Robert Murray Mcheyne - Consolai
-
Upload
congregacao-puritana-livre -
Category
Documents
-
view
227 -
download
8
description
Transcript of Robert Murray Mcheyne - Consolai
-
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalm,
e bradai-lhe que j a sua milcia acabada, que a sua iniquidade est expiada e que
j recebeu em dobro da mo do Senhor, por todos os seus pecados.
Isaas 40:1-2
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Algumas Citaes deste Sermo
Esta a maneira pela qual todos os homens no-convertidos que finalmente perecem arcaro
com os seus pecados. Estes iro para o castigo eterno [Mateus 25:26]. Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno [Mateus 25:41]. No que eles sero capazes de suportar seu
castigo: Meu castigo maior do que posso suportar [Gnesis 4:13]. Porque vindo o grande dia
da sua ira; e quem poder subsistir? [Apocalipse 6:17]. Eles diro um ao outro: Quem dentre ns
habitar com o fogo consumidor? Quem dentre ns habitar com as labaredas eternas? [Isaas
33:14] E o Senhor dir: Porventura estar firme o teu corao? Porventura estaro fortes as tuas
mos, nos dias em que eu tratarei contigo? Eu, o Senhor, o disse, e o farei [Ezequiel 22:14].
Quando um pobre pecador morre sem Cristo e segue para suportar o castigo dos seus pecados,
ele nunca pode ter o suficiente. Ele pecou contra um Deus infinito, e a sua punio, se for justa,
deve ser infinita; suas prises devem ser eternas, o verme roendo nunca deve morrer a chama
acesa nunca se apagar. Desta forma, pobres almas sem Cristo nunca podem satisfazer a justia
de Deus. Deus nunca dir que o suficiente. Ele nunca derramar gua sobre as chamas do
inferno, nem enviar uma gota para as lnguas ressequidas que so atormentados ali. Em vez de
sofrer duas vezes, eles nunca recebero o suficiente da mo do Senhor, por todos os seus
pecados. Oh! caros amigos, fcil falar disso agora; mas muitos de vocs provavelmente o
sentiro em breve.
Todos os sofrimentos de Cristo foram pela mo de Seu Pai: Todavia, ao Senhor agradou mo-lo,
fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiao do pecado [Isaas 53:10]. Ns
geralmente olhamos para as mos mpias que crucificaram e mataram Cristo; mas no devemos
esquecer que isso ocorreu pelo determinado conselho e prescincia de Deus, e que eles no
teriam tido poder algum contra Ele, exceto se no fosse dado a eles do alto. Atravs de toda a
multido de sacerdotes zombadores e soldados sanguinrios, vocs devem ver a mo do Senhor
tornando a Sua alma como oferta pelo pecado.
Sua iniquidade est expiada; pois, Outro morreu pelos seus pecados. Oh! uma maneira terrvel
de perdo. Mas contigo est o perdo, para que sejas temido [Salmos 130:4] Este um perdo
para fazer vocs tremerem, e odiarem o pecado com um dio perfeito. Oh! vocs podem amar
aquilo que O pregou no madeiro, que inclinou a Sua bendita cabea? Vocs se submetero ao
pecado de novo, e, assim, colocaro a lana novamente no lado de Jesus? Alguns dizem: eu sou
muito vil. Ah! vocs so mais vis do que Jerusalm? Quando vocs tomam um seixo, e o lanam
no mar, ele afunda, e totalmente coberto; assim so os pecados daqueles que se refugiam em
Cristo: Tu lanars todos os seus pecados nas profundezas do mar [Miquias 7:19].
Satans o acusador dos irmos. Ele os acusa em suas conscincias, a fim de lev-los para
longe de Cristo, para lev-los ao desespero, e desistirem de toda esperana de salvao. Ele lhes
diz: Tu s um desgraado vil, inapto para o santo Salvador, veja que paixes furiosas h no teu
corao, tu nunca sers salvo. Ah! quando o pobre pecador corre para Cristo, ele encontra
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
descanso ali; sua guerra ento concluda. Ele v todas as acusaes de Satans respondidas
no sangue do Cordeiro.
[...] em certo sentido, a batalha ainda no acabou, mas apenas comeou; porm agora a vitria
certa. Deus agora por ele. Maior Aquele que por ele do que tudo o que possa ser contra ele.
Se Deus por ns, quem ser contra ns? [Romanos 8:31] O Esprito de Deus est agora
dentro dele; Ele permanecer com ele para sempre. O Esprito agora reina nele. Agora, Cristo luta
por ele, cobre sua cabea no dia da batalha, Ele o carrega em Seu ombro. Ele to seguro de
vencer, como se j estivesse na glria. Ele diz-lhe: No temas, tu verme de Jac, povozinho de
Israel [...] No temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu s meu. No te deixarei,
nem te desampararei. Essa expresso, nunca te deixarei, abrange completamente as mais
sombrias horas da tentao, as guas mais profundas da aflio e as mais quentes fogueiras da
perseguio; alcana at a morte, atravs da morte e da sepultura, adentra a eternidade.
Examine de onde o seu conforto flui. Todo verdadeiro consolo do Evangelho flui da cruz de
Cristo, a partir do Homem de Dores. O consolo dos hipcritas flui de si mesmos. Eles olham para
si mesmos por consolo; eles olham para a mudana em sua vida, eles veem algumas melhorias
ali, e descansam naquilo; ou, se olham mais profundamente para a sua preocupao, seu lamento
sobre o pecado, suas convices, seus esforos por Cristo; ou, eles olham para as suas
devoes, seu deleite em orao, seu fluxo de afeio e palavras; ou para os textos da Bblia
adentrando em suas mentes; ou, eles olham para o que os seus amigos ou ministros pensam
deles, e eles tomam conforto disto. Todos estes so refgios de mentiras, falsos cristos, que deve
ser lanados fora, ou eles arruinaro a sua alma. O sangue e justia de Cristo, e no qualquer
obra em seu prprio corao, deve ser a sua justificao diante de um Deus santo. O verdadeiro
consolo do Evangelho vem de uma viso de Cristo recebendo duplamente por todos os nossos
pecados. Eis o Cordeiro de Deus! O consolo do Evangelho uma corrente que flui direto do
Calvrio.
