Revista Vida e Natureza

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A REVISTA Para Promotor de Justiça o descumprimento às leis é a maior ameaça. Páginas 4 e 5 Natureza exposta e vulnerável Mês do Meio Ambiente Shopping também entrou na programação. Páginas 10 e 11 9 anos C O M V O C Ê E O M E I O A M B I E N T E Edição 165 - Julho - R$ 11,00 “Adotando o meio ambiente por inteiro” Florestas renováveis Além da economia fortalecem a preservação das matas. Páginas 4 e 5 Seminário regional Resíduos sólidos ganham discussão ampliada. Página 15

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Edição 165

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Para Promotor de Justiça o descumprimento às leis é a maior ameaça. Páginas 4 e 5

Natureza exposta e vulnerável

Mês do Meio AmbienteShopping também entrou na programação.Páginas 10 e 11

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Edição 165 - Julho - R$ 11,00 “Adotando o meio ambiente por inteiro”

Florestas renováveis Além da economia fortalecem a preservação das matas. Páginas 4 e 5

Seminário regionalResíduos sólidos ganham discussão ampliada.Página 15

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ContatoRua: Presidente Roosevelt, 344Centro – CEP: 88.504 – 020Lages – Santa CatarinaFone: (49) 9148-4045E-mail: [email protected]

Diretor GeralPaulo Chagas Vargas

Consultoria AmbientalBióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas

Jornalista ResponsávelBetina Pinto - Reg. SC 01940 - JP

Diagramação e Projeto GráficoRevista Vida & Natureza - Caroline Colombo A. Costa

Tiragem e Impressão2.000 exemplaresGráfica Tipotil

9 | EDuCAção AmbIEnTAlConcurso estimula a consciência ecológica

6 - 7 | A AlTERnATIVA DAS floRESTAS REnoVáVEISFlorestas naturais ficam mais protegidas, além da absorção do CO2

17 | 40 AnoS DA ACREntrevista com o executivo Mauro Murara Jr

“A Revista Vida & Natureza circula onde você nem imagina. Mas o importante é que ela sempre está onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mãos”.

Índice

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EdiçãO 165 | ANO 09 LaGes, sanTa caTarina - brasiL crédiTo foTo capa: pauLo chaGas

15 | SEmInáRIo REGIonAlComo os resíduos sólidos devem ser tratados

Expediente

Visão“Ser um meio de comunicação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a consciência na preservação da Natureza”.

Missão“Fazer com que todos tenham oportunidade de obter informações envolvendo o meio ambiente e atingir a consciência futura”.

16 | SAnEAmEnTo báSICoRecursos são liberados para municípios da Serra

10 - 11 | nATuREzA é CElEbRADAMuitas ações no Mês do Meio Ambiente

18 | CRIAção DE PEIxES Uso de nova técnica em alagados

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O mundo está num momento crucial no que tange ao meio ambiente. Em todos os lugares do Planeta, há uma comoção generalizada.

O que se pretende é conscientizar as pessoas sobre o grave momento que a natureza enfrenta. Estava mesmo na hora. Demorou. Porém, há tempo para a reação. O problema é fazer com que todos entendam a necessidade dos passos da preservação. Talvez o que mais falta é a participação do poder público, e até mesmo da imprensa, para que a exposição real dos problemas ambientais se alastre. A questão está cada vez pior. Não dá mais para aceitar tanto descaso.

O 2015 é o Ano Internacional do Solo. Obviamente, a mensagem precisa ser mais clara. Atualmente, muito se fala em preservar

florestas, água, não contaminar o ar, etc, porém, é preciso lembrar também que o solo é a base de tudo. Com ele estragado, todo o resto se prejudica. Assim, ao acompanhar uma palestra da Dra. Letícia Sequinatto, do Centro Agroveterinário, de Lages, entendi perfeitamente o que está ocorrendo com o solo, especialmente, nas áreas urbanas. E, ela fez a pergunta: será que temos culpa? A resposta ficou no ar. A verdade é que precisamos como ela mesma disse, visualizar o solo além da superfície, ou seja, ver também na profundidade.

Portanto, não é preciso ser um grande entendido no assunto para perceber que ao se preservar o solo, teremos água e um

lugar capaz de sustentar os vegetais e ainda garantir a produção de alimentos. E tem mais. Aprendi que levam 2 mil anos para que sejam criados 10 centímetros de terra fértil. Só com esse conhecimento dá para perceber a preciosidade que é o nosso

solo. Por outro lado, o questionamento de quem é o culpado não pode ficar sem resposta. Ainda mais que, a cada ano, sabe-se que cerca de 13 milhões de hectares de florestas são desmatados no mundo. O triste é que poucos sabem que os solos férteis, assim como a água, são finitos. É preciso que se fale mais sobre o assunto.

A Dra. Letícia também tocou na ferida. Lembrou que os nossos governantes precisam se inserir mais no processo da

conservação do solo. Afinal, quantas vezes é preciso lembrar que a terra é a base da sustentação da vida no Planeta. Sim, o debate precisa ser fortalecido. Para a professora, especialista no tema, a preservação do solo é o maior dos desafios do homem no mundo. A população está aumentando, por isso, o alerta surge através de outro questionamento: haverá alimentos para todos, caso a degradação continue? Então, se nada for feito, daqui a 50 anos, o Planeta terá somente a metade do solo necessário para produzir.

Para concluir, é preciso lembrar que a derrubada de árvores quase sem controle está influenciando diretamente

na degradação do solo, pois, está perdendo a proteção natural e causando o empobrecimento do ecossistema; sem contar com os outros sérios poluentes. É hora de mudar!

