Rio de Janeiro - 2016 - Distribui o Gratuita Not cias e ... · Três dias de diversão e...

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Todos contra o Mosquito A colaboração de cada um para que todos tenham voz. Fecho com Manguinhos Três dias de muita diversão e reflexão no evento do DESUP Mandela Vive! Saúde Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos Rio de Janeiro - 2016 - Distribuição Gratuita A “guerra às drogas” fracassou. Entrevista exclusiva com Paulo Gadelha, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Transcript of Rio de Janeiro - 2016 - Distribui o Gratuita Not cias e ... · Três dias de diversão e...

Todos contra o Mosquito

A colaboração de cada um

para que todos tenham voz.

Fecho comManguinhos

Três dias de muita diversão e

reflexão no evento do DESUP

Mandela Vive!

Saúde

Notícias e Serviços para o Complexo de ManguinhosRio de Janeiro - 2016 - Distribuição Gratuita

A “guerra às drogas”

fracassou.

Entrevista exclusiva com Paulo Gadelha, presidente da Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz)

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Três dias de diversão e apresentações artísticas com muitas

reflexões marcaram o evento no DESUP

Agenda cultural

Mandela Vive!

Agenda Cultural

Mandela Vive!

Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos

2 - Rio de Janeiro - 13a Edição

AAgenda Cultural Mandela Vive foiuma realização da Rede Mangui-nhos Tem Cultura e do Ecomuseu

de Manguinhos, com apoio da FundaçãoOswaldo Cruz/FIOTEC e financiamento daPrefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e daempresa Duas Alianças.

A Agenda abordou o tema da cons-ciência negra de forma variada e refle-xiva, e se pretende um evento regular no ca-lendário cultural do Complexo de Manguinhos.

No primeiro dia das atividades aconteceuuma nova versão do ‘Show do Juvenal’, progra-ma de calouros local, muito popular na décadade 1970. Dona Maria Celeste Estrela, Sr. Bulau eSr. Nilsinho, que conviveram naquela épocaestiveram presentes, revelaram a saudade quesentiam do período e conversaram com o públi-co sobre o programa e a poesia de então. JáMestre Jangada, antigo jurado, reviveu suafunção.

Várias pessoas se inscreveram para a com-petição de calouros. Os vencedores, por catego-ria, foram Thomás e Diana (cantores); Brian (re-velação); e, no júri popular, Maya Lu obteve uma

vitória apertada sobre Ana Diva. O Grupo Músicana Calçada acompanhou os candidatos comarranjos de primeira. Também nessa noite, acon-teceu a exposição Oficina Portinari Execut’art(Casa Viva), onde crianças mostraram habili-dades, expondo quadros para os que passavam nolocal. O professor de arte, Ubirajara Rodrigues,em depoimento ao Fala Manguinhos! disse que

eventos como a Agenda Cultural são interes-santes porque levam "as crianças a perceberemque a cultura é parte integrante da sua evoluçãocomo cidadãos, como pessoas, fortalecendo aautoestima".

No segundo dia o evento trocou o show pelasreflexões sobre discriminação, com a apresen-tação de ‘Winne, a esposa de Mandela’, pela CiaTeatral Mandela Vive. “Esse texto nos remeteu aparalelos com o Brasil de agora”, onde a morte ea exclusão dos negros continuam. Também acon-teceram as atividades da Oficina Portinari e doTerritório em Transe, expondo a história daresistência e mobilizações no Complexo de Manguinhos. Antes de terminar, os grupos‘Música na calçada’ e “Samba de Benfica”mostraram, em suas letras, críticas sociais bem representadas na canção ‘Meu nome éfavela’, interpretada lindamente pela vocalistaThallyssiane Aleixo. A cantora, em depoimento aoFala Manguinhos! disse que ficou feliz com a par-ticipação no evento Agenda Cultural. "O grupo éde Manguinhos e pra Manguinhos. Precisa servalorizado! ". Por fim, encerrou-se a noite com aparticipação do Mestre Barbeirinha, que divertiua galera com letras irreverentes.

O último dia contou com o baile literário e oSarau Poético de Manguinhos, além dos lança-mentos dos livros ‘Grãos imastigáveis’, do BandoFavelofágico, e ‘Primeira Antologia Teatral’, deGeraldo de Andrade. E para fechar, as LadiesGangs trouxeram a cultura do hip-hop para oevento.

