Romance d 30

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    CYRO DOS ANJOS

    (1906 - 1994) Principais obras: O amanuns !"miro (19#$)% Ab&ias

    (194')

    Romancisa mais sui" "rico &a *ra+,o & #0

    O amanuns !"miro . A so"i&,o a pr&a & umburocraa "rico/ &scn&n a"i&o &a o"i*aruiaminira

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    O AMANUENSE

    BELMIRO Belmiro= procede de famlia interiorana e patriarcal

    decadente.

    um protagonista inadequado ao mundo urbano. A escrita a sua sada para fugir da melanclica

    vida.

    Nos amigos encontra valores positivos e humanosque ultrapassam os limites de suas ideologiasmesquinhas.

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    O AMANUENSE

    BELMIRO Belmiro um liberal ao mesmo tempo ctico, ingnuo eimpotente para a a!"o.

    #istura perspic$cia e banalidade.

    % a vida passar sem reali&ar alguma coisa importante.

    %olta'se para a cria!"o de mitos (suas musas = )armlia,Arabela, *andira, )amila+, que lhe permitem suportar aeistncia, ainda que n"o acredite verdadeiramente neles.

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    O AMANUENSE

    BELMIRO -$ no teto uma tens"o

    Belmiro lrico sentimental.

    / Belmiroanalista e ir0nico.

    1ogo o lirismo contnuo dissolvido pela ironia,tambm contnua, do amanuense. (amanuense

    antigo burocrata = funcion$rio p2blico de condi!"omodesta+.

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    O AMANUENSE

    BELMIRO 3inal do romance = remete para um grande va&io.

    4omance de tendncia analtica e introspectiva (naforma de di$rio+, com coment$rios lricos e re5eivossobre a mediocridade da vida pessoal do amanuense.

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    2R3CO 2R3SS35O

    (190' - 19$') Principais obras:

    Primira as: C"arissa (19##)% Caminos cru7a&os(19#')% 58sica ao "on* (19#')% m "u*ar ao so" (19#6)%O"ai os "rios &o campo (19#)% Sa*a (1940)% O rso ;si"

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    2R3CO 2R3SS35O Principais obras:

    S*un&a =as: O mpo o >no (O coninn - Orrao - O aruip;"a*o) 1949-196?% Noi (19'4)% Osnor mbai@a&or (196')% O prisioniro (196$)%3nci&n m Anars (19$1)% So"o & c"arina(mmrias) 19$#

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    2R3CO 2R3SS35O PR3523RA =AS2: C"arissa B m "u*ar ao so" B Caminos

    cru7a&os B O rso ; si"as urbanascnra&as nos &ramas &as c"asss m;&ias% Prsona*ns

    u aparcm m >rios r"aos: C"arissa/ asco/ No"/=rnan&a% so &a ;cnica &o conrapono

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    2R3CO 2R3SS35O S2NDA =AS2: O mpo o >no (O coninn - O

    rrao - O aruip;"a*o)

    i*ansco pain"/ m rmos & ic+,o/ &a orma+,oisrica &o Rio ran& &o Su"/ abran*n&o ?00 anos

    =oco narrai>o cnra&o m &uas am"ias: E2RRA FCA5!ARG

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    O &EM'O E O (EN&O

    4ecria!"o >ccional e histrica da forma!"o do 4io Grandedo 9ul pastoril por meio da traetria de sucessivasgera!es da famlia6erra')ambar$.

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    O &EM'O E O (EN&O

    ?s indivduos que compem a famlia, alm de seus dramaspessoais espec>cos, vivem de maneira privilegiada osacontecimentos que de>nem a sociedade sul'rio'grandense.

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    O &EM'O E O (EN&O 7 Ana 6erra= participa da sangrenta e $rdua conquista do

    territrioH

    )apit"o 4odrigo= liga'se I 4evolu!"o 3arroupilhaH

    1icurgo= tem atua!"o destacada na Guerra )ivil de JKLMH

    ;r. 4odrigo )ambar$= um dos lderes da 4evolu!"o deM

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    O &EM'O E O (EN&O 6ema espec>co da trilogia A ascens"o e a queda poltica da classe de estancieiros

    ga2chos, mostradas tanto em seus aspectos picos quantoem sua dimens"o de violncia e brutalidade. ?s

    acontecimentos retratados, que oscilam entre a saga e avis"o crtica, abrangem um perodo de O anos.

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    O &EM'O E O (EN&O 6empo da narrativa= :nicia em JPQR (#isses+ e seestende at JLQR com a queda de Get2lio %argas(representando o >m do poder dos fa&endeiros sulistas+.

