RNP Magazine

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A RNP Magazine é a Revista Oficial do Rodeio Nacional Profissional, um dos mais respeitados campeonatos de Rodeio do Brasil. Conheça nosso campeonato, nossos projetos e o que o RNP tem feito para contribuir com o esporte no Brasil. Produção: PrimeComm Comunicação & Marketing / Editora É Rodeio Junho de 2015

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Olá amigos do rodeio e amigos leitores da RNP Magazine. Nas próximas páginas vocês irão conhecer um pouco mais deste projeto chamado Rodeio Nacional Profissional, um sonho que recentemente pude por em prática visando a padronização e a profissionalização do rodeio. Em 2016 eu completarei 20 anos ligados diretamente ao rodeio. Neste período a Bolfer Eventos realizou grandes rodeios em diversos estados brasileiros, além de auxiliar e prestar assessoria a outras tantas comissões organizadoras. Em 2014 dei início ao projeto RNP, nome que eu já usava há

CARTA AO LEITOR

Alexandre Bolfer

alguns anos no rodeio da Expoingá em Maringá e que quis levar a outras cidades. A principio, não era um campeonato e a idéia era ter uma série de eventos padronizados. Mas para selecionar os competidores e os animais, criamos um Ranking e naturalmente acabou se tornando um campeonato. No geral eu considero que o resultado foi bom. As comissões organizadoras adotaram a idéia da padronização, de melhorar o nível do rodeio em todos os setores, tanto dentro como fora da arena. Os profissionais também viram este projeto de forma positiva e colaboraram da melhor forma possível. Na nossa primeira temporada estivemos em seis municípios, sendo duas vezes em Colorado, além de Mandaguari, Maringá, São Tomé, Cidade Gaúcha e Rondon, todas no estado do Paraná. Os resultados em todas elas foram de melhoria, tanto em qualidade, como em organização e também em retorno de mídia, um dos pontos principais do RNP. Recentemente iniciamos nossa nova temporada em Maringá, onde pudemos realizar um rodeio modelo, colocando em prática muitos conceitos que ao meu ver são para a melhoria do rodeio nacional. Apesar de ainda não poder colocar em pratica tudo que sonho e chamar de “o rodeio ideal”, estou satisfeito com o resultado e a repercussão nacional que o rodeio da Expoingá 2015 teve. O ano difícil que o país tem enfrentado se reflete fortemente no rodeio, com muitos eventos cortando gastos, outros deixando de ser realizados. Mas eu acredito que há muito de positivo a se tirar desta situação, pois ela servirá de experiência. Muitos eventos ainda precisam se readequar a realidade de sua região, não dar um “passo maior que a perna”, realizar investimentos certos e certamente um ano como este pode ajudar na tão sonhada profissionalização do rodeio brasileiro em todos os seus setores. Não há mais espaço para “brincar de fazer rodeio”, é preciso planejamento, organização, e principalmente se cercar de bons profissionais, comprometidos primeiramente com o bem-estar dos animais, hoje as mais importantes estrelas do rodeio e comprometidos também com a seriedade, o trabalho bem feito e o amor ao esporte. Boa leitura!

Produção: PrimeComm Comunicação & Marketing com Editora É Rodeio

Impressão: Gráfica & Editora Rodeio / Textos: Abner Henrique Therézio

Projeto Gráfico, Diagramação e Arte Final: Johny Anderson Guedes/Editora É Rodeio

Fotos: Joel Guedes / Rodolfo Lesse / Hugo Lemes / Abner Guedes/Randhal Correia

Fotos de Capa: Rodolfo Lesse / Hugo Lemes

CONTATOS: (44) 9103-7070 / [email protected] / [email protected]

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A REVISTA OFICIAL DO RODEIO NACIONAL PROFISSIONAL – JUNHO DE 2015

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Uma distinção importante a fazer quando se trata de questões animais é a diferença entre bem-estar animal e direitos dos animais. Depois de aprender a diferença entre as duas filosofias, é mais fácil fazer a distinção entre organizações que ajudam diretamente aos animais e aqueles que desejam acabar com o uso de animais.

Bem-Estar Animal: baseado em princípios de cuidado humano e uso. Organizações que apoiam os princípios de proteção dos animais procuram melhorar o tratamento e o bem-estar dos animais. Apoiar o bem-estar animal significa acreditar que os seres humanos tem o direito de usar os animais para diversos fins, mas junto com esse direito vem a responsabilidade de prestar cuidados e tratamento adequado e humano.

Direitos dos animais: organizações que apoiam filosofias dos direitos dos animais procuram acabar com o uso e posse de animais. Organizações de direitos dos animais procuram abolir por lei a criação de animais para alimentação e vestuário, rodeios, zoológicos, caça, pesca, o uso de animais em pesquisas para salvar vidas, o uso de animais no ensino e na criação de animais de estimação.

RODEIO NACIONAL PROFISSIONALÉ RODEIO COMO UM RODEIO DEVE SER

O rodeio é esporte regulamentado pela Lei Federal, que proíbe qualquer tipo de maus-tratos aos animais e recomenda ações de bem-estar aos mesmos. Comprometido com esta causa, o RNP é pioneiro entre os campeonatos de rodeio no Brasil a promover ações que zelam pela integridade física dos animais e ao mesmo tempo mostram aos leigos como os animais de rodeio são bem tratados. Entre estas ações está um regula-mento rígido, favorável aos animais e que pune de forma exemplar todos os profis-sionais que não cumpram as normas. Também faz parte deste compromisso buscar aco-modações confortáveis e seguras aos animais durante as competições, além de respeitar

Bem-estar animal

direitos dos animais

rodeio Nacional Profissional é um projeto da Bolfer Eventos, Oque busca padronizar e consequentemente melhorar os eventos, trazendo até eles todo o suporte necessário para que

se realize um rodeio profissional, com qualidade e de sucesso. Apesar de trazer alguns padrões, o RNP tem o cuidado de não interferir na tradição do evento ou da região, ou seja, trazemos nossa experiência para se somar ao que está sendo realizado pela comissão local.

Através deste projeto os eventos podem contar com o que há de melhor dentro da arena, como competidores consagrados e jovens revelações, animais selecionados criteriosamente pelo ranking do campeonato, além de outros profissionais de destaque e respeito, como locutores, comentaristas,

Buscando sempre melhorias ao esporte, o Rodeio Nacional Profissional realizou seu pri-meiro Seminário de Regras antes da abertura da Temporada 2015, em Maringá-PR. A iniciativa foi inédita, pois até então jamais havia sido feita uma reunião deste tipo no estado do Paraná. Estiveram presente cerca de 40 competidores que posterior-mente competiram na primeira etapa da temporada. No Semi-nário foram apresentados o Regulamento e a Fórmula de Disputa do Campeonato para este ano, onde alguns itens foram colocados em discussão e definidos com a ajuda dos competidores. Além de definir o Regula-mento, esta reunião também serviu para orientar e alertar os competidores sobre o rodeio de maneira geral, no que diz respeito a equipamentos, bem-estar animal, conduta ética, entre outras coisas. “Sempre prezamos

RNP REALIZOU SEMINÁRIO DE REGRAS COM COMPETIDORES

BEM-ESTAR ANIMAL É UM DOS COMPROMISSOS DO RNP

juízes, salva-vidas, entre outros. Mas o que diferencia o Rodeio Nacional Profissional é que através da experiência de quase 20 anos da Bolfer Eventos as comissões organizadoras recebem todo o suporte, antes durante e após o evento. “Auxiliamos no planejamento, contratação, administração, divulgação e em todos os outros detalhes para que cada evento tenha o resultado esperado,” afirma Alexandre Bolfer, empresário responsável pelo projeto. O RNP também trás um diferencial a mais na parte de divulgação dos eventos. Com estratégias bem elaboradas na área de publicidade, cada evento é tratado como uma marca, que é trabalhada de forma eficaz desde a mídia regional, até mídias nacionais como sites especializados, revistas e redes sociais.

por manter no RNP apenas competidores comprometidos com o esporte. Fiquei satisfeito com o resultado desta reunião, com o comprometimento dos nossos atletas e em saber que eles estão conscientes que a melhoria no esporte também depende deles,” avaliou Alexandre Bolfer, diretor geral do RNP.

um número ideal de montarias por noite, evitando super lotação nos currais e con-seqüentemente stress aos animais. Outra ação importante são reuniões com os proprietários dos animais para elaborarem formas adequadas de manejo a cada evento.

