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Entrevista Valéria Araújo, Secretária-Executiva do CP-Idea

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Latitude Quanto custa não investir em soluções geoespaciais?

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MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012 Um evento multifinalitário: com mais de 3.350 profissionais de 27 países, encontro aconteceu de 29 a 31 de maio em São Paulo e alcançou 95% de aprovação dos participantes

42

Quem é Quem Conheça os profissionais de destaque na América Latina no setor de geo

52

Passo a Passo Google Map Maker Partes 6 e 7: como criar POIs, rios e parques

50

GeoDireito Por um código e uma agência cartográfica

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Capa Geotendências: conheça o estado-da-arte no setor de geotecnologia e o que será realidade nos próximos anos

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SUMÁRIO

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Agrimensura 21 princípios que os agrimensores devem conhecer e seguir

62

Subsolo Mapeamento das vias urbanas contribui para o planejamento

64Urbanização Escala, temporalidade e desafios: a realidade na América Latina

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GeoIncra Terrenos reservados às margens de rios públicos. Saiba como proceder

82

IDE#Connect Fique por dentro das Infraestruturas de Dados Espaciais

75

Pesquisa Por dentro do mercado: receptores GNSS

74

Alta Acurácia Acabando com a confusão em torno de um conceito simples, a acurácia

72

Laser Scanner 3D Fique por dentro dos tipos de laser scanner 3D terrestre

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Vants Como os Vants podem auxiliar no mapeamento 3D de baixo custo

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Agronegócio Conheça as aplicações da geomática no setor sucroenergético

60

GeoQuality Geotecnologias como ferramentas de sistematização do conhecimento

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Editorial

Web

Seção do Leitor

Navegando

Lançamentos

OnLine

Guia de Empresas

06101422308486 Colaboraram nesta edição:

Arlete Meneguette, Cláudio A. Spadotto, Diogo Machado, Eduardo Augusto, Graciela Metternicht, João Francisco Galera Monico, João Humberto Camelini, Luiz Antonio Ugeda Sanches, Maria Leclerc, Osvaldo Martins Jr., Osvaldo Pereira, Régis Bueno, Roberto Tadeu Teixeira, Rovane Marcos de França, Silvia Giada, Wilson Holler

Acesse artigos complementares na revista onlinewww.mundogeo.com

Onde estudar? Continuação da série traz os principais cursos de geo no Sudeste

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6 MundoGEO 68 | 2012

O tema “tendências” é recorrente nas revistas do MundoGEO, pois estamos buscando sempre o que há de mais avançado no setor para apresentar aos assi-nantes. Foi assim na edição 60 da revista InfoGEO, por exemplo, quando falamos sobre a “invasão” dos Veícu-los Aéreos Não Tripulados (Vant) que, na época, ainda eram uma tendência e hoje estão em todo lugar. O mesmo aconteceu na edição 33 da InfoGNSS, na qual falou-se muito de tecnologias para mapeamento móvel, que já está acessível aos profissionais de geotecnologia.

Nesta edição da revista MundoGEO, voltamos ao tema para falar do estado-da-arte no setor de geomáti-ca e soluções geoespaciais. Navegação e posicionamen-to indoor, GIS em tempo real, veículos com inteligência artificial, análise geográfica na cloud e bases de dados 5D são algumas das tecnologias que estão na fronteira do conhecimento em geo e estarão nas mãos dos pro-fissionais nos próximos anos.

Outras questões de destaque, quando se fala do avanço da tecnologia, são o poder das mídias sociais, a popularização de sensores de baixo custo, a impor-tância das Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE), o crescimento dos softwares livres, o aumento da quan-tidade de satélites GNSS.

Um fórum sobre as tendências no setor de geo- tecnologia foi destaque no primeiro dia do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, que aconte-ceu de 29 a 31 de maio em São Paulo (SP), no qual 18

EStADO-DA-ArtE E tENDêNCIAS NO SEtOr DE GEO

EDITORIAL

EDUArDO FrEItASEngenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em C&SIGEditor da revista [email protected]

especialistas falaram sobre o que há de mais avançado, hoje, em geomática e soluções geoespaciais.

Começando pelas IDEs, passando pelo GIS, GNSS e sensoriamento remoto, o dia foi de falar não só do que há de mais avançado, hoje, mas também fazer previsões do que será popular em breve. As IDEs, por exemplo, tentem ser tão - ou mais - impor-tantes que a energia, o saneamento ou as teleco-municações. Com o crescimento do mapeamento colaborativo, a popularização de equipamentos inteligentes, das bases de dados 3D e da internet de banda larga, torna-se possível usar a cloud para análises geográficas complexas, o que eleva o GIS a um novo patamar. No setor de GNSS, a previsão é que seja possível rastrear mais de 50 satélites a partir de 2015, com novos sinais, o que aumentará a acurá-cia e disponibilidade da navegação, permitindo até mesmo o seu uso dentro de ambientes fechados. Na área de sensoriamento remoto, os Vants passam a contar com inteligência artificial, e começam a surgir soluções para transformar a grande quantidade de dados coletados (Big Data) em informações para a tomada de decisão (Big Information).

Outras questões que envolvem o futuro das geotec-nologias dizem respeito à privacidade, à educação e ao papel dos governos, que passarão a ser cada vez mais organizadores do setor do que produtores de dados. O futuro é agora!

revista MundoGEOPublicação bimestral - ano 14 - Nº 68

Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | [email protected] Editor | Eduardo Freitas | [email protected] Editorial | Alexandre Scussel | [email protected] Editorial | Elis Jacques | [email protected] de Imprensa | Viviane Prestes | [email protected] de tI | Guilherme Vinícius Vieira | [email protected] | Jarbas Raichert Neto | [email protected] e assinaturas | Luana Las Schaab | [email protected] Estagiária | Thalita Nishimura | [email protected]ção | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | [email protected] Gráfico e Editoração | O2 Design | [email protected] e Impressão | Gráfica Capital | www.graficacapital.com.br

MundoGEOwww.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom RetiroCuritiba – PR – Brasil – 80520-430

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MundoGEO 68 | 20128

Valéria AraújoSecretária-Executivado CP-Idea

ENTREVISTA

Valéria Oliveira Henrique de Araújo se formou em engenharia cartográfica pela Universi-

dade Estadual do Rio de Janeiro. Recentemente, concluiu o MBA em Gestão da Administração Pú-blica pela Fundação Getúlio Vargas. Valéria tam-bém atua como Gerente da Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Cartografia (Concar), cuja responsabilidade é da Diretoria de Geoci-ências do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE). Foi coordenadora do Grupo de Divulgação do Projeto de Mudança do Referencial Geo- désico (PMRG). Além disso, faz parte dos Grupos de Trabalhos Gestão, Capacitação e Difusão e Di-vulgação do Comitê da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Cinde), da Concar. Por fim, coorde-nou os Grupos de Trabalho de Divulgação do Proje-to de Infraestrutura Geoespacial Nacional (PIGN) e do Plano de Ação para Implementação da Infraes-trutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). Valéria Araújo foi uma das palestrantes no Fórum Interna-cional de Geotendências, que aconteceu durante o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, maior evento do setor geoespacial na América Latina, que aconteceu de 29 a 31 de maio em São Paulo (SP). A equipe MundoGEO conversou com a Secretária- Executiva, que explicou o funcionamento do Comi-tê Permanente da Infraestrutura de Dados Espaciais para as Américas (CP-Idea).

MundoGEO: Como o CP-Idea tem atuado frente aos desafios para o desenvolvimento das Infraestruturas de Dados Espaciais (IDEs) na América Latina?Valéria Araújo: O CP-Idea funciona de acordo com as resoluções que são emanadas das conferências regio-nais da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontecem de quatro em quatro anos. Assim, a ONU demanda do CP-Idea ações práticas na gestão se-guinte à conferência. Por exemplo, na última reunião, que aconteceu em 2009, foram demandadas do CP- Idea sete ações. A partir disso, o CP-Idea constituiu um grupo de planejamento, com o objetivo de exe-cutar o trabalho. Várias ações foram definidas, con-tribuindo com vários países das Américas.

MG: Quais são essas ações? VA: Por exemplo, um Observatório de Capacitação, que estará disponível no site, levantando todos cur-

“Essa série de produtos vai gerar

um benefício enorme, não só

para as Américas, para todos os

outros países que desejam utilizar estes trabalhos”

sos disponíveis nas Américas e em outros países. Nesse mesmo observatório podem ser levantadas todas as ações dos usuários. Vai ser elaborado um Cookbook, em quatro idiomas, ligado aos impactos sociais e econômicos. Estaremos disponibilizando também um relatório com core standards (normas), nos próximos meses, com todas as referências de normas utilizadas. Além de uma nova página na in-ternet. Essa série de produtos vai gerar um benefí-cio enorme, não só para as Américas, para todos os outros países que desejam utilizar estes trabalhos. As outras ações incluem planos e grupos de traba-lho; mecanismos para a criação de infraestruturas de dados espaciais; novo estudo sobre a situação da área de cartografia por países e regiões; fórum para intercâmbio de práticas recomendadas, em relação com as IDEs; reunião de segmento sobre a gestão de desastres e IDEs; e questões de financiamento.

MG: Na América Latina há vários países que con-tam com iniciativas referentes à infraestrutura de dados geoespaciais, como Argentina, Chile, Cuba e México, entre outros. De que forma a integração desses países pode ajudar o CP-Idea a desenvolver ainda mais as IDEs?VA: Na medida que se tem um trabalho unificado, em que todos esses países fazem parte do CP- Idea, que são 24, e que sirva de referência para esses mesmos países e para outros. Tendo uma norma, um relatório, um guia único, que sirva de referência, facilita bastante o desenvolvimento em todos os países, não só os que já têm suas ideias, mas como aqueles que estão em pro-cesso de implantação e outros que não contam com projetos.

Por ViViane Prestes

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WEB

O mês de junho foi de recordes de visitação no portal MundoGEO. Com média de 5 mil visitas diárias, o site teve um pico no dia 11 de ju-nho, com 6.274 visitas.

Com isso, o portal passou de 130 mil visitas nos últimos 30 dias, superando ainda 240 mil páginas visitadas. O tempo médio no site passou de dois minutos, sendo que 57% das visitas são através de me-canismos de busca.

Estes números mostram um crescimento sustentável do portal Mun-doGEO em número de visitas, mas também uma qualificação cada vez maior do público, que passa cada vez mais tempo no site.

MUNDOGEO bAtE rECOrDES DE VISItAçãO

WEbINArS EM ESPANhOLO MundoGEO e a Associação gvSIG promoveram, no dia 26 de junho, um seminário online sobre soluções de código aberto para SIG e IDEs. O evento foi apresentado em espanhol, com 648 participantes online.

Desde 2009, o MundoGEO já realizou mais de 60 webinars, com média de 1.200 inscritos e 600 participantes por evento. O evento sobre o gvSIG inaugurou a série de webinars em espanhol e, a partir de agora, o MundoGEO convida outras instituições do setor de geotecnologia que tenham interesse em realizar webinars em conjunto para a comunidade hispanoamericana.

INFOwww.mundogeo.com/webinar

Março +LidasMaio

Ministério da Ciência autoriza abertura de processo seletivo

Aplicativo de GPS para Android alcança 5 milhões de downloads

Webinar aborda o georreferenciamento de imóveis com RTK

AbrilConcurso do Ministério do Planejamento tem quase 150 vagas

Embrapa lança sistema de disponibilização de dados geoespaciais

Empresa chinesa do setor de GNSS abre vaga no Brasil

MarçoICMBio lança nova chamada para seleção de bolsistas

Centro de Estudos da Metrópole tem curso de geoprocessamento

Brasileiros desenvolvem técnica de previsão de enchentes

tV MUNDOGEOMUNDOGEO#CONNECt 2012Destaque do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, realizado de 29 a 31 de maio em São Paulo (SP):

FEIrA DE PrODUtOS E SErVIçOSPrincipais novidades apresentadas na feira de produtos e serviços do MundoGEO#Connect 2012, com 45 estandes e 75 marcas globais:

ESPECIALIStAS FALAM SObrE O MErCADORepresentandes do IBGE, Inpe, OGC, DSG e BNF falam à equipe MundoGEO sobre o mercado de geotecnologia:

rECOrDES NOS SEMINárIOS ONLINEO MundoGEO promoveu, em parceria com a empresa Imagem, um seminário online sobre o uso do Sistema ArcGIS 10.1 nos desafios de negócios enfrentados pelas empresas e órgãos públicos no dia 21 de junho. Foram 2.853 inscritos e 1.511 participantes online, o maior número já registrado em seminários online MundoGEO.O último recorde alcançado havia sido de 892 participantes, em um webinar sobre Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants), realizado uma semana antes.Durante o seminário online sobre o Sistema ArcGIS, a sala ficou lota-da a maior parte do tempo, atingindo o limite de 1.000 participantes simultâneos. Além disso, a relação entre inscritos e participantes ficou em 53%, acima da média histórica (47%) dos webinars MundoGEO.

http://youtu.be/W58oEZxogkE

http://youtu.be/QptmvLs_LUY

http://youtu.be/XWLUJVfA8K4

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CONhEçA A MAIOr rEDE SOCIAL DE GEOtECNOLOGIAS DO MUNDO!O GeoConnectPeople já conta com mais de 3,7 mil membros, sendo a única rede social global especializada em geotecnologias. É um espaço aberto para a troca de experiências, onde todos podem fazer contatos, debater temas relacionados à área e produzir e divulgar conteúdos. Conheça mais sobre a rede!

WEB

MEIO AMBIENTE E AGRICULTURA

BUSINESSINTELLIGENCE

MINERAÇÃOÓLEO E GÁS

GOVERNO

41%

19%

14%

12%

8%6%

UTILITIES E INFRAESTRUTURA

28% 19%

ORG

AN

IZA

ÇÃ

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EMFI

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LUCR

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VOS

OU

TRO

S

4%

EMPR

ESA

PRI

VAD

A

36% 13%

16% | Outros

14% | Argentina

12% | Portugal

10% | Colômbia

9% | Espanha

7% | Peru

6% | Venezuela

6% | México

5% | Estados Unidos

4% | Chile

4% | Equador

3% | Bolívia

2% | Uruguai

1% | República Dominicana

1% | Paraguai

BRASIL70%

OUTROS30%

MOBILE

ESTU

DA

NTE

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ÃO P

ÚBL

ICO

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SEÇÃO DO LEITOR

POrtAL MUNDOGEO

Agradeço a publicação da vaga de es-tágio em geoprocessamento/SIG, da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, pois a vaga que tínhamos foi preenchida com excelente candidato, devido ao apoio que o MundoGEO nos ofereceu.Miriam torrigoSão Paulo (SP)

Gostaria de saber como posso deixar disponível meu currículo no portal Mun-doGEO.henrique Santos MartinsParaguaçu Paulista (SP)

Henrique, No momento não temos uma área no portal para cadastro de currículos, mas você pode conferir a seção Banco de Vagas, com as oportunidades mais recentes do setor: mundogeo.com/vagas.

MUNDOGEO#CONNECt LAtINAMErICA

Através dessa mensagem gostaria de manifestar a minha satisfação com a qualidade e a organização do evento MundoGEO#Connect. Foi impecável! Pa-rabéns para a equipe MundoGEO!Cap Gabriel DreschPorto Alegre (rS)

Exelente presentación de todos los diser-tantes sobre la competición de navega-ción por satélites 2012. Si bien no es mi tema especifico en remote sensing, ha ampliado mi conocimiento sobre Galileo. Martín Ignacio bayalabuenos Aires - Argentina

Estoy muy agradecida por permitirme asistir la conferencia “Geomatica 2012” y realmente realizan un muy buen trabajo con estas conferencias. Muchas gracias por lo aprendido y sigan adelante. Claudia Cecilia PortillaLima – Peru

He participado en el seminario online sobre el futuro de los SIG, realizado en el MundoGEO#Connect. He enriqueci-do mis conocimientos con este tipo de talleres, y estaré a la espera de nuevos seminarios para mi participación, agre-decido con la organización.Fernando MonterrosoQuetzaltenango – Guatemala

Fiquei bastante satisfeito com o webi-nar “Legeo - Práticas para Certificação Rápida e Legal”, pois foi meu primeiro contato com o tema. A apresentação foi bastante proveitosa, feita com compe-tência e eficácia. Matias A. FigueiredoSão Paulo (SP)

Escribo desde Argentina, me inscribi en el seminario online de gvSIG y me pare-ce muy interesante la propuesta. Soy un estudiante avanzado de agrimensura y un usuario que se esta iniciando en este software y me interesa lo que se conver-se en el seminario sin embargo. No creo poder aportar mucho por mi pobre ex-periencia, pero quisiera preguntarles si se va a grabar o puedo conseguir un re-sumen de lo que surja de este seminario.Oscar Fattorinibahia blanca – Argentina

Oscar,As apresentações e vídeos dos webinars Mundo-GEO estão disponíveis em: mundogeo.com/webinar.

Parabéns pelo trabalho do MundoGEO em oferecer seminários online. Achei tudo muito bom, o áudio e o vídeo funcionam perfeitamente e o chat é muito legal. O conteúdo foi bem interessante, valeu a pena. Este foi o meu primeiro webinar e pretendo assistir aos próximos. Gostaria que, se possível, realizassem outro semi-nário sobre o ArcGIS, suas funcionalidades e aplicabilidades nas geociências.Cristiane bahi dos SantosPorto Alegre (rS)

Sugiro que os seminários online tam-bém sejam apresentados para o Sistema Operacional Ubuntu.Eder Mileno Silva de PaulaAltamira (PA)

EderTemos buscado outras alternativas de ferramen-tas de webinar, compatíveis com Linux, mas por enquanto a única que atende nossa necessidade (até 1.000 participantes online) é a GoToWebinar.

Envie críticas, dúvidas e sugestões para [email protected]. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

WEbINArS

Quero agradecer e cumprimentar toda a equipe da MundoGEO pela realização dos webinars. Participei das duas edi-ções do “Uso de receptores GNSS RTK para georreferenciamento de imóveis rurais”, onde foi possível constatar, da parte técnica do evento, um empenho em zelar pela qualidade e em aperfei-çoar os meios da apresentação e, em relação ao conteúdo, a objetividade e clareza. Espero que seja mantido esse canal de comunicação e atualização, acessível aos profissionais que se en-contram afastados de grandes centros, onde geralmente acontecem os eventos presenciais. tânia CarvalhoSinop (Mt)

Mais um bom webinar: “VANTs: a revo-lução nos levantamentos aéreos”. Vocês têm conseguido unir uma ótima ferra-menta a bons temas e assuntos interes-santes. Parabéns!Antonio Carlos Moretti GuedesSão Paulo (SP)

Parabéns pela iniciativa da sugestão da Carta Personalizada e da Planilha de Ati-vidades, para justificar a participação no MundoGEO#Connect. Certamente é muito útil para todos os que necessitam desses recursos. Marcos A. S. romanoSão Paulo (SP)

Nossa caravana veio do Instituto Federal de Goiás, Campus Jataí. Ao todo foram 43 pessoas, entre alunos e professores, e todos gostaram muito do evento, que foi ótimo. Tivemos inclusive um aluno que comprou uma estação total. Todos ficaram ainda mais empolgados com a profissão.Prof. halan Faria LimaIFG - Campus Jataí (GO)

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tWIttEr@PriscilaAmaralPriscila AmaralAssistindo o webinar sobre ArcGIS pra Geoquímica de superfície pela @MundoGEO. Muito bom!!!!

@erickson_meloErickson Melo Finalmente consegui tempo pra assistir mais um excelente webinar do @mundogeo! Tava com saudades disso.

@magnum_beloAlexandre Magnum O #webinar sobre Spring e TerraLib da @MundoGEO está sensacional!

@MacroAmbienteMacro Ambiente @MundoGEO conferindo webinar sobre georreferenciamento de imóveis rurais com mais 600 pessoas online!

FACEbOOk

Roberto Marinho O evento ONLINE tá muito bom, e tá sendo muito bem transmitido… Parabéns a todos do MundoGEO.

Eduardo Marcos Correa Muito bom o seminário.

Tiago Botelho Ulhoa Muito bom o seminário. Bem técnico, com demonstrações de programações do software e procedimentos práticos. Parabéns!

LINkEDIN

Luan Caio de Águas Daqui a pouquinho, mais um Webinar da MundoGEO!!!

Josmael BonattoO Brasil está muito atrasado em relação ao transporte por ferrovias, espero que esta contratação pelo governo federal, inicie uma nova era no transporte para o nosso país.

Luis BermudezI was really happy to see all the excitement about OGC standards at MundoGEO Meeting in Sao Paulo, in Brazil last week. My keynote presentation had a lot in common with other speakers, emphasizing the need and challenges of making available more current geospatial data.

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LATITUDE

QUANtO CUStA NãO INVEStIr EM SOLUçõES GEOESPACIAIS

Quem responder a esta pergunta ficará rico! Ou será censurado, pois os valores poderão fazer muitos gestores públicos e privados ficarem em situação ruim, junto à população ou aos acionistas.

Vou propor um desafio: quem se habilita a in-vestir tempo e recursos para calcular, não quanto custa mapear, cadastrar, treinar e comprar licen-ças de software, mas sim quanto custa a privação do acesso às soluções geoespaciais para tomar as melhores decisões e monitorar seus resultados?

Explico que as soluções geoespaciais a que me refiro podem ser várias, como: atualização do mapeamento existente, novos mapeamentos, ca-dastros diversos, renovação de equipamentos de automação topográfica, aquisição de softwares e treinamento de pessoal, ou ainda tudo isso junto.

Quem se habilita a assumir esta tarefa? Os usu-ários como forma de justificar a obtenção de mais recursos, as empresas que desejam vender seus produtos e serviços, as universidades que teriam uma posição importante de fazer de forma neutra o diagnóstico, ou empresas de consultoria total-mente isentas e formadas por equipes multidisci-plinares, incluindo economistas.

Alguém aí arriscaria calcular quanto o Brasil já perdeu ou vai perder ainda pela falta de dados geográficos atualizados e de fácil acesso? Quan-tos projetos atrasaram pela demora na execução do mapeamento básico, que já deveriam estar prontos? Ou o que é pior: quantos recursos fo-ram desperdiçados na elaboração de projetos em bases geográficas inadequadas? Isto sem citar os mapeamentos sobrepostos.

EMErSON ZANON GrANEMANN Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do [email protected]

+NO bLOGAcompanhe mais sobre estes temas no meu blog no portal MundoGEO:http://mundogeo.com/latitude

COMO ESPECIFICAr A MELhOr SOLUçãO GEOESPACIAL PArA OS USUárIOS?

Reza e lenda que muitas especificações de li-citações na área se geotecnologias são simples-mente copiadas de um contratante para outro, ou que muitas vezes as mesmas são elaboradas pelas próprias empresas que desejam executar os serviços.

Esquecendo estas opções, que às vezes dão certo, me parece que a opção mais segura e ra-cional é o contratante avaliar quanto custa não ter estas informações (vide texto anterior), se infor-mar com as empresas fornecedoras, visitar outras instituições semelhantes, participar de eventos e treinamentos, consultar as universidades e con-sultores isentos de soluções específicas e, por fim, avaliar suas necessidades e disponibilidades de recursos.

