REVOLUÇAO INDUSTRIAL

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................... ....................................4 1-REVISAO DA LITERATURA...................................................... ...........6 •As primeiras organizações e seus administradores..........................7 I- Egito........................................................... .............................................7 II-Babilônia e Assíria......................................................... .......................7 III- China........................................................... ..........................................8 3.1-Sun Tzu............................................................. ..................................9 IV-Grécia (Filósofos)..................................................... ...........................10 V- Roma (Militares)..................................................... .............................11 5.1- Exército........................................................ ......................................11 VI-Período Medieval (Igreja Católica)....................................................12

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................4

1-REVISAO DA LITERATURA.................................................................6

•As primeiras organizações e seus administradores..........................7

I-Egito........................................................................................................7

II-Babilônia e Assíria................................................................................7

III-China.....................................................................................................8

3.1-Sun Tzu...............................................................................................9

IV-Grécia (Filósofos)................................................................................10

V- Roma (Militares)..................................................................................11

5.1-Exército..............................................................................................11

VI-Período Medieval (Igreja Católica)....................................................12

VII- Renascimento...................................................................................13

7.1-Reforma..............................................................................................13

VIII-Influência dos pioneiros e empreendedores..................................14

2- FOCO....................................................................................................15

•A Revolução Industrial..........................................................................15

I-Aspectos ...............................................................................................16

1.1-Sistema de fabricação para fora......................................................16

1.2- Sistema fabril ...................................................................................16

1.3-Condições de trabalho e sindicatos................................................16

II-“Um embrião da teoria administrativa”.............................................17

2.1- Adam Smith......................................................................................17

2.2- Robert Owen e New Lanark.............................................................18

2.3- Charles Babbage……………….............................................…........19

III-Um pequeno exemplo de Logística...................................................20

IV- As características da Era Industrial e da Era da Informação........21

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V-Os novos objetivos da administração...............................................22

5.1-Qual é o resultado da administração?............................................22

VI-As Revoluções Logísticas ................................................................22

6.1-Terceira Revolução Logística..........................................................23

6.2-Quarta Revolução Logística.............................................................23

6.3-Texto de apoio: “A Revolução do transporte”...............................24

6.4-Qual a importância da Logística?....................................................25

3-ATUALIDADE........................................................................................26

•Estudo de caso:“A nova economia social”.........................................26

Conclusão................................................................................................29

Referências Bibliográficas.....................................................................30

Bibliografia Consultada..........................................................................30

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INTRODUÇAOConvivemos há séculos com a administração; praticamo-la desde os primórdios

da humanidade, mas dizemos que e um campo novo! O que é novidade é a sistematização dos conhecimentos de administração e a complexidade que atingiram no passado recente as grandes organizações. Há mais de dois mil anos, por exemplo, já existia administração de alguma complexidade no Império Romano. Nas sociedades primitivas, as expedições para a caça de grandes animais eram empreendimentos coletivos, precedidos de decisões de planejamento, divisão do trabalho, e logística. Era preciso antecipar a rota das migrações da caça, definir o local onde os caçadores acampariam, preparar víveres e armas. Essas expedições, embriões de empresas, tinham líderes que eram o protótipo dos gerentes. Conforme o homem foi deixando de ser nômade e passou a prender-se ao solo por causa do desenvolvimento da agricultura, a logística não como arte estudada e nem assim percebida como algo específico, foi tomando importância na vida das pessoas. Decisões de como, e para onde transportar os grãos, localização de culturas e locais apropriados para  a  sua armazenagem, começaram a tomar importância. A sistematização dos conhecimentos na área de administração é especialmente recente, no que diz respeito à administração de empresas. Foi a partir da Revolução Industrial, no final do século XVIII, que as grandes empresas se tornaram numerosas e complexas. É significativo que, salvo exceções, o capital não se interesse, até o século XVII, pelos sistemas de produção, e se contente com o sistema de trabalho em domicílio, e com o controle da produção artesanal para melhor se assegurar da comercialização. As indústrias não representam, ate o século XIX, senão uma parcela muito pequena da produção. As teorias da administração que você estuda agora, são muito mais recentes que as expedições dos caçadores. No entanto, também surgiram e vêm se aprimorando há muito tempo, desde que os administradores do passado enfrentaram problemas práticos e precisaram de técnicas para resolvê-los. Muitas idéias e técnicas da atualidade têm raízes antigas e procuram resolver problemas que as organizações sempre enfrentaram e continuarão a enfrentar. Ao longo dos séculos, essas idéias e técnicas evoluíram continuamente, no séc. XVIII, por exemplo, as tendências que o mercantilismo havia iniciado foram impulsionadas pela Revolução Industrial, que foi produto de dois eventos: o surgimento das fábricas e a invenção da máquina a vapor. A história da administração foi predominantemente a história de países, cidades, governantes, exércitos e organizações religiosas, mas partir do século XVIII, o desenvolvimento da administração foi influenciado pelo surgimento de uma nova personagem social: a empresa industrial. Desde esta época muita coisa mudou.

Falaremos um pouco sobre os antecedentes históricos da administração, a Revolução Industrial, e também, sobre a nova economia social, novas tendências, num exemplo dado pelas cooperativas- uma evolução do sistema de trabalho.

Algumas das principais tendências administrativas criadas e aceleradas pela Revolução Industrial serão resumidas aqui.

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JUSTIFICATIVA

Este trabalho se justifica porque visa explorar os conceitos de Administração e Logística, que estão implícitos no tema: Revolução Industrial, tendo como objetivo ampliar os nossos conhecimentos sobre os aspectos da Administração, seja com exemplos, com teorias criadas na época da Revoluçao, ou ate mesmo muitos anos antes deste movimento que influenciou todos as décadas posteriores a ela.

Justifica-se também porque se pretende descrever como o ser humano evoluiu em um século o que não havia crescido no milênio anterior.

Finalmente, será importante na apresentação de conceitos sobre como a logística foi “criada” ao longo dos anos.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

O objetivo geral desta pesquisa será analisar conjunto de mudanças econômicas, sociais, e de organização do trabalho, que ficou conhecido como Revolução Industrial.

Objetivos Específicos

O principal objetivo é designar conceitos de administração e logística que estão implícitos na Revolução Industrial.

METODOLOGIA

Para explorar o tema proposto será definida uma pesquisa Bibliográfica, incluindo obras dos autores: Antonio Cesar Amaru Maximiniano; Donald J. e Closs Bowersox; Francisco Gilberto H. Lacombe; Idalberto Chiavenato; C.T. Granemann & S. Rodrigues; John F. Magee; Ronald H. Ballou. A revista Super Interessante “Uma Breve Historia Das Civilizações”, Jun/2009. Edição 266. Os sites- Universidade Federal de S.C, Dissertação de: Patrícia Costa Duarte,

www.eps.ufsc.br/disserta99/costa/cap2.html; APGAUA Comunidade Virtual de Antropologia, www.antropologia.com.br/pauloapgauae a Enciclopédia do Estudante, ano 2008, História Geral. Será também apresentado um exemplo prático, com o título “A Nova Economia Social”, que fala sobre as cooperativas no Brasil.

