Rota Brasília - Ano I Edição I - 2015

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Brasília é sede do maior São João do Cerrado: festa junina, forró e culinária nordestina marcam presença no evento Aviões do Forró declara que Brasília é a capital do forró fora do nordeste Conheça a Miami brasileira Maragogi é exemplo em boas práticas O forró nordestino é cultura em Brasília Rota Brasília Ano 1 - Edição 1 - 2015

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Brasília é sede do maior São João do Cerrado: festa junina, forró e culinária nordestina

marcam presença no evento

Aviões do Forró declara que Brasília é a capital do

forró fora do nordeste

Conheça a Miami brasileira

Maragogi é exemplo em boas práticas

O forró nordestino é cultura em Brasília

Rota Brasília

Ano 1 - Edição 1 - 2015

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CIDADES NORDESTINAS

Itacaré: O paraíso do surf no litoral baiano

Campanha de Maragogi está entre boas práticas do Brasil

Fortaleza: A Miami brasileira

Porto de Galinhas atrai milhares de visitantes pela beleza de suas piscinas naturais

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Nordeste em Brasília Página

Tradições e culturas do nordeste invadem a capital federal

Brasília tem música nordestina? Brasília tem muito forró e alegria

Um nordestino, uma receita e uma vontade de vencer

Mais que alimentação uma história gastronômica

Brasília é a capital do forró fora do nordeste, afirmam Sol e Xand

Casa do Cantador mantêm viva a cultura nordestina no Distrito Federal

Cardápio moderno e com sotaque nordestino é um dos diferenciais da rede de franquias brasiliense

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Rota BrasíliaSumário

EditorialO objetivo da linha edito-rial da Revista Rota Bra-sília é divulgar destinos turísticos do Brasil, infor-mando o leitor com dicas, passeios, pontos turísti-cos e etc. Nesta primeira edição, Rota Brasília traz um especial sobre a região Nordeste, com dicas de locais no DF que exaltam a cultura nordestina en-volvendo festas, culiná-ria, artesanatos, músicas e curiosidades. Além dis-so, a revista também dá dicas das principais cida-des nordestinas que in-vestem no turismo e ain-da outras curiosidades encontradas na Capital.

Equipe Rota Brasília:

Ana Lúcia Ferreira

Fernanda de Lima

Pedro Fideles

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CIDADES NORDESTINAS

Itacaré: O paraíso do surf no litoral baiano

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CIDADES NORDESTINAS

Texto por: Pedro Fideles

Reconhecida internacionalmente pela beleza de suas praias, Itacaré tem recebido cada vez mais visitantes em busca da prática de esportes radicais. As ondas com mais de três metros de altura provocadas pelo vento cons-tante proveniente do Oceano Atlântico atraem surfistas do mundo inteiro que participam dos campeonatos mundiais realizados em Itacaré. A diversidade do formato das

praias da cidade possibilita a práti-ca de atividades turísticas mais tranqui-las, como o mergulho e o stand up paddle. Para os turistas que desejam apro-veitar as ondas de Itacaré, mas nunca pra-ticaram o surf, foram desenvolvidos progra-mas com aulas de surf para todas as idades e níveis de dificuldade. Um exemplo dis-so é a escola Meninas do Mar, fundada em 2012, com o objetivo de transmitir a práti-ca do surf com diversão e responsabilidade.

Aula de surf em ItacaréCrédito da Foto: Meninas do Mar

As grandes ondas de Itacaré atraem atletas de todo o mundo para surfarCrédito da Foto: Cena Surf

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CIDADES NORDESTINAS

Cavalgada na praia de ItacaréCrédito da Foto: Ministério do Turismo

Além das praias, Itacaré tem ou-tros atrativos turísticos voltados à de-manda de aventura. A cidade é cer-cada por uma serra coberta pela vegetação da Mata Atlântica que se tor-na um belo cenário para as atividades. O turismo de aventura é defini-do pelo Ministério do Turismo como a prática de atividades de aventura re-creativa durante o passeio turístico. Arvorismo, ciclismo, cachoeirismo, caminhadas, escaladas e atividades eques-tres são algumas das atividades reconheci-

das como parte do segmento de turismo de aventura. Em geral, o passeio de aventura deve ser acompanhado por um guia espe-cialista na atividade que será desenvolvida. A cavalgada consiste em um pas-seio por uma trilha ou paisagem com o auxílio de um cavalo domesticado. O ob-jetivo do passeio é dar ao visitante uma experiência completa do estilo de vida que os moradores do local, e assim cons-cientizar os turistas sobre as riquezas na-turais e culturais de determinada região.

