar de Rock. Mas eu me pergunto, será? Em casa ouvem grandes bandas. Quando o evento é local, por que tem que ser em lugar ruim, com banda ruim? Será que ser underground dessa maneira é uma forma de se esconder atrás da preguiça de realmente treinar e fazer boas músicas e no caso de shows, correr e formar uma equipe e fazer shows em bons lugares com acústicas e bom equipamento? Se pensa em ter banda underground escolha o seu lado e seja feliz........

Underground Por Márcio Duarte

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Mostre o Rock que Vive em Você!Pâm Moreira

O conteúdo maisROCK N’ROLL

da tríplice frontreira.

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entrevistas - dicas - cobertura de eventos - conteúdo 100% Rock n’ Roll

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A primeira lembrança que eu tenho da minha vida, é musical. Minha mãe trabalhava como empregada na casa de um policial federal que era super fã do Legião Urbana. Enquanto ela terminava o serviço, eu ficava sentada na porta da cozinha escutando "Eduardo e Mônica”, eu devia ter uns quatro ou cinco anos e posso afirmar que desde aquele momento a música sempre esteve presente na minha vida. Depois de alfabetizada, peguei gosto pela escrita e, até hoje, é escrevendo que eu consigo me expressar da melhor forma. Mesmo não sabendo tocar nenhum instrumento, com uns onze anos de idade eu comecei a escrever músicas. O meu maior sonho era ter uma banda de rock, talvez por isso, de repente, meus rabiscos vinham com melodia e refrão. Sempre fui em shows, sou do tipo que fica hipnotizada na frente do palco, admirando a banda, a postura, a coragem que o artista tem de mostrar os seus sentimentos, mas eu sempre guardei esse sonho comigo, tinha vergonha de falar que compunha e me julgarem

pretensiosa, que bobagem! No finalzinho do ano passado, no meio de uma conversa no whatt’s, eu mostrei uma letra minha para um amigo guitarrista, ele gostou e sugeriu de montarmos uma banda (CARALHO!). “Caralho”, foi só o que eu pensei, era simplesmente a possibilidade de eu concretizar o meu sonho mais louco. Então, eu que já estava um tempo sem escrever, fui mexer nos meus cadernos velhos (MISERICÓRDIA!). Comecei a ler minhas letras de adolescente sofrida, uma letra em espanhol e umas letras sobre coisas que eu nem lembrava de ter vivido. Naquele momento ficou bem claro o processo que eu passei durante esses anos. A maioria das minhas letras é autobiográfica, e o meu amadurecimento foi notável. Sobre inspiração, o que eu posso dizer é que o “trem” é bem louco. Eu já acordei de madrugada com uma letra na cabeça; já compus bêbada às 4h da manhã; já escrevi sobre situações que amigos meus passaram e até marchinha de carnaval. Geralmente a ideia/sentimento flui, eu gravo no celular

e depois passo para o papel. Tem bandas que fazem primeiro a melodia e depois a letra, a música "Entre Sem Bater", da minha banda, surgiu desse processo. A maneira como cada um tem de se expressar é bem particular. Uns fazem isso através da dança, outros com solos de guitarra, fotografia, grafite, enfim... cada um no seu quadrado! O que eu quero transmitir, baseado no processo que eu vivi, é que se você tem, ou quer ter uma banda (fazer sucesso é outra questão), não tenha medo e nem vergonha de fazer o seu próprio som, não se importe e nem se censure pelo que os outros vão achar. ACREDITE NAS TUAS IDEIAS! O seu jeito de olhar o mundo é único e autenticidade é algo que sempre vale à pena. Faça do seu jeito, em português, inglês ou mandarim. Dê identidade para sua banda. Viva o ROCK! Mostre o Rock que vive em você! LET'S GO ROCKERS! Meu nome é Pamela Moreira, tenho 26 anos e sou vocalista e compositora da banda DROCK. Valeu pela atenção e até a próxima!

formação. Por esta razão, a escolha de uma boa escola é fundamental. Na Technos Escola não nos preocupamos com o simples fato de um aluno fazer a matrícula em uma de nossas unidades. Queremos que ele saia um profissional realmente qualificado. Nós o acompanhamos para que tenha sucesso profissional, destaca James Bortolini, Diretor da Technos.