Para muitos, esta receita parece óbvia, mas infelizmente seu uso não é tão comum como se imagina. Algo muito importante é avaliar inter-namente, com a equipe, as necessidades. Deve--se evitar decisões precipitadas, que não sejam consenso, para que não exista risco de rejeição interna. Às vezes, acontece do tomador de deci-são ter contato com a tecnologias e se empolgar com o que viu, e decidir sem consultar sua equipe interna. O contrário também é válido, na medida em que alguns técnicos não se atualizam e con-vencem o tomador de decisão a comprar uma solução inadequada, empolgados por uma de-monstração comercial “legal”.

ANCArNos dois casos acima, além dos

atores citados, logo teremos um reforço de peso que poderá auxiliar muito a melhorar este quadro. O futura Agência Nacional de Cartografia (Ancar) e o Código Cartográfico Nacional (ver mais na Coluna Geodireito, na página 50), com sua vocação integradora, reguladora e facilitadora serão grandes aliados para organizar e fomentar este setor, que tem importância estratégica nesta fase de crescimento do Brasil.

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NAVEGANDO

A Esri fez, em março, uma doação monetária para a Fundação OpEnstrEEtMap (OSM)

A EstEiO e o institutO tEcnOlógicO siMEpar celebraram um acordo de

cooperação técnica para o mercado de mapeamento e com a utilização de Vants

A triMblE abriu no Brasil sua 22ª unidade no mundo, e recrutou o executivo

carlOs albErtO p. nOguEira para o cargo de Diretor Executivo

A Topcon pOsitiOning systEMs (tps) anunciou uma parceria com a

prOVidEncE gis sOlutiOns

A brasileira usEall desenvolveu soluções para gerenciamento de energia elétrica com o tatukgis dEVElOpEr kErnEl

O inpE assinou um novo contrato com a companhia dMc intErnatiOnal

iMaging para aquisição de imagens de satélite para monitoramento da Amazônia

O grupO HExagOn anunciou recentemente a aquisição de 25% das

ações da blOM

A rússia pretende gastar 694 milhões de dólares com o sistema de navegação

por satélites glOnass em 2012

As companhias raytHEOn e lOckHEEd Martin obtiveram sucesso na primeira

integração entre a próxima geração de controle do sistema GPS e os novos

satélites gps iii

A autOdEsk divulgou um novo programa de parceiros cOnsulting

systEM intEgratOr (csi) para aumentar a rede de negócios globais da

companhia

A FOtOtErra selecionou softwares da siMactiVE para a geração de ortofotos,

mosaicos e edições

A supErgEO tEcHnOlOgiEs fechou uma parceria de colaboração local

com a MOtOrOla sOlutiOns, para comercialização do tablet ET1 com Android

MUDANçAS NO SEtOr ESPACIAL brASILEIrO

A Agência Espacial Brasileira (AEB) tem um novo presidente. José Raimundo Braga Coelho foi empossado no dia 23 de maio por Marco Antônio Raupp, Ministro da Ciên-cia, Tecnologia e Inovação. José Raimundo é bacharel em física pela Universidade de Brasília, possui mestrado em matemática pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada e pelo Instituto Courant da Universidade de Nova York, EUA. Em sua primeira declaração, o novo presidente da AEB comentou sobre atividades futuras da Agência, afirmando que é “necessário abrir novas e promissoras perspectivas para o Programa Espacial Brasileiro; acelerar a implementação de nossas ações; lançar em novembro próximo o Cbers-3 e diversificar o programa de satélites sino-brasileiros; e levar adiante nosso programa de lançadores”.

Outra mudança significativa para o setor espacial do País foi a indicação do novo di-retor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Leonel Perondi foi empossado pelo ministro Marco Antonio Raupp durante solenidade com a participação de José Rai-mundo Braga Coelho e de Gilberto Câmara, ex-diretor do Inpe, em São José dos Campos (SP), no dia 1º de junho. Leonel foi escolhido pelo ministro a partir da indicação de um comitê de busca formado por personalidades das comunidades científica, tecnológica e empresarial. Ele substitui Gilberto Câmara, que exerceu o cargo de dezembro de 2005 até 14 de maio do presente ano.

EVENtOS DA ESrI NA AMérICA LAtINA

Em 2012, dois eventos irão reunir usuários das ferramentas de informação geográfica da Esri na América Latina. O III Encontro de Usuários de Esri no Brasil (Eu Esri Brasil 2012), promovido pela Imagem, será realizado nos dias 24 e 25 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), com o tema “Conectados ao mundo pela Geografia”. O evento tem como objetivo disseminar as novidades do segmento e mostrar, de for-ma prática, como a geotecnologia pode ser aplicada em diversas verticais da indústria brasileira. Ao todo, haverá mais de 70 palestras nacionais e internacionais, divididas entre demonstrações técnicas das soluções e encontros temáticos para exposição de casos de sucesso.

Já nos dias 4 e 5 de outubro irá acontecer a XIX Con-ferência Latinoamericana de Usuários Esri (Lauc 2012), em Buenos Aires, Argentina, realizado pela Aeroterra. Esta é uma oportunidade para que usuários das ferramentas da Esri se reúnam e parti-cipem de diversas atividades, conhecendo as últimas novidades em soluções GIS, através de apresentações e consulta direta a especialistas.

INFOwww.euesri.com.brwww.lauc2012.com

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ChINA LANçA DOIS NOVOS SAtéLItES PArA SIStEMA DE NAVEGAçãO bEIDOU

A China lançou, no final de abril, dois novos satéli-tes para ampliar a precisão de seu sistema de posicio-namento global Beidou, ou Compass. Os satélites de número 12 e 13 da série foram lançados da base espa-cial de Xichang, na província central de Sichuan. Essa foi a primeira vez que o país asiático lançou ao mesmo tempo dois aparelhos com um só foguete propulsor.

O sistema começou a operar em dezembro do ano passado, após mais de dez anos de preparação. Até o final de 2012, a China deve enviar ao espaço outros três satélites, a fim de completar o sistema antes de 2020, com cerca de 35 aparatos em órbita.

PróxIMOS SAtéLItES SErãO LANçADOS EM SEtEMbrO

A Comissão Europeia anunciou a data de lançamento dos pró-ximos dois satélites do sistema de navegação Galileo. Eles serão colocados em órbita a partir da Guiana Francesa, por um fogue-te lançador Soyuz, no dia 28 de setembro, juntando-se aos dois satélites da fase de validação do sistema, que já estão em órbita desde outubro de 2011.

Quatro satélites são o mínimo necessário para a navegação por satélite, para medir a latitude, longitude e altitude durante a verificação de precisão do sistema. Esses quatro satélites tam-bém serão usados para medir a precisão do segmento terrestre do sistema. Além disso, a indústria europeia poderá testar os seus próprios serviços e protótipos de receptores na prática.

SAtéLItES EM OPErAçãOOs dois primeiros satélites Galileo da fase de validação em

órbita (IOV, em inglês) do sistema, construídos pela Francesa Astrium, estão funcionando perfeitamente e, no final de abril, foram colocados em sua capacidade total de operações. A As-trium assinou um contrato no valor de 73,5 milhões de euros com a Agência Espacial Europeia, para ser a contratante principal do segmento controle do sistema. A próxima fase do sistema, cha-mada de Capacitação Operacional (FOC, em inglês) vem sendo construída atualmente, e é financiada pela Comissão Europeia.

trIMbLE ADQUIrE FAbrICANtE DE VANtS

A Trimble, fornecedora de soluções para posicio-namento, anunciou em abril a aquisição da Gatewing, empresa com sede na Bélgica que fabrica Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) de baixo peso para fotogrametria e mapeamento rápido do terreno. Pro-dutos da Gatewing incluem o Vant X100 e o software Stretchout para processamento e análise de imagens digitais. A Gatewing será integrada ao segmento de Engenharia e Construção da Trimble. Os termos finan-ceiros do acordo não foram divulgados.

ASSOCIAçãO GSDI tEM NOVO PrESIDENtE

Membros da Associação para a Infraestrutura Global de Dados Espaciais (GSDI, na sigla em inglês) escolhe-ram Dave Lovell como novo presidente. Lovell foi eleito durante um encontro do Conselho da Associação, que ocorreu antes da Conferência Mundial GSDI, realizada em maio na cidade de Quebec, no Canadá. Segundo informações da GSDI, Dave Lovell irá levar sua experi-ência adquirida como chefe da EuroGeographics, quan-do a transformou em uma associação internacional.

Dave Lovell representa a Europa no Conselho da GSDI desde 2007, e irá continuar seu papel na Euro-Geographics.

INFOwww.gsdi.org

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A revista MundoGEO traz as principais novidades em

padrões e serviços disponibilizados pelo Consórcio Geo-

espacial Aberto (OGC, na sigla em inglês), um consórcio

internacional que reúne mais de 450 companhias, agências

governamentais e universidades.

PADrãO PArA MODELAGEM 3D DE CIDADES

O OGC aprovou a versão 2.0 do padrão City Geography

Markup Language, um modelo com informações XML para

representação, armazenamento e troca de modelos virtuais

em 3D de cidades e paisagens. O CityGML, além de forne-

cer conteúdo 3D para visualização por diversas aplicações,

permite que usuários possam compartilhar modelos tridi-

mensionais de cidades e paisagens, para a realização de

análises sofisticadas e tarefas em várias aplicações, como

simulações do ambiente, estimativas de demanda de ener-

gia, gerenciamento de ciclo de vida da cidade, instalações

de gestão urbana, avaliação imobiliária, gestão de desas-

tres, navegação, robótica, mineração de dados urbanos e

serviços baseados em localização.

A nova versão contém mais funcionalidades, como no-

vos módulos temáticos para túneis e pontes, modelagem

a partir de dados de edificações 2D, e atributos mais ge-

néricos, facilitando sua implementação.

PADrãO PArA SErVIçOS DE ObSErVAçãO ESPACIAL

O OGC aprovou o padrão Sensor Observation Service

(SOS) versão 2.0, fornecendo uma API aberta e bem defi-

nida para o gerenciamento de dados quantificados e tam-

bém metadados gerados a partir de diferentes sensores.

Independentemente do tipo de sensor, seja para moni-

toramento da água ou ainda sensores remotos, observa-

ções feitas a partir de dados gerados a partir de sistemas

de sensores são responsáveis por produzir a maioria dos

dados geoespaciais usados atualmente. O SOS 2.0 contém

uma nova estrutura e um novo conceito em relação à dis-

tribuição de dados de observação. O padrão é altamente

modular e contém várias extensões, além de um perfil para

filtragem espacial de observações.

OGCOGC

OSGEO ANUNCIA AbErtUrA DE LAbOrAtórIO NO brASIL

A Open Source Geospatial Foundation (OSGeo), uma fundação criada para apoiar o desenvolvimento colabo-rativo de softwares geoespaciais de código aberto e dis-seminar o seu uso, anuncia a abertura de um laboratório na América do Sul. A OSGeo já conta com laboratórios na Europa, Ásia e África. A primeira iniciativa na América do Sul será estabelecida no Brasil, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba (PR).

SAtéLItE ENVISAt ENCErrA OPErAçõES

Poucas semanas depois de celebrar seu décimo ano em órbita, a comunicação com o satélite Envisat foi subi-tamente perdida no início de abril. Após várias tentativas para restabelecer o contato e para investigar as causas, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) declarou o fim da missão no dia 9 de maio.

O Envisat já havia operado o dobro do tempo de vida planejado inicialmente. Com dez diferentes sensores, o apa-relho tem observado e monitorado a superfície terrestre, atmosfera, oceanos e calotas polares, durante toda a sua vida útil, gerando mais de mil terabytes de dados.

GVSIG E I3GEO úNEM FOrçAS

A Associação gvSIG anunciou a integração entre o soft- ware livre de origem espanhola com o i3Geo, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil. A união preten-de promover crescimento no aspecto técnico, econômico e organizacional, por meio da colaboração entre projetos que apostam no software livre como base fundamental para a independência tecnológica.

A integração do i3Geo com o gvSIG ocorreu de duas maneiras. Em primeiro lugar se desenvolveu um plugin que permite que a mesma organização de dados visualizada no geoportal possa ser vista também em um projeto no gvSIG. De forma recíproca, os projetos do gvSIG podem ser lidos pelo i3Geo, funcionando como uma aplicação desktop para publicá-los na web.

Dentro do acordo, Edmar Moretti, principal desenvol-vedor do i3Geo, passa a formar parte da estrutura profis-sional do gvSIG.

INFOwww.gvsig.comhttp://mapas.mma.gov.br/i3geo

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LANÇAMENTOS

SArPOLO pesquisador Nilo Andrade, da Universidade de Brasília (UNB), criou um programa de computador capaz de gerar imagens de radar mais definidas que as obtidas atualmente, que será acoplado aos sensores de radar instalados nos aviões R99 do Serviço de Proteção à Amazônia (Sipam). O objetivo é obter fotos mais detalhadas do solo brasileiro.

A base para o desenvolvimento do software – batizado de Sarpol – vem da modificação de programas já usados pelo Sipam, gerenciando dados que já eram coletados pelos sensores e não eram aproveitados. Os dados numéricos obtidos pelos sensores dos aviões R99 são divididos em duas partes: uma chamada de dados de amplitude e a outra de dados complexos polarimétricos. “As imagens normalmente obtidas partiam dos dados de amplitude e ignoravam os dados complexos”, afirma Nilo Andrade, autor da pesquisa. O programa com as modificações feitas por Nilo será de uso livre e estará disponível no site do Instituto de Geociências da UNB.

A companhia bOEing lançou uma nova versão do software

geoespacial dataMastEr, para geração de mapas e de modelos

de terrenos em empresas de inteligência e defesa

A supErgEO tEcHnOlOgiEs lançou oficialmente a versão 3.0 da extensão supErgis nEtwOrk analyst, para

análises de rede

A applE apresentou em junho, no evento anual para

desenvolvedores, seu próprio serviço de mapas, que estará

disponível em aparelhos móveis com o novo sistema

operacional iOs 6

A chilena MaptEk anunciou o novo software Vulcan 64-bit,

para modelagem 3D com grande quantidade de dados

O MirEO dOn’t panic, novo aplicativo de navegação para Android, utiliza mapeamento

Street Base, feito pela iMagEM

A intErgrapH anunciou o sMartplant FrEEViEw, um

visualizador gratuito de arquivos de extensão .VuE para exibir e

navegar em modelos 3D

A santiagO & cintra gEO-tEcnOlOgias fechou uma

parceria com a suíça sEnsEFly, para oferecer ao mercado

brasileiro o Veículo Aéreo Não Tripulado swinglEt caM

A autOdEsk anunciou que o 123d catcH agora está

disponível para ipad na App Store

VOxI EArth MODELLINGA Geosoft anunciou o lançamento do Voxi Earth Modelling, um software de geofísica baseado nas nuvens, que gera modelos 3D voxel a partir de dados aéreos, magnéticos e de gravidade. A tecnologia Voxi está disponível junto com o software Geosoft 2012, como uma extensão. Segundo a Geosoft, a modelagem geofísica em 3D ainda é limitada e seus modelos ainda não têm um grande nível de precisão. Assim, a nova tecnologia Voxi pretende melhorar essa situação, permitindo o desenvolvimento de modelos completos de subsuperfície com grande quantidade de dados geológicos e minerais.

INFO www.geosoft.com

CAtMDEDIt 4.6.6Uma nova versão do editor de metadados CatMDEdit 4.6.6 está disponível. O software livre é uma iniciativa do Instituto Geográfico Nacional de Espanha (IGN) e constitui uma ferramenta para edição de metadados, que facilita a documentação de recursos, com ênfase na descrição dos recursos geográficos.

INFO catmdedit.sourceforge.net

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bUSINESS ANALySt ONLINE PArA ANDrOIDA Esri lançou um novo aplicativo móvel para smartphones com o sistema Android. O Business Analyst Online (BAO, em inglês) é projetado para quem precisa de acesso à dados de marketing sobre população e consumo. O aplicativo gratuito da Esri permite que usuários acessem fatos sobre a demografia, estilo de vida e gastos dos consumidores para qualquer região dos Estados Unidos. Com ele, é possível comparar qualquer endereço com outro ou com o estado, município e também com o País, e analisar uma área em potencial. O aplicativo BAO é gratuito e pode ser baixado diretamente do Android Market.

INFO www.esri.com/software/bao-for-smartphones-tablets

GEOCALC PArA FMEA Safe Software e a Blue Marble Geographics anunciaram a efetivação de uma parceria, combinando seus produtos em um único ambiente de criação, para aumentar as possibilidades de uso e distribuição de dados espaciais. O resultado foi o lançamento da extensão GeoCalc para FME, com a qual os usuários podem ter acesso às funções de transformação de coordenadas da Blue Marble.

A extensão permite que usuários possam usar as transformações do GeoCalc na interface gráfica do FME, tendo mais possibilidades para transformar coordenadas e mais flexibilidade e precisão em transformações verticais.

ENVI 5A SulSoft anunciou o lançamento do Envi 5, a nova versão do software para visualização, exploração, análise e apresentação de dados na área de sensoriamento remoto e GIS. A nova versão conta com interface atualizada, display de alta performance, ferramentas avançadas organizadas em uma toolbox intuitiva, e uma API nova para a personalização e customização das funcionalidades do software. Na nova versão, estão integradas extensões para catalogar imagens, navegação simultânea nos projetos com o Google Maps integrado, geração interativa de procedimentos batch com o Envi Program Generator, e a opção de executar o software traduzido para o português.

INFO www.envi.com.br

ErDAS IMAGINE 11.0.5A Intergraph anuncia o lançamento de uma nova edição do software Erdas Imagine. A versão 11.0.5 pode ser baixada diretamente da página de produtos do software e agrega todas as mudanças realizadas na versão 2011.

O Erdas Imagine é um sistema de dados geoespaciais que incorpora processamento e análise de imagens de sensoriamento remoto em um único pacote. Os aprimoramentos agregados nessa nova versão incluem mais conectividade com o GeoMedia, integrando o processamento de imagens com as análises GIS. Outras novidades incluem a ferramenta MosaicPro, para criar mosaicos de imagens, suporte a novos modelos de sensores, tais como o VisionMap A3 e a constelação de satélites Pleiades.

INFO www.intergraph.com

SUPErPAD 3.1A SuperGeo lançou recentemente o software de GIS móvel SuperPad 3.1. Esta versão possui uma nova interface de usuário com 13 idiomas, novas extensões e integração com o SuperGIS Server, para sincronização de dados.

Projetado para trabalhar com GIS móvel, levantamento de campo e mapeamento ao ar livre, o SuperPad 3.1 pode ser implantado em vários dispositivos móveis. Com a nova interface de usuário, o software possui versões em polonês, alemão, espanhol, francês, italiano, português, russo, japonês, coreano, árabe, turco e chinês.

INFO www.supergeotek.com

MAPA ÍNDICE DIGItALO Mapa Índice Digital, conjunto de informações atualizadas relativas ao mapeamento sistemático existente no País, está sendo disponibilizado, pela primeira vez, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a quarta edição do Mapa Índice editado, em versão digital, desde o ano de 2002, quando era possível obtê-lo somente através da loja virtual do IBGE.

O Mapa Índice é um instrumento de suporte ao Sistema Cartográfico Nacional, que abrange a produção de mapas e cartas topográficas, essenciais na gestão territorial e no planejamento de projetos, tais como obras de engenharia e estudos de impacto ambiental. Traz informações sobre a existência e o grau de atualização de mapas e cartas topográficas, tais como ano da última edição, escala disponível e órgão editor.

INFO www.ibge.gov.br

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NOVO VISUALIZADOr DA INDEFoi lançado no dia 4 de junho, no auditório do Ministério do Planejamento, em Brasília, o novo visualizador da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). O visualizador conta com importantes recursos para acesso a informações geoespaciais do Plano Plurianual (PPA), do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), além de informações do Censo 2010. As informações são produzidas pelos Ministérios do Planejamento, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e pelo IBGE. Com a disponibilidade dessas novas informações, ampliam-se os benefícios e as possibilidades da Inde, em aplicações e decisões voltadas ao planejamento de políticas públicas.

INFO www.visualizador.inde.gov.br

GEONEtCAStO sistema GeoNetCast, criado para disseminar dados de satélite e produtos ambientais utilizando infraestrutura de baixo custo, foi uma das tecnologias apresentadas durante as comemorações pelo aniversário de 39 anos da Embrapa, no dia 25 de abril, em Brasília (DF). Um sistema receptor está em operação na Embrapa Monitoramento por Satélite, em Campinas (SP), como resultado da participação no projeto internacional DevCoCast, permitindo o acesso a uma grande diversidade de informações geoespaciais fornecidas por vários provedores em todo o planeta.

Em escala continental, os dados disponibilizados pelo sistema têm aplicação em questões relacionadas à vegetação e à agricultura, incêndios e inundações, recursos hídricos, dados de oceanos, tempo e clima, visando tomadas de decisão na agricultura, monitoramento da vegetação e de eventos extremos, como secas, estimativa de rendimento agrícola e vulnerabilidade ambiental. A participação no sistema também oferece a possibilidade de obtenção de dados em séries históricas de imagens de satélite.

INFO www.cnpm.embrapa.br/projetos/geonetcast

rECEPtOr GNSS S82V rtkA Allcomp Geotecnologia e Agricultura está lançando no mercado nacional o receptor GNSS S82V RTK, da fabricante South. Com tecnologia Trimble, a placa desse receptor permite rastrear sinais L1 L2 das constelações GPS e Glonass, podendo ser futuramente atualizada para Compass e Galileo. Segundo a Allcomp, o principal diferencial do receptor é a compatibilidade de recepção do sinal RTK dos receptores GNSS Trimble, Leica e Topcon.

INFO www.allcompgps.com.br

SCENEA Faro Technologies lançou o Scene 5.0, a última novidade da linha de softwares de processamento e captura de nuvens de pontos da empresa para o scanner Focus3D. Pela primeira vez, os usuários do software podem exibir seus escaneamentos em estereoscopia, com grande nível de realismo. A correção automática elimina a necessidade de alvos artificiais, em muitos casos, como ao unir múltiplos escaneamentos, e o novo banco de dados permite melhor comunicação entre os usuários.

INFO www.faro.com

SIMULADOr MULtI-GNSSA Spirent Communications lançou o novo simulador GSS6300M Multi-GNSS, projetado para verificação, integração e testes de produção, quando há necessidade de fazer um teste rápido e preciso. A plataforma suporta a simulação de sinais individuais ou combinados dos sistemas GPS/SBAS, Glonass e Galileo, com oito satélites por constelação.

Segundo a Spirent, o GSS6300M já está disponível para encomenda. Um pacote de atualização de campo está disponível para os atuais usuários do Spirent GSS6300, que querem aproveitar os novos recursos do GSS6300M.

INFO www.spirent.com

Informativo MundoGEOAssine e receba notícias diárias!Acesse www.mundogeo.com e informe seu email para receber o informativo diário do Portal MundoGEO, com lançamentos, notícias, oportunidades de trabalho e opinião de especialistas

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GeotendênciasConheça o estado-da-arte no setor de geotecnologia e o que será realidade nos próximos anos

Por alexandre scussel e eduardo Freitas

CAPA

Navegação e posicionamento indoor, GIS em tempo real, veículos autônomos com inteli-

gência artificial, análise geográfica na cloud, bases de dados 5D. Tudo isso já é realidade hoje e faz par-te do que chamamos de “estado-da-arte” no setor de geotecnologia. Você está preparado para lidar com esta gama de possibilidades?