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CIDADES NORDESTINAS

A Mata Atlântica proporciona um belo cenário para a prática do turismo de aventuraCrédito das Fotos: Ministério do Turismo

Esportes Radicais em Itacaré

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CIDADES NORDESTINASCIDADES NORDESTINAS

Campanha de Maragogi está entre boas práticas do Brasil

Experiências inovadoras em gestão de turismo no Brasil fo-ram mapeadas pelo Ministério do Turismo. Cidade alagoana se destaca com projeto de defesa da criança e do adolescente

Texto por: Fernanda de Lima

A campanha “Maragogi em Defesa da Criança e do Adolescente”, lançada em 2013, está entre as dez experiências de sucesso em gestão e inovação no turismo. O projeto, que mostra ao visitante a impor-tância de prevenir e enfrentar a exploração do trabalho infantil na indústria de viagens e turismo, foi selecionado para compor a publicação Boas Práticas no Turismo. Um dos resultados mais rele-vantes do projeto é o aumento do re-torno de crianças e adolescentes às escolas e aos programas sociais no mu-nicípio, já que boa parte deles efetiva-mente deixou de trabalhar na confecção de artesanatos com palha de coqueiro. O conceito da campanha foi criado em parceria entre as secretarias munici-pais de Turismo e do Meio Ambiente, com o apoio do Conselho Tutelar, da Guarda Municipal e da Polícia Militar da região.De acordo com a secretária municipal de turismo, Mariana Gorenstein, a cam-panha alcançou a meta de reduzir em 95% o trabalho infantil no setor. Além

disso, a prefeitura continua investin-do em ações de fiscalização, o que evi-ta o retorno dessas crianças ao trabalho. O lema do programa, Proteger é o nosso maior desafio, revelou-se uma men-sagem eficaz junto aos turistas, que deixa-ram de comprar peças cuja mão-de-obra de trabalho era infantil. “Os visitantes às vezes têm a visão de que comprando eles estão ajudando, incentivando as crianças a sair dessa condição, mas na verdade estão in-centivando a sua permanência. Por isso in-formação é fundamental”, afirmou Mariana. A experiência alagoana foi mapeada em pesquisa do Índice de Competitividade do Turismo Nacional, realizada pela Funda-ção Getúlio Vargas a pedido do MTur, para acompanhar a evolução da atividade turís-tica em 65 destinos de todo o país. O tra-balho de campo foi realizado entre março e junho deste ano. Ao todo, 11 projetos, em mais de 80 analisados, se destacaram pela inovação em um produto, processo, método de marketing ou organizacional. O objetivo é identificar e divulgar as boas ideias desenvolvidas por destinos brasilei-ros, a fim de multiplicar essas iniciativas.

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Fortaleza: A Miami brasileira

A praia do Futuro conta com diversas barracas, que atraem turistas que procuram diversão e turismo de praia e sol

Crédito da foto: Hotel Muarama

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Texto por: Fernanda de Lima

Com a beleza de seu litoral e o cli-ma animado e divertido, Fortaleza é con-siderada a Miami do Brasil. A capital ce-arense é a quarta cidade mais visitada pelos brasileiros em viagem pelo país. É também um dos destinos mais procu-rados por estrangeiros, de acordo com o Ministério do Turismo (MTur). Italianos, argentinos, portugueses e norte-ameri-canos estão entre os visitantes interna-cionais mais vistos pela cidade. A maioria

deles (79,5%) pretende voltar ao Brasil. Suas praias estão entre os princi-pais atrativos da cidade, que tem 34 km de litoral. A Praia do Futuro é uma das preferidas dos banhistas, com calçadão e grande oferta de gastronomia regional. A Praia do Meireles, com quadras espor-tivas, é indicada para quem procura di-versão e a prática de exercícios físicos; já a tradicional Praia de Iracema, uma das mais disputadas por visitantes e mo-radores, atrai o público com sua feira de roupas, artesanatos, calçados e bolsas.

