Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 165 - maio 2018 - … · 2018. 10. 1. ·...

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Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 165 - maio 2018 - [email protected] • Editorial...............................Pág 02 • Revolução de Amor ............Pág 02 Luz da Alma........................ Pág 03 • Determinismo......................Pág 03 • Morte Prematura Entender para Aceitar ...................................Pág 04 • Tentação.............................Pág 05 • Movimento Espírita.............Pág 06 • Movimento Espírita.............Pág 07 • Uma Pedra da Pirâmide......Pág 08 • A Ética da Transformação...Pág 09 • Sob a Luz do Evangelho....Pág 10 • Violetas na Janela..............Pág 10 • Desejos...............................Pág 11 • Informação Espírita............Pág 12

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Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 165 - maio 2018 - [email protected]

• Editorial...............................Pág 02• Revolução de Amor............Pág 02• Luz da Alma........................Pág 03• Determinismo......................Pág 03• Morte Prematura Entender para Aceitar...................................Pág 04• Tentação.............................Pág 05• Movimento Espírita.............Pág 06• Movimento Espírita.............Pág 07• Uma Pedra da Pirâmide......Pág 08• A Ética da Transformação...Pág 09• Sob a Luz do Evangelho....Pág 10• Violetas na Janela..............Pág 10• Desejos...............................Pág 11• Informação Espírita............Pág 12

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EXPEDIENTEO IDEALISTAÓrgão de divulgação do Movi-mento Espírita da Região de Jaú.Editado pela USE - União das So-ciedades Espíritas - Regional Jaú.Órgão da USE - União das So-ciedades Espíritas do estado de São Paulo.

Jornalista Responsável:

Rodrigo Galvão CastroMTb 25.315

Coordenador:

Alvaro Francisco [email protected]

Diretor:

Secretário: Sônia Marli Albino Vernier

Diretor Tesoureiro:

Antonio Aparecido Rossi

Conselho de Redação:

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Diagramação e Impressão:Gráfica e Editora Rimi Ltda. R. Angelo Piva, 471 - Brotas - SPFone (14) [email protected]

Só serão publicadas matérias que estiverem de acordo com a orien-tação doutrinária do Jornal. Os originais dos artigos que não forem publicados não serão de-volvidos aos seus autores.Correspondência para este jornal enviar para: Rua General Izidoro nº 453 - sala 6Cep 17.207-270 - Jaú / [email protected]

O Idealista

EditorialTodos temos um trabalho a

realizar em cada encarnação. É a evolução do Ser.

Estamos aqui para evoluir, inte-lectual e moralmente, encarnação a encarnação, porém, ninguém sai de um patamar para outro sem o trabalho interno, íntimo e soli-tário de despertar o Ser espiritual para níveis mais elevados de en-tendimento, de equilíbrio, sendo que cada encarnação tem sua área de prioridade que o espírito elege para dilatar esses conhecimentos. Vamos caminhando e travando batalhas íntimas, intensas, de vas-tas proporções, à medida em que vamos caindo em si.

Esse buscar, esse cair em si, significa muito, pois, invariavel-mente, nos mostra considerações que temos da vida e que necessi-tam serem revistas e alteradas de-vido a interpretações contraditó-rias ao verdadeiro sentido.

Vejamos: - Judas sonhou com o domínio político do Evangelho,

interessado na transformação com-pulsória das criaturas; contudo, quando caiu em si, era demasiado tarde, porque o Divino Amigo fora entregue a juízes cruéis.

Outras personagens da Boa Nova, porém, tornaram a si, a tempo de realizarem salvadora retificação; Maria de Magdala pusera a vida íntima nas mãos de gênios perversos, todavia, caindo em si, sob a influência do Cristo, observa o tempo perdido e conquista a mais elevada digni-dade espiritual, por intermédio da humildade e a renunciação.

Pedro, intimidado ante as ameaças de perseguição e sofri-mento, nega o Mestre Divino; entretanto, caindo em si, ao se lhe deparar o olhar compassivo de Jesus, chora amargamente e avança, resoluto, para a sua rea-bilitação no apostolado.

Paulo confia-se a desvairada paixão contra o Cristianismo e persegue, furioso, todas as ma-nifestações do Evangelho nas-cente; no entanto, caindo em si,

perante o chamado sublime do Senhor, penitencia-se dos seus erros e converte-se num dos mais brilhantes colaboradores do triunfo cristão.

Há grande massa de crentes de todos os matizes, nas mais diversas linhas da fé, todavia, reinam entre eles a perturbação e a dúvida, porque vivem mer-gulhados nas interpretações pu-ramente verbalistas da revelação celeste, em gozos fantasistas, em mentiras da hora carnal ou imantados à casca da vida a que se prendem desavisados.

Para eles, a alegria é o interes-se imediatista satisfeito e a paz é a sensação passageira de bem estar do corpo de carne, sem dor alguma, a fim de que possam co-mer e beber sem impedimento.

Cai, contudo, em ti mesmo, sob a bênção de Jesus e, transfe-rindo-te, então, da inércia para o trabalho incessante pela tua redenção, observarás, surpreen-dido, como a vida é diferente.