No fim do ano passado, o pesquisador Mike Goodchild - entrevistado pela MundoGEO na edição 53 da revista InfoGEO - cravou em um artigo que o futuro da geoinformação está nos ambientes indoor, em localização de tudo, na internet das coisas, no GIS em tempo real e nas múltiplas formas de representar o mundo. Já um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), de outubro de 2011, reuniu experts para discutir e apontar alguns caminhos para as geotecnologias nos próximos cinco a dez anos. Dentre alguns dos pontos levantados, destaque para o poder das mídias sociais, a popularização de sensores de

Baixe o relatório completo em

http://ning.it/MPmInF (em inglês)

baixo custo, a crescente importância das Infraes-truturas de Dados Espaciais (IDE), o crescimento dos softwares livres, o aumento da quantidade de satélites e da acurácia dos sistemas GNSS, entre outras questões que estão impactando - e vão mudar radicalmente - o setor de geo.

IDEEmpresas, cidades, estados, países e até continen-

tes estão implementando, hoje em dia, suas IDEs, o que leva a geotecnologia a um novo patamar e mostra como ela pode ser tão - ou mais - importante quanto a energia, o saneamento ou as telecomunicações. Afinal, um país precisa de uma base sólida e atualizada de da-dos geoespaciais para poder governar com eficácia e otimizar os recursos em mapeamento, planejamento e execução de obras.

Em termos continentais, a Infraestrutura de Dados Espaciais da Europa (Inspire) é o maior exemplo de ini-ciativa de sucesso, já que congrega uma gama de na-ções, com interesses distintos, em busca de um mesmo objetivo. No Brasil, a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde) está em pleno funcionamento e já de-monstra seus primeiros resultados práticos.

Um fórum sobre as tendências no setor foi des-taque no primeiro dia do MundoGEO#Connect La-tinAmerica 2012, que aconteceu de 29 a 31 de maio em São Paulo (SP), no qual 18 especialistas falaram sobre o que há de mais avançado, hoje, em geomá-tica e soluções geoespaciais.

Para conceituar e contextualizar as IDEs na Améri-ca Latina, estiveram presentes neste fórum Luiz Paulo Souto Fortes, presidente do Comitê Permanente para a Infraestrutura de Dados Geoespaciais das Américas (CP-Idea), e Valéria Oliveira Henrique de Araújo, secre-fo

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tária-executiva do Comitê com moderaçõa de Emerson Zanon Granemann, diretor da MundoGEO. Luiz Pau-lo abordou a iniciativa da ONU para o Gerenciamento Global da Informação Geoespacial (GGIM), salientando a importância da disponibilização da informação conti-nental para promover o desenvolvimento do trans-porte, energia e comunicações, de forma sustentável e equitativa, nos países sul-americanos. Segundo Luiz Paulo, há uma grande lacuna no gerenciamento global da informação geoespacial, e esta tem sido preenchida pela iniciativa privada, com cada vez menos participação dos governos. Esta seria, então, a grande motivação para o GGIM: desenvolver estratégias e padrões, de forma coordenada, contribuindo para seu compartilhamento e integração do setor.

GISCom o crescimento do mapeamento colaborativo,

a popularização de equipamentos inteligentes e da in-ternet de banda larga, torna-se possível fazer alguns estudos com dados em tempo real (ou “quase real”), tais como análises de tráfego, resposta a emergências, tudo isso integrado em bases de dados 3D, 4D e 5D.

Baixe os materiais apresentados no Fórum Geotendências, em http://ning.it/P1m8qU

mudanças globais - econômicas, políticas e sociais - terão sobre os trabalhos no setor. A interoperalibi-lidade foi um dos termos mais usados, sinalizando a importância do compartilhamento de dados por meio de padrões, como Open Green Building XML, MultiSpeak, entre outros.

Ao falar sobre o futuro do GIS, Geoff Zeiss abor-dou as mudanças que o planeta vem enfrentando, refletindo diretamente no papel dos governos. Para o setor geoespacial, Geoff afirma que a expansão dos padrões de interope-rabilidade levam o GIS a um outro patamar, e ressalta a importância do com-partilhamento de informações geoespaciais de infraestrutura. O executivo demonstrou que vários países vêm adotando padrões para cadastro em 3D, como Alemanha, Singapura, Malásia, Austrála e Holanda, e apontou a evolu-ção da engenharia de design, passando do CAD para o BIM, possibilitando, entre outras operações, a integração com dados geoespaciais, colaboração entre equipes e visualização em 3D acessível a qualquer pessoa, não somente para usuários técnicos.

Luis Bermudez apresentou a importância da padronização na evolução do uso e integração das geotecnologias nos processos, enquanto Brad Skelton priorizou a crescente disponibilidade de dados espaciais, ressaltando principalmente as imagens e seu potencial de evolução. Já Clinton Libbey mostrou como a Goo-gle está se envolvendo cada vez mais com as geotecnologias nas corporações.

O painel “Qual o futuro do GIS?” foi uma das ati-vidades mais esperadas do MundoGEO#Connect, pois contou com a presença de executivos interna-cionais de renome, como Geoff Zeiss, diretor da Au-todesk, Clinton Libbey, gerente da área geospacial da Google, Luis Bermudez, diretor de certificação de interoperabilidade do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC), e Brad Skelton, chefe de tecnologia do setor geoespacial da Intergraph Erdas com me-diação de Eduardo de Rezende Francisco, da FGV/AES Eletropaulo.

Durante o Fórum, os palestrantes discutiram sobre o estado atual e o futuro do geoprocessa-mento, e um dos destaques foi o impacto que as

GNSSHoje, a geotecnologia abrange “somente” 13% da realidade, já que o GNSS e as

imagens de sensoriamento remoto mapeiam o exterior das edificações (outdoor), porém um ser humano passa aproximadamente 87% de seu tempo em locais fe-chados (indoor). Por outro lado, com as tecnologias de escaneamento a laser, posi-cionamento por RFID, modelos BIM, etc., isto está aos poucos mudando.

No MundoGEO#Connect, alguns dos principais expoentes do setor de GNSS estiveram juntos para debater o que vai melhorar, nos próximos anos, para os usu-ários dos sistemas GPS, Glonass, Compass e Galileo em relação à qualidade de da-dos e produtividade nos levantamentos. Ben Mallen, líder da divisão de vendas e distribuição de produtos de topografia para as Américas do Norte e Sul da Trimble, apresentou a visão da empresa para os próximos anos, e comentou as recentes aqui-sições da Gatewing, na área de Vants, e do Google SketchUp, em modelagem 3D. Já Michael Rutschmann, gerente de produtos para monitoramento de estruturas

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da Leica Geosystems, falou sobre as tecnologias mais avançadas, hoje, na área de locação, implantação e acompanhamento de grandes empreendimentos usando GNSS, estações totais e outros equipamentos. Já Peter Grognard, fundador e CEO da Septentrio, fabricante de receptores profissionais para GNSS, focou sua apresentação no Galileo, sistema europeu que está em fase de implementação.

Um destaque deste debate foi a palestra de Raymond Kerwin, diretor global de planejamento de produtos da Topcon, que apresentou um panorama geral do setor de GNSS e da previsão de novos satélites e sinais de navegação para os próximos anos. Com os novos sinais L2C, L5 e L1C, os benefícios serão muitos, tais como sinal mais forte, melhores condições para aquisição de dados, maior acurácia, menos pro-blemas com multi-caminho, maior quantidade de frequências, entre outros. Uma das tendências para os próximos anos será a ampla disponibilidade de satélites de navegação e posicionamento, de diferentes sistemas. Segundo Raymond, a partir de 2015 será possível rastrear mais de 50 satélites, o que aumentará a acurácia e dis-ponibilidade do GNSS em todo o globo.

Estima-se que mais de 80% da informação na web tenha uma componente de localização. E hoje, qualquer computador ou celular é facilmente “localizável” através de seu IP, receptor GPS, GPRS, etc.. Ou seja, estamos avançando para uma era na qual praticamente tudo terá sua coordenada geográfica definida e, eventu-almente, rastreada.

SENSOrIAMENtO rEMOtOA quantidade de satélites em órbita, hoje, chega a ser um problema devido

ao lixo espacial voando sobre nossas cabeças. Por outro lado, há vários lança-mentos previstos para os próximos anos, aumentando ainda mais a oferta de imagens orbitais. A aerofotogrametria - cujo futuro foi questionado no início da era dos sensores orbitais - melhora cada vez mais seus produtos e utiliza sensores a cada dia mais precisos. E agora novos atores entram com tudo neste mercado: os Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants).

Um dos desafios é facilitar o acesso do usuário a estas respostas, através da antecipação de eventos e sinte-tização de dados de diversas fontes. Para ele, o futuro da indústria geoespacial requer clareza de prioridades e propósitos, gerando cada vez mais informação, ferra-mentas para extrair o máximo das tecnologias de sen-sores e plataformas que permitam ampla colaboração e compartilhamento de dados.

Para Mack Koepke, diretor de vendas da GeoEye, o mercado futuro de informações geoespaciais deverá incluir cada vez mais a computação nas nuvens, transfor-mando aplicações desktop em sistemas coorporativos e baseados na web. Além disso, a tecnologia impulsio-na o mercado de Business Intelligence (BI) e de formas de distribuição de softwares como serviço, nas quais o cliente usa o software via web e o fornecedor se res-ponsabiliza por toda a infraestrutura necessária para a disponibilização do sistema.

Também estiveram presentes Marcello Maranesi, CEO da e-Geos, uma joint company entre Agência Es-pacial Italiana (ASI) e Telespazio, e Maurício Braga Meira, diretor da RapidEye para a América Latina. No fórum, ficou evidente que a quantidade de sensores – sejam eles em satélites, aviões ou Vants – torna as tecnologias complementares para melhorar cada vez mais os pro-dutos e otimizar os recursos.

FUtUrO DO GEO?Segundo o artigo do professor Goodchild, muitas

vezes as geotecnologias contêm apenas um ponto de vista, que é geralmente do setor governamental. Por outro lado, cada vez mais indivíduos ou grupos ten-dem a buscar novas ou diferentes formas de visualizar um dado ou até mesmo dar nome aos locais. Com isso, abrem-se novas frentes nas quais o geo pode ser uma ferramenta para organizar diferentes visões do mundo e colocar ordem no caos.

Já o documento da ONU cita a questão da educa-ção, sugerindo requisitos e mecanismos de capacita-ção e treinamento de usuários e especialistas. Sobre a produção cartográfica, a comunidade participará ativamente nos processos de mapeamento e infor-mação, tornando o usuário um “prosumer”- ao mesmo tempo produtor e consumidor. Também chama aten-ção a questão da privacidade, que continua sendo um grande campo de batalha quando se fala de mapas, imagens, localização, etc.

Outro ponto importante do relatório do GGIM/ONU cita que o governo será cada vez mais organizador e menos produtor dos processos geoespaciais, e que não haverá mais de 10 fornecedores mundiais de serviços de informação geoespacial do mundo.

Quem viver, verá!

Durante o Fórum Internacional de Geotendências, o sensoriamento remoto foi amplamente debatido em uma sessão com a mediação de Gilberto Câmara, ex-dire-tor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Aaron Crane, vice-presidente de produtos da DigitalGlobe, trabalhou em cima de um ponto de interesse futuro: como transformar “Big Data” em “Big Information”? Segundo o executivo, o nível atual de coleta de dados já é capaz de apresentar oportunidades surpreendentes para resolver problemas futuros. Com centenas de fontes de informação, as opor-tunidades geradas pelo “Big Data” podem gerar respostas integradas e dinâmicas.

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Com mais de 3.350 profissionais de 27 países, encontro aconteceu de 29 a 31 de maio em São Paulo e alcançou 95% de aprovação dos participantes

O mercado de geomática e soluções geoespa-ciais contou, pelo segundo ano consecutivo,

com o evento mais completo da América Latina: o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, realizado de 29 a 31 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Com 3.350 participantes de 27 países, 30 atividades, uma feira com 45 empresas que represen-tam 75 marcas mundiais, além de uma premiação dos melhores do setor, o encontro firma-se como o maior e mais importante do setor no continente e entra no calendário global dos principais eventos de geo.

UM EVENtO MULtIFINALItárIOCom sete seminários, quatro fóruns, oito cursos,

um encontro de usuários, 10 workshops e da pre-miação com 25 categorias, o evento teve uma pro-gramação variada, que abrangia uma vasta gama de áreas, como infraestrutura, meio ambiente, geo- marketing, entre outras.

Os números deste ano indicam crescimento de 25% do total de participantes em relação à edição anterior. Além disso, houve um incre-mento significativo de participantes internacio-nais, já que 27 nações estavam representadas no evento, com destaque para os países latino--americanos, como Argentina, Venezuela, Chile, Colômbia, Paraguai, Panamá, Costa Rica, Peru, Uruguai e Equador. Países da Ásia, África, Europa e América do Norte, com destaque para os Es-tados Unidos, também enviaram representantes das empresas globais do setor geoespacial. Dos participantes do Brasil, a região Sudeste foi a que teve maior número de representantes no evento (51%), seguida da região Sul (19%), Centro-oeste (15%), Nordeste (10%) e Norte (5%).

MUNDOGEO#CONNECt LAtINAMErICA 2012: UM EVENtO MULtIFINALItárIO

Por alexandre scussel, eduardo Freitas,

elis Jacques e ViViane Prestes

Avaliação94% aprovaram o evento

95% vão participar em 201399% indicaria a um colega

O evento é o maior do setor na América Latina, pois reúne em um único local todas os áreas nas quais a geoinformação pode atuar, nos ambientes privado e público. Além disso, proporciona um espaço para troca de experiências e geração de negócios. Isso chamou a atenção dos visitantes, principalmente internacionais, como José Pantaleón Frutos Britos, engenheiro agro-nômo do Banco Nacional de Fomento do Paraguai. “Viemos em uma delegação de seis pessoas. Todos temos relação com a topografia e com a configuração de terreno. Estamos aqui com o objetivo de ficarmos mais próximos dos avanços tecnológicos, para levar estas informações ao nosso país”.

Ainda, Cesar Rogério Cabral, coordenador do Curso Técnico de Agrimensura do Instituto Federal de Santa Catarina, ficou impressionado com a diversidade e in-fraestrutura do MundoGEO#Connect. “O evento con-seguiu reunir toda a diversidade de empresas, que são concorrentes entre si, e a organização foi bem feita, pois não houve problema no credenciamento, no acesso aos estandes; e ainda na localização do evento, o que facilita o deslocamento dos profissionais”.

Para Emerson Granemann, diretor e publisher do MundoGEO e idealizador do MundoGEO#Connect Latin- America, o planejamento gerou bons resultados. “Um grande desafio, sempre presente num evento abran-gente, multifinalitário e ligado a um setor tecnológico em constante transformação como este, é atender as demandas de profissionais de diferentes formações, po-sições e que atuam nas diversas fases dos processos de coleta, processamento e análise de dados geoespaciais em suas várias utilizações”. Já o Capitão Gabriel Dresch, da 1ª Divisão de Levantamento da Diretoria de Serviço Geográfico, manifestou sua satisfação com a qualidade e a organização do evento: “Foi impecável”.

CONNECT

fotos: Ofício da Imagem

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“O sucesso deste projeto é fruto da qualidade e comprometimento da equipe da MundoGEO, da colaboração da comunidade que participou de pesquisas online para formatar as atividades, do profissionalismo dos fornecedores responsáveis pela parte operacional, dos investimentos dos patrocinadores, das articulações dos parceiros estratégicos globais, do suporte dos apoiadores nacionais, palestrantes, moderadores e da confiança dos participantes. Todos eles assinam e são co-realizadores deste grande evento” Emerson Granemann, idealizador do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012

FórUNSO MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012 teve 110

palestrantes nacionais e internacionais, que fizeram apresentações traduzidas simultaneamente para os idiomas espanhol e português. Foram quatro fóruns, durante os três dias do evento: Soluções Geoespaciais para Governo, Soluções Geoespaciais para Inteligência e Defesa, Padrões OGC e Geotendências. No dia 29, o Fórum Internacional de Geotendências teve a presença de executivos e especialistas internacionais, como Ge-off Zeiss, da Autodesk; Clinton Libbey, do Google; Luis Bermudez, do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC); e Brad Skelton, da Intergraph.

Durante o fórum, os palestrantes discutiram sobre o futuro do GIS, e um dos destaques esteve no impacto que as mudanças globais, principalmente as econômi-cas, políticas e sociais, terão sobre os trabalhos no setor geoespacial. A interoperalibilidade foi um dos termos mais usados, sinalizando a importância do comparti-lhamento de dados por meio de padrões. “O evento é muito importante para o OGC, pois está ligado a tudo que nos cerca, na América Latina, e a feira é importante pois reúne os provedores de tecnologias e integração. Estes padrões são os que irão promover a interoperabili-dade, por exemplo, entre todas as soluções que podem estar nos projetos de governos, como em infraestrutura e agricultura”, conta Luis Bermudez.

Segundo Eduardo de Rezende Francisco, Especia-lista em Inteligência de Mercado da AES Eletropaulo e mediador do debate, foi uma oportunidade de ouvir importantes executivos dos principais players de geo- tecnologias do mercado. “Luis Bermudez abriu com chave de ouro a sessão, apresentando a importância

da padronização na evolução do uso e integração das geotecnologias nos processos; Brad Skelton versou so-bre a crescente disponibilidade de dados espaciais, res-saltando principalmente as imagens e seu potencial de evolução; Clinton Libbey mostrou como a Google está se envolvendo com as geotecnologias; e Geoff Zeiss destacou como a dimensão espacial se integra com a dimensão temporal e as questões ligadas a processos, como custos, indicadores de desempenho, etc.”.

Assim como as ferramentas usadas nos trabalhos do setor geoespacial, as iniciativas e desafios de implan-tação de projetos da Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) também foram destaque no fórum. Para Luiz Paulo Souto Fortes, presidente do Comitê Permanente para a Infraestrutura de Dados Geoespaciais das Américas (CP-Idea), o que se observa em todos os países, com relação às IDEs, é a preocupação e a necessidade de se implantar as infraestruturas. “Depende do estágio de desenvolvimento de cada país, mas um aspecto fundamental para o sucesso deste empreendimento é a cooperação e a colaboração institucional, nacional, estadual ou municipal, ou até continental”.

Na área de GNSS, estiveram presentes Ben Mallen, da Trimble; Peter Grognard, da Septentrio; Micha-el Rutschmann, da Leica Geosystems; e Raymond Kerwin, da Topcon; que falaram sobre o que vai me-lhorar para os usuários dos sistemas GPS, Glonass, Compass e Galileo em relação à qualidade de dados e produtividade nos levantamentos. Completaram o time de executivos internacionais os especialistas em sensoriamento remoto Aaron Crane, da Digital-Globe; Mack Koepke, da GeoEye; Marcello Maranesi, da Telespazio; e Mauricio Braga Meira, da RapidEye;

31% Presidente ou diretor29% Gerente ou coordenador40% Setor técnico

Cargo

55% Setor privado28% Setor público17% Ensino/pesquisa

Onde trabalham

30% Meio ambiente e recursos naturais 25% Planejamento territorial 17% Empresas do setor geoespacial 15% Business Inteligence 13% Utilities e Infraestrutura

Área de atuação

PErFIL DO PúbLICO

Luis Bermudez, Diretor de Certificação de Interoperabilidade do OGC

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moderados por Gilberto Câmara, ex-diretor do Inpe, que debateram os desafios de manter os sensores atualizados diante de usuários cada vez mais exigen-tes quanto a preços, prazos e qualidade de dados.

CUrSOSO MundoGEO#Connect teve oito cursos, que

abordaram temáticas atuais e de interesse da co-munidade. Através de parcerias com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com a Diretoria de Serviço Geográfico do Exército (DSG), o MundoGEO#Connect LatinAmerica, reconhecendo a importância da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde) para a disseminação e padroniza-ção de informações geoespaciais no país, realizou quatro cursos voltados para o tema, que aborda-ram aspectos conceituais e introdutórios, geoser-viços, padrões e metadados. Segundo o instrutor do curso Padrões dos Dados Geoespaciais da Inde, Coronel Omar Antonio Lunardi, o usuário, agora, percebeu que não basta somente obter dados geo-espaciais, pois estes devem ter qualidade e seguir padrões. “Sem qualidade, o usuário não consegue produzir o que deseja, estando disposto, inclusive, a pagar por isto. Assim, as empresas se obrigam a produzir informações de qualidade”, afirma. Para João Bosco Azevedo, Diretor Adjunto da Coorde-nação de Cartografia do IBGE, uma das contribui-ções do evento é estar em contato com as prin-cipais tecnologias disponíveis no mercado. “Este ambiente é muito importante para pensarmos na questão operacional, mas usando tecnologias mais modernas e eficazes na produção destes dados”.

O primeiro dia do evento contou com quatro cursos, que tiveram grande procura, devido princi-palmente à atualidade e relevância de seus temas, cada um com seis horas de duração. Foram eles: GIS para Gestão Municipal, Introdução ao Senso-riamento Remoto, Geomarketing e Georreferencia-mento de Imóveis Rurais, os dois últimos ocupando 100% da capacidade dos auditórios. Para Roberto Tadeu Teixeira, instrutor do curso de Georreferen-

Baixe os materiais apresentados no Fórum Internacional Geotendências, em pdf, no link http://ning.it/P1m8qU, e acesse o vídeo em http://vimeo.com/44139185

Entrevista: Gen. Pedro Ronalt Vieira“São vários os motivos que nos fazem estar presentes no evento. Primeiro, porque é um mega evento de geotecnologia, e a Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG), como um dos principais produtores de dados geoespaciais e utilizadores de geotecnologias, não poderia deixar de estar presente. E o segundo motivo da nossa presença é a divulgação das metodologias e padrões de dados, segundo a Infraestru-tura Nacional de Dados Espaciais (Inde). Não podemos esquecer que o Exército Brasilei-ro está presente na produção de vários projetos de mapeamento, como por exemplo no Estado da Bahia, onde estamos mapeando 560 mil quilômetros quadrados. Dessa forma, o principal fomentador e gerador da metodologia de produção de dados está presente neste evento para divulgar e ministrar o curso de padrões e dados da Inde, e também estará disponibilizando a sua estrutura de produção para divulgação de cursos de forma gratuita em âmbito nacional”.

ciamento de Imóveis Rurais, há uma grande falta de conhecimento de legislação (normas, pareceres, leis, decretos) sobre o tema, daí a importância da realização de cursos como este, que sempre têm grande procura pela comunidade.

SEMINárIOSSete seminários foram realizados no

MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, seguindo o formato que previa uma palestra inicial para “nivelar” o assunto entre os participantes, seguida de debates entre especialistas no tema, com ampla participação via perguntas, do mediador, dos presentes e dos co-nectados via webinar ou redes sociais.

Dentre os temas, destaca-se o Seminário Vants & Aerofotos, que teve a sala lotada na sessão que fala-va especificamente sobre os veículos não tripulados (ver box). Já a qualidade de dados espaciais foi tema de um seminário específico, no qual representantes de empresas e órgãos públicos fizeram uma análi-se completa sobre a importância da normatização, padronização, modelagem e integração de dados geoespaciais. Ainda, as imagens de satélite foram abordadas em um seminário, no qual especialistas falaram sobre as questões que envolvem sensores orbitais, seus produtos e aplicações.

