Rodrigo e Cassiano - Art Decó

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ARQUITETURA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO - NOTURNO ARQA27 - ESTÉTICA Professor: Daniel Juracy Mellado Paz Exercício 1 (e Único) – CRÍTICA DE ARTE ETAPA 3 – A Sociedade Aqui se trata de averiguar qual a relação da Escola/ Movimento com a Sociedade. Quem encomenda e quem paga as obras? A quem se destina? Quais as técnicas empregadas? Como vivem os Artistas? Qual sua relação com a cultura, os gostos e as modas da época? TEMA: Art Déco I. RELAÇÃO DA ESCOLA/MOVIMENTO COM A SOCIEDADE QUEM ENCOMENDA E QUEM PAGA AS OBRAS? A QUEM SE DESTINA? De acordo com uma frase do artista Gunta Stolzl: “O lema desta nova época: Modelar para a indústria!” Este é o “cerne”, o “espirito”, a essência do movimento Art Déco. Foi nesse movimento que nasceu a atual profissão de Design Industrial, é uma arte voltada para a indústria, para produtos produzidos em série, comercializados para o povo, em propagandas por exemplo. Será? Günta Stolz era egressa da Bauhaus (onde se especializara em tapeçarias). Naquela instituição havia o propósito – pedagógico e mesmo ideológico – de resolver o que se considerava a profunda cisão da Era Industrial, unificando novamente Arte e Técnica, com uma Nova Arte, que exploraria os meios industriais e seria, ademais, científica no seu mergulhar nas potencialidades da matéria e da forma.

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CRÍTICA DE ARTE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE ARQUITETURACURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO - NOTURNO

ARQA27 - ESTÉTICA

Professor: Daniel Juracy Mellado Paz

Exercício 1 (e Único) – CRÍTICA DE ARTE

ETAPA 3 – A Sociedade

Aqui se trata de averiguar qual a relação da Escola/ Movimento com a Sociedade. Quem encomenda e quem paga as obras? A quem se destina? Quais as técnicas empregadas? Como vivem os Artistas? Qual sua relação com a cultura, os gostos e as modas da época?

TEMA: Art Déco

I. RELAÇÃO DA ESCOLA/MOVIMENTO COM A SOCIEDADE QUEM ENCOMENDA E QUEM PAGA AS OBRAS? A QUEM SE DESTINA?

De acordo com uma frase do artista Gunta Stolzl: “O lema desta nova época: Modelar para a indústria!” Este é o “cerne”, o “espirito”, a essência do movimento Art Déco. Foi nesse movimento que nasceu a atual profissão de Design Industrial, é uma arte voltada para a indústria, para produtos produzidos em série, comercializados para o povo, em propagandas por exemplo.

Será? Günta Stolz era egressa da Bauhaus (onde se especializara em tapeçarias). Naquela instituição havia o propósito – pedagógico e mesmo ideológico – de resolver o que se considerava a profunda cisão da Era Industrial, unificando novamente Arte e Técnica, com uma Nova Arte, que exploraria os meios industriais e seria, ademais, científica no seu mergulhar nas potencialidades da matéria e da forma.

Não creio – do pouco que sei – que seja o caso.

II. QUAIS AS TÉCNICAS EMPREGADAS? COMO VIVEM OS ARTISTAS? QUAL SUA RELAÇÃO COM A CULTURA, OS GOSTOS E AS MODAS DA ÉPOCA?

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Surgido na França, no início do séc. XX, o Art Déco, teve suas origens derivadas do Art Nouveau. Alcançou seu auge em 1925, em Paris, na Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes. O estilo foi também denominado “ESTILO 25” devido a exposição. O Art Déco abrangeu arquitetura, moda, artes gráficas, mobiliário, tecidos, vidros, esculturas, joias, cerâmicas, uma infinidade de materiais e aplicações. Sofreu influência de diversas fontes como: arquiteturas maia e Asteca, egípcia, rococó e de movimentos como cubismo, futurismo e fauvismo. Pode-se dizer que foi um movimento em que poucos artistas tiveram destaque e podem ser classificados como de fato Art Déco, apesar de isso ser meio confuso, uma vez que algum desses poderia pertencer a outro movimento da época, devido ao fato de na época este movimento estar ocorrendo em “paralelo” a diversos outros.

