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Santa Maria, RS 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO Rosiéli Cherobini Ruviaro UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISE DO USO E COBERTURA DO SOLO

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Santa Maria, RS 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO

Rosiéli Cherobini Ruviaro

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISE DO USO E COBERTURA DO SOLO

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Santa Maria, RS 2016

Rosiéli Cherobini Ruviaro

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISE DO USO E

COBERTURA DO SOLO

Relatório de habilitação profissional apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento da Universidade Federal de Santa Maria - RS, como requisito parcial para obtenção do grau de Tecnóloga em Geoprocessamento.

Orientador: Dr. Elódio Sebem

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Santa Maria, RS 2016

Rosiéli Cherobini Ruviaro

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISE DO USO E

COBERTURA DO SOLO

Relatório de habilitação profissional apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento da Universidade Federal de Santa Maria - RS, como requisito parcial para obtenção do grau de Tecnóloga em Geoprocessamento.

Aprovado em 19 de Outubro de 2016:

__________________________________ Elódio Sebem, Dr. (UFSM)

(Presidente/Orientador)

__________________________________

Valmir Vieira, Dr. (UFSM)

__________________________________ Claire Delfini Viana Cardoso, Dr.ª (UFSM)

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Santa Maria, RS 2016

Rosiéli Cherobini Ruviaro

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISE DO USO E

COBERTURA DO SOLO

Relatório de estágio realizado na Plátano Soluções Ambientais LTDA.

Aprovado em 19 de Outubro de 2016:

__________________________________ Elódio Sebem, Dr. (UFSM)

(Presidente/Orientador)

__________________________________

Franciéli de Lima Sarmento (Supervisora da Empresa)

__________________________________ Rosiéli Cherobini Ruviaro

(Estagiária)

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RESUMO

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISE DO USO E COBERTURA DO SOLO

AUTOR: Rosiéli Cherobini Ruviaro ORIENTADOR: Elódio Sebem

O estágio obrigatório Supervisionado, como requisito parcial para a formação no Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento da UFSM, foi desenvolvido na Plátano Soluções Ambientais LTDA totalizando 300 horas, a empresa é localizada no município de Santa Maria (RS). Teve como objetivo principal aprimorar conhecimentos obtidos durante o curso, aperfeiçoando na prática. As atividades desenvolvidas no estágio foram produção de mapas temáticos de propriedades rurais, elaboração de plantas, análise ambiental do uso do solo, cadastro rural ambiental (CAR) e processos de licenciamento ambiental. Palavras-chave: Geoprocessamento. Uso do solo. Mapas temáticos.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa de Localização do Empreendimento. ............................................. 17

Figura 2 – Imagem de satélite obtida no Google Earth. ............................................ 18 Figura 3 – Imagem do processo de georreferenciamento. ........................................ 19 Figura 5 – Mapa de acesso à propriedade. ............................................................... 21 Figura 6 - Mapa Temático da Propriedade Rural. ...................................................... 22 Figura 7 – Mapa da área de preservação permanente. ............................................ 24

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tabela quantitativa de áreas. ................................................................... 23

Tabela 2 – Áreas de APPs. ........................................................................................ 25

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APPs Áreas de Preservação Permanente

CAR Cadastro Ambiental Rural

FEPAM Fundação Estadual de proteção Ambiental Luis Roessler/ RS

GPS Sistema de Posicionamento Global

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

HA Hectare

NBR Norma Brasileira

RS Rio Grande do Sul

SIG Sistema de Informação Geográfica

SIRGAS Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas

UFSM Universidade Federal de Santa Maria

UTM Universal Transverse Mercartor

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10

1.1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 10 1.2 HISTÓRICO DA EMPRESA ....................................................................... 10 1.3 OBJETIVOS DO ESTÁGIO ......................................................................... 11 1.3.1 Objetivo geral ......................................................................................... 11 1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................. 11