Boa Leitura

“Mensagem psicofônica de Bezerra de Menezes por Divaldo Franco - XX Conferência Estadual Espírita Pinhais/Paraná-18/03/2018”

“Descolorida e simples, foi a maior revolução de amor; todos os equívocos foram solucionados, porque, no amor que Jesus nos ensinou, está a resposta para todas as amarguras da gente, está a resposta para nossa busca no amor, e, se nós amarmos tanto quanto Ele nos pediu, as nossas dores serão transfor-madas em alegrias do Reino de Deus.

Lembrai-vos, filhos da alma, que Je-sus é os dois extremos da vida, o zênite e o nadir das nossas aspirações. Quan-do as dores vos parecerem insuportá-

veis, quando a solidão se vos apresentar tenebrosa e fria, lembrai-vos de Jesus; uma voz sequer levantou-se para inocen-tá-Lo e eram centenas aqueles a quem Ele atendeu. Quando vos sentirdes desa-mado ou rejeitado, mantém-te a irrestrita confiança no amor e vos entregai Àquele que é a vida da própria vida. Não temais nunca, porque Ele nunca nos deixa a sós.

Elegemos o tema da mulher equivo-cada, porque todos nós carregamos um espinho na carne e nas carnes da alma. Todos nós ainda imperfeitos, somos algo Maria de Magdala ou Miriam de Migdol que o amor de Jesus nos recebe com ternura infinita, sem nos perguntar quem fomos, mas nos propõe o que seremos.

Tende ânimo. São horas muito di-fíceis de testemunho e de lágrimas, de ansiedade e de desamor, mas crede, filhos da alma, Jesus não venceu no mundo; venceu o mundo das paixões. Sede vós aqueles que podeis vencer as sombras do pretérito que vos arrebatou muitas vezes de volta aos abismos da alucinação e pagai o preço do amor, so-correi por amor, erguei por amor, libertai por amor e vos sentireis salvos, ergui-dos, amparados por alguém que lhe es-tenderá as mãos e dirá com um sorriso, ‘vinde, já atravessastes a porta estreita. Vinde a casa do meu Pai’.

Nestes dias, meus filhos, o endereço de Deus chegou aos vossos corações. Tendes agora o mapa da vitória. Cabe--vos alcançar pela rota abençoada da bondade, da misericórdia, do amor e da Doutrina libertadora dos imortais, para que a plenitude do reino dos céus desde hoje se vos instale no coração.

Muita paz. O servidor, humílimo de sempre que voz

fala, em nome dos Espíritos espíritas aqui presentes.Ide em paz.

Bezerra”

Revolução de Amor

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O Idealista Página 03

Emmanuel – livro Algo Mais

Efetivamente, na Terra de agora, as máquinas se multi-plicaram, de tal modo, que se movimentam em todas as dire-ções, mas embora a adaptação meticulosa que se te pede para o respeito devido ao progresso, podes transitar em paz, onde quiseres, desde que te mante-nhas no clima da consciência tranquila.

Nada foge ao controle divino, que tudo sabe e tudo coordena com muita sabedoria e amor. Mesmo quando só se vê des-graça no mundo e os presságios quanto ao futuro são desanima-dores, ainda assim o mal está sob as rédeas do poder soberano. A ação de Deus se processa por leis justas e imutáveis, que regem a natureza e os homens, de forma inexorável.

Não significa, porém, que a ação individual das criaturas e os acontecimentos da vida este-jam todos marcados. Admitir-se o determinismo absoluto seria imaginarmos os homens como peças de um jogo nas mãos de Deus. E um jogo com as joga-das já totalmente conhecidas e a repetirem-se indefinidamente

pela eternidade. Certamente, haverá de ser um passatempo por demais enfadonho.

Em verdade, Deus quis que fossemos participantes diretos do jogo da vida, e assim res-ponsáveis pela conquista da nossa própria felicidade. Con-cedeu-nos Ele o livre-arbítrio, a faculdade de escolher a nossa trajetória ascensional; de decidir por qual estrada queremos pal-milhar e a velocidade do passo.

A nossa reencarnação aqui na Terra se faz mediante uma programação, que não é rígida e nem detalhista, e que ocorre, via de regra, sob orientação de espíritos sábios e bondosos. Levando-se em conta as nossas necessidades de crescimento moral e intelectual, é estabe-lecido o país onde deveremos reencarnar; a família que nos receberá e o corpo que teremos; a profissão que seguiremos e o padrão de vida; igualmente se define questões relativas a casa-

mentos e filhos; e por fim, o gêne-ro da morte.

Dependendo de nossa evolu-ção, temos menor ou maior liber-dade de escolher as situações que desejamos vivenciar. Essa liber-dade será sempre limitada pelas consequências dos erros cometi-dos em vidas passadas. É que, se a semeadura é livre, a colheita é obrigatória. Por isso, necessaria-mente, teremos que nos submeter a alguns acontecimentos, normal-mente dolorosos. Cada infração cometida implica em restrição da nossa liberdade de decidir o nosso futuro. Fácil concluir, portanto, que a prática constante do bem é que nos proporcionará a liber-tação. Foi nesse sentido o ensi-namento de Jesus quando disse: “Conhecereis a verdade e a verda-de vos fará livre” (João, 8:32).

