Robert Murray Mcheyne - Consolai

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Transcript of Robert Murray Mcheyne - Consolai

  • Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalm,

    e bradai-lhe que j a sua milcia acabada, que a sua iniquidade est expiada e que

    j recebeu em dobro da mo do Senhor, por todos os seus pecados.

    Isaas 40:1-2

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    Algumas Citaes deste Sermo

    Esta a maneira pela qual todos os homens no-convertidos que finalmente perecem arcaro

    com os seus pecados. Estes iro para o castigo eterno [Mateus 25:26]. Apartai-vos de mim,

    malditos, para o fogo eterno [Mateus 25:41]. No que eles sero capazes de suportar seu

    castigo: Meu castigo maior do que posso suportar [Gnesis 4:13]. Porque vindo o grande dia

    da sua ira; e quem poder subsistir? [Apocalipse 6:17]. Eles diro um ao outro: Quem dentre ns

    habitar com o fogo consumidor? Quem dentre ns habitar com as labaredas eternas? [Isaas

    33:14] E o Senhor dir: Porventura estar firme o teu corao? Porventura estaro fortes as tuas

    mos, nos dias em que eu tratarei contigo? Eu, o Senhor, o disse, e o farei [Ezequiel 22:14].

    Quando um pobre pecador morre sem Cristo e segue para suportar o castigo dos seus pecados,

    ele nunca pode ter o suficiente. Ele pecou contra um Deus infinito, e a sua punio, se for justa,

    deve ser infinita; suas prises devem ser eternas, o verme roendo nunca deve morrer a chama

    acesa nunca se apagar. Desta forma, pobres almas sem Cristo nunca podem satisfazer a justia

    de Deus. Deus nunca dir que o suficiente. Ele nunca derramar gua sobre as chamas do

    inferno, nem enviar uma gota para as lnguas ressequidas que so atormentados ali. Em vez de

    sofrer duas vezes, eles nunca recebero o suficiente da mo do Senhor, por todos os seus

    pecados. Oh! caros amigos, fcil falar disso agora; mas muitos de vocs provavelmente o

    sentiro em breve.

    Todos os sofrimentos de Cristo foram pela mo de Seu Pai: Todavia, ao Senhor agradou mo-lo,

    fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiao do pecado [Isaas 53:10]. Ns

    geralmente olhamos para as mos mpias que crucificaram e mataram Cristo; mas no devemos

    esquecer que isso ocorreu pelo determinado conselho e prescincia de Deus, e que eles no

    teriam tido poder algum contra Ele, exceto se no fosse dado a eles do alto. Atravs de toda a

    multido de sacerdotes zombadores e soldados sanguinrios, vocs devem ver a mo do Senhor

    tornando a Sua alma como oferta pelo pecado.

    Sua iniquidade est expiada; pois, Outro morreu pelos seus pecados. Oh! uma maneira terrvel

    de perdo. Mas contigo est o perdo, para que sejas temido [Salmos 130:4] Este um perdo

    para fazer vocs tremerem, e odiarem o pecado com um dio perfeito. Oh! vocs podem amar

    aquilo que O pregou no madeiro, que inclinou a Sua bendita cabea? Vocs se submetero ao

    pecado de novo, e, assim, colocaro a lana novamente no lado de Jesus? Alguns dizem: eu sou

    muito vil. Ah! vocs so mais vis do que Jerusalm? Quando vocs tomam um seixo, e o lanam

    no mar, ele afunda, e totalmente coberto; assim so os pecados daqueles que se refugiam em

    Cristo: Tu lanars todos os seus pecados nas profundezas do mar [Miquias 7:19].

    Satans o acusador dos irmos. Ele os acusa em suas conscincias, a fim de lev-los para

    longe de Cristo, para lev-los ao desespero, e desistirem de toda esperana de salvao. Ele lhes

    diz: Tu s um desgraado vil, inapto para o santo Salvador, veja que paixes furiosas h no teu

    corao, tu nunca sers salvo. Ah! quando o pobre pecador corre para Cristo, ele encontra

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    descanso ali; sua guerra ento concluda. Ele v todas as acusaes de Satans respondidas

    no sangue do Cordeiro.

    [...] em certo sentido, a batalha ainda no acabou, mas apenas comeou; porm agora a vitria

    certa. Deus agora por ele. Maior Aquele que por ele do que tudo o que possa ser contra ele.

    Se Deus por ns, quem ser contra ns? [Romanos 8:31] O Esprito de Deus est agora

    dentro dele; Ele permanecer com ele para sempre. O Esprito agora reina nele. Agora, Cristo luta

    por ele, cobre sua cabea no dia da batalha, Ele o carrega em Seu ombro. Ele to seguro de

    vencer, como se j estivesse na glria. Ele diz-lhe: No temas, tu verme de Jac, povozinho de

    Israel [...] No temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu s meu. No te deixarei,

    nem te desampararei. Essa expresso, nunca te deixarei, abrange completamente as mais

    sombrias horas da tentao, as guas mais profundas da aflio e as mais quentes fogueiras da

    perseguio; alcana at a morte, atravs da morte e da sepultura, adentra a eternidade.

    Examine de onde o seu conforto flui. Todo verdadeiro consolo do Evangelho flui da cruz de

    Cristo, a partir do Homem de Dores. O consolo dos hipcritas flui de si mesmos. Eles olham para

    si mesmos por consolo; eles olham para a mudana em sua vida, eles veem algumas melhorias

    ali, e descansam naquilo; ou, se olham mais profundamente para a sua preocupao, seu lamento

    sobre o pecado, suas convices, seus esforos por Cristo; ou, eles olham para as suas

    devoes, seu deleite em orao, seu fluxo de afeio e palavras; ou para os textos da Bblia

    adentrando em suas mentes; ou, eles olham para o que os seus amigos ou ministros pensam

    deles, e eles tomam conforto disto. Todos estes so refgios de mentiras, falsos cristos, que deve

    ser lanados fora, ou eles arruinaro a sua alma. O sangue e justia de Cristo, e no qualquer

    obra em seu prprio corao, deve ser a sua justificao diante de um Deus santo. O verdadeiro

    consolo do Evangelho vem de uma viso de Cristo recebendo duplamente por todos os nossos

    pecados. Eis o Cordeiro de Deus! O consolo do Evangelho uma corrente que flui direto do

    Calvrio.