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E o Solo, quEm PRoTEGE?

PALAVRA DO EDITOR

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Descumprimento às leis é maior ameaça ao meio ambiente

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A afirmação é do Coordena-dor do Centro de Apoio do Meio Ambiente, Promotor

de Justiça Paulo Antonio Locatelli, que listou seis situações classificadas como “inseguranças” ao meio ambien-te e que são acompanhadas e fiscali-zadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O descumprimento às leis é a maior ameaça, na avaliação do Promotor de Justiça, seja por des-conhecimento, seja por intenção. “A especulação imobiliária, a mercantili-zação das cidades e a desvalorização da propriedade são alguns dos senti-mentos predominantes em detrimento ao meio ambiente. Além de gerar uma ameaça, a ocupação desordenada representa um risco agora e para as futuras gerações”.

Outra ameaça à natureza tem origem técnica: falta de critérios objetivos para

medir danos ao meio ambiente e tam-bém de capacitação dos peritos res-ponsáveis pelos laudos. “Nós temos uma situação delicada atualmente. Faltam critérios claros para valoração do dano ambiental. Além disso, laudos dúbios, contraditórios, omissos ou ela-borados por peritos não habilitados po-dem induzir a decisões inconsistentes. Conceitos que exigem estudos mais profundos podem gerar diferentes in-terpretações técnicas e a elaboração de laudos inconclusivos”, explica o Promotor de Justiça.

As demais “inseguranças” relativas ao meio ambien-te são os próprios desas-

tres naturais, a legislação, a judicial e a administrativa. Sobre os desas-tres naturais, o MPSC entende que, como o nome diz, são naturais, mas poderiam ser amenizados com o cumprimento da lei sobre ocupação do solo, de preservação dos ecossis-temas e de outras medidas vigentes. Enchentes, inundações, tornados, furacões, granizo e deslizamentos estão entre os desastres naturais, e o território catarinense é muito ex-posto a essa “insegurança”.

O Promotor de Justiça ex-plica que a “insegurança legislativa” se refere ao ex-

cesso de leis e à possibilidade de ge-rar dificuldade e eventual duplicidade de compreensão: “A redação deveria ser clara e objetiva a fim de facilitar a tomada de decisões com base em ca-racterísticas técnicas”. Já em relação à insegurança jurídica, Paulo Locatelli esclarece que se trata da duplicidade de posicionamento emanados dos Ministérios Públicos e do Judiciário em relação às questões ambientais, favorecendo, assim, o surgimento de divergências doutrinárias.

A “insegurança administrati-va” é causada pela omis-são ou escassez de um

serviço público adequado, seja pela falta de órgãos ambientais capaci-tados para a expedição de licencia-mentos e alvarás, seja pela atuação tímida ou inexistente de conselhos e fundos municipais do meio ambien-te. Outra ameaça identificada pelo MPSC na esfera administrativa é a

intervenção pessoal ou política em decisões que deveriam ser técnicas. “Em alguns casos, identificamos cer-ta omissão por parte do poder públi-co por se tratar de uma empresa de alguém conhecido ou aliado político”.

• promotoria de Justiça atenta às ameaças contra a natureza e mantém constante fiscalização. seja por desconhecimento ou por intenção, as pessoas estão colocando em risco o ecossistema.

Promotor de Justiça Paulo Antonio Locatelli

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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) registrou, em 2014, um

aumento de 16,63% na quantidade de acordos extrajudiciais a fim de re-dimir conflitos relacionados ao meio ambiente. Foram realizados 1.445 procedimentos administrativos pre-liminares destinados a solucionar problemas ambientais sem que hou-vesse uma intervenção judicial. Em 2013, foram 1.239 procedimentos.

O Coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CME),

Promotor de Justiça Paulo Anto-

nio Locatelli, explicou que o MPSC, agindo dentro do que preconizam as normas legais, apresenta, sempre que possível, propostas de melho-rias ambientais aos problemas apre-sentados pela via extrajudicial, as quais se mostram, geralmente, mais céleres em relação aos resultados pretendidos, se comparado aos pro-cessos judicializados.

Ainda na esfera administra-tiva, o Ministério Público firmou outros 440 Termos

de Ajustamento de Conduta (TAC). Destacam-se, entre os principais problemas ambientais registrados

em Santa Catarina, as ocupações em Áreas de Preservação Perma-nente (APP) no perímetro urbano, a ausência de registro das áreas espe-cialmente protegidas, como a reser-va legal nas propriedades rurais, e a ausência de esgotamento sanitário nos municípios catarinenses.

Além da atuação corretiva, o MPSC também desen-volve programas institu-

cionais preventivos na área do meio ambiente natural, cultural e artificial.

(Por Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC)

Desmatamentos irregulares seguem perturbando a justiça

Acordos voltados à solução de problemas ambientais

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A plantação do Pinus foi para atender às necessi-dades de consumo huma-

no, assim como o do Eucalyptus, espécie também usada no País para produzir papel. Ambas ajudam a preservar as florestas nativas e a equilibrar o clima. E o mais impor-tante em tempos de aquecimento global: com seu rápido crescimen-to, absorve CO2 da atmosfera em taxas expressivas.

O pinus é uma espécie tolerante a baixas tem-peraturas e ao plantio

em solos rasos e pouco produtivos para agricultura. Dele se origina a celulose de fibra longa, muito resistente e ideal para a fabrica-ção de papéis para embalagens e papéis de imprensa, entre outros tipos. As árvores deste gênero ocupam 404 mil hectares, o que corresponde a 18,4% das áreas de florestas plantadas que abastecem as fábricas de celulose instaladas no Brasil. O melhoramento genéti-co tornou o uso industrial do pinus cada vez mais viável.