Essa foi a Agenda Cultural, cuja proposta éacontecer novamente para mostrar a diversidadeartística do nosso território. Mandela Vive! E oComplexo de Manguinhos tem muita coisa boapara mostrar

(Fotos Ierê Ferreira)

Show deCalouros doJuvenal

Aequipe do Kombotânica continua promovendo ativi-dades. No último final de semana de março, quem par-ticipou pôde acompanhar as oficinas de grafite e reci-

cláveis, o plantio de mudas e as palestras sobre as ervas. A lojado projeto fica na entrada do Mandela 2, ao lado da EscolaMunicipal Samora Machel.

KombotânicaO coordenador doKombotânica, AntônioSoares, durante entrevistapara o Fala Manguinhos!(foto Edilano Cavalcante)

por Robson Viana

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AAgência de Comunicação ComunitáriaFala Manguinhos se mantém comfinanciamentos institucionais, trabal-

hos voluntários e apoios individuais, desde a suacriação. Hoje, depois de três anos de existência eanimadoras avaliações, consideramos que é omomento de avançar em nossa organização eoferecer produtos cada vez melhores. Para tanto,lançamos a Campanha Fecho com Manguinhos.

É simples: você pode optar por um das trêsassinaturas mensais, ou, se preferir, pode con-tribuir com doações espontâneas no valor quedesejar.

Acesse o link de acordo com a suaescolha.

Tão importante quanto isso: divulgueo nosso trabalho para os seus familiares,vizinhos, parentes e demais redes pessoaise profissionais. A nossa razão de persistir éa mesma que nos fundou: contribuir paraque todos possam conhecer as opiniões, ale-grias, lutas e esperanças dos moradores doComplexo de Manguinhos. Agora é a sua vez de falar!

AAgência de Comunicação Comunitária /Fala Manguinhos! encontra-se sob novadireção. Os associados decidiram, em

assembleia realizada no mês de janeiro, reformulara diretoria para dar conta das tarefas atuais. Para apresidência foi eleito Leonardo Sobral de Jesus, 29anos universitário. Para a vice-presidência o esco-lhido foi Edilano Moreira Cavalcante, 24 anos e uni-versitário. Para a tesouraria, Robson Eduardo VianaRaimundo 43 anos e, para a secretaria, Jorge Luis daCosta Silva, 22 anos e universitário. Também acon-teceram mudanças no Conselho Fiscal. Veja comoficou: Alex Vargas; Eremita dos Santos Soares,Graciara Silva, Simone da Silva Quintella, SimonePereira Aleixo e Tayná Quintella Assis.

Todos participam da Agência desde a sua fun-dação, com contribuições para o jornal e a fanpageFala Manguinhos! O maior desafio desse grupo é alcançar a profissionalização da Agência deComunicação, para associar a qualidade alcançadaà sustentabilidade necessária. Assim a informaçãocirculará melhor no interior das favelas e conjuntoshabitacionais locais, e dialogaremos mais com ou-tras áreas da cidade e governos.

Doaçãohttp://zip.net/btswNw

Democracia, sim! Golpe, não!

Assinatura Bronze

(R$ 10,00)

http://zip.net/byswGn

Assinatura Prata (R$ 25,00)http://zip.net/bhswsb

Assinatura Ouro

(R$ 50,00)

http://zip.net/bpswVm

Fecho comManguinhos

Rio de Janeiro - 13a Edição - 3

Sob novadireção!

Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos

Campanha de

arrecadação

Dada as condições desfavoráveis às práti-cas educativas em que se encontram osColégios Clóvis Monteiro e Compositor

Luiz Carlos da Vila, os alunos decidiram ocuparas escolas como forma de denúncia e tentativade resolver os problemas. Participe desse movi-mento prestando solidariedade aos jovens.Procure as comissões organizadoras nos Colégiospara se informar e conhecer as necessidades domomento. Já contamos mais de 30 colégios ocu-pados no Estado, pelas mesmas razões. Todoapoio aos estudantes!

Aos estudantesdo Complexo de

Manguinhos

Todo apoio

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Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos

A “guerraàs drogas”fracassou.

Entrevista exclusiva com Paulo Gadelha, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

O nosso entrevistado é formado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com doutorado na Escola Nacional de Saúde Pública. Eleito presidente da Fundação Oswaldo Cruz em 2008,e reeleito em 2012, Paulo Gadelhaatua na gestão dessa instituição desde 1985.

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Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos

O que é a Fundação OswaldoCruz?

Paulo Gadelha: A Fiocruz éuma instituição de 115 anos, fun-dada em 25 de maio de 1900 como nome de Instituto SoroterápicoFederal. Neste mais de um século,a Fundação se firmou como umadas principais instituições de pes-quisa biomédica do mundo e amais destacada da América Latina.