    [...] vocs no se refugiaram em Cristo. Ah! meu amigo, ai de ti. Sua luta no est concluda. A

    lei, com suas maldies e sua espada flamejante, est em seu caminho. Satans tambm o

    acusa, e voc no tem nada para lhe responder. O pecado se enfurece em voc, e voc no tem

    poder contra ele. Sua iniquidade no est perdoada, e nenhum pecado est apagado. Tudo est

    nu e patente aos olhos dAquele com quem voc tem que lidar. Seu consolo todo uma mentira,

    sua paz a paz de Satans, o sono que termina em perdio. Voc ainda carregar os seus

    prprios pecados. Quando o grande dia de Sua ira vier, voc no ser capaz de permanecer de

    p. Porventura estar firme o teu corao? Porventura estaro fortes as tuas mos, nos dias em

    que eu tratarei contigo? [Ezequiel 22:14] Oh! senhores, vocs pensam que uma coisa pequena

    estar sem Cristo neste dia; vocs podem falar dele com o nimo leve, zombar e gracejar sobre o

    assunto; alm disso, vocs podem dormir tranquilamente; mas h um dia vindouro, quando o seu

    clamor amargo ser ouvido em todas as cavernas do inferno: Ai de mim! Estou sem Cristo, estou

    sem Cristo!.

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    Consolai Robert Murray M'Cheyne

    Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalm, e

    bradai-lhe que j a sua milcia acabada, que a sua iniquidade est expiada e que j

    recebeu em dobro da mo do Senhor, por todos os seus pecados (Isaas 40:1-2)

    Estas palavras so uma exploso das trombetas prateadas do Evangelho. Bem-

    aventurado o povo que conhece o som alegre. Elas so como as palavras do anjo, em

    Belm: Eis aqui vos trago novas de grande alegria, que ser para todo o povo [Lucas

    2:10]. Esta a voz do Pastor, que todo o Seu rebanho conhece e ama.

    I. Os crentes tm recebido punio em dobro por todos os seus pecados. J recebeu em

    dobro da mo do Senhor, por todos os seus pecados, versculo 2. Existem duas

    maneiras pelas quais os pecadores podem suportar o castigo de seus pecados.

    1. Neles mesmos, em seu prprio corpo e alma para sempre. Esta a maneira pela qual

    todos os homens no-convertidos que finalmente perecem arcaro com os seus pecados.

    Estes iro para o castigo eterno [Mateus 25:26]. Apartai-vos de mim, malditos, para o

    fogo eterno [Mateus 25:41]. No que eles sero capazes de suportar seu castigo: Meu

    castigo maior do que posso suportar [Gnesis 4:13]. Porque vindo o grande dia da

    sua ira; e quem poder subsistir? [Apocalipse 6:17]. Eles diro um ao outro: Quem

    dentre ns habitar com o fogo consumidor? Quem dentre ns habitar com as labaredas

    eternas? [Isaas 33:14] E o Senhor dir: Porventura estar firme o teu corao?

    Porventura estaro fortes as tuas mos, nos dias em que eu tratarei contigo? Eu, o

    Senhor, o disse, e o farei [Ezequiel 22:14]. Esta no a maneira falada no texto; pois,

    (1.) seria uma mensagem de aflio, e no de consolo: Ai, ai, ai, e no, consolai,

    consolai. Quando Deus realmente estender mo para punir os pecadores, no haver

    consolo naquele dia. Os coraes dos pecadores afundaro em tristeza insuportvel. (2.)

    Pecadores nunca podem ter o dobro em si mesmos. Quando um pobre pecador morre

    sem Cristo e segue para suportar o castigo dos seus pecados, ele nunca pode ter o

    suficiente. Ele pecou contra um Deus infinito, e a sua punio, se for justa, deve ser

    infinita; suas prises devem ser eternas, o verme roendo nunca deve morrer a chama

    acesa nunca se apagar. Desta forma, pobres almas sem Cristo nunca podem satisfazer

    a justia de Deus. Deus nunca dir que o suficiente. Ele nunca derramar gua sobre as

    chamas do inferno, nem enviar uma gota para as lnguas ressequidas que so

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    atormentados ali. Em vez de sofrer duas vezes, eles nunca recebero o suficiente da mo

    do Senhor, por todos os seus pecados. Oh! caros amigos, fcil falar disso agora; mas

    muitos de vocs provavelmente o sentiro em breve.

    2. Em Cristo, o Fiador. de acordo com a justia, que os pecadores podem suportar seus

    pecados em Cristo, o Fiador. (1.) Esta foi a prpria incumbncia pela qual Cristo veio de

    cima. Ele pensou sobre isso por toda a eternidade. Para este fim, Ele veio ao mundo, para

    este fim, Ele se tornou homem. Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados

    sobre o madeiro [1 Pedro 2:24]. Se no fosse algo justo e correto que os pecadores

    pudessem suportar seus pecados em outro, e no em si mesmos, Cristo nunca teria

    empreendido isso. Esta a forma de que se fala aqui. (2.) Todos os sofrimentos de Cristo

    foram pela mo de Seu Pai: Todavia, ao Senhor agradou mo-lo, fazendo-o enfermar;

