Ribeira Verde

Propriedade e Redacção:União das Freguesias da Freixian-da, Ribeira do Fárrio e FormigaisTelef./Fax: 249 550 222E-mail: jornalribeiraverde@sapo.pt

Fundadores:Junta de Freguesia de Ribeira do Fárrio e Centro Social Ribeira do Fárrio

Colaboraram neste número:Rita Costa e Sónia Oliveira.

Impressão: Gráfica Pessoa Caxarias Tel. 249 574 222

Tiragem: 350 - Preço: 1 EuroAnual Continente: 10 EurosAnual Europa: 15 EurosAnual E.U.A. e África: 19 Euros

Presença e Notícias da União de Freguesias da Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais

Ano 21 – N.º 113 – julho/agosto de 2016 JORN

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Foto: António Ferraz

A 10 de julho de 2016, o mundo assistiu a um feito glorioso que ficará para sempre na memória das gerações. Num percurso marcado pela humildade e persistência, a nossa selecção ganhou o Europeu de Futebol. Muitos são os ensinamentos que pode-mos adquirir desta vitória, começando, talvez, pela história de vida dos jogadores até chegar ao carácter do seu mestre que, sem qualquer medo e sem qualquer sinal de vergonha, assume perante um mundo expectante que a sua força chama-se Fé e o seu melhor Amigo chama-se Jesus. Que testemunho gigantesco o deste Homem! Mas esse testemunho não se traduz em apenas um ou dois minutos, o tempo em que o ouvimos ler a carta. Antes se reflecte em cada minuto da sua vida calma e serena, própria de uma confiança desmesurada que só pode vir de Deus.

Ama o teu próximo, caminha na luz, confia, pedi e recebereis. Quando muitos cri-ticaram, Fernando Santos remeteu-se ao silêncio interior, a melhor arma de todos os tempos, e buscou sabedoria. No meio das agressões, respondeu com prudência.

Contra o negativismo, insurgiu-se com esperança no outro. Conduziu os seus rapazes num caminho de luz e enquanto não alcançou, não descansou. A sua paciência deu-nos o fruto, do qual não queríamos só metade. E, por isso, uma nação inteira rejubilou 109 minutos depois.

Num tempo ainda profundamente marcado pela crise, não devemos ter vergonha de festejar. Pulemos de alegria se assim o desejarmos. Não deixemos para amanhã as nossas manifestações de felicidade e leveza. Elas tornam-nos seres mais capazes, seres mais confiantes, seres efectivamente mais felizes.

Juntos voamos, com toda a certeza, mais longe. Mas o voo será definitivamente mais intenso e mais longo se tivermos um melhor Amigo. Sem medo e sem vergonha de O assumir e de O testemunhar.

EDITORIAL

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Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Festa do Crisma na Igreja da Ribeira do Fárrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .“A boa vizinhança” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Passeio Sénior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Festas de Verão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Regresso às aulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Notícias do Gruder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .“Não sei... Mas quero saber!?” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pela sua saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Postal do Fárrio para Jorge Gil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Memórias da professora Emília Serra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Sumário

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“Enquanto não alcançares não descanses.De nenhum fruto queiras só metade”

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Iam em jejum para a missa, salvo um ou outro que aconchegava o estômago em casa. Depois da celebração, a fome aper-tava e ali não havia nada para comer. A padeira tem fila até à curva da estrada e bolos não é coisa para homem ao pequeno-almoço. Juntaram-se 4 ou 5 e seguiram até ao S. Pedro da Avanteira para comer uma bifana e beber uma selha de vinho. Mas uma bifana é pouco e duas saíam caro!

Começaram a ser cada vez mais e entraram no ritmo. Decerto que, aquando dos avisos proferidos pelo Sr. Prior no final da missa, já as barrigas davam horas e o pensamento se desviava para os praze-res da comida. Mas, com o tempo, e com o grupo crescido para cerca de uma dúzia, cismaram ideia melhor! A bifana come-se à vez em casa de cada um. E assim acontece todos os domingos. Por entre o Fárrio, Ruge-Água e Mata, os amigos se vão juntando e comendo tão famoso conduto.