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1-REVISÃO DA LITERATURA:

Segundo Chiavenatto:

A partir de l776, com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e a sua posterior aplicação à produção, uma nova concepção de trabalho veio modificar completamente a estrutura social, e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social que, num lapso de aproximadamente um século, foram maiores do que as mudanças havidas no milênio anterior. É o período chamado de Rev. Ind., que se iniciou na Inglaterra e rapidamente se alastrou por todo o mundo civilizado. Chiavenatto (2009 p.21)

Também, segundo Maximiniano:

A Revolução Industrial criou o contexto perfeito para a aplicação das primeiras Teorias da Administração, sendo este respaldado nos avanços tecnológicos nos processos de produção alcançados até então, da construção e utilização das máquinas, e da crescente legislação para defesa do trabalhador. Portanto, a Rev. Ind. foi decorrente da necessidade dos empresários, de atender a demanda em expansão. A administração deve tão somente à Rev. Ind. o conceito de organização da empresa moderna, graças ao avanço tecnológico substituindo o modo artesanal por um industrial de produção. Maximiniano (2008 p.41)

Já para Lacombe:

Apesar de ter se originado na Inglaterra a Revolução Industrial foi um fenômeno internacional, tendo acontecido de maneira gradativa, a partir de meados do século XVIII. A Rev. Ind. provocou mudanças profundas nos meios de produção humanos até então conhecidos, afetando diretamente os modelos econômicos e sociais de sobrevivência humana em toda a Europa. Com o advento da Rev. Ind., o modelo feudal, anterior, de natureza essencialmente agrária, começa a entrar em decadência, cedendo lugar, paulatinamente, ao novo modelo industrial. Lacombe (2003 p.35)

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As primeiras organizações e seus administradoresDesde os primórdios da humanidade, o homem associou-se a outros para

conseguir, por meio do esforço conjunto, atingir determinados objetivos que isoladamente jamais poderia conseguir. Desse esforço conjunto surgiram as empresas rudimentares, que remontam à época dos assírios, babilônios, fenícios, egípcios, etc. Isso é pré-história. Depois, vieram os gregos, romanos e, adiante, veio o longo período do artesanato, que perdurou durante toda a Idade Média.

I-EgitoAs pirâmides são o mais conhecido testemunho das aptidões técnicas e

administrativas dos egípcios. Para construí-las, os egípcios enfrentaram e resolveram problemas gigantescos de administração de mão de obra, uso de arquitetos e logística. A grande pirâmide de Quéops é feita de 2.300.000 blocos de pedra, com peso médio de 2,5 toneladas. Estima-se que 100.000 pessoas tenham trabalhado em sua construção.

No período do Novo Império (entre 15640 e 1070 a.C) os governos provinciais desapareceram para dar lugar a um governo centralizado. As regiões em que o reino se dividia passaram a ser governadas por comandantes militares. O faraó tornou-se proprietário de todas as terras, exigindo dos súditos um tributo anual de 20% de suas rendas. Para manter o controle de tudo, os egípcios precisaram criar sua própria burocracia administrativa. Surgiram os escribas, que mantinham registros detalhados de todas as operações.

Outras evidências de que os egípcios eram bons planejadores pode ser encontrada em sua organização militar. Para a proteção do reino, os egípcios do Novo Império criaram um exército regular, formado por soldados assalariados, e construíram uma rede de fortes. Todos os fortes continham grandes celeiros suficientes para suprir várias centenas de homens durante um ano. Provavelmente, eram reabastecidos por um centro de suprimentos de retaguarda.

A manutenção do vasto Império do Egito deu-se no Delta do Nilo e ao longo do Nilo, nos vales férteis inundáveis, com produção agrícola suficiente de trigo para sustentar uma complexa sociedade e que necessitava de "armazéns públicos" para sustentar a população nas entre safras ou no desabastecimento, cerca de 1800 - 2000 a.C.

II-Babilônia e AssíriaCerca de 2000 a.C., os sumérios haviam entrado em decadência e foram

dominados pela Babilônia. As placas de argila dos babilônios guardam registro meticuloso de transações comerciais, evidenciando preocupação com o controle.

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O código do rei Hamurábi, escrito no século XVIII a.C., contém 282 regras, que incluem princípios como “olho por olho” e “o consumidor que se cuide”. É um dos primeiros, e certamente o mais famoso conjunto de leis da história do mundo. As regras desse código, já apresentam princípios de administração.

A partir do século XIV a.C., o império assírio controlou a Mesopotâmia. Começou então um período de importantes avanços no campo da organização militar. Por volta do século VIII a.C., o exército assírio desenvolveu características que vieram a servir de modelo para exércitos posteriores, destacando-se a logística: depósitos de suprimentos, colunas de transporte, companhias para a construção de pontes. No início do século VII a.C., construíam--se navios que desciam pelo Rio Tigre e depois eram carregados pelo Eufrates, chegando ao Golfo Pérsico. Eram então abastecidos com soldados, cavalos e provisões, para fazer campanhas na região que viria a ser o sul do Irã.

Os assírios tiveram o primeiro exército de longo alcance, capaz de fazer campanhas distantes ate 500 quilômetros de suas bases.

Os babilônios também foram pioneiros na instalação de um sistema de incentivos salariais. Os salários eram pagos às mulheres encarregadas da fiação e tecelagem de acordo com a produção individual.

III-China Já no século XXIV a.C., os chineses estavam empregando soluções

inovadoras em sua administração pública. O imperador Yao, que teria reinado entre 2350 e 2256 a.C., empregou o princípio da assessoria. Yao reunia-se com seus principais colaboradores em vários lugares do país, como forma de aproximar as regiões do governo central.

Nos séculos seguintes, outros governantes levaram adiante o uso da assessoria, delegando a seus ministros poderes para conduzir certos negócios do governo. A técnica de aconselhar-se com os assessores e delegar-lhes autoridade para resolver problemas tornou-se tradicional na administração pública da China. No ano 221 a.C., ocorreu a unificação da China. O rei chamado Ch’in assumiu o nome de Shih Huang-Ti, e iniciou dois trabalhos importantes. O primeiro foi a construção de uma rede de estradas. O segundo foi a conclusão da construção das muralhas que protegiam as fronteiras do norte.

Centenas de milhares de pessoas foram encarregadas nesse empreendimento, que é provavelmente o maior projeto da História. Em cerca de dez anos, foram construídos 1.500 quilômetros de muralha.