    quando a sua alma se puser por expiao do pecado [Isaas 53:10]. Ns geralmente

    olhamos para as mos mpias que crucificaram e mataram Cristo; mas no devemos

    esquecer que isso ocorreu pelo determinado conselho e prescincia de Deus, e que eles

    no teriam tido poder algum contra Ele, exceto se no fosse dado a eles do alto. Atravs

    de toda a multido de sacerdotes zombadores e soldados sanguinrios, vocs devem ver

    a mo do Senhor tornando a Sua alma como oferta pelo pecado. Isso mostra que Cristo

    um Salvador nomeado pelo Pai. Almas despertas tm medo da mo vingadora de Deus;

    mas em Cristo h um refgio. E vocs no precisam ter medo, pois Cristo abrigar vocs;

    pois houve um acordo entre Eles, para que Cristo sofresse essas coisas pelos pecadores,

    e por isso entrasse em Sua glria. Cristo consumou a obra que o Pai Lhe deu para fazer.

    (3.) Quando os pecadores se refugiam em Cristo, a lei segue seu curso contra os seus

    pecados, no sobre a sua alma, mas em Cristo. Todos os seus pecados, sejam eles

    muitos ou poucos, so considerados dEle, e Ele feito responsvel; e Ele j recebeu em

    dobro por todos eles. Como foi justo que Cristo recebesse o dobro? Resposta. Ele no

    poderia sofrer em absoluto, sem suportar o dobro por todos os nossos pecados, devido a

    Sua excelncia e glria. Os sofrimentos de Cristo por um momento foram, aos olhos de

    Deus, o dobro dos sofrimentos eternos dos pecadores, por causa da infinita dignidade de

    Sua pessoa. Deus Se agrada por Sua causa da justia; pois Ele engrandeceu a lei, e a

    fez gloriosa. Na morte de Cristo, os anjos contemplaram Deus ser santo, infinitamente

    melhor do que se todos os homens houvessem perecido para sempre.

    Venha, ento, livremente a Jesus Cristo, pecador despertado. Ali voc encontrar um

    abrigo da ira devida por seus pecados. Seus pecados so, de fato, infinitos, e a ira de

    Deus intolervel, mas em Jesus voc pode encontrar segurana. Ele veio sobre esta

    prpria incumbncia. Voc no precisa ter medo, pois Ele o receber; Seu corao e

    Seus braos esto abertos para voc. Seu Pai est disposto para que voc venha. Sejam

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    seus pecados muitos ou poucos, no importa; em Cristo, voc encontrar que eles so

    todos suportados, padecidos, em uma forma glorificante a Deus e segura para voc.

    II. Todos os crentes esto, portanto, em condio verdadeiramente abenoada.

    1. A iniquidade deles perdoada. A alma em Cristo uma alma perdoada. No importa

    quantos os seus pecados foram. A iniquidade de Jerusalm era muito grande. O povo de

    Jerusalm havia pecado contra a luz e contra o amor. Todos os profetas haviam sido

    enviados a eles; mas eles foram apedrejados ou mortos. O Filho de Deus chegou ali; eles

    O lanaram fora da vinha e O mataram. Seus pecados tinham crescido at aos cus;

    ainda assim, eles mal haviam se entregado a Cristo, Deus diz: a sua iniquidade est

    expiada. E, observem, primeiramente, este um perdo presente. Ele no diz, a sua

    iniquidade ser expiada, mas, a sua iniquidade est expiada. Malmente uma alma

    culpada, oprimida apega-se a Cristo, esta doce palavra ouvida nos cus: A sua

    iniquidade est expiada. Portanto, agora nenhuma condenao h para os que esto em

    Cristo Jesus [Romanos 8:1]. Oh! O perdo que oferecido no Evangelho no futuro ou

    incerto; mas um perdo presente e seguro; perdo agora, neste instante, a todos os que

    creem em Jesus. Vocs so to completamente perdoados no momento em que creem

    como sempre sero. Oh! Apressai-vos, e recebam o perdo de Cristo. Oh! que vs

    conheais o dia de Sua visitao. Observem, em segundo lugar, um perdo santo. Sua

    iniquidade est expiada; pois, Outro morreu pelos seus pecados. Oh! uma maneira

    terrvel de perdoar. Mas contigo est o perdo, para que sejas temido [Salmos 130:4]

    Este um perdo para fazer vocs tremerem, e odiarem o pecado com um dio perfeito.

    Oh! vocs podem amar aquilo que O pregou no madeiro, que inclinou a Sua bendita

    cabea? Vocs se submetero ao pecado de novo, e, assim, colocaro a lana

    novamente no lado de Jesus? Alguns dizem: eu sou muito vil. Ah! vocs so mais vis do

    que Jerusalm? Quando vocs tomam um seixo, e o lanam no mar, ele afunda, e

    totalmente coberto; assim so os pecados daqueles que se refugiam em Cristo: Tu

    lanars todos os seus pecados nas profundezas do mar [Miquias 7:19].

    2. A guerra deles concluda. (1.) Com a lei. Uma alma desperta tem uma guerra terrvel

    contra a lei de Deus. A lei de Deus revelada sua conscincia, armada com uma

    espada flamejante, reluzente. Ela exige a obedincia de seu corao e vida. O pecador

    tenta obedec-la, ele tenta trazer a sua vida aos seus requisitos, mas em vo. A lei

    levanta sua espada para mat-lo; ela lana suas maldies contra ele. Esta uma guerra

    terrvel em cada conscincia despertada; mas quando o pecador corre para Jesus Cristo,

    a sua guerra consumada. Torre forte o nome do Senhor; a ela correr o justo, e

    estar em alto refgio. [Provrbios 18:10]. Em Cristo Jesus, as exigncias da lei so

    satisfeitas; pois Ele esteve sob a lei. Suas maldies so suportadas, pois Ele foi feito

    maldio por ns. A espada reluzente perfurou o lado de Jesus. Oh! vocs conhecem o

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    que ter esta guerra concluda? (2.) Com o diabo. No temos que lutar contra a carne e o

    sangue. Uma alma desperta tem muitas vezes uma guerra terrvel contra Satans.