De acordo com a Associa-ção Brasileira de Produ-tores de Florestas Plan-

tadas (ABRAF), as plantações de pinus cobrem 1,8 milhão de hectares do território nacional, e se destinam a diversas utilidades industriais. O manejo dessas florestas contribui para abastecer o mercado, antes atendido por espécies nativas.

O plantio florestal do pinus é, hoje, uma importante ati-vidade produtiva do País,

fonte de riqueza e desenvolvimento social, bem como de conservação ambiental. As florestas plantadas da espécie são fontes de matéria-prima para várias finalidades e contribuem para a preservação de matas nativas.

Décadas de investimento

em pesquisa e melhoramento

genético levaramao aumento da

produtividade das florestas plantadas, que produzem cada vez mais madeira na

mesma área.

Introdução do Pinus no brasil

O pinus chegou ao Brasil há mais de um século pelas mãos dos imigrantes eu-

ropeus que plantavam a espécie para fins ornamentais. Um dos objetivos mais importantes da introdução do pinus no País foi suprir a necessida-de de madeira para abastecimento industrial, destinada à produção de madeira serrada, de madeira lami-nada para confecção de painéis, e, também, de celulose e papel. Por vol-ta de 1950, a espécie começou a ser cultivada em escala comercial para produção de madeira.

(Fonte: Bracelpa)

• a silvicultura tornou-se o sustentáculo do setor de base florestal. somente em sc abriga cerca de 5 mil empresas e gera mais de 90 mil empregos. Juntas contribuem com cerca de r$ 1,63 bilhão para o valor bruto de produção no estado.

Florestas renováveis fortalecem a preservação das nativas

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Santa Catarina possui 646 mil hectares com flores-tas plantadas, sendo que

a grande maioria, ou seja, 83%, ou equivalente a 539,4 mil hectares é com Pinus. Já 17% (106,6 mil hecta-res, com Eucalyptus). Por outro lado, não se observa plantios s de signifi-cativos no estado com nenhum outro grupo de espécies comerciais.

O Estado é o segundo maior detentor de florestas plan-tadas de Pinus do país,

atrás, apenas, do Paraná. Com isso, Santa Catarina detém 35% do total de florestas plantadas com Pinus do Brasil. Quanto ao Eucalyptus, não possui grande representatividade ao que se refere à área plantada.

A taxa de crescimento anu-al das florestas planta-das com Pinus está em

2,3%, com base entre os anos de 2004 e 2012, apesar da queda que vem sendo observada nos últimos anos. Para o Eucalyptus, a taxa é de 13%, o que evidencia uma de-saceleração nos plantios de Pinus no Estado, seguindo a tendência brasileira, em substituição gradati-va pelo Eucalyptus.

Serra Catarinense

Os plantios florestais c om Pinus e Eucalyptus estão concentrados principal-

mente na Região Serrana, agregan-do principalmente os municípios de Santa Cecília, Otacílio Costa e La-ges. O plantio envolve ainda parte da Região Oeste (Caçador) e Norte do Estado (Rio Negrinho). A área de

Eucalyptos está concentrada princi-palmente, em duas grandes empre-sas de celulose e papel, as quais possuem plantios concentrados em Três Barras e Lages.

Clima e o solo

A excelência das condições de solo e clima para o de-senvolvimento florestal ca-

racteriza Santa Catarina como uma das regiões de destaque na silvicul-tura nacional. Quanto ao clima, há de se destacar a ocorrência de tempe-raturas relativamente baixas nos me-ses de inverno, mas em nada com-promete o crescimento das espécies mais utilizadas de Pinus.

(Fonte: Anuário Estatístico Base Florestal/2014).

Base florestal plantada em Santa Catarina

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De OlhO nO AmBiente

Julio Cavalheiro / SeCom

O Estado de Santa Catarina reage diante da inércia do Governo Federal na liberação de novas fontes de energia. Projetos como a Pai Querê, na Serra Catarinense não vingam. O perigo de sofrer

com desabastecimentos energéticos, foi um dos motivos que fez com que o Governo lançasse o SC+Energia – Programa Catarinense de Energias Limpas apresenta novas ações. Agora, a Celesc vai ampliar sua participação na iniciativa e novas licenças ambientais foram liberadas pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O programa incentiva o investimento em energias alternativas, principalmente as consideradas limpas e renováveis, como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), eólica, solar e biomassa. Além de prover novas fontes de energia, a medida busca acelerar a economia catarinense para fortalecer ainda mais o Estado. Na segunda-feira (6/07), a companhia anunciou também o início da segunda etapa do Projeto Energia do Bem, com ações de eficiência energética em residências cadastradas com tarifa social.

Fontes de energia

O governador Raimundo Colombo e o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, lançaram a 2ª etapa do Projeto Energia do Bem

Divulgação

Municípios grandes ou pequenos investem em Eco Parques. Foi o que fez o prefeito de Xaxim, no Oeste do Estado, Idacir Orso, e com o apoio do vice, Luiz Diniz, que resolveu dar vida ao

projeto de uma área ecológica, e de o nome de Eco Parque Eduval Ogliari - Sol Nascente. O investimento teve a participação do deputado federal, Valdir Colatto (PMDB/SC), que destinou R$ 250 mil, através de emenda parlamentar. A Prefeitura deu em contrapartida de R$ 16 mil. O local tem 18.215 metros quadrados de área recuperada e preservada e 117.19 metros quadrados de área construída. Segundo a prefeitura, podem ser encontradas espécies de árvores nativas como araucária, erva mate, açoita cavalo, angico-vermelho, rabo-de-bugio, pau-amargo, cedro e coqueiro. As espécies de animais incluem graxaim, tatu-galinha e cotia, jacú, sabiá, pica-pau e corvo.