2 REVISÃO LITERATURA ............................................................................... 12 2.1 CARTOGRAFIA .......................................................................................... 12 2.2 GOOGLE EARTH E IMAGENS DE SATÉLITE .......................................... 12 2.3 GEORREFERENCIAMENTO ..................................................................... 13

2.4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA ......................................... 13 3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 15 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 17 4.1 LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE RURAL ............................................ 17

4.2 GEORREFERENCIAMENTO DA IMAGEM NO GOOGLE EARTH ............ 18 4.3 LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE SOBRE A CARTOGRAFIA OFICIAL 19 4.4 MAPA DE ACESSO .................................................................................... 20

4.5 MAPA TEMÁTICO ...................................................................................... 21 4.6 ADEQUAÇÃO AO CADASTRO AMBIENTAL RURAL, SEGUNDO A LEI 12.651/12 (BRASIL, 2002) ............................................................................... 23

5 CONCLUSÕES ............................................................................................. 26 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 27

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1 INTRODUÇÃO

O estágio curricular foi desenvolvido na empresa Plátano Soluções

Ambientais Ltda, tendo por objetivo nos colocar em situação de como realmente é o

funcionamento de uma empresa, abrangendo a área administrava e produção.

Foram elaborados mapas que representam o uso e ocupação do solo e percebeu-se

a preocupação com o meio ambiente.

O estudo sobre uso e ocupação do solo é um fator importante, pois com a

ocupação do homem que habitua ao seu ambiente ele propicia a modificação do

meio em que vivemos, causando grandes impactos ambientais. O solo e a água são

os principais elementos levados em consideração, pelo fato de ocupação

desordenada causando deteriorações e implicando negativamente nos recursos

hídricos.

As análises desenvolvidas descritas no presente relatório são elaboradas com

o auxílio de ferramentas de geotecnologias que são importantes nesse processo de

transformar os dados em mapas temáticos.

No relatório consta, primeiramente, a introdução, a qual explica a sequência

do mesmo. Em seguida a justificativa, escolha da empresa, o histórico, objetivos, a

revisão bibliográfica, os materiais e métodos utilizados e finalmente a conclusão.

1.1 JUSTIFICATIVA

O estágio tem grande importância pois proporciona um maior conhecimento

na área, através da execução de atividades. É possível perceber a relação entre a

teoria, apresentada durante o curso, com a prática, possibilitando desta forma um

crescimento pessoal e profissional.

A escolha da empresa deu-se pela importância do uso do geoprocessamento

com a área ambiental, que permite através das ferramentas analisar áreas e

diagnosticar possíveis impactos ambientais.

1.2 HISTÓRICO DA EMPRESA

A Plátano Ambiental é uma empresa de consultoria que presta serviços de

engenharia e meio ambiente, tais como avaliação de impactos ambientais, agentes

poluidores e utilizadores de recursos naturais.

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A empresa foi fundada em outubro de 2010, a partir da grande demanda de

serviços na área rural. Posteriormente, expandiu-se na prestação de serviços para a

área industrial. Em 2013, foi aprovada no edital de entrada na incubadora

Tecnológica do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA).

Atualmente, a empresa localiza-se no município de Santa Maria (RS), na

Avenida Rio Branco, número 639, sob direção do Engenheiro Ambiental Vitor

Bolzan. As áreas de atuação são: Licenciamento Ambiental, Topografia e Cadastro

Ambiental Rural-CAR.

1.3 OBJETIVOS DO ESTÁGIO

1.3.1 Objetivo geral

O objetivo foi colocar em prática o que foi vivenciado em sala de aula,

possibilitando um maior conhecimento na área, buscando evolução profissional e

crescimento pessoal para o mercado de trabalho.

1.3.2 Objetivos específicos

Identificar as áreas de acesso a localização da propriedade;

Analisar o uso e a cobertura do solo.

Gerar Mapas Temáticos com o auxílio de técnicas de geoprocessamento;

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2 REVISÃO LITERATURA

2.1 CARTOGRAFIA

A Cartografia é um conjunto de atividades científicas, tecnológicas e artísticas,

cujo objetivo é a representação gráfica da superfície terrestre e de todo o universo

(FILHO, 2004).