O setor de geomática foi representado nos semi-nários sobre GNSS & Automação Topográfica e Cadas-tro de Imóveis Rurais, nos quais foram apresentadas, respectivamente, as tecnologias para locação, im-plantação e monitoramento de obras; e as novidades no setor de georreferenciamento de imóveis rurais.

No Seminário GIS & GeoWeb foi debatido o que o futuro reserva para os Sistemas de Informação Geo- gráfica (GIS), sobre os aspectos do GIS desktop, 3D, móvel e na nuvem, e como esta tecnologia vai im-pactar o dia-a-dia dos profissionais e das empresas. Também foi realizada a terceira edição do Seminário Google Earth e Maps para Empresas, no qual espe-cialistas e usuários apresentaram soluções Google para empresas.

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WOrkShOPS Ao longo do MundoGEO#Connect LatinAmerica, 11

eventos paralelos foram promovidos por empresas e instituições, que demonstraram novidades e projetos em desenvolvimento no setor geoespacial. Estes even-tos, gratuitos e abertos ao público, foram uma oportu-nidade para toda a comunidade conhecer o estado da arte de projetos e produtos do setor. No primeiro dia, dois workshops foram realizados. Durante a manhã, o OpenStreetMap foi apresentando ao público, tratando de aspectos relacionados à edição e colaboração deste projeto, que pretende construir um mapa livre de todo o mundo. No período da tarde, a Vale reuniu diversas empresas e provedoras de serviços para falar sobre o uso de imagens de satélites dentro da mineradora.

Durante o segundo dia, vários workshops fizeram parte da programação do evento, dentre eles o 2º En-contro de Usuários do FME no Brasil, promovido pela Inovação, representante da Safe Software no Brasil e distribuidora da ferramenta FME, para conversão de dados; o workshop Trimble eCognition, promovido pela Threetek, apresentando novidades e aplicações da plataforma de classificação de imagens orientada a objetos; e o workshop do Instituto Geodireito, com o tema “Políticas públicas para as geotecnologias”.

Neste dia, três workshops se destacaram pela gran-de presença de público e apresentação de novidades ao mercado. Na parte da manhã, o evento realizado pela Santiago & Cintra Consultoria demonstrou como diferentes segmentos vêm utilizando imagens Rapid- Eye e soluções Erdas em seus projetos. “Neste ano, de-mos sequência ao que foi apresentado em 2011. Desde 2009 estamos investindo para ter a cobertura completa do Brasil. Agora estamos apresentando soluções inte-ressantes que surgem a partir do processamento auto-matizado de aplicações específicas como, por exemplo, informações atualizadas para as áreas ambiental, agrí-cola, florestal e também governos, seguindo padrões de interoperabilidade internacionais”, afirmou Iara Mus-se Felix, diretora da empresa.

O período da tarde foi marcado pelo workshop Google, que trouxe desenvolvedores internacionais para demonstrar como as ferramentas da companhia podem ser utilizadas para a elaboração de aplicativos. Já a Nokia promoveu um workshop que apresentou várias inovações em soluções de trânsito, através da

A INVASãO DOS VANtSNo evento de 2011, apenas uma empresa apresentou um Vant na feira

do MundoGEO#Connect. Este ano já eram quatro estandes - Orbisat, No-vaterra, Somenge e Santiago&Cintra Geo-tecnologias -, e em 2013 serão ainda mais. A qualidade, preços, prazos e opções de produtos obtidos por sensores ópticos, laser e radar vêm aumentando cada vez mais o uso e as potencialidades de seus produtos. Somado a isto, a invasão dos Vants configura mais uma opção para imageamento. Um dos destaques na feira do MundoGEO#Connect foi o Vant swinglet CAM, apresentado pela Santiago & Cintra Geo–tecnologias.

Nokia Location & Commerce, nova divisão da compa-nhia. Executivos demonstraram como o trânsito em tempo real e os padrões de tráfego podem otimizar o desempenho de empresas. “A Nokia Location & Com-merce foi anunciada no início deste ano, cujo objetivo é seguir provendo aos clientes corporativos os conte-údos originalmente construídos pela Navteq ao longo dos seus 26 anos de história”, contou Helder Azevedo, diretor geral de vendas da Nokia Location & Commerce na América Latina.

O último dia do MundoGEO#Connect LatinAmerica disponibilizou ao público mais três opções de eventos gratuitos. O workshop Geotecnologias do Inpe fez um panorama geral dos principais produtos em geoinfor-mática desenvolvidos na Divisão de Processamento de Imagens e na Divisão de Sensoriamento Remoto do Ins-tituto. O evento foi transmitido através da ferramenta de webinars MundoGEO, com mais de 100 participantes presencias e 238 online.

Ainda neste dia, a Petrobras realizou um evento com o objetivo de promover contato com atuais e eventuais fornecedores, de modo a demonstrar necessidades e soluções do mercado para os empreendimentos da pe-trolífera nas áreas de geodésia e geoprocessamento. Foi uma oportunidade para que empresas se orientassem com relação ao cadastro de fornecedores da Petrobras, se qualificando para concorrer aos processos licitatórios da companhia. Segundo Guilherme Pereira Schwarz, Engenheiro de Geodésia, o evento foi um sucesso. “Ti-vemos boa presença de público e a oportunidade de efetuar contatos interessantes”, afirma. No período da tarde, a Prefeitura Municipal de São Paulo apresentou o estágio atual de seus projetos que utilizam geotecno-logias, com destaque para o uso de tecnologias móveis para mapeamento da arborização da cidade e o pro-jeto GeoConvias de mapeamento do subsolo urbano.

ANCArO workshop GeoDireito teve a presença do

Deputado Federal Arnaldo Jardim, que propôs a criação do Código Cartográfico Nacional e da Agência Nacional de Cartografia (Ancar).

Veja mais na página 50

Assista o vídeo em vimeo.com/43996826

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46 MundoGEO 68 | 2012

PrêMIONo final do dia 29 de maio aconteceu a entrega do

Prêmio MundoGEO#Connect 2012, que teve o patrocí-nio da Garmin, fabricante global de navegadores GPS. ”Foi uma excelente exposição da marca, pois os orga-nizadores garantiram um ótimo posicionamento em todas as oportunidades. A Garmin montou sua própria operação no Brasil há cerca de um ano e a divulgação da nossa marca no MundoGEO#Connect, através do patrocínio do prêmio, foi essencial para manter a expo-sição na mente dos consumidores”, comenta Eduardo Cortez, gerente geral da empresa no Brasil.

Outro destaque da cerimônia foi a presença do ex--diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

VENCEDOrES DO PrêMIO MUNDOGEO#CONNECt 2012

(Inpe), Gilberto Câmara. O pesquisador representou o Instituto, que ganhou os prêmios de Melhor Instituição de Ensino e Pesquisa e Marca mais Lembrada de SIG Li-vre, com o software Spring.

João Francisco Galera Monico, que ganhou o prêmio de Personalidade do Ano no Setor de Geotecnologia, falou sobre o reconhecimento. “É uma emoção muito grande, pois o trabalho é reconhecido pela comunida-de. Esse prêmio não é só meu, é do grupo que nós tra-balhamos na Unesp, em especial o grupo de Geodésia Espacial. Gostaria de parabenizar aos organizadores, pois o prêmio era algo que não tínhamos até então. Além disso, vem da forma mais democrática possível, e vai além do Brasil”, comenta.

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1 MELhOr EMPrESA DESENVOLVEDOrA DE SOLUçõES Imagem • Lúcio GraçaMArCA INtErNACIONAL MAIS LEMbrADA GIS COMErCIALArcGIS – Esri

2 INStItUIçãO PúbLICA DE MAIOr DEStAQUEInstituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE) • Moema Augusto

3 ExCELêNCIA EM PrODUçãO E NOrMAtIZAçãO CArtOGráFICADSG Exército • General Pedro Ronalt Vieira

4 MELhOr EMPrESA DE MAPEAMENtOEngemap • Marco Antonio da Silva

5 MELhOr tWIttEr DE GEO@ClickGeo • Audrin Gomes

6 MELhOr PrOFISSIONAL DE MArkEtINGRafael Guandalini • Alezi TeodoliniEMPrESA COM MELhOr PrESENçA NAS rEDES SOCIAISAlezi Teodolini

7 MArCA INtErNACIONAL MAIS LEMbrADA GPStOPOGráFICO E GEODéSICOTrimble • Franco Ramos

8 PErSONALIDADE DO ANO DO SEtOrDE GEOtECNOLOGIASJoão F. Galera Monico • Unesp Presidente Prudente

9 MELhOr EMPrESA DIStrIbUIDOrA DEEQUIPAMENtOS DE GEODéSIA E tOPOGrAFIASantiago & Cintra Geo-tecnologias • Gustavo Streiff

10 MELhOr EMPrESA DIStrIbUIDOrA DEEQUIPAMENtOS DE GEODéSIA E tOPOGrAFIASantiago & Cintra Geo-tecnologias • Vinicius Canholi

11 MELhOr EMPrESA DIStrIbUIDOrA DE SOFtWArES GISSisgraph • Fernando Schmiegelow

12 MELhOr EMPrESA DIStrIbUIDOrA DESOFtWArES PArA PrOCESSAMENtODE IMAGENS e MELhOr EMPrESA DIStrIbUIDOrA DE IMAGENS DE SAtéLItE Santiago e Cintra Consultoria • Iara Musse Felix

13 MArCA INtErNACIONAL MAIS LEMbrADA PrOCESSAMENtO DE IMAGENSErdas Imagine – Erdas • Jairo Linares

14 DESENVOLVEDOrA DO MErCADODE GEOtECNOLOGIAVale do Rio Doce • Pamella Maia

15 DESENVOLVEDOrA DO MErCADODE GEOtECNOLOGIAVale do Rio Doce • Gutemberg Barbosa

16 MELhOr EMPrESA DE SErVIçOS bASEADOS EM LOCALIZAçãO (LbS)Google • Clinton Libbey

17 MELhOr EMPrESA DE SErVIçOSbASEADOS EM LOCALIZAçãO (LbS)Google • Francisco Gioielli

18 DESENVOLVEDOrA DO MErCADODE GEOtECNOLOGIAPetrobras • Marksuel Xavier Bastos

19 INtEGrAtION OF thE GEOSPAtIAL INDUStryOpen Geospatial Consortium (OGC) • Luis Bermudes

22 MELhOr EMPrESA JúNIOr DE GEOGeoplan Jr | Unesp Rio Claro • Mariana Oliveira

23 MArCA INtErNACIONAL MAIS LEMbrADAIMAGENS DE SAtéLItEDigitalGlobe • Fábio Andreotti

MArCA INtErNACIONAL MAIS LEMbrADA EStAçõES tOtAISLeica Geosystems • Marco Antônio Carvalho

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+ MELhOr INStItUIçãO DE ENSINO E PESQUISAInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)Gilberto Câmara

21 Eduardo Freitas • MundoGEO

20 Emerson Zanon Granemann • MundoGEO

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FEIrAJá na feira do MundoGEO#Connect LatinAmeri-

ca 2012, foram 45 estandes, com mais de 75 marcas internacionais representadas, entre elas a Trimble, Intergraph Erdas, Google, Autodesk, Leica Geosys-tems, DigitalGlobe, GeoEye, RapidEye, entre outras. Muitas destas empresas aproveitaram a oportunidade para falar sobre as novidades das companhias para o mercado latino-americano. Ben Mallen, executivo de vendas da Trimble, esteve presente no evento e, ao falar dos planos da empresa para a América Latina, destaca novas soluções para mineração, agricultura e infraestrutura, além de incrementar os produtos que a companhia já possui. “Além disso, há a aquisição da Gatewing, pela Trimble, na área de Vants, e do Google SketchUp, em modelagem 3D. Com isso, podemos atingir uma gama de novos consumidores”, destaca.

Várias empresas nacionais estiveram no evento, trazendo as últimas novidades para o mercado de geotecnologias. Entre os lançamentos de equipamen-tos mais comentados, para os setores de topografia, geolocalização e processamento de imagens, esteve o Vant swinglet CAM, trazido pela Santiago & Cin-tra Geo–tecnologias; além do GPS ProMark 800, da Spectra Precision, que é representada pela Furtado & Schmidt no Brasil. Já a Hexagon, uma das maiores companhias do setor de geotecnologias, aproveitou o evento para reunir as empresas que fazem parte do grupo e assim discutir sobre negócios futuros.

Outros produtos lançados na feira foram: a es-tação total Ruide 820 R5 e o receptor GNSS Nav- Com SF-3040, com correção via satélite, trazidos pela Alezi Teodolini; o GPS RTK Pentax, que rastreia GPS, Glonass, Galileo e Compass, pela AllComp; um projeto de placa gráfica, com o objetivo de deixar o processamento das imagens de satélite menos pesado, apresentado pela AMS Kepler; o localiza-dor GTU 10, da Garmin; e a câmera de mapeamento A3 Airbone Digital, da Visionmap, trazida pela CPE Tecnologia. Além disso, há a re-estruturação da divisão de mapas da Nokia, que agora passa a ser Nokia Location & Commerce, e o fortalecimento da Geomax, no Brasil, por meio da Embratop.

NOVIDADES SObrE O EVENtO DE 2013A edição de 2013 do MundoGEO#Connect Latin-

-America já tem data e local marcados: 18 a 20 de junho no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). O tema do evento será “Novas ideias, grandes soluções” e buscará, junto às empresas, órgãos públicos, usuários e universidades, respostas aos novos desafios relacio-nados a coleta, processamento, análise e compartilha-mento de dados geoespaciais.

Na feira de produtos e serviços, os visitantes poderão saber as últimas novidades em equipamentos e soluções geoespaciais, além de estar em contato direto com algu-mas das principais empresas do setor. “A planta da feira para 2013 já está quase toda reservada e várias empresas já assinaram contrato, como o Grupo Santiago & Cintra, AMS Kepler, Furtado & Schmidt, Tecnosat e Alezi Teodo-lini, que representam várias marcas globais como Trim-ble, Nikon, Erdas/Intergraph, Spectra Precision, Topcon, Ruide, Sokkia, RapidEye, Garmin, entre outras”, comenta Emerson Zanon Granemann.

Entrevista: Gilberto Câmara“A minha principal preocupação, enquanto diretor do Inpe, foi conectar o Instituto com a sociedade. Somos um país em que o Programa Espacial tem uma dimen-são de servir a sociedade, ao contrário de países como a China e a Índia, que têm um caráter muito mais geopolítico. Essa preocupação que tive se materializou na abertura de dados, como por exemplo, na utilidade destes dados na diminuição do desmatamento. Outros destaques são a aquisição do super computador para previsão do tempo, o centro de estudos em mudanças climáticas, e manutenção sistemas de satélites, com o lançamento do satélite Cbers-3, com resolução de cinco metros. Com relação ao desafios que o Inpe enfrenta, a maioria está relacionada à gestão pública, que é muito aquém do que se deve ser. O Inpe tem que sair da esfera do serviço público direto, para ser mais eficiente”.

Para enviar sua ideia para o MundoGEO#Connect LatinAmerica, entre em contato pelo e-mail [email protected]

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INfORME PUBLICITÁRIO

A tendência do mercado de georreferenciamento de imóveis rurais é crescer exponencialmente nos próximos anos e irá se destacar quem estiver especializado

ESPECIALIZAçãO NO MErCADO DE GEOrrEFErENCIAMENtO

O georreferenciamento de imóveis rurais há muito já é uma realidade no Brasil. Quando se

trata de propriedades já abrangidas pela exigên-cia, é inevitável não se falar neste processo. Atual-mente é procedimento normal, de Norte a Sul do país, instituições bancárias exigirem de imediato o georreferenciamento dos imóveis rurais coloca-dos como garantia de crédito. Da mesma forma, produtores rurais e empresas já adotam a mesma exigência, igualmente buscando mais segurança para o negócio a ser concretizado.

Com a promulgação do Decreto 7620/11, tanto o mercado de topografia terá mais tempo para se ajustar à demanda, como os produtores terão

www.graltec.com.br

“Diante disto, irá se destacar aquele profissional ou empresa que demonstrar seriedade na prestação do serviço, qualidade e especialização neste mercado”

Acessando nos próximos dias, você ainda ganha, sem sorteio, um brinde exclusivo da marca.

GrALtEC, com “L” de Liderança.

renan Magalhães ChavesGeomensor, Administrador,Diretor de Negócios da GRALTEC

Av. Getúlio Vargas 1093 Centro, Divinópolis - MG(37) 3691 9055 - [email protected]

mais tempo para atender a exigência. Fato é que teremos um aumento exponencial na demanda pelo serviço de georreferenciamento. Diante dis-to, irá se destacar aquele profissional ou empresa que demonstrar seriedade na prestação do ser-viço, qualidade e especialização neste mercado. Isto se traduz em preços competitivos e excelên-cia na execução dos trabalhos.

Em se tratando de especialização, obrigatoria-mente teremos que falar da GRALTEC, uma em-presa que nasce com a visão inovadora e empre-endedora de fomentar o mercado topográfico, permitindo que as empresas e profissionais pos-sam se especializar naquilo que fazem de melhor e ainda fornecer produtos e serviços que melho-rem a qualidade dos trabalhos de georrefrencia-mento e agilizem sua aprovação junto ao Incra.

A proposta da GRALTEC é promover uma par-ceria sólida, capaz de aumentar a capacidade téc-nica e produtiva dos nossos parceiros, aumentar suas expertises e potencializar seus negócios. Na GRALTEC você encontra grupos de produtos de acordo com o porte do seu negócio. Seja para começar, ampliar ou atender necessidades pon-tuais, a GRALTEC tem produtos que se encaixam exatamente no que você necessita, com a flexi-bilidade de atender em todo território nacional. Você pode conhecer mais acessando www.gral-tec.com.br e ver como a GRALTEC pode somar com o seu negócio.

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MundoGEO 68 | 201250

Partes 6 e 7: Como Criar POIs, Rios e Parques

Nesta edição, a revista MundoGEO finaliza a série de tutoriais sobre o Google Map Maker

iniciada na edição 63 da InfoGEO. Nestes artigos, você aprendeu a mapear uma cidade, bairros, ruas, rotatórias, rodovias e construções. Nesta edição, veja como criar Pontos de Interesse (POIs) e mapear rios e parques.

1. Entre no Google Map Maker (www.goo-gle.com/mapmaker) e faça login na sua conta do Google. Tendo em vista que somente dados de interesse público devem ser associados aos elementos, como exemplo será adotado o pré-dio onde está instalada a Prefeitura Municipal de Presidente Prudente, localizada na Avenida Coronel José Soares Marcondes, 1200.

2. Entre no Google Maps, na opção Mapa. Busque por “Prefeitura Municipal de Presidente Prudente” e clique sobre o marcador que indica o Paço Municipal, para ler os atributos já inseridos, bem como a fotografia da edificação.

3. No Google Map Maker, clique na opção Satélite e busque por “Prefeitura Municipal de Presidente Prudente”. Dê zoom ao máximo nas proximidades do Paço Municipal e clique sobre o marcador para ler os atributos já inseridos. A partir de “Editar”, escolha a alternativa “Marcar contorno de construção”.

4. Clique com o botão esquerdo do mouse sobre os pontos da edificação tomando como referência o telhado. Para finalizar a linha, pres-sione Enter. Para cancelar a vetorização, pres-sione Escape.

PASSO A PASSO

5.Se necessário, edite os dados descritivos e os atributos alfanuméricos. Ao finalizar o traba-lho, é importante justificar o motivo da edição, por exemplo, escolha na lista suspensa a opção “Adicionando detalhes”. Salve o resultado e note que na figura a seguir aparece a mensagem “O elemento foi publicado com sucesso”.

6. Clique na opção Mapa e depois em atualiza-ções. Observe que agora é mostrado um marca-dor sobre a construção do Paço Municipal, bem como o nome do lugar. É possivel constatar que o elemento foi publicado no Google Map Maker e atualizado no Google Maps.

GOOGLE MAP MAkEr

ArLEtE APArECIDA COrrEIA MENEGUEttEEngenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp - Campus de Presidente [email protected]

Agora, será demonstrado como criar ele-mentos associados a locais turísticos, tais como rios e parques. Na Ajuda do Google Map Maker há um tópico sobre Elementos Naturais em http://goo.gl/sQUN2.

7. Entre no Google Map Maker, na opção Mapa, e busque por “Parque do Povo, Presiden-te Prudente”. Verifique os atributos já inseridos pelos mapeadores, cujos nomes aparecem no rodapé à direita do mapa. Amplie a representa-ção para ver detalhes. Clique na opção Satélite, busque por “Sesc Thermas, Presidente Pruden-te” e dê zoom.

8. Clique na opção Mapa e note que o Google Map Maker associa cores distintas aos polígonos dos limites dos lugares, dependendo da catego-ria ao qual estão associados. No caso do Parque do Povo (categoria parque municipal), o polígo-no de fundo é verde; já para o Sesc (Clube), é cin-za. Nas proximidades do Sesc está localizada a Área Sul da FCT/Unesp (categoria Universidade), cujo limite foi associado à cor sépia, enquanto os polígonos do lago e do córrego canalizado foram associados ao azul.

Conecte-seParticipe do grupo de

voluntários no Brasil e fique por dentro

do mapeamento colaborativo no

Google Map Maker http://groups.

google.com/group/mapping-brazil

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Veja mais!Este tutorial de “Introdução ao Google Map Maker” também está dispo-nível em https://sites.google.com/site/arletemeneguette/tutorialgmm.

Em Presidente Prudente, vários fundos de vale foram saneados e os córregos foram canalizados, sendo que um deles é o Córrego do Saltinho. As obras de canalização e urbanização foram iniciadas em 2009 e em abril de 2011 foi concluído o mutirão de limpeza na área, como pode ser cons-tatado no site http://www.presidenteprudente.sp.gov.br.

9. No Google Map Maker, clique na opção Satélite e amplie a imagem nas proximidades do Cemitério. Há duas possibilidades para criar um rio: linha ou polígono. Caso o mapeador deseje vetorizar o eixo do rio, clique em Adicionar Linha e escolha a categoria “Rio”. Em seguida, clique com o botão esquerdo do mouse ao longo do eixo do rio e depois pressione Enter para finalizar a linha.

10. Clique em Adicionar Polígono, escolha a categoria “Recursos Hídri-cos”, clique com o botão esquerdo do mouse sobre a borda externa do canal e note, na imagem a seguir, que é possível ver a sombra da lateral do canal projetada sobre o leito. Para finalizar a linha, pressione Enter e edite os dados descritivos e os atributos alfanuméricos.

11. Salve o resultado e note que, na figura a seguir, aparece a mensa-gem “O elemento foi publicado com sucesso”. Clique em Atualizações e verifique que o elemento é listado como Publicado. Clique sobre o nome do elemento e em Detalhes. Observe que agora é mostrado um marca-dor sobre o Córrego do Saltinho canalizado, bem como o nome do lugar.

12. Para criar o Parque Linear no entorno do Córrego do Saltinho Canaliza-do, clique em Adicionar Polígono e escolha a categoria “Parque Local”. Após criar os pontos no limite da área, clique em Enter e preencha os atributos.