Muitas vezes, porém, após o nascimento, envolvidos pelas di-ficuldades e pelos prazeres mun-danos, deixamos que o nosso lado inferior fale mais alto e nos desvia-

mos do caminho, acabando por fazer tudo ao contrário do que foi programado. Exemplifican-do: é possível que alguém tenha estabelecido viver na Terra por 80 anos, mas, frustrado e deses-perado por causa de problemas financeiros, acabe se entregando ao suicídio, o que lhe acarretará sofrimentos inexprimíveis e o re-começo da caminhada em pró-ximas encarnações. Mas também pode acontecer de se ter progra-mado uma vida curta com mor-te dolorosa, e se conseguir uma moratória e uma morte suave, graças ao esforço na renovação moral e pratica da caridade.

Diante disso, convém que es-tejamos ligados a Deus, abertos à inspiração superior, para que, fazendo a vontade Dele e tudo aquilo que nos está reservado nesta vida, não tenhamos que re-petir lições, reparar danos, dessa maneira retardando o momento da nossa felicidade.

Anotação no DiálogoA luta competitiva, entre os

homens, tornou-se na atualida-de quase feroz em vista disputa quase indispensável a lugar e destaque, nas áreas de trabalho, contudo, é possível te conten-tes com aquilo que possuis sem prejudicar a ninguém, conser-vando o entusiasmo de viver.

Os desastres impuseram conflitos violentos, em toda parte, estabelecendo largas cri-ses de sofrimento, convidando-

-te, por isso mesmo, ao cultivo da fortaleza de ânimo, a fim de que possas facear esse ou aquele pro-blema da vida.

A tolerância talvez excessiva nos temas do afeto criou dificul-dades enormes para a descoberta do verdadeiro amor, ante as emo-ções tumultuadas que provoca, no entanto, nada te impede a fi-delidade aos compromissos assu-midos, ciente de que brincar com os sentimentos alheios pode car-rear a tragédia, em consequência.

Pensa nisso e ama o trabalho que te foi confiado, produzindo, através dele, o teu máximo de rendimento no bem.

Apesar das indagações arroja-das da ciência, que tantas vezes geram diálogos assinalados por

demasiada agressividade, guar-das as possibilidades de sus-tentar a dentro de ti mesmo, a simplicidade da própria fé.

Conserva, assim, a certeza de que, não obstante as reno-vações e provações do mundo de hoje, podes seguir adiante, na alegria do dever valorosa-mente cumprido, sabendo que entre o barulho das engrena-gens do mundo moderno e as arriscadas experimentações do homem, na hora que passa, toda criatura que se determine a guardar a paz, na intimidade da própria alma, consegue ca-minhar diariamente com Deus e, mesmo no torvelinho das ba-talhas imensas da vida interior, pode claramente ser feliz.

Donizete PinheiroMarília/SP

Determinismo

Questões a MeditarSINAL VERDE (pelo Espírito André Luiz) – Francisco Cândido Xavier

Você dominará sempre as pa-lavras que não disse, entretanto, se subordinará àquelas que pro-nuncie.

presente, pelo menos dez minutos antes, no lugar do compromisso a que você deve atender.

A inação entorpece qualquer facul-dade.

O sorriso espontâneo é uma bên-ção atraindo outras bênçãos.

Servir, além do próprio dever, não é bajular e sim ganhar segurança.

Cada pessoa a quem você preste

Zele pela tranquilidade de sua consciência, sem descurar de sua apresentação exterior.

No que se refere à alimentação, é importante recordar a afirmativa dos antigos romanos: “há homens que cavam a sepultura com a pró-pria boca”.

Tanto quanto possível, em qual-quer obrigação a cumprir, esteja

auxílio, é mais uma chave na solu-ção de seus problemas.

É natural que você faça invejo-sos, mas não inimigos.

Cada boa ação que você prati-ca, é uma luz que você acende, em torno dos próprios passos.

Quem fala menos ouve melhor, e quem ouve melhor aprende mais.

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O IdealistaPágina 04

No dia a dia da prática médi-ca, o tema que mais impressiona a todos provavelmente é o da morte prematura. Conviver dia-riamente com pacientes acima dos 80 anos de idade que apre-sentam problemas crônicos de saúde e caminham para o desen-carne, soa a todos nós como algo absolutamente fisiológico, por maior seja a dor dos familiares na hora da despedida.

Porém, quando o assunto é o desencarne de crianças, ado-lescentes e adultos jovens que se dirigem ao plano espiritual antes dos pais, nem sempre a raciona-lidade que o Espiritismo traz pode ser suficiente para acalen-tar a alma dos que ficam.

O termo “morte prematura”, talvez não seja adequado, pois não podemos pensar em uma espiritualidade superior onde as coisas são feitas de improviso. Evidentemente nos referimos aqui a prematuridade do ponto de vista físico, ou seja, desencar-nar jovem e não desencarnar an-tes do tempo programado.

Jesus foi um exemplo de mor-te prematura, desencarnando

antes de sua mãe. Mas durante todo o seu apostolado, ele deu mostras de sobra, que sabia ante-cipadamente o que aconteceria. (Mateus 26, João 2:19). Aliás esse fato foi narrado várias vezes no velho testamento, em especial por Isaias. Saber por antecipação não o impediu de levar a cabo sua missão, pois várias vezes ele afirmou que o que lhe interessa-va acima de tudo era realizar a vontade do Pai.