Primeiro – não precisava ser uma resposta automática a cada um dos itens. É mais uma preocupação geral do tema.

Sobre a “confusão” – creio, e isso deve ser enfatizado caso seja assim, que é constitutivo do fenômeno. Não é uma Escola – a exemplo da Bauhaus – ou mesmo um Movimento com um suporte teorético sólido, e sim mais uma voga, uma moda, com fronteiras mais confusas.

Sobre a influência estilística – ou, pelo menos, as formas inspiradas nos registros documentais, e no que se idealizava, da arte egípcia, maia, etc... esse tema é, claro, do item tradição artística.

Artistas importantes da Art Déco:

Ernst Ludwig Kirchner (pintor alemão) Fritz Bleyl (designer alemão) Paul Poiret (estilista e decorador francês) Sonia Delaunay (estilista francesa) René Lalique (escultor francês) William Van Alen (arquiteto norte-americano) Maurice Ascalon (designer industrial húngaro) Erich Heckel (pintor e ilustrador alemão) Walter Gropius (arquiteto alemão) Joost Schmidt (designer gráfico alemão) Tamara de Lempicka (retratista) Jean Dupas (pintor de murais)

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René Lalique. O pouco que conheço dele é Art Nouveau...

Suas origens, derivadas do Art Nouveau, quando artistas começam a criar outro estilo, trabalhando com formas mais retilíneas, geometrizadas.

Aqui, até que ponto são “origens derivadas”, já que há uma mudança profunda na silhueta, por assim dizer. Enquanto o Art Nouveu havia descoberto, e explorado, formas sinuosas inspiradas no mundo vegetal – e que, de fato, haviam reconfigurado a representação da forma vegetal – e temas como as ondulações da água, das nuvens, etc... o Art Decó parece pautar-se por uma depuração, embora ainda não de plena austeridade; por linhas geométricas, embora em padrões diversos (radiantes, entramados retilíneos, etc.); no luxo dos materiais...

O Art Déco foi um estilo/movimento, muito “popularizado”, de certa forma, uma vez que era replicado no que se refere a arquitetura vernácula por exemplo, onde pessoas tentavam replicar elementos de suas formas em muros, esquadrias e fachadas de suas casas, além, é claro, de ser muito difundido na Arquitetura de grande porte também com elementos como o “Sol nascente” no Empire State Buiding. A questão é que ele nunca era empregado arquitetonicamente de forma isolada, era sempre em conjunto com elementos de outros movimentos contemporâneos e as vezes se confundia com outros movimentos, numa só obra.

Sobre o uso vernacular... isso vale para muitos estilos, mesmo para o modernismo. É um assunto também relacionado à tradição artística – agora como “efeitos”...

Há duas vertentes do Art Déco. De um lado se tem a “reconciliação” da indústria com a arte , onde se busca um design mais funcional, simples, de baixo custo, utilizando materiais como: fórmica, cromo, plástico, faiança, etc. Viabilizando a produção em massa.

Nesse quesito, entra provavelmente o design industrial.

Onde estão nomes como o de Raymond Loewy ou Henry Dreifuss?

E também, uma corrente racionalista, simples, “limpa”, desprovida de adornos, decorações, inspirada na máquina, que iria desenvolver-se no Modernismo de Le Corbusier. De outro lado, uma onde se buscava o uso de formas estilizadas da natureza, como animais esbeltos ou arredondados, gazelas, pombos,

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pinguins e elementos como o Sol nascente, figuras femininas, motivos geométricos e etc. Sendo está a vertente mais difundida, onde se utilizou cores mais vivas, materiais mais nobres, como cristal, ferro batido, mármore, bronze, prata, madeiras raras, pedras preciosas, marfim e etc.

Aqui estão enumeradas três vertentes... confuso.

Vertentes sem NOMES é genérico e inútil.

E, novamente – este é o tópico anterior.

Seu contexto histórico foi marcado pelo período entre as duas grandes guerras mundiais, inicio do séc. XX, marcando o começo do desenho industrial e da profissão já mencionada antes, a de Design Industrial.

IMAGENS EM ANEXO:

O edifício ainda é ecletismo...

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Mas isto aqui é puro Art Nouveu!!

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Existem imagens excelentes.Mas... de onde são? Assim, sem dizer nada – o que é, de quem é, de quando é – é um desserviço.