O RNP também foi o pioneiro no Brasil a produzir material didático sobre o assunto, através do “Manual de Bem-Estar Animal”, distribuído a imprensa e disponibilizado na internet para acesso de todos. Este manual trás informações e tira dúvidas sobre equi-pamentos, manejo, transporte e a vida de um animal de rodeio, ajudando a esclarecer pontos polêmicos e escassos de informações no Brasil.

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RNP REALIZOU RODEIO MODELO NA RNP REALIZOU RODEIO MODELO NA RNP REALIZOU RODEIO MODELO NA

EXPOINGÁ EXPOINGÁ EXPOINGÁ 201520152015Aabertura da Temporada 2015 do Rodeio

Nacional Profissional aconteceu no mês de maio durante a 43ª Expoingá,

em Maringá-PR. O evento, realizado na arena coberta do parque de exposições da cidade pode ser considerado como um rodeio padrão. “Realizo o rodeio da Expoingá desde o final da década de 90 e aos poucos conseguir inserir nele padrões que eu acredito que sejam o ideal para o rodeio brasileiro, principalmente na parte de organização,” afirma o empresário Alexandre Bolfer. Para ele, o principal objetivo é tornar o rodeio atrativo ao público que paga o ingresso e senta na arquibancada para assistir as montarias. “Ninguém nunca perguntou ao público o que eles gostam de ver na arena. Fala-se muito em tornar o esporte popular, atrair mais fãs e conseqüentemente mais mídia, mas será que aberturas intermináveis, baterias cansativas de montarias e rodeio no padrão dos anos 80 realmente atrai a atenção do público?”, completa ele.

Para realizar o rodeio nos níveis próximos ao que chama de ideal a Bolfer Eventos colocou em prática uma gestão eficiente, como um roteiro a cada noite, com o tempo de cada acontecimento dentro da arena. A abertura, os números do animador, as montarias, a troca de locutores e outras atividades realizadas na arena tiveram um tempo pré-determinado. Para Bolfer, a experiência valeu a pena e foi satisfatória. “Não chegamos ao que podemos chamar de rodeio ideal ainda, infelizmente não dispomos de recursos para chegar a este ponto, mas dentro do que planejamos e

sabíamos que podia fazer, o resultado foi positivo.” O empresário sabe que esta mudança não vem da noite para o dia, é um processo longo, mas para ele, se a intenção é chegar onde todos sonham e pregão, precisamos nos readequarmos. “Há muitos profissionais que estão acostumados a chegar no evento e virar patrão da comissão organizadora, fazer o que querem, do jeito que querem, na hora que querem e esquecem que os funcionários ali são eles. Por isso sei que essa mudança demora, mas no geral, no que diz respeito ao comprometimento dos profissionais com estas mudanças, nosso saldo foi satisfatório,” reafirma ele.

Estas mudanças citadas por Alexandre Bolfer dizem respeito ao esporte mais dinâmico, com hora para começar e para acabar, com atrações que realmente prendam a atenção do público.

Além da pontualidade diária na arena de Maringá, o público que prestigiou o evento presenciou um espetáculo, com começo, meio e fim, dinâmico, moderno e sem demora. “Precisa-mos deixar o público com sensação de 'quero mais' e não cansados após uma hora de abertura, que por sinal já começa duas horas atrasada, mais meia-hora na troca de cada locutor, outra meia-hora no show do animador e 60, 70 montarias, madrugada a fora em plena quinta-feira, ou domingo,” declara Bolfer. “A mudança que queremos para deixar o rodeio no patamar que sempre sonhamos deve vir de nós mesmos.

Não adianta passar mais algumas décadas fazendo as coisas do mesmo jeito e querer ter resultados diferentes,” finaliza.

PARA REALIZAR O RODEIO NOS NÍVEIS PRÓXIMOS AO QUE CHAMA DE IDEAL A BOLFER EVENTOS COLOCOU EM PRÁTICA UMA GESTÃO EFICIENTE...

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RNP LEVA UM NOVO PADRÃO AOS EVENTOS

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O Rodeio Nacional Prossional é pautado no compromisso com a valorização dos prossionais, proteção dos animais e fortalecimento do esporte, mas também busca alternativas e soluções que colaboram com os eventos que o integram, tornando-os conhecidos em todo o território nacional através de qualidade e organização

“Grandes eventos contam com o indispensável apoio de empresas qualificadas e referência no segmento. É por isso que a Sociedade Rural de Maringá (SRM) tem contado, há anos, com a parceria da Bolfer Eventos para a realização do Rodeio da Expoingá. O rodeio é um evento consagrado na feira e muito esperado pelas famílias, que prestigiam a emoção e a vibração do esporte. Sem dúvida, trazer uma empresa especializada traz segurança, apresenta os melhores atletas e animais do esporte, além de garantir ao público qualidade e compromisso social com o esporte e com o trato animal. A Expoingá é uma das maiores e melhores feiras agropecuárias do País. Portanto, ela é feita com tudo o que há de melhor em todos os segmentos que contemplam a exposição. Trazer um respeitado campeonato como é o RNP é uma forma de prestigiar o público e valorizar ainda mais a Expoingá e também os atletas que vem de todo o Brasil para competir.”Wilson de Matos Filho, presidente da Sociedade Rural de Maringá. A entidade realiza a Expoingá e sediou etapas do RNP em 2014 e 2015

“Na minha avaliação foi muito positivo para nosso evento realizar uma etapa do Rodeio Nacional Profissional, por tudo que este projeto e a Bolfer Eventos trouxe de bom a nossa cidade. Contamos com um grande campeonato, aqui do Paraná e que não deixou nada a desejar em qualidade a outros campeonatos de fora, além de termos uma assessoria prestativa, honesta e que nos auxiliou em todos os aspectos. Outro fator importante que me agradou bastante é que trouxemos muito mais qualidade e mídia para nosso evento, por um valor muito abaixo do ano anterior.”Alexandre Lucena, Prefeito de Cidade Gaúcha-PR. O município sediou uma etapa do RNP em 2014, durante a 2ª Exposhow

“Sediar uma etapa do Rodeio Nacional Professional em Rondon significou um grande crescimento para nossa festa, se tornando um rodeio mais expressivo no cenário paranaense. Além disso, o RNP agrega muito com sua ótima divulgação dos eventos onde passa. Com o RNP a festa de rodeio só tem a crescer, aprimorando a qualidade dos eventos e dos profissionais que participam.”Thiago Dorne – Presidente da Festa do Peão de Boiadeiro de Rondon-PR. O evento é um dos mais tradicionais do Paraná e sediou uma etapa do RNP em 2014