    Satans luta contra ele de duas maneiras: primeiro, ao agitar suas corrupes, e fazendo

    seus desejos arderem e queimarem dentro dele de uma forma temerosa. Segundo, ao

    acus-lo. Satans o acusador dos irmos. Ele os acusa em suas conscincias, a fim de

    lev-los para longe de Cristo, para lev-los ao desespero, e desistirem de toda esperana

    de salvao. Ele lhes diz: Tu s um desgraado vil, inapto para o santo Salvador, veja

    que paixes furiosas h no teu corao, tu nunca sers salvo. Ah! quando o pobre

    pecador corre para Cristo, ele encontra descanso ali; sua guerra ento concluda. Ele v

    todas as acusaes de Satans respondidas no sangue do Cordeiro. (3.) Com o pecado.

    A alma desperta tem uma guerra terrvel contra as suas corrupes. Seu corao parece

    cheio de paixes furiosas, todas rasgando-o em pedaos. Ele impulsionado para c e

    para l; mas quando ele vem a Cristo esta guerra consumada. De fato, em certo

    sentido, a batalha ainda no acabou, mas apenas comeou; porm agora a vitria certa.

    Deus agora por ele. Maior Aquele que por ele do que tudo o que possa ser contra

    ele. Se Deus por ns, quem ser contra ns? [Romanos 8:31] O Esprito de Deus est

    agora dentro dele; Ele permanecer com ele para sempre. O Esprito agora reina nele.

    Agora, Cristo luta por ele, cobre sua cabea no dia da batalha, Ele o carrega em Seu

    ombro. Ele to seguro de vencer, como se j estivesse na glria. Ele diz-lhe: No

    temas, tu verme de Jac, povozinho de Israel [...] No temas, porque eu te remi; chamei-

    te pelo teu nome, tu s meu. No te deixarei, nem te desampararei. Essa expresso,

    nunca te deixarei, abrange completamente as mais sombrias horas da tentao, as guas

    mais profundas da aflio e as mais quentes fogueiras da perseguio; alcana at a

    morte, atravs da morte e da sepultura, adentra a eternidade.

    III. Os crentes devem obter consolo de sua condio.

    1. Deus ordena isso. Alguns dizem que uma coisa perigosa ser feliz. Eles tm medo de

    muita alegria. Eles dizem que melhor estar em exerccios de profundidade, melhor ter

    caminhos profundos; no bom ser de um esprito muito alegre. O que diz a Palavra de

    Deus? Consolai, consolai. Se a sua alegria flui da cruz de Cristo, voc no ter alegria

    demais: Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos [Filipenses 4:4].

    Quando Cristo verdadeiramente nasce na alma, ela deve ser como uma manh sem

    nuvens. Se verdade que Cristo veio ao mundo para buscar e salvar o que estava

    perdido; se vocs veem a Sua franqueza e preciosidade, eu pergunto, como vocs podem

    fazer o contrrio de regozijarem-se e de serem consolados? Ao qual, no o havendo

    visto, amais; no qual, no o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefvel e

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    glorioso [1 Pedro 1:8]. Que o Deus da esperana vos encha at a borda com alegria e

    paz em vosso crer!

    2. Examine de onde o seu conforto flui. Todo verdadeiro consolo do Evangelho flui da cruz

    de Cristo, a partir do Homem de Dores. O consolo dos hipcritas flui de si mesmos. Eles

    olham para si mesmos por consolo; eles olham para a mudana em sua vida, eles veem

    algumas melhorias ali, e descansam naquilo; ou, se olham mais profundamente para a

    sua preocupao, seu lamento sobre o pecado, suas convices, seus esforos por

    Cristo; ou, eles olham para as suas devoes, seu deleite em orao, seu fluxo de afeio

    e palavras; ou para os textos da Bblia adentrando em suas mentes; ou, eles olham para o

    que os seus amigos ou ministros pensam deles, e eles tomam conforto disto. Todos estes

    so refgios de mentiras, falsos cristos, que deve ser lanados fora, ou eles arruinaro a

    sua alma. O sangue e justia de Cristo, e no qualquer obra em seu prprio corao,

    deve ser a sua justificao diante de um Deus santo. O verdadeiro consolo do Evangelho

    vem de uma viso de Cristo recebendo duplamente por todos os nossos pecados. Eis o

    Cordeiro de Deus! O consolo do Evangelho uma corrente que flui direto do Calvrio.

    3. Vejam quo falso o conforto das almas que negligenciam a Cristo. Esta doce palavra

    de consolo apenas para aqueles que esto sob as asas de Cristo. Somente este

    pequeno rebanho tem descanso para as suas almas. Entretanto a maioria negligencia

    esta grande salvao. Vocs no sentem a sua necessidade de um Salvador expiatrio,

    vocs pensam que podem justificar-se diante de Deus; vocs no sentem a sua

    necessidade de um Santificador onipotente. Cristo doce aos seus olhos? vocs no se

    refugiaram em Cristo. Ah! meu amigo, ai de ti. Sua luta no est concluda. A lei, com

    suas maldies e sua espada flamejante, est em seu caminho. Satans tambm o

    acusa, e voc no tem nada para lhe responder. O pecado se enfurece em voc, e voc

    no tem poder contra ele. Sua iniquidade no est perdoada, e nenhum pecado est

    apagado. Tudo est nu e patente aos olhos dAquele com quem voc tem que lidar. Seu

    consolo todo uma mentira, sua paz a paz de Satans, o sono que termina em

    perdio. Voc ainda carregar os seus prprios pecados. Quando o grande dia de Sua

    ira vier, voc no ser capaz de permanecer de p. Porventura estar firme o teu

    corao? Porventura estaro fortes as tuas mos, nos dias em que eu tratarei contigo?