Profissionais empregados também devem investir em capacitaçãoMesmo quem já tem um bom emprego precisa realizar cursos profissionalizantes. Afinal, por meio deles é possível atualizar-se quanto às novidades do mercado trabalho e adquirir conhecimentos sobre novos recursos e soluções. O que ajuda a obter melhores posições dentro da empresa. Na Technos oferecemos específicas para a necessidade de cada aluno. Seja qual for sua condição, qualifique-se, enfatiza Bortolini. !

Os trabalhadores com curso profissionalizante têm 48% mais chance de conseguir um emprego no Brasil do que os candidatos com apenas ensino médio. A constatação é do pesquisador Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), ao avaliar resultados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE.

Portanto, uma boa formação profissional é ponte que você precisa construir para as melhores oportunidades no mercado de trabalho. Focados nas necessidades e as melhores práticas das profissões, os cursos profissionalizantes aproximam o aluno da função escolhida, repassam conhecimentos atualizados e os ajudam a conhecer mais detalhes sobre a carreira. A curta duração e os baixos investimentos nesses cursos garantem rápida inserção no mercado.

Ter uma lista extensa de cursos no currículo não garante nada. As empresas analisam, prioritariamente, o conhecimento obtido pelo profissional durante sua

PROCURANDO UMA OPORTUNIDADE?Cursos profissionalizantes podem ser a solução.

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Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), e Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). FIT Cataratas – É uma realização da Secretaria Municipal de Turismo, com organização da De Angeli Feiras & Eventos, com o apoio estratégico do Ministério do Turismo e Paraná Turismo e patrocínio da Itaipu Binacional, Fecomércio Paraná/CNC e Fundo Iguaçu e Copel Telecom. !

11º Festival de Turismo das CataratasDias: 15, 16 e 17 de junho de 2016Local: Rafain Palace Hotel & Convention CenterFoz do Iguaçu – [email protected]: www.festivaldeturismocataratas.com.br

O Fórum Internacional de Turismo do Iguassu, um dos principais eventos técnico-científicos de turismo do Brasil, terá como tema, este ano, “Turismo e Megaeventos”. Ano passado o evento bateu o recorde com 194 trabalhos submetidos, produzidos por estudantes e pesquisadores.

Criado para “dar oportunidade de a academia interagir com o mercado do turismo”, como define o coordenador do Festival de Turismo das Cataratas, Paulo Angeli, o Fórum abre espaço à participação de Instituições de Ensino Superior de todo o Brasil, possibilitando ainda que os estudantes possam se desenvolver pessoal e profissionalmente.

O Fórum será nos mesmos dias do Festival, 15, 16 e 17 de junho em Foz do Iguaçu – PR. No dia 16, haverá uma palestra sobre “Turismo e Megaeventos” com palestra da especialista sul-africana Mathilda Van Niekerk. Ela é PhD em Gestão de Turismo e é autora ou co-autora de quase 90 publicações acadêmicas sobre o assunto. Na programação consta a Mesa de Debates sobre o tema “Turismo e os megaeventos no Brasil”, e também Oficinas e Minicursos.

PublicaçãoNos últimos anos, o Fórum Internacional de Turismo do Iguassu vem possibilitando uma importante discussão sobre os trabalhos produzidos em diversas instituições de ensino do Brasil. Os melhores trabalhos apresentados são publicados em livros (coletâneas), revistas científicas nacionais e anais registrados.

Fórum Internacional de Turismo do Iguassu – É uma realização da De Angeli Feiras & Eventos, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria (Mestrado e Doutorado) da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), e conta com o apoio de outras instituições, como Universidade Feevale, Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Instituto Federal do Paraná (Campus Foz do Iguaçu) e Instituto Federal Catarinense (Campus Sombrio), PUCPR Grupo Marista, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual Paulista (UNESP),

TURISMO E MEGAEVENTOS SERÃO TEMAS DO FÓRUM CIENTÍFICO DO FIT CATARATAS 2016

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