Para Silva (2004) a Cartografia é o grande elo entre qualquer rede de

aquisição, tratamento e representação de dados, resultado do final de todo processo

de levantamento preciso e de bom efeito visual, que é o mapa destinado ao usuário.

A Cartografia Digital trouxe uma nova estruturação dos dados, ampliando o espectro

da ciência da computação, da matemática e da cartografia clássica, atraindo outros

profissionais, muitos deles, ligados às outras disciplinas que concorrem à tecnologia

SIG.

Segundo Castrogiovanni (2010), Cartografia é o conjunto de estudos e

operações lógico-matemáticas, técnicas e artísticas que a partir de observações

diretas e da investigação de documentos e dados, intervém na construção de

mapas, cartas, plantas e outras formas de representação, bem como no seu

emprego pelo homem. Assim, a cartografia é uma ciência, uma arte e uma técnica.

2.2 GOOGLE EARTH E IMAGENS DE SATÉLITE

O Google Earth possibilita diversas aplicações, como: combinações de

imagens de satélite com mapas temáticos, sobreposição de camadas de um Sistema

de Informações e a consulta de lugares de interesse. Além disso, o Google Earth

permite que algumas informações sejam adicionadas pelo usuário e disponibilizadas

na internet através da Google Earth Community, como por exemplo, fotografias de

todo o planeta como lugares de interesses, facilitando assim uma escrita sobre a

cidade e a criação de uma forma de mapeamento comunitário (PILLAR, 2006).

Segundo Neto (2016) o Google Earth pode ser usado como um simples

gerador de mapas bidimensionais e imagens de satélite ou como um simulador das

diversas paisagens presentes no Planeta Terra. Podendo identificar lugares, cidades,

paisagens, entre outros.

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2.3 GEORREFERENCIAMENTO

O ato de georreferenciar é uma tecnologia que vem sendo incorporada à

gestão territorial para garantir a legalidade da propriedade rural. O

georreferenciamento é relacionado com um sistema SIGs (Sistema de Informação

Geográfica) baseado no relacionamento de entidades gráficas com atributos não

gráficos (banco de dados), permitindo análises complexas que considera a

referência espacial (posição e por seguintes coordenadas). O termo

“georreferenciar” pode ser definido como estabelecimento uma referência espacial

(coordenadas x, y, z) a um determinado elemento gráfico ou não gráfico de um

sistema de informações. Na definição do Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária – INCRA, o georreferenciamento é um sistema que garantirá a

medição precisa e atualizada dos imóveis (INCRA, 2010).

O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é um sistema de navegação

baseado em satélite composto por uma rede de 24 satélites colocados em órbita. As

respectivas estações terrestres são gerenciadas pelo Departamento de Defesa dos

EUA (DoD). Foi criado em 1973 para uso militar, e a partir dos anos 80 teve seu uso

por civis liberado, porém, com algumas restrições (UNSW, 2010).

2.4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Um Sistema de Informação Geográfico-SIG funciona como uma base de

dados que facilita a representação do espaço e dos fenômenos que nele transcorre,

permitindo por exemplo, a visualização de localização exata, modelos e

computadores ligados que trabalham em conjunto para que, em muitos aspectos,

eles possam ser vistos como um único sistema, indicando dinâmicas em

determinada região ou o cálculo de rotas entre um ponto e outro no mapa (PILLAR,

2006).

SIG são sistemas automatizados usados para armazenar, analisar e

manipular dados geográficos, ou seja, dados que retratam objetos e fenômenos em

que a localização geográfica é uma característica ligada a informação e

indispensável para analisá-la. É um sistema computacional composto de softwares e

hardwares, que proporcionam a integração entre bancos de dados alfanuméricos

(tabelas) e gráficos (mapas), para o processamento, análise e saída de dados

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georreferenciados. Os produtos criados são arquivos digitais contendo Mapas,

Gráficos, Tabelas e Relatórios convencionais. (VIEIRA, 2002).