    [Ezequiel 22:14] Oh! senhores, vocs pensam que uma coisa pequena estar sem Cristo

    neste dia; vocs podem falar dele com o nimo leve, zombar e gracejar sobre o assunto;

    alm disso, vocs podem dormir tranquilamente; mas h um dia vindouro, quando o seu

    clamor amargo ser ouvido em todas as cavernas do inferno: Ai de mim! Estou sem

    Cristo, estou sem Cristo! Amm.

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    Glorioso Deus! Oramos para que, pelo Teu Esprito Santo aplique o que de Ti h neste sermo aos

    nossos coraes e nos coraes daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glria de Cristo.

    Ore para que o Esprito Santo use estas palavras para trazer muitos

    ao Conhecimento Salvador de Jesus Cristo, pela Graa de Deus. Amm.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

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    Fonte: Books.Google.com.br Ttulo Original: Comfoet Ye

    As citaes bblicas desta traduo so da verso ACF (Almeida Corrigida Fiel)

    Traduo por Camila Almeida Reviso e Capa por William Teixeira

    ***

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    Uma Biografia de Robert Murray MCheyne

    Robert Murray MCheyne (1813 - 1843)

    Robert Murray MCheyne nasceu em 29 de maio de 1813, nunca poca dos primeiros

    resplendores de um grande avivamento espiritual que ocorreria na Esccia. Entre os

    preparativos secretos com os quais Deus tencionava derramar sobre seu povo dias de

    verdadeiro e profundo refrigrio espiritual se achava o nascimento do mais jovem dos

    cinco filhos de Adam McCheyne.

    Desde sua infncia, MCheyne deu mostras de possuir uma natureza doce e afvel, ao

    mesmo tempo que se podia ver nele uma mente desperta e prodigiosa. Com apenas

    quatro anos de idade tinha como seu passatempo favorito estudar o grego e o hebraico.

    Aos oito anos ingressou numa escola superior, tendo passado anos mais tarde para a

    Universidade de Edimburgo. Em ambos centros de ensino, distinguiu-se como estudante

    brilhante. Era de boa estatura, cheio de agilidade e vigor, nobre em sua disposio,

    evitando toda forma de comportamento enganoso. Alguns consideravam-no como pos-

    suidor de forma inata de todas as virtudes do carter cristo, porm, segundo seu prprio

    testemunho, aquela moralidade pura e externa que era por ele exibida, nascia de um

    corao farisaico, e como muitos de seus companheiros, lhe agradava gastar sua vida

    nos prazeres mundanos.

    A morte do seu irmo Davi causou uma profunda impresso em sua alma. Seu dirio

    contm numerosas aluses a este fato. Anos depois, escrevendo a um amigo, Robert

    disse: Ore por mim, para que possa ser mais santo e mais sbio, sendo menos o que

    sou, e sendo mais como o meu Senhor... Hoje, faz sete anos que perdi meu querido

    irmo, porm comecei a encontrar o Irmo que no pode morrer.

    A partir de ento, a conscincia tenra de MCheyne despertou para a realidade do pecado

    e para as profundidades de sua corrupo. Que massa infame de corrupo tenho sido!

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    Tenho vivido uma grande parte de minha vida completamente separado de Deus e para o

    mundo. Tenho me entregado completamente ao gozo dos sentidos e s coisas que

    perecem em torno de mim.

    Embora ele nunca tenha sabido a data exata do seu novo nascimento, jamais abrigou

    temor algum de que este no tivesse acontecido. A segurana de sua salvao foi algo

    caracterstico de seu ministrio, de modo que sua grande preocupao foi, em todo o

    tempo, obter uma maior santidade de vida.

    No inverno do ano de 1831 comeou seus estudos no Divinity Hall, onde Tomas Chalmers

    era professor de Teologia, e Davi Welsh de Histria Eclesistica. Juntamente com outros

    companheiros seus, Eduard Irving, Horatius e Andrew Bonar que escreveria a sua

    biografia posteriormente, dentre outros amigos fervorosos, MCheyne se reunia para

    pregar e estudar a Bblia, especialmente nas lnguas originais. Quando o Dr. Chalmers

    teve notcia do modo simples e literal com que MCheyne esquadrinhava as Santas

    Escrituras, no pde deixar de exclamar: Agrada-me esta literalidade. Verdadeiramente,

    todos os sermes deste grande servo de Deus esto caracterizados por uma profunda

    fidelidade ao texto bblico.

    E j neste perodo de sua vida, MCheyne deu mostras de um grande amor pelas almas

    perdidas, e juntamente com seus estudos dedicava vrias horas da semana para a

    pregao do Evangelho, tarefa que realizava quase sempre nos bairros pobres e mais

    baixos de Edimburgo.

    Como os demais grandes servos de Deus, MCheyne teria uma clara conscincia da

    radical seriedade do pecado. A compreenso clara da condio pecaminosa do homem

    era para MCheyne um requisito imprescindvel para fazer sentir ao corao a necessi-

    dade de Cristo como nico Salvador, e tambm a experincia necessria para uma vida

    de santidade.

    Seu dirio testemunha o severo juzo que fazia de si mesmo: Senhor, se nenhuma outra

    coisa pudesse livrar-me dos meus pecados, a no ser a dor e as provas, envie-mas,

    Senhor, para que possa ser livrada de meus membros carregados de carnalidade.

    Inclusive nas mais gloriosas experincias do crente, MCheyne podia descobrir resqucios

    de pecado, e assim nos diz numa ocasio: Mesmo minhas lgrimas de arrependimento

    esto manchadas de pecado.