Para os pais que enxergam na morte do filho o fim de tudo, o sofrimento parece mesmo não ter fim, porém um outro ca-minho, de mais amor e paz in-terior pode existir. Entender o mecanismo pelo qual as doenças ocorrem é fundamental para se libertar da tristeza imensa que invade a vida dos familiares.

Enquanto houver a crença de que Deus levou, que Deus quis, como se houvesse um Senhor de barbas brancas sentado em uma mesa apertando botões coloridos escolhendo quem vai e quem fica, distribuindo benesses e con-cessões, castigos e punições, não vamos conseguir sair do lugar.

A mesmice atávica do benefí-cio para quem é bonzinho e casti-go pra quem é do mal, não aplaca

mais as nossas dúvidas e incerte-zas. Até porque, se olharmos com cuidado, quem de nós pode ser classificado como evoluído ou in-ferior? Todos sem exceção temos qualidades e defeitos. Como es-colheria então Deus?

Como explicar que uma criança de dois anos de idade, que nem teve tempo de fazer coisas boas ou ruins tenha um câncer com metástases e desen-carne após 6 meses de tratamen-to? Punição para os pais? Resgate de um carma familiar? Acreditar nessa hipóteses é diminuir Deus a um tirano despótico sem senti-mento, que castiga um inocente para punir os pais. Que tipo de amor é esse? Pois João evangelis-ta nos define Deus da única for-ma que podemos compreender. “Deus é amor!”

A resposta é uma só. Cada um responde por atos praticados em outras vidas, resgatando pelo amor, as dívidas do passado e caminhan-do com passos cada vez mais sóli-dos em direção ao Pai. Não há pu-nição, mas oportunidade. Não há fim, mas continuidade da vida, e vida plena, vida espiritual. É muito mais lógico pensar que se em outra vida, eu lesei tanto meu corpo es-piritual por atitudes e vícios, nessa vida eu limpo meu corpo espiritu-al, drenando para a carne, para o corpo físico aquilo que me faz mal.

Se você vivenciou essa situ-ação, a primeira coisa a fazer é parar de se questionar o que você fez de errado. Não há nada de errado. Está tudo certo. Je-sus nos dizia que quem quisesse segui-lo deveria pegar sua cruz e ir. Bom, chegou o momento. É a sua chance de mostrar a ele (Je-sus) que você entendeu a lição.

Creia que seu filho, seu familiar, seu amigo que desencarnou con-tinua mais vivo do que nunca, e com certeza mais feliz, porque drenou para o corpo físico algo que o impedia de crescer. Veja, a lição é clara, Deus não puniu ninguém, foi uma cobrança au-tomática imposta por compro-missos do passado. Não houve castigo, houve libertação.

No processo de aceitação e entendimento que ocorre após a morte prematura, o primeiro item é não remar contra a maré. Não lute contra a correnteza. Não se desespere, não aja como se a vida tivesse acabado. Aceite suas limitações, chore, mas sem desespero. Procure ajuda.

Abra seu coração com pessoas que estão ao seu redor, consulte um psicólogo, reuniões de tera-pia de grupo, e deixe a ferida ir cicatrizando aos poucos. E acima de tudo, não faça disso uma des-culpa para deixar de viver. Você não precisa se matar aos poucos como se dissesse para a pessoa querida que desencarnou “olhe, gosto tanto de você que eu tam-bém vou morrer”. A isso chama-mos de suicídio e não amor.

Confie e se entregue nas mãos desse Pai amoroso, que nos aco-lhe e alivia. E lembre-se, o melhor remédio para as nossas dores é ali-viar a dor do próximo. Converta esse sentimento de dor em algo sublime como a ajuda aos ne-cessitados. Em prol daquele que desencarnou primeiro e da sua própria evolução espiritual, trans-mute o sentimento e passe a ser um seareiro do Cristo. Dia virá que você será capaz de olhar pra trás e entender tudo que a vida queria lhe ensinar com esse fato.

Sérgio Vencio

Medicina e EspiritualidadeMorte Prematura

Entender para Aceitar

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Página 05O Idealista

“Há tendências viciosas que são evidente-mente próprias do Espírito, porque se ape-gam mais ao moral do que ao físico; outras parecem antes dependentes do organismo, e, por esse motivo, menos responsáveis são julgados os que as possuem: consideram-se como tais as disposições à cólera, à preguiça, à sensualidade etc.

Hoje está plenamente reconhecido pelos filósofos espiritualistas que os órgãos cere-brais correspondentes a diversas aptidões devem o seu desenvolvimento à atividade do Espírito. Assim, esse desenvolvimento é um efeito, e não uma causa.

Se a atividade do Espírito reage sobre o cérebro, deve também reagir sobre as outras partes do organismo.

O Espírito é, deste modo, o artista do próprio corpo, por ele talhado, por assim dizer, à feição das suas necessidades e à ma-nifestação das suas tendências.

Desta forma a perfeição corporal das raças adiantadas deixa de ser produto de criações distintas para ser o resultado do trabalho es-piritual, que aperfeiçoa o invólucro material à medida que as faculdades aumentam.

Por uma consequência natural desse princípio, as disposições morais do Espírito devem modificar as qualidades do sangue, dar-lhe maior ou menor atividade, provocar uma secreção mais ou menos abundante de bílis ou de quaisquer outros fluidos.