Vieira (2002) complementa que SIG é um conjunto de ferramentas

computacionais composto que por meio técnico faz a integração dos dados, pessoas

e instituições, tornando possível a coleta, armazenamento, processamento, a análise

e a disponibilização, a partir de dados georreferenciados, visando maior facilidade,

segurança e agilidade nas atividades humanas referentes ao monitoramento,

planejamento e tomada de decisões relativas ao espaço geográfico.

Existe também a definição de SIG que, além do aspecto da informatização,

engloba o aspecto equipamentos. O SIG é usado de modo geral para qualquer

capacidade de manipulação de dado geográfico e inclui não somente equipamento e

programas, mas também dispositivos especiais usados para inserir e gerar mapas e

criar produtos de mapas, junto com o sistema de comunicação necessário para ligar

esses elementos (BERNHARDSEN, 1999).

O SIG pode oportunizar a identificação de áreas e seus potenciais para usos

em diferentes aplicações, como por exemplo, planejamento e ordenação territorial.

Outros tipos de aplicações são importantes para gerar diversas informações sobre

assuntos específicos (AWADALLAK, 2008).

O SIG propriamente dito pode ser tomado como a combinação de hardware, software, dados, metodologias e recursos humanos que operam de forma coerente para produzir e analisar informações geográficas. Parte dos recursos humanos é formado pelo usuário do SIG, na realidade um especialista que [sic] coleta, manuseia, armazena, recupera, examina e gera novas informações georreferenciadas num ambiente computacional para solucionar problemas de planejamento e gerenciamento (MELO, 2012).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

O Mapa Temático elaborado na propriedade do munícipio de São Vicente do

Sul, encontra-se em diferentes escalas, expressam um raio de 1000 Km². O mapa é

derivado do processo de vetorização e obtenção dos seguintes dados: as cartas do

exército, dados vetoriais do site do IBGE e Biblioteca da FEPAM e imagens orbital -

GeoEye-1 (Resolução Espacial: 50 cm). Os dados possuem informações

georreferenciadas com coordenadas UTM e Datum SIRGAS 2000 e para as

informações obtidas a campo são utilizados aparelhos GPS de navegação. Foram

utilizados também o Software ArcGis 10.2, o aplicativo Google Earth, Microsoft Excel

2010 e o Software TrackMaker Pro.

No decorrer do estágio, foram realizadas pesquisas, relacionadas a SIG, para

obtenção de uma fundamentação teórica necessária para maior conhecimento em

análise de imagens. Na empresa foi desenvolvido mapas do uso do solo, que foram

georreferenciados, a partir das coordenadas obtidas do Google Earth.

Primeiramente, a campo foram coletados os pontos (coordenadas) através do

GPS Garmin Extrex 10. Para o georreferenciamento da imagem de satélite, baixou a

imagem do Google Earth da referente área de estudo, foram utilizados 4 pontos de

apoio, inserindo as coordenadas X e Y no mesmo local na imagem ArcGis.

Na realização da delimitação do município foi criado através da seleção por

atributos, gerando um shapefile com o nome do município. Para o recorte da

imagem foi utilizada a ferramenta Extract By Mask, projetou-se a imagens e foi feita

a vetorização da propriedade, após foi calculada a sua área. Após dá-se início a

vetorização na imagem das categorias (água, área agricultável, banco de areia,

estradas, cultura de arroz, eucalipto, mata nativa, vegetação rasteira) criando shapes

para cada uso do solo, calculou a área e a porcentagem de seu respectivo shape

através da ferramenta Calculate Geometry.

Para o georreferenciamento da carta topográfica criou uma nova data frame, a

qual foi inserida duas cartas topográficas a qual apresentava a propriedade, para a

união foi usado a ferramenta Mosaic to new Raster para a criação de um mosaico,

foi georreferenciada a partir das coordenadas presente na própria carta, cortou-se a

imagem através de Extract By Mask, após fazendo a vetorização da propriedade.