“Em 2014 assumimos um novo desafio e o nosso rodeio, assim como a festa em geral, necessitava de profissionalização, desde a organização dos stands, passando pela praça de alimentação, até um dos pontos principais da festa, que são as montarias. Com o RNP a mudança foi significativa. Este projeto ajudou a valorizar a festa e melhorou visivelmente o nível do evento. Eu considero que foi muito importante ter a presença deste campeonato no nosso evento.”Romualdo Batista, Prefeito de Mandaguari-PR. A Prefeitura Municipal realiza a Expomandaguari, que contou com uma etapa do RNP em 2014

“Considero que podemos dividir nosso evento em “antes e depois do RNP”. Saímos de um rodeio praticamente amador, conhecido só em nossa região, para realizar um evento de alto nível, que ganhou repercussão no Paraná inteiro. Investimos e procuramos melhorar cada área de nossa festa e certamente o rodeio foi o grande destaque, graças a qualidade do RNP e a experiência do Alexandre Bolfer. O público aprovou, os profissionais aprovaram. Este projeto só veio a somar em São Tomé.”Edvaldo Carolo, Presidente do São Tomé Rodeio Show. A cidade de São Tomé-PR recebeu uma etapa do RNP em 2014 durante seu tradicional rodeio

“Este projeto do RNP veio para fortalecer o esporte no Paraná e o saldo da nossa parceria com esta marca é extremamente positivo. O RNP levou o nome do nosso evento para outras cidades e só realizamos esta parceria porque sabíamos que os rodeios organizados pelo RNP seriam de grande qualidade. Colorado, como a capital do rodeio no Paraná e como o maior rodeio do sul do Brasil, precisa sempre ser exemplo de um bom rodeio e o RNP foi fundamental na primeira semana de nosso evento durante os dois últimos anos. Colorado se orgulha em fazer parte do RNP.”José Américo Sichieri, presidente da Festa do Peão de Boiadeiro de Colorado. O evento sediou a abertura e a grande final da primeira temporada do RNP

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m 1996 o empresário Alexandre Bolfer realizava seu Eprimeiro rodeio, nascendo assim a Bolfer Eventos. Hoje, com quase 20 anos interruptos dedicados a organização de

rodeios ele tem em seu currículo a realização de eventos em vários estados brasileiros, desde festas regionais, até rodeios dentro de feiras de porte mundial. Entre os rodeios que já contaram ou contam com a organização da Bolfer Eventos estão: Maringá-PR (Expoingá); Londrina-PR (Expolondrina); Umuarama-PR (Expoumuarama); Paranavaí-PR (Expoparanavai); Cascavel-PR (Expovel); Ponta Grossa-PR (EFAPI); Toledo-PR (Expotoledo); Porto Velho-RO (Expovel); Cornélio Procópio-PR (Expocop); Ariquemes-RO (Expoari); São Tomé-PR (Festa do Peão); Cidade Gaúcha-PR (Exposhow) e Rondon-PR (Festa do Peão), entre outras.

Já ouvi muitos questionarem qual a necessidade de ter uma empresa profissional organizando ou assessorando o rodeio dentro de um evento. A resposta não é simples, mas inclui experiência, planeja-mento, comprometimento, responsabilidade, entre outras coisas. Primeiramente, organizar um rodeio exige e sempre exigiu grande responsabilidade, principalmente porque estamos trabalhando com dinheiro dos outros. Um rodeio é como uma empresa e você não pode deixar a administração de sua empresa nas mãos de quem não tem comprometimento com ela. Desde que iniciei nesta profissão, sempre tive como principio organizar cada rodeio pensando na seqüencia dele nos anos posteriores. Quando uma comissão te contrata você precisa ter consciência que aquela festa tem uma tradição de anos e pretende se manter por outros tantos. Se você não realizar um trabalho sério vai jogar fora todo o passado que eles construíram e comprometer o futuro. Infelizmente hoje em dia ainda existem muitos maus profissio-nais neste ramo, que chegam, prometem absurdos, não investem praticamente nada do que propuseram, fazem a festa fechar no vermelho e nunca mais voltam na cidade. O compromisso deles é somente naquele ano. Colhem em quatro dias tudo o que a comissão levou anos para plantar. Eu sempre fui a favor de colher o que a comissão pretendia colher e ajudar a plantar para os anos seguintes. E posso afirmar com toda a certeza: “Não é esforço nenhum ser correto.” Este compromisso não é apenas pelo nome da minha empresa ou pelo respeito a comissão organizadora, mas também para o bem do esporte. Eu não devo fazer um rodeio achando que aquele é o último que farei na vida. Se a minha profissão é organizar rodeio, cada um que eu fizer devo fazer bem feito e com benefícios ao esporte, porque se um dia o esporte acabar, minha profissão também acaba. Temos um esporte que já foi muito deteriorado por pessoas sem compromisso com o futuro dele. O rodeio brasileiro tem muito a crescer ainda, há muitos aspectos a serem explorados, seja de forma regional, até o rodeio como esporte popular na TV em rede nacional. É um longo processo, mas que só será possível se tivermos profissionali-zação da organização.

Eu vejo a organização e a assessoria para as comissões como um ponto chave no futuro do esporte. Analisando as comissões, todas elas são formadas por pessoas experientes, capacitadas em várias áreas, inclusive no rodeio, mas eles realizam apenas um evento por ano e de maneira geral a grande maioria dos membros não viajam a rodeios todos os meses. Isto faz com que haja muito “desperdício” na hora de contratar, tanto em qualidade como em valores. Desperdício que eu digo são alguns exageros que as vezes acontecem, como a contratação de profissionais acima do necessário para o porte do evento,

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BOLFER EVENTOS COMPLETA 20 ANOS DE SERVIÇOS AO RODEIO

acarretando em despesas extras, já que as despesas com os profissio-nais não são apenas os cachês. Voltando a citar que o rodeio é uma empresa, se uma função pode ser desempenhada por um profissional, é loucura contratar três apenas para ser “maior” que a da cidade vizinha. O momento atual e o esporte no padrão que queremos exigem essa dosagem. Mas o contrário disso também é prejudicial, como por exemplo, contratar de menos. É possível seguir um padrão, um modelo, sem que o evento fique uma cópia de outro. Outra coisa que tenho visto acontecer e que de certa forma também é prejudicial são os profissionais “conselheiros”. A comissão decide não contratar uma assessoria profissional, mas pede aquela “ajudinha” para um dos contratados e ele indica seus amigos, pensando na porcentagem que irá ganhar pela indicação. Isso também gera um desperdício, pois pela porcentagem um profissional “empurra” o outro que as vezes nem era necessário. Quem presta assessoria profissional vive disso e tem o preço de seus serviços embutidos na proposta que apresenta no início da negociação, não vamos precisar “empurrar” o profissional X ou Y em troca de comissão. Também outra grande dificuldade que a assessoria profissional enfrenta é “dizer o que a comissão não quer ouvir.” Muitas comissões querem inserir atrações dentro do rodeio, que a sua estrutura não comporta e o risco de sair coisa errada é grande. Quando alertamos para isso baseado nas nossas experiências, não agradamos. Ai vem um aventureiro, diz que é possível realizar, agrada a comissão, faz coisas que não trás nenhum retorno e muitas vezes prejudica o evento e mais um vez o barato saiu caro. E quando o rodeio vem no pacote dos shows? Outro erro que acontece muito. A comissão fecha com uma empresa de shows e eles colocam o rodeio no pacote, mas sem experiência nenhuma na organização de rodeio, sem conhecimento dos profissionais, exigências do esporte, etc. Parece ser profissional, mas sem a experiência necessária, compromete o evento e o esporte.