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 3.1-Sun Tzu Sun Tzu é um general chinês que também escreveu no século IV a.C., a respeito de estratégia militar. Embora a verdadeira identidade de Sun Tzu seja objeto de polêmica, quem quer que seja, desenvolveu, no tratado de “A arte da guerra”, teorias recomendando evitar a batalha, intimidar psicologicamente o inimigo, e usar o tempo, em vez da força, para desgastá-lo e atacá-lo quando estivesse desprevenido. Sun Tzu, foi um profundo conhecedor das manobras militares e escreveu seu livro, ensinando estratégias de combate e táticas de guerra. Súdito do rei da província de Wu, viveu em turbulenta época dos Estados guerreiros na China, há 2.500 anos e era um filósofo-estrategista que comandou e venceu muitas batalhas. O emprego da logística na “Arte da Guerra”, tem sua maior evidência na Roma Antiga, por meio da organização do exército, no deslocamento das tropas, máquinas e suprimentos. É um manual de recomendações que sobreviveu a passagem dos séculos por tratar de princípios fundamentais permanentes, sobre planejamento, comando e doutrina, entre outros assuntos. Alguns deles são reconhecidos como de grande utilidade na administração de todos os tipos de organizações. Por exemplo:

“Quando cercar o inimigo, deixe uma saída para ele. Caso contrário, ele lutará até a morte”

“Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de organização”

“A invencibilidade repousa na defesa. A vulnerabilidade revela-se no ataque”

“A vantagem estratégica desenvolvida por bons guerreiros é como o movimento de uma pedra redonda, rolando por uma montanha de 300 metros de altura. A força necessária é insignificante; o resultado, espetacular”.

“O general deverá atuar com rapidez e de acordo com o que lhe é vantajoso para poder controlar os resultados”

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IV-Grécia (Filósofos)No século V a.C., começou na Grécia um fértil período de produção de idéias e

soluções que viriam a influenciar profundamente a administração das organizações de todos os tipos. Democracia, estratégia, igualdade de todos perante a lei, ética na administração pública, planejamento urbano, universalidade da administração, raciocínio metódico e qualidade são alguns dos muitos assuntos dos quais os gregos se ocuparam. Seus debates e proposições sobre esses temas contam-se entre as mais importantes contribuições para a civilização.

O quadro a seguir faz um resumo dessas contribuições.

       

A preocupação com o bom e o belo, as proporções das formas na escultura e nas construções, a virtude, as normas éticas absolutas, a hospitalidade, e outros princípios de conduta pelos gregos, são fundamentos da idéia da qualidade como o melhor que se pode fazer em qualquer campo de atuação.

Entre os gregos, qualidade era o ideal da excelência. Excelência é a característica que se distingue algo pela superioridade em relação aos semelhantes e depende do contexto.

Para Platão o teste básico de qualquer ação pública consistia em perguntar: isso faz os homens melhores do que eram antes?

Qualidade como sinônimo de melhor, e nível mais alto de desempenho, são conceitos que continuam atuais depois de séculos.

Não vamos encontrar na Antiguidade Grega referências diretas á logística, como a gestão total da cadeia de suprimentos, como nós a conhecemos hoje, por exemplo, mas elementos em torno dos quais ela se formou, no transporte, no estudo de terrenos, suprimentos, máquinas, cavalos e homens.

Democracia: Administração participativa direta.

Método: Busca do conhecimento por meio de

investigação sistemática e da reflexão abstrata.Executivos: Felicidade dos

cidadãos como responsabilidade fundamental

dos administradores da Pólis.

Estratégia: Encadeamento lógico de meios para a realização de fins.

Ética: Felicidade dos cidadãos como responsabilidade fundamental dos administradores da Pólis.

Qualidade: Ideal do melhor em qualquer campo de atuação.

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V- Roma (Militares)A história de Roma cobre o período entre os séculos VIII a.C. e IV A.D., que

marca o fim do Império no Ocidente. Em seu auge, Roma controlava uma população de 50.000.000 de pessoas e o território compreendido entre a Inglaterra, o Oriente Próximo e o Norte da África (estimado em 6 milhões de km²).

Princípios e técnicas de administração construíram e mantiveram o Império Romano durante seus doze séculos de existência. A capacidade de construir e manter o Império e as instituições, muitas das quais ainda vivem, comprova as aguçadas habilidades administrativas dos romanos.

Em Roma encontram-se as origens do português, do francês, do espanhol e de tantos outros idiomas. Também foram responsáveis pela difusão do calendário que usamos. Roma inspirou-se em três princípios na administração do Império: dividir para governar, fundar colônias e construir estradas.

O quadro a seguir faz um resumo das contribuições mais importantes dos romanos para a prática da administração.

          5.1-Exército

As idéias dos gregos permaneceram por causa de sua força intrínseca, mas as estradas e instituições romanas foram eternizadas pelo exército romano.

No século III a.C., o exército romano havia avançado muito em termos de organização e já apresentava características que pouco se modificariam nos séculos

Administradores provinciais de um império multinacional.

Administração de projetos de engenharia e construção.

Diversos tipos de executivos: senadores, magistrados, cônsules, imperadores.

Exército profissional e especializado com uma classe de oficiais.

Rede de estradas para a comunicação entre as unidades do império.

Planejamento e controle das finanças públicas.

Autoridade formal e regras de convivência definidas legalmente.

Valorização da propriedade privada.

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seguintes, como alistamento de profissionais, regulamentação, burocratização, planos de carreira e organização.

O Exército Romano foi uma das maiores forças militares de todos os tempos, chegando a reunir mais de 300 mil soldados. Eles eram treinados desde os 12 anos, mas ingressavam somente aos 16. Além de sustentar o império, construíram arquedutos, abriam estradas, e erguiam muralhas de contenção.

O que faria do exército romano o modelo para os próximos milênios, no entanto era o centuriado. Os centuriões formaram a primeira corporação de oficiais profissionais da história. Comando em campanha, motivação dos soldados e transmissão do código de disciplina eram suas principais responsabilidades.

VI-Período Medieval (Igreja Católica)A medida que o Império Romano desaparecia, outra organização de grande

porte começava a escrever sua história. A Igreja Católica herdou muitas das tradições administrativas dos romanos, a começar pela administração do território.

Com suas dioceses, províncias e vigários, a Igreja copiou não apenas o tipo de organização geográfica, mas também a linguagem que os romanos usavam para designar os administradores locais. À estrutura geográfica, a Igreja acrescentou uma poderosa administração central com diversas assessorias criadas ao longo dos séculos, responsáveis pela propagação da fé, preservação da doutrina e formação de sacerdotes.

Essa estrutura preservou e fortaleceu as tradições administrativas desenvolvidas pelos romanos, como hierarquia, disciplina, descentralização de atividades e centralização de comando. Simples e eficiente, essa estrutura possibilitou à Igreja espalhar-se pelo mundo todo, virtualmente sem concorrência, que só viria a aparecer com a Reforma.

Hoje, a Igreja tem uma organização hierárquica tão simples e eficiente, que a sua enorme organização mundial pode operar satisfatoriamente sob o comando de uma só cabeça executiva, o Papa, cuja autoridade coordenadora lhe foi delegada de forma mediata por uma autoridade divina superior.

De qualquer forma, a estrutura da organização eclesiástica, serviu de modelo para muitas organizações que, ávidas de experiências bem sucedidas, passaram a incorporar uma infinidade de princípios e normas administrativas utilizadas.