    7spa!o= cidade imagin$ria de 9anta 3 = cidade'snteseda conquista do pampa e da civili&a!"o pastoril que a seformou.

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    O &EM'O E O (EN&O

    3oco narrativo= o romance narrado em terceira pessoa,mas cartas e di$rios permitem a presen!a eventual daprimeira pessoa.

    1inguagem= segue a norma culta da lngua, evitandoepresses regionais @ usadas apenas esporadicamente,na fala de personagens, normalmente, de condi!"o socialinferior.

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    O &EM'O E O (EN&O 6cnica e estrutura narrativa= 7rico quebra a

    linearidade cronolgica por meio de contrapontostemporais (7. O So)ra"o= P episdios que

    perpassam E? )ontinenteF+.

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    O &EM'O E O (EN&O

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    O &EM'O E O (EN&O

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    ? )?N6:N7N67 #ostra a forma!"o da sociedade sul'rio'grandense, sob o

    controle de uma elite audaciosa e guerreira (e tambmmachista e sanguin$ria+ @ forada em lutas fronteiri!as e

    revolu!es fratricidas ', a partir da segunda metade dosculo /%::: at o >nal do sculo /:/.

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    ? )?N6:N7N67 As a!es se desenrolam ao longo de JR anos, iniciando

    com um episdio nas #isses *esutas, em JPQR,passando pela conquista do pampa e pela funda!"o de9anta 3 e terminando com o >m ao cerco ao sobrado dos)ambar$, em unho de JKLR.

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    ? )?N6:N7N67 7pisdios A fonte.

    Ana 6erra.

    Sm certo capit"o 4odrigo. A teiniagu$.

    A guerra.

    :sm$lia )ar.

    ? 9obrado :, ::, :::, :%, %, %: e %::.

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    A 3?N67 Substrato histrico os 2ltimos anos das #isses*esuticas (9ete gura de

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    A 3?N67 A cria!"o de uma origem mitolgica para oestabelecimento da sociedade rio'grandense, namedida em que Pedro, mais tarde, fecundar$ AnaTerra, dando incio ' em termos simblicos ' a um tipo

    local, o ga2cho.

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    ANA 6744A Substrato histrico a conquista doterritrio por famlias paulistas e a funda!"odos primeiros povoados.

    Ana Terra o captulo de>nitivo de O tempoe o vento. Alm da representatividadehistrica da personagem (smbolo da mulherrio'grandense+, devemos atentar para

    a) 9eu erotismo, ampliado pela solid"o e pelasensa!"o de infelicidade de viver naquelemundo perdido que a fa&enda do pai. ;a asua entrega corprea a Pedro Missioneiro.

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    ANA 6744A b) A conscincia natural (e quase a'histrica+do tempo. 7ste determinado primitivamentepelo ritmo das esta!es, assim como os dias os"o pelo nascer e pelo desaparecer do sol.

    c) A sua garra, obstina!"o e capacidade deresistncia. A forma que sobreviveinteriormente I violncia do estupro dosbandidos castelhanos indica n"o apenas

    resigna!"o ao destino, mas estupenda for!asubetiva e cren!a na vida. No limite maisdram$tico e profundo, estes ser"o os valoresde todas as mulheres no romance.

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    ANA 6744A

    d) A pro>ss"o de parteira que Ana adota como umamet$fora da vida, enquanto a seu redor guerras erevolu!es campeiam com todo um tributo I destrui!"o e Imorte. ;ecorre da tambm o seu ardente paci>smo e seuentranhado dio I violncia em que os homens parecem secompra&er.

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    ANA 6744A e) A rela!"o que Ana estabelece entre o vento e as coisasimportantes de sua vida, a associa!"o entre as Tnoites devento, noite dos mortosT e, por >m, a prpria liga!"o dovento com a memria feminina. 7sta memria @ a!uladapela nature&a ' ao mesmo tempo o tormento, o consolo e

    a arma de defesa das mulheres contra a falta de sentido daeistncia.

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    S# )746? )A

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    S# )746? )Ass"o de deseo e afeto.

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    W4%?47 G7N7A1XG:)A (

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    ? 4764A6? Apesar de ter seu incio no retorno do ;r. 4odrigo

    )ambar$a 9anta 3, em JLQR, os episdios de E?retratoF concentram'se entre JLL e JLJR. Aos

    grandes blocos histricos e I estrutura de painis, quedominam E? continenteF, o autor prefere aqui o relatominiaturista.

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    ? 4764A6? ? retrato o do ;r. 4odrigo )ambar$, ovem mdico, belo

    e audacioso. 7le representa a moderni&a!"o vivida pelaselites ga2chas, o fa&endeiro'doutor que tra& inova!espara o campo, que $ sonha com o capitalismo, queso>stica h$bitos e costumes.