[...] vocs no se refugiaram em Cristo. Ah! meu amigo, ai de ti. Sua luta no est concluda. A
lei, com suas maldies e sua espada flamejante, est em seu caminho. Satans tambm o
acusa, e voc no tem nada para lhe responder. O pecado se enfurece em voc, e voc no tem
poder contra ele. Sua iniquidade no est perdoada, e nenhum pecado est apagado. Tudo est
nu e patente aos olhos dAquele com quem voc tem que lidar. Seu consolo todo uma mentira,
sua paz a paz de Satans, o sono que termina em perdio. Voc ainda carregar os seus
prprios pecados. Quando o grande dia de Sua ira vier, voc no ser capaz de permanecer de
p. Porventura estar firme o teu corao? Porventura estaro fortes as tuas mos, nos dias em
que eu tratarei contigo? [Ezequiel 22:14] Oh! senhores, vocs pensam que uma coisa pequena
estar sem Cristo neste dia; vocs podem falar dele com o nimo leve, zombar e gracejar sobre o
assunto; alm disso, vocs podem dormir tranquilamente; mas h um dia vindouro, quando o seu
clamor amargo ser ouvido em todas as cavernas do inferno: Ai de mim! Estou sem Cristo, estou
sem Cristo!.
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Consolai Robert Murray M'Cheyne
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalm, e
bradai-lhe que j a sua milcia acabada, que a sua iniquidade est expiada e que j
recebeu em dobro da mo do Senhor, por todos os seus pecados (Isaas 40:1-2)
Estas palavras so uma exploso das trombetas prateadas do Evangelho. Bem-
aventurado o povo que conhece o som alegre. Elas so como as palavras do anjo, em
Belm: Eis aqui vos trago novas de grande alegria, que ser para todo o povo [Lucas
2:10]. Esta a voz do Pastor, que todo o Seu rebanho conhece e ama.
I. Os crentes tm recebido punio em dobro por todos os seus pecados. J recebeu em
dobro da mo do Senhor, por todos os seus pecados, versculo 2. Existem duas
maneiras pelas quais os pecadores podem suportar o castigo de seus pecados.
1. Neles mesmos, em seu prprio corpo e alma para sempre. Esta a maneira pela qual
todos os homens no-convertidos que finalmente perecem arcaro com os seus pecados.
Estes iro para o castigo eterno [Mateus 25:26]. Apartai-vos de mim, malditos, para o
fogo eterno [Mateus 25:41]. No que eles sero capazes de suportar seu castigo: Meu
castigo maior do que posso suportar [Gnesis 4:13]. Porque vindo o grande dia da
sua ira; e quem poder subsistir? [Apocalipse 6:17]. Eles diro um ao outro: Quem
dentre ns habitar com o fogo consumidor? Quem dentre ns habitar com as labaredas
eternas? [Isaas 33:14] E o Senhor dir: Porventura estar firme o teu corao?
Porventura estaro fortes as tuas mos, nos dias em que eu tratarei contigo? Eu, o
Senhor, o disse, e o farei [Ezequiel 22:14]. Esta no a maneira falada no texto; pois,
(1.) seria uma mensagem de aflio, e no de consolo: Ai, ai, ai, e no, consolai,
consolai. Quando Deus realmente estender mo para punir os pecadores, no haver
consolo naquele dia. Os coraes dos pecadores afundaro em tristeza insuportvel. (2.)
Pecadores nunca podem ter o dobro em si mesmos. Quando um pobre pecador morre
sem Cristo e segue para suportar o castigo dos seus pecados, ele nunca pode ter o
suficiente. Ele pecou contra um Deus infinito, e a sua punio, se for justa, deve ser
infinita; suas prises devem ser eternas, o verme roendo nunca deve morrer a chama
acesa nunca se apagar. Desta forma, pobres almas sem Cristo nunca podem satisfazer
a justia de Deus. Deus nunca dir que o suficiente. Ele nunca derramar gua sobre as
chamas do inferno, nem enviar uma gota para as lnguas ressequidas que so
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
atormentados ali. Em vez de sofrer duas vezes, eles nunca recebero o suficiente da mo
do Senhor, por todos os seus pecados. Oh! caros amigos, fcil falar disso agora; mas
muitos de vocs provavelmente o sentiro em breve.
2. Em Cristo, o Fiador. de acordo com a justia, que os pecadores podem suportar seus
pecados em Cristo, o Fiador. (1.) Esta foi a prpria incumbncia pela qual Cristo veio de
cima. Ele pensou sobre isso por toda a eternidade. Para este fim, Ele veio ao mundo, para
este fim, Ele se tornou homem. Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados
sobre o madeiro [1 Pedro 2:24]. Se no fosse algo justo e correto que os pecadores
pudessem suportar seus pecados em outro, e no em si mesmos, Cristo nunca teria
empreendido isso. Esta a forma de que se fala aqui. (2.) Todos os sofrimentos de Cristo
foram pela mo de Seu Pai: Todavia, ao Senhor agradou mo-lo, fazendo-o enfermar;
quando a sua alma se puser por expiao do pecado [Isaas 53:10]. Ns geralmente
olhamos para as mos mpias que crucificaram e mataram Cristo; mas no devemos
esquecer que isso ocorreu pelo determinado conselho e prescincia de Deus, e que eles
no teriam tido poder algum contra Ele, exceto se no fosse dado a eles do alto. Atravs
de toda a multido de sacerdotes zombadores e soldados sanguinrios, vocs devem ver
a mo do Senhor tornando a Sua alma como oferta pelo pecado. Isso mostra que Cristo
um Salvador nomeado pelo Pai. Almas despertas tm medo da mo vingadora de Deus;
mas em Cristo h um refgio. E vocs no precisam ter medo, pois Cristo abrigar vocs;
pois houve um acordo entre Eles, para que Cristo sofresse essas coisas pelos pecadores,
e por isso entrasse em Sua glria. Cristo consumou a obra que o Pai Lhe deu para fazer.
