ISO-RH para o colaborador. Enviado por Luiz Roberto Fava18-Jan-2006

Novas tecnologias ... Globalizao ... Tudo muito rpido. assim que o mundo atual caminha. O progresso tecnolgico temfeito indstrias e empresas trabalharem com mais qualidade no que diz respeito aos seus servios e produtos. Paraserem competitivas ou melhor, hiper-competitivas, faz-se necessrio que seus produtos e servios sejam reconhecidospor algum rgo internacional, o que vai facilitar seu comrcio em outros mercados.Parabns! Sua empresa recebeu uma certificao ISO.Em mercados competitivos, a qualidade dos produtos e servios fundamental. No Brasil, cerca de 8000 empresas j receberam alguma verso ISO, enquanto, no mundo, j so cercade 562000 certificados emitidos.Mas, como estar o outro lado? Se o selo de qualidade til para que a empresa vivae sobreviva dentro de uma trajetria competitiva, ele tambm implica em um comprometimento cada vez maior de seuscolaboradores para atender as metas que tal certificao exige. Segundo a psicloga Ana Maria L. Frana, "vive-se umaguerra de metas no interior das companhias".Cumpre ressaltar que de nada adianta o certificado ISO se a empresa nomudar sua maneira de gerir seu negcio, principalmente passando a ver seus colaboradores como seres humanos e nocomo peas da produo ou da prestao de servios. O ISO, de per si, insuficiente para causar mudanas importantes emuma companhia.Enfim, todo este processo pode causar nos colaboradores uma diminuio das atividades fsicas, do seulazer e de sua qualidade de vida como um todo. Isto poder acarretar o desenvolvimento e/ou o aumento de hbitosdeletrios para a sade, como tabagismo, alcoolismo e o uso de tranqilizantes e outras drogas, lcitas ou no. Tambmpodem ser citadas doenas como diabetes, hipertenso, obesidade, leses por esforo repetitivo (LER), asma ocupacional,desordens mentais e morte sbita. Aliado aos fatores acima descritos, a falta de concentrao e a morosidade narealizao de tarefas acabam diminuindo o rendimento profissional, o que afeta de forma negativa sua carreira e odesempenho global tanto de sua equipe como de sua empresa. Mas, o desenvolvimento de nveis elevados do estressenegativo (distress) talvez seja o fator mais significativo em todo este quadro. Finalmente, aumentam os nveis deabsentesmo e de presentesmo, o que gera prejuzos tanto para o colaborador como para a empresa. - Os prejuzos para o colaborador incluem: - afastamento, mesmo temporrio, do emprego; - risco de perda do emprego; - imobilizao de um familiar em casa para acompanhar nas visitas ao mdico e ajudar no tratamento; - queda no rendimento e na produtividade; - problemas emocionais causados pelo quadro clnico atual.J para a empresa, os prejuzos traduzem-se em: - apoio ao colaborador; - perda de horas de trabalho; - perda material provocada pela substituio, mesmo temporria, do colaborador doente; - reduo da produtividade pelo colaborador substituto; - custo de seleo, contratao e treinamento do substituto; - custo de demisso do substituto, no retorno do colaborador; - diminuio da produtividade, temporria ou no, do colaborador recuperado.Dentre as vrias causas que podem gerarriscos sade, podem ser citadas: - administradores autoritrios e autocrticos; - um ou vrios chefes; - ausncia de lderes; - aumento da competitividade; - falta de um ambiente saudvel (superlotao, m ventilao e m iluminao,etc); - prazos irreais e demandas excessivas; - sobrecarga de trabalho (produo mxima em tempo mnimo); - assdio moral; - assdio sexual; - violncia psicolgica (amedrontamento, ofensas e intimidaes por parte de colegas e chefes, intrigas e fofocas); - medo de ficar desempregado; - "puxaes de tapete"; - medo de no cumprir a tarefa; - falta de motivao (sndrome do burnout - no fazer o que gosta).Todas estas causas podem gerar inmeros efeitossobre os aspectos fsicos, mentais e emocionais do indivduo, tais como: intranqilidade, excesso de preocupao, descuidoda