Quando o relógio marca a hora de almoço, lá se apresentam à mesa da fa-mília, uns já com fome, outros nem por isso. Há domingos, raros, em que dizem “para a semana juntamo-nos no parque das merendas e vocês vão também. As mulheres só vão para comer, que nós tratamos de tudo”. E assim se convive nas terras da Ribeira, porque a vida é para ser bem aproveitada na companhia dos amigos.

Foi em ambiente de grande festa que 58 jo-vens das paróquias de Ribeira do Fárrio, Rio de Couros, Formigais e Freixianda receberam o Sacramento da Confirmação, a que mais fre-quentemente chamamos Crisma, no dia 10 de julho. Aconteceu na Igreja Paroquial do Fárrio, às 16h30.

O espaço foi pequeno para acolher o núme-ro de fiéis que ali compareceram. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano, D. António Marto, e concelebrada pelos párocos Pe. David Barreirinhas e Pe. Joaquim Baptista, e ainda pelo Padre Sérgio Henriques.

A cargo dos crismandos ficou a liturgia e o ofertório. Ao altar levaram os dons e alguns símbolos representativos dos 10 anos de cate-quese, um caminho que percorreram e que os ajudou a crescer na fé.

D. António Marto estava feliz. A celebração decorreu com dignidade e com muita ordem, frutos de um trabalho prévio leva-do a cabo pelos párocos, jovens crismandos, coro e acólitos.

Pelo Sacramento da Confirmação, estes jovens tornaram-se adultos na fé e as comunidades paroquiais esperam deles. Esperam que sejam jovens comprometidos com Cristo e com a sua Igreja. Mas, neste âmbito, outras questões se levantam. A verdade é que, muitas vezes, a Festa do Crisma transforma-se na festa do adeus. E porquê? Porque muitas vezes é encarada como o fim do sacrifício que é a catequese. Porque muitas vezes, aqueles que foram assíduos durante 10 anos, desaparecem e voltam apenas no dia em que querem ser padrinhos. Ou não voltam.

Aos que ficam, parabéns! Por não terem medo nem vergonha de assumirem e testemunharem Cristo e por fazerem Dele um companheiro para a vida.

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Festa do Crisma ou festa do adeus?

Os amigos da bifana

Foto: António Ferraz

Fotos: António Ferraz

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“A boa vizinhança”Por José Eufrázio

Aos assinantes do “Ribeira Verde”Relembramos aos assinantes do nosso Jornal “Ribeira Verde” que poderão efetuar o pagamento da sua assinatura

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Valor da assinatura: Portugal: 10,00€ | Europa: 15,00€ | Extra-Europa: 19,00€

Ia-se para a Pexigueira, a Ladeira, a Brimbela, o Vale da Cavada, a Resaira das Hortas, as Lameiras, a cerrada do Zé Dias, os Louros, e as portas ficavam fechadas, apenas, com trincos e aldrabas. A chave era pouco usada. E, quando usada, era dei-xada num buraco da parede, junto à porta.

Os animais pernoitavam em currais, resguardados, simplesmente, por toscas portinholas de madeira, presas por uma taramela. Não obstante, não me recordo de ouvir falar em roubos de gado, ou de assaltos a galinheiros e coelheiras. As visi-tas da raposa ou do gineto, essas sim, causavam estragos, de vez em quando.

A cachopada frequentava, livremente, as casas e pátios da vizinhança. Casas ha-via, como a da Ti Jequina, que estavam sempre abertas, para receber quem quer que fosse. Outras, como a do Ti Charneca, resguardavam mais o seu círculo fami-liar.

Cultivava-se a ajuda mútua nas lides do campo, e acudia-se aos vizinhos nas suas desgraças. Ficou-me gravada na me-mória a imagem do Ti Lagoa, certa noite, a tiritar sentado na cama, após a invernia lhe ter derrubado uma das paredes do quarto onde dormia. Todos vieram acudir. Ele e a filha puderam, mesmo, ir viver para uma casa devoluta que tínhamos no Covão.

A entreajuda, a confiança mútua, a boa vizinhança, eram valores essenciais à subsistência e coesão de toda a comunidade.