(3.) Quando os pecadores se refugiam em Cristo, a lei segue seu curso contra os seus
pecados, no sobre a sua alma, mas em Cristo. Todos os seus pecados, sejam eles
muitos ou poucos, so considerados dEle, e Ele feito responsvel; e Ele j recebeu em
dobro por todos eles. Como foi justo que Cristo recebesse o dobro? Resposta. Ele no
poderia sofrer em absoluto, sem suportar o dobro por todos os nossos pecados, devido a
Sua excelncia e glria. Os sofrimentos de Cristo por um momento foram, aos olhos de
Deus, o dobro dos sofrimentos eternos dos pecadores, por causa da infinita dignidade de
Sua pessoa. Deus Se agrada por Sua causa da justia; pois Ele engrandeceu a lei, e a
fez gloriosa. Na morte de Cristo, os anjos contemplaram Deus ser santo, infinitamente
melhor do que se todos os homens houvessem perecido para sempre.
Venha, ento, livremente a Jesus Cristo, pecador despertado. Ali voc encontrar um
abrigo da ira devida por seus pecados. Seus pecados so, de fato, infinitos, e a ira de
Deus intolervel, mas em Jesus voc pode encontrar segurana. Ele veio sobre esta
prpria incumbncia. Voc no precisa ter medo, pois Ele o receber; Seu corao e
Seus braos esto abertos para voc. Seu Pai est disposto para que voc venha. Sejam
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
seus pecados muitos ou poucos, no importa; em Cristo, voc encontrar que eles so
todos suportados, padecidos, em uma forma glorificante a Deus e segura para voc.
II. Todos os crentes esto, portanto, em condio verdadeiramente abenoada.
1. A iniquidade deles perdoada. A alma em Cristo uma alma perdoada. No importa
quantos os seus pecados foram. A iniquidade de Jerusalm era muito grande. O povo de
Jerusalm havia pecado contra a luz e contra o amor. Todos os profetas haviam sido
enviados a eles; mas eles foram apedrejados ou mortos. O Filho de Deus chegou ali; eles
O lanaram fora da vinha e O mataram. Seus pecados tinham crescido at aos cus;
ainda assim, eles mal haviam se entregado a Cristo, Deus diz: a sua iniquidade est
expiada. E, observem, primeiramente, este um perdo presente. Ele no diz, a sua
iniquidade ser expiada, mas, a sua iniquidade est expiada. Malmente uma alma
culpada, oprimida apega-se a Cristo, esta doce palavra ouvida nos cus: A sua
iniquidade est expiada. Portanto, agora nenhuma condenao h para os que esto em
Cristo Jesus [Romanos 8:1]. Oh! O perdo que oferecido no Evangelho no futuro ou
incerto; mas um perdo presente e seguro; perdo agora, neste instante, a todos os que
creem em Jesus. Vocs so to completamente perdoados no momento em que creem
como sempre sero. Oh! Apressai-vos, e recebam o perdo de Cristo. Oh! que vs
conheais o dia de Sua visitao. Observem, em segundo lugar, um perdo santo. Sua
iniquidade est expiada; pois, Outro morreu pelos seus pecados. Oh! uma maneira
terrvel de perdoar. Mas contigo est o perdo, para que sejas temido [Salmos 130:4]
Este um perdo para fazer vocs tremerem, e odiarem o pecado com um dio perfeito.
Oh! vocs podem amar aquilo que O pregou no madeiro, que inclinou a Sua bendita
cabea? Vocs se submetero ao pecado de novo, e, assim, colocaro a lana
novamente no lado de Jesus? Alguns dizem: eu sou muito vil. Ah! vocs so mais vis do
que Jerusalm? Quando vocs tomam um seixo, e o lanam no mar, ele afunda, e
totalmente coberto; assim so os pecados daqueles que se refugiam em Cristo: Tu
lanars todos os seus pecados nas profundezas do mar [Miquias 7:19].
2. A guerra deles concluda. (1.) Com a lei. Uma alma desperta tem uma guerra terrvel
contra a lei de Deus. A lei de Deus revelada sua conscincia, armada com uma
espada flamejante, reluzente. Ela exige a obedincia de seu corao e vida. O pecador
tenta obedec-la, ele tenta trazer a sua vida aos seus requisitos, mas em vo. A lei
levanta sua espada para mat-lo; ela lana suas maldies contra ele. Esta uma guerra
terrvel em cada conscincia despertada; mas quando o pecador corre para Jesus Cristo,
a sua guerra consumada. Torre forte o nome do Senhor; a ela correr o justo, e
estar em alto refgio. [Provrbios 18:10]. Em Cristo Jesus, as exigncias da lei so
satisfeitas; pois Ele esteve sob a lei. Suas maldies so suportadas, pois Ele foi feito
maldio por ns. A espada reluzente perfurou o lado de Jesus. Oh! vocs conhecem o
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
que ter esta guerra concluda? (2.) Com o diabo. No temos que lutar contra a carne e o
sangue. Uma alma desperta tem muitas vezes uma guerra terrvel contra Satans.
Satans luta contra ele de duas maneiras: primeiro, ao agitar suas corrupes, e fazendo
seus desejos arderem e queimarem dentro dele de uma forma temerosa. Segundo, ao
acus-lo. Satans o acusador dos irmos. Ele os acusa em suas conscincias, a fim de
lev-los para longe de Cristo, para lev-los ao desespero, e desistirem de toda esperana
de salvao. Ele lhes diz: Tu s um desgraado vil, inapto para o santo Salvador, veja
que paixes furiosas h no teu corao, tu nunca sers salvo. Ah! quando o pobre
pecador corre para Cristo, ele encontra descanso ali; sua guerra ento concluda. Ele v
todas as acusaes de Satans respondidas no sangue do Cordeiro. (3.) Com o pecado.
A alma desperta tem uma guerra terrvel contra as suas corrupes. Seu corao parece
cheio de paixes furiosas, todas rasgando-o em pedaos. Ele impulsionado para c e
para l; mas quando ele vem a Cristo esta guerra consumada. De fato, em certo
sentido, a batalha ainda no acabou, mas apenas comeou; porm agora a vitria certa.
Deus agora por ele. Maior Aquele que por ele do que tudo o que possa ser contra
ele. Se Deus por ns, quem ser contra ns? [Romanos 8:31] O Esprito de Deus est
agora dentro dele; Ele permanecer com ele para sempre. O Esprito agora reina nele.