Entenderam a importância de um bom planejamento? Uma credencial ou uma refeição extra para cada profissional ou cada empresa contratada, ao final de três ou quatro dias pode significar a diferença entre um evento que fechou no “azul” ou no “vermelho”. Sempre fiz questão de planejar cada detalhe de um rodeio e sei que hoje em dia muitos concorrentes não fazem isso. Conheço casos de que o concorrente apresentou a proposta por um preço menor e ganhou o direito de organizar o evento, mas no final, surgiram diversas despesas que ele não havia planejado e o valor saiu muito acima do combinado. Em quase 20 anos de rodeio sempre me comprometi com isto e nunca precisei pedir um acréscimo na hora do pagamento porque as despesas haviam saído do planejado. Por isso acredito na profissionalização da assessoria de rodeio, para o bem do esporte.

Alexandre Bolfer, diretor da Bolfer Eventos

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sucesso de um rodeio depende da estrutura Ocontratada, que inclui também arena, bretes e currais. A arena padrão do Rodeio Nacional

Profissional é a da Bolfer Eventos, eleita por quatro anos consecutivos como a melhor do Paraná. O empresário Alexandre Bolfer explica que a principal vantagem de uma estrutura de arena de qualidade é o bem-estar animal, fator indispensável nos eventos de hoje em dia. “Ainda há muitas comissões que contratam pelo preço, até mesmo em itens sérios como a arena. É preciso pensar que um detalhe mal acabado no ferro de uma porteira pode causar ferimento aos animais e este pequeno detalhe pode embargar um evento inteiro, devido ao bem estar-animal,” alerta ele. A arena da Bolfer Eventos é considerada hoje uma das mais modernas e eficientes do país. Confortável para os animais, resistentes e de fácil adaptação aos mais diversos tipos de recintos, ela possui material para a montagem de currais para até 60 animais, com conforto e agilidade no manejo, além de seis bretes de solta, seis bretes de espera e painéis para a montagem de uma arena espaçosa, com capacidade para receber provas como dos Três Tambores e Laço. “Desde que comecei organizar rodeio, o primeiro item que eu contratava para um evento era a arena. Você não pode deixar este item esquecido, senão depois não encontra qualidade,” afirma Bolfer. Ele revela que sua arena preferida na hora de contratar sempre foi a do empresário paulista Rogério Paitl e em 2011 surgiu a oportunidade de

A IMPORTÂNCIA DE UMA ARENA DE QUALIDADE PARA SEU EVENTO

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comprá-la. “Não existia no Paraná arena de padrão nacional, sempre precisei trazer de fora. Quando surgiu a oportunidade comprei ela em sociedade com o Carlos César Picinin, que na época era tropeiro e uma de suas principais reclamações era com as arenas que seus animais normalmente encontravam,” completa. Outro diferencial da arena da Bolfer Eventos é a equipe especializada de montagem e manutenção, que seguem rigorosamente os prazos do evento. A montagem é cuidadosamente planejada para cada tipo de recinto, atendendo cada necessidade e a equipe fica a disposição da comissão organizadora durante todos os dias. Estética também é outro item levado a sério. “Nossa equipe lava os bretes todos os dias durante o rodeio. Os bretes são a vitrine de um rodeio, devem estar apresentáveis tanto para o público como para o patrocinador,” afirma Alexandre Bolfer. Na questão de publicidade, ela também tem uma área para a colocação de adesivos muito mais que as outras, dando muito mais visibilidade a quem investe na festa. “Costumo mandar com antecedência um layout com as medidas de cada brete para que a comissão possa confeccionar os adesivos muito antes da arena chegar na cidade, para evitar atrasos e dor de cabeça no dia da abertura,” acrescenta ele. Nos últimos anos a arena da Bolfer Eventos esteve presente em rodeios de diversos estados e sempre retorna a cada evento atendido no ano seguinte, o que demonstra a confiança que as comissões organizadoras tem no seu trabalho.

Desde que comecei organizar rodeio, o primeiro item que eu contratava para um evento era a arena. Você não pode deixar este item esquecido, senão depois não encontra qualidade

Bolfer

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ESPAÇO DOS FÃSomo paranaense e fã de rodeio, só tenho a parabenizar o Rodeio Nacional CProfissional por este projeto arrojado que coloca o rodeio do Paraná em destaque nacional. Estive presente em algumas etapas realizadas e o que mais

me chama atenção é a organização, a forma como o evento é conduzido. É um rodeio gostoso de assistir, dinâmico, com qualidade em todos os setores. A maioria dos rodeios não está preocupado com o público, esquecem que o rodeio é feito para nós, não cumprem horários, não fazem nada que atraia nossa atenção dentro da arena. E é este ponto que admiro no RNP, pois sempre busca inovar, deixar o espetáculo atrativo para o público e acredito que todos ganham com isso, desde as comissões que contratam o RNP, os profissionais, o público e todo o esporte. Outro ponto que acho positivo no RNP é tudo o que envolve o marketing, desde a divulgação, a imagem das festas até o capricho com os bretes e a arena. Como empresário eu sei que as empresas procuram aliar sua marca a eventos que tem este cuidado estético e da forma como o RNP faz, poucos tem a capacidade e a coragem de fazer. Diogo Decker, 24 anos,

empresário - Londrina/PR

Lincon Cercunvis, 35 anos, caminhoneiro - Maringá-PR

ejo o Rodeio Nacional Profissional como um divisor de águas no rodeio por tudo que vem Vrealizando. Acompanhei a primeira temporada e agora acompanhei o início da segunda e tenho

visto muitos detalhes que faltam em outros rodeios. Tenho visto muitos profissionais ganhando

destaque através deste projeto, mostrando seu valor ao Brasil e o que e deixa mais feliz é que são

profissionais do Paraná. E essa é uma das coisas que eu admiro no RNP pois ele prova que aqui no Paraná

há muita qualidade e que não é preciso trazer campeonatos de fora para realizar bons eventos aqui. A

prova foi dada em todas as etapas do ano passado, onde os competidores do estado brilharam e sempre

montando em touros daqui. Sou apaixonado por rodeios e fico feliz em saber que depois de muitos anos

o rodeio paranaense entra no caminho certo novamente para se tornar referencia nacional como foi no

passado. Estou ansioso e confiante em tudo que o RNP pode apresentar nesta nova temporada. Quem é

fã de rodeio e espera um rodeio com qualidade, bonito, sem coisas negativas ao esporte, eu recomendo

visitar uma etapa do RNP. Acredito muito neste projeto e o apoiarei como eu puder.