ÓBITOSFREIXIANDA

Dia 31 de agos-to, Fernando Gonçalves Pe-reira, de 79 anos, casado com Julia Rosa Marques, do lugar dos Cama-rões.

u Dia 02 de julho, Arminda Jesus das Neves, de 82 anos, residente em Ramalheira.u Dia 10 de julho, Maria Joaquina, de 89 anos, residente em Charneca.u Dia 5 de agosto, Paulo Assunção Pereira, de 76 anos, residente em Besteiros.u Dia 18 de agosto, Maria dos Anjos de Jesus Gonçalves, de 78 anos, residente em

Aldeia Sta. Teresa.u Dia 19 de agosto, Maria Emília Gonçalves Costa, de 75 anos, residente em Abades.u Dia 31 de agosto, Ana Cristina Nunes Pereira, de 33 anos, residente no lugar do

Casal Pinheiro. Foi sepultada no cemitério de Nossa Senhora das Misericórdias, em Ou-rém.

u Dia 06 de julho de 2016, Piedade Maria, viúva de Manuel da Graça Silva, de 92 anos, do lugar de Formigais.u Dia 8 de agosto, Manuel Ferraz, viúvo de Natália Gomes, de 84 anos, do lugar de

Formigais.

FÁRRIO

FORMIGAIS

No dia 17 de agosto, recebeu o sacramento do Batismo Alice Luís Gonçalves, Filha de João Paulo Marques Gonçalves e de Carla Alexandra Duarte Luís, do lugar dos Camarões. Foram padrinhos Alexandre Soares Moniz de Oliveira e Elizabete Marques Pereira.

Baptizado

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. Dia 21 de agosto, contraíram matrimónio, na Igreja paroquial da Ribeira do Fárrio, Micael Mar-ques, do lugar de Ruge-Água e Sara Marques, de Torres Novas. Presidiu à cerimónia o Padre Go-mes, da Mata do Fárrio.

como as pipas antigas. No final, todos os participantes tiveram a possibilidade de participar numa prova de vinhos aí produ-zidos.

O almoço decorreu no antigo Parque de Campismo e, durante a tarde, houve animação com a ar-tista Lelita. Quem quis pôde ain-da visitar a Cidade de Alcobaça, o Mosteiro e o centro histórico.

Formigais e, após o encontro de todos os idosos da Freguesia, lá foram divididos por 8 autocarros em direção a Alcobaça.

Chegados aqui, e devido ao grande número de participantes, um grupo dirigiu-se ao Museu Raul da Bernarda e outro ao Mu-seu do Vinho.

No museu Raul da Bernarda pôde observar-se duas exposi-ções: uma sobre os Trajes do Ran-cho do Alcoa, alusivos à louça de Alcobaça”, e outra da “Coleção de Cerâmica Raul da Bernarda”.

Já o Museu do Vinho, instala-do na antiga adega de Alcobaça, é composto por um espólio de mais de 8500 peças móveis, entre as quais garrafas de vinho antigas, todos os artefactos necessários para a produção do vinho, bem

Passeio Sénior

No dia 7 de julho decorreu, à semelhança dos anos anteriores, o Passeio Sénior para os idosos da União das Freguesias de Freixian-da, Ribeira do Fárrio e Formigais, organizado pela Câmara Munici-pal de Ourém, com a colaboração da Junta de Freguesia.

A partida foi às 8h00 em dire-ção a Ourém, onde se reuniram os idosos da Freixianda, Fárrio e

Casamentos

. Contraíram matrimónio na Igreja Paroquial da Golegã, no dia 25.06.2016, Tiago Alexandre Gon-çalves Marques, filho de Emília Gonçalves Simões Marques Isa-bel, natural da Reca, e Maria Inês Iria Nabais.

. Dia 20 de agosto, contraíram matrimónio, na Igreja Paroquial da Ribeira do Fárrio, Sílvia Men-des, do lugar de Ruge-Água, e Ri-cardo Monteiro, natural do Vale das Antas, freguesia de Urquei-ra. A cerimónia foi presidida pelo padre Manuel Serra.

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Festas de VerãoCom a chegada de mais um verão, chegou também a época das festas e arraiais. Durante os meses de julho e agosto, terão

sido poucos, ou mesmo nenhum fim-de-semana, em que numa das muitas capelas ou Associações da Freguesia não tenha havido festa, arraial e, claro está, o bailarico.