…Compreende-se que um Espírito iras-cível deve encaminhar-se para estimular um temperamento bilioso, do que resulta não ser um homem colérico por bilioso, mas bilioso por colérico. O mesmo se dá em re-lação a todas as outras disposições instinti-vas: um Espírito indolente e fraco deixará o organismo em estado de atonia relativo ao seu caráter, ao passo que, ativo e enérgico, dará ao sangue como aos nervos qualidades perfeitamente opostas. A ação do Espírito sobre o físico é tão evidente que não raro ve-mos graves desordens orgânicas sobrevirem a violentas comoções morais.

Pode admitir-se, por conseguinte, ao menos em parte, que o temperamento é de-

terminado pela natureza do Espírito, que é causa, e não efeito.

E nós dizemos em parte, porque há casos em que o físico influi evidentemente sobre o moral, tais como quando um estado mór-bido ou anormal é determinado por causa externa, acidental, independente do Espí-rito, como sejam a temperatura, o clima, os defeitos físicos congênitos, uma doença passageira etc.

O moral do Espírito pode, nesses casos, ser afetado em suas manifestações pelo es-tado patológico, sem que a sua natureza in-trínseca seja modificada. Escusar-se de seus erros por fraqueza da carne não passa de so-fisma para escapar a responsabilidades.

A carne só é fraca porque o Espírito é fra-co, o que inverte a questão, deixando aquele a responsabilidade de todos os seus atos. A carne, destituída de pensamento e vontade, não pode prevalecer jamais sobre o Espírito, que é o ser pensante e de vontade própria.

O Espírito é quem dá à carne as quali-dades correspondentes ao seu instinto, tal como o artista que imprime à obra material o cunho do seu gênio. Liberto dos instintos da bestialidade, o Espírito elabora um corpo que não é mais um tirano de sua aspiração, para espiritualidade do seu ser, e é quando o homem passa a comer para viver e não mais vive para comer.

A responsabilidade moral dos atos da vida fica, portanto, intacta, mas a razão nos diz que as consequências dessa responsabilidade devem ser proporcionais ao desenvolvimen-to intelectual do Espírito. Assim, quanto mais esclarecido for este, menos desculpável se torna, uma vez que com a inteligência e o senso moral nascem as noções do bem e do mal, do justo e do injusto.

Essa lei explica o insucesso da Medicina em certos casos. Desde que o temperamento é um efeito, e não uma causa, todo o es-forço para modificá-lo se nulifica ante as disposições morais do Espírito, opondo-lhe uma resistência inconsciente que neutraliza a ação terapêutica. Por conseguinte, sobre a causa primordial é que se deve atuar. Dai, se puderdes, coragem ao poltrão, e vereis para logo cessados os efeitos fisiológicos do medo. Isto prova ainda uma vez a necessi-dade, para a arte de curar, de levar em conta a influência espiritual sobre os organismos.”

Caro leitor amigo, permitimo-nos, para nossas reflexões, transcrever acima parte do texto escrito por Allan Kardec e inserido no livro O Céu e o Inferno, capítulo VII, so-bre a fraqueza do Espírito em relação ao seu corpo físico.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

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Página 06 O Idealista

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Página 07O Idealista

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Página 08 O Idealista

Cada um de nós é uma pedra

de grande valor na construção da pirâmide social. Cada pedra está no lugar certo da estrutura, exer-cendo uma função de extrema importância para a sustentação do edifício, do grupo familiar e da so-ciedade em que está inserida.

Ninguém é descartável. Todos são úteis e necessários para a so-ciedade, independentemente de raça, credo, cor, profissão. Mes-mo aqueles que, aparentemente, poderiam ser considerados de pouco valor para a construção do edifício social, numa visão mais espiritualizada, com cer-teza, também terão seus valores reconhecidos.

Para os nossos limitados sen-tidos objetivos, torna-se muito difícil fazer uma avaliação aba-

lizada da importância que cada um de nós tem para o todo, mas, quando conseguimos observar o nosso próximo com os olhos do espírito, estaremos vendo as suas manifestações anímicas, ou seja, estaremos vendo sua alma, sua essência em ação.

De acordo com os parâmetros sociais manifestados pela atual sociedade, seria quase impossível compararmos a importância de um profissional liberal de nível superior com um trabalhador braçal, um coletor de lixo por exemplo, pois, somente quando o lixeiro deixa de exercer sua ati-vidade normalmente, nos damos conta de sua importância e de como ele é, praticamente, indis-pensável para a sociedade moder-na com os milhões de toneladas de dejetos diários que ela produz.

Só assim nos daremos conta de quanto esse profissional é im-portante na preservação da saúde pública e que qualquer tentativa

de estabelecermos uma “hierar-quia”, certamente nos levaria a cometermos uma injustiça.

Olhando a sociedade por esse prisma, percebemos que cada pedra da pirâmide social tem sua importância fundamental para o conjunto, principalmente aque-las que são a sustentação da base da construção social.

Cada um pode melhorar sua atuação no conjunto, fazendo sempre o melhor; dando sempre o melhor de si, fazendo o má-ximo que puder, mesmo que a profissão ou a função que esteja exercendo no momento possa não ser classificada pela maioria como de grande importância.