Agora, Cristo luta por ele, cobre sua cabea no dia da batalha, Ele o carrega em Seu
ombro. Ele to seguro de vencer, como se j estivesse na glria. Ele diz-lhe: No
temas, tu verme de Jac, povozinho de Israel [...] No temas, porque eu te remi; chamei-
te pelo teu nome, tu s meu. No te deixarei, nem te desampararei. Essa expresso,
nunca te deixarei, abrange completamente as mais sombrias horas da tentao, as guas
mais profundas da aflio e as mais quentes fogueiras da perseguio; alcana at a
morte, atravs da morte e da sepultura, adentra a eternidade.
III. Os crentes devem obter consolo de sua condio.
1. Deus ordena isso. Alguns dizem que uma coisa perigosa ser feliz. Eles tm medo de
muita alegria. Eles dizem que melhor estar em exerccios de profundidade, melhor ter
caminhos profundos; no bom ser de um esprito muito alegre. O que diz a Palavra de
Deus? Consolai, consolai. Se a sua alegria flui da cruz de Cristo, voc no ter alegria
demais: Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos [Filipenses 4:4].
Quando Cristo verdadeiramente nasce na alma, ela deve ser como uma manh sem
nuvens. Se verdade que Cristo veio ao mundo para buscar e salvar o que estava
perdido; se vocs veem a Sua franqueza e preciosidade, eu pergunto, como vocs podem
fazer o contrrio de regozijarem-se e de serem consolados? Ao qual, no o havendo
visto, amais; no qual, no o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefvel e
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
glorioso [1 Pedro 1:8]. Que o Deus da esperana vos encha at a borda com alegria e
paz em vosso crer!
2. Examine de onde o seu conforto flui. Todo verdadeiro consolo do Evangelho flui da cruz
de Cristo, a partir do Homem de Dores. O consolo dos hipcritas flui de si mesmos. Eles
olham para si mesmos por consolo; eles olham para a mudana em sua vida, eles veem
algumas melhorias ali, e descansam naquilo; ou, se olham mais profundamente para a
sua preocupao, seu lamento sobre o pecado, suas convices, seus esforos por
Cristo; ou, eles olham para as suas devoes, seu deleite em orao, seu fluxo de afeio
e palavras; ou para os textos da Bblia adentrando em suas mentes; ou, eles olham para o
que os seus amigos ou ministros pensam deles, e eles tomam conforto disto. Todos estes
so refgios de mentiras, falsos cristos, que deve ser lanados fora, ou eles arruinaro a
sua alma. O sangue e justia de Cristo, e no qualquer obra em seu prprio corao,
deve ser a sua justificao diante de um Deus santo. O verdadeiro consolo do Evangelho
vem de uma viso de Cristo recebendo duplamente por todos os nossos pecados. Eis o
Cordeiro de Deus! O consolo do Evangelho uma corrente que flui direto do Calvrio.
3. Vejam quo falso o conforto das almas que negligenciam a Cristo. Esta doce palavra
de consolo apenas para aqueles que esto sob as asas de Cristo. Somente este
pequeno rebanho tem descanso para as suas almas. Entretanto a maioria negligencia
esta grande salvao. Vocs no sentem a sua necessidade de um Salvador expiatrio,
vocs pensam que podem justificar-se diante de Deus; vocs no sentem a sua
necessidade de um Santificador onipotente. Cristo doce aos seus olhos? vocs no se
refugiaram em Cristo. Ah! meu amigo, ai de ti. Sua luta no est concluda. A lei, com
suas maldies e sua espada flamejante, est em seu caminho. Satans tambm o
acusa, e voc no tem nada para lhe responder. O pecado se enfurece em voc, e voc
no tem poder contra ele. Sua iniquidade no est perdoada, e nenhum pecado est
apagado. Tudo est nu e patente aos olhos dAquele com quem voc tem que lidar. Seu
consolo todo uma mentira, sua paz a paz de Satans, o sono que termina em
perdio. Voc ainda carregar os seus prprios pecados. Quando o grande dia de Sua
ira vier, voc no ser capaz de permanecer de p. Porventura estar firme o teu
corao? Porventura estaro fortes as tuas mos, nos dias em que eu tratarei contigo?
[Ezequiel 22:14] Oh! senhores, vocs pensam que uma coisa pequena estar sem Cristo
neste dia; vocs podem falar dele com o nimo leve, zombar e gracejar sobre o assunto;
alm disso, vocs podem dormir tranquilamente; mas h um dia vindouro, quando o seu
clamor amargo ser ouvido em todas as cavernas do inferno: Ai de mim! Estou sem
Cristo, estou sem Cristo! Amm.
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Glorioso Deus! Oramos para que, pelo Teu Esprito Santo aplique o que de Ti h neste sermo aos
nossos coraes e nos coraes daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glria de Cristo.
Ore para que o Esprito Santo use estas palavras para trazer muitos
ao Conhecimento Salvador de Jesus Cristo, pela Graa de Deus. Amm.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Fonte: Books.Google.com.br Ttulo Original: Comfoet Ye
As citaes bblicas desta traduo so da verso ACF (Almeida Corrigida Fiel)
Traduo por Camila Almeida Reviso e Capa por William Teixeira
***
Acesse nossa conta no Dropbox e baixe mais e-books semelhantes a este:
https://www.dropbox.com/sh/ha9bavgb598aazi/ALSKeIjpBN
Leia este e outros e-books online acessando nossa conta no ISSUU:
http://issuu.com/oEstandarteDeCristo
Participe do nosso grupo no Facebook: facebook.com/groups/EstanteEC
Voc tem permisso de livre uso deste e-book e o nosso incentivo a distribu-lo, desde que no altere o seu contedo e/ou mensagem de maneira a comprometer a fidedignidade e propsito do texto original, tambm pedimos que cite o site OEstandarteDeCristo.com como fonte. Jamais faa uso comercial deste e-book. por Camila Almeida Se o leitor quiser usar este sermo ou um trecho dele em seu site, blog ou outro semelhante, eis um modelo que poder ser usado como citao da referncia: Ttulo Autor Corpo do texto Fonte: Books.Google.com.br Traduo: OEstandarteDeCristo.com (Em caso de escolher um trecho a ser usado indique ao final que o referido trecho parte deste sermo, e indique as referncias (fonte e traduo) do sermo conforme o modelo acima). Este somente um modelo sugerido, voc pode usar o modelo que quiser contanto que cite as informaes (ttulo do texto, autor, fonte e traduo) de forma clara e fidedigna. Para solicitar este e-book em formato Word envie-nos um e-mail, solicitando-o:
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Uma Biografia de Robert Murray MCheyne
Robert Murray MCheyne (1813 - 1843)
Robert Murray MCheyne nasceu em 29 de maio de 1813, nunca poca dos primeiros
resplendores de um grande avivamento espiritual que ocorreria na Esccia. Entre os
preparativos secretos com os quais Deus tencionava derramar sobre seu povo dias de
verdadeiro e profundo refrigrio espiritual se achava o nascimento do mais jovem dos
cinco filhos de Adam McCheyne.