Logo nos primeiros dias de julho, na Capela de São Pedro, na Avanteira, Casal Pinheiro, comemorou-se a Festa em Honra de São Pedro. De sexta a domingo foram três dias de animação com as atuações do Grupo Thema1, Manuel Braz e PA3. No domingo teve lugar a missa solene, procissão e, durante a tarde, demonstração de Paraquedismo.

Nos dias 15, 16 e 17 foi a Associação Desportiva de Formigais que comemorou o seu aniversário. A música ficou ao cargo da Ban-da NKZ na sexta, Manuel Braz no sábado e PA3 no domingo.

Logo no fim de semana seguinte, dias 22, 23 e 24 realizou-se a festa do GRUDER, na Ribeira do Fárrio. Atuaram na sexta-feira

os Só Ritmo, no sábado o Grupo Manuel Braz e, no domingo, o Duo Mikas.

Nos dias 27 e 28 foi na Capela da Perucha que realizou, a festa em Honra do Santo Padroeiro, com baile no sábado e no domin-go.

Com a chegada do mês de agosto, o número de festas aumenta, havendo mais que uma por fim de semana. No dia 5 de agosto, uma vez mais no Fárrio, o GRUDER realizou a sua XII festa da Cerveja. No mesmo fim de semana, Formigais realizou a sua Festa em Honra de São Vicente, com Procissão das Velas na sexta, baile no sábado com a atuação do Grupo Musical Classe Media. No domingo teve também lugar a missa solene, seguida da procissão e, durante a tarde, atuação do artista popular Luizinho de Portugal e baile com

o Grupo Manuel Braz.

No dia 11 foi a Liga de Amigos de Bombeiros que organizou, a II Festa do Emigrante, com a atuação do Grupo Manuel Braz.

Nos dias 13 e 14 de agosto, a festa foi na Capela da Ramalheira onde houve baile no sábado com Graciete e no domingo, durante a tar-de, atuação do rancho “Rosas de Portugal” e baile com o Grupo PA3.

Nestes mesmo dias, a Associação Cultural e Recreativa Vale do Nabão comemorou o seu 40º aniversário. No sábado, a animação ficou a cargo do Jonh Michel e, no domingo, houve atuação do Rancho da Casa “Lírios do Nabão” e do Grupo Folclórico ACR de Dure – Braga. À noite foi a vez da Lelita, madrinha do Rancho aniversariante, subir ao palco.

No domingo dia 14 e segunda dia 15, a festa foi na Capela da Cume-ada. Com atuação do Grupo RGN Music e Paulo Sanches & Nuno Men-des.

Nos dias 20 e 21 de agosto foi a Charneca que realizou a festa em honra do seu Santo Padroeiro.

E o agosto termina com a festa em Honra de Nossa Senhora das Candeias, na Igreja Paroquial da Freixianda. No dia 27, sábado, atuou a Banda Réplika e, no domingo, dia 28, durante a tarde houve atuação da banda filarmónica do Outeiro Grande e do Rancho Fol-clórico de São Pedro da Palhaça. À noite, a música ficou a cargo de Ângelo Miguel e Anabela.

Este é um tempo de férias, regresso dos emigrantes à sua terra Natal que fazem das festas um ponto de encontro e uma maneira de matar saudades de quem já não veem há muitos meses ou mes-mo anos.

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2 DE OUTUBRO 33.o ANIVERSÁRIO DO RANCHO FOLCLÓRICO

ROSAS DE PORTUGAL (CHARNECA)2 RANCHOS CONVIDADOS / ALMOÇO CONVÍVIO

Regresso às aulasFamílias vão gastar, em média, 455 euros com regresso às aulas

calçado para criança (ou adulto, no caso dos pais que estudam), equipamentos e artigos de desporto (48%), despesas de educação excluindo material esco-lar (41%), artigos de informática exceto computadores (30%), artigos de conforto para a casa (16%), telemóvel para o edu-cando (14%), computadores portáteis ou desktop (12%) e automóvel ou scooter para as deslocações para a escola (1%).

Estas compras serão pagas, em par-te, com cartão de crédito. Mais famílias admitem usar esse meio de pagamento (27% face a 25% em 2015), mas o valor médio a utilizar diminuiu: de 267 euros, em 2015, para 236 euros, em 2016.