Chapecó desenvolve ação motivada pelas preocupações globais sobre os aspectos da preservação e conservação

da água, devido aos altos indicadores de crise hídrica em vários pontos do planeta. O problema é que o Oeste Catarinense tem bastante dificuldade em ter água tratável. E como a situação tende a piorar daqui para frente, uma campanha de conscientização para economizar água foi lançada, com a proposta de que é preciso que cada um faça a sua parte. A Prefeitura espera que a população acolha a iniciativa.

Xaxim ganha Eco Parque

Cuidando da água

Autoridades inauguram Eco Parque de Xaxim/SC

A menos de seis meses da próxima rodada de negociações das Nações Unidas sobre o tema das mudanças climáticas, a COP 21, a encíclica do Papa Francisco é um forte sinal

de que o mundo precisa de um acordo relevante e que os líderes mundiais precisam dar uma resposta à altura do desafio climático. O Papa mostra que acompanha a escalada dos anúncios globais sobre o clima ao trazer direcionamentos valiosos para a proteção do meio ambiente e dos seres humanos. A primeira Encíclica sobre o meio ambiente deixa o mundo mais próximo de momento de mudança no qual abandonaremos os combustíveis fósseis e o desmatamento de florestas para abraçarmos as energias limpas e renováveis para todos, até a metade deste século. É a esperança.

Mensagem do Papa

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Chapecó – “Água em foco”, foi o tema do 2° Concurso de Desenho e Fotogra-

fia, realizado pela 5ª Companhia de Polícia Militar Ambiental/Fronteira. A divulgação dos vencedores foi reali-zada na última semana, no auditório da Prefeitura Municipal de Chapecó.

O aluno Elielton de Oliveira, da

EBM Agropecuária Demétrio

Baldissarelli, garantiu o primeiro lugar na categoria desenho e levou para casa

uma bicicleta e uma câmera fotográfica destinada à escola.

Dentre os objetivos des-ta segunda edição, está despertar a consciência

ecológica, sensibilizando sobre a importância da água para todas as formas de vida, fazendo com que as pessoas redirecionem suas percep-ções em relação ao tema “água”. De acordo com o Capitão da PMA, Sadiomar Derzordi, “a ideia é fazer com que, através da ludicidade e da reflexão, as pessoas percebam a importância deste elemento vital no cenário ambiental e indispensável para a qualidade de vida da popula-ção”, explica.

Ao todo 400 produções foram inscritas nesta segunda edição. O con-

curso envolveu alunos de escolas públicas e privadas e a comuni-dade. As Escolas Básicas Muni-cipais Padre José Anchieta, no bairro Universitário, Agropecuária Demétrio Baldissarelli, no Distrito Marechal Bormann, Alípio José da

Rosa, na Linha Faxinal dos Rosas e Rui Barbosa, no Jardim Itália, participaram da ação.

Para a Secretária Municipal de Educação, professora Astrit Tozzo, “é muito im-

portante que diferentes setores tra-balhem juntos, para que as ações educacionais aconteçam efetiva-mente. A educação é uma responsa-bilidade de todos e quando, na práti-ca, isso acontece os resultados vão além da sala de aula e dos muros da escola. Eles chegam na família, nos amigos e quem sente os reflexos é a própria comunidade, com cidadãos conscientes com o meio ao qual per-tencem”, disse.

mais informações:Assessoria de Comunicação

Social – 3321-8433.Fernando Mattos – 9911-0100

EXEMPLO AmBientAL

Concurso incentiva a reflexão ambiental

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oTexto: Camila Almeida/ PMC.

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Lages GardenShopping

celebrou o mês do meio ambiente• para celebrar o Mês do Meio ambiente e levar o tema para mais próximo da comunidade, o Lages Garden shopping promoveu entre os dias 25 a 29 de junho, a “blitz ecológica Garden”.

AçõES ComPARTIlHADAS Com VISITAnTE

Durante as ações foram distribuídos no shopping elementos de educação ambiental. A programação contou com atividades educativas, exposições

de fotos, distribuição de materiais informativos, entre outras ações. Todas organizadas com a participação de alunos de escolas municipais e de visitantes. Na ocasião, a Secretaria de Agricultura distribuiu mudas de hortaliças. Já a Secretaria de Meio Ambiente fez a distribuição de mudas de árvores frutíferas e nativas. Coube ao Ibama, trabalhar a consciência sobre a prisão de pássaros silvestres, com a exposição de gaiolas apreendidas. Já a Revista Vida e Natureza ampliou a circulação de exemplares entre os lojistas e visitantes.

Conforme explicou a gerente de marketing do Lages Garden Shopping, Regina Pugliesi, a iniciativa teve por objetivo conscientizar adultos e crianças.

“De forma educativa, os clientes do shopping receberam lições importantes de responsabilidade ambiental. O tema da ação foi um convite para a conscientização dessa temática”, diz enfatizando que a data é muito importante para o conceito Garden.

moSTRA DE ComPoSTAGEm

O pessoal do SESC disponibilizou parte do projeto de compostagem. Os visitantes tiveram oportunidade de entender que a compostagem é uma das

melhores alternativas para a diminuição do lixo depositado no aterro sanitário. Sem contar, com a economia que pode propiciar ao Município. O trabalho do SESC é apenas uma das células fomentadoras do Projeto de Mini Compostagem Ecológica. Outra boa informação é de que cerca de 80% dos estudantes do ensino fundamental de Lages, estão envolvidos diretamente com o projeto. Nas escolas estaduais, a participação é de 100%. Durante a Blitz Ecológica muitos visitantes tiveram conhecimento do projeto, e quem sabe poderão aplicar em seus lares.