A Fiocruz abriga atividades queincluem o desenvolvimento depesquisas; a prestação de serviçoshospitalares e ambulatoriais dereferência; a fabricação de vaci-nas, medicamentos, reagentes ekits de diagnóstico; o ensino e aformação de pessoas; a infor-mação e a comunicação em saúde,ciência e tecnologia; o controle daqualidade de produtos e serviços; a implementação de programassociais e parcerias técnicas.

Afora sua estrutura física, aFiocruz ainda se faz presente emtodo o território brasileiro, pormeio do suporte ao Sistema Únicode Saúde (SUS), na formulação depolíticas públicas, no ensino, nasexpedições científicas e no alcancede seus serviços e produtos emsaúde, entendida como o "comple-to bem-estar físico e mental, e nãoapenas a ausência de uma doençaou enfermidade". Ademais, a Fio-cruz se destaca como principalexecutora da cooperação interna-cional na sua área, atuando prior-itariamente nos países da AméricaLatina, da África e da Comunidadede Países de Língua Portuguesa.

O que é a Comissão Brasileirasobre Drogas e Democracia?

Gadelha: O objetivo fundamen-tal da Comissão Brasileira sobreDrogas e Democracia (CBDD) éencontrar novos caminhos parauma política de drogas mais efi-ciente e justa, a exemplo de proje-tos semelhantes ocorridos em ou-

para o futuro democrático doBrasil, não somente no que dizrespeito aos direitos humanos,mas também ao papel da saúde.Há um processo hegemônico quecomeça a dar sinais de ser rever-tido, dentro e fora do país. E nãohá provas científicas que funda-mentam aquilo que distingue aschamadas drogas lícitas das dro-gas ilícitas. Se um indivíduo decideingerir álcool, que é muito prejudi-cial à saúde, ninguém, em sua sãconsciência, vai criminalizar essa

pessoa. Quem consome álcool, noentanto, terá que lidar com osriscos e contar com a saúde públi-ca. O mesmo, no entanto, nãoocorre com as drogas ilícitas, cujalegislação é parte de um processocalcado na criminalização.

O tema das drogas deve serpensado integrando diferentessetores da sociedade. As experi-ências no Brasil e no mundomostram que é preciso mudar,deslocar a abordagem do temapara a área da saúde. Manter a

tros países. A CBDD surgiu em2009, por iniciativa do Viva Rio,reunindo representantes das áreaseconômica, ciências sociais, judi-cial, policial, artística, esportiva,científica, médica, religiosa eempresarial.

Qual a sua avaliação sobre apolítica de combate às drogas?

Gadelha: O debate sobre dro-gas reúne duas questões centrais:direitos humanos e saúde. A dis-cussão dessa temática é essencial

O tema das drogas deve ser pensado integrando diferentes setores da sociedade

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discussão exclusivamente na es-fera da segurança é ruim para apolícia, para o usuário e para asociedade como um todo. Se nãotivermos a disposição paraenvolver a sociedade como umtodo neste debate, não con-seguiremos abordar o tema demaneira clara, transparente edesassombrada. A saúde não podeser tímida no debate sobre as dro-gas. A discussão passa pelaquestão da legislação e os profis-sionais do setor precisam partici-par ativamente deste debate e seenvolver com outras áreas.

Lembremos da estratégia deredução de danos em relação aoHIV, no qual o Brasil é referênciamundial. Temos uma tradiçãomuito forte no campo da saúde deenfrentar questões complexas.Precisamos lembrar que as nossasrepresentações e decisões sobre oque é certo ou errado, o que deveser proibido ou não são escolhaspolíticas e que, no caso das drogas,não há evidências científicas quemostrem quais drogas devem serilícitas e quais podem ser lícitas. Oálcool, por exemplo, apesar de seruma droga lícita, é responsável pormuito mais casos de mortes, aci-dentes de trânsito, aposentadorias,internações e violência do que asdrogas consideradas ilícitas.

Como instituição estratégica deEstado, a Fiocruz apoia um amplodebate, que deve contribuir para apromoção da saúde e a garantia dedireitos da população brasileira, afim de construir respostas aosprincipais desafios associados aodesenvolvimento das políticas desaúde, em especial as de saúdemental, de atenção integral aousuário de álcool e outras drogas ede atenção básica. Uma política deregulação de drogas precisa estarnecessariamente acompanhada depolíticas públicas na área dasaúde. É claro que cada indivíduoé livre para ter a sua própria moralreligiosa e ter uma posição con-trária, mas esta não pode ser a darepública, porque do contrário cri-amos um Estado confessional.