Além de atrair pessoas na feira noturna, a Praia de Iracema também chama a atenção pela sua famosa ponte, no qual é um ponto turístico conhecido em Fortaleza.Crédito da Foto: Sendtur

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Fortaleza tem uma série de atrativos cul-turais, como o Theatro José de Alencar, de estrutura metálica, modelado por vi-trais coloridos e com pinturas no teto; o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, com salas de cinema, teatro, um museu de arte contemporânea e um planetá-rio, além do Mercado Central, com uma feira de artesanato e eventos culturais.

Teatro José de Alencar, na capital cearense.Crédito da Foto: Secretária de Turismo de Fortaleza

A cidade também agrada quem pro-cura por boa gastronomia. Além da culiná-ria local, que inclui baião de dois, carne de sol, moquecas, peixadas e caranguejadas, é possível encontrar restaurantes de comi-da italiana, francesa, entre outras. Isso se deve, em parte, pela formação da cidade, com grande presença de imigrantes, espe-cialmente de portugueses, espanhóis, ita-lianos, ingleses, franceses e sírio-libanesas.

Em Fortaleza é possível encontrar uma grande variedade de culinária, no entanto os pratos tradicionais se destacam :: Crédito da foto: Edição por Fernanda de Lima

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CIDADES NORDESTINAS

Porto de Galinhas atrai milhares de visitantes pela beleza de suas piscinas naturais

Texto por: Pedro Fideles

Porto de Galinhas é conhecido na-cionalmente pela beleza de suas piscinas naturais de água cristalina. Localizado em Ipojuca, a apenas 59 km de Recife, a praia de Porto de Galinhas é um Oasis de fácil acesso em que os visitantes po-dem desfrutar ao máximo da natureza no litoral pernambucano. O passeio de jan-

gada, de buggy e o mergulho são exem-plos de serviços turísticos oferecidos em Porto de Galinhas. Para os mergulhadores iniciantes há aulas com cilindro nas pis-cinas naturais. Porto de Galinhas também é referência em meios de hospedagem. A Pousada das Galinhas recebeu certificação de três estrelas pelo sistema Brasileiro de Classificação dos Meios de Hospedagem.

Praia de Porto de GalinhasCrédito da Foto: Ministério do turismo

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(61) 8163-6264

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Nordeste em Brasília

Tradições e culturas do nordeste invadem a capital federal

Titulada como o maior São João do Cerrado, a fes-ta conta com culinária, música e atrações nordestinas

Texto por: Fernanda de Lima

O maior São João do Cerrado é uma festa junina que acontece todos anual-mente em agosto no Distrito Federal (DF), reunindo as heranças do nordeste. A festa acontece durante cinco dias e é esperada

pelos brasilienses e turistas, e oferece ao público mais de 100 atrações gratuitas em um espaço de 60 mil metros quadrados. Em 2014, o espetáculo chegou a re-ceber cerca de 150 mil pessoas por dia.Quadrilhas, shows de forró, barra-cas de comidas típicas estão presen-

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Vila BorboremaCrédito da Foto: Site oficial - São João do Cerrado

Nordeste em Brasília

tes no Maior São João do Cerrado. Vilas com casas, inspiradas no interior o país, são uma das principais atrações da fes-ta. O público pode visitar essas replicas, e apreender um pouco mais da cultu-ra de uma das principais regiões do país. O acesso a festa é gra-tuito, e a diversão é garantida.Alegria e diversão não faltam no even-to. Logo na entrada principal o público se depara com 12 casinhas de fachadas coloridas e uma rua com calçada de pa-ralelepípedos, está é a Vila Borborema. Esse atrativo é montado com o obje-tivo de homenagear Campina Grande, cida-de paraibana que realiza uma das maiores festas juninas do Brasil. Já no interior da estrutura, são comercializados trabalhos

de artesanatos e outras formas de arte. A festa acontece em Ceilândia, Região Administrativa de Brasília. A ci-dade possui grande parte da popula-ção de nordestinos, que imigraram para o DF a procura de moradia e emprego. Por esse motivo o bairro foi esco-lhido para ser sede do famoso São João.Para quem visita Brasília e busca al-guma cultura nordestina, o Maior São João do Cerrado é o lugar certo. A festa também conta com a pre-sença do Sítio do Seu João, uma atração que emociona e toca no coração de todos os nordestinos. Com paredes de barro e uma casa de farinha, fazendo beiju para servir quentinho com café aos visitantes.Festa nordestina não pode faltar uma boa dança.