Desde sua infncia, MCheyne deu mostras de possuir uma natureza doce e afvel, ao
mesmo tempo que se podia ver nele uma mente desperta e prodigiosa. Com apenas
quatro anos de idade tinha como seu passatempo favorito estudar o grego e o hebraico.
Aos oito anos ingressou numa escola superior, tendo passado anos mais tarde para a
Universidade de Edimburgo. Em ambos centros de ensino, distinguiu-se como estudante
brilhante. Era de boa estatura, cheio de agilidade e vigor, nobre em sua disposio,
evitando toda forma de comportamento enganoso. Alguns consideravam-no como pos-
suidor de forma inata de todas as virtudes do carter cristo, porm, segundo seu prprio
testemunho, aquela moralidade pura e externa que era por ele exibida, nascia de um
corao farisaico, e como muitos de seus companheiros, lhe agradava gastar sua vida
nos prazeres mundanos.
A morte do seu irmo Davi causou uma profunda impresso em sua alma. Seu dirio
contm numerosas aluses a este fato. Anos depois, escrevendo a um amigo, Robert
disse: Ore por mim, para que possa ser mais santo e mais sbio, sendo menos o que
sou, e sendo mais como o meu Senhor... Hoje, faz sete anos que perdi meu querido
irmo, porm comecei a encontrar o Irmo que no pode morrer.
A partir de ento, a conscincia tenra de MCheyne despertou para a realidade do pecado
e para as profundidades de sua corrupo. Que massa infame de corrupo tenho sido!
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Tenho vivido uma grande parte de minha vida completamente separado de Deus e para o
mundo. Tenho me entregado completamente ao gozo dos sentidos e s coisas que
perecem em torno de mim.
Embora ele nunca tenha sabido a data exata do seu novo nascimento, jamais abrigou
temor algum de que este no tivesse acontecido. A segurana de sua salvao foi algo
caracterstico de seu ministrio, de modo que sua grande preocupao foi, em todo o
tempo, obter uma maior santidade de vida.
No inverno do ano de 1831 comeou seus estudos no Divinity Hall, onde Tomas Chalmers
era professor de Teologia, e Davi Welsh de Histria Eclesistica. Juntamente com outros
companheiros seus, Eduard Irving, Horatius e Andrew Bonar que escreveria a sua
biografia posteriormente, dentre outros amigos fervorosos, MCheyne se reunia para
pregar e estudar a Bblia, especialmente nas lnguas originais. Quando o Dr. Chalmers
teve notcia do modo simples e literal com que MCheyne esquadrinhava as Santas
Escrituras, no pde deixar de exclamar: Agrada-me esta literalidade. Verdadeiramente,
todos os sermes deste grande servo de Deus esto caracterizados por uma profunda
fidelidade ao texto bblico.
E j neste perodo de sua vida, MCheyne deu mostras de um grande amor pelas almas
perdidas, e juntamente com seus estudos dedicava vrias horas da semana para a
pregao do Evangelho, tarefa que realizava quase sempre nos bairros pobres e mais
baixos de Edimburgo.
Como os demais grandes servos de Deus, MCheyne teria uma clara conscincia da
radical seriedade do pecado. A compreenso clara da condio pecaminosa do homem
era para MCheyne um requisito imprescindvel para fazer sentir ao corao a necessi-
dade de Cristo como nico Salvador, e tambm a experincia necessria para uma vida
de santidade.
Seu dirio testemunha o severo juzo que fazia de si mesmo: Senhor, se nenhuma outra
coisa pudesse livrar-me dos meus pecados, a no ser a dor e as provas, envie-mas,
Senhor, para que possa ser livrada de meus membros carregados de carnalidade.
Inclusive nas mais gloriosas experincias do crente, MCheyne podia descobrir resqucios
de pecado, e assim nos diz numa ocasio: Mesmo minhas lgrimas de arrependimento
esto manchadas de pecado.
Andrew Bonar escreveu acerca do seu amigo as seguintes palavras: Durante os pri-
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
meiros anos de seus cursos no colgio o estudo no chegou a absorver toda a sua
ateno. Contudo, to logo comeou a mudana em sua alma, isto se refletiu em seus
estudos. Um sentimento muito profundo de sua responsabilidade o levou a dedicar todos
seus talentos ao servio do Mestre, que lhe havia redimido. Poucos tm se consagrado
obra do Senhor, como fruto de um claro conhecimento de sua responsabilidade.
Enquanto estudava Literatura e Filosofia no colgio sabia encontrar tempo para dedicar
sua ateno Teologia e Histria Natural. Nos dias de sua maior prosperidade no
ministrio da pregao, quando juntamente com sua alma, sua congregao, e rebanho,
constituam o todo dos seus desvelos, frequentemente lamentava no ter adquirido, nos
anos anteriores, um caudal de conhecimentos mais profundo, pois se havia dado conta
que podia usar as jias do Egito no servio do Senhor. De vez em quando seus estudos
anteriores evocavam em sua mente alguma ilustrao apropriada para a verdade divina, e
precisamente no solene instante em que apresentava o Evangelho glorioso aos mais
ignorantes e depravados.
Suas prprias palavras manifestam sua estima pelo estudo, e ao mesmo tempo revelam o
esprito de orao, que segundo MCheyne, devia sempre acompanhar os estudos.