Para o mapa temático foram adicionados os shapefiles, com a cor categoria

que representa o uso do solo e adicionou o mapa a um layout. Para o mapa de

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acesso foi feito a vetorização das vias de acesso e calculado o segmento da estrada

de chão e da rodovia.

Para o mapa de APP, foi gerado buffer do rio Ibicuí com 30 metros de largura

e após utilizou-se a ferramenta Calculate Geometry para o cálculo das áreas.

Também foi gerado buffer para as outras Apps que compõem a propriedade, como a

vegetação, vegetação rasteira e banco de areia.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE RURAL

O mapa de localização representa o município de São Vicente do sul, em

pequena, média e grande escala. No mapa também está representado a divisa

municipal, áreas urbanizadas e a propriedade representada na figura 1.

Figura 1 – Mapa de Localização do Empreendimento.

Fonte: Plátano Ambiental

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4.2 GEORREFERENCIAMENTO DA IMAGEM NO GOOGLE EARTH

Para o processo de georreferenciamento, primeiramente, baixou-se a imagem

do Google Earth e insere no ArcGis, após utilizando 4 pontos de apoio no Google

Earth pegando as coordenadas e inserindo na mesma localização da imagem no

ArcGis.

Para o processo e também usou-se a ferramenta Extract By Mask para o

recorte da imagem. O resultado do processo de georreferenciamento é apresentado

na figura 2.

Figura 2 – Imagem de satélite obtida no Google Earth.

Fonte: Plátano Ambiental

O mapa é o resultado do georreferenciamento, a imagem de satélite foi delimitada em torno da propriedade de estudo e recortada (Figura 3).

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Figura 3 – Imagem do processo de georreferenciamento.

4.3 LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE SOBRE A CARTOGRAFIA OFICIAL

Na carta topográfica (Figura 4), foi feita representação da propriedade através

da vetorização. Nela podemos notar a presença de curvas de nível, a qual possibilita

a identificação do relevo, altitude.

Fonte: Plátano Ambiental

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Fonte: Plátano Ambiental

4.4 MAPA DE ACESSO

A rota de acesso é representada pelo mapa e tem o objetivo de facilitar o

acesso à propriedade. Foi feito através da vetorização das vias de acesso, o ponto

de saída até a propriedade tem um total de 47,12 Km, sendo 26,2 Km de rodovia

asfaltada e 20, 93 de estrada de chão (Figura 5).

Figura 4 – Recorte da Propriedade Rural da Carta do Exército

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Fonte: Plátano Ambiental

4.5 MAPA TEMÁTICO

O Mapa Temático da propriedade foi elaborado a partir da vetorização do uso

do solo que está contida na propriedade.

Os resultados da vetorização do uso da terra podem auxiliar no

acompanhamento das mudanças e organização do espaço (Figura 6).

Figura 4 – Mapa de acesso à propriedade.

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Figura 5 - Mapa Temático da Propriedade Rural.

Fonte: Plátano Ambiental

As ocupações presentes na propriedade correspondem a categorias presente

na tabela, com sua correspondente área e sua porcentagem. A maior parte do uso

do solo é de mata ativa com 382,57 ha correspondendo 45,43 % (tabela 1), seguindo

a cultura de arroz que apresenta 234,74 ha, ou seja, 27,87 % da área total.

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Tabela 1 – Tabela quantitativa de áreas.

Categoria Área (ha) Porcentagem (%)

Água 21,50 2,55

Área agricultável 103,24 12,26

Banco de areia 14,78 1,76

Estradas 4,45 0,53

Cultura de arroz 234,74 27,87

Eucalipto 2,67 0,32

Mata nativa 382,57 45,43

Vegetação rasteira 78,17 9,28

Total 842,12 100

Fonte: Plátano Ambiental

O uso do solo da propriedade em destaque são: Área agricultável, Cultura de

arroz e Mata nativa, correspondente a maiores áreas.