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Alunos da rede municipal foram convidados a compartilhar as ações e visitar o shopping

ExPoSIção foToGRáfICA “bICHoS Do Sul”

Durante os dias da “Blitz Ecológica Garden”, uma das atrações que os clientes do Lages Garden Shopping

puderam conferir foi a exposição fotográfica “Bichos do Sul. A mostra do fotógrafo Zé Paiva apresenta imagens que busca aglutinar a arte da fotografia ao conhecimento científico sobre os animais retratados na Região Sul do Brasil. Com o intuito de valorizar os animais da região, Zé Paiva desafiou-se a percorrer vários locais da região Sul, entre eles rios, ilhas e florestas, para que pudesse fotografar os animais com espontaneidade em seu habitat natural. A exposição mostra o Tatu Peludo, o Graxaim, a Borboleta, Sapo-Boi e outros.

Num desses dias de exposição, quem conheceu a mostra foram os alunos do oitavo e nono ano da Escola de

Educação Básica Fausta Rath. O que mais chamou a atenção da estudante Paula Borges foram as imagens dos papagaios. “Acho muito interessante o colorido das penas. E saber um pouco mais sobre essa ave me faz admirá-la de forma mais ampla”, diz. Esta e outras escolas da rede pública de ensino puderam participar da atividade que contou com a distribuição de elementos de educação ambiental, atividades educativas, distribuição de materiais informativos, entre outras ações.

PARCERIA

A“Blitz Ecológica Garden” está sendo realizada pelo Lages Garden Shopping em parceira com a Polícia Ambiental,

o Serviço Social do Comércio (Sesc), Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, Secretaria de Meio Ambiente, Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), e a revista Vida e Natureza. Por meio dessa iniciativa, o Lages Garden Shopping reforça mais uma vez o Conceito Garden desenvolvido pela empresa, que tem ações pautadas na sustentabilidade. Os três pilares desse Conceito baseiam-se em: projetos economicamente viáveis, ecologicamente corretos e socialmente justos.

Texto: Catarinas Comunicação

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O Aquífero Guarani é uma das maiores reservas subterrâneas de água do

mundo, com 1,2 milhões de quilôme-tros quadrados e que se estende por quase 50% do território catarinense. O projeto, apresentado pelo deputa-do Padre Pedro Baldissera (PT) em 2012, e reapresentado neste ano, destaca que alguns dos principais afloramentos do Aquífero – onde a água se aproxima da superfície – es-tão em Santa Catarina. Toda a Bacia do Rio Uruguai, por exemplo, está sobre o Aquífero. “O que os pesqui-sadores nos apontaram foi a necessi-dade de identificarmos, sinalizarmos e incentivarmos a preservação da mata nestas regiões, além do cuida-do no manuseio de fertilizantes e pro-dutos químicos no seu entorno. Isso porque além de mais exposto nestes locais, o Aquífero tem sua recarga”, explica o parlamentar.

Além dos estudos apresen-tados na proposta anterior, o novo texto detalha cada

uma das 37 áreas que receberá as placas com informações sobre o Aquí-fero e a importância da preservação. O projeto foi baseado nos estudos realizados pelo projeto Rede Aquífero Guarani / Serra Geral, que desde 2008 estuda e monitora a qualidade das águas do Aquífero. A previsão é de que as placas sejam instaladas no Extremo Sul, no Sul, no Planalto (na região de Lages), e no Planalto Norte (na região de Canoinhas).

Conforme o professor Dr. Luiz Fernando Scheibe, coordenador do projeto

Rede Aquífero Guarani / Serra Ge-ral, a principal razão para sinalizar ao público os locais de afloramen-to do sistema Aquífero Guarani é garantir a preservação da vegeta-ção, principalmente floresta, nestas

regiões. “A recarga de água será tanto mais efetiva se estes locais a vegetação estiver preservada. Por outro lado queremos reforçar que não sejam utilizadas substâncias que possam penetrar no aqüífero, desde cargas tóxicas até fertilizantes”, des-taca Scheibe.

O pesquisador aponta o afloramento da região de Lages como o mais crítico,

pelo volume populacional e atividades produtivas no seu entorno. Por outro lado, destaca a necessidade de pre-servação de centenas de aquíferos menores do que o Aquífero Guarani, mas importantes regionalmente. “As dunas dos Ingleses, em Florianópolis e os aluviões nas margens de todos os rios da bacia do Itajaí, por exemplo, precisam do mesmo cuidado em re-lação à preservação, pela importância que tem para milhares de pessoas”, observa.

• a comissão de Meio ambiente da assembleia Legislativa aprovou, há poucos dias, o projeto de lei 06/2015, que prevê a sinalização das principais regiões de recarga do aquífero Guarani.