13. Clique em Salvar e observe que o elemento foi publicado com su-cesso. Repita o procedimento para os outros trechos do parque e, quando aparecer a mensagem “Existem elementos parecidos nas proximidades. Selecione uma opção no painel à esquerda”, clique em “Não é uma dupli-cata”. Em seguida, clique em Continuar ou em Salvar.

14. Aplique menos zoom para verificar o resultado do mapeamento do Parque Linear do Córrego do Saltinho. Clique na opção Mapa e dê me-nos zoom para ter uma visão sinótica do mapeamento colaborativo em andamento em Presidente Prudente. Observe, no rodapé à direita, os no-mes dos três mapeadores com maior número de contribuições na área.

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qUEM é qUEM

Luiz Antonio ugedA SAncheS Presidente do Instituto Geodireito (IGD). Brasília (DF), Brasil. Doutorando em Geografia pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Direito e em Geografia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). MBA em Energia pelo Centro Federal de Tecnologia do Rio de Janeiro (Cefet/RJ). Bacharel em Direito pela PUC/SP. Já trabalhou como Sócio do Demarest e Almeida Advogados, foi Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE) e do Sindicato da Indústria de Energia do Estado de São Paulo (Siesp). Foi advogado da AES Eletropaulo, da Light e atuou na Procuradoria-Geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

MAurício BrAgA MeirA Diretor de Vendas e Marketing da RapidEye para a América do Sul. São Paulo (SP), Brasil. Engenheiro Civil (Univap), com MBA em Gerenciamento de Empresas de Alta Tecnologia (ITA/ESPM) e Mestrado em Agro-Energia (FGV/USP/Embrapa). Já trabalhou na Geoconsult, Space Imaging, Intersat e Patronage

SiLviA giAdA Oficial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no Escritório Regional para América Latina e Caribe. Cidade do Panamá, Panamá. Completou seus estudos em Ciências Ambientais em Veneza - Itália e estudou SIG e Sensoriamento Remoto no ITC – Holanda. Apoiou vários processos de Avaliação Ambiental Integral em escala nacional na região, assim como a preparação de informes de perspectivas globais de meio ambiente, liderados pelo Pnuma

eduArdo SoLLAzzini cortez Gerente Geral da Garmin do Brasil. São Paulo (SP), Brasil. Engenheiro. Já trabalhou na TAM Linhas Aéreas

LeAndro rodriguez Gerente Geral da Esri na América Latina. Redlands, Califórnia, EUA. Engenheiro Civil (Pontifícia Universidade Católica - Argentina) & MBA em Gerência Geral (IEP/Escola de Negócios – Espanha). Já trabalhou na PriceWaterhouse Coopers, América Latina Logística (ALL), Haestad Methods e Bentley Systems

A revista MundoGEO dá continuidade à série iniciada na edição 66 e mostra a você quem são os profissionais de destaque do setor de geotecnologia na América Latina.

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LUIZ ANtONIO UGEDA SANChESPresidente do Instituto Geodireito (IGD) e sócio do Demarest & Almeida Advogados [email protected]

GEODIREITO

CONGrESSO NACIONAL PODE MUDAr A CArtOGrAFIAPor um código e uma agência cartográfica

As ideias não são exatamente novas, mas os fatos são. Afinal, o setor de Geomática tes-

temunhou um parlamentar vir ao seu encontro para propor aquilo que se discute geralmente em pequenas rodas de profissionais.

O Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS/SP), ao participar do MundoGEO#Connect LatinAme-rica 2012, em maio, propôs a criação do Código Cartográfico Nacional e de uma Agência Nacional de Cartografia. A convite do Instituto Geodireito (IGD), o deputado, politécnico e sensível às de-mandas setoriais, apresentou alguns temas de Geomática que estão sendo discutidos no Con-gresso Nacional.

O deputado defendeu que as discussões se-jam pautadas em sete grandes objetivos, a saber:

1 - Criar o Código Cartográfico Nacional (CCN); 2 - Aprimorar a governança setorial; 3 - Fortalecer o Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE) em suas funções; 4 - Criar a Agência Nacional de Cartografia (Ancar); 5 - Aprofundar os esforços para que a União e

os cidadãos tenham uma plataforma cartográfica una e confiável;

6 - Fortalecer a indústria de Geomática; e 7 - Fortalecer as profissões de Geógrafo e de

Engenheiro Agrimensor e Cartógrafo.As propostas partem do pressuposto de que a

cartografia, no Brasil, tem se tornado complexa e compartilhada entre diversas instituições, o que se comprova nas quase 65 mil cartas nas escalas de 1:25.000 a 1:250.000, que refletem 8,5 milhões de quilômetros quadrados com diversos enfoques de políticas públicas multifinalitárias.

Logo, a governança setorial pode estar de-monstrando esgotamento frente às diversas de-mandas que têm surgido. Estudos de Direito Com-parado apontam que os Institutos Geográficos, enquanto fundações e como observado na reali-dade ibérica, latinoamericana e francófona, têm

encontrado dificuldades de organizar a cartogra-

fia em países de grandes extensões territoriais e

que envolvam questões federativas. Por outro

lado, o modelo de agência, típico na realidade

anglo-saxã, na Alemanha e na Rússia, por terem

uma governança semelhante a uma autarquia,

regulando e fiscalizando os serviços cartográ-

ficos, tem demonstrado uma performance mais

adequada para atendimento destas demandas.

Afinal, políticas públicas multifinalitárias en-

volvem conflitos de interesses entre diversos

segmentos da sociedade. Em uma realidade na

qual o novo Código Florestal aponta 13 itens de

interesse geomático, a Agência Nacional de Ener-

gia Elétrica deseja elaborar um SIG Regulatório e

os municípios passam a ser obrigados a ter car-

tas geotécnicas, precisa haver regras claras e um

órgão autárquico para funcionar como maestro

destas iniciativas.

A cultura regulatória se avizinha à Geomática,

necessidade já percebida em outros segmentos

da indústria e que possibilita individualizar di-

reitos e deveres do governo, das empresas e dos

cidadãos.

Se o Comitê Geoespacial da ONU estiver corre-

to, nas previsões para 10 anos, de que a informa-

ção geoespacial se tornará tão fundamental como

energia elétrica e o governo será mais regulador e

menos produtor de dados geoespaciais, a criação

do CCN e da Ancar pode ser o primeiro passo para

que o Brasil se aparelhe para esta nova realidade.

Machado de Assis costumava dizer que uma

palavra puxa outra palavra, uma ideia traz outra,

e assim se faz um livro, um governo, ou uma re-

volução. O deputado usou as palavras para mos-

trar à comunidade geocientífica o que é possível

fazer por meio do Parlamento. Cabe agora a esta

comunidade levar suas ideias para Brasília.

O Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS/SP), ao participar do

MundoGEO#Connect LatinAmerica

2012, em maio, propôs a criação do Código Cartográfico Nacional e de uma

Agência Nacional de Cartografia

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Como os Vants podem auxiliar no mapeamento 3D com baixo custo

VANTS

MODELOS DE ELEVAçãO COM rESOLUçãO ESPACIAL SUbMétrICA

OSVALDO PErEIrABacharel em Geografia (Unesp), doutorando no Centro de Energia Nuclear na Agricultura – Piracicaba (SP). Participa da equipe de desenvolvimento de soluções SIG voltadas ao mercado de fotogrametria por meio de VANTs na [email protected]

Hoje, no Brasil, muito tem se discutido a res-peito da gestão georreferenciada de áreas

urbanas. Esse novo conceito surgiu a partir da necessidade de proposição de métodos eficazes de gerenciamento do espaço urbano de forma sistemática, primando pela harmonização entre desenvolvimento econômico e social.

Essa ideia passou a ser discutida também como alternativa para a o aprimoramento de técnicas de gestão no meio rural, se apoiando em conceitos de sensoriamento remoto e geo-processamento, lançando-se mão de imagens orbitais ou oriundas de aerolevantamentos tradi-cionais. O grande empecilho, neste caso, está re-lacionado ao alto custo que envolve a realização de levantamentos fotogramétricos por meio de aeronaves tripuladas, ou a aquisição de imagens orbitais com resolução espacial refinada. Diante disso, os métodos de gestão georreferenciada agropecuária vêm sendo concretizados de ma-neira bem sucedida somente em grandes pro-priedades, onde tradicionalmente pratica-se a agricultura de precisão.

Mas como o pequeno produtor rural poderá se beneficiar dos métodos modernos de geren-ciamento de suas propriedades com base em geotecnologias? Talvez os atuais métodos de coletada de dados por meio de Veículos Aére-os Não Tripulados (Vants) ajudem a responder essa questão. Nos últimos anos, essa tecnologia tem ganhado cada vez mais espaço no mercado, oferecendo produtos com qualidade crescente devido à evolução nos métodos de aquisição e tratamento dos dados, conseguindo conciliar incremento da precisão cartográfica e diminui-ção nos custos de operação. Diante desse novo contexto, imagens derivadas de Vant podem consolidar-se como uma alternativa viável a pe-quenos e médios produtores que desejam adotar métodos de gestão georreferenciada, porém, não disponibilizam de dados de sensoriamen-to remoto com resoluções espacial, espectral e temporal adequadas. Para que isso seja possível, é necessário que haja uma expansão nas possi-

bilidades de análise de dados derivados de foto-grametria por Vant, buscando-se extrair o maior número de informações com base em métodos modernos de aquisição e tratamento dos dados.

GEStãO GEOrrEFErENCIADA

Técnicas de imageamento multiespectral com visão estereoscópica possibilitam a derivação de informação de grande interesse para produtores rurais, por permitir a realização de uma imensa gama de estudos, desde aspectos relacionados às condições da lavoura (inferência da biomassa das plantas, da quantidade de carbono, da altura média dos dosséis, etc.) até processos de perda sazonal de solo devido à incidência de erosões. Para que tais dados possam ser gerados com pre-cisão adequada, auxiliando de maneira efetiva na mitigação de problemas e acompanhamento do desenvolvimento de lavouras, é necessária a obtenção de imagens com resolução espacial submétrica e precisão vertical refinada (erro mé-dio quadrático inferior a 2 metros). É importante ressaltar que o refinamento da precisão horizon-tal dos dados é uma etapa de caráter essencial para a derivação de Modelos Digitais de Elevação (MDE) com precisão vertical refinada.

A obtenção de MDEs a partir de imagens mul-tiespectrais e pancromáticas trata-se de uma técnica já consagrada no ramo das geotecnolo-gias e tem sido aplicada por meio de métodos de fotogrametria digital com o auxílio de po-derosos algoritmos que possibilitam a identifi-cação de padrões de comportamento espectral nos pares estereoscópicos, viabilizando a gera-ção automática de pontos de controle no solo (GDP - Ground Control Points, da sigla em inglês). Os MDEs derivados de imagens Aster podem ser elencados como um dos mais conhecidos exemplos de aplicação dessa técnica em escala global, sendo disponibilizados gratuitamente para download (www.gdem.aster.ersdac.or.jp), porém, tais modelos têm resolução espacial de 30 metros, fator limitante para estudos que exi-gem dados mais precisos.

Neste contexto, surge a possibilidade de ge-ração de MDEs através de imagens com visão estereoscópica, coletadas por sensores acopla-dos a Vants, permitindo a derivação de modelos com resolução espacial submétrica. A obtenção de tais modelos a partir de imagens derivadas de Vant tornou-se possível somente nos últimos anos, considerando-se importantes avanços nos softwares de tratamento de imagens, que vêm possibilitando a geração de MDEs com precisões vertical e horizontal inéditas, com base em po-tentes algoritmos conhecidos como Structure from Motion Procedures (SqM), os quais possibi-

Nos últimos anos, essa tecnologia

tem ganhado cada vez mais espaço

no mercado, oferecendo

produtos com qualidade crescente

devido à evolução nos métodos

de aquisição e tratamento dos

dados

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litam a identificação automática de padrões de semelhança nas cenas multiespectrais e poste-rior associação entre os pares estereoscópicos, o que viabiliza a geração de uma nuvem de pontos e um mosaico georreferenciado e ortorretificado com sistema de projeção cartográfica definido de acordo com os parâmetros adotados no pla-no de voo do Vant.

A grande vantagem da adoção de algoritmos SqM está na possibilidade de geração de MDEs precisos a partir de dados coletados por câmeras não calibradas (caso muito frequente de dados adquiridos através de missões de fotograme-tria realizadas por Vants e Mini-Vants). O método utilizado pelo algoritmo possibilita a segmentação de pontos chave em imagens tomadas pelas câ-meras, em angulações distintas. Tais pontos são então representados nos planos X, Y e Z. Posteriormente o sof-tware gera automaticamente os parâ-metros de calibração da câmera e um mosaico georreferenciado e ortorre-tificado. O resultado final é análogo a produtos obtidos por meio de imageamentos por laser aerotransportado (para mais detalhes sobre esta técnica, consultar a edição 67 da re-vista MundoGEO, página 68), porém, a estereos-copia digital não tem a capacidade de penetrar a superfície de alguns alvos, o que inviabiliza, por exemplo, a derivação de MDEs representando

a altura do dossel superior da vegetação e da superfície do solo. Mesmo considerando-se tal limitação, estudos recentes têm mostrado que a aplicação dessa técnica pode resultar em produ-tos de grande interesse para mapeamentos topo-gráficos de detalhe, beneficiando-se dos atuais avanços nos métodos de coleta de imagens por Vant e nos softwares de tratamento de imagens. Exemplos de tais estudos vêm aumentando nos últimos anos em todo o mundo, porém, são ra-ros ainda no Brasil, tendo sido desenvolvidos de forma pioneira por empresas especializadas em aerolevantamentos por meio de Vant.

No município de Figueirão, localizado no es-tado do Mato Grasso do Sul, a empresa AGX rea-lizou, no ano de 2011, um levantamento por Vant (aeronave Tiriba), em uma propriedade rural de médio porte, com o intuito de identificar proces-sos erosivos em diferentes escalas de evolução, nas zonas de Área de Preservação Permanente (APP). A princípio, tais manchas foram inferidas por meio de técnicas qualitativas com base nos níveis de cinza das bandas RGB (visível). Poste-riormente, com o apoio da Geobuilder, viu-se a possibilidade de um estudo de caráter quanti-tativo, através da geração de MDEs por meio de estereoscopia digital. A resolução espacial sub-métrica dos modelos (0,6 metro) possibilitou a identificação de pequenas manchas de erosão nas áreas de floresta, o que viabilizou a inferên-cia de pequenos sulcos que poderiam evoluir para ravinas e voçorocas. Porém, o diagnóstico prematuro auxiliou na mitigação do problema em tempo hábil.

Este estudo teve caráter pioneiro no Brasil, adotando técnicas inovadoras de estereosco-pia digital para a geração de MDEs por meio de métodos rápidos, eficazes e a baixos custos. Nos próximos anos, acredita-se que essa técnica seja aplicada com maior frequência e consolide-se como um método corrente de auxílio no mape-amento topográfico de detalhe.

Validade: 30/08/2012

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Os recursos naturais provêm a humanidade, em grande parte, das suas demandas básicas de sobrevi-vência, fornecendo material e atendendo às necessida-des estéticas e espirituais, essenciais para o bem estar humano. Mas o Planeta Terra é finito em recursos e, com a expansão da população humana, aumenta a pressão sobre o meio ambiente, tornando necessária e urgente a sua gestão sustentável. A complexidade dos processos sociais, econômicos, ambientais e dos mecanismos de tomada de decisões demanda novos meios de gestão.

Quando abordamos gestão envolvendo o espaço territorial, alguns pontos de vista precisam ser conside-rados sobre os principais conceitos envolvidos. Temos o termo “Território” como um conceito biofísico, com-preendendo o espaço geográfico, os recursos naturais e ecossistemas e as condições, atividades e relações humanas, e que sempre está associado a uma entidade sociopolítica. Portanto, diz respeito à base geográfica sobre a qual um grupo social, institucional ou politica-mente constituído exerce controle e usufrui dos recur-sos naturais. O território pode ser identificado com o espaço do Estado-Nação e, dessa forma, associa-se à noção de soberania, poder e controle, além de conter um sentido de enraizamento e de identidades sociais.

O ordenamento territorial é a tentativa de colocar as atividades humanas numa ordem, de acordo com aptidões do meio e direcionamentos dados por diretri-zes e planos institucionais e políticos. O ordenamento territorial diz respeito a uma visão do espaço, focando conjuntos espaciais (biomas, macrorregiões, redes de cidades, etc.) e espaços de interesse estratégico ou usos especiais (zona de fronteira, unidades de conservação, reservas indígenas, instalações militares, etc.). Nesse sentido, o zoneamento é o resultado do uso de técni-cas de planejamento para o ordenamento territorial. O zoneamento ecológico-econômico, por exemplo, é um instrumento técnico de planejamento que gera informações integradas de um determinado território, classificando-o segundo suas potencialidades e vulne-rabilidades naturais e socioeconômicas.

GEStãO tErrItOrIALGeotecnologias como ferramentas de sistematização do conhecimento

WILSON ANDErSON hOLLEr Engenheiro cartógrafo, analista GIS, supervisor do Núcleo de Análises Técnicas da Embrapa Gestão Territorial [email protected]

CLáUDIO A. SPADOttO Engenheiro Agrônomo, Ph.D. Gerente Geral da Embrapa Gestão [email protected]

Com o reconhecimento das limitações do planeja-mento meramente técnico, enquanto instrumento de ordenamento do território, mais recentemente foi ado-tado o conceito de gestão territorial. Nela busca-se ins-trumentar e apoiar a revisão e a formulação de políticas públicas e privadas, por meio de levantamentos de situ-ações e cenários, em diferentes escalas, para permitir a visualização e análise de dinâmicas e potenciais, além de desenvolver ferramentas que tornem o conhecimento do território mais acessível aos gestores, possibilitando visões estratégicas. Portanto, é necessária a capacida-de de produzir dados, geoestatísticas, mapeamentos, estudos e sistemas informatizados para a gestão em base territorial, e tem entre suas finalidades o monito-ramento de processos de uso e ocupação das terras e, assim, o atendimento à grande demanda dos setores público e privado por informações territoriais, com vis-tas a orientar políticas de planejamento e investimen-tos. No entanto, a gestão territorial é conceitualmente mais ampla e inclui aspectos sociais e econômicos, re-lações de poder e componentes políticos da tomada de decisão, na busca do direcionamento, no tempo e no espaço, das múltiplas finalidades, decisões e ações em base territorial, de forma coerente.

A complexidade dos processos socioeconômicos e dos mecanismos de tomada de decisões demanda ferramentas para a gestão em base territorial e a ca-pacitação da administração pública e das empresas.

Sistemas de informação geográfica e sensoriamento remoto são fundamentais para alcançar uma transição bem sucedida das tradicionais práticas de gestão am-biental e de recursos para o desenvolvimento sustentá-vel, por causa de sua qualidade integrativa (ligação de dados sociais, econômicos e ambientais) e sua qualida-de com base na localização (abordando relacionamen-tos entre os lugares ao nível local, nacional, regional e global). O uso de geotecnologias, convertidas em fer-ramentas de sistematização do conhecimento, auxilia e aumenta a eficiência da gestão territorial.

A complexidade dos processos

sociais, econômicos, ambientais e dos

mecanismos de tomada de decisões

demanda novos meios de gestão

GEOqUALITY

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Geotecnologias aplicadas à sistematização sucroenergética

OtIMIZAçãO DE rECUrSOS

JOãO hUMbErtO CAMELINIGeógrafo, coordenador técnico para geotecnologias na Tecgraf Tecnologia em Computação Grá[email protected]

DIOGO MAChADOEncarregado de geoprocessamento na [email protected]

OSVALDO MArtINS Jr.Engenheiro de aplicações gráficas na Tecgraf Tecnologia emComputação Grá[email protected]

A decisão que resulta na implantação de uma nova usina de açúcar e etanol origina-se de

uma análise profunda, baseada em critérios téc-nicos, políticos, econômicos, infraestruturais e estratégicos que se combinam, resultando na escolha de áreas com maior potencial para esta atividade. Como o transporte da cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção, não pode ser re-alizado a longas distâncias devido a perdas de propriedades da planta e aumentos nos custos de deslocamento, a abrangência da ocupação rural para o seu cultivo se concentra, em média, num raio de 40 quilômetros a partir do centro de moagem, o que gera enormes pressões pela maximização do aproveitamento das áreas dis-poníveis e aumento de produtividade, além de grandes dificuldades no gerenciamento da imen-sidão de terras sob controle da usina. Neste con-texto, as geotecnologias oferecem ferramentas que possibilitam identificar gargalos e estabe-lecer estratégias solidamente embasadas para melhor utilizar os recursos existentes, aumen-tando a competitividade dos grupos usineiros.

Do ponto de vista técnico, a escolha do local para instalação de uma nova usina exige, além da análise edafoclimática, a observação de pa-râmetros topográficos como a declividade pre-dominante na região, já que esta é condição para a mecanização das operações no campo e não deve, na maioria dos casos, exceder 12%. Com isto, a utilização de softwares capazes de processar imagens georreferenciadas de alta precisão, associadas a modelos Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) torna-se uma boa alternativa para a sondagem preliminar do ter-reno. Adicionalmente, recursos como o Google Earth permitem investigar a presença de matas, cursos d’água, localização estratégica do ponto de vista logístico, atividades que concorrem pela terra, como pecuária, cultivo de soja, laranja, etc., o que oferece subsídios para justificar o en-vio de equipes a campo e realizar estudos mais detalhados. Para o reconhecimento de grandes áreas, o sensoriamento remoto é de grande uti-lidade, já que a classificação supervisionada dos imageamentos identifica a presença de corpos d’água, solos expostos, minerais, vegetação e áreas urbanas.

Com o intuito de fornecer matéria-prima à usina, têm início as atividades de ocupação das áreas no entorno e estudos para o seu melhor aproveitamento. Para tanto, o uso articulado das ferramentas CAD, Sistemas de Informações Geo- gráficas (SIG) e recursos da topografia adquire importância fundamental, desde o mapeamento das áreas líquidas disponíveis até a sistematiza-ção das linhas de sulcação, que servirão como referência para as demais operações ao longo do ciclo da agricultura de precisão e terão im-plicações durante toda a vida útil do canavial.

Devido à inibição, por Lei, da queima dos ca-naviais para facilitar a colheita manual, aliada ao desenvolvimento técnico da mecanização e a consolidação da tecnologia auto-pilot, torna-se essencial que todas as informações estejam ba-seadas no posicionamento global (GNSS), já que os veículos se orientam por meio de aparelhos de GPS embarcados. Deste modo, é necessário que os projetos de sulcação estejam ancorados num ambiente georreferenciado que, ao mesmo tempo, conte com as facilidades CAD para ma-nipulação geométrica, visto que estas conferem grande agilidade à realização de estudos. Tais projetos, porém, exigem elementos topográficos para subsidiar decisões como a seleção de terra-ços, análises de escoamento superficial da água, projetos de canais de vinhaça, tanques de arma-zenamento e movimentações de terra em geral, daí a necessidade de envolver softwares capa-zes de manipular dados altimétricos, inclusive aqueles provenientes de levantamentos a laser.