Para chegar a este valor médio, há dois grupos nos extremos: 24% vão pa-gar até 99 euros com cartão e 39% vão liquidar mais de mil euros ao cartão de crédito. Paralelamente, também mais famílias contam utilizar cartões de fi-delização para as referidas compras: 58% (47% em 2015).

A boa notícia é que também au-mentou ligeiramente a percentagem de famílias que diz ter algum tipo de pou-pança para a educação: 30% face a 29% em 2015.

Há também uma maior percentagem (14%) a pretender constituir uma pou-pança para esse fim, embora a maioria (47%) não tenha e diga não o pretender fazer. Há ainda uma despesa que se mantém durante todo o ano letivo.

Os pais portugueses planeiam des-pender, em média, 20 euros por sema-na para os filhos gastarem em tempo de aulas (para alimentação, papelaria e outros gastos).

A maioria (25%) entregará aos filhos até 10 euros por semana, muito perto dos que darão uma semanada entre 11 e 20 euros (24%).

Vestuário e calçado são um gasto incontornável e o cartão de crédito vai pagar, em média, 236 euros da conta. Em média, vão gastar menos 73 euros que no ano passado

As famílias portuguesas contam gastar 455 euros com o regresso às au-las, menos 73 euros do que há um ano. E vão recorrer mais ao cartão de crédito para ajudar a pagar a conta, apesar de o valor a gastar ser menor.

Em 2015, esse valor a crédito ascen-dia a 267 euros e, este ano, fica-se pe-los 236 euros. Vestuário e calçado (78%), artigos de desporto (55%) e despesas de educação (46%) lideram as intenções de compra, de acordo com o Observador Cetelem.

No universo inquirido neste estudo (600 pessoas de ambos os sexos, en-tre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal continental), 38% possuem filhos em idade escolar e 7% possuem ainda pais a estudar no agregado fa-miliar.

A maioria dos filhos (33%) frequen-ta o ensino básico entre o primeiro e o nono ano de escolaridade no ensino público (87%). "O número de famílias com filhos a estudar no ensino público aumentou ligeiramente em 2016 (87% face a 85% em 2015).

Destes, praticamente a totalidade pretende manter os seus filhos no mes-mo tipo de ensino no futuro", destacam os responsáveis pelo estudo, adiantan-do que as razões mais invocadas para

a transferência dos filhos do privado para o público prendem-se com “o filho já estar crescido e não necessita de an-dar no privado", motivos financeiros, o fim do ciclo e a escola privada que fre-quenta não ter mais anos escolares e, por fim, a boa qualidade do ensino pú-blico.

A maioria das famílias realiza as compras de material escolar em dois momentos: primeiro os livros (54%) e depois o restante material. Essas com-pras são feitas, geralmente (48%), duas semanas antes do início das aulas e to-das de uma só vez (59%). Só o material dos pais que estudam costuma ir sen-do comprado ao longo do ano escolar (65%).

Nestas compras, é o comércio tradi-cional que vence a preferência dos con-sumidores: 80% das compras são feitas em papelarias, 65% em hiper ou super-mercados e 22% efetua-as online.

As papelarias e as compras online mantiveram a preferência dos consumi-dores, este ano, mas os hipermercados tinham, há um ano, 83% de intenções de consumo para as compras de regresso às aulas.

Este ano, aumentou a intenção de as famílias adquirirem manuais escolares novos: 94% irão fazê-lo, ainda que 19% mantenham, paralelamente, a intenção de comprar livros em segunda mão e 18% planeiem pedi-los emprestados a familiares e amigos.

Há um ano, 33% admitiam comprar manuais escolares em segunda mão e 27% pediam emprestado, de acordo com o estudo realizado pela Cetelem, uma empresa especializada na concessão de crédito.

No regresso às aulas, a maioria (74%) tenciona gastar dinheiro em vestuário e

Férias AtivasO GRudER, durante os meses de julho e agosto, levou a cabo duas atividades de forma a promover a prática despor-

tiva e ocupação de tempos livres nos meses de Verão. desse modo, foram criadas as atividades do “dia na Piscina” e o “Futsal em julho”.