Comissões aprovam PL que sinaliza áreas de recarga de Aquífero

O projeto apresentado em 2012 foi aprovado na Assembleia, mas acabou vetado por ser considerado prerrogativa do Governo do Estado, porém, agora o projeto passa pelas comissões permanentes do Parlamento e segue para votação em plenário

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Deputado busca desburocratização de GTAs

para pássaros domésticos

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Brasília - O deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), presidente da Frente Parlamentar da Desburocratização (FPD), esteve em audiência com técnicos do Ministério da Agricul-tura para tratar da emissão de Guias de Transporte Animal (GTA) para pássaros domésti-

cos. Os criadores de pássaros solicitam o mesmo tratamento que recebem cães e gatos, que recentemente foram isentados de GTA. O posicionamento dos técnicos do Ministério é de apoio à demanda, no entanto, a preo-cupação com o risco sanitário carrega o tema de burocracia. “Estamos trabalhando com duas alternativas: facilitar a emissão de GTAs, que hoje tem que ser feita presencialmente; ou garantir que um atestado emitido por médicos veterinários seja o documento exigido para o transporte”, pontuou o parlamentar catarinense.

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Mês do meio

ambiente

Lages e Região vivenciaram no mês de junho várias ativi-dades relacionadas ao meio

ambiente, levando em conta a cons-cientização e a preservação. Entre as ações, atividades extracurricula-res nas unidades escolares, tanto na rede municipal quanto na estadual de Lages, estiveram voltadas à preser-vação do meio ambiente, com foco na conservação do solo. Na terça-feira (23) foi dia de realizar a mos-tra de trabalhos à comunidade, com premiação às cinco escolas que se destacaram. O evento aconteceu no ginásio da Associação de Assistência Social, Trabalho e Cidadania (Samt), durante o dia todo. Participaram 17 unidades, selecionadas para expor seus trabalhos práticos feitos pelos alunos do 6° ao 9° ano. As escolas premiadas receberam troféus e cada professor orientador um tablet. Já os alunos participantes ganharam um passeio à Pousada Rural do Sesc com data a ser definida.

Eco-ônibus Também dentro da progra-

mação do Mês do Meio Am-biente, a Secretaria de Meio

Ambiente e Serviços Públicos trouxe a Lages o Eco-ônibus da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catari-na (Fatma). Durante alguns dias, o veículo percorreu seis instituições de ensino da rede pública municipal e da estadual. O eco-ônibus é um veículo adaptado que remete a uma sala de aula interativa. Nele os alunos tive-ram oportunidade de aprender um pouco mais sobre o meio ambiente e a importância de conservá-lo. A cada ano cerca de 20 mil estudantes parti-cipam das ações do Eco-ônibus e a parceria com as unidades escolares. O projeto foi implantado em Santa Catarina em 2005.

Plano está

pronto

O Plano Municipal de Cole-ta Seletiva de Lages está concluído. No ano passa-

do a Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos contratou, através de licitação, a empresa Ampla Consul-toria e Planejamento, de Florianópolis, para orientar a gestão e elaborar o do-cumento. Também foi realizado estu-do gravimétrico dos resíduos sólidos urbanos depositados no aterro sanitá-rio. O objetivo é analisar a origem, a composição e a geração desses resí-duos, fornecendo subsídios para ava-liação da eficiência do sistema de co-leta. Foi realizado ainda levantamento de todas as empresas que fazem a reciclagem no município, inclusive com compra e venda dos materiais, o itinerário da coleta seletiva, catadores autônomos, associações e coopera-tivas de reciclagem. A próxima fase será elaborar o Plano de Gestão In-tegrada, inserindo Lages ao projeto desenvolvido através da Amures, com todos os municípios da região.

COMDEMA

Parque Natural

Que pode ser observado, o mês de junho realmente foi movimenta-do com atividades em prol do meio ambiente, que agradece. A Se-cretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos também possibilitou

a estudantes da rede pública de ensino a visita ao Parque Natural Municipal João José Theodoro da Costa, no bairro São Paulo. Os alunos tiveram a opor-tunidade de conhecer um pouco da história do Parque Natural, sua fauna e flora e aprenderam mais sobre tipos de solo e técnicas de cuidados. Esta foi à temática abordada para esta edição do mês do meio ambiente, considerando que 2015 é o ano internacional dos solos.

Pedalada

A Pedalada Ecológica reu-niu cerca de 100 parti-cipantes. Foi uma boa

oportunidade para os amantes do ciclismo, da natureza e ar puro, tam-bém valorizar a saúde. A largada foi na Praça Joca Neves e culminou junto ao Parque Natural, inclusive, com sorteio de prêmios.

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Seminário regional propõe gestão integrada

Paulo ChagaS

A Organização das Na-ções Unidas (ONU) de-finiu 2015 como o ano

internacional dos solos, com ações voltadas para sua conservação e conscientização da população. Com esse mesmo intuito foi realizado, n segunda-feira (29/06), o Seminário Regional do Meio Ambiente, encer-rou a programação do Mês do Meio Ambiente, promovido pela prefeitura de Lages através da secretaria afim e instituições parceiras. O evento foi realizado no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), du-rante o dia todo, reunindo represen-tantes das 18 cidades que integram a Associação dos Municípios da Re-gião Serrana (Amures).

O principal assunto aborda-do no seminário, voltado aos gestores ambientais

de cada município, foi sobre os resí-duos sólidos e as políticas públicas voltadas para o tema, juntamen-te com outros projetos que foram apresentados por instituições como a Comissão Intersetorial de Sanea-mento e Meio Ambiente (Cisama), o Instituto das Águas e Biodiversidade da Serra Catarinense (IABio) e di-versos palestrantes renomados na área. Também foi falado sobre Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais, entre outros as-suntos pertinentes às pequenas pro-priedades rurais.

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SANEAMENTO BÁSiCO

• a ação em conjunto não é apenas uma questão de logística, mas de educação ambiental, de como o serrano vai tratar o seu resíduo e a participação de todos

em prol do bem comum.