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m dos grandes diferenciais do Rodeio UNacional Profissional é seu projeto de mídia, que inclui estratégias para a

valorização de cada evento e do esporte em geral. A Bolfer Eventos conta com o suporte de duas agências especial izadas que desenvolvem campanhas personalizadas para cada rodeio. “Hoje em dia a mídia é essencial no rodeio, mas além de explorá-la é preciso saber como explorá-la da forma correta,” afirma o empresário Alexandre Bolfer. Ele acrescenta que a campanha de um evento envolve vários aspectos, antes durante e depois da sua realização. Estes aspectos envolvem criação de materiais como logotipos e cartazes, trabalho nas r e d e s s o c i a i s , m í d i a r e g i o n a l e n a c i o n a l especializada em rodeio, entre outros. Bolfer explica que um evento é uma marca e que precisa ser cuidada com carinho, atenção e bom gosto. “O trabalho de mídia que fazemos nos rodeios que integram o RNP servem primeiramente para atrair o público ao evento, mas não se limita a apenas isso,” relata ele. “Eventos que tinham repercussão apenas regional hoje tem o nome conhecido a nível estadual e até nacional. É claro que uma pessoa que está a 1000 quilômetros de distância não é um

PLANO DE MÍDIA DO RNP CONTRIBUI PARA O FORTALECIMENTO DO RODEIO

consumidor em potencial, mas ele passa a saber que o evento existe, conhece os profissionais, conhece os patrocinadores que fazem parte dele,” completa. Para Abner Henrique, diretor da PrimeComm Comunicação & Marketing, empresa responsável pelos projetos de mídia do RNP, o custo-benefício de investir em publicidade compensa, pois a publicidade é uma semente que gera frutos hoje e também no futuro. “Publicidade é investimento e não uma despesa. Uma arte feita para o evento hoje, pode ser vista daqui a meses ou anos estampada na página de uma revista, arquivada nas redes sociais,” afirma ele.Entre os trabalhos incluídos pelo projeto de mídia do RNP estão criação de materiais impressos como cartazes e folders, criação da identidade visual de um evento, desde o desenvolvimento do logotipo até o planejamento de publicidade na arena, camarotes e outros pontos do recinto, trabalho efetivo nas redes sociais com a divulgação constante de artes sobre o evento e os profissionais contratados, assessoria de imprensa com distribuição de conteúdo em diversos veículos de comunicação, como revistas, jornais e websites, entre outros.

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PRCA nasceu de um sonho por melhorias Ado segmento rodeio no começo da década de 90, quando um jovem

competidor foi desclassificado do rodeio e expulso do recinto ao tentar reivindicar melhores condições de trabalho e melhores acomodações como alojamento e refeição digna, assim como a não obrigatoriedade do competidor ter que trabalhar na montagem das estruturas do rodeio pra depois ter a oportunidade de conseguir se inscrever para as competições. Foi ai que nasceu a necessidade de se criar uma instituição que tivesse força de interceder pelos profissionais. Muito se falou, várias idéias foram cogitadas, porém isto só se fez realmente em prática no ano 2000 e a congregação nasceu com o nome de SBR (Sistema Brasileiro de Rodeio) quando mais tarde com a aprovação da Lei Estadual do Paraná que dava as demais provas praticadas nos eventos a mesma qualificação que modalidades de rodeio, a instituição passou a se chamar PRC (Profissional Rodeio Completo). Em 2010, passou-se a chamar PRCA (Profissional Rodeio Completo Associados). Sempre na busca

PRCA BUSCA MELHORIAS E VALORIZAÇÃO DO RODEIO NACIONAL

Jow Amaral Presidente da PRCA (Profissional Rodeio Completo Associados)

de contribuir com o desenvolvimento do esporte rodeio a PRCA tem se dedicado a orientar os associados e não associados por meio de palestras e seminários a praticar os bons tratos aos animais e o cumprimento das obrigações legais para com os profissionais do rodeio. Ela também tem elaborado através de sua diretoria códigos (regulamentos) esportivos que definem os parâmetros das modalidades do rodeio. Este de tal importância que foi adotado e aplicado por eventos de grande importância no país, como exemplo o campeonato RNP, durante o rodeio de Maringá em 2015. Também atuamos diretamente em vários outros eventos como mediador para o fomento e defesa do esporte. A PRCA criou o TJDR (Tribunal de Justiça Desportiva do Rodeio), da Jurisdição do Paraná conforme a Lei do Desporto, sendo este o primeiro do Brasil. Assim como no começo, até hoje o foco da PRCA é garantir o valor e os direitos adquiridos no estado democrático de Direito a todos os envolvidos no rodeio desde o operador de equipamento, o animal e o profissional, para que o cidadão desfrute de um espetáculo popular sem que ninguém seja explorado para isto.

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COM MAIS DE 70 ATRAÇÕES EM DUAS UNIDADES E CERCA DE UM MILHÃO DE VISITANTES POR ANO, O GRUPO MORENO'S PARK SE TORNOU REFERÊNCIA NO SETOR DE ENTRETENIMENTO ATRAVÉS DAS MÃOS DO EMPRESÁRIO CÉLIO BORGES, O CONSAGRANDO COMO UM DOS MAIORES E MAIS CONHECIDOS PARQUES INTINERANTES DA AMÉRICA LATINA

Considerado um dos maiores e mais bem sucedidos empresários do ramo de entretenimento no Brasil, o mineiro Célio Borges da Costa construiu a história do Moreno's Park através de muito arrojo, paixão pelos negócios e competência para administrar. Hoje, aos 63 anos de idade e mais da metade de sua vida dedicado ao ramo, ele se orgulha por ter um dos mais tradicionais parque de diversões itinerantes da América Latina. O Moreno's Park teve início em 1944, como Parque e Teatro São Paulo, pois além dos brinquedos, trazia também diversas outras atrações artísticas, muito comuns naquela época e era comandado por José Moreno. A ligação de Célio com o parque começou quando ele se apaixonou e posteriormente se casou com Isabel, filha de Zé Moreno, ambos já falecidos. Por ser um parque pequeno e sem muitos recursos, alguns brinquedos eram de terceiros, como por exemplo, a Auto Pista, conhecida popularmente como “Carrinho de Bate-Bate”. Certa vez, o empresário que alugava a Auto Pista para Zé Moreno, resolveu cancelar o contrato, sem aviso prévio o que provocou uma grande queda no faturamento do parque, pois era sua principal atração. Foi então que Célio, que não se envolvia diretamente com os negócios do sogro decidiu acreditar e investir no ramo. Recém casado, ele lembra que a esposa estava grávida, mas mesmo assim venderam o apartamento mobilhado para ajudar seu pai. “Fui até o meu sogro com o dinheiro dentro de uma caixa de sapato e dei a ele para dar entrada na compra de uma Auto Pista. Este foi meu primeiro brinquedo de parque de diversões,” contou orgulhoso da decisão acertada. Em 1986, quando o sogro adoeceu, Célio vendeu sua parte na sociedade de uma empresa do ramo alimentício, investiu em mais brinquedos e assumiu, juntamente com Isabel, a direção do parque em tempo integral. Cada dia maior, anos depois o antigo Parque e Teatro São Paulo foi rebatizado de Moreno's Park, em homenagem ao seu saudoso fundador.

Ao longo de sua trajetória, Célio Borges da Costa ganhou respeito e admiração em todos os ramos onde atuou, devido a sua forma de administrar e de tornar pequenos negócios em negócios de sucesso. Depois de 12 anos trabalhando na mais tradicional fábrica de máquinas de escrever e calcular do país, ele assumiu o comando de uma empresa de gestão de restaurantes industriais. “Quando assumi a empresa, ela fornecia cerca de 2.500 refeições diárias. Três anos depois, quando sai, ela fornecia aproximadamente 25.000 refeições por dia,” relatou ele. E com o parque de diversões não podia ser diferente. Célio não compara a sua gestão com a gestão do sogro,

ENTREVISTA

A trajetória de sucesso do empresário mineiro que se tornoureferência em entretenimento