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Nordeste em Brasília

Fogueira :: Crédito da Foto: Site oficial - São João do Cerrado

Ilha do Forró :: Crédito da Foto: Site oficial - São João do Cerrado

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A festa nordestina conta com Ilhas do Forró. São três palhoças ao som de rala bucho, rabo de saia e chamego bom que funcionam durante todo o even-to com a presença de mais de 40 ban-das com triângulo, zabumba e sanfona. Quem passa pelo Maior São João do Cerrado não esquece a inesquecí-vel festa. Francisca Lima nasceu no Ce-ará, mas aos quatro anos de idade se mudou para a capital. Para a nordestina o São João do Cerrado relembra as cul-turas da região. “Já estive presente em diversas edições da festa, e eu indico. Aqui é o nordeste em Brasília.”, conta.Inspirado no Alto do Mora, o museu Vi-talino da festa é uma homenagem que recebe obras originais do grande mestre pernambucano. O neto do artista tem or-gulho em mostrar as peças de seu avô. A produção do evento afirma que reconhece e valoriza o São João de Caruaru, e por

Nordeste em Brasília

Mestre Vitalino :: Crédito da Foto: Site oficial - São João do Cerrado

isso tem orgulho em montar o estande.O evento também conta com shows de ar-tistas nacionais. Aviões do Forró, Banda Calypso, Wesley Safadão, Elba Ramalho, Zé Ramalho e Alceu Valença são alguns nomes que já tocaram no palco do Maior São João do Cerrado. Essas atrações atraem diver-sos turistas de todas as regiões do Brasil.A praça de alimentação conta com um cardápio diversificado inspirado nos esta-dos nordestinos. O publico pode se deli-ciar com um cardápio de dar água na boca composto por acarajé, mungunzá, can-jica, pamonha, cuscuz, carne de sol, bu-chada, galinha de cabidela entre outros.O concurso de quadrilha acontece nas primeiras noites da festa. Diversos gru-pos disputam trazendo danças típicas do nordeste com encenação que envol-ve cultura, alegria e muita animação. Os cangaceiros são os personagens prin-cipais que aparecem nas competições.

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Nordeste em Brasília

Sítio do Seu JoãoCrédito da Foto: Site oficial - São João do Cerrado

Uma das principais atrações da festa é a fogueira cenográfica, com 15 metros de al-tura, instalada na entrada do Maior São João do Cerrado, que permanece acesa artificial-mente sendo apagada apenas no último dia.Festas Juninas têm que ter casamento, mas no Maior São João do Cerrado vá-rios casais realizam seu sonho não so-mente em quadrilhas. Em 2013 o even-to realizou uma cerimonia gratuita de casamento civil para diversos casais. O Maior São João do Cerrado com-pleta, neste ano, sua nona edição. Anual-mente o festival promove e valoriza a cul-tura popular brasileira com música, dança, gastronomia e folclore característicos das grandes festas juninas do Nordeste.

Casamento coletivoCrédito da Foto: g1.globo.com

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Brasília tem música nordestina?

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Texto por: Fernanda de Lima

A construção de Brasília foi mar-cada por nordestinos, que decidiram morar na nova capital em busca de em-prego e oportunidades. Com isso, os no-vos moradores trouxeram para o pla-nalto central seus costumes, comidas típicas e sua cultura, com o estilo de forró. A cidade é marcada pela presen-ça de diferentes tipos de festa, aqui é possível encontrar sertanejo, rock, pop, jazz e forró. Grandes casas de sho-ws realizam eventos como serestas, e atraem brasilienses e turistas que bus-cam dançar aquele xote agarradinho. Por ser classificado como uma dan-

ça popular de origem nordestina, o forró conta com temáticas ligadas aos aspectos culturais e cotidianos da região Nordes-te do país. No geral, essas músicas são acompanhadas de sanfona e zabumba. Uma das principais caracte-rísticas são os passos que arras-ta os pés e é dançado em duplas.Embora seja nordestino, o forró seja ti-picamente nordestino, o ritmo se espa-lhou pelo Brasil com grande sucesso. Em Brasília é possível encontrar diversas opções de diversão com a dan-ça como: Festa Junina do M, Arruma-dinho no Via Carioca, O Cravo e a Rosa a festa e os shows que a cidade recebe.

Trio Nordestino Crédito da Foto: Site oficial - Trio Nordestino

Brasília tem muito forró e alegria

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Nordeste em Brasília

Um nordestino, uma receita e uma vontade de vencer

A história do dono de um dos restaurantes mais tra-dicionais de Brasília e referência na Capital Federal.