Futsal em julhoEsta atividade desenrolou-se no mês de julho com treinos de futsal

de segunda a sexta-feira para crianças dos 5 aos 16 anos e contou com cerca de 15 participantes que puderam, assim, durante o primeiro mês de férias, manter contacto com a modalidade que praticam ao longo do ano ou, em alguns casos, iniciar a sua prática.

Dia na Piscina Esta atividade desenrolou-se todas as quintas e sextas-feiras dos me-

ses de julho e agosto com o apoio do Município de Ourém e permitiu aos participantes desfrutar de um dia na piscina Municipal de Ourém. A atividade obteve bastante sucesso já que contou com a participação de 75 crianças ao longo dos dois meses com idades entre os 8 e os 16 anos, que puderam aproveitar parte das suas férias da melhor forma.

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NOTÍCIAS DO GRUDERpor Tiago Pereira

Futsal - Época 2016/17Com o final do Verão aproxima-se a chegada de mais uma época desportiva e o GRUDER

irá dar continuidade ao seu projeto de escolinhas de futsal que abrirão já no próximo dia 6 de Setembro. Na nova época desportiva serão mantidos os mesmos escalões de formação da época passada:

· Petizes e Traquinas (nascidos entre 2008 e 2012), treinos ao sábado das 10:30h às 12:00h;· Benjamins (nascidos em 2006 e 2007), treinos às quartas e sextas das 19h às 20:30h;· Infantis (nascidos em 2005 e 2004), treinos às quartas e sextas das 19h às 20:30h;· Iniciados (nascidos em 2002 e 2003), treinos às terças e quintas das 19h às 20:30h

Desta forma, o GRUDER procura afirmar mais ainda o seu projeto desportivo ao nível distrital no futsal de formação, através de um crescimento estável e sustentável, para que os seus objetivos ao longo da época possam ser atingidos.

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Não sei....... Mas quero saber!?um computador. Será que me tornei um ignorante tecnológi-co? Imposições da sociedade?”

Vendo esta visível e nova realidade à vista de todos nós, e notando que todos temos possibilidades de ter acesso a ela, poderemos então aferir que nos deixámos intitular de “novos incultos”. Recentemente um amigo meu me comentou: “não sabendo informática nos dias de hoje é como não ter a quarta classe do antigamente!”.

Vamos então pensar e ganhar coragem que está na hora de - não sei mas quero saber destas coisas, não deve ser ne-nhum “bicho-de-sete-cabeças”, se materialize.

É com este pensamento e com autoestima que nos deve-mos integrar nesta sociedade já dita muito técnica, na qual todos queremos pertencer, fazendo parte ativa. Vamos meter mãos à obra. Nunca é tarde para adquirir conhecimento.

Vamos combater este conformismo de dizer: “estas coi-sas já não são para mim.”

Prof. Nuno Dias

Não é com certeza desconhecido por todos nós, e essen-cialmente pelos nossos pais e avós, ou seja, num passado não tão longínquo; quando se ouvia a exclamação “não tens a quarta classe!”. Não ter este diploma pressupunha ser-se uma pessoa iletrada, analfabeta. Felizmente que esta cicatriz desapareceu com o aparecimento de um sistema educativo equitativo e justo, onde todos nós desde ao nascer temos direitos fundamentais consagrados na nossa constituição; o direito à educação é um deles.

Hoje, na atualidade, e com o aparecimento das novas tec-nologias, facilmente ficamos desenquadrados e disfuncio-nais na sociedade. A velocidade com que somos regalados com estas tecnologias e com a substituição das mesmas, leva-nos a pensar se o futuro não é hoje.

Constatando assim todos estes fatos e para todos aque-les que já são pais, alguns avós e outros bisavós, se interro-gam: “ Estarei eu a viver na obscuridade na consequência de não saber o que os meus filhos, netos, bisnetos fazem com

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venção psicoterapêutica de abordagem cognitivo-compor-tamental (segundo os estudos mais recentes tem elevada taxa de sucesso e durabilidade de tratamento). Na interven-ção psicoterapêutica cognitivo-comportamental, a menos conhecida por parte dos leitores, o acompanhamento tem uma forte componente didáctica, ou seja, investe-se bas-tante tempo a explicar os aspectos relevantes e contributi-vos para a manutenção da depressão e do funcionamento dos pensamentos que estão associados. Perante isto e a presença concomitantemente de outras desordens, sobre-tudo ansiedade, a sua presença é avaliada e desenha-se um acompanhamento terapêutico que permita tratar qual-quer outro problema que possa existir. Para tratar a depres-são focam-se aspectos como mudança de comportamen-tos, mudanças de pensamento, aprender a lidar de forma diferente com as necessidades e problemas, entre outros.