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VII- RenascimentoNo campo político, o Renascimento é o período de surgimento e consolidação

do Estado Moderno. Os barões feudais haviam perdido o poder nos séculos anteriores, dando lugar aos países e cidades-estados. A concentração de pessoas em grandes contingentes urbanos aumentou a complexidade dos problemas, estimulando o aprimoramento das estruturas e técnicas administrativas.

O quadro a seguir apresenta um resumo das principais contribuições do Renascimento para o estudo da administração.

7.1- Reforma

A Reforma protestante, no século XVI, modificou certos valores que influenciaram a cultura empresarial e criou novos paradigmas para a administração das organizações.

No campo doutrinário, a reforma enfatizou o espírito individualista e empreendedor, e a responsabilidade individual, em substituição à submissão religiosa valorizada pela Igreja Católica. Calvino e Marinho Lutero enfatizavam o trabalho duro como forma de melhorar a situação pessoal e beneficiar a comunidade.

A ética protestante deu um grande impulso às motivações do capitalismo, embora este tivesse se desenvolvido independentemente de qualquer impulso religioso.

Valorização do ser humano, colocado no centro de todos os tipos de ação.

Acumulação de capital como fator de motivação.

Grandes consórcios de empresas privadas.

Arsenal de Veneza, primeira fábrica a usar o sistema de linha de montagem.

Separação entre os países do empreendedor e do empregado.

Administração começa a tornar-se área do conhecimento.Invenção da contabilidade

moderna.

Maquiavel publica O príncipe, primeiro manual para executivos.Surgimento da hierarquia enxuta

do protestantismo.

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VIII- Influência dos pioneiros e empreendedoresNos Estados Unidos, as grandes obras do Canal de Erie entre 1820 e 1830

deram origem à engenharia de grandes construções e aos negócios de transportes, depois dessas obras o empreendimento empresarial de maior vulto foram as ferrovias. As ferrovias americanas foram fruto do maior empreendimento privado em sua grande maioria, e constituíram um poderoso núcleo de investimentos e de toda uma classe de investidores.

Em 1871, a Inglaterra era a maior potência econômica mundial. Em 1865, John Rockfeller funda a Standard Oil. Em 1890, Carnegie funda o truste do aço, ultrapassando rapidamente a produção de toda a Inglaterra. Swift e Armour formam o truste das conservas. Guggenheim forma o truste de cobre e Mello, o truste do alumínio. Apesar da enorme dispersão geográfica, teve início a integração vertical nas empresas.

Na década de 1880, a Westinghouse e a General Electric dominavam o ramo de bens duráveis, e tecnicamente complexos, e criaram organizações próprias de vendas com vendedores altamente treinados, dando início ao que hoje denominamos “marketing”.

Entre 1880 e 1890, a velha estrutura funcional começou a emperrar, surgindo assim, a empresa integrada e multidepartamental. Entre 1890 e 1900 aconteceu uma onda de fusões de empresas, tendo por base a idéia de utilização racional das fábricas e de reduzir preços. A mais famosa dessas fusões foi a criação da U.S. Steel Corporation, um negócio de alguns bilhões de dólares.

Entre 1900 e 1911 várias grandes corporações sucumbiram financeiramente. Estavam criadas as condições para o aparecimento dos grandes organizadores da empresa moderna. Os capitães das indústrias - pioneiros e empreendedores -cederam seu lugar para os organizadores.

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2-FOCO:

A Revolução IndustrialEm meados do século XVIII, teve início na Inglaterra um conjunto de mudanças

econômicas, sociais, e de organização do trabalho, que ficou conhecido como Revolução Industrial, esta marcou a passagem da sociedade agrícola e artesanal para sociedade industrial. A Rev. Ind. provocou mudanças profundas nos meios de produção humanos até então conhecidos, afetando diretamente os modelos econômicos e sociais de sobrevivência em toda a Europa. Com o advento da Rev. Ind., o modelo feudal, anterior, de natureza essencialmente agrária, começa a entrar em decadência, cedendo lugar, paulatinamente, ao novo modelo industrial.

A grande Rev. Ind. começou a acontecer a partir de 1760, na Inglaterra, no setor da indústria têxtil, a princípio, por uma razão relativamente fácil de se entender: aliadas às inovações tecnológicas, o rápido crescimento da população e a sua constante migração - do campo para as grandes cidades - acabaram por provocar um excesso de mão-de-obra nas cidades. Este processo acabou por gerar um excesso de mão-de-obra disponível e barata nos grandes centros urbanos, o que permitiria a exploração e a expansão dos negócios que proporcionariam a acumulação de capital (Capitalismo) pela então burguesia emergente. Isto tudo, aliado ao avanço do desenvolvimento científico e tecnológico - principalmente com a invenção da máquina à vapor e de inúmeras outras inovações tecnológicas - proporcionou o início do fenômeno da industrialização mundial.

No século XVII, no ano de 1600, a população da Inglaterra passou de 4 milhões de habitantes para cerca de 6 milhões; no século seguinte, no ano de 1700, a população já beirava os 9 milhões de habitantes!

Na França, a população passou de 17 milhões, em 1700, para 26 milhões em 1800; o crescimento demográfico em tal escala proporcionou uma forte expansão dos mercados consumidores de bens manufaturados, especialmente vestuários. As péssimas condições de vida no campo, devido ao aumento repentino da população, fizeram com que o homem do campo migrasse para as cidades. Estes fatos constituíram os principais fatores que determinarão a explosão da "Rev. Ind. em escala mundial" que está por vir nos séculos vindouros.

A partir de 1776, com a invenção da máquina a vapor, e a sua posterior aplicação à produção, uma nova concepção de trabalho modificou completamente a estrutura social e comercial da época, provocando mudanças profundas e rápidas de ordem econômica, política, e social, que, num lapso de aproximadamente um século, foram maiores do que as mudanças havidas no milênio anterior.

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I-Aspectos:1.1-Sistema de fabricação para fora

Na Inglaterra, o primeiro país a fazer a transição para uma sociedade industrial, o putting out system foi o precursor da fábrica.Nesse sistema, os capitalistas entregavam matéria–prima e máquinas da produção de têxteis para as famílias, que recebiam pagamento por peça.

Este sistema tinha várias desvantagens para o comerciante. Primeiro o artesão era o detentor da tecnologia, e o proprietário não podia interferir no processo produtivo. Segundo, ele podia produzir de acordo com suas necessidades. Os comerciantes já haviam observado que a produtividade diminuía conforme o artesão ganhava o mínimo de que necessitava. Terceiro, os artesãos, em situações de aperto financeiro, não hesitavam em reter e vender sua matéria-prima, que não lhes pertencia.

1.2-Sistema fabrilAs primeiras máquinas eram suficientemente baratas para que os fiandeiros

pudessem continuar a trabalhar em suas casas. No entanto, na medida em que aumentavam de tamanho, deixaram de ser instaladas em pequenas habitações para serem instaladas nas oficinas ou fábricas.