Como no lar, nas reuniões sociais, também na empresa em que trabalha, seja ela própria, de economia mista ou estatal, empregado, sócio etc., você deve dar o máximo de si. Con-sidere que é dessa empresa que você tira seu “ganha-pão”; que é graças a ela que você sustenta sua família e educa seus filhos. É graças a sua atuação que a empresa em que você trabalha se mantém em funcionamento, dando oportunidades a tantas outras pessoas que, como você, dela sobrevivem.

Não se esqueças que sempre existe alguém vendo você. Mes-mo que você não se dê conta disso, seu comportamento pode

servir de exemplo para outros. Faça com que, quando olham para você, as pessoas o façam com o respeito que você merece, por sua atuação e pelo respeito que sua presença desperta.

Não espere que outros fa-çam pela sociedade aquilo que te compete fazer, mas procu-re fazer, além das tuas próprias funções, também aquelas que outros não conseguem ou não querem fazer.

Cada um tem sua missão ou tarefa perante a sociedade, mas nada impede que você faça além daquilo que acha que é sua obri-gação. Procure suprir as defici-ências do próximo para que a estrutura do edifício social em que você atua não se abale por falta de sustentação.

Olhe sempre ao seu lado, ao seu redor e procure descobrir falhas, não para criticá-las, mas com a intenção de ajudar a cor-rigi-las.

Descubra onde você poderá atu-ar, mesmo além das suas obrigações e das suas possibilidades. Assim outros também poderão cobrir as falhas que, porventura, você possa ter, como todos nós temos.

Se todos procedermos dessa forma, toda a humanidade será beneficiada e, certamente, es-taremos caminhando para uma sociedade mais justa e espiritu-alizada.

Valentim Antonio RodriguesJaú - SP

Uma Pedra da Pirâmide

Reuniões SociaisSINAL VERDE (pelo Espírito André Luiz) – Francisco Cândido Xavier

A reunião social numa instituição ou no lar, deve sempre revestir-se do espírito de comunhão fraterna.

Sempre que o espinho da male-dicência repontar nas flores do en-

Evite chistes e anedotas que ultrapas-sem as fronteiras da respeitabilidade.

Ante uma pessoa que nos esteja fa-zendo o favor de discorrer sobre assuntos edificantes, não cochiche nem boceje, que semelhantes atitudes expressam au-sência de gabarito para os temas em foco.

Nunca desaponte os demais, retirando--se do recinto em que determinados com-panheiros estão com a responsabilidade da palavra ou com o encargo de executar

tendimento amigo, procure isolá-lo em algodão de bondade, sem desrespeitar os ausentes e sem ferir aos que falam.

As referências nobres sobre pesso-as, acontecimentos, circunstâncias e cousas são sempre indícios de lealdade e elegância moral.

Ignore, em qualquer agrupamento, quaisquer frases depreciativas que se-jam dirigidas a você, direta ou indireta-mente.

esse ou aquele número artístico.As manifestações de oratória, en-

sinamento, edificação ou arte exigem acatamento e silêncio.

Jamais rir ou fazer rir, fora de pro-pósito, nas reuniões de caráter sério.

Aproveitar-se, cada um de nós, dos entendimentos sociais para construir e auxiliar, doando aos outros o melhor de nós para que o melhor dos outros venha ao nosso encontro.

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“Reconhece-se o verdadeiro cristão pela sua transformação moral”

Na verdade, o enunciado acima foi por mim modificado, pois a ideia original é: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral” (Capítulo XVII – item 4 – O Evangelho Segundo o Espiri-tismo). A razão é que somos igualmente cris-tãos, tendo Jesus como nosso guia e Mestre.

Dessa forma, o que seguirá abaixo serve para todos nós, cristãos e não cristãos, cren-tes ou ateus. Falar de ética é assunto que deve interessar a todos.

Caráter, temperamento, valores, vícios, hábitos e desejos são alguns caracteres que podem ser renovados ou aprimorados, razão pela qual insistimos reiteradas vezes no pro-cesso educacional da criatura, na necessidade de se proceder à uma análise profunda do nosso ser, para sairmos do obscuro de nos-sas almas, condicionadas a comportamentos milenares de conceitos equivocados.

Em assim sendo, para o homem se apri-morar, o autodescobrimento exige uma nova ética nas relações consigo e com a vida: é a ética da transformação, sem a qual, a incur-são no mundo íntimo pode estacionar em mera atitude de devassar a subconsciência sem propósitos de mudança para melhor.

Para tal desiderato, estamos todos convo-cados a efetivar uma era que seja contempla-da pela unificação ética - a união pelo amor -, pródiga de novas atitudes na edificação de uma comunidade mais sintonizada com os princípios morais nobres, exarados por Jesus, tendo a fraternidade como eixo fun-damental.

Por outro lado, deve ser observado que o maior obstáculo que enfrentaremos será transpor o interesse pessoal, o conjunto de viciações do ego repetido em várias existên-cias corporais e que cristalizaram a mente nos domínios do personalismo.

A verdadeira renovação espiritual é apren-

der a negar-se a si mesmo, sem descuidar-se, a esvaziar-se de si, desprezando as atitudes egóicas, tirar as máscaras da hipocrisia e do “pseudoamor” que vestimos, para que o ho-mem novo surja.