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    ? A4YS:

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    ? A4YS:lho 3loriano )ambar$.

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    ? A4YS:

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    ? A4YS:lho 3loriano )ambar$ possui uma sensibilidadeespecial, que lhe permite compreender Ea fragmenta!"odo continente em um arquiplago de ilhasF. :sto , eleentende o esfacelamento da unidade familiar como umadecorrncia simultnea do fracasso tico do pai e do

    crep2sculo de sua classe.

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    ? 67#

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    ? 67#

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    2R3CO 2R3SS35O S2NDA =AS2: O snor mbai@a&or . R"@,o sobra isorici&a& po"ica socia" &a Am;rica Haina - Aun+,o po"ica &os in"cuais

    O prisioniro . An"is po"ica mora" sobr o sni&o&a *urra &a orura/ n&o como pano & un&o umpas &o Su&s Asiico

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    2R3CO 2R3SS35O 3nci&n m Anars . R"ao po"ico com sni&o

    a"*rico Os co>iros m *r> rcusam-s a nrraros moros (s) u acabam >o"an&o I ci&a& &Anars/ nconran&o a rai+,o o sucimno - O@o s prop como uma K"iuraL &os aconcimnos& 1964 (o *o"p mi"iar)

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    DYONMH3O 5ACADO

    (19' - 19') Principais obras: m pobr omm (19?$)% Os

    raos (19#4)% O "ouco &o Cai (194?)

    Os raos . ?4 oras na >i&a & um mo&souncionrio p8b"ico/ oprimi&o p"a ncssi&a&& pa*ar a cona &o "iiro . o omm riica&o

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    JOR2 A5ADO

    (191? - ?001) Primira =as: O pas &o carna>a" (19#1)% Cacau (19##)%

    Suor (19#4)% Jubiab (19#')% 5ar moro (19#6)% Capi,s

    & aria (19#$)% Erras &o sm im (194#)% S,o Jor* &os3";us (1944)% Sara >rm"a (1946)% Os subrrnos&a "ibr&a& (19'4)%

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    JOR2 A5ADO S*un&a =as: abri"a/ cra>o can"a (19')% Os

    >"os mariniros (1961)% Os pasors &a noi (1964)%Dona ="or sus &ois mari&os (1966)% En&a &osmi"a*rs (1969)% Er7a !aisa/ cansa&a & *urra(19$?)% Eia &o A*rs (19$$)% =ar&a/ ar&,o/ camiso"a& &ormir (19$9)% Eocaia ran& (194) ouros

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    'as "o carna+al (JLMJ+= romance medocre, em quetentava retratar os impasses ideolgicos e eistenciais deum grupo de ovens intelectuali&ados e inadaptados Irealidade brasileira na poca da 4evolu!"o de M.

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    Cacau(JLMM+= E4omance pequeno e violentoF que tra&iaduas grandes novidades

    A incorpora!"o da regi"o cacaueira do sul da Bahiaaoromance realista de JLM.

    ? an2ncio da radicali&a!"o poltica &en#ei con#ar nes#e

    li+ro com um mnimo "e li#era#ura /ara o m01imo "eones#i"a"e a +i"a "o #ra)ala"or "as 2a!en"as "e cacau"o sul "a Baia. Ser0 um romance /role#0rio3

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    ? romance prolet$rio Ades"o ao marismoH

    4omances transformados em propaganda revolucion$riaH

    Adere, antecipadamente, o que St$ineigiria dosescritores (Eengenheiros de almasF+ = a cria!"o de herispositivos que lutassem pela utopia socialista.

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    #odelo e estrutura do Eromance prolet$rioF

    A+ ? protagonista, oriundo das camadas populares,encontra'se, no incio do relato, em estado de aliena!"ode

    sua prpria misria, desconhecendo'lhe as causas.

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    B+ No transcorrer da a!"o, o heri adquire conscincia daopress"oque o vitima. ?s opressores s"o, genericamente,o latifundi$rio, o burguse algum agente do imperialismoianque. )om isso o autor estabelece uma esquemati&a!"opsicolgica caricatural os #ra)ala"ores s4o

    necessariamen#e generosos e 5us#os, ao /asso 6ue os ricoss4o sem/re /$r7"os e e1/lora"ores.

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    )+ A partir da conscienti&a!"o das origens dos malessociais que o a5igem, o protagonista parte para a a!"opolticae, no caso de S4o 8orge "os Il$use Seara+ermela, para uma eplcita a!"o ideolgica'partid$ria,

    conforme os preceitos do

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    J[ 3A97 3rmula que molda quase todos os romances da J[ fase =

    A1:7NA\U?