A transição da indústria doméstica para o sistema fabril não se fez do dia para a noite, de modo que, durante muito tempo, a fiação de algodão continuou sendo feita em casa, em pequenas manufaturas, assim como nas primeiras fábricas que começavam a surgir. Entretanto, em 1851, já três quartos (ou 75%) das pessoas ocupadas na manufatura trabalhavam em fábricas de médio e grande porte. Este era o começo do fim das pequenas manufaturas caseiras (que constituíam a corporação de artesãos).Alguns comerciantes começaram então a reunir trabalhadores em galpões para poder exercer maior controle sobre seu desempenho. A concentração de trabalhadores usando máquinas aumentou grandemente a produtividade.

Ao final do século XVIII os trabalhadores eram continuamente arregimentados na zona rural para as fábricas do interior da Inglaterra e Escócia. A emigração da área rural para os centros industriais fez crescer as cidades, e a necessidade de infra-estrutura.

1.3-Condições de trabalho e sindicatosSob o ponto de vista ideológico, o acelerado processo de urbanização e a

gradual formação da consciência de classe – da nova classe dos trabalhadores, que passarão a se organizar em sindicatos – podem ser considerados os aspectos mais importantes e relevantes no tocante às conseqüências dos processos que levaram à Rev. Ind..

Em 1790, a cidade de Paris já contava com 700 mil habitantes e Londres, 900 mil. O que, para a época, era inconcebível! O excesso de população - seguida pelo êxodo rural - é que respondia pela grande massa dos desempregados concentrados nas maiores cidades, o que proporcionava ao empresário capitalista burguês um grande contingente de mão-de-obra que poderia ser explorado por um preço irrisório. A conseqüência disto, como todos sabem, é o começo da fase do "Capitalismo Selvagem".

As condições de trabalho nas fábricas dessa época eram rudes. Os trabalhadores ficavam totalmente à disposição do sistema industrial e capitalista. Não podiam reclamar dos salários, horários de trabalho, barulho e sujeira nas fábricas. Na cidade têxtil de New Lanark, as crianças eram obrigadas a trabalhar 14 horas por dia.

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O trabalhador especializou-se e perdeu o controle sobre os meios de produção e a visão de conjunto dos bens que produzia. O artesão transformou-se no operário especializado na operação de máquinas, o que desumanizou o trabalho. A ênfase foi colocada na eficiência, não importa a que custo humano e social. Os trabalhadores tornaram-se dependentes do emprego oferecido pelas fábricas, numa cultura que aceitava e encorajava a exploração (a cultura do autoritarismo mecânico). As empresas tinham apenas máquinas e administradores. Algumas das máquinas eram seres humanos. A desconsideração em relação aos fatores humanos era total.

No começo do século XIX, surgiram os primeiros sindicatos para proteger os salários dos artesãos. Os trabalhadores começaram a se organizarem em Sindicatos e, com isto, ganharam enorme poder de luta na defesa de seus interesses. Em 1802, o governo inglês sanciona uma lei protegendo a saúde dos trabalhadores nas indústrias têxteis.

Realizou-se, neste mesmo país, um movimento político reformista de grande significação, o então chamado "Cartismo", entre 1833 e 1848, cujo programa (Carta do Povo) consegue a primeira lei de proteção ao trabalho da criança (1833) e das mulheres (1842), assim como a limitação da jornada de trabalho a 10 horas (1847).Em 1890, os sindicatos foram legalizados.

II- “Um embrião da teoria administrativa”A Rev. Ind. na sua seqüência, tomou, no plano das idéias, dois rumos

diferentes: em uma vertente, desenvolveram-se as idéias do liberalismo econômico, segundo os postulados dos grandes economistas do final do século XVIII, principalmente Adam Smith, Robert Owen, Jean Batista Say e James Stuart Mill.

As práticas administrativas no início da Rev. Ind. eram rudimentares. A qualidade dos produtos era precária e variável, vigorando o princípio de que cabia ao empregador inspecionar o que comprava. Pagavam-se baixos salários e usavam-se capatazes para fazer o controle cerrado da mão-de-obra.

Entretanto, algumas experiências e idéias inovadoras mostravam que, depois de muito tempo, a administração encontrava as condições ideais para começar a se transformar num corpo organizado de conhecimentos, alcançando a estatura de uma disciplina.

2.1- Adam Smith As grandes fábricas e a preocupação com a eficiência atraíram a atenção de

pessoas que lançaram as bases da ciência econômica e das teorias da administração. Adam Smith foi uma dessas pessoas. Ele foi o criador da Escola Clássica da Economia, Adam Smith (1723-1790), já visualizava o princípio da especialização dos operários em uma manufatura de agulhas, e já enfatizava a necessidade de racionalizar a produção.

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Sua análise da fabricação de alfinetes é uma contribuição clássica para o entendimento das características, vantagens e problemas, criados pela Revolução Industrial.

Ele observou que, na fabricação de alfinetes, a produtividade do trabalhador individual havia aumentado 240 vezes. No entanto, o trabalhador era ignorante e embotado.

Adam SmithJá James Mill (1773-1836), outro economista liberal, sugeria em seu livro

“Elements of political economy”, publicado em 1826, a necessidade de reduzir ao mínimo o número de tarefas de cada trabalhador, a fim de aumentar a velocidade e a eficiência. Mill também se antecipou aos problemas que seriam atacados por Taylor, ao sugerir que tempos e movimentos deveriam ser analisados e sistematizados, para produzir a combinação mais eficiente. Em seu livro, vemos uma série de medidas relacionadas com os estudos de tempos e movimentos como meio de obter incremento da produção nas indústrias da época.

2.2- Robert Owen e New Lanark

Robert OwenOutra experiência prática interessante dessa época foi conduzida por Robert

Owen, na Escócia. Em 1800, Owen adquiriu uma fiação em New Lanark, perto de Glasgow. Trabalhavam nessa fábrica cerca de 2000 pessoas, inclusive 500 crianças com idade até cinco anos. Com muita paciência e simpatia, Owen começou uma experiência em administração iluminista e paternalista, com base em sua crença em que o ser humano era produto do meio e, portanto podia ser melhorado. Entre os benefícios que ofereceu a seus trabalhadores, estavam o da moradia, educação gratuita para as crianças, e um armazém sem fins lucrativos.

A idade mínima para o trabalho foi aumentada de cinco para dez anos, e o dia de trabalho foi reduzido para toda a força de trabalho, de 14 para 12 horas.

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Owen também colocou em prática diversos dispositivos diciplinares:

Com sua experiência Robert Owen provou que:• Era mais vantajoso trabalhar em New Lanark que em outros lugares.• Os trabalhadores podiam ser motivados por um “toque” humanista.• O impacto sobre o desempenho do negócio foi altamente positivo. A qualidade do fio de algodão melhorou continuamente. A empresa produziu um alto nível de lucro para Owen e seus sócios.