Planos municipais de Coleta Seletiva

Lages apresentou o Plano Municipal de Coleta Seletiva, concluído no início do ano, e que passará a integrar o Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Serrana de Santa

Catarina, que envolve os municípios da Amures. A partir da finalização e aprovação do Plano o município passa a ter metas a serem atingidas nos próximos 20 anos.

Participação dos catadores

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), vinculada à Uniplac, juntamente com a IABIo, organizou a participação dos catadores de materiais recicláveis da região no seminário, como

uma forma de inseri-los no processo como organismo atuante na gestão dos resíduos. O objetivo é organizá-los dentro da atividade, pois terão prioridade na captação de recursos para este fim os municípios que possuem planos com soluções consorciadas e com a participação dos catadores.

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Pendentes de conclusão, os projetos de saneamen-to básico dos municípios

de Correia Pinto, Anita Garibaldi, Palmeira, Bocaina do Sul e Painel tiveram a confirmação de R$ 500 mil para finalização de procedimentos técnicos. Foi o que se definiu em reu-nião de prefeitos, deputados e presi-dência da Casan na manhã desta sexta-feira, 26/06, em Florianópolis.

O presidente da Casan Valter José Gallina se comprometeu diante do

coordenador do Fórum Parlamen-

tar Catarinense Mauro Mariane e dos deputados federais Carmen Zanotto e Esperidião Amin que re-passará o dinheiro através do Con-sórcio Serra Catarinense (Cisama). O senador Dário Berger também acompanhou a reunião e reforçou o pedido dos prefeitos.

De acordo com o diretor-executivo do Cisama, Selênio Sartori será firma-

do um convênio com a Casan para o efetivo repasse dos recursos e a contratação de equipe técnica para adequar e finalizar os projetos. “É

um passo importante que damos, porque esses projetos estavam ameaçados de não sair do papel”, lembrou Sartori.

Os prefeitos de Palmeira José Valdori Hemke-maier e de Painel Fá-

vio Neto da Silva acompanharam a reunião. Os demais municípios foram representados por vice e técnicos. Esta foi a quarta reunião mobilizada pela deputada Carnen Zanotto com objetivo de retomar os projetos de saneamento básico da Serra Catarinense.

Casan libera recursos para projetos e saneamento

O Centro de Ciências Agro-veterinárias (CAV), da Universidade do Estado

de Santa Catarina (Udesc) em Lages, intensificará a vigilância por câmeras de segurança para coibir o abandono frequente de animais no campus.

Nos últimos dias, cerca de 20 filhotes de cães e ga-tos foram deixados na

Udesc Lages, dentro de caixas de papelão. A prática é crime ambien-tal, previsto na Lei Federal Nº 9.605, e quem for flagrado será identifica-do e denunciado à polícia. A pena prevista para quem for condenado inlcui detenção e multa.

De acordo com o diretor-geral da Udesc Lages, João Fert Neto, o sistema

de monitoramento eletrônico, que já existe, receberá reforço: “Isso au-mentará a segurança do campus e coibirá o abandono de animais”.

O diretor lembra que o fato da universidade possuir o curso de graduação em

Medicina Veterinária e, também, o Hospital de Clínica Veterinária, não significa que há condições de rece-ber esses animais.

(Por Assessoria de Comunicação da Udesc Lages)

Universidade tenta coibir abandono de animais no campus

São ações irresponsáveis de pessoas que abandonam animais no campus do CAV/Udesc, em Lages

• Mais cinco municípios conseguiram recursos para implantar os projetos de saneamento básico. há muitos ainda pendentes. a pressão continua.

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Os 40 anos

da ACRV&n - o que é exatamente a

ACR e o que ela representa para Santa Catarina? o que a entidade faz para fortalecer a classe?

mm - a ACR é Associação Cata-rinense de Empresas Florestas, que congrega as maiores empresas do setor e áreas afins do setor de base florestal. A AC tem como objetivo tec-nificar seus associados, estar na van-guarda da busca pelo conhecimento sobre as ciências florestais, promo-ver cursos e treinamentos técnicos, representar e defender os interesses interinstitucionais das empresas junto aos órgãos públicos como, Secretaria da Agricultura Estadual, FATMA, CI-DASC, EPAGRI, CONSEMA, Minis-tério da Agricultura e Ministério Meio Ambiente, IBAMA entre outros.

V&N - Quais os desafios que envolvem o setor?

mm - Como os demais setores da economia brasileira, as indústrias de base florestal necessitam ser muito dinâmicas, assim enfrentamos proble-mas relacionados com a burocracia que emperram o avanço de processo de licenciamento ambiental que são fundamentais para que o setor se mantenha em funcionamento, carga tributaria absurda, e a necessidade de vigilarmos os legisladores para que não compliquem mais a vida do empresário florestal. Também nos en-volvemos em nível de apreciadores, elaboradores e críticos das Instruções normativas, Portarias e Decretos es-taduais e federais que envolvam a questão ambiental.

V&n - E para o futuro, qual a perspectiva diante da oscilação da economia brasileira?

mm - Além de produzir madeira para consumo próprio e para tercei-ros os cultivadores de árvores produ-

zem uma valiosa matéria prima para o acompanhamento da economia: informação. Dados anuais do setor publicados no I Anuário Estatístico Florestal da ACR despertam interes-se muito além das fronteiras do setor. Conquistando espaço na imprensa e sendo observado de perto por institu-tos de pesquisa, empresas de consul-toria, academias e o governo estadual para políticas do setor. A publicação do anuário estatístico florestal pelo segundo ano consecutivo, reforçará a credibilidade dos números divulga-dos e fornecerá ao setor a confiança necessária para que se prossiga in-formando auxiliando em seus plane-jamentos estratégicos. Trazendo ao conhecimento do público à eficiência do setor florestal catarinense. Quanto à escassez de mão de obra, o setor sente alguns reflexos. Uma das for-mas que adotamos para superar este desafio é investir em treinamento, selecionando e preparando capital humano para suprir as demandas por mão de obra qualificada ao setor.