    Andrew Bonar escreveu acerca do seu amigo as seguintes palavras: Durante os pri-

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    meiros anos de seus cursos no colgio o estudo no chegou a absorver toda a sua

    ateno. Contudo, to logo comeou a mudana em sua alma, isto se refletiu em seus

    estudos. Um sentimento muito profundo de sua responsabilidade o levou a dedicar todos

    seus talentos ao servio do Mestre, que lhe havia redimido. Poucos tm se consagrado

    obra do Senhor, como fruto de um claro conhecimento de sua responsabilidade.

    Enquanto estudava Literatura e Filosofia no colgio sabia encontrar tempo para dedicar

    sua ateno Teologia e Histria Natural. Nos dias de sua maior prosperidade no

    ministrio da pregao, quando juntamente com sua alma, sua congregao, e rebanho,

    constituam o todo dos seus desvelos, frequentemente lamentava no ter adquirido, nos

    anos anteriores, um caudal de conhecimentos mais profundo, pois se havia dado conta

    que podia usar as jias do Egito no servio do Senhor. De vez em quando seus estudos

    anteriores evocavam em sua mente alguma ilustrao apropriada para a verdade divina, e

    precisamente no solene instante em que apresentava o Evangelho glorioso aos mais

    ignorantes e depravados.

    Suas prprias palavras manifestam sua estima pelo estudo, e ao mesmo tempo revelam o

    esprito de orao, que segundo MCheyne, devia sempre acompanhar os estudos.

    Esfora-te nos estudos, escreveu a um jovem estudante em 1840. D-te conta que

    ests formando, em grande parte, o carter do teu futuro ministrio. Se adquirires agora

    hbitos de estudo matizados pelo descuido e inatividade, nunca tirars proveito do

    mesmo. Faz cada coisa a seu tempo. S diligente em todas aquelas coisas que valham a

    pena serem feitas, e faz isto com todas as tuas foras. E acima de tudo, apresenta-te ao

    Senhor com muita frequncia. No intentes nunca ver um rosto humano at que no

    tenhas visto primeiro o rosto dAquele que nossa luz e nosso tudo. Ora por teus

    semelhantes. Ora por teus mestres e companheiros de estudo. A um outro jovem

    escreveu: Cuidado com a atmosfera dos autores clssicos, pois na verdade, perniciosa,

    e tu necessitas muitssimo, para afast-la, do vento sul que sopra das Escrituras. certo

    que devemos conhec-los porm da mesma maneira que o qumico faz experincia

    com as substncias txicas para descobrir suas propriedades qumicas, e no para

    envenenar com elas o seu sangue. E acrescentou: Ora para que o Esprito Santo faa

    de ti no somente um jovem crente e santo, seno para que tambm te d sabedoria em

    teus estudos.

    s vezes um raio da luz divina que penetra a alma pode dar suficiente luz para aclarar

    maravilhosamente um problema de matemtica. O sorriso de Deus acalma o esprito, e a

    destra de Jesus levanta a cabea do decado, enquanto seu Santo Esprito aviva os

    efeitos, de modo que os estudos naturais possam ser feitos um milho de vezes melhor e

    mais facilmente.

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    As frias, para MCheyne, como para os seus amigos mais ntimos que permaneceram na

    cidade, no eram consideradas como uma interrupo quanto aos estudos a que nos

    referimos. Uma vez por semana costumavam passar uma manh juntos com o propsito

    de estudar algum ponto de teologia sistemtica, assim como para trocar impresses sobre

    o que haviam lido em privado.

    Um jovem assim, com faculdades intelectuais to pouco comuns e s quais se unia o

    amor ao estudo numa memria extremamente profunda, facilmente escolheu no colocar

    em primeiro lugar a erudio, mas sim a tarefa de salvar as almas. Ele submeteu todos os

    talentos que possua obra de despertar aqueles que estavam mortos em delitos e

    pecados. Preparou sua alma para a poderosa e solene responsabilidade de pregar a

    Palavra de Deus, e isto fez com muita orao e profundo estudo da Palavra de Deus;

    com disciplina pessoal; com grandes provas e dolorosas tentaes, pela experincia da

    corrupo da morte em seu prprio corao, e pela descoberta da plena graa do

    Salvador. Por experincia prpria podia dizer: Quem o que vence o mundo seno o que

    cr que Jesus o Filho de Deus?.

    No dia primeiro de julho de 1835, MCheyne obteve licena para pregar pelo presbitrio de

    Annan. Depois de haver pregado por vrios meses em diferentes lugares e dado

    evidncia da peculiar doura com que a Palavra de Deus flua de seus lbios, MCheyne

    veio a ser o ajudante do pastor John Bonar nas congregaes unidas de Larberte e

    Dunipade, prxima de Stirling. Em sua pregao fazia outros partcipes de sua vida

    interior, medida que sua alma crescia na graa e no conhecimento do Senhor e

    Salvador. Comeava o dia muito cedo cantando salmos ao Senhor. A isto seguia a leitura

    da Palavra para sua prpria santificao. Nas cartas de Samuel Rutherford encontrou

    uma mina de riquezas espirituais. Entre outros livros de leitura favorita figuravam

    Chamamento aos No Convertidos, de Richard Baxter, e a Vida de Davi Brainderd, de

    Jonathan Edwards. Em novembro de 1836 foi ordenado pastor na Igreja de So Pedro,

    em Dundee. Permaneceu como pastor desta congregao at o dia da sua morte. A

    cidade de Dundee, como ele mesmo se referiu a ela, era uma cidade dada idolatria e

    de corao duro. Porm no havia nada em suas mensagens que buscasse o agrado do

    homem natural, pois longe estava de seu corao buscar agradar os incrdulos. Se o

    Evangelho agradasse ao homem carnal, ento deixaria de ser Evangelho. Estava

    profundamente convencido que a primeira obra do Esprito Santo na salvao do pecador

    era a de produzir convico do pecado e a de trazer o homem a um estado de desespero

    diante de Deus. A menos que o homem no seja posto ao nvel de sua misria e culpa,

    toda nossa pregao ser v porque somente um corao contrito pode receber ao Cristo

    crucificado. Sua pregao estava caracterizada por um elemento de marcante urgncia e

    alarme. Que me ajude sempre a lhes falar com clareza. Mesmo a vida daqueles que

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    podem viver muitos anos, na realidade, curta. Contudo, esta vida curta, que Deus nos

    tem dado e que suficiente para que busquemos o arrependimento e a converso, logo,

    muito rapidamente passar. Cada dia que passa como uma passo a mais em direo ao

    trono do juzo eterno.