CÉLIO BORGES

pois considera que foram épocas diferentes, e prefere falar do presente. Atualmente com duas unidades, o Moreno's Park e o Yupie! Park, o grupo comandado por ele, sua filha e seu genro atende um público estimado em mais de um milhão de pessoas por ano, sendo que conta com mais de 70 atrações nas duas unidades, dentre eles brinquedos infantis, familiares e radicais. O grupo está presente em feiras agropecuárias, festas religiosas, temporadas de verão e inverno, shopping's, entre outros diversos eventos. Fazem parte da história do grupo Moreno's Park grandes eventos como a Expoingá de Maringá-PR, Expointer de Esteio-RS, FAPI de Ourinhos-SP, Emapa de Avaré-SP, Festa do Nosso Senhor de Bom Jesus em Tremembé, Festa Junina de Votorantim, Festa de Santa Rita de Cássia em Santa Rita do Sapucaí - MG além de várias cidades do litoral paulista que o recebem na temporada de verão e eventos de porte internacional como o Rock in Rio e o Lolapallooza. Em 70 anos de história, o Moreno's Park já passou por mais de 2.000 cidades em todos os estados brasileiros, levando diversão e entretenimento a várias gerações. O empresário relembra que neste ramo a principal preocupação deve ser a segurança de seus usuários e ele sempre primou na formação e treinamento de seus colaboradores. Os brinquedos são vistoriados periodicamente, onde equipes especializadas realizam manutenção constante para evitar qualquer tipo de incidente. Lutando sempre pelo fortalecimento do ramo, Célio é um dos fundadores da ADIBRA (Associação Brasileira de Parque de Diversões) e colaborou na elaboração das normas técnicas do setor feito junto a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Apesar de ainda se manter presente nos negócios, ele fala com orgulho sobre a administração de sua filha Vanessa e seu genro, Marco Gallo, que estão a frente do grupo. “Eles são a terceira geração a frente da nossa empresa, e estão mantendo nossa tradição” afirmou.

Atuando fortemente em eventos agropecuários há muitos anos, Célio Borges menciona o carinho e a admiração que tem pelo empresário e amigo Alexandre Bolfer, da Bolfer Eventos. Os dois se conheceram no final da década de 90 durante a tradicional feira de Cascavel, onde Bolfer estava organizando o rodeio. “Minha admiração começou quando ele demonstrou respeito pelos outros parceiros que estão dentro do evento, como o parque de diversões e expositores. Muitos organizadores de rodeio, não reconhecem que nós também somos atrações do evento. Ele me deu ouvidos, mostrou respeito e desde então nos tornamos amigos e parceiros de sucesso,” relembrou. Célio relata que as atrações de um evento, o parque de diversões, os expositores e o rodeio precisam se completar. Um rodeio desorganizado, sem cumprimento de horário, exaustivo, afasta o público do parque de diversões e dos outros expositores, afirma ele. “Quando vejo que quem vai organizar o rodeio que estarei é o Bolfer, fico tranqüilo, confiante. Com a organização dele sei que não teremos problemas, pois ele como poucos, sabe realizar atrações para entreter, cativar o público e ao mesmo tempo liberá-los no tempo certo para circular na festa, conseqüentemente indo ao parque de diversões e nos outros expositores,” finaliza.

Célio Borges e sua filha Vanessa

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m dos personagens mais Ucarismáticos e respeitados do

rodeio brasileiro é o senhor Mário

Gimenes, presença confirmada em muitos

eventos com o famoso “Globo Santo”.

Desenvolvido e patenteado por ele, o

“Globo Santo” se tornou peça fundamental

nas aberturas dos rodeios, apresentando a

imagem de Jesus Cristo ou Nossa Senhora

Aparecida. Hoje, mesmo aos 77 anos de

idade e uma vitalidade de jovem, é o

próprio senhor Mário que transporta e

monta o equipamento dentro da arena, ao

lado de sua fiel companheira, Aparecida

Gimenes de 69 anos. Residente na cidade de

Lutécia-SP, senhor Mário Gimenes iniciou no

rodeio na década de 80 com a MG Som, uma

das empresas pioneiras neste ramo. Anos

depois, sentindo a ausência de novidades

nas aberturas dos rodeios, ele desenvolveu

e construiu o primeiro “Globo Santo”, que

abre lentamente durante a oração,

revelando aos poucos a imagem santa que

está dentro. Os equipamentos da MG Shows

Artísticos já chegaram a realizar cerca de

150 rodeios em um ano, do Rio Grande do

Sul até o Amapá. Devido ao seu capricho e

respeito com o trabalho, senhor Mário

Gimenes também já pode montar seu

equipamento na Basílica de Nossa Senhora

Aparecida, em Aparecida-SP, onde fez parte

do cenário durante a tradicional novena de

outubro. O reconhecimento foi tanto que o

“Globo Santo” fez parte da cena final da

Novela A Padroeira, exibida pela Rede

Globo. E para quem pensa que a criatividade

do senhor Mário está aposentada, ele deve

apresentar em breve um novo projeto, onde

as imagens entram na arena através de uma

esteira.

Se você é fã de rodeio certamente já deve ter visto o trabalho de Fabrício Bergamaschi estampado em um cartaz ou nas redes sociais. Com 17 anos de experiência na área de design gráfico, ele é hoje um

dos profissionais mais respeitados do estado do Paraná e através de sua agência, a Fabrício Artes, presta serviço para os mais variados

segmentos. Apesar de residir em Colorado, a capital paranaense do rodeio, seus trabalhos diretamente ligados ao esporte começaram há pouco menos de três anos. Neste período ele já desenvolveu logotipo

para eventos e profissionais, cartazes, material impresso e principalmente materiais para as redes sociais, que atualmente são

conhecidos por todos. Além da criatividade, profissionalismo e bom gosto que ficam nítidos em seus trabalhos, seus clientes acrescentam

que a atenção no atendimento e a dedicação e carinho com cada marca são outras qualidades que fazem de Fabrício Bergamaschi um

profissional de respeito.

FABRÍCIO BERGAMASCHI

paixonado pela área de mídias no rodeio, AAbner Henrique acompanha o esporte

desde que era criança. Fã incondicional,

durante muitos anos ele acompanhou o rodeio

“pelo lado de fora”, onde mesmo sem

experiência nas arenas, adquiriu muito

conhecimento. Depois de algumas tentativas de

encontrar uma profissão que o deixasse dentro

dos rodeios, em 2011 ele passou a ser conhecido

nacionalmente por seus textos sobre o esporte,

onde escreveu diversas matérias para sites e

revistas especializadas. Hoje, ele divide os textos

com o desenvolvimento de projetos especiais de

mídia, onde busca a profissionalização deste

setor dentro do esporte, já que segundo ele, na

maioria dos casos a imagem de profissionais,

eventos e patrocinadores são tratadas ainda de

forma amadora. Aos 30 anos, Abner Henrique

está a frente da PrimeComm Comunicação &

Marketing, empresa que presta diversos tipos de

serviços ligados a área. Entre seus clientes estão

o RNP, onde desenvolve todo o conteúdo

relacionado a mídia, além de locutores, boiadas e

empresas do segmento country, entre outras.

ABNER HENRIQUE

QUEM É?

s fotógrafos tem a missão de eternizar O através de seus cliques tudo o que

acontece na arena e um dos nomes mais

promissores da nova geração nesta área é Rodolfo

Lesse. Aos 23 anos, Rodolfo é natural de Colorado-

PR e sua ligação com o maior rodeio do sul do Brasil

vem desde muito cedo. Apaixonado por esportes,

ele conta que sempre buscou algo que o deixasse

perto de qualquer esporte e por isto escolheu

ingressar no curso de jornalismo, onde se formou

em 2014. Até entrar na faculdade ele nunca havia

pensado em fotografar profissionalmente, mas foi

lá que através das aulas percebeu que tinha

intimidade com esta arte. A decisão de seguir

carreira veio após realizar um trabalho para a

faculdade na arena do rodeio de Colorado e então

decidiu comprar um equipamento e se dedicar a

profissão. Apesar de sua dedicação ao rodeio ele

também já fotografou outros esportes, como

futebol, futebol americano, entre outros. Durante a

Copa do Mundo de 2014 ele também realizou um

documentário fotográfico em São Paulo com

torcedores de diversos países. Nas arenas ele já

trabalhou em diversos eventos no Paraná e interior

de São Paulo e é admirado por sua dedicação,

capricho e profissionalismo.