É um trabalho que depende da particularidade de cada cliente, visando a retoma rápida do equilíbrio, numa primei-ra fase, e a aquisição de competências de auto-gestão que possam servir para a manutenção do bem estar.

Em termos farmacológicos, o tratamento passa pela toma de antidepressivos, prescritos pelo psiquiatra. Aqui é de ressalvar que apenas deve tomar a medicação que for prescrita pelo médico, pois muitas vezes, verifica-se o erro comum de tomar a medicação do seu “vizinho” que tem o mesmo “problema”.

Esteja atento, a dEPRESSÃO é uma doença!

CARNES FRESCASE ENCHIDOS

Rua D. Afonso Henriques, 52435-278 FREIXIANDA (Ourém)

Telef. 249 550 978 - Tlm. 967 808 121

Talho PINTOde: Paulo Jorge Caixinha Pinto Aldeano

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“Entender a Depressão”Pela sua saúdePela sua saúdepor Enf.ª Carla Marques

de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) mais de 350 milhões de pessoas sofrem de de-pressão. Esta patologia afeta muito mais mulheres do que homens, no entanto, são eles que cometem mais suicídio.

Em Portugal, estima-se que, em cada ano cerca de sete por cento da população sofra de depressão e que ocorram mais de mil mortes por suicídio; sendo o país com maior taxa de incidência da Europa.

Então, mas o que é a depressão?Não é apenas caracterizada por tristeza que persiste.

Para além da tristeza prolongada e desinteresse, a pessoa deprimida fica sem vontade ou prazer de levar a cabo ac-tividades que anteriormente realizava com prazer, sentin-do-se com falta de energia ou cansaço persistente. Muitas vezes verificamos que a pessoa deprimida apresenta quei-xas relacionadas com funções vitais do organismo, conse-quentemente dá-se uma modificação no apetite (excesso ou falta de apetite), as horas de sono também ficam alte-radas (sonolência ou insónias) e o desejo sexual diminui gradualmente. Ao mesmo tempo que todo corpo começa a manifestar sinais de depressão, é frequente que a pessoa deprimida se sinta inútil, com uma auto-estima diminuída, apresentarem ideias relacionadas com a morte e incapaci-dade para realizar tarefas que habitualmente faziam com facilidade. Se estes sinais permanecerem por mais de duas semanas é necessário estar atento, pois precisa de acom-panhamento de um especialista.

Sintomas frequentes:· Humor deprimido durante a maior parte do tempo;· diminuição de interesse ou prazer em todas as actividades;· Perda de peso(sem dieta) ou aumento de peso significativo;· Insónia ou sonolência quase todos os dias;· Inibição/lentidão de movimentos;· Agitação;· Náuseas, alterações gastro-intestinais;· Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;· Sentimento de desvalorização ou culpa excessiva;· Pensamentos recorrentes acerca da morte, ideação suicida, tentativa de suicídio.

Tratamento:Existem dois tipos de tratamento, a forma farmacológica

(que requer acompanhamento de um psiquiatra) e a inter-

Casa Mortuária da Ribeira do FárrioObras iniciam em Setembro

Após aprovação do projeto e respetivo licenciamento, as obras da Casa Mortuária terão início já em Setembro. Neste projeto, adjudicado por 89.918,39€, contemplam-se uma sala de velório, uma sala de arrumos e uma copa, man-tendo-se as casas de banho públi-cas ao serviço da população de for-ma autónoma à Casa Mortuária.

Implantada entre o Mercado e a Capela Velha, esta é uma obra de grande importância para a freguesia que há muito esperava um espaço com mais condições para velar os seus entes queridos.