2.3- Charles Babbage

O livro de Charles Babbage, “On the economy of machinery and manufactures”, de 1832, é um marco na produção das idéias que viriam a ser exploradas no século seguinte. Entre suas muitas idéias relacionadas com a administração, as seguintes são as mais importantes:

Um “monitor silencioso”, suspenso sobre os postos de trabalho, indicava o nível de desempenho dos trabalhadores.

A limpeza da cidade de New Lanark era obrigatória.

Foram instituídas multas para a embriaguez em público.

Foi instituído o toque de recolher durante o inverno.

Estudos de tempos e movimentos para definir o modo mais eficiente de trabalho.

Comparação entre as práticas de administração de diferentes empresas.

Definição da demanda por produtos com base no estudo da distribuição da renda.

Estudos de localizaçao industrial, para definir o melhor local para a instalaçao de uma fábrica, levando em conta a proximidade de fontes de materias-primas.

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Em meados do século XVIII, o terreno estava pronto para a consolidação dos conhecimentos e práticas administrativas em uma disciplina independente. A expansão da Revolução Industrial pelo mundo todo, especialmente nos Estados Unidos, criou grande demanda por conceitos e técnicas que pudessem ser utilizadas por um continente de pessoas, que se tornavam necessárias, e precisavam de treinamento especializado: os administradores profissionais de organizações.

Foi nos Estados Unidos que as condições se mostraram mais favoráveis para essa tendência.

Em 1881, a Universidade da Pensilvânia criou a primeira escola de administração do mundo, com base numa doação de 100 000 dólares de Joseph Whalton, a pessoa que viria a patrocinar muitas das experiências de Frederick Taylor.

Para a Teoria Geral da Administração, a principal conseqüência disto tudo é que a organização e a empresa modernas nasceram com a Revolução Industrial, graças a uma série de fatores, dentre os quais podemos destacar principalmente:

III-Um pequeno exemplo de Logística Os proprietários de oficinas, que não estavam em condições financeiras de adquirir máquinas e maquinizar a sua produção, foram obrigados por força da concorrência, a trabalhar para outros proprietários de oficinas que possuíam a maquinaria necessária. Esse fenômeno de maquinização das oficinas – rápido e intenso – provocou uma série de fusões de pequenas oficinas que passaram a integrar outras maiores, as quais, aos poucos, foram crescendo e transformaram-se em fábricas.

Esse crescimento foi acelerado graças à diminuição dos custos de produção, que propiciou preços competitivos, e um alargamento do mercado consumidor da época. Isso aumentou a demanda de produção e, ao contrário do que se previa na ocasião, as máquinas não substituíram totalmente o homem, mas deram-lhe melhores

condições de produção. O homem foi substituído pela máquina naquelas tarefas em que se podia automatizar, e acelerar pela repetição. Com o aumento dos mercados, decorrente da popularização dos preços, as fábricas passaram a exigir grandes contingentes humanos.

A principal preocupação dos empresários fixava-se logicamente no objetivo de produzir quantidades maiores de produtos melhores, e de menor custo. A gestão do pessoal, e a coordenação do esforço produtivo, eram aspectos de pouca ou nenhuma importância.

Alguns empresários baseavam as suas decisões tendo por modelos as organizações militares ou eclesiásticas bem sucedidas nos séculos anteriores.

A ruptura das estruturas corporativas da Idade Média.

O avanço tecnológico, graças às aplicações dos progressos científicos à produção, com a descoberta de novas formas de energia e a possibilidade de uma enorme aplicação de mercados.

A substituição do tipo artesanal por um tipo industrial de produção.

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Assim, a Revolução Industrial, embora tenha provocado uma profunda modificação na estrutura empresarial e econômica da época, não chegou a influenciar diretamente os princípios de administração das empresas, então utilizados hoje.

IV- As características da Era Industrial e da Era da InformaçãoA Revolução Industrial provocou o surgimento da Era Industrial, esta passou

por cima da Era da Agricultura, isso não significou o fim da agricultura, mas o início de um novo período em que predominou a atividade industrial, em detrimento da atividade agrícola.

A partir da década de 1990, o mundo dos negócios começou a perceber que uma nova e diferente Era estava surgindo: a Era Da Informação, uma nova onda que ultrapassou a Era Industrial em termos de importância.

As mudanças tornaram-se cada vez mais rápidas, velozes e profundas, a incerteza e a imprevisibilidade tornaram-se cada vez mais intensas. Para acompanhar tantas mudanças, as empresas e sua administração passaram a exigir agilidade, prontidão, mudança e renovação dos produtos e serviços, de suas atividades, se seus métodos e, principalmente, de sua administração.

O quadro abaixo dá uma idéia comparativa das duas eras:

Era Industrial Era da InformaçãoFábrica – empresa física e tangível Empresa virtual e em redeEmpresa de cimento e concreto Empresa de bites e bytesMáquinas e equipamentos Computadores e terminaisEstabilidade e permanência Mudança e instabilidadeManter o status quo Mudar e inovarMão de obra braçal-trabalho muscular

Conhecimento

Emprego único, tradicional Atividade compartilhada, engajada e virtual

Trabalho individual, isolado Trabalho em equipe, participativo e solidário

Gerencia tradicional LiderançaImpor ordens e comando Conquistar a colaboraçãoObediência cega, regras e regulamentos

Empreendedorismo

Especialização e foco em uma única atividade

Flexibilidade, multifuncionalidade

Capital financeiro Capital Intelectual

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A tecnologia da Informação, também criou os trabalhadores virtuais, são pessoas que trabalham a distância de sua base física, com a qual estão ligadas por meio de tecnologia.

Os trabalhadores virtuais podem ser especialistas individuais, ou membros de equipes virtuais. Podem ser prestadores de serviços contratados, remunerados por tarefa, ou funcionários com vínculo empregatício. Não há um padrão para essa tendência.

O trabalhador que deixa de ser empregado regular, para se tornar virtual, passa por mudança profunda de hábitos. Não há mais o chefe para definir e cobrar o ritmo de trabalho, ou os colegas para criar um padrão grupal de desempenho. O individuo torna-se o seu próprio gerente.

Por essa razão, o trabalho virtual é considerado também, um caso extremo de auto-gestão, em que o funcionário precisa administrar todas as suas atividades profissionais e todos os aspectos de sua relação com a empresa.

V-Os novos objetivos da administraçãoContudo, acima da eficiência e da eficácia, e, portanto, da excelência, existem

outros objetivos maiores que toda empresa precisa para garantir sua sobrevivência e crescimento. A administração passou por uma profunda reformulação e ampliação do seu conceito.

Hoje, administrar não significa apenas supervisionar pessoas, tomar conta de departamentos, ou cuidar do marketing e das finanças, e nem se reduz mais a planejar, organizar, dirigir e controlar atividades. Administrar significa conduzir toda uma organização em direção a objetivos previamente definidos, para oferecer resultados concretos e alcançar sucesso e sustentabilidade ao longo do tempo.