V&N - Para a ACR, o que signifi-ca chegar aos 40 anos?

mm - É uma satisfação podermos comemorar 40 anos, pois realmente demonstra que as empresas do setor de base florestal sabem trabalhar em conjunto em prol de um ideal comum, e que as ações promovidas pela ACR consolidaram seu nome dando-lhe prestigio, sendo a segunda associa-ção deste gênero mais antiga a ser formada no Brasil. Onde o aumento no numero de associados demonstra a eficácia do seu trabalho.

V&n - E quais as metas e desa-fios a superar no atual momento e nos próximos anos?

mm - Desde que iniciei à frente da ACR, em conjunto com a diretoria

assumimos muitos desafios. O setor florestal é um setor que está em cons-tante evolução e que desempenha um importante papel no Estado.

Tivemos muitas ações em prol das empresas associadas: Palestras, capacitações, parcerias. Destacando a parceria com o SENAI para minis-trar cursos voltados a área florestal, com a CIDASC para o controle e mo-nitoramento da vespa da madeira no estado, EMBRAPA Florestas com trei-namento sobre formigas cortadeiras e a aproximação com a FIESC que nos proporcionou maior visibilidade junto aos sindicatos e demais classes industriais. Temos o cuidado de man-ter nossos associados atualizados com as tendências do setor. Cursos promovidos com regularidade garan-tem a reciclagem dos conhecimentos técnicos, bem como a reflexão sobre maneiras de melhorar os processos produtivos, as informações também chegam aos associados e ao publico em geral através das matérias jorna-lísticas encaminhadas via News quin-zenalmente e veiculação nas demais redes sociais da Internet.

Por ocasião das festividades do 40º aniversário, a ACR renovou suas metas para os próximos anos, entre elas a inovação, compromisso com a promoção do conhecimento e manu-tenção da qualidade do segmento flo-restal. Para atender estas demandas mantém uma equipe motivada em busca da excelência. Um dos maiores desafios da ACR, no entanto, não é se preparar para mudanças, mas an-tever quais serão elas, sempre tendo como meta a promoção do setor. As empresas associadas têm trabalhado incansavelmente na promoção da im-portância da conservação dos recur-sos naturais, através de trabalhos de educação ambiental junto às escolas municipais e universidades.

• em 3 de novembro de 1975, nascia a associação catarinense de empresas Florestais em SC, um importante passo para a construção do que é hoje uma referência no setor de florestas plantadas no estado. em entrevista, o diretor executivo Mauro Murara Jr conta parte da história.

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• o uso de tanques redes surge como alternativa de produção de peixes em alagados das hidrelétricas. a região dos Lagos discute com técnicos a possibilidade de utilizar o alagado da Barra Grande, no Rio Pelotas.

Anita Garibaldi (SC) - O Governo Federal quer fa-zer com que o Brasil deixe

de ser importador de pescados para se tornar exportador. Em países de-senvolvidos o peixe é a carne mais consumida, enquanto no Brasil está em último lugar. Em Santa Catarina, o processo de estímulo à produção está sendo acompanhado pelo supe-rintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Horst Doering, e o Delegado Substituto Antonio Mello, do Ministério de Desenvolvimento Agrário. Recentemente, em Anita Garibaldi, eles debateram com cerca

de 80 produtores e pescadores cata-rinenses e gaúchos, sobre a possi-bilidade de incremento da produção de peixes nas áreas rurais, visando proporcionar uma nova e rentável al-ternativa de renda.

Entre perguntas e respos-tas, há o entendimento de que a região pode se

inserir na proposta de criar peixes em tanques escavados (açudes), ou em tanques rede, explorando o alagado do Rio Pelotas, formado pela Usina Hidrelétrica Barra Gran-de. Em municípios como Chapecó, Concórdia e Itá, o sistema de pro-

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Alagados de hidrelétricas podem ser utilizados na produção de peixes

dução através de tanques redes nos alagados das hidrelétricas, já está começando a dar resultado. Na Ser-ra Catarinense, a nova alternativa ainda não é praticada, mas deverá ser implantada através de unidades demonstrativas, capitaneadas pela Associação de Produtores de Pei-xes (Apropesc), de Anita Garibaldi. Nesse caso, o município de Cerro Negro largou na frente e já garantiu a instalação de uma unidade de tan-que rede para demonstração.

A novidade do tanque rede na Região dos Lagos po-derá ser utilizada por quem

quiser. Segundo Horst Doering, do MPA, os interessados podem reque-rer junto ao Ministério a autorização para demarcar e explorar as águas do lago da Baesa; montar a estrutu-ra necessária, e começar a produzir, desde que sigam todos os trâmites legais. Além disso, o empreende-dor da indústria de processamento de peixes, em Lages, Vilso Isidoro, pode explicar aos produtores e pes-cadores como eles também poderão participar do projeto, como fornece-dores de matéria-prima, em todas as etapas que vão desde a produção; o recolhimento dos peixes, além de formas de pagamento e valores de comercialização.

Tanques rede poderão ser utilizados em reservatórios de hidrelétricas para a criação de peixes

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