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Postal do Fárrio para Jorge Gil

OBRIGADO JORGE GILmissivas. Remetendo para cenários de outros tem-pos, com “movimento constante de carruagens e coches” pela “estrada real”. E assim nos oferecia as histórias de memórias passadas, que muitos re-cordaram e outros ficaram a conhecer.

Pelos agostos, os postais davam as boas vindas aos emigrantes. O Postal XXIII “Comment ça va?”, de Agosto de 2001, é um exemplo. Nestes textos, para além de saudar aqueles que voltavam à sua terra Natal, muitas vezes o escritor também recor-dava os sacrifícios da condição de emigrante.

Os meses quentes sempre foram sinónimo de incêndios, “um fenómeno que, provavelmente se irá manter face às inexistentes medidas de cor-rigir o que estava mal”. Este foi um tema que nos habituámos a ler. Tantas vezes traduziu a triste-za do autor, ele que tanto amava o verde da sua terra.

As festas na aldeia; os santos populares; as es-tações do ano; o dia do bolinho com o pregão “ó tia dá bolinho”; a sardinhada na Ladeira onde “o escri-ba, muito por culpa dos amigos locais, é presença assídua”; o renascer do GRUDER em 2002; o Largo da Feira que, ainda com “pena e saudade das secu-lares amoreiras” tem agora um novo espaço para o também “secular mercado semanal”, são exem-plos daquilo a que Jorge Gil nos habituou e fez che-gar através de tão apreciado postal.

No jornal n.º 29, Ribeira Verde desejou-lhe rápi-das melhoras aquando da trombose que o deixou parcialmente limitado no plano motor. Recupe-rou, voltou a escrever e a deliciar-nos com as suas mensagens.

Hoje, Ribeira Verde agradece-lhe pela colabora-ção e presta-lhe esta última homenagem. Faleceu dia 10 de junho, mas o seu talento, com um estilo tão próprio, a sua dedicação, os seus reconhecidos afectos, o seu humanismo e consequentes inquie-tações ficam imortalizados nas páginas do Ribeira Verde.

Obrigado Jorge Gil

Em outubro de 1997, chegou-nos o “Postal da Freixianda I” enviado por um grande pensador da nossa terra: Jorge Gil.

Nesse bilhete, o escritor salientava o “ bairrismo que tem movido montanhas” da tão nova fregue-sia e fez votos para que Freixianda e Fárrio des-sem as mãos rumo ao futuro, rumo ao progresso, aquém de separações. Mal sabia a sua pena de es-criba que, quase 20 anos depois, podia fazer correr a tinta sobre estas mãos que voltavam, de facto, a unir-se.

Este postal n.º 1 foi o mote. Chegaram até nós 66.

Pelos dezembros, os postais traziam espírito na-talício, remetendo o leitor para “a saudável tradição da reunião familiar” vivida na aldeia. Faziam-nos pensar as suas dissertações sobre as vivências das gentes das aldeias e das gentes dos “centros mais populosos”. O olhar de Jorge Gil ultrapassava fron-teiras e levava-nos com ele: em 1998, perguntava-se como seria o Natal dos timorenses massacra-dos pela Indonésia, dos desalojados pelo furacão Mitch, dos povos da América Central fustigados pelas forças da natureza, das gentes dos bairros de lata, das vítimas da guerra. E terminava apelan-do a que o nosso “egoísmo fosse mais atenuado” perante estas catástrofes que atingiam aqueles a quem ele apelidava de “deserdados da sorte”.

A ribeira, os campos férteis, as águas correntes eram temas que lhe davam prazer, pois faziam-no viajar pela sua terra. Ainda que mais prosador, pre-senteou-nos com alguns versos pedindo sempre desculpa pela “ incursão em terrenos que o nosso conterrâneo e bem conhecido poeta Manuel Inácio tão bem domina”: mais rápido não pude ser/sendo o sonho a comandar/correr estas freguesias/nun-ca me hei-de cansar. Compôs muitas “divagações sobre a Ribeira do Fárrio” e, atento às necessidades do Norte do Concelho, também foi redigindo algu-mas farpas para dirigentes mais letárgicos.

A Perucha foi um lugar privilegiado nas suas

FLORISTAROSA D’OURO

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Entregue na junta as suas fotos e notícias para publicaçãogratuita no “Ribeira Verde”

Memórias daprofessora Emília Serra