Esfora-te nos estudos, escreveu a um jovem estudante em 1840. D-te conta que
ests formando, em grande parte, o carter do teu futuro ministrio. Se adquirires agora
hbitos de estudo matizados pelo descuido e inatividade, nunca tirars proveito do
mesmo. Faz cada coisa a seu tempo. S diligente em todas aquelas coisas que valham a
pena serem feitas, e faz isto com todas as tuas foras. E acima de tudo, apresenta-te ao
Senhor com muita frequncia. No intentes nunca ver um rosto humano at que no
tenhas visto primeiro o rosto dAquele que nossa luz e nosso tudo. Ora por teus
semelhantes. Ora por teus mestres e companheiros de estudo. A um outro jovem
escreveu: Cuidado com a atmosfera dos autores clssicos, pois na verdade, perniciosa,
e tu necessitas muitssimo, para afast-la, do vento sul que sopra das Escrituras. certo
que devemos conhec-los porm da mesma maneira que o qumico faz experincia
com as substncias txicas para descobrir suas propriedades qumicas, e no para
envenenar com elas o seu sangue. E acrescentou: Ora para que o Esprito Santo faa
de ti no somente um jovem crente e santo, seno para que tambm te d sabedoria em
teus estudos.
s vezes um raio da luz divina que penetra a alma pode dar suficiente luz para aclarar
maravilhosamente um problema de matemtica. O sorriso de Deus acalma o esprito, e a
destra de Jesus levanta a cabea do decado, enquanto seu Santo Esprito aviva os
efeitos, de modo que os estudos naturais possam ser feitos um milho de vezes melhor e
mais facilmente.
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
As frias, para MCheyne, como para os seus amigos mais ntimos que permaneceram na
cidade, no eram consideradas como uma interrupo quanto aos estudos a que nos
referimos. Uma vez por semana costumavam passar uma manh juntos com o propsito
de estudar algum ponto de teologia sistemtica, assim como para trocar impresses sobre
o que haviam lido em privado.
Um jovem assim, com faculdades intelectuais to pouco comuns e s quais se unia o
amor ao estudo numa memria extremamente profunda, facilmente escolheu no colocar
em primeiro lugar a erudio, mas sim a tarefa de salvar as almas. Ele submeteu todos os
talentos que possua obra de despertar aqueles que estavam mortos em delitos e
pecados. Preparou sua alma para a poderosa e solene responsabilidade de pregar a
Palavra de Deus, e isto fez com muita orao e profundo estudo da Palavra de Deus;
com disciplina pessoal; com grandes provas e dolorosas tentaes, pela experincia da
corrupo da morte em seu prprio corao, e pela descoberta da plena graa do
Salvador. Por experincia prpria podia dizer: Quem o que vence o mundo seno o que
cr que Jesus o Filho de Deus?.
No dia primeiro de julho de 1835, MCheyne obteve licena para pregar pelo presbitrio de
Annan. Depois de haver pregado por vrios meses em diferentes lugares e dado
evidncia da peculiar doura com que a Palavra de Deus flua de seus lbios, MCheyne
veio a ser o ajudante do pastor John Bonar nas congregaes unidas de Larberte e
Dunipade, prxima de Stirling. Em sua pregao fazia outros partcipes de sua vida
interior, medida que sua alma crescia na graa e no conhecimento do Senhor e
Salvador. Comeava o dia muito cedo cantando salmos ao Senhor. A isto seguia a leitura
da Palavra para sua prpria santificao. Nas cartas de Samuel Rutherford encontrou
uma mina de riquezas espirituais. Entre outros livros de leitura favorita figuravam
Chamamento aos No Convertidos, de Richard Baxter, e a Vida de Davi Brainderd, de
Jonathan Edwards. Em novembro de 1836 foi ordenado pastor na Igreja de So Pedro,
em Dundee. Permaneceu como pastor desta congregao at o dia da sua morte. A
cidade de Dundee, como ele mesmo se referiu a ela, era uma cidade dada idolatria e
de corao duro. Porm no havia nada em suas mensagens que buscasse o agrado do
homem natural, pois longe estava de seu corao buscar agradar os incrdulos. Se o
Evangelho agradasse ao homem carnal, ento deixaria de ser Evangelho. Estava
profundamente convencido que a primeira obra do Esprito Santo na salvao do pecador
era a de produzir convico do pecado e a de trazer o homem a um estado de desespero
diante de Deus. A menos que o homem no seja posto ao nvel de sua misria e culpa,
toda nossa pregao ser v porque somente um corao contrito pode receber ao Cristo
crucificado. Sua pregao estava caracterizada por um elemento de marcante urgncia e
alarme. Que me ajude sempre a lhes falar com clareza. Mesmo a vida daqueles que
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
podem viver muitos anos, na realidade, curta. Contudo, esta vida curta, que Deus nos
tem dado e que suficiente para que busquemos o arrependimento e a converso, logo,
muito rapidamente passar. Cada dia que passa como uma passo a mais em direo ao
trono do juzo eterno.
Ao seu profundo amor pelas almas se somava uma profunda sede de santidade de vida.
Escrevendo a um companheiro no ministrio, disse: Sobre todas as coisas cultiva teu
prprio esprito. Tua prpria alma deveria ser o principal motivo de todos os teus cuidados
e desvelos. Mais que os grandes talentos, Deus abenoa aqueles que refletem a
semelhana de Jesus em suas vidas. Um ministro santo uma arma poderosa nas mos
de Deus. MCheyne talvez pregou com mais poder com sua vida que com suas
mensagens, como bem sabia e dizia seu amigo Andrew Bonar, que os ministros do
Evangelho no somente devem pregar fielmente, como tambm viver fielmente.
Como pastor em Dundee, MCheyne introduziu importantes inovaes na congregao.
Naquela ocasio as reunies de orao eram desconhecidas, eram muito raras.
MCheyne ensinou aos membros a necessidade de ser reunirem todas as quintas-feiras
noite para unirem seus coraes em orao ao Senhor, e estudar Sua Palavra. Tambm
destinava outro dia durante a semana para os jovens. Seu ministrio entre as crianas
constitui a nota mais brilhante de seu ministrio.