Significa lidar com pessoas e com recursos internos e externos, desenvolvendo e integrando competências, para oferecer produtos e serviços, satisfazer necessidades da sociedade e dos mercados, enfrentar a concorrência, e alcançar competitividade e sustentabilidade no negócio.

5.1-Qual é o resultado da administração?Em primeiro lugar, ao planejar, organizar, dirigir e controlar todas as

atividades da empresa, a administração produz resultados melhores, mesmo alavancados em relação aos insumos utilizados.

Em segundo, a administração gera valor para a empresa, e, consequentemente, para o cliente e para a sociedade.

Em terceiro, a administração cria riqueza ao ajudar a transformar insumos em produtos ou serviços de valor mais elevado.

Em quarto, a administração oferece vantagens competitivas para a empresa em relação aos seus concorrentes.

Em quinto, a administração permite a geração da lucratividade ao proporcionar lucros para a atividade empresarial.

VI-As Revoluções Logísticas Vamos falar um pouco mais da Logística através da história, o aumento do

comércio, o avanço tecnológico, a indústria mecânica e a automação da produção, permitindo aumento da produtividade e globalização do mercado.

Muito antes de estar ligada a atividades empresariais; a logística, era uma atividade exercida pelos militares. Ainda hoje os dicionários trazem a definição da

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palavra como ramo da ciência militar que trata da obtenção, distribuição, manutenção e reposição de material e pessoal.

Além de incluir atividades de estoque e transporte, os quais fazem parte da definição de logística adotada pelas empresas a partir do momento em que estas, passaram a se preocupar com a circulação de mercadorias expostas a seus clientes ao longo da rede logística.

Segundo o estudo feito por Andersson (ANDERSSON, Ake E.. The Four Logistical Revolutions. Paper of the Regional Science Association: v. 59, 1986, University of Umea, Sweden, 1986), foram quatro as Revoluções Logísticas através dos séculos, destacaremos aqui, apenas a Terceira e Quarta Revolução Logística, que atingem o tema deste trabalho.

6.1-Terceira Revolução LogísticaOcorre em meados do século XVIII, caracterizada pela passagem da

manufatura à indústria mecânica.Entre 1760 e 1860, acontece na Inglaterra a primeira fase da Revolução

Industrial, onde o acúmulo de capital e grandes reservas de carvão, favoreceram a invenção e inovação de máquinas e mecanismos como a lançadeira móvel, a máquina a vapor, a fiandeira e o tear mecânicos. As fábricas passam a produzir em série.

Como a Inglaterra tinha um sistema naval superior, com a invenção dos navios e locomotivas a vapor, acelera a circulação de mercadorias, abrindo mercados na África, Índia e nas Américas para exportar produtos industrializados e importar matérias-primas.

O novo sistema industrial transforma as relações sociais, e cria duas novas classes sociais fundamentais para a operação do sistema.

Os empresários(capitalistas), são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários; proletários, ou trabalhadores assalariados, que possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários.

Como conseqüência do processo de industrialização, surgiu a consciência da divisão coordenada de trabalho entre diferentes regiões do sistema de economia global, produção em série, e urbanização em um espetacular desenvolvimento de cidades industriais, próximas de aglomerações de mercados.

6.2-Quarta Revolução LogísticaDe 1860 a 1900 surge a segunda fase da Revolução Industrial, caracterizada

pela difusão da industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão, crescendo a concorrência, a indústria de bens de produção, e o sistema de transporte com novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo).

A terceira fase da Revolução Industrial é a que vai de 1900 até os dias de hoje. Caracteriza-se pelo surgimento de grandes complexos industriais e empresas multinacionais e pela automação da produção. Desenvolvem-se a indústria química e a eletrônica. Os avanços da robótica e da engenharia genética também são incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez menos de mão-de-obra e mais de alta tecnologia.

Analisando o estudo feito por Andersson, pode-se verificar a evolução da cadeia de suprimentos (Suplly Chain ) durante os séculos. A preocupação com a organização e circulação de mercadorias, além, da busca por novos mercados e

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tecnologias, levando a evolução da logística e a globalização do mercado apoiado na expansão dos meios de comunicação e de transporte.

6.3-Texto de apoio: “A Revolução do transporte”

Um elemento importante no contexto da Rev.Ind., foi a melhoria generalizada dos sistemas transportes, nas mais variadas partes da Europa: na Áustria, foram construídos mais de 48 mil Km de estradas, entre 1830 e 1847; a Bélgica quase dobrou sua rede de estradas no mesmo período; e a França construiu, além de estradas, 3.200 km de canais. Nos Estados Unidos, onde a industrialização se processou num ritmo cada vez mais veloz, depois de 1830, o total das estradas saltou de 34.000 km, em 1800, para 272.000 km, em 1856. Por volta de 1840, os países da Europa Continental e também os Estados Unidos, seguiam mais ou menos lentamente o rumo da industrialização inglesa. Nos 10 anos seguintes, porém, o advento das estradas de ferro alterou inteiramente essa situação.

A explosão das ferrovias provocou um surto de expansão em todas as áreas industriais. Não só aumentou em enormes proporções a demanda de carvão e matérias-primas, como também de grande variedade de bens pesados, como: trilhos, locomotivas, vagões, sinais, chaves de desvio, como também possibilitou um transporte mais rápido das mercadorias da fábrica para o ponto de venda, reduzindo o tempo de distribuição e o custo das mercadorias.

A FerroviaA ferrovia foi a grande revolução dos transportes. Ela resultou da junção de

dois dos principais avanços da Rev. Ind.: a máquina a vapor, usada para a propulsão da locomotiva, e o ferro, utilizado na construção do trem e dos trilhos.

Em 1814, o inglês George Stephenson construiu a primeira locomotiva a vapor, utilizada para transportar cargas. Poucos anos depois, em 1825, começou a funcionar a primeira linha de trens de carga, entre as localidades mineiras inglesas de Stockton e Darlington.

Em 1830, foi inaugurada a primeira via férrea para passageiros de Liverpool e Manchester, ao norte da Inglaterra.Os avanços técnicos fizeram do trem um meio de transporte cada vez mais rápido, seguro e barato.

Por isso, as ferrovias se multiplicaram rapidamente no mundo inteiro, inclusive sendo projetadas linhas intercontinentais.

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O Barco a vaporNo século XIX, Londres era a cidade mais populosa de mundo, havia passado

de quase 5 milhões de pessoas no final do século.A cidade inglesa era o centro regulador do mercado financeiro mundial, com a sua Bolsa de Valores (instituição diretamente ligada a Revolução Industrial) e, de modo específico, a sede das grandes sociedades de navegação e de seguros.

As docas de Londres constituíam, o mais amplo armazém do mundo, com as mais diversas e ricas mercadorias, e os bairros do East End (extremo leste), que acolhiam uma enorme população que trabalhava no porto, na marina, e nas indústrias de transformação.

Entre 1830 e 1860, os barcos a vapor incorporaram cascos de ferro, e começaram a usar hélices para a propulsão. Por volta de 1870, com o primeiro barco dotado de câmaras frigoríficas, produtos perecíveis puderam ser transportados por longas distâncias.