O Espiritismo, tendo como um dos seus principais objetivos, que é a revivência do Cristianismo primitivo, é inesgotável ma-nancial no alcance desse objetivo e creio que ele não veio ao mundo para ser mais uma corrente filosófica, mas, trazer luz, conhe-cimentos espirituais, morais, éticos que de-verão nortear a todas as demais religiões e a toda a Humanidade. Se acham que estou exagerando, procurem conhecê-lo antes de emitirem opiniões falsas e, muitas vezes, le-vianas e desrespeitosas.

O momento que estamos vivendo é de transição planetária, onde um turbilhão de acontecimentos está desequilibrando a muitos de nós, porém, esta é a hora de nos movimentarmos e remarmos contra todas as correntezas do mal que tentam nos arrastar para as sintonias menos refinadas e, iniciar-mos, o que estamos adiando de há muito. Conhecermo-nos e transformamo-nos para melhor. A hora é esta. As trombetas estão tocando, convocando-nos às mudanças ne-cessárias.

A adoção de uma ética da paz, no trans-correr da metamorfose de nós mesmos, será medida salutar, inadiável. Conviveremos bem com os outros na proporção em que estivermos vivendo bem conosco mesmos, conscientes do nosso verdadeiro papel no mundo que é fazermos bem-feita a nossa parte.

Ananias, o apóstolo chamado para curar os olhos do Doutor Tarso, quando o Mestre Jesus o chama pelo nome, o colaborador hu-milde, com prontidão e livre dos interesses pessoais, responde sadiamente: “Eis-me aqui Senhor”.

Assim, façamos o melhor, deixando o pes-simismo, as críticas ácidas, a inconformação inativa e nos coloquemos à disposição na se-ara do bem, cada qual com seus talentos e possibilidades infinitas.

Não se queixe de abandono.Ninguém está abandonado pelo Pai. Se notar que está só, que ninguém o procura, faça o inverso: procure você alguém

que precise de sua ajuda. Visite os lares pobres, as crianças necessitadas, os corações famintos de seu carinho. Derrame seu coração afetuoso no

seio daqueles que sofrem e jamais se sentirá abandonado.

Martha Triandafelides CapelottoJaú / SP

A Ética da Transformação

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMOCAPÍTULO IV - NINGUÉM PODERÁ VER O REINO

DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO

1. Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesaréia de Filipe, inter-rogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem?

Quem dizem que eu sou?” – Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que és Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas.” – Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” – Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do

Deus vivo:” – Replicou-lhe Jesus: “Bem aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. MATEUS, 16:13 a 17; S. MARCOS, 8:27 a 30.)

2. Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que fazia Jesus e seu espírito se achava em suspenso; porque uns diziam que João Batista ressuscitara dentre os mortos; outros que aparecera Elias; e outros que um dos antigos profetas ressuscita-ra; Disse então Herodes: “Mandei cortar a cabeça a João Batista; quem é então esse de quem ouço dizer tão grandes coisas?” E ardia por vê-lo. (S. MARCOS, 6:14 a 16; S. LUCAS, 9:7 a 9.)

3. (Após a transfiguração.) Seus discípulos então o interroga-ram desta forma: “Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?” – Jesus lhes respondeu: “É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.”

– Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Ba-tista que ele falara. (S. MATEUS, 17:10 a 13; – S. MARCOS, 9:11 a 13.)

RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO4. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o

nome de ressurreição.Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a mor-

te, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, por-que apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se.

Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciên-cia demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.

Romance de PatríciaPsicografia de Vera Lucia Marinzeck

de Carvalho

Lembranças vieram-me à mente. Recordei dos vasos de violetas de minha mãe, que enfeitavam os vitrôs de nossa cozinha. Pareciam as mesmas.

—E são! — disse vovó — Anézia plasma com muito amor as violetas para você. São réplicas das que enfeitam a cozinha do seu lar terreno.

—Vovó, como isto é possível? — indaguei admirada.—Sua mãe muito lhe ama e tem muita saudade. Saudade esta

que é um amor não satisfeito pela ausência do ser amado. Ela emana continuamente este amor e saudade por você. Ela não desejava ou esperava sua vinda. Está se esforçando para não pre-judicá-la, assim ela canaliza seu carinho e oferta as flores a você. É uma maneira que ela encontrou para demonstrar seu amor. É uma oferta contínua. Com nossa pequena ajuda, de seus amigos aqui, estes fluidos foram e são condensados e aí estão: maravi-lhosas violetas.

—Vovó, por que a senhora diz meu lar terreno?—Podemos ter muitas moradas. Você é amada. Cada coração

que nos ama é como um lar a nos confortar. Poderia dizer ex-lar. Mas, par todos, ele será sempre seu. Não é a casa terrena na sua moradia física, mas um lar cheio de amor, onde é lembrada com alegria, é filha, irmã, tia e amiga e não a que foi.

Aproximei-me das violetas, sua emanação fortaleceu-me. Vie-ram com um recado: “Patrícia, quero-a feliz! Amamo-la, amo--a! Não desanime, viva com alegria. Que estas violetas enfeitem onde você está, onde irá passar a maior parte do tempo”.