aparncia, baixa auto-estima, vrios tipos de doenas, angstia, dificuldade no relacionamento pessoal eprofissional, reduo na produtividade, reduo na qualidade do trabalho realizado, faltas ao trabalho, aumento do nmerode acidentes e erros, discusses ou demonstraes de irritabilidade, comentrios maliciosos sobre outros funcionrios,desconfiana, atrasos constantes, estado de humor sempre negativo, dificuldade de concentrao, estado de alertaconstante, dificuldade para dormir e relaxar, depresso, vontade de "se enfiar em um buraco e sumir" e tantas outras.Oque no deve ser esquecido que existem profisses que apresentam maiores riscos de estresse do que outras, assimcomo existem pessoas mais predisponentes ao estresse do que outras. Entre as profisses mais estressantes podemser citadas: policiais, controladores de vo, motoristas de nibus urbanos, profissionais de sade, executivos, bancrios,mergulhadores de poos de petrleo e indivduos que trabalham em rea diferente daquela para a qual seformaram.Francisco Lemos afirma que a gravidade dos fatores do estresse so trs: - as caractersticas formais das exigncias do ambiente;

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- a qualidade das respostas emocionais geradas no indivduo para encarar estas exigncias - o processo de enfrentamento utilizado pelo indivduo na troca estressante, sendo o fator-chave a interpretao, aavaliao ou o julgamento que a pessoa faz do evento estressante.Para mais, o autor afirma que: - o excesso de trabalho, como gerador de estresse, vai depender do potencial individual do colaborador e dos recursosde enfrentamento. Quanto mais hbil para enfrentar, menos estresse; - o tipo de trabalho, ao longo do tempo, provoca uma sobrecarga no indivduo. Quanto maior o esforo que o trabalhoexige, maior a probabilidade de estresse; - a maneira de exercer o trabalho a mais significativa. Depende mais do indivduo do que o trabalho em si.NosEstados Unidos, 90% dos colaboradores j passaram por uma situao altamente estressante.No Japo, o pas maisestressado do mundo, 10000 colaboradores morrem anualmente por excesso de trabalho. Estima-se que nos pasesindustrializados, 51% das doenas degenerativas tem origem nas causas acima relatadas. Nas empresas, elasrespondem por 70% da incidncia de doenas e 50% dos gastos com assistncia mdico-hospitalar. Em uma pesquisa realizada pela Mercer Human Resourse Consulting mostrou que, das 335 empresas pesquisadas, 35% delasdirecionavam apenas 9% da folha de pagamento para as despesas de sade. Entretanto, este quadro j estmudando. Muitas corporaes j esto investindo no desenvolvimento de programas de sade dirigidos a seuscolaboradores, buscando uma melhor performance, menor ndice de absentesmo e de presentesmo e reduo dedespesas. As empresas esto percebendo que o seu maior patrimnio reside nas pessoas que trabalham com elas e paraelas e que somente a capacitao intelectual de seus colaboradores no o bastante.Nos dias de hoje, muitas empresasesto investindo na sade de seus colaboradores, com resultados altamente satisfatrios. Tanto a empresa como seusfuncionrios acabam lucrando com esta mudana.Para a empresa, o lucro traduz-se em aumento da produtividade,deminuio de absentesmo e do presentesmo, diminuio do nmero de acidentes, diminuio do turn over e reduo dasdespesas mdicas. J, para o colaborador, os benefcios so: alvio do estresse, melhoria da postura, ter seu interessedespertado para a prtica de hbitos saudveis, maior interesse para a prtica de alguma atividade fsica, alvio dedores musculares, mais disposio e maior motivao para o trabalho, melhoria no relacionamento interpessoal e maiorpoder de concentrao.Estima-se que nas empresas o desenvolvimento de um programa direcionado sade propicie umretorno financeiro de 3 a 5 vezes sobre a verba aplicada na implantao de tal programa.A Dupont (Estados Unidos) jimplantou mais de dez programas direcionados sade e