    )?N9):7N6:]A\U?

    A\U?

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    ? romantismo revolucion$rio

    Ao propor a cria!"o de um romance prolet$rio,(orgeAmadoesbarrou em um problema fundamental nas

    fa&endas de cacau havia o trabalhador rural cl$ssico,eplorado pelo coronel latifundi$rio.

    J[ 3A97

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    )ontudo, na cidade (9alvador+ o prolet$rio, no sentidomarista, o trabalhador de f$brica (ind2stria+, n"o eistia.9em oper$rios de fato,(orge Amadoos su)s#i#ui /ormarginais ou semimarginais. Assim, seus romancesur)anos s4o /o+oa"os /or +aga)un"os, malan"ros,

    5oga"ores, /ros#i#u#as, meninos "e rua, marineiros, gen#esem ocu/a94o "e7ni"a.

    J[ 3A97

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    7ssa ideali&a!"o da vida populartradu&'se nasuperioridade tica dos marginais, transformados emheris eemplares da nova sociedade que estaria prestesa nascer.

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    Apela ent"o para o melodrama, criando situa!es de umsentimentalismo inverossmil e pattico, ou utili&a umestilo potico, em que dominam imagens referidas ao mar,I lua, I noite, I tempestade e ao vento. 6roca ainconsistncia psicossocial dos personagens Epor um

    redemoinho de imagensF.

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    JOR2 A5ADO

    1Q =AS2: Erras &o sm im (194#). A "ua &os

    Kcoron;isL p"a poss &a rra boapara o cacau

    S,o Jor* &os 3";us (1944). A cris&a soci&a& cacauira o &omnioconmico &a bur*usia @pora&ora(con8&o mais upico)

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    JOR2 A5ADO 1Q =AS2: Sara >rm"a (1946). Aban&ono &a 7ona &o cacau

    &a ci&a& & Sa">a&or para rraar o sr,o baiano .ra*;&ias & uma am"ia & sranos >ima &a sca &o "ai8n&io . sui>

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    &ERRAS ;O SEM c!"o de Amado.

    ? Eromance prolet$rioF substitudo por uma narra#i+ais#-rica cen#ra"a na lu#a "os coron$is "o cacau /ela

    /osse "as #erras ain"a "e+olu#as "esocu/a"as> "o sul "aBaia.

    &ERRAS ;O SEM

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    :magina!"o criadora.

    A generosidade humana do autor que se coloca ao ladodos setores marginais, em especial os negros repudiadospelas elites brasileiras.

    ? conhecimento aparentemente inesgot$vel das formasde vida das camadas populares.

    4egistro dos costumes, dos ofcios, dos modos de ser eagir, da religiosidade e das estratgias de sobrevivnciado povo baiano.

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    ? incontest$vel valor documental, presente na elabora!"ode grandes painis da sociedade cacaueira quanto na>a!"o da cultura afro'brasileira.

    A magn>ca capacidade de criar tipos humanos primitivosque vivem de acordo com os seus instintos e emo!es.

    A saud$vel obscenidade na linguagem e nos atos dospersonagens.

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    7stilo cru (linguagem+ carregado de palavres e

    desabusada (atrevida+ descri!"o dos deseos seuais =protesto libert$rio contra os falsos pudores e o falso decorodas classes privilegiadas.

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    JOR2 A5ADO

    S2NDA =AS2: abri"a/ cra>o can"a - Os>"os mariniros - Ersa !aisa/ cansa&a &*urra/ Dona ="or sus &ois mari&os/ Eia &o

    a*rs/ c

    is,o anaruisa - &boca&a B Hin*ua*mpopu"ar

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    ?ABRIELA, CRA(O E CANELA

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    ?ABRIELA, CRA(O E CANELA(JLRK+

    ;ecadncia do poder desptico dos coronis do cacau =progresso / atraso.

    (orge Amadoatenua o maniquesmo anterior. 9uacompreens"o mais profunda do tecido social e daeistncia pessoal leva'o a humani&ar coronis eburgueses e a descon>ar da voca!"o revolucion$ria dasmassas.

    ?ABRIELA, CRA(O E CANELA

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    ?ABRIELA, CRA(O E CANELA(JLRK+

    (orge Amado impregna seu relato de umorprimo "o"e)oce, "a 2arsa com #ra9os "e o)sceni"a"e.

    A personagem Gabriela, em sua rebeldia instintiva contrao moralismo de fundo patriarcal'religioso, antecipa algunsdos novos valores comportamentais que come!avam a serconcebidos no pas, ao >nal dos anos R.