Texto por: Ana Ferreira

Rubem Pereira de Lucena, o Ru-binho, nasceu em 1950 em um pequeno município de Caicó localizado no sertão do Rio Grande do Norte. Chegou à Capital Fe-deral aos vinte e um anos em busca de conquistar uma qualidade de vida melhor. Trabalhou inicialmente, numa pe-quena mercearia que montou na Asa Sul onde vendia, entre outros produtos, car-nes, verduras e frutas. Com seu esforço, Rubem não teve dificuldades para se es-tabelecer em Brasília. Em pouco tempo de trabalho, seu mercadinho já estava total-mente pago e gerando lucro, muito lucro. Os negócios iam de vento em popa quando, de repente, um gigantesco hiper-

mercado do Sul resolveu abrir uma filial em Brasília. Logo em seguida, outra “super--rede” internacional também se instalou na cidade. Em pouquíssimo tempo, esses milionários varejistas não só atraíram toda a freguesia de Rubem, como ameaçavam sufoca-lo de uma vez por todas. Como bom nordestino, Rubem não teve dúvidas. Aproveitou a primeira oportunidade que surgiu e tratou de passar o ponto para frente. Os mercadões que ficassem com suas enlouquecidas guerras de ofertas.Quando ainda era dono de supermerca-do, Rubem promovia almoços de fim--de-semana em sua casa. Nessas ocasi-ões, reunia os amigos e os conterrâneos e preparava comidas típicas do nordeste para a alegria e o prazer dos convida-

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dos. Entre esses pratos, um em espe-cial chamava a atenção dos convidados. Era a “Carne de Sol”, que Rubem aprendeu a fazer quando ainda era crian-ça olhando a sua família. Entre uma gar-fada e outra, os amigos de Rubem não cansavam de elogiar o cozinheiro e, es-pecialmente, o delicioso sabor da comi-da. Muitos até insistiam para que Rubem fosse até as casas deles para preparar a iguaria. E assim, cada vez mais o hobby de Rubem ia sendo reconhecido por todos. O primeiro restaurante surgiu de-pois de uma série de conversas entre Ru-bem e o concunhado José Araújo do Valle, que acabou virando seu sócio, depois de convencê-lo a explorar suas habilidades culinárias e o sabor do Nordeste na juve-nil capital do país foi que surgiu o empre-endimento. Era um cantinho simples, mas muito aconchegante. Rubem e Araújo logo trataram de oferecer uma comida honesta, com porções generosas e preços acessí-veis. Era uma forma de matar a saudade

Rubinho Crédito da foto: Correio Braziliense

E foi assim que o Restaurante abriu suas portas com uma comida típica e sa-borosa como os conterrâneos mereciam.Para que tudo desse certo muitas vezes Rubem varava a madrugada para ir às compras pela cidade e selecionar pesso-almente todos os ingredientes que com-punham a tão famosa “Carne de Sol”. Rubem chegou até a emendar um dia ao outro, fazendo contas, colocando a casa em ordem, preparando-se para servir bem a entusiasmada clientela.Logo o Xique-Xique, inaugurado em 1979 na Asa Norte, virou ponto-de-encontro da cidade. A “Completa” – carne de sol, feijão de corda, mandioca, paçoca, ar-roz, manteiga de garrafa e cheiro verde – é o carro chefe do local. Todo mundo queria disputar uma mesa por lá, atra-ídos pela comida bem feita. Idealizado em meio familiar, o prato típico ganhou forma e fama, conquistando a capital.

de casa e dar alento aos jovens nordes-tinos que há pouco chegavam à cidade.