O projeto baseado no modelo digital do ter-reno implica, evidentemente, numa série de sim-plificações da realidade, o que resulta em dificul-dades durante a sua execução. Neste aspecto, a adoção da tecnologia Real Time Kinematic (RTK) foi algo revolucionário, já que diminuiu os custos e tempo de levantamento do terreno, ao mesmo

AGRONEGóCIO

Seleção de terraços

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tempo em que forneceu dados confiáveis para orientar a circulação dos veículos e assegurar o perfeito paralelismo do plantio. Sem isto, os grandes desvios implicariam no pisoteio da cana, reduzindo progressivamente sua produtividade ao longo dos anos, algo extremamente grave para uma cultura baseada na rebrota. Graças às novas possibilidades derivadas da sistematiza-ção, é ainda possível reduzir drasticamente o número de manobras dos veículos, o consumo de combustível e consequentemente o desgaste, já que softwares especializados analisam a con-tinuidade das linhas de plantio entre talhões e sugerem rotas otimizadas.

Entre os parâmetros adotados para o projeto agrícola sucroenergético, encontram-se, tam-bém, aqueles extraídos de bases de dados. Para que isto seja possível, cada talhão recebe uma codificação única e esta permite sua associação com o registro correspondente, agregando à geometria toda sorte de dados alfanuméricos existentes no cadastro, como as variedades uti-lizadas, estágio, distâncias do centro de moa-gem, ambiente, textura, etc.. Isto viabiliza um conjunto de análises geoespaciais, extração de relatórios e mapeamentos temáticos, que po-dem servir ao planejamento, orientando refor-mas nas safras seguintes.

Por fim, o levantamento georreferenciado de tipos de solo, pesagens da cana durante a colheita, identificação amostral da presença de infestações e outras variáveis, permitem que se-jam gerados mapeamentos interpolados, úteis para o planejamento de aplicações de pesticidas

e insumos diversos, corrigindo o solo para fazer melhor uso de áreas com baixa produtividade. Estes mapeamentos podem ser codificados para uti-lização em veículos capazes de realizar a aplicação de produtos a taxas variáveis, o que representa uma enorme economia e aumento da eficiência em relação à distribuição uniforme dos mesmos recursos.

A aplicação das geotecnologias para o planejamento e execução do plantio de cana-de-açúcar não é apenas uma opção, mas uma necessi-dade. Diante das oportunidades que vêm se consolidando no mercado internacional, através de acordos comerciais, o que provavelmente con-duzirá à commoditização do etanol, a competitividade será um atributo fundamental para a sobrevivência dos grupos usineiros e a produtividade, mais do que a produção, será a medida de eficiência econômica adotada. Com isto, a informação e o planejamento sistematizado se tornarão dife-renciais ainda maiores, que permitirão extrair o máximo de rendimento por hectare. Os pioneiros, como sempre, serão privilegiados por usufruir plenamente dos benefícios de todo este processo e certamente terão sua posição consolidada no mercado.

Sistematização e otimização de manobras

Aplicações de insumos a taxas variáveis

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AGRIMENSURA

APLICAçãO, COMPOrtAMENtO E CONtExtO

Pesquisando no site da Federação Internacio-nal dos Agrimensores (FIG) encontrei um artigo de Peter Byrne e Gail Kelly, publicado como artigo do mês em junho de 2007. Considerando a “natureza da realidade subjacente que pode ser aplicada a todos os agrimensores e demais cientistas espa-ciais, independentemente de seu campo de es-forço ou emprego de circunstâncias”, os autores analisam e propõem um conjunto de princípios de conduta, separados em três temas: Aplicação (das Ciências), Comportamento (conduta) e Contexto (ambiente de negócios ou de pesquisa).

Em complementação a um trabalho que se desenvolveu em tempos anteriores, eles sinteti-zaram, em forma de perguntas, 21 princípios ao qual se convencionou denominar o ABC do x,y,z, vindo este acrônimo das palavras inglesas: Appli-cation, Behavior e Context .

As questões apresentadas pelo artigo reme-tem a uma reflexão sobre a conduta que pode-mos desenvolver ao exercer nossas atividades, lembrando-nos sobre o impacto que a falha nos nossos serviços causa a nós e aos outros.

Os princípios, dispostos em forma de questões que deveríamos nos colocar ante cada projeto, estão transcritas a seguir.

APLICAçãO

• O projeto é parte de um todo? Existe um “todo” que precisa ser mantido, ou o projeto é o todo? Sua finalidade está em mente no início?

• Eu dominei o ferramental? Ou existem sur-presas ainda na loja? Eles foram verificados e calibrados?

• São conhecidos e compreendidos os erros con-tribuintes? Eles foram analisados para que o efeito cumulativo seja conhecido?

• Quais são os parâmetros a serem definidos? Eles foram informados ao futuro usuário?

• Eu saí dos limites da Convenção? Há uma sur-presa à espreita para o usuário?

• Posso provar meus resultados? Redundância? Verificação externa?

• Eles (os usuários) participarão? Ou eles vão ser confundidos, ou não devidamente esclareci-dos ou alienados?

réGIS bUENOEngenheiro agrimensor, doutor em engenharia pela Escola Politécnica da USP (EPUSP) e diretor da Geovector Engenharia Geomática. Atua na área de posicionamento por satélites e regularização fundiária desde [email protected]

As questões apresentadas pelo

artigo remetem a uma reflexão

sobre a conduta que podemos

desenvolver ao exercer nossas

atividades

Um conjunto de princípios para os agrimensores

CONtExtO

• Quem é o cliente? Existem outras partes inte-ressadas? (Pode definir o “cliente”?)

• Qual é o objetivo? (a resposta ao “por que?”) • Quais são as restrições externas, leis, regula-

mentos, expectativas de outros?• Foram avaliados os riscos? Eles foram com-

partilhados com o cliente?• Os termos críticos estão claros? Acordados?

(Particularmente, os termos pelos quais o tra-balho será avaliado ou testado. Esclarecer o vocabulário)

• Eu verifiquei os processos contra o escopo do projeto? (No início e ao longo do tempo)

• Existem contribuições por parte de outros? (Para ser homenageados e registrados)

COMPOrtAMENtO

• Eu estou sendo responsável para com a co-munidade? (Assistência social e direita da co-munidade que vêm antes da responsabilidade para com a profissão, interesses secionais ou privados ou de outros membros)

• Estou agindo bem, com honestidade? (Com integridade, dignidade e honra de merecer a confiança da comunidade e da profissão)

• Eu sou competente para fazer isso? Preciso de ajuda externa ou especialização?

• Eu estou fazendo o que devo para desenvol-ver, permanecer relevante e incentivar meus colegas por conseguinte?

• Estou eu agindo no interesse do cliente ou empregador? (Sem comprometer qualquer outro desses pontos)

• Deverei eu informar meu cliente ou o empre-gador? (Das consequências econômicas, so-ciais, ambientais ou legais que possam surgir em relação a uma Comissão)

• Existe um conflito de interesses?

O artigo original pode ser obtido emhttp://ning.it/MQihZA

INFO

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MundoGEO 68 | 201264

Mapeamento das vias urbanas contribui para o planejamento territorial, otimiza recursos e diminui prejuízos

SUbSOLO UrbANO

Redes de água, esgoto, gás, telefonia e ener-gia elétrica formam um verdadeiro emaranhado nos subsolos das cidades. Este é, sem dúvida, um desafio que se impõe a todos os grandes centros urbanos: como gerenciar os milhares de quilô-metros de vias de forma ágil e eficaz, agregando informações, diminuindo o risco de acidentes, controlando obras e garantindo o bom funcio-namento de serviços essenciais à população.

Para fornecer soluções a questões como estas, está em fase de implementação o GeoConvias, em um dos maiores centros urbanos da América Latina, um projeto que agrega informações para uma melhor organização do território subterrâ-neo na cidade de São Paulo.

SUBSOLO

GEOCONVIASDesenvolvido pelo Departamento de Contro-

le de Uso das Vias Públicas (Convias), órgão da Prefeitura de São Paulo, o GeoConvias tem por objetivo gerenciar os equipamentos de infra-estrutura urbana nas ruas da cidade e criar um cadastro único e digital de todos estes equipa-mentos, contribuindo diretamente para o plane-jamento urbano, para solução de interferências e remanejamentos, bem como para a prevenção de danos e sinistros.

De acordo com Antonia Ribeiro Guglielmi, Di-retora do Departamento de Controle de Uso das Vias Públicas da Prefeitura de São Paulo (Siurb--Convias), em entrevista exclusiva para a revis-

ta MundoGEO, o GeoConvias está diretamente ligado à questão espacial, devido à necessidade de verificar sobreposições. Por muitos anos as análises eram feitas sem um sistema georrefe-renciado, sendo impossível verificar sobreposi-ções de obras. Segundo Antonia, o prejuízo era grande, mas em 2007 um embrião do GeoCon-vias foi elaborado, e em 2009 foi implantado o sistema como é conhecido hoje, com controle da aprovação de obras, redes, obras públicas, tudo mapeado para viabilizar a gestão espacial.

A primeira etapa desse sistema de gerencia-mento de informações georreferenciadas, desen-volvido pela empresa Logica para a Prefeitura, foi finalizada em março de 2010 e permitiu a integração das informações que estavam dis-persas pelo departamento; a visualização des-tas informações na forma de mapa; a segurança dos dados pelo controle de acesso por perfil; a possibilidade de edição dos layers simultanea-mente por vários usuários; a confiabilidade dos dados por regras de validação; e a garantia dos dados por backups automatizados. Ao final da primeira etapa, o sistema continha aproximada-mente 75% do cadastro das redes subterrâneas de permissionárias, referentes ao cadastro de água, esgoto e gás, e quase 100% das informa-ções de projetos previstos, em análise e aprova-dos, mapeados pelo Convias.

Segundo Milton Lichtig, Gerente de Projetos para América do Sul da Logica, o GeoConvias foi desenvolvido sobre a plataforma Smallworld da GE Digital Energy, fornecido e customizado pela

São Paulo em números 11 milhões de pessoas 1,5 mil quilômetros quadrados18 mil quilômetros de vias

Por alexandre scussel e eduardo Freitas

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65 MundoGEO 68 | 2012

Logica. A principal linguagem de programação do sistema é o Magik, uma tecnologia orientada a objetos que permite a customização das funcionalida-des necessárias para o Convias. O sistema tem interface nativa com Oracle e Oracle Spatial, permitindo a exportação dos dados para estes bancos através do InSync, ou mesmo visualizar dados desses bancos externos de maneira totalmente transparente para o usuário final. Além disso, o sistema permite integração com qualquer banco de dados através de conexão ODBC, sendo ele SQL Server, Access ou qualquer outro padrão de mercado.

De acordo com Milton, a maioria das permissionários também usa o Smallworld no seu dia-a-dia, o que ajuda na importação dos dados para o GeoConvias. “No caso de permissionárias que usam outro formato, foi defi-nido o shapefile como padrão para importação. Neste caso, houve uma ne-gociação do conteúdo e da estrutura do shp, para que se adeque ao padrão, com todas as informações necessárias para a Prefeitura”.

A segunda etapa encontra-se em andamento e contempla a disponibili-zação das informações para a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), da qual o Convias faz parte; a carga dos cadastros de telefonia e de energia elétrica (recebidos depois da conclusão da primeira etapa); e a in-tegração com outros sistemas, em especial com o Mapa Digital da Cidade (MDC). Esta etapa está sendo desenvolvida em parceria, pela Logica e a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação (Prodam). Ao final, a expectativa do projeto é alcançar 97% do cadastro de redes de permissio-nárias, tanto redes aéreas quanto subterrâneas, incluindo as da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), Telefonica e Eletropaulo Metropolitana, além de ter todas as informações de projetos previstos, em análise e aprovados, obras concluídas e também dos avisos de início de obras, integrando o projeto com o Sistema de Gestão de Obras (GoConvias).

Segundo Antonia, os ganhos obtidos com o GeoConvias são óbvios: permi-te realizar análises que não eram possíveis antes; agiliza o processo de tomada de decisão; melhora a análise, vistoria, trabalho em campo e recebimento de cadastro; gera vantagens de TI, como controle de usuário, dados seguros, ba-ckup, versionamento, alternativas para o usuário; entre outros benefícios. “O trabalho que antes levava dois a três dias, hoje leva dez minutos”, comemora.

Os passos seguintes contemplarão a disponibilização do sistema para toda a Prefeitura, para as permissionárias e para o público. Em paralelo, o Convias continuará as negociações para obtenção dos cadastros digitais das demais empresas de telecomunicação.

Sendo o maior projeto deste porte na América Latina, o GeoConvias des-ponta como um exemplo de iniciativa de mapeamento do subsolo urbano, gerando economia de recursos e diminuindo prejuízos para a administração municipal.

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MAPA SPLASER SCANNER 3D

FIQUE POr DENtrOTipos de laser scanner 3D terrestre

Na edição 67 vimos que o Laser Scanner 3D Ter-restre (LS3D) mede, basicamente, coordenadas po-lares (ângulos e distâncias) e armazena as coordena-das retangulares (x, y e z). A componente de maior destaque é, sem dúvida, a medição da distância.

Em função da medição da distância, podemos classificar os LS3D em 2 tipos:

tOF (time of Flight – tempo de voo) – esta técnica se baseia na medição do tempo de trânsi-to do laser a partir do emissor, refletindo no objeto escaneado e retornando até o receptor (Figura 1). Esta técnica permite que o retorno do laser possa ser controlado e sejam armazenados vários retornos a partir de um único pulso. Para cada giro horizon-tal e/ou vertical, calculado em função da resolução requerida, é emitido um pulso onde teremos en-tão o tempo medido e, consequentemente, a dis-tância determinada pela velocidade conhecida do laser. Hoje, existem equipamentos que permitem a medição de pouco mais de 100 mil pontos por segundo, alcançando até quatro quilômetros de distância. Estes equipamentos são muito utilizados para topografia, onde a maior distância alcançada permite ganho na produtividade, mas a precisão das coordenadas chega a alguns centímetros por causa da precisão angular.

Em função da técnica de coleta, podemos classi-ficar os LS3D em 2 tipos:

Estático – o equipamento fica parado sobre um ponto, fazendo o escaneamento da área de interes-se. Cada ponto ocupado é chamado de “cena”, onde, para medirmos toda a área de interesse, é necessário ocupar várias cenas (Figura 3). As cenas são unidas analiticamente por pontos em comum, gerando a nuvem de pontos. Tem como vantagens a acessi-bilidade (usa como suporte tripé convencional) e a precisão posicional (compensadores garantem a verticalidade do equipamento).

rOVANE MArCOS DE FrANçAProfessor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e Estradas. Experiência em levantamentos com laser scanner há três anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de [email protected]

Diferença de Fase (Phase Shift) – esta técnica emite o laser de forma contínua (Figura 2) e, através da diferença de fase (Δλ), identifica as variações de distân-cias, restando resolver o número (N) de comprimentos de ciclos inteiros (λ) por um sistema de equações. A grande vantagem desta técnica é a maior precisão na medição (podendo chegar a décimos de milímetro na distância) e também a quantidade de pontos registra-dos, que atualmente chega a 1 milhão de pontos por segundo. Estes equipamentos são muito utilizados para “as built” industrial, patrimônio histórico, arqui-tetura e engenharia reversa, por exemplo.

Figura 1: Esquema gráfico da medição do tempo

Figura 2: Esquema gráfico da diferença de fase

Figura 3: Pontos em comum medidos em duas cenas estáticas

Figura 4: Movimento do veículo gera o 3D

Móvel – um laser scanner bidirecional faz me-didas durante o seu deslocamento. Para garantir o posicionamento do ponto medido, é necessário o uso de sensores externos, como o GNSS e sistema inercial (Figura 4). O funcionamento é muito simi-lar aos equipamentos aerotransportados, tendo sua precisão degradada em função dos vários sensores, ângulos e distâncias medida. A agilidade da coleta em campo é o ponto alto, pois, mesmo em baixa ve-locidade de deslocamento, é possível a abrangência de grande área. Devido aos sensores externos, seu tamanho é maior que o estático e pode ser instala-do sobre qualquer veículo móvel que o sustente.

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FIQUE POr DENtrO

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MundoGEO 68 | 201268

SAIbA ONDE EStUDAr GEO NO SUDEStE DO brASILContinue acompanhando a série de matérias que lista os principais cursos técnicos e graduações

A busca pela satisfação profissional é essencial em qualquer carreira de sucesso. Para alcançar a tão

sonhada ascensão, profissionais buscam renovar suas carreiras através de investimentos em atualizações na área, ou até mudar de atuação no mercado de trabalho. Cada vez mais o mundo corporativo procura a execu-ção eficaz de tarefas por pessoas apaixonadas pelo que fazem, desde profissionais experientes até estudantes ou recém-formados.

A qualificação profissional num mercado competi-tivo e em expansão, como o de geo, é um fator decisi-vo. Entre as necessidades das empresas e desejos dos profissionais, é importante haver equilíbrio entre as duas partes. Para ajudar você a decidir o primeiro ou o próximo passo de sua carreira, a revista MundoGEO dá continuidade às reportagens sobre a formação em geo no Brasil.

A série de matérias sobre os principais cursos de geo do Brasil começou na edição 67 da revista Mun-doGEO. Partindo da região Sul, a série visa ajudar pré--vestibulandos, estudantes e profissionais de todo Bra-sil na construção de uma carreira de sucesso em geo. Com tabelas, informações organizadas, depoimentos de professores, coordenadores e especialistas, conhe-ça os principais cursos e veja dicas e novidades sobre o mercado profissional e áreas de atuação dos geógrafos, licenciados em geografia, engenheiros cartógrafos e agrimensores, geólogos, tecnológos e técnicos.

CUrSOS EM SãO PAULOO estado mais populoso e com maior PIB do país

concentra um número grande de instituições que ofer-tam cursos de geo, segundo levantamento feito pela revista MundoGEO. Ao todo são 40 universidades, fa-culdades, escolas técnicas e institutos. Aos interessados em ingressar na carreira de Geologia, o estado de São Paulo possui cinco opções. Já a graduação em Geo-grafia é ofertada em 35 instituições, sendo que destas, 11 possuem a modalidade Bacharelado. A graduação em Engenharia Cartográfica foi constatada somente em uma instituição, na Universidade Estadual Paulista (Unesp), que oferta o curso desde 1977. Há duas opções em Engenharia de Agrimensura, ambas em instituições privadas que, até o momento, não realizaram a união entre as Engenharias Cartográfica e de Agrimensura.

O curso de Engenharia Cartográfica da Unesp é ofer-tado em Presidente Prudente, tem duração de cinco

CURSOS

Por alexandre scussel e elis Jacques

A série de matérias apresentou na edição

67 os cursos de geo na região Sul. Para ler, acesse a revista

MundoGEO digital em nosso site!

anos e 40 vagas. A instituição também oferece gradua-ção em Geografia, que é ofertada em três cidades: Ouri-nhos, Presidente Prudente e Rio Claro, nas modalidades Bacharelado e Licenciatura. A graduação em Geologia é ofertada em Rio Claro, e possui 35 vagas.

Algumas instituições têm várias opções de campus, como é o caso da Universidade Estadual de Campinas, que possui 22 unidades de ensino e pesquisa, divididas em dez institutos e 12 faculdades. O Instituto de Geo-ciências é responsável pelas graduações em Geologia e Geografia. Para o curso técnico em Geodésia e Car-tografia, o responsável é o Colégio Técnico de Limeira.

Em algumas instituições, que oferecem somente a li-cenciatura em Geografia, o curso pode ser concluído em três anos. A Universidade de Taubaté passou a oferecer, a partir de 2004, além da Licenciatura, também Bacha-relado em Geografia. O tempo indicado para conclu-são, nas duas modalidades, vai então para quatro anos.

A procura por graduação em Geografia tem crescido bastante nos vestibulares das instituições públicas pau-listas. Segundo informações da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a cidade de Sorocaba e região apresenta forte demanda por geógrafos, especialmente pelo licenciado, que pode atuar no ensino fundamental, médio e superior. Hoje, não existe nenhum outro curso de Licenciatura em Geografia funcionando na cidade ou em seu entorno regional imediato. Por este motivo, segundo a Diretoria de Ensino de Sorocaba, existe uma carência de professores de Geografia e estas vagas têm sido preenchidas por historiadores e sociólogos. Vale ressaltar a oferta restrita de cursos de Geografia em uni-versidades públicas no estado. Entre elas, USP, Unesp e Unicamp mantêm em seus quadros de graduação cursos de Geografia. Entre as Insituições Federais, a USP oferece 200 vagas, e a UFSCar conta com 60, visando atender a demanda de Sorocaba e região.

PErFIL PrOFISSIONALA Engenharia Cartográfica, apesar de ter ainda uma

oferta de vagas pequena no Brasil, possui uma deman-da crescente por profissionais, para atuação em diver-sos setores, tais como gestão territorial, meio ambien-te, mapeamento fundamental e temático, cartografia,

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69 MundoGEO 68 | 2012

São Paulo

Cidade Instituição Graduação / técnicos Adamantina Faculdades Adamantinenses Integradas - FAI Geografia (Licenciatura)

Araraquara Faculdades Logatti Engenharia de Agrimensura

Bragança Paulista Faculdade de Ciências e Letras de Bragança Paulista - FESB Geografia (Licenciatura)

Campinas Pontifícia Universidade Católica de Campinas Tecnologia em Geoprocessamento | Geografia (Bacharela-do e Licenciatura)

Campinas/Vários Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia | Téc. em Geodésia e Cartografia

Campo Limpo Paulista Faculdade Campo Limpo Paulista Geografia (Licenciatura)

Catanduva Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva Geografia (Licenciatura)

Cruzeiro Faculdades Integradas de Cruzeiro - FIC Estudos Sociais - Habilitação em Geografia

Fernandópolis Fundação Educacional de Fernandópolis Geografia (Licenciatura

Franca Universidade de Franca - UNIFRAN Geografia - EaD e presencial (LicenciaturaGuarujá Faculdade Don Domênico Geografia (Licenciatura)Guarulhos Centro Universitário Metropolitano de São Paulo Geografia (Licenciatura)

Guarulhos Faculdades Guarulhos Geografia (Licenciatura)

Guarulhos/Itaquaquecetuba Universidade Guarulhos - UnG Geografia (Licenciatura)

Jacareí | Jundiaí | Paraguaçu Paulista Presidente Prudente

Escola Técnica Estadual - Etec Técnico em Agrimensura

Jales Centro Universitário de Jales Geografia (Licenciatura)

Lorena Centro Universitário Salesiano de São Paulo - Unisal Geografia (Licenciatura)

Ourinhos Faculdades Integradas de Ourinhos Geografia (Licenciatura)

Pirassununga Faculdade de Eng. de Agrimensura de Pirassununga - FEAP Engenharia de Agrimensura

Presidente Prudente Universidade do Oeste Paulista Geografia (Licenciatura)

Rio Claro | Ourinhos | Presidente Prudente Universidade Estadual Paulista - UNESP Geografia (Bacharelado e Licenciatura) |

Geologia | Engenharia Cartográfica |

Santo André Universidade do Grande ABC - UniABC Geografia (Licenciatura)

Santo André Centro Universitário Fundação Santo André - FSA Geografia (Bacharelado e Licenciatura)

Santos Centro Universtário Monte Serrat - UNIMONTE Geologia (Licenciatura) | Oceanografia

Santos Universidade Metropolitana de Santos Geografia (Licenciatura)

São José do Rio Pardo Faculdade Euclides da Cunha Geografia (Licenciatura)

São José dos Campos Universidade do Vale do Paraíba Geografia (Bacharelado e Licenciatura)

São José dos Campos Senac Técnico em Geoprocessamento

São Paulo Universidade de São Paulo - USPGeografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia (Bacha-relado e Licenciatura) | Geociências e Educação Ambiental (Licenciatura) | Geofísica (Bacharelado) | Oceanografia

São Paulo Universidade Cruzeiro do Sul Geografia (Bacharelado e Licenciatura)

São Paulo Centro Universitário Ítalo Brasileiro - UniÍtalo Geografia (Licenciatura)

São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP Geografia (Bacharelado e Licenciatura)

São Paulo Inst. Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Geografia (Licenciatura)

São Paulo - Santo Amaro Universidade de Santo Amaro - Unisa Geografia - EaD e presencial (Licenciatura)

Sorocaba Universidade Federal de São Carlos - UfsCar Geografia (Licenciatura)

Taboão da Serra Faculdade Anhanguera de Taboão da Serra Geografia (Licenciatura)

Taubaté Universidade de Taubaté Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geografia - EaD (Licenciatura)

Várias Centro Universitário Claretiano Geografia - EaD (Licenciatura)

Vitória | Alegre Universidade Federal do Espírito Santo - UFES Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia

Votuporanga Centro Universitário de Votuporanga Geografia (Bacharelado e Licenciatura)

planejamento urbano, regional e estratégico, bancos de dados, pesquisa tecnológica, petróleo, gás, energia elétrica, transportes, saneamento, entre outros.