qualidade de vida de seus colaboradores. Conseguiu umadiminuio de 13% nos custos de assistncia mdico-hospitalar aps um ano. A General Electric (Estados Unidos) jatingiu um retorno financeiro de 6 para 1, empregando programas relacionados aos aspectos fsico-mentais, sociais eambientais. Empresas nacionais, como o grupo Po de Acar, Elektro, Natura e outras tantas, j adotaram programasdirecionados sade global de seus colaboradores.Um programa completo para ser implantado sempre parte de umdiagnstico para ser adequado realidade da empresa e de seus colaboradores. Isto pode incluir: - ginstica laboral, exerccios de aquecimento, alongamento e relaxamento realizados antes, durante e aps oexpediente; - condicionamento fsico, visando uma mudana no estilo de vida, reduo dos fatores de risco sade e desenvolvimentoda capacidade fsica geral dos indivduos; - ginstica para executivos, exerccios de condicionamento fsico para pequenos grupos de forma personalizada; - avaliao fsica, junto com o exame mdico, com o objetivo de avaliar a condio fsica atual para compara-la com asavaliaes posteriores; - palestras relacionadas aos temas como benefcios que podem ser conseguidos com a atividade fsica, mudanas noestilo de vida e melhoria da qualidade de vida; - sala de fitness, instaladas no espao fsico da corporao com o intuito de melhorar o condicionamento fsico doscolaboradores; - realizao de eventos esportivos e de lazer, objetivando a aproximao das pessoas, melhoria nas relaes humanas eintegrao entre os diferentes setores da empresa; - prticas esportivas, onde os colaboradores podero se iniciar em esportes como futebol, vlei, tnis, etc.Outros tiposde tratamentos relaxantes j se tornaram rotineiros em vrias empresas.Hoje em dia, vrias clnicas, esteticistas eempresas j prestam servios diretamente em corporaes para aplicar terapias antiestresse nos colaboradores. Estestratamentos incluem: vrios tipos de massagem (massagem, quick massage,shiatsu, anma), sesses de RPG(Reeducao Postural Global). reflexologia, reiki, cromoterapia, aromaterapia, escalda-ps em um mini-ofur, ioga emeditao. J, os servios estticos incluem manicure, pedicure, drenagem linftica facial e corporal e ultra-som paracombater a celulite.ependendo do diagnstico final, podero integrar a equipe destes programas outros profissionais,como psiclogos e nutricionistas.Tambm deixo algumas sugestes para que cada colaborador possa melhorar seurendimento: - buscar o equilbrio e evitar os excessos; - desenvolver uma auto-estima positiva; - ser honesto com os prprios sentimentos, comportamentos e pensamentos; - trabalhar de forma satisfatria e investir nisso; - ter uma vida com mais tempo para a famlia; - ter uma filosofia de vida coerente; e, - respeitar os limites e limitaes impostas pelo tempo, espao, corpo, conscincia e pela vida em si.Uma certificao devetrazer mudanas administrativas, gerenciais e de recursos humanos. Tais mudanas organizacionais so fundamentaispara que haja melhorias nos seus produtos e servios assim como melhorias nos aspectos fsicos, mentais e emocionaisde seus colaboradores.Por fim, fao a seguinte sugesto para empresas certificadas e que tenham desenvolvidoprogramas de ateno sade de seus colaboradores. Se o resultado foi positivo e houve o retorno esperado, que esta

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empresa parabenize e fornea um certificado ISO-SH para cada funcionrio que atingiu os objetivos visados.Um ISOpara Seres Humanos que, afinal, todos ns somos. Cirurgio-dentista, especialista em Endodontia, desempenhando estaatividade h mais de 30 anos. Experincia de igual nmero de anos como professor, pesquisador clnico econferencista de temas ligados especialidade Desde 2003 se dedica ao estudo de temas ligados s reas de qualidadede vida, motivao e sucesso,ministra cursos e palestras e publica artigos nestas reas.

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