Romantismo em Portugal

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Romantismo em portugal

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Page 1: Romantismo em Portugal

LITERATURA II

ROMANTISMO:

*ROMANTISMO EM PORTUGAL

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O triunfo da paixão:

As primeiras manifestações do Romantismo surgiram por volta da metade do século XVIII, na Escócia e na Inglaterra, quando alguns escritores passaram a falar da natureza e do amor num tom bem pessoal e melancólico, fazendo da literatura uma forma de desabafo sentimental. Além disso, voltaram-se para os tempos medievais, época da formação de suas nações, valorizando os heróis e as tradições populares, numa reação à cultura aristocrática que ainda vigorava.

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ROMANTISMO EM PORTUGAL

O marco inicial do Romantismo português é a publicação, em Paris, do poema Camões, em 1825, em que o autor Almeida Garret, fez uma espécie de biografia sentimental do famoso poeta-soldado. Mas o Romantismo firmou-se como movimento literário só a partir de 1836, com a criação da revista Panorama, na qual foram publicados textos já claramente românticos de importantes escritores portugueses.

Os principais autores do Romantismo em Portugal são: Almeida Garret, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco e Júlio Diniz.

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CONTEXTO HISTÓRICO DO ROMANTISMO EM PORTUGAL

Portugal não se isolou dos demais países europeus no que diz respeito às transformações sociopolítico-econômicas que se seguiram à Revolução Francesa. Podemos destacar os seguintes fatos:

Substituição da monarquia absolutista pelo liberalismo;

Vinda da família real para o Brasil, em 1808, fugindo da invasão francesa;

Independência do Brasil, com reflexos na economia portuguesa

Constituição portuguesa de 1822 de caráter liberal

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Volta ao passado (Idade Média)

Subjetivismo

Sentimentalismo

Culto à natureza

Liberdade criadora

Idealização do sonho e da mulher

Fé e cristianismo

Ânsia de reformas

Linguagem Popular

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PRINCIPAIS AUTORES DO ROMANTISMO PORTUGUÊS

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O Romantismo português pode ser dividido em três fases, a partir da forma como seus

principais poetas escreviam.

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1ª FASE

Escritores com características ainda neoclássicas (1825 à 1840)

• Alexandre Herculano (1810 – 1877)

Obras: “O Lobo” (1843); “Eurico, o presbítero” (1844), “O Monge de Cister” (1848); “Lendas narrativas” (1851)

• Antônio Feliciano de Castilho (1800 – 1875)

Obras: “A noite do Castelo” (1836); “Os ciúmes do bardo” (1836)

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• Almeida Garret

Almeida Garret nasceu em 1799. Nascido no Porto, foi para Lisboa em 1816 cursar Direito. Foi na faculdade que conheceu os ideais do movimento liberal. Já na capital, lançou “O Retrato de Vênus” dois anos depois, é a primeira versão da obra. Por conta do poema, foi acusado de ateu e imoral.

O jovem com aspirações políticas fez parte da revolução liberal em 1820. Três anos depois, com a volta do absolutismo, foi morar na Inglaterra, exilado. O lado positivo do exílio foi a descoberta de autores importantes da literatura inglesa, como Shakespeare, e do romantismo, que viria a marcar sua obra.

Ficou na Inglaterra por um ano e foi para a França. Foi nesse período que escreveu a obra que marcou o começo do romantismo português, “Camões”. Voltou para terras portuguesas em 1826 e passou a trabalhar como jornalista.

Morreu aos 55 anos.

Obras: “Camões” (1825); “Viagens na minha terra” (1846); “Dona Branca” (1826); “Folhas caídas” (1853)

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2ª FASE

Escritores plenamente românticos.

• Soares de Passos (1826 – 1860)

Obras “Poesias” (1855)

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• Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco nasceu em 1825. Órfão de mãe quanto tinha pouco mais de 1 ano e de pai aos 10 anos, sua educação ficou nas mãos de parentes. Seguiu para o Porto de depois para Coimbra, a fim de estudar Medicina. Entregue à boemia e à vida amorosa, não conseguiu concluir o curso. Viveu algum tempo em Vila Real, onde conheceu uma jovem mulher com que teve uma relação antes de enviuvar da primeira esposa. Acusado de bigamia, foi preso por alguns dias. Sua inquietação e espírito aventureiro fizeram com que logo se cansasse e procurasse outro amor. Durante a vida, Camilo chegou a ser preso outra fez, acusado de adultério. Foi na prisão que escreveu seu célebre romance Amor e perdição. Suicidou-se em 1890 devido a problemas familiares e de saúde.

Obras: “Amor e perdição” (1862); “Amor de salvação” (1864); “A doida do candal” (1867)

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3ª FASE

Escritores de um romantismo mais contido. (A partir de 1860). Período de transição para o Realismo.

• João de Deus (1830 – 1896)

Obras: “Campo de Flores” (1893)

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• Júlio Dinis (1839 – 1871)

Joaquim Guilherme Gomes Coelho, mais conhecido pelo pseudônimo Júlio Dinis, nasceu no Porto em 1839. Quando tinha cerca de seis anos de idade, a mãe de Júlio Dinis faleceu com a doença que se iria tornar na mais infeliz herança da família – a tuberculose –, a qual também tirou a vida aos seus oito irmãos e, mais tarde, a si próprio.

Formou-se em Medicina. Depois de ter terminado o curso, logo pensou em seguir a carreira de professor, porque considerava a profissão de médico de grande responsabilidade. A sua carreira foi interrompida por diversas vezes devido à doença de que sofria, que o obrigava a mudar-se para ambientes rurais. Foi em um destes ambientes, em 1863, que começou um novo tipo de romance - o romance rural. Até então, suas obras tinham um carácter lírico, novelístico e de romance citadino. Utilizou pela primeira vez o pseudónimo Júlio Dinis em 1860, quando enviou suas poesias a uma revista literária. Ninguém sabia quem era Júlio Dinis, mas todos gostaram dos poemas.

Júlio Dinis morreu em 1871, Já há algum tempo que se encontrava confinado a uma cama, mal conseguindo andar.

Obras: “As pupilas do senhor reitor” (1867); “A morgadinha dos canaviais” (1868); “Uma família inglesa” (1868); “Os fidalgos da casa mourisca” (1871)

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