Quais casos de sucesso emrelação às drogas, no mundo, o Sr.poderia citar?

Gadelha: Destaco o caso deum país vizinho nosso, oUruguai. O país viveu umamplo debate sobre otema, que reuniu toda asociedade. E sempre com ocuidado de incluir a parti-cipação das autoridadesde saúde, incluindo tam-bém, naturalmente,a saúde mental. É im-

“O álcool e o cigarro são exemplos de drogas

lícitas, produzidas ecomercializadas dentro

da lei, apesar decausarem doenças

cardiovasculares, câncer,além de graves

acidentes de trânsito

“Nas favelas, conjuntos habitacionais e outroslugares populares, o resultado da "guerra

às drogas" é a violência e morte de moradores e policiais, além dos prejuízos na educação, saúde,

serviços de bancos, comércios etc. Nas demais áreasda cidade, aumenta a corrupção no legislativo,

executivo e judiciário”.

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Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos

portante ressaltar que o modelouruguaio não significa um "liberougeral", mas sim a regulação dadroga, por meio da ação governa-mental. A sociedade e o governouruguaios, a partir de estudosinternacionais, concluiu que a"guerra às drogas" fracassou. Oautoritarismo dessa iniciativa nãoresolveu o problema e, nas últimasdécadas, o mundo viu explodir o

aumento da produção e do con-sumo. No entanto, o modelo doUruguai não deve ser meramentecopiado. Não podemos esquecerque cada país tem suas própriasrealidades políticas, sociais, cul-turais etc.

Por fim, é inevitável comentarsobre o Aedes aegypti.

Gadelha: A Fiocruz, desde ostempos de seu patrono OswaldoCruz, sempre trabalhou com a ideiada pesquisa voltada para a re-solução de problemas da saúdepública brasileira. Portanto, imbuí-dos desta tradição, temos ampliadoas ações da Fundação no controleda dengue, chikungunya e zika emtodo o país. Nossos pesquisadoresestão participando de seminários,mesas-redondas e estudos decampo e de laboratório para ajudaro país a enfrentar essas doenças.Assim damos nossa contribuição àpopulação e ao SUS.

(Fala Manguinhos!)

(Fala Manguinhos!)

da Redação

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"Estamos considerando espaços densamentepovoados, com aproximadamente 40 milmoradores distribuídos em 15 sublocalidades,entre favelas e conjuntos habitacionais, algu-mas com os piores Índices de DesenvolvimentoHumano do Estado do Rio de Janeiro e em situ-

Diante do agravamento dos casos deDengue, Zika e Chikungunya, a Fiocruz,a Agência de Comunicação Comu-

nitária/Fala Manguinhos, o Conselho Co-munitário de Manguinhos, a Rede CCAP, o Grupo de Articulação do Canal do Cunha, o Conselho de Saúde (CGI), a Secreta-ria Municipal de Saúde, a COMLURB/GariComunitário, moradores e suas associações seuniram para combater o mosquito.

As reuniões e os mutirões estão acontecen-do desde dezembro de 2015 e resultaram num Plano de Controle do Aedes Aegypti noComplexo de Manguinhos que, segundoLeonídio Madureira (Cooperação Social/-Fiocruz), deve ser compreendido enquanto umprocesso "estruturante e estratégico", voltadopara reforçar a participação dos moradores, econstruído a partir da base conceitual,metodológica e científica da vigilância popularem saúde. "O Plano é territorializado, isto é,parte das especificidades, necessidades epotencialidades existentes nessas localidades eestá estruturado através de grupos que atuamnas microáreas da estratégia da Saúde daFamília", explicou, destacando que "as organi-zações de base comunitárias se fazem pre-sentes em todas as fases do Plano, participan-do do planejamento, implementação e domonitoramento".

Membro do Conselho Comunitário doComplexo de Manguinhos, André Lima, apre-senta algumas características desse lugar.

Todos contra oMOSQUITO!

ação de violações permanentes de direitos",descreveu. "Esperamos confirmar nesta expe-riência metodologias que sejam reaplicáveis acontextos de vulnerabilidade civil e socioambi-ental em outros territórios favelizados dacidade".

Nas fotos, representações das diversas instituições e moradores que participam das ações coletivas contra o Aedes.