    Ao seu profundo amor pelas almas se somava uma profunda sede de santidade de vida.

    Escrevendo a um companheiro no ministrio, disse: Sobre todas as coisas cultiva teu

    prprio esprito. Tua prpria alma deveria ser o principal motivo de todos os teus cuidados

    e desvelos. Mais que os grandes talentos, Deus abenoa aqueles que refletem a

    semelhana de Jesus em suas vidas. Um ministro santo uma arma poderosa nas mos

    de Deus. MCheyne talvez pregou com mais poder com sua vida que com suas

    mensagens, como bem sabia e dizia seu amigo Andrew Bonar, que os ministros do

    Evangelho no somente devem pregar fielmente, como tambm viver fielmente.

    Como pastor em Dundee, MCheyne introduziu importantes inovaes na congregao.

    Naquela ocasio as reunies de orao eram desconhecidas, eram muito raras.

    MCheyne ensinou aos membros a necessidade de ser reunirem todas as quintas-feiras

    noite para unirem seus coraes em orao ao Senhor, e estudar Sua Palavra. Tambm

    destinava outro dia durante a semana para os jovens. Seu ministrio entre as crianas

    constitui a nota mais brilhante de seu ministrio.

    Ao seu zelo por santidade de vida acrescentava seu af por pureza de testemunho entre

    os membros de sua congregao. MCheyne era consciente de que a igreja como parte

    do corpo mstico de Cristo deveria manifestar a pureza e santidade dAquele que havia

    morrido para apresentar uma igreja santa e sem mancha ao Pai. Da seu zelo pela

    observncia da disciplina na congregao. E assim, num culto de ordenao de pres-

    bteros, disse: Ao comear meu ministrio entre vocs, eu era extremamente ignorante

    da grande importncia que a igreja de Cristo tem da disciplina eclesistica. Pensava que

    meu nico e grande objetivo nesta congregao era o de orar e pregar. Suas almas me

    pareciam to preciosas e o tempo me parecia to curto, que eu decidi dedicar-me exclu-

    sivamente com todas minhas foras e com todo o meu tempo ao trabalho da evange-

    lizao e doutrina. Sempre que os ancios desta igreja me apresentaram casos de

    disciplina, eu os considerava como dignos de aborrecimento. Constituam uma obrigao

    diante da qual eu me encolhia. Porm agradou ao Senhor, que ensina a seus servos de

    uma maneira muito distinta que o homem, dar ocasio dEle ser bendito no apenas com

    o dom da converso, mas com alguns casos de disciplina a nosso cuidado. Desde ento

    uma nova luz acendeu em minha mente. Dei-me conta que no somente a pregao era

    uma ordenana de Cristo, como tambm o exerccio da disciplina eclesistica.

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    Ao mesmo tempo que o vigor e a fora espiritual de sua alma alcanava uma grandeza

    gigantesca, a sade fsica de MCheyne se enfermava e enfraquecia medida que os

    dias transcorriam. Em fins do anos de 1838, uma violenta palpitao do corao,

    ocasionada por seus rduos trabalhos ministeriais, obrigaram o jovem pastor a buscar

    repouso. E como sua convalescena seguia num ritmo muito lento, um grupo de pastores,

    reunidos em Edimburgo na primavera de 1839, decidiu convidar MCheyne para que se

    unisse a uma comisso de pastores que planejava ir Palestina para estudar as

    possibilidades missionrias da Terra Santa. Todos criam que tanto o clima como a viagem

    redundariam em benefcio para a sade do pastor. De um ponto de vista espiritual, sua

    estada na Palestina constituiu uma verdadeira bno para sua alma. Visitar os lugares

    que haviam sido o cenrio da vida e obra do bendito Mestre, e pisar a mesma terra que

    um dia pisara o Varo de Dores, foi uma experincia indescritvel para o jovem pastor.

    Contudo, fisicamente, o estado de MCheyne no melhorou, antes, pelo contrrio, parecia

    que seu tabernculo terrestre ameaava desmoronar totalmente. E assim, em fins de

    julho de 1839, encontrando-se a delegao missionria prximo de Esmirna, e j a

    caminho de volta, o Senhor estendeu sua mo curadora, e o grande servo do Evangelho

    pde finalmente regressar sua amada Esccia e a seu querido rebanho em Dundee.

    Durante sua ausncia, o Esprito Santo comeou a operar um avivamento maravilhoso na

    Esccia. Este avivamento comeou em Kilsyth, e sob a pregao do jovem pastor W. C.

    Burns, que havia substitudo a MCheyne enquanto ele se convalescia. Num curto espao

    de tempo a fora do Esprito Santo, que impulsionava o avivamento, se deixou sentir em

    muitos lugares. Em Dundee, onde cultos se prolongavam at altas horas da noite em

    cada dia da semana, as converses foram muito numerosas. Parecia como se toda a

    cidade houvesse sido sacudida pelo poder do Esprito.