Para a propriedade em análise são necessários 168, 42 ha (20%) de Reserva

Legal. A propriedade possui 382,57 ha em Mata Nativa, ou seja, 214,15 ha a mais do

necessário, podendo o produtor utilizar o excedente como Reserva Legal, ou seja,

cedendo para outro proprietário.

4.6 ADEQUAÇÃO AO CADASTRO AMBIENTAL RURAL, SEGUNDO A LEI 12.651/12 (BRASIL, 2002)

De acordo com a lei 12.651/12, as áreas de mata ciliar aos redores dos lagos

e lagoas naturais devem ser preservadas e a quantidade de área deve ser

preservada de acordo com seus módulos fiscais.

O Mapa de Apps representa as áreas em torno do Rio Ibícui, a partir de 30

metros de largura são consideradas área permanente preservada (Figura 7).

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Figura 6 – Mapa da área de preservação permanente.

Fonte: Plátano Ambiental

No mapa está representado em destaque, o banco de areia e vegetação

rasteira que são áreas que estão dentro dos 30 metros de largura do Rio Ibicuí

considerada Áreas de Preservação Permanente.

Foram calculadas as ocupações de uso do solo para as áreas de APP de 30m

entorno aos corpos d’água e ao longo do rio Ibicuí. Consideramos também 30m

entorno ao banco de areia como área de APP. Podemos observar os resultados das

áreas e sua porcentagem na Tabela 2.

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Tabela 2 – APPs.

APP Área (ha) Uso do Solo na APP Área (ha)

Banco de areia 7,732 Água 0,741

Rio Ibicuí 3,291

Vegetação Rasteira 1,526

Vegetação 2,174

Ibicuí/Água 42,350 Banco de Areia 3,518

Vegetação Rasteira 7,672

Vegetação 30,184

Lavoura 0,976

Fonte: Plátano Ambiental

Para estas duas APPs consideradas temos 50,082ha, ou seja, 5,95% da área

total da propriedade. Considerando o uso do solo nas APPs apenas 1,94% (0,976ha)

dos 50,082ha estão sendo utilizados com lavouras e seu uso deveria ser modificado

para cumprir a legislação ambiental.

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5 CONCLUSÕES

O Mapeamento de uma propriedade rural tem grande importância para

diversos processos como inventários, licenciamento, memoriais descritivos,

certificação. Para isso são utilizadas as ferramentas de geotecnologias, tais como

topografia, visitas a campo, análise do local e uso de softwares específico.

O estágio curricular supervisionado na empresa Plátano Ambiental,

proporcionou aprimorar conhecimentos, devido às atividades realizadas na empresa,

como o auxílio diversos de execuções de atividades e orientação no conhecimento

voltado para área ambiental.

Com as técnicas utilizadas e as orientações no estágio tive a capacidade para

a identificação de áreas de acesso através de técnicas de geoprocessamento,

análise do local, interpretação dos dados e elaboração dos mapas.

O curso de Tecnologia em Geoprocessamento proporcionou conhecimentos,

orientações, ensinamentos e oportunidades que contribuíram para o crescimento

profissional e pessoal.

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REFERÊNCIAS

AWADALLAK, apud TRINDADE, F. S. O uso dos softwares livres de SIG como ferramenta de apoio ao ensino de Geografia no nível fundamental: Um estudo de caso a partir da elaboração de um mapa temático sobre Áreas de Risco através do software “TerraView” Monografia (Bacharel em Geografia) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG, 2012.

BERNHARDSEN, apud MIRANDA J.I. Fundamentos de Sistemas de Informações Geográficas p.25.1ªEd. Embrapa Informação Tecnológica. Brasília, DF, 2005.

CASTROGIOVANNI, apud PETRY, M. O ensino de geografia de Santa Catarina: uso dos recursos cartográficos do livro didático na prática docente no quinto ano do ensino fundamental Monografia (Curso de especialização em Ensino de Geografia) Fundação Universidade Regional de Blumenal, Blumenal- SC, 2010.

FEPAM- Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente. Disponível em:<http://www.fepam.rs.gov.br/> Acesso em :31 ago. 2016.

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