Outros avanços, como a construção do canal de Suez entre o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho em 1869, encurtaram as distâncias marítimas. Assim, por exemplo, a travessia entre Londres e Bombaim, na Índia, foi reduzida em cerca de 40%.

6.4-Qual a importância da Logística?A Atividade Logística é regida pelos Fatores de Direcionamento (Logistic

Drivers) para níveis maiores de Complexidade Operacional, em linhas gerais, podemos dizer que a Logística está presente em todas as atividades de uma companhia. Esta começa pela necessidade do cliente, sem essa necessidade, não há movimento de produção e entrega.

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As novas exigências para a atividade logística no Brasil e no mundo, passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios.

Neste universo de crescentes exigências em termos de produtividade e de qualidade do serviço oferecido aos clientes, a logística assume papel fundamental entre as atividades da empresa, além de incluir atividades de estoque e transporte.

Na rede logística de uma empresa, estão incluídos fornecedores (suprimento), produção e distribuição, além de ter entre estes ramos transporte, armazenagem e um sistema de informação, tudo para manter um bom nível de serviço oferecido ao cliente.

Em resumo podemos dizer que, a logística é a arte de comprar, receber, armazenar, separar, expedir, transportar e entregar o produto certo, na hora certa, no lugar certo, ao menor custo possível.

3-ATUALIDADE:Estudo de caso: “A nova economia social” Em 1997, a Conforja, empresa metalúrgica do ABC paulista, teve a falência decretada e só não foi lacrada porque os funcionários não deixaram. Reunidos em uma cooperativa, chamada Uniforja, eles assumiram a gestão do negócio. A maioria deles não quis fazer parte da cooperativa. Em apenas um dia, 120 trabalhadores deixaram a companhia.

Nos primeiros três meses, embora a fábrica continuasse em operação, nem um só centavo entrou no caixa. Durante esse período os funcionários trabalharam apenas para honrar encomendas de 1 milhão de reais, já quitadas pelos clientes. O esforço foi recompensador. Em 2003, o faturamento atingiu 80 milhões, contra 10 milhões em 1999. Os 232 cooperados ganharam a companhia de 213 companheiros contratados pela CLT e o quadro de pessoal dobrou.

Em meados de 2003, a retirada mensal dos donos da Uniforja estava 15% acima da média salarial da região, graças ao retorno do lucro. Apenas uma parte das sobras financeiras, de 15% ia para o operário, o restante era reservado para investimentos e para compor o capital.

No período de 1998 a 2003, 13 cooperativas nasceram na região do ABC, em geral para assumir o controle de empresas com problemas financeiros, preservando os postos de trabalho, mantendo máquinas em funcionamento, e continuando a

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recolher impostos. Em todas elas, a nova gestão salvou a companhia e multiplicou o volume de negócios. O conceito de cooperativa, antes concentrado nos setores agrícola e de serviços, chegava ao mundo industrial.

Fora da região do ABC, outro exemplo dessa tendência era a Metalcoop, cooperativa de forjados de Salto, administrada por um grupo de 100 trabalhadores. Entre o fim de 2004 e o início de 2005, essa empresa aumentara sua produção de 150 toneladas/mês, para 350 toneladas/mês. O faturamento que chegou a R$ 1 milhão em novembro de 2004, ultrapassou os R$ 2 milhões em janeiro de 2005. A estimativa de faturamento para os próximos meses era de R$ 2,5 milhões/mês. A cooperativa está trabalhando no limite de sua capacidade de produção.•Dificuldades:

A falta de dinheiro tornou-se o principal problema para as recém-nascidas cooperativas. “Até hoje, os clientes compram matéria-prima para nós, pois não temos crédito na praça”, diz Paulo Souza, presidente da Plastcooper, fabricante de produtos plásticos. Os operários assumiram a empresa, então chamada Petit Plásticos, em abril de 2000. A empresa estava praticamente paralisada, sufocada por um endividamento que a havia levado à falência. Dos 120 funcionários, sobraram os 53 que se uniram na Plastcooper para assumir o controle da Petit. Os números melhoraram. Mesmo assim, as portas dos bancos continuaram fechadas.

Esse era o roteiro desenhado pelo sindicato dos metalúrgicos desde o nascimento da primeira cooperativa. “Primeiro, analisamos a viabilidade do produto e se há domínio da tecnologia necessária para mantê-lo no mercado”, diz Luis Marinho, que havia sido presidente do sindicato dos metalúrgicos e idealizara as cooperativas. A seguir os operários arrendavam os equipamentos. A partir daí, os resultados teriam de garantir a retirada dos cooperados, os investimentos e a poupança para a compra do patrimônio junto à massa falida.

Um dos obstáculos para a criação de cooperativas era o passado de militância sindical, “os operários tem uma tremenda dificuldade em aceitar o papel de empreendedor”, diz Heli Vieira Alves, diretor da Unisol São Paulo, entidade de apoio às cooperativas, criada por sindicatos do ABC.

Por isso o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, José Perez Feijó, tinha um plano com três pontos. O primeiro era a criação de uma escola de cooperativismo, o segundo era firmar acordos com universidades e centros de pesquisa para garantir a atualização tecnológica das cooperativas e o terceiro é garantir linhas de financiamento.

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Em 2003, havia mais de 7,5 mil cooperativas espalhadas pelo País, com cerca de 5,3 milhões de cooperados, e 171 mil trabalhadores contratados, segundo a Organização de Cooperativas do Brasil. Juntas respondiam por 6% do PIB brasileiro, e US$ 1 bilhão anual de exportações. “as cooperativas no Brasil não aparecem ainda no contexto da economia. Com a criaçãoda Unisol Brasil (União e Solidariedade das Cooperativas e Empreendimentos de Economia Social do Brasil), poderemos imprimir um novo ritmo para as atividades delas, criando redes, centrais de compras, implementando programas que nos permitam disputar o mercado com igualdade”, afirma Cláudio Domingos da Silva, o primeiro presidente da Unisol Brasil e também presidente da Metalcoop.

A Unisol Brasil foi criada para dar quatro tipos de apoios e garantir o desenvolvimento sustentável e solidário dos empreendimentos:

Apoio técnico- ao constituir uma cooperativa os trabalhadores teriam apoio jurídico e cursos de formação para administrar os empreendimentos.

Convênios e parcerias- a Unisol Brasil firmaria convênios como o assinado entre a Unisol São Paulo e o Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP.

Apoio institucional- a entidade negociaria e acompanharia a tramitação de mudanças nas legislações que afetassem a operação das cooperativas, intervindo nos processos por meio de articulação política com instituições afins e formulando propostas de legislação e de políticas públicas para o desenvolvimento e crescimento da economia solidária no Brasil.

Apoio internacional- articulação de ações conjuntas com parceiros internacionais para os empreendimentos filiados, buscando firmar parcerias, estabelecendo parcerias de comércio justo, realizando atividades de cooperação e intercâmbio de experiências e oportunidades.

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