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    impossvel esquecer que oromance foi escrito durante ogoverno de((JLR^'JL^+, que

    gerou grandes esperan!as nopas (depois esmagadas pela;itadura #ilitar de ^Q+. ?a)riela,cra+o e canela, portanto, a

    principal epress"o esttica davis"o otimista daquele perodo.

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    bra, alegria, autenticidade esolidariedade.9"o Edeposit$rios da liberdade humanaF=

    ce$ebra*+o quase anarquista do individua$ismo dascamadas popu$ares"

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    =3CTUO CONE25PORVN2A35ARU2S ROSA

    FCHAR3C2 H3SP2CEOR

    A 2RATUO D2 4'(194' - 19$0)

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    JOUO 35ARU2S

    ROSAO!RAS: Romanc : ran& sr,o: >r&as (19'6)- Conos:

    Sara*ana (1946)% Primiras srias (196?)% Euma;ia(196$)% 2sas srias (1969) - No>"as: Corpo & bai"(5anu"7,o 5i*ui"im/ No rubuuau/ No Pin;m/Nois &o sr,o) 19'6

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    A9 64A%799:A9

    A tentativa de captar a essncia das coisas no tumulto davida cotidiana, fa& o homem mergulhar em incerte&as,verdades provisrias e d2vidas metdicas... :nterroga,

    ent"o, o mundo e a si mesmo em busca de uma ra&"opara a eistncia = a travessia metafsica (interior+.

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    RAND2

    S2REUO:2R2DAS(19'6) P"ano &o passa&o.=oca"i7a as @prissia @rior/ por um sr,o ra"/ como umara>ssia inrior/ u ">a o proa*onisa aoauoconcimno A prcp+,o & si msmo sur* &oconao com ouros omns/ m spcia" com Dia&orim. o amor B rm*ns . o &io

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    S2REUO:2R2DAS(19'6) ;o ponto de vista narrativo, todas as eperincias do passados"o discutidas no presente, por 4iobaldo, mediante umconunto de angustiadas interroga!es sobre o destinoindividual e a condi!"o humana, sobre ;eus e o diabo, sobre

    o amor e o dio, sobre a passagem do tempo e a morte, etc.;essa forma, passado e presente, em permanentecontraposi!"o, formam a totalidade da obra.

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    S2REUO:2R2DAS(19'6) )onclus"o _ medida que a racionalidade das sociedadesmodernas avan!a, o pensamento mtico'sacral, ou m$gico,tende a dissolver. Assim, em ?ran"e ser#4o+ere"as, o diabo um personagem fundamental, no plano do passado,

    dentro do universo sacral em que se movem os agun!os. *$no plano presente, quando conta sua vida ao "ou#or,Rio)al"otende a negar a eistncia do dem0nio.

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    (19?0 - 19$$)

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    CHAR3C2 H3SP2CEOR

    (19?0 - 19$$) Romancs: Pro &o cora+,o s">a*m (1944)% O "usr

    (1946)% A ci&a& siia&a (1949)% A ma+a no scuro(1961)% A pai@,o s*un&o (1964)%maaprn&i7a*m ou o Hi>ro &os pra7rs (1969)% G*ua >i>a(19$#)%A ora &a sr"a (19$$)- Conos: Ha+os &

    am"ia (1960)%A "*i,o sran*ira (1964)% ="ici&a&c"an&sina (19$1)% c

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    A 7/:96ZN):A

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    A 7/:96ZN):A

    9SB*76:%A :nteresse em desvelar a eistncia subetiva dos

    personagens, relegando a histria propriamente dita a umplano secund$rio. #ais do que a intriga, predominam as

    inusitadas eperincias psquicas e as impresses fugidiasdos personagens despertadas pela realidade.

    ? #?NX1?G?

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    ? #?NX1?G?

    :N674:?4 Stili&a!"o constante do monlogo interior, isto , de ummonlogo n"o pronunciado, que se desenrola apenas namente dos personagens. ? monlogo interior, em suaacep!"o plena, epe labirnticos 5uos de conscinciados

    personagens, permitindo ao >ccionista o registro dosconte2dos mais sutis e profundos da alma humana.

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    A 7ca o relato de uma eperincia que

    mostra toda a for!a de inusitada revela!"o. a percep!"o deuma realidade atordoante quando os obetos mais simples, osgestos mais banais e as situa!es mais cotidianas comportam

    s2bita ilumina!"o na conscincia dos >gurantes. Ao dar'se aepifania, a conscincia do indivduo se abre para outrarealidade.

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