Aquelas florezinhas delicadas, coloridas, saudavam-me.Vovó me deixou sozinha.Mamãe gosta muito de flores, cuida delas com carinho. Não

poderia ter recebido melhor presente. Por alguns minutos fiquei a recordar acontecimentos, histórias dos vasos, dela plantando e regando as flores. De sua risada alegre, de seu carinho especial.

Senti-me fortalecer. Sorri contente. O amor forte e sincero de minha mãe acompanhava-me protegendo como sempre, dando--me coragem e alegria. Amor de mãe é como um farol a ilumi-nar seus entes queridos e a perfumar suas existências. As violetas encantavam-me, não só enfeitariam a janela do meu quarto, mas a janela do mundo novo que defrontava a minha frente.

Violetas na janela...

Violetas na Janela

Quando estiveres à beira da explosão na cólera, cala-te mais um pouco e o silêncio nos poupará enormes desgostos.

Seja qual seja o seu problema, conserve fé em Deus e fé em você mesmo, sem desistir de trabalhar. Ninguém progride sem dificuldade a vencer.

Ninguém progride sem dificuldade a vencer. A luta é condição para a vitória.

Meditações Diárias

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A palavra desejo lembra vontade, que inclusive é uma de suas definições. É

a vontade de possuir algo, de alcançar um objetivo, de ir ou estar em algum lugar, de desfrutar de algum benefício, posição, cargo, título ou até um apetite alimentar e mesmo uma atração sexual. Digamos, em síntese, que trata-se de uma aspiração humana. A própria conjugação do verbo indica: ter von-tade, sentir desejo, entre outras definições.

Entre o desejo e a conquista – seja do que for – há um espaço enorme que envolvem providências, conveniências, precipitação, capacidade, utilidade, possibilidade e ou-tros tantos desdobramentos que não é difícil imaginar e elencar.

É quando entra a disciplina de um propó-sito sempre esquecido: a educação do desejo.

Afinal, como discipliná-lo correta e co-erentemente? Como transformar esse sen-timento de querer numa fonte de alegrias para si mesmo e para muitos? As situações são variadas, claro, individuais e coletivas.

A educação, por sua vez, mais que instru-ção que se adquire, está na moralização dos próprios hábitos e comportamentos, que re-dundem em polidez, fraternidade, moralida-de e intenso esforço de melhorar a si mesmo e simultaneamente beneficiar aqueles que estão à nossa volta, em qualquer momento ou situação.

É exatamente pela ausência dessa educa-ção do querer que temos vivido o caos social da indisciplina e do desrespeito às mais ele-mentares noções de civilidade e cidadania. Fruto, sem dúvida, da ausência de constru-ção sólida desde a infância do querer educa-do. Tarefa dos educadores, mas não restrito a eles, pois que inicia-se com os pais e amplia--se para os adultos em geral. Guardamos to-dos o dever de transmitir às crianças os bons exemplos de civilidade, de desejos educados e disciplinados.

O desejo simplesmente liberado, sem re-fletir sobre consequências e desdobramen-tos, sem respeito à presença ou interesses alheios, tem sido um dos fatores da violência na vida social.

Se pensarmos bem, as agressões – inclusi-ve as econômicas e sexuais – são resultantes dos desejos desenfreados, alheios ao respeito que devemos uns aos outros e mesmo à indi-ferença aos sentimentos de outras pessoas. É o desejo desordenado, comparável à direção de um veículo sem freios ou à montaria de um animal desesperado que não controla os caminhos que vai atravessando.

É mesmo o descontrole das emoções con-vertidas nos desejos, que aguarda a correção da educação. Isso lembra as paixões.

A paixão não é um mal em si mesma, pois que da própria natureza humana. Mas ela, a paixão está no excesso acrescentado à von-tade. E podemos acrescentar: o abuso que delas se faz que causa o mal.

Voltamos à questão do desejo educado. Afinal, as paixões são como um cavalo que é útil quando está dominado, e que é perigo-so, quando ele é que domina. Reconhece-se, pois, que uma paixão torna-se perniciosa a partir do momento em que não podemos governá-la e que ela tem por resultado um prejuízo qualquer para vós ou para outrem.

Podemos notar, com facilidade, a questão, pois, da vontade, do desejo e do controle so-bre ele. Quando descontrolado e dominan-te, torna-se um mal.

Uma paixão por uma invenção, por exem-plo, dominada pela disciplina, pelos estudos e pesquisas, que elimina o fanatismo e nutre o ideal a que destina, é extraordinária no al-cance do objetivo.

Por outro lado, o desejo descontrolado, por exemplo, de uma atração sexual e, por-tanto, sem domínio que gera o raciocínio, pode gerar traumas e tragédias, sofrimento e lágrimas.

Saber desejar, direcionar a vontade, é edu-car o desejo.

A causa maior, contudo, da presença de um desejo descontrolado, está, todavia, no egoísmo. Claro que a precipitação, o não amadurecimento, o não equilíbrio emo-cional apresentam-se como ingredientes de expressão, afinal, do egoísmo deriva todo o mal. Sim, se pararmos mesmo para pensar num desejo descontrolado, em qualquer área, que gera sofrimentos, no fundo está o egoísmo do interesse pessoal. No fundo, está o desrespeito com o sentimento alheio.

Orson Peter CarraraMatão - SP

Desejos

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