O Plano de Controle do Aedes Aegypti no Complexo de Manguinhos possui cinco eixos de atividades:

1. Mutirões intersetoriais, liderados por quartetos (Agente Comunitário de Saúde, Agente de Vigilância em Saúde, Gari Comunitário e Liderança Social), que cobrem toda a região;

2. Educação Popular em Saúde e Ambiente; 3. Comunicação popular em saúde; 4. Mapeamento participativo e georreferenciado de criadouros do Aedes aegypti com

a juventude de Manguinhos; 5. Monitoramento, sistematização e análise de metodologias, tecnologias, resultados

e impactos do plano.

As ações coletivas contra o Aedes Aegypti no Complexo de Manguinhos reúnem moradores,

governos e organizações da sociedade.

Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos

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(Fotos de Bruna Arakaki)

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Os mutirões intersetoriais são orga-nizados coletivamente - pelos mo-radores, suas organizações e represen-tantes dos governos. O objetivo é iden-tificar e prevenir os criadouros, esti-mular o controle dos focos e esclare-cer sobre o ciclo de vida do mosquito.Já foram realizados nas comunidadesda Varginha, Nelson Mandela,Samora Machel, Nova Embratel, CHPII, Parque João Goulart e Amorim,sempre com a presença de educadores doMuseu da Vida e agentes da VigilânciaSanitária do Cap. 3.1, que instalam tenda, commaquetes e dois microscópios, para mostrar àpopulação os diferentes estágios de desenvolvi-mento do mosquito: do ovo à larva, pupa e afase com asas.

Também durante os mutirões a cartela 10minutos contra o Aedes é distribuída em casase comércios. Segundo Érika Arent, coordenado-ra da Clínica da Família Victor Valla, são poucosos focos no interior das casas. "O que mais nostem chamado atenção são os focos nas áreascomuns das favelas. É onde se acumulam saco-las de lixo, pneus, copinhos plásticos descarta-dos na rua e garrafas", explicou.

Para a moradora Patrícia Evangelista, "emalgumas comunidades a coleta de lixo não

ocorre em horários pré-definidos e a populaçãoacaba tirando o lixo de casa a qualquer hora dodia". Por isso, em sua opinião, a sensibilizaçãodos moradores e a regularização do serviço decoleta são fundamentais para evitar a procri-ação do mosquito.

Outro problema, observado por LeonídioMadureira, é a falta de saneamento básico nafavela. "Não é apenas o descarte do lixo que

preocupa, mas a drenagem das águas das chu-vas que é ineficiente; o esgotamento sanitário,vazando constantemente; e a interrupção dofornecimento regular de água potável, que levaàs famílias a estocarem em tonéis, que podemgerar criadouros do mosquito, entre outrasquestões", argumenta.

Nos Mutirões já foram detectados e tratados200 possíveis focos do mosquito. Se você qui-ser participar e fazer a sua parte no combate aoAedes Aegypti, ligue para Patrícia Evangelista(Apoio a Gestão Participativa TEIAS EscolaManguinhos 25982764 / 972180860) para seinformar das próximas atividades. E seja bem-vindo!

Por: Brunna Arakaki e Luiza Gomes

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Expediente• O Jornal Fala Manguinhos! e a fanpage Fala Manguinhos!-https://www.facebook.com/falamanguinhos/ - são projetosda Agência de Comunicação Comunitária.• Apoio Institucional: Conselho Comunitário de Man-guinhos + Coordenadoria de Cooperação Social da FundaçãoOswaldo Cruz + Laboratório de Comunicação Dialógica /Faculdade de Comunicação Social / Universidade do Estadodo Rio de Janeiro + Produtora Outra Coisa + InstitutoFederal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF CampusNilópolis) + Agência de Talentos + Faculdade PinheiroGuimarães • Para participar ou anunciar nos projetos Fala Manguinhos!entre em contato com a gente pelo telefone 982332037 oupelo e.mail [email protected]• Distribuição Gratuita – Tiragem 10.000• Participaram desta edição: Agência de Comunicação Comunitária: Alex Vargas (Editor);Edilano Cavalcante; Eremita dos Santos Soares; GraciaraSilva; Jorge Luis; Leo Sobral; Renata Dutra; Robson Viana;Simine da Silva Quintella, Simone Pereira Aleixo, TaynáQuintella Assis e Cristina Ribeiro de Souza (voluntária)• Conselho Comunitário de Manguinhos: Grupo deComunicação• Fiocruz – Bruna Arakaki e Luiza Gomes (CooperaçãoSocial) e Assessoria de Comunicação

Mutirões contra o Aedes visitam as comunidades doComplexo de Manguinhos

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