    Em novembro do mesmo ano, MCheyne, tendo melhorado de sua enfermidade, retornou

    sua congregao. Os membros da Igreja transbordavam de alegria ao ver de novo o

    rosto do seu amado pastor. A igreja fez um silncio absoluto, enquanto todos esperavam

    que MCheyne ocupasse o plpito. Muitos membros derramaram lgrimas de gratido ao

    verem de novo o rosto de seu pastor. Porm ao terminar o culto, e movidos pelo poder de

    sua pregao, foram muitos os pecadores que derramaram lgrimas de arrependimento.

    O regresso de MCheyne a Dundee marcou um novo episdio no seu ministrio e tambm

    na Igreja escocesa. Parecia como se a partir de ento o Senhor houvesse se disposto a

    responder as oraes que o jovem pastor elevara desde o princpio do seu ministrio

    suplicando um avivamento ali onde MCheyne pregara, e o Esprito acrescentava novas

    almas Igreja.

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    Na primavera de 1843, ao ter MCheyne regressado de uma srie de reun ies especiais

    em Aberdeenshire, caiu repentinamente enfermo. Neste lugar havia visitado a vrios

    enfermos com febre infecciosa, e a sua constituio enfermia e dbil sucumbiu ao

    contgio da mesma. E no dia 25 de maro de 1843 ele partiu para estar com o Senhor.

    Em todas as partes onde chegava a notcia de sua morte escreveu Bonar o

    semblante dos crentes se ensombrecia de tristeza. Talvez no haja havia outra morte que

    tenha impressionado tanto os santos de Deus na Esccia como a deste grande servo de

    Deus, que consagrou toda sua vida pregao do Evangelho eterno. Com frequncia

    costumava dizer: vivam de tal modo que nenhum dia seja perdido por vocs, e ningum

    que houvesse visto as lgrimas que foram vertidas na ocasio de sua morte teriam

    duvidado em afirmar que sua vida havia sido o que ele havia recomendado a outros. No

    teria mais que vinte e nove anos quando o Senhor o levou.

    No dia do sepultamento cessaram todas as atividades em Dundee. Desde o domiclio

    fnebre at o cemitrio, todas as ruas estavam abarrotadas de gente. Muitas almas se de-

    ram conta naquele dia que um prncipe de Israel havia cado, enquanto muitos coraes

    indiferentes experimentaram uma terrvel angstia ao contemplar o solene espetculo.

    A sepultura de MCheyne pode ser vista no rinco nordeste do cemitrio que fica ao redor

    da Igreja de So Pedro. Ele se foi s montanhas de mirra e s colinas de incenso, at que

    desponte o dia e fujam as sombras. Completou sua obra. Seu Pai celestial no teria para

    ele outra planta para regar, nem outra vida para cuidar, e o Salvador, que tanto o amou

    em vida, agora o esperava com suas palavras de boas-vindas: Muito bem, servo bom e

    fiel, entra no gozo do teu Senhor.

    O ministrio de MCheyne no terminou com sua morte. Suas mensagens e cartas,

    juntamente com sua biografia, escrita por seu amigo Andrew Bonar, tm sido um rico

    meio de bno para muitas almas.

    __________

    Fonte: www.poesias.omelhordaweb.com.br

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    10 Sermes Robert Murray MCheyne

    Agonia de Cristo Jonathan Edwards

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina

    da Eleio

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Doutrina da Eleio, A Arthur Walkington Pink

    Eleio & Vocao Robert Murray MCheyne

    Excelncia de Cristo, A Jonathan Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Imcomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    In Memoriam, A Cano dos Suspiros Susannah Spurgeon

    Jesus! - Charles Haddon Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Paixo de Cristo, A Thomas Adams

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    Poro do mpios, A Jonathan Edwards

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reforma C. H. Spurgeon

    Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M. M'Cheyne

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    Sangue, O C. H. Spurgeon

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    Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e

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    C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J. Edwards

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    Livros que Recomendamos:

    A Prtica da Piedade, por Lewis Bayly Editora PES

    Graa Abundante ao Principal dos Pecadores, por

    John Bunyan Editora Fiel

    Um Guia Seguro Para o Cu, por Joseph Alleine

    Editora PES

    O Peregrino, por John Bunyan Editora Fiel

    O Livro dos Mrtires, por John Foxe Editora Mundo

    Cristo

    O Dirio de David Brainerd, compilado por Jonathan

    Edwards Editora Fiel

    Os Atributos de Deus, por A. W. Pink Editora PES

    Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe

    gratuitamente no site FirelandMissions.com)

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    O Estandarte de Cristo um projeto cujo objetivo proclamar a Palavra de Deus e o Santo

    Evangelho de Cristo Jesus, para a glria do Deus da Escritura Sagrada, atravs de tradues

    inditas de textos de autores bblicos fiis, para o portugus. A nossa proposta publicar e

    divulgar tradues de escritos de autores como os Puritanos e tambm de autores posteriores

    queles como John Gill, Robert Murray McCheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur

    Walkington Pink. Nossas tradues esto concentradas nos escritos dos Puritanos e destes

    ltimos quatro autores.

    O Estandarte formado por pecadores salvos unicamente pela Graa do Santo e Soberano,

    nico e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das

    Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as reas de suas vidas,

    holisticamente; para que assim, e s assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-

    mos nEle desde agora e para sempre.

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    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no

    desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando

    com astcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos

    conscincia de todo o homem, na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3

    Mas, se ainda o nosso evangelho est encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4

    Nos quais o deus deste sculo cegou os entendimentos dos incrdulos, para que lhes no

    resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque

    no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos

    vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas

    resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes, para iluminao do

    conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm, este tesouro

    em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo

    somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados. 9 Persegui-

    dos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos; 10

    Trazendo sempre por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se

    manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos

    tambm, por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos

    ressuscitar tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de

    graas para glria de Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem

    exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e

    momentnea tribulao produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se no veem so eternas.