Segundo o professor do Departamento de Carto-

grafia da FCT/Unesp, João Fernando C. Silva, os pro-

fissionais que atuam neste mercado de trabalho são

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70 MundoGEO 68 | 2012

Espí

rito

Sant

oRi

o de

Jane

iroCidade Instituição Graduação / técnicos Colatina Faculdade Castelo Branco Geografia (Licenciatura)

Educação a Distância Centro Universitário Claretiano Geografia - EaD (Licenciatura)

São Camilo Centro Universitário São Camilo Geografia (Licenciatura)

Vila Velha Universidade Vila Velha - UVV Geologia

Vitória Universidade Federal do Espírito Santo - UFES Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia | Oceanografia

Vitória Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes Técnico em Geoprocessamento

Cidade Instituição Graduação / técnicos Cabo Frio Faculdade da Região dos Lagos - Ferlagos Geografia (Licenciatura)

Campos dos Goytacazes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - IF Fluminense Geografia (Licenciatura)

Campos dos Goytacazes | Niterói Universidade Federal Fluminense - UFF Geografia (Bacharelado e Licenciatura)Itaperuna Centro Universitário São José de Itaperuna - FSJ Geografia (Bacharelado e Licenciatura)Macaé Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé - FAFIMA Geografia (Licenciatura)Niterói | São Gonçalo | Campos dos Goytacazes Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO Geografia - EaD e presencial (Licenciatura)

Nova Friburgo Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia - FFSD Geografia (Licenciatura)Realengo Universidade Castelo Branco - UCB Geografia (Licenciatura)Rio de Janeiro Universidade Estácio de Sá - UNESA Geografia (Licenciatura)Rio de Janeiro Faculdades Integradas Simonsen - FIS Geografia (Bacharelado e Licenciatura)Rio de Janeiro Universidade Gama Filho - UGF Geografia (Bacharelado e Licenciatura)Rio de Janeiro Fundação Educacional Unificada Campograndense - FEUC Geografia (Licenciatura)Rio de Janeiro Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio Geografia (Bacharelado e Licenciatura)Rio de Janeiro Centro Universitário Augusto Motta - UNISUAM Geografia (Licenciatura)Rio de Janeiro Instituto Militar de Engenharia - IME Engenharia CartográficaRJ | D. de Caxias | São Gonçalo Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ Geografia (Bacharelado e Lic.) | Geologia | Eng. CartográficaRJ | Seropédica Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia

Seropédica | Nova Iguaçu Univ. Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geologia | Eng. de Agrimensura e Cartográfica | Téc. em Agrimensura

Volta Redonda Centro Universitário Geraldo Di Biase - UGB Geografia (Licenciatura)

contratados por entidades estabelecidas nas principais capitais de estados e cidades médias do Sul e Sudeste do País e, no Nordeste, destacam-se as cidades de Salvador, Recife e Fortaleza. “Mais ou menos a cada cinco anos, novas tecnologias surgem para a produção de mapas e de informação geo-gráfica. A grande maioria dos bens tecnológicos é importada. Estes dois fa-tores exigem estudos e adaptações constantes de cada profissional. Conhe-cimentos tecnológico e científico, aliados ao bom uso das línguas inglesa e espanhola, são imprescindíveis para cartógrafos/agrimensores terem êxito profissional”, afirma o professor.

De acordo com informações do levantamento do mercado de trabalho reali-zado pelo Departamento de Cartografia da Unesp, os rendimentos iniciais para o cartógrafo estão na faixa de três a quatro salários mínimos. Em uma amostra de duzentos engenheiros cartógrafos com média de dez anos de experiência, de diferentes faixas etárias, desde recém-formados até seniores, a estimativa é que estes profissionais recebam, em média, cerca de onze salários mínimos. “As perspectivas para os novos profissionais continuam favoráveis dentro do quadro traçado. A condição é que os principais parâmetros econômicos do País não piorem, pois os postos de trabalho das profissões tecnológicas dependem diretamente do andamento da economia”, conclui o professor.

Na área de Geologia, os atrativos do mercado de trabalho estão nas empre-sas estatais, multinacionais e prestadoras de serviço que atuam na prospecção

e na exploração de petróleo, gás natural, minérios e no monitoramento da exploração de recursos hídricos e subterrâneos, além da área de ensino e de pesquisa.

Lelia Maria de Araújo Kalil, Diretora da Faculdade de Geologia da UERJ, comenta que o mercado está aquecido desde a abertura do monopólio de petró-leo e das descobertas recentes da camada pré-sal. “Soma-se a isso a questão ambiental, com o uso de recursos naturais e das fontes de energia, que vem assumindo nos últimos anos um papel cada vez mais destacado entre as grandes preocupações do mundo contemporâneo”, explica.

COLAbOrE!A próxima edição da Revista MundoGEO vai trazer

os cursos das regiões Centro-Oeste e Norte. Se você é aluno, docente ou profissional na área da geoinforma-ção, nos ajude a mapear os cursos de geo no Brasil. Envie suas dúvidas, comentários e sugestões para [email protected] e/ou [email protected].

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71 MundoGEO 68 | 2012

Minas G

eraisCidade Instituição Graduação / técnicos Alfenas Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG Geografia (Bacharelado e Licenciatura)

Barbacena Universidade Presidente Antônio Carlos - Unipac Geografia - Meio Ambiente (Bacharelado e Licenciatura) | Geografia (Licenciatura)

Barroso | Itaúna | Nova Lima | Vazante Senai-MG Técnico em Mineração

Batatais Centro Universitário Claretiano - CEUCLAR Geografia - EaD (Licenciatura)

Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Geografia (Bacharelado e Licenciatura) | Geografia - EaD (Bacharelado) | Geologia

Belo Horizonte Centro Universitário Newton Paiva Geografia e Meio Ambiente (Bacharelado)Belo Horizonte Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH Geografia e Análise Ambiental (Bacharelado e Licenciatura)Belo Horizonte Faculdade de Engenharia de Minas Gerais - FEAMIG Engenharia de AgrimensuraBelo Horizonte Faculdade Pedro II - FAPE 2 Geografia (Licenciatura)Belo Horizonte Meta Escola Técnica de Formação Profissional Técnico em Mineração | Técnico em AgrimensuraBelo Horizonte | Contagem Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas Geografia (Bacharelado e Licenciatura)Belo Horizonte | Juiz de Fora Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO Geografia - EaD (Licenciatura)Campanha Faculdades Integradas Paiva de Vilhena - FPV Geografia (Licenciatura)Carangola Faculdades Vale do Carangola - FAVALE Geografia (Licenciatura)Caratinga Centro Universitário de Caratinga - UNEC Geografia (Licenciatura)Cataguases Faculdades Integradas de Cataguases - FIC Geografia (Bacharelado)

Conselheiro Lafaiete Faculdade Santa Rita - FaSar Geografia (Bacharelado e Licenciatura com formação em Meio Ambiente)

Diamantina Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM Geografia (Licenciatura)

Inconfidentes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - IFSULDEMINAS Engenharia de Agrimensura e Cartográfica

Janaúba Instituto Superior de Educação de Janaúba - ISEJAN Geografia (Licenciatura)

Januária Centro de Educação Integrada do Vale do São Francisco - CEIVA Geografia (Licenciatura)

João Pinheiro Faculdade Cidade de João Pinheiro - FCJP Geografia (Licenciatura)Juiz de Fora Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJFMontes Claros Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE Geografia (Licenciatura)Montes Claros Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE Geografia (Licenciatura)

Montes Claros | Pirapora Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes Geografia - EaD e presencial (Licenciatura)

Muriaé Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Mar-celina - FAFISM Geografia (Licenciatura)

Ouro Fino Faculdades Integradas Asmec - ASMEC Geografia (Licenciatura)

Ouro Preto Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG Geografia (Licenciatura)

Ouro Preto Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP Geografia - EaD (Licenciatura)Paracatu Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM Geografia (Licenciatura) - GeologiaSão João del Rei Universidade Federal de São João del-Rei - UFSJ Geografia (Bacharelado e Licenciatura)Uberaba Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM Geografia (Licenciatura)Uberaba Centro de Ensino Superior de Uberaba - CESUBE Geografia (Licenciatura)Uberaba Universidade de Uberaba - UNIUBE Geografia - EaD (Licenciatura)Uberlândia Faculdade Católica de Uberlândia - Católica Geografia (Bacharelado e Licenciatura)

Uberlândia Universidade Federal de Uberlândia - UFU Geografia (Bacharelado e Licenciatura) Engenharia de Agrimensura e Cartográfica

Viçosa Universidade Federal de Viçosa - UFV Geografia (Bacharelado e Licenciatura) Engenharia de Agrimensura e Cartográfica

Virginópolis Instituto Superior de Educação Elvira Dayrell - Iseed Geografia (Licenciatura)

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72 MundoGEO 68 | 2012

ALTA ACURÁCIA

ACUráCIAAcabando com a confusão

JOãO FrANCISCO GALErA MONICOÉ graduado em engenharia cartográfica pela Universidade Estadual Paulista, com mestrado em ciências geodésicas pela Universidade Federal do Paraná e doutorado em engenharia de levantamentos e geodésia espacial pela Universidade de Nottingham. Professor e líder do Grupo de Estudo em Geodésia Espacial da Unesp. Autor do livro Posicionamento pelo GNSS [email protected]

NNesta edição, iremos abordar um assunto que faz parte do nome da coluna: acurácia.

A razão é simples: o conceito de acurácia ainda causa alguma confusão. O assunto foi aborda-do em artigo publicado no Boletim de Ciências Geodésicas em 2009 (Monico, et al., 2009), onde o leitor poderá buscar informações adicionais.Teoricamente, o valor verdadeiro de uma gran-deza é um conceito abstrato. Na prática, no en-tanto, pode-se dispor de uma grandeza com qua-lidade superior a outra, podendo-se considerá-la como de referência (uma grandeza estimada) ou verdadeira (um valor teórico, em que a soma dos ângulos de um triângulo plano é igual a 180º). Acurácia tem sido definida como sendo o grau de proximidade de uma estimativa com seu pa-râmetro (ou valor verdadeiro), enquanto preci-são expressa o grau de consistência da grande-za medida com sua média. Uma afirmativa que comumente comparece na maioria dos textos que discute o assunto é a seguinte: acurácia in-clui não só os efeitos aleatórios, mas também os sistemáticos. Essa definição por si só, diz tudo. Logo, ao analisar a acurácia, tem-se que anali-sar a tendência (efeitos sistemáticos) e a preci-são (efeitos aleatórios). Um erro muito comum é considerar a acurácia como sendo apenas uma medida de tendência (bias), esquecendo-se da componente aleatória que faz parte de qualquer parâmetro estimado ou medida realizada.

Uma medida de acurácia proposta por Gauss, de-nominada erro quadrático médio (EQM), em inglês “mean square error” (MSE) é dada por:

ε é a diferença entre um valor observado (ou medido) e o tomado como referência (conhecido). A figura a seguir ilustra esse conceito.

Conceito de acurácia

Não faz sentido dizer que um valor

acurado é preciso ou não, pois a pre-

cisão faz parte da própria definição de

acurácia

Nesta expressão, representa a dispersão das

medidas (variância ou incerteza) e b representa a ten-

dência. Essa expressão, para amostras grandes, é pra-

ticamente igual à média quadrática dos erros (ε), onde

Monico, J.F.G.; Dal Póz, A.; Galo,M.; Santos M.C.; Oliveira, L. C. ACURÁCIA E PRECISÃO: REVENDO OS CONCEITOS DE FORMA ACURADA Bol. Ciênc. Geod., sec. Comunicações, Curitiba, v. 15, no 3, p.469-483, jul-set, 2009.

INFO

Embora o MSE possa ser usado para a medida de acurácia, uma melhor forma de avaliá-la é em termos de dois parâmetros independentes: tendência e preci-são, possibilitando que haja discriminação entre erros aleatórios e sistemáticos. Trata-se do procedimento normalmente utilizado na análise da acurácia (exati-dão) de um produto cartográfico.

Em geral, nem sempre é possível avaliar a acurá-cia, pois comumente não se tem valores verdadeiros disponíveis. Mas, ao tomar as medidas em campo ou gabinete, cuidados devem ser tomados para evitar ou reduzir os erros sistemáticos. Na modelagem ma-temática, os erros sistemáticos remanescentes devem ser considerados. Logo, é de se esperar que os resulta-dos de um ajustamento sejam livres de efeitos siste-máticos. Nessas circunstâncias, acurácia e precisão se confundem, pois a tendência seria nula. Neste caso, a matriz variância e covariância dos parâmetros pro-porcionaria um indicador de acurácia.

Para finalizar, apresentam-se duas afirmações:• Não faz sentido dizer que um valor acurado é

preciso ou não, pois a precisão faz parte da própria definição de acurácia;

• Não faz sentido dizer “análise de acurácia e precisão”, uma vez que a precisão está contida na acurácia.

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SANtIAGO & CINtrA 4/4

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MundoGEO 68 | 201274

36,8% Operador em campo

32,7% Usuário de dados em escritório

7,0% Vendedor 4,4% Avaliador | Comprador

0,2% Fabricante

18,9% Outro

Obs.: Na opção “Outro”, destaque para participantes que indicaram coordenador de centro de controle, integrador de sistemas, gerente de suporte técnico, além de várias citações para pesquisador, professor e estudante.

POr DENtrO DO MErCADOMundoGEO continua a série de pesquisas sobre o mercado de geotecnologia. Sistemas GNSS são o tema desta edição

Em março deste ano foi iniciada uma série de pes-quisas que tem como objetivo esquadrinhar a in-

dústria de geomática e soluções geoespaciais no Brasil e na América Latina. Serão várias campanhas ao longo do ano, divididas por temas específicos, e ao final será possível fazer um estudo completo das principais ten-dências do setor de geo.

A primeira pesquisa, publicada na edição 67 da revista MundoGEO, teve como tema o sensoriamento remoto. Nesta edição, mapeamos o setor de Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS), com uma pesquisa que contou com mais de 700 participantes em apenas três dias no fim de junho. Veja um extrato dos resultados!

rtkA pesquisa também tinha o objetivo de avaliar o

uso de RTK. Dos participantes deste estudo, 42,2% são usuários desta tecnologia. Dentre eles, 73,5% usa UHF, 21% utiliza GSM e o restante outro tipo de co-municação ou então duas ou mais opções. Dentre os

que ainda não usam esta tecnologia, 61,7% apon-tou o preço como moti-vo para ainda não utili-zar RTK, 20,6% alegaram falta de conhecimento e apenas 0,9% citou dificul-dade de adaptação, de-monstrando um interesse crescente nesta técnica. Segundo André Ricardo Pavani, “uma coisa que precisa melhorar, e mui-to, é a rede de base Ntrip e a cobertura GSM em todo território brasileiro”. Já Ronei Vieira comenta que utilizou um RTK em mensuração para periciar uma gleba em litígio ju-dicial. “Fiquei satisfeitíssi-mo com a facilidade ope-racional e a precisão das medidas lineares e angu-lares”, comenta.

86,3% Sim

13,7% Não

Obs.: Dos que responderam sim, 503 explicaram corretamente o significado da sigla, o que mostra conhecimento do assunto

66,4%: Georreferenciamento de imóveis 44,5%: Meio ambiente

17,7%: Outra6,3%: Controle de máquinas

14,2%: Mineração 20,7%: Agricultura 23,8%: GIS móvel 25,2%: Florestal 29,9%: Obras

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Para finalizar a pesquisa, foi perguntado quais atributos são mais importantes para a escolha de um receptor GNSS. A precisão/acurácia foi citada por 80,0% dos participantes, seguida do preço (61,1%), facilidade de uso (51,5%), satélites ras-treados (48,5%), autonomia em campo (48,1%), suporte (47,2%), robustez (36,9%) e tempo no mercado (16,6%).

Dentre os comentários deixados pelos participan-tes da pesquisa, destaca-se o do engenheiro agrimen-sor Guido R. Teixeira, que falou sobre a realidade na região de Campo Belo (MG). “Temos dificuldades em operar o equipamento por falta de pontos de base e apoio nos trabalhos de geo. Sem dúvida, a vida do engenheiro agrimensor mudou a partir deste sistema, pois a preocupação do profissional é com a precisão”. Adam Souza sugeriu um estudo sobre estações totais, enquanto vários participantes solicitaram a publica-ção, na revista MundoGEO, de tabelas comparativas de equipamentos de diferentes marcas.

A série de pesquisas do MundoGEO teve uma grande aprovação, e vários participantes suge-riram a realização de mais estudos deste tipo. A próxima pesquisa terá como tema os Sistemas de Informação Geográfica (GIS). Participe e com-partilhe suas experiências! Os resultados serão compartilhados com a comunidade, pelo portal e revista MundoGEO.

Qual a sua relação com receptores GNSS?

Você entende o que é a sigla GNSS?

Em que atividade(s) você usa receptores GNSS?

PESqUISA

Page 75: RevistaMundoGeo 68 Online

| Infraestruturas de dados espacIaIs | GerencIamento da Informação GeoespacIal |

Ide#Connect

Tendências das

Infraestruturas de

Dados Espaciais e do

Gerenciamento da

Informação Geoespacial

foram destaque no

MundoGEO#Connect

LatinAmerica 2012, que

aconteceu de 29 a 31 de

maio em São Paulo (SP)

Page 76: RevistaMundoGeo 68 Online

MundoGEO 68 | 201276

CONExõESEspecialistas falam sobre infraestruturas de dados espaciais e gerenciamento da geoinformação

IDE#CONNECT

O pleno gerenciamento e compartilhamento da informação geoespacial foi um dos assuntos de

destaque do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, realizado de 29 a 31 de maio em São Paulo (SP) com o tema “Compartilhar informações para um mundo me-lhor”. Tanto que, na abertura do evento, especialistas foram convidados para falar sobre todas as questões que envolvem as Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) e o Gerenciamento da Informação Geoespacial.

Luiz Paulo Souto Fortes, Presidente do Comitê Per-manente para Infraestrutura de Dados Geoespaciais das Américas (CP-Idea), representou o Comitê da ONU de Especialistas no Gerenciamento Global da Informa-ção Geoespacial (Unce-GGIM) e comentou que, hoje, mais de 80% de toda informação usada pelo setor pú-blico ao redor do mundo pode ser georreferenciada, o que gera uma necessidade urgente de manejo eficaz de todos esses dados.

Segundo ele, os principais desafios globais rela-cionados à informação geoespacial são: a formulação de políticas geoespaciais e arranjos institucionais; o desenvolvimento de metodologias e infraestruturas comuns; a coordenação e cooperação internacional para atender necessidades globais; e a construção de capacidades e transferência de conhecimento.

Em sua apresentação, Luiz Paulo citou também a iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (Iirsa), a cargo do Programa GeoSUR, que tem como objetivo principal a disponibilização da informação geoespacial continental para promoção

Veja mais em http://ning.it/P1m8qU

MundoGEO 66 | 201276

do desenvolvimento da infraestrutura de transporte, energia e comunicações, de forma sustentável e equi-tativa, dos 12 países sul-americanos.

Luiz Paulo lembrou, ainda, que o próximo encon-tro do Unce-GGIM será realizado de 13 a 15 agosto de 2012 em Nova York. Para finalizar, comentou que o progresso na disponibilidade e acessibilidade da in-formação geoespacial, em todo o mundo, depende da cooperação entre os países; e que as diversas iniciativas nacionais, regionais e mundiais evidenciam a expan-são do papel tradicional da cartografia na direção da gestão da informação e das IDEs, atendendo, assim, a um número muito maior de usuários de informação e contribuindo mais amplamente para o desenvolvi-mento sustentável das nações.

Já Valéria Oliveira Henrique de Araújo, Secretária Executiva do CP-Idea e Gerente da Secretaria Execu-tiva da Comissão Nacional de Cartografia (Concar), apresentou as atividades do CP-Idea na construção das IDEs nas Américas. Segundo ela, para o CP-Idea, a formulação e implementação de arranjos institucionais representam os principais desafios a serem enfrenta-dos em resposta ao conhecimento do estado atual de desenvolvimento de IDE na região.

Valéria apresentou o Grupo de Trabalho de Planeja-mento (Gtplan) do CP-Idea, criado em maio de 2010 na reunião da Junta Diretiva em Nova York, que tem obje-tivo de dar suporte às atividades nos seguintes temas: capacitação; normas e especificações; boas práticas e um guia para IDE; inovações nos institutos nacionais de mapeamento; e estado da arte das IDEs nas Américas.

Em 2011 foi elaborado um questionário com 76 per-guntas, elaborado pelo GTplan e aplicado aos mem-bros do CP-Idea, cujos resultados serão divulgados no segundo semestre deste ano. Entre os resultados e ações futuras do CP-Idea, Valéria citou a publicação de Normas recomendáveis (Core) e o lançamento de um glossário em espanhol, inglês, português e francês.

De acordo com ela, o CP-Idea estará empenhado, até 2013, na Implementação do Plano de Trabalho e seus principais produtos serão disponibilizados a to-dos até o final da gestão, servindo como subsídio para as ações dos países, assim como de grupos especiali-zados com interesse no tema. Além disso, está sendo preparado um “Cookbook”, incluindo um capítulo com os impactos sociais e econômicos das IDE.

Page 77: RevistaMundoGeo 68 Online

77 MundoGEO 66 | 2012 77

Atraindo cerca de 700 participantes de 56 países, a Conferência Geoespa-cial Global 2012 integrou a Conferência Mundial GSDI 13, a 14ª Conferência Científica Anual do Geoide, a 7ª Conferência 3D GeoInfo e a Conferência Canadense de Geomática 2012 sob o mesmo teto, em Quebec, no Canadá, de 14 a 17 de maio deste ano.