Ao seu zelo por santidade de vida acrescentava seu af por pureza de testemunho entre
os membros de sua congregao. MCheyne era consciente de que a igreja como parte
do corpo mstico de Cristo deveria manifestar a pureza e santidade dAquele que havia
morrido para apresentar uma igreja santa e sem mancha ao Pai. Da seu zelo pela
observncia da disciplina na congregao. E assim, num culto de ordenao de pres-
bteros, disse: Ao comear meu ministrio entre vocs, eu era extremamente ignorante
da grande importncia que a igreja de Cristo tem da disciplina eclesistica. Pensava que
meu nico e grande objetivo nesta congregao era o de orar e pregar. Suas almas me
pareciam to preciosas e o tempo me parecia to curto, que eu decidi dedicar-me exclu-
sivamente com todas minhas foras e com todo o meu tempo ao trabalho da evange-
lizao e doutrina. Sempre que os ancios desta igreja me apresentaram casos de
disciplina, eu os considerava como dignos de aborrecimento. Constituam uma obrigao
diante da qual eu me encolhia. Porm agradou ao Senhor, que ensina a seus servos de
uma maneira muito distinta que o homem, dar ocasio dEle ser bendito no apenas com
o dom da converso, mas com alguns casos de disciplina a nosso cuidado. Desde ento
uma nova luz acendeu em minha mente. Dei-me conta que no somente a pregao era
uma ordenana de Cristo, como tambm o exerccio da disciplina eclesistica.
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Ao mesmo tempo que o vigor e a fora espiritual de sua alma alcanava uma grandeza
gigantesca, a sade fsica de MCheyne se enfermava e enfraquecia medida que os
dias transcorriam. Em fins do anos de 1838, uma violenta palpitao do corao,
ocasionada por seus rduos trabalhos ministeriais, obrigaram o jovem pastor a buscar
repouso. E como sua convalescena seguia num ritmo muito lento, um grupo de pastores,
reunidos em Edimburgo na primavera de 1839, decidiu convidar MCheyne para que se
unisse a uma comisso de pastores que planejava ir Palestina para estudar as
possibilidades missionrias da Terra Santa. Todos criam que tanto o clima como a viagem
redundariam em benefcio para a sade do pastor. De um ponto de vista espiritual, sua
estada na Palestina constituiu uma verdadeira bno para sua alma. Visitar os lugares
que haviam sido o cenrio da vida e obra do bendito Mestre, e pisar a mesma terra que
um dia pisara o Varo de Dores, foi uma experincia indescritvel para o jovem pastor.
Contudo, fisicamente, o estado de MCheyne no melhorou, antes, pelo contrrio, parecia
que seu tabernculo terrestre ameaava desmoronar totalmente. E assim, em fins de
julho de 1839, encontrando-se a delegao missionria prximo de Esmirna, e j a
caminho de volta, o Senhor estendeu sua mo curadora, e o grande servo do Evangelho
pde finalmente regressar sua amada Esccia e a seu querido rebanho em Dundee.
Durante sua ausncia, o Esprito Santo comeou a operar um avivamento maravilhoso na
Esccia. Este avivamento comeou em Kilsyth, e sob a pregao do jovem pastor W. C.
Burns, que havia substitudo a MCheyne enquanto ele se convalescia. Num curto espao
de tempo a fora do Esprito Santo, que impulsionava o avivamento, se deixou sentir em
muitos lugares. Em Dundee, onde cultos se prolongavam at altas horas da noite em
cada dia da semana, as converses foram muito numerosas. Parecia como se toda a
cidade houvesse sido sacudida pelo poder do Esprito.
Em novembro do mesmo ano, MCheyne, tendo melhorado de sua enfermidade, retornou
sua congregao. Os membros da Igreja transbordavam de alegria ao ver de novo o
rosto do seu amado pastor. A igreja fez um silncio absoluto, enquanto todos esperavam
que MCheyne ocupasse o plpito. Muitos membros derramaram lgrimas de gratido ao
verem de novo o rosto de seu pastor. Porm ao terminar o culto, e movidos pelo poder de
sua pregao, foram muitos os pecadores que derramaram lgrimas de arrependimento.
O regresso de MCheyne a Dundee marcou um novo episdio no seu ministrio e tambm
na Igreja escocesa. Parecia como se a partir de ento o Senhor houvesse se disposto a
responder as oraes que o jovem pastor elevara desde o princpio do seu ministrio
suplicando um avivamento ali onde MCheyne pregara, e o Esprito acrescentava novas
almas Igreja.
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Na primavera de 1843, ao ter MCheyne regressado de uma srie de reun ies especiais
em Aberdeenshire, caiu repentinamente enfermo. Neste lugar havia visitado a vrios
enfermos com febre infecciosa, e a sua constituio enfermia e dbil sucumbiu ao
contgio da mesma. E no dia 25 de maro de 1843 ele partiu para estar com o Senhor.
Em todas as partes onde chegava a notcia de sua morte escreveu Bonar o
semblante dos crentes se ensombrecia de tristeza. Talvez no haja havia outra morte que
tenha impressionado tanto os santos de Deus na Esccia como a deste grande servo de
Deus, que consagrou toda sua vida pregao do Evangelho eterno. Com frequncia
costumava dizer: vivam de tal modo que nenhum dia seja perdido por vocs, e ningum
que houvesse visto as lgrimas que foram vertidas na ocasio de sua morte teriam
duvidado em afirmar que sua vida havia sido o que ele havia recomendado a outros. No
teria mais que vinte e nove anos quando o Senhor o levou.
No dia do sepultamento cessaram todas as atividades em Dundee. Desde o domiclio
fnebre at o cemitrio, todas as ruas estavam abarrotadas de gente. Muitas almas se de-
ram conta naquele dia que um prncipe de Israel havia cado, enquanto muitos coraes
indiferentes experimentaram uma terrvel angstia ao contemplar o solene espetculo.
A sepultura de MCheyne pode ser vista no rinco nordeste do cemitrio que fica ao redor
da Igreja de So Pedro. Ele se foi s montanhas de mirra e s colinas de incenso, at que
desponte o dia e fujam as sombras. Completou sua obra. Seu Pai celestial no teria para
ele outra planta para regar, nem outra vida para cuidar, e o Salvador, que tanto o amou
em vida, agora o esperava com suas palavras de boas-vindas: Muito bem, servo bom e
fiel, entra no gozo do teu Senhor.
O ministrio de MCheyne no terminou com sua morte. Suas mensagens e cartas,
juntamente com sua biografia, escrita por seu amigo Andrew Bonar, tm sido um rico
meio de bno para muitas almas.