RODOLFO LESSE

MÁRIO GIMENES

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Aunião Nacional do Rodeio é uma associação em prol o rodeio, com sede na cidade de São José do Rio Preto-SP e tem como principais objetivos promover o bem-estar dos animais, orientar

profissionais, investir em pesquisas cientificas e interagir com o poder público para esclarecer fatos e fortalecer o esporte. Ela surgiu após um grande grupo de profissionais se unirem para estudar medidas de defender o rodeio, que vem sofrendo cada vez mais ataques de pessoas e entidades contrárias ao uso de animais no esporte. Ela foi fundada oficialmente no dia 19 de maio de 2015, mas a articulação para sua criação se desenvolvia desde setembro de 2014. Neste período, o corpo jurídico da entidade trabalhou para apoiar e defender o rodeio em diversos municípios, apresentando documentos e orientando os envolvidos em questões como embargos e proposta de projetos de lei proibindo o esporte. “Em poucos meses a UNR fez pelo rodeio brasileiro o que ninguém havia feito em 60 anos,” declarou Carlos Roberto Garieri, o Madrugada, presidente da entidade. “Temos um grande time, pessoas dedicadas e preocupadas com o futuro do esporte. Muitas pessoas influentes e que gostaríamos de ter ao nosso lado ainda estão escondidas, talvez desacreditadas, mas sinto que em breve elas entenderão as boas intenções desta união,” avaliou Madrugada. Um dos próximos passos importantes a seguir agora é captar recursos através de doações para estudos em prol o rodeio. O principal estudo é relativo ao bem-estar dos animais no que diz respeito a ausência de dor durante as competições e o uso dos equipamentos. Este estudo será feito pelo ECOA (Centro de

UNR FORTALECE O RODEIO BRASILEIROEstudos do Comportamento Animal), vinculado a UNESP (Universidade Estadual Paulista). Apesar destas instituições serem públicas, os estudos devem ter financiamento particulares pelos interessados, no caso os envolvidos com o rodeio. O papel da UNR neste caso é conscientizar os profissionais e organizadores da importância e urgência deste estudo para que o rodeio nacional possa crescer cada vez mais sem riscos de proibição do poder judiciário.

UNR TEM BRAÇO FORTE NO PARANÁO empresário Alexandre Bolfer, idealizador do Rodeio Nacional Profissional é fundador e membro da diretoria da UNR, fazendo parte do Conselho Deliberativo. De acordo com o presidente da entidade, Carlos Roberto Garieri, um dos tropeiros mais respeitados do país, com mais de 30 anos de rodeio, Alexandre Bolfer tem sido o braço forte no Paraná em prol do esporte. “Na parte burocrática

do esporte o Paraná está muito avançado em relação aos demais estados e a UNR necessita destas experiências que tem dado certo,” declarou ele. Para o presidente, a ajuda de Bolfer tem sido de fundamental importância nesta luta a favor do rodeio já que ele participa de todas as reuniões, se interessa pelos assuntos, leva e busca experiências e informações, entre outras coisas. “Certamente ele é a pessoa mais importante do rodeio paranaense hoje e todos do estado devem se orgulhar da forma como ele tem lutado pelo rodeio em nível nacional,” completou Madrugada.

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rodeio é considerado o esporte mais perigoso do Oplaneta e devido a isso é também o que esta mais exposto a ter acidentes. Em constante evolução, nas

ultimas décadas muitos itens de segurança foram acrescentados ao esporte como colete de proteção e capacete. Na parte humana, também muito se avançou com profissionais mais qualificados e orientados. Porém, os riscos de acidentes ainda são eminentes e o paramédico Mauro Guidetti que há 13 anos trabalha nas arenas brasileiras, alerta que quando eles acontecem é preciso ter uma equipe especializada no atendimento. “Cada atendimento é diferente um do outro. É preciso ter pessoas com experiência para saber diferenciar os acidentes e tomar as providências certas. Um erro no atendimento pode causar danos irreversíveis e até levar a morte,” afirma ele. Guidetti lembra que existem muitos casos onde os organizadores não se preocuparam com a contratação de equipe especializada e hoje respondem na justiça por danos causados aos competidores devido a inexperiência de quem prestou o atendimento.

A Lei Federal 10.519 de 17 de julho de 2002, que regulamenta o rodeio como esporte exige que todos os eventos de montaria tenham atendimento médico com ambulância e equipe especializada em primeiros socorros. Porém Mauro lamenta que infelizmente muitos organizadores não tem essa consciência. “Ainda existem rodeios que preferem colocar uma ambulância da prefeitura com motorista no fundo dos bretes, esquecendo que se trata de um esporte de alto risco e que o atendimento especializado é obrigatório por lei,” alerta. Para ele, o custo-benefício de se investir na contratação de uma equipe especializada é muito melhor do que ter que arcar com prejuízos posteriores causados por pessoal despreparado.

Outro alerta importante que ele faz é que como em todos os ramos, existem os maus profissionais. “Também existem equipes que se dizem especializadas, mas na verdade não são e isto gera riscos da mesma forma,” completa. Como se trata da proteção de vidas e os organizadores são responsáveis pelas vidas dos atletas, é necessário contratar profissionais com experiência e boas procedências. Tão importante como a conscientização dos organizadores é a conscientização dos profissionais que atuam na arena.

Mauro Guidetti fala sobre os equipamentos de proteção como o colete, que já é obrigatório na montaria em touros e o capacete, que na opinião dele, apesar de muitos serem contra, também devia ser obrigatório. “Já vimos óbitos nas arenas devido a ausência do capacete e da mesma forma já vimos tantos outros atletas que tiveram suas vidas salvas devido a ele,” relata. Segundo ele, nos últimos anos tem aumentado o número de competidores que utilizam o capacete na montaria em touros, em grande parte devido a uma nova geração de atletas, mais conscientes. Porém, ele considera que o número ainda está longe do ideal e que como o uso é opcional, devia haver mais ações de conscientização, assim diminuindo os riscos da profissão.

MAURO GUIDETTI FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA

DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO NAS ARENASConsiderada hoje a mais importante e respeitada equipe de

paramédicos do rodeio brasileiro, a MG Paramédicos conta atualmente com uma equipe de 22 pessoas, totalmente qualificados e preparados para atender os mais diversos tipos de eventos. “Nossos profissionais fazem cursos de reciclagem e qualificação periodicamente, para que possam estar sempre atualizados e com conhecimento em todos os assuntos referentes ao atendimento,” relata Mauro.

Conceituada em atendimentos especializados na região de Campo Mourão no centro do Paraná, há 13 anos a MG Paramédicos foi contratada para atuar no rodeio de Mamborê, também na região central do estado. Esta foi sua primeira ligação com o rodeio e a partir dali muitos outros organizadores passaram a contratar seus serviços em diversas partes do Brasil.

O reconhecimento também veio através do Prêmio Melhores do Rodeio Paranaense, onde votada pelos profissionais a empresa foi vencedora nos últimos três anos em sua categoria. Hoje, além dos rodeios e das provas com cavalos, as equipes da MG Paramédicos atuam em outros eventos como competições de motocross, shows, eventos particulares, entre outros.