Mais de 200 trabalhos foram apresentados em sete sessões paralelas, durante quatro dias de conferência, que contou com sessões plenárias e área para pôsteres. Um livro com trabalhos selecionados, intitulado “Habi-litando espacialmente o governo, a indústria e os cidadãos: Perspectivas de pesquisa e desenvolvimento”, foi entregue gratuitamente a todos os que se inscreveram na Conferência.

INFOwww.gsdi.org/gsdiconf/gsdi13

Através de uma Resolução publicada em abril deste ano,

a Colômbia passou a adotar a nova política de acesso, uso e

intercâmbio da informação geográfica oficial básica do Ins-

tituto Geográfico Agustin Codazzi (Igac), em concordância

com os princípios da Infraestrutura Colombiana de Dados

Espaciais (ICDE).

De acordo com o Artigo 3 desta Resolução, a informação

geográfica oficial básica gerada pelo Igac é pública, por-

tanto seu acesso, uso e intercâmbio será livre e sem custo

algum para coleta, manutenção, preservação e conserva-

ção, sempre que seu uso não tenha propósitos comerciais.

CONFErêNCIA GSDI 13 tEVE GrANDE êxItO

COLôMbIA LIbErA ACESSO à INFOrMAçãO GEOGráFICA

A Sociedade Geoespacial Internacional (IGS) é o braço de membros individuais da Associação GSDI e, atualmente, busca profissionais ou especialistas para sua filiação, que possuam interesses em IDE, SIG ou temas relacionados.

A sociedade tem como objetivo melhorar a comunicação, em nível global, entre as pessoas que participam ativamente na promoção, desenvolvimento ou avanço da IDEs.

INFOwww.igeoss.org

PArtICIPE DA IGS!

Page 78: RevistaMundoGeo 68 Online

Foi lançado no dia 4 de junho, no auditório do Ministério do Planeja-mento (MP), em Brasília, o novo visualizador da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). O lançamento contou com a presença de Eva Chiavon, Secretária Executiva do MP, Esther Bemerguy, Secretária de Planejamento e Investimentos do MP, e Wasmália Bivar, Presidenta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O novo visualizador conta com importantes recursos para acesso a informações geoespaciais do Plano Plurianual (PPA), do Plano de Acele-ração do Crescimento (PAC) e dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), além de informações do Censo 2010. As informações são produzidas pelos Ministérios do Planejamento, do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome e pelo IBGE. Com a disponibilidade dessas novas informações, ampliam-se os benefícios e as possibilidades da Inde, em aplicações e decisões voltadas ao planejamento de políticas públicas.

Segundo Eva Chiavon, há uma perspectiva de que, a partir dessas novas informações acessíveis na Inde, o governo aprimore o planejamen-to e o monitoramento de ações. “A intenção é tornarmos mais efetivas as tomadas de decisões das políticas territoriais. Com esta ferramenta, vamos avançar na elaboração do Orçamento Federal. Com informações mais precisas, mais concretas, é possível tomar decisões mais consisten-tes, com mais qualidade”, disse a secretária.

I3GEO

Desde o lançamento da Inde, em 2010, o i3Geo era o principal visuali-zador. A partir de agora, os usuários da Inde terão mais uma ferramenta para acesso aos dados. As informações existentes nos visualizadores e no catálogo de metadados estão em processo de compatibilização, atendendo tanto as informações dos atores da Inde que já aderiram como aqueles que ainda virão.

INFOwww.visualizador.inde.gov.br

O MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, maior e mais impor-tante evento do setor geoespacial na América Latina, aconteceu de 29 a 31 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), e reuniu mais de 3.350 profissionais entre os visitantes da feira e participantes nas mais de 30 atividades.

No segundo dia do evento, o seminário Qualidade de Dados Geoespaciais reuniu especialistas no assunto para realizar uma aná-lise completa sobre a normatização, padronização, modelagem e integração de informações geoespaciais. Com mediação do espe-cialista em Geoprocessamento Flávio Yuaça, o seminário foi um dos destaques do evento.

A apresentação inicial ficou por conta de Moema José de Carvalho Augusto, Assistente da Diretoria de Geociências do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), que falou sobre o panorama atual da legislação cartográfica, apresentando as leis que regem o setor de geotecnologia.

A sessão sobre auditagem na compilação e produção dos dados geoespaciais contou com a participação do Cel. Omar Antonio Lu-nardi, da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG).

Baixe os arquivos apresentados neste seminário, em pdf, em http://ning.it/P7kmEK.

INDE tEM NOVO VISUALIZADOr DE MAPAS

ESPECIALIStAS FALAM SObrE QUALIDADE DE DADOS GEOESPACIAIS

DISPONÍVEL NOVA VErSãO DE EDItOr LIVrE DE MEtADADOS

Uma nova versão do editor de metadados, CatMDEdit 4.6.6, está disponível. O software livre é uma iniciativa do Instituto Geográfico Nacional de Espanha (IGN) e constitui uma ferramenta para edição de metadados que facilita a documentação de recursos, com ênfase na descrição dos recursos geográficos.

A principal novidade desta nova versão é a inclusão de um ga-teway de conversão entre formatos Marc21 e ISO19115, resultado da atividade do Grupo de Trabalho Interdisciplinar sobre Patrimônio

Cartográfico nas IDEs (GTI-IDE), pertencente ao Grupo de Trabalho

da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais da Espanha (IDEE).

Na nova versão também foram realizadas algumas alterações

para garantir a conformidade com os requisitos de serviços de

metadados estabelecidos no regulamento metadados da Inspire.

INFO

http://ning.it/MTUkAK

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MundoGEO 68 | 201280

Urbanização na América Latina e Caribe

ESCALA, tEMPOrALIDADE E DESAFIOS

MAIA LECLErCMestre em Estudos Urbanos (Instituto Nacional de Pesquisa Científica de Montreal - Canadá). Desde 2011, colabora com o Escritório Regional para América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e International Institute for Sustainable Development (IISD)

GrACIELA MEttErNIChtCoordenadora Regional para América Latina e Caribe de Avaliação Ambiental e Alerta Rápico do Pnuma. Doutora em Ciências (Universidade de Gent – Bélgica), mestre em Ciências da Geoinformação, com pós graduação em Cartografia (Instituto Internacional para a Ciência Geo-informática e Observação da Terra – Holanda)

SILVIA GIADAOficial de Programa no Escritório Regional para América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, na Cidade do Panamá, como parte da equipe de Avaliação e Alerta Rápido. Apoia também o Programa UN REDD e atividades relacionadas à Adaptação baseada em Ecossistemas. Completou seus estudos em Ciências Ambientais em Veneza - Italia e estudou SIG e Sensoriamento Remoto no ITC - Holanda

O processo de urbanização se caracteriza não só pelo crescimento demográfico das po-

pulações urbanas, mas também pelas transfor-mações em diversos aspectos da sociedade e do entorno natural. O presente artigo, baseado principalmente na informação contida no Atlas de un ambiente en transformación: América la-tina y el Caribe (2010) produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnu-ma) e o Centro da Água do Trópico Úmido para América Latina e Caribe (Cathalac), apresenta evidências das mudanças regionais relacionadas à urbanização do território. A primeira parte le-vanta os temas relacionados com o processo de urbanização na América Latina e Caribe (ALC), enquanto que a segunda seção apresenta es-tudos de casos - usando imagens de satélites multi-temporais - com o objetivo de mostrar com mais precisão as mudanças ambientais ligadas ao processo de urbanização.

UrbANIZAçãO NA AMérICA LAtINA E CArIbEDas regiões em desenvolvimento, a ALC se

destaca como a mais intensamente urbanizada. Não obstante, importantes contrastes nos índi-ces e características da urbanização prevalecem entre as sub-regiões da ALC (Unep, 2010). Ainda que a migração rural-urbana siga sendo uma parte importante do crescimento populacional urbano, a migração urbana-urbana é conside-rável, sendo que cerca de 50% das emigrações iniciam e terminam em zonas urbanas (ONU--Habitat, 2008).

Ainda que o número de mega-cidades siga crescendo na ALC, a maior parte do crescimen-to urbano na região se manifesta em cidades medianas e, até certo ponto, grandes. Isto se explica, em parte, pela urbanização das cidades localizadas nas periferias de cidades grandes, consequência da atração que exercem as possibi-lidades de emprego no setor manufatureiro e de turismo e da oferta de serviços vinculados a uma cidade grande próxima (por exemplo, aeroporto e indústrias) sobre os migrantes. Esta situação expressa, por um lado, os desafios relacionados às debilidades institucionais dos centros de me-nor tamanho e suas capacidades de conduzir este crescimento, e por outro, as oportunidades de planejar desde o princípio o desenvolvimento

urbano com o objetivo de reduzir seus impactos (Hardoy e Romero Lankao, 2011).

Junto ao processo de crescimento desorde-nado das cidades da região, existe uma segre-gação muito marcada entre ricos e pobres. De fato, os centros urbanos da região – que contam com maior desigualdade social do planeta (UN--Habitat, 2008)- mostram grandes contrastes. Se calcula que cerca de 24% da população urbana na ALC vive em zonas marginais e em algumas ci-dades, como a Cidade do México, se crê que esta porcentagem alcance 60% (UN-Habitat, 2010).

As cidades na ALC têm se estendido territo-rialmente à medida em que a população urbana vem crescendo. De fato, a expansão urbana até as cidades periurbanas é comum na região. Este fenômeno, principalmente ligado a uma gestão inadequada, a falta de planejamento e ao escas-so acesso a serviços, exerce pressão sobre os ecossistemas naturais ao causar perdas de co-bertura vegetal e terras férteis, além de proble-mas de contaminação de água, solo e ar (ONU--Habitat, 2010). No caso de cidades localizadas próximo da costa ou junto aos principais rios, que representam a maioria dos centros urbanos da região, a expansão urbana tem implicado em uma carga particular sobre os ecossistemas costeiros e ribeirinhos. A degradação costeira ameaça os mesmos recursos que têm atraído a migração, sendo a costa Leste do Atlântico na América do Sul, a costa Oeste da América Cen-tral, o Golfo do México e as costas Caribenhas as mais afetadas.

EStUDOS DE CASOSSantiago (Chile) - A Região Metropolitana de

Santiago, capital e principal núcleo urbano do Chile, concentra 40,5% da população nacional, absorve 85% do gasto público e ocupa somen-te 2% da superfície territorial. Isto produz uma grande pressão sobre os recursos naturais em zonas urbanas, favorece a criação de núcleos de marginalidade e exclusão social, assim como uma sub-utilização de amplas zonas (Pnuma, Uni-versidade do Chile, 2010). Durante a década de 1990, Santiago cresceu a um ritmo desenfreado, passando de 5,2 milhões de habitantes em 1992 a estimados 6,1 milhões em 2002; aumentando a atividade industrial e a circulação veicular, o que tem originado um grave problema de con-taminação atmosférica. Na imagem de 1975 se observa a extensão da cidade de Santiago que, para 2008, havia aumentado seu núcleo urbano (áreas violetas) e diminuído as áreas verdes e agrícolas que anteriormente rodeavam a cidade.

Grande Área Metropolitana (Costa Rica) - A cidade de San José faz parte da Grande Área Metropolitana (GAM) da Costa Rica, que inclui também as conurbações de Alajuela, Cartago e Heredia. A GAM, com mais de 2 milhões de ha-

URBANIzAÇÃO

Crescimento geográfico de Santiago (Chile) entre 1975 e 2008

Page 81: RevistaMundoGeo 68 Online

81 MundoGEO 68 | 2012

bitantes, concentra mais de 50% da população do país em somente 4% do território nacional; além de possuir 70% da frota veicular do país e 85% da indústria. O aumento da população me-tropolitana e sua atividade econômica têm tido consequências muito sérias na sustentabilidade do desenvolvimento territorial. Enquanto que, em 1992, a cobertura florestal da GAM repre-sentava 59,7% do total do território, em 1997, se havia reduzido a 39,7%. A cobertura florestal dentro de áreas protegidas se mantém estável, não aquela que se encontra dentro do anel de contenção urbana, fora das áreas protegidas. Na imagem de 1975 se notam os centros urbanos separados por áreas de bosque que os rodeiam, enquanto que na imagem de 2010 se veem fun-didos em uma só superfície urbana da qual as áreas verdes desapareceram.

agravam o problema do manejo dos detritos sóli-dos. A maioria do lixo é disposta em vertedouros municipais sem nenhum tratamento, a não ser uma queima controlada para que estes últimos não se saturem rapidamente. A deflorestação de manguezais para a construção de infraes-trutura turística incrementa a vulnerabilidade dos habitantes a eventos climáticos extremos. Devido ao feito de que as ilhas das Bahamas são frequentemente afetadas por furacões e tormen-tas tropicais, esta situação pode ter um efeito devastador sobre os solos e as águas subterrâ-neas. O crescimento urbano e a construção de novas infraestruturas costeiras são visíveis na comparação da imagem de 2006 com a de 1973. Como se pode observar na imagem mais atual, Nassau apresenta um centro urbano mais denso e expandido. As costas, sobretudo as do setor Nordeste, se apresentam mais estruturadas e a maior lagoa interna conta com intervenções.

O processo de urbanização que ocorre na ALC não ocorre de maneira homogênea ou pla-nejada. Dadas as particularidades político-ins-titucionais, sociodemográficas, econômicas e ambientais de cada país, existem diferenças no desenvolvimento urbano regional, tanto de esca-la como de forma. Porém, o caótico crescimento das cidades e sua demanda de recursos consti-tuem objetivos comuns na região.

As imagens de satélites apresentadas neste artigo facilitam contemplar de maneira simples e eficiente o processo de urbanização e seus efei-tos sobre o entorno natural das grandes cidades da ALC. Porém, mais além de ilustrar as mudan-ças no tempo e no espaço, o uso de mapas e de imagens de satélites podem ajudar os tomadores de decisão a planejar estrategicamente o de-senvolvimento urbano e limitar seus impactos. De fato, estas tecnologias permitem destacar as tendências e localizar os setores vulneráveis, além de simular cenários possíveis.

Crescimento geográfico de Santiago (Chile) entre 1975 e 2008

Crescimento geográfico de Nassau entre 1973 e 2006

Crescimento geográfico da Grande área Metropolitana (GAM) entre 1975 e 2010

INFOVeja, na versão online, a bibliografia deste artigo

Nassau, Nova Providência, (Bahamas) - Nas-sau, capital das Bahamas, concentra 69.9% da população do país. O crescimento acelerado da população nesta cidade (8 mil habitantes em 1844 a mais de 220 mil hoje em dia), somado à grande quantidade de turistas que a visitam,

Validade: 30/08/2012

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82 MundoGEO 68 | 2012

GEOINCRA

CóDIGO DAS áGUASTerrenos reservados às margens de rios públicos

Este tema é de suma importância, tendo em vista que, apesar do Código das Águas existir há mais de 78 anos, criado pelo Decreto Federal 24.643 de 10 de julho de 1934, poucos profissionais o conhecem integralmente, bem como as suas implicações na elaboração de peças técni-cas visando atender a Lei 10.267/2001 com vistas a certi-ficação no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Com o advento da Lei 10.267 e a necessária anuência dos confrontantes, após a certificação pelo Incra do perí-metro do imóvel, os cartórios de registros de imóveis são obrigados a solicitar a anuência de todos os confrontantes. No caso de rio púbico, se federal, a anuência deve ser do Serviço de Patrimônio da União e, se estadual, a anuência é do Órgão do estado que responde por esse assunto. No estado de São Paulo, por exemplo, quem emite a anuência é a Procuradoria de Patrimônio Imobiliário (PPI).

A questão envolvendo os rios públicos, que é a defini-ção da existência e da titularidade dos terrenos reservados, cuja divergência doutrinária se estende há várias décadas, conta com poucas manifestações jurisprudenciais, haja vista a pouca repercussão prática que havia diante das precárias descrições imobiliárias que eram aceitas no pas-sado. Hoje, no entanto, com um maior rigor na fiscalização do cumprimento do princípio da especialidade objetiva, e com a vigência da legislação do georreferenciamento, chegou o momento de “fincar” mais esse marco jurídico conceitual.

Pelo Código de Águas, de vigência reconhecida pelos tribunais, as margens dos rios públicos são de propriedade estatal, bens dominicais da União ou do Estado, depen-dendo a quem pertença o próprio rio.

Portanto, confrontando o imóvel com um rio público, o levantamento técnico de seus vértices deverá respeitar a faixa de propriedade pública, ou seja, estar distante 15 metros do ponto médio das enchentes ordinárias (ou 33 metros da preamar média de 1831, se o rio estiver ao alcan-ce das marés). Entretanto, o caput do artigo 11 do Código de Águas traz uma importante regra:

Art. 11 - São públicos dominicais, se não estiverem destinados ao uso comum, ou por algum título legítimo não pertencerem ao domínio particular.

No Brasil, o único título legítimo que constitui proprie-dade sobre bem imóvel é o registro público imobiliário, atualmente representado pela matrícula. Assim, se a des-crição tabular do imóvel fizer menção ao rio público como

rObErtO tADEU tEIxEIrA Engenheiro agrimensor, especialista em georreferenciamento de imóveis rurais, formado pela Feap, de Pirassununga (SP). Professor do curso de pós-graduação em georreferenciamento de imóveis rurais – disciplina “Normas e Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis” da Universidade Regional de Blumenau (SC); Fundação Educacional de Fernandópolis (SP) e União Educacional do Norte, em Rio Branco (AC). Integrante da equipe técnica que elaborou a Norma de Georreferenciamento de Imóveis Rurais do Incra. Ministra o Curso Legeo na Universidade Santiago & Cintra [email protected]

confrontante, sem ressalvar a faixa de terreno reservado, esta é de propriedade particular, conforme estabelece o Decreto de 1934.

As margens dos rios navegáveis são, em regra, de do-mínio público. No entanto, se o particular possui título legítimo de propriedade abrangendo essas áreas, tais prolongamentos das margens não são terrenos reserva-dos, mas sim terras particulares lindeiras ao curso d’água de domínio público.

Em 2004, no Recurso Especial 443.370 que tratava des-se assunto, a Ministra do STJ Eliana Calmon, atuando como relatora, destacou que a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo não se baseou no parecer da Capitania dos Portos para concluir pela indenização das terras marginais ao rio Cabuçu de Cima, mas sim no fato de os proprietá-rios possuírem título legítimo, o que afasta a aplicação da Súmula 479 do STF, segundo a qual as margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de ex-propriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.

A ministra entendeu que os expropriados, detentores de título legítimo, tinham o direito legal de propriedade, cabendo ao Estado, que expropriou a área por intermédio do Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo (Daee), arcar com as verbas indenizatórias.

Esse mesmo entendimento já havia prevalecido no RE 10.042/SP, julgado em 14/11/1950, que recebeu a seguinte ementa: “pertencem ao domínio público as margens dos rios públicos, salvo prova de concessão emanada pelo poder público”.

Em outro Recurso Especial (RE 637.726-SP, julgado em 3/3/2005), a 1ª Turma do STJ manteve o mesmo posicio-namento jurídico, enfatizando expressamente um impor-tante trecho do acórdão do tribunal paulista:

Destaque-se, ademais, que, ainda que demonstrada a navegabilidade do rio Cabuçu de Cima, a indenização das áreas marginais não poderia ser afastada, porquan-to, segundo afirmou o juízo de primeiro grau, os expro-priados comprovaram a titularidade do imóvel através da matrícula nº 106.283, proveniente do 15º Cartório de Registro de Imóveis.

Essa recente decisão demonstra claramente que, ha-vendo na matrícula clara menção de que a propriedade imobiliária atinge as margens do rio, não há que se falar em terreno reservado, pois o próprio Código de Águas excetua de seu conceito as faixas lindeiras tituladas em nome do particular.

Colaborou neste artigo o Dr Eduardo Augusto, Oficial do Cartório de Registro de Imóveis de Conchas (SP), Doutorando em Direito Civil e Mestre em Direito Civil pela Fadisp, Diretor de Assuntos Agrários do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib)

Page 83: RevistaMundoGeo 68 Online

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Ao levantar um imóvel seccionado ou confrontante de um rio público, o agrimensor deverá observar se a descrição tabular exclui ou não essas áreas. A simples menção de o imóvel con-frontar com o rio e a simples indicação de o rio estar no interior do imóvel são evidências claras da inexistência dos terrenos reservados.

Entretanto, se tal margem estiver com clara destinação pública, independentemente de desa-propriação ou mesmo comunicação oficial, mesmo havendo título de propriedade em favor do particular, todo o espaço abrangido por essa utilização pública passa automaticamente ao patrimô-nio estatal, da mesma forma que ocorre com as estradas que cortam o imóvel de forma arbitrária.

Isso pode ocorrer no seguinte exemplo: o poder público constrói e mantém um pequeno an-coradouro às margens de um rio piscoso, como forma de fomento à atividade pesqueira da região. Com a destinação pública desse espaço, o proprietário do imóvel ribeirinho, mesmo possuindo título claro em seu favor, perde o domínio dessa área, sobrando-lhe apenas o direito de ajuizar uma ação de desapropriação indireta em face do Estado, para requerer a devida indenização.

Tal situação costuma também ocorrer com as barragens para usinas hidrelétricas, em que existe um decreto expropriatório atingindo todo o solo que esteja situado abaixo de uma determinada cota, às margens do curso d’água e dos afluentes formadores dessa represa.

Nestes casos, independentemente de ter ou não havido indenização, a área abrangida pelo decreto expropriatório é pública e deve ser excluída do levantamento técnico do imóvel privado. Nos casos das represas, em especial, a anuência da empresa concessionária é fundamental para viabilizar a retificação da descrição do imóvel na matrícula.

Outro aspecto importante é a desvantagem de o Estado colocar-se como titular dessas mar-gens estendidas. Enquanto estiverem sobre o domínio do proprietário do imóvel, este é objeti-vamente responsável pela conservação dessa área que, pela legislação ambiental, está inserida na Área de Preservação Permanente (APP).

A APP possui dimensão variável conforme a largura do rio, mas, como sua faixa mínima é de 30 metros, todos os terrenos reservados estão sob proteção ambiental. Considerando pública essa margem, além de o Estado não ter condições de fiscalizar essas áreas de proteção ambiental, perderá ele o melhor tipo de fiscal, o proprietário rural que, além de deixar de ser responsável pela sua conservação, também perde o poder-dever de fiscalização, uma vez que qualquer atitude que venha a tomar contra eventuais agressores deixará de caracterizar o “desforço imediato” e poderá até tipificar a conduta do “exercício arbitrário das próprias razões”.

Por fim, cumpre esclarecer que, mesmo que o proprietário tome a iniciativa de retificar a des-crição tabular de seu imóvel, que resultará na exclusão da área pública irregularmente constitu-ída, ele não perde seu direito de ação em face do Estado, caso esta ainda não esteja prescrita. A nova descrição tabular do imóvel omitiu tal área por força do ordenamento jurídico que impede a inclusão de área pública em área privada, não tendo essa “providência compulsória” o caráter de renúncia aos direitos garantidos pela legislação pátria. Além disso, a antiga descrição tabular existente na matrícula ou transcrição anterior continuará escriturada no registro imobiliário, como uma prova perpétua dotada de fé pública “juris tantum” da existência desse título de propriedade que inclui as áreas invadidas de forma indevida pelo poder público.

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