__________
Fonte: www.poesias.omelhordaweb.com.br
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Indicaes de E-books de publicaes prprias.
Baixe estes e outros gratuitamente no site.
10 Sermes Robert Murray MCheyne
Agonia de Cristo Jonathan Edwards
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina
da Eleio
Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel
Doutrina da Eleio, A Arthur Walkington Pink
Eleio & Vocao Robert Murray MCheyne
Excelncia de Cristo, A Jonathan Edwards
Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon
Imcomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A
Jeremiah Burroughs
In Memoriam, A Cano dos Suspiros Susannah Spurgeon
Jesus! - Charles Haddon Spurgeon
Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon
Livre Graa, A C. H. Spurgeon
Paixo de Cristo, A Thomas Adams
Plenitude do Mediador, A John Gill
Poro do mpios, A Jonathan Edwards
Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon
Reforma C. H. Spurgeon
Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M. M'Cheyne
Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon
Sangue, O C. H. Spurgeon
Semper Idem Thomas Adams
Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e
Charnock
Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de Deus)
C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J. Edwards
Tratado sobre a Orao, Um John Bunyan
Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, O Paul D. Washer
Sabe traduzir do Ingls? Quer juntar-se a ns nesta Obra? Envie-nos um e-mail: [email protected]
Livros que Recomendamos:
A Prtica da Piedade, por Lewis Bayly Editora PES
Graa Abundante ao Principal dos Pecadores, por
John Bunyan Editora Fiel
Um Guia Seguro Para o Cu, por Joseph Alleine
Editora PES
O Peregrino, por John Bunyan Editora Fiel
O Livro dos Mrtires, por John Foxe Editora Mundo
Cristo
O Dirio de David Brainerd, compilado por Jonathan
Edwards Editora Fiel
Os Atributos de Deus, por A. W. Pink Editora PES
Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe
gratuitamente no site FirelandMissions.com)
Quem Somos
O Estandarte de Cristo um projeto cujo objetivo proclamar a Palavra de Deus e o Santo
Evangelho de Cristo Jesus, para a glria do Deus da Escritura Sagrada, atravs de tradues
inditas de textos de autores bblicos fiis, para o portugus. A nossa proposta publicar e
divulgar tradues de escritos de autores como os Puritanos e tambm de autores posteriores
queles como John Gill, Robert Murray McCheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur
Walkington Pink. Nossas tradues esto concentradas nos escritos dos Puritanos e destes
ltimos quatro autores.
O Estandarte formado por pecadores salvos unicamente pela Graa do Santo e Soberano,
nico e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das
Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as reas de suas vidas,
holisticamente; para que assim, e s assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-
mos nEle desde agora e para sempre.
Viste as pginas que administramos no Facebook
Facebook.com/oEstandarteDeCristo
Facebook.com/ESJesusCristo
Facebook.com/EvangelhoDaSalvacao
Facebook.com/NaoConformistasPuritanos
Facebook.com/ArthurWalkingtonPink
Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org
Facebook.com/JonathanEdwards.org
Facebook.com/JohnGill.org
Facebook.com/PaulDavidWasher
Facebook.com/RobertMurrayMCheyne
Facebook.com/ThomasWatson.org
Livros que Recomendamos:
A Prtica da Piedade, por Lewis Bayly Editora PES
Graa Abundante ao Principal dos Pecadores, por
John Bunyan Editora Fiel
Um Guia Seguro Para o Cu, por Joseph Alleine
Editora PES
O Peregrino, por John Bunyan Editora Fiel
O Livro dos Mrtires, por John Foxe Editora Mundo
Cristo
O Dirio de David Brainerd, compilado por Jonathan
Edwards Editora Fiel
Os Atributos de Deus, por A. W. Pink Editora PES
Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe
gratuitamente no site FirelandMissions.com)
Sabe traduzir do Ingls? Quer juntar-se a ns nesta Obra? Envie-nos um e-mail: [email protected]
Indicaes de E-books de publicaes prprias.
Baixe estes e outros gratuitamente no site.
10 Sermes Robert Murray MCheyne
Agonia de Cristo Jonathan Edwards
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina
da Eleio
Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel
Doutrina da Eleio, A Arthur Walkington Pink
Eleio & Vocao Robert Murray MCheyne
Excelncia de Cristo, A Jonathan Edwards
Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon
Imcomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A
Jeremiah Burroughs
In Memoriam, A Cano dos Suspiros Susannah Spurgeon
Jesus! - Charles Haddon Spurgeon
Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon
Livre Graa, A C. H. Spurgeon
Paixo de Cristo, A Thomas Adams
Plenitude do Mediador, A John Gill
Poro do mpios, A Jonathan Edwards
Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon
Reforma C. H. Spurgeon
Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M. M'Cheyne
Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon
Sangue, O C. H. Spurgeon
Semper Idem Thomas Adams
Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e
Charnock
Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de Deus)
C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J. Edwards
Tratado sobre a Orao, Um John Bunyan
Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, O Paul D. Washer
-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Viste as pginas que administramos no Facebook
Facebook.com/oEstandarteDeCristo
Facebook.com/ESJesusCristo
Facebook.com/EvangelhoDaSalvacao
Facebook.com/NaoConformistasPuritanos
Facebook.com/ArthurWalkingtonPink
Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org
Facebook.com/JonathanEdwards.org
Facebook.com/JohnGill.org
Facebook.com/PaulDavidWasher
Facebook.com/RobertMurrayMCheyne
Facebook.com/ThomasWatson.org
Pgina Parceira:
Facebook.com/AMensagemCristocentrica
2 Corntios 4
1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no
desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando
com astcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos
conscincia de todo o homem, na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3
Mas, se ainda o nosso evangelho est encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4
Nos quais o deus deste sculo cegou os entendimentos dos incrdulos, para que lhes no
resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque
no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos
vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas
resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes, para iluminao do
conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm, este tesouro
em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo
somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados. 9 Persegui-
dos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos; 10
Trazendo sempre por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se
manifeste tambm nos nossos corpos; 11
E assim ns, que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13
E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos
tambm, por isso tambm falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos
ressuscitar tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15
Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de
graas para glria de Deus. 16
Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e
momentnea tribulao produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18
No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se no veem so eternas.