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SIEMSIEMSIEM

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paixonado pelo mundo equestre, o empresário Ilson Romanelli Ade 49 anos é hoje um dos principais nomes na luta pela defesa

de todos os esportes que envolvem cavalos no Brasil. Praticante

da prova do laço em dupla, ele pertence a uma das famílias mais

tradicionais da agropecuária no norte paranaense e revela que o

envolvimento dos Romanelli com os animais vem de muito tempo. ”Nos

anos 30 nossa família já criava cavalos de corrida em São Paulo, então

vem no sangue,” explicou ele. As competições passaram a fazer parte da

vida dele na década de 90, quando os filhos e sobrinhos praticavam

hipismo clássico, e posteriormente iniciaram na prova dos três tambores,

que naturalmente levou a família ao laço em dupla, modalidade a qual

estão envolvidos até hoje. E foi assim, acompanhando os filhos nas

provas, que em 1999 ele decidiu começar a praticar o laço. Ele nunca se

considerou um laçador de verdade, porém em todos estes anos

competiu nas principais pistas de laço do Brasil, inclusive conquistando

prêmios importantes. “Atletas são meus cavalos. Eu não sou nem

laçador, apenas jogo corda,” brincou o empresário. Mas para ele, a

grande conquista dentro do laço em dupla é poder competir e vencer ao

lado do filho, Thiago Romanelli, hoje com 28 anos. “Não existem

palavras para descrever a emoção de competir e compartilhar uma

vitória com um filho,” revelou. Como as provas eqüestres podem ser

disputadas por pessoas de qualquer idade, desde os mais jovens, até os

idosos, Ilson Romanelli sempre defendeu a idéia de que é um esporte

para a família, tanto prestigiar, como de fato competir. “Se cada pai

soubesse como é este sentimento de competir ao lado de um filho,

certamente muitas famílias estariam mais unidas e competindo juntas

em uma arena, seja qual for a modalidade,” finalizou.

COMPROMISSO COM O ESPORTE

A vida de empresário nunca permitiu que Ilson Romanelli se dedicasse

da forma como sempre sonhou aos animais e as competições, mas nem

por isso ele deixou de lado seu comprometimento com os esportes

eqüestres. Atualmente ele faz parte da diretoria de entidades como a

ABQM (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Quarto de Milha) e

da Sociedade Rural de Londrina, duas das mais importantes e

respeitadas entidades do setor rural brasileiro. Dedicado e atuante,

Romanelli é engajado na luta em defesa aos animais e as diversas

modalidades western praticadas no Brasil, demonstrado recentemente

com uma viagem a Brasília onde juntamente com alguns outros

membros do setor se reuniu com deputados e senadores em busca de

apoio e melhorias para o esporte. E foi com esta dedicação e vontade de

ver os esportes eqüestres cada vez maiores que ele ao lado dos amigos

Anderson Proença e Felipe Monteiro fundou há alguns anos o CPLD

(Circuito Paranaense de Laço em Dupla), que se tornou referência no

mundo equestre e principal campeonato da modalidade no Brasil.

“Colocamos em prática todas nossas idéias e esforços, para iniciarmos

um novo marco da modalidade no Brasil, se comparando aos principais

campeonatos dos Estados Unidos,” afirmou ele. Organizado e com muito

respeito aos atletas que competem nele, o CPLD conseguiu

investimentos de grandes marcas e parcerias importantes a nível

mundial, que ajudaram a popularizar o laço em dupla e se tornou

exemplo para todas as outras modalidades. “Ganhamos respeito

internacional e eu tenho muito a agradecer o senhor Gary Poythress e

sua esposa que nunca mediram esforços para nos apoiar nesta luta,”

ENTREVISTA

ILSON ROMANELLI

completou. Poythress é um dos fundadores do USTRC (United States

Team Roping Championship), maior campeonato da modalidade no

mundo e que firmou parceria com o CPLD.

Devido as atividades nas suas empresas, Ilson Romanelli precisou se

afastar da administração do CPLD, mas ainda acompanha de perto tudo

o que acontece por lá. Quanto ao crescimento que o laço em dupla teve

no Brasil nos últimos anos, ele se declara assustado, por ter chegado ao

patamar que está hoje tão rápido, mas se sente orgulhoso por ter feito

parte desta evolução. No Brasil estima-se que haja cerca de 10.000

praticantes regulares da modalidade, porém apenas 4.000 estão

registrados, enquanto que nos Estados Unidos os números já superam

135.000 laçadores registrados. “Ainda estamos engatinhando em

comparação a eles, temos muito chão para andar, mas estamos no

caminho certo,” avaliou Romanelli. Ele relembra que há alguns anos

atrás, as palavras laço e cavalo de laço eram inexistentes em grandes

leilões de raças eqüinas e hoje, se tornou uma das referências de animais

valiosos. “Isto pra mim é uma realização pessoal. Por ai da pra ver onde

chegamos e ainda onde podemos chegar,” disse. Porém ele alerta que o

crescimento que ainda falta, passa por um tema importante que é a

conscientização dos organizadores e profissionais, principalmente no

que diz respeito ao bem-estar animal. “Precisamos exigir que as regras

sejam seguidas em todas as provas que envolvem o nome da

modalidade, não adianta cumpri-las somente nas grandes provas. Nós

que estamos envolvidos com o laço é que temos que mudar isto e não

pode ser amanhã, tem que ser hoje,” afirmou. Romanelli completa

dizendo que os amantes das provas é quem devem zelar pelo bem-estar

dos animais. “Fazer bem feito ou fazer mal feito da o mesmo trabalho. É

possível realizar uma prova sem danos aos animais, então temos que

conscientizar a todos,” finalizou.

RNP É EXEMPLO NO RODEIO NACIONAL

O empresário lembra que as provas funcionais, mesmo tendo tomado

uma certa independência nos últimos anos, sempre caminharam e

devem continuar caminhando junto com os rodeios, pois um completa o

outro. Para ele, o rodeio tem capacidade para evoluir rápido e em

poucos anos, como aconteceu com o laço em dupla, mas depende

exclusivamente de organização. Como empresário, ele enxerga muitos

pontos que poderiam melhorar no esporte, mas que poucos estão

comprometidos em mudar. Entre os projetos comprometidos com esta

mudança, Romanelli cita o Rodeio Nacional Profissional. “O RNP tem o

mesmo ideal que tivemos no CPLD que é criar e realizar eventos

organizados, que agreguem valor ao esporte e posso dizer com

conhecimento de causa, que o resultado disto é sucesso,” afirmou. Assim

como em qualquer outro ramo, na opinião dele o rodeio só terá futuro

se souber separar o que é bom do que é ruim. “Defendo e valorizo

projetos como o RNP, pois sei que estão lutando para o bem do esporte

e dos eventos de maneira geral,” afirmou. Ele completa citando que nas

reuniões recentes que teve tanto com vereadores, como com deputados

e senadores, um dos materiais apresentados a favor do rodeio foi o

Manual de Bem-Estar Animal do RNP, que trás conteúdos importantes

sobre os bons tratos dos animais nas competições. “Em todos os anos

que estou no mundo rural nunca tinha visto um material assim. Isto

chama-se organização,” finalizou ele.

UM HOMEM MOVIDO PELO ESPÍRITO WESTERN

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LANÇAMENTO 2015

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MOMENTOS Foto/Joel Guedes Foto/Joel Guedes

Foto/Joel Guedes

Foto/Joel Guedes

Foto/Joel Guedes

Foto/Joel Guedes

Foto/Rodolfo Lesse

Fo

to/R

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dh

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Co

rreia

Foto/Joel Guedes

Foto/Randhal Correia

Foto/Hugo Lemes

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