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Em menos de um ano, Rubem e o sócio conseguiram juntar dinheiro suficien-te para montar um segundo restaurante. Um ano após a inauguração da unidade norte, o Xique-Xique instalou-se também na asa sul. Em um espaço maior, com ca-pacidade para 600 clientes, e com cardápio variado que agradava aos mais diferentes gostos. A Carne de Sol foi mantida não só como prato principal, mas também os mais solicitados pelos clientes. Correspon-de a cerca de 80% dos pedidos da casa. Ao longo dos anos, o Xique-Xique aprimorou seu atendimento, melhorou sua estrutura e procurou corresponder às expectativas para melhor atender seus clientes. Esse fator foi relevante para a mudança de local da unidade asa norte. Com um espaço mais amplo e moderno, na mesma quadra do início do negócio, porém em blocos distintos, o estabeleci-mento conta hoje com um prédio de dois andares, podendo o piso superior ser re-servado para eventos e confraternizações. A frequência na rede é invejável, re-únem políticos, empresários, artistas e pú-blico em geral. O Xique-Xique, como mesmo diz Rubem, é um dos raros locais em Brasília onde se misturam todos os representantes da sociedade, começando por trabalhado-res e indo até as fulgurantes figuras da eli-te. Entre as personalidades que costumam passar por ali estão Lavoisier Maia, Hum-berto Lucena, Aloísio Alves, Roberto Freire Mussum e uma infinidade de outros. Até Tancredo Neves teve sua época por lá, an-tes de ser eleito Presidente da República.Para se ter uma ideia do prestígio atin-gido pelo Xique-Xique, basta citar um fato ocorrido durante uma entrevista de TV que girava em torno do pacto social. O apresentador Jô Soares, do extinto programa “Jô Onze e Meia”, virou-se para o convidado Rogério Magri e perguntou se era verdade que o Ministro do Trabalho teria evitado um encontro com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Luiz António de Medeiros, e o presidente da CUT, Jair Meneguelli. “Nada disso”, respon-deu Magri. “Inclusive tive uma pré-reunião com os dois no Xique-Xique, que, aliás, é

O xique-xique é um cactus típico da caatinga do Nordeste Brasileiro. Cientifica-mente chamado de Pilosocereus gounellei, o cactus possui flores grandes, brancas ou esverdeadas que se abrem à noite para se-rem polinizadas por insetos e aves notur-nas. Seu cultivo é simples e possui grande importância no alimento de aves e ani-mais, constituído, aproximadamente, por 5% de proteína e é rico em sais minerais.

Você sabia?

o meu restaurante preferido em Brasília.” Bastou essa frase do ministro Magri, em rede nacional, para que o telefone de Ru-bem disparasse em Brasília. Mais uma vez seu restaurante havia sido reconhecido por uma personalidade formadora de opinião.Com a tradição de 36 anos, o Xique-Xique tornou-se referência com a famosa Car-ne de Sol. Eleito diversas vezes como a melhor carne de sol da cidade e o “Top of mind” entre os estabelecimentos do ramo, o restaurante virou ponto de encontro de familiares e amigos e recebe, diariamen-te em suas unidades, representantes de toda a sociedade, incluindo grandes em-presários, autoridades e turistas, do país e do exterior. Serve cerca de 600 refeições diariamente nas duas casas e a “Carne de Sol”, como não poderia deixar de ser, é responsável por 80% do movimento. Confiando plenamente no suces-so de seu esquema, a Rede Xique-Xique já pensa em licenciar restaurantes no Rio e em São Paulo, além de outras cidades brasileiras. Rubem está disposto a passar toda a experiência necessária aos interes-sados (especialmente o modo de prepa-rar a “Carne de Sol”) e mostra-se dispos-to a trabalhar com franquia (franchising). Todos esses bens foram acumula-dos a partir dos dois restaurantes. Nada mal, considerando-se que tudo aconteceu em pouco mais de dez anos. E para quem quiser saber o que significa Xique- Xique, Rubem faz questão de explicar: “Trata--se de um cacto do nordeste, ô xente!”

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Nordeste em Brasília

Mais que alimentação uma história gastronômica

Texto por: Ana Ferreira

Pois acredite, esses são alimentos consumidos quase que diariamente pelo povo nordestino. A cozinha do Nordeste assim como das demais regiões é riquís-sima e muito apetitosa, apesar de pare-cer algumas vezes exóticas, as receitas são aprovadas pela maioria absoluta de quem prova. Vale ressaltar que você não precisa ir até a região para experimentar

esses sabores, existem por todo Brasil di-versos restaurantes especializados nes-sa cozinha que já possui algumas recei-tas tombadas como patrimônio imaterial. A culinária nordestina se formou através da influência das culinárias portu-guesa, indígena e africana. A mistura de sabores e temperos foi sendo formado, aos poucos, durante o período colonial. Os pratos da culinária da região Nordes-te caracterizam-se pela presença mar-

Cuscuz, tapioca quentinha de doce ou de sal no café da manhã, baião de dois, buchada e sarapatel no almoço e quem sabe ain-da um queijo coalho com farofa de carne seca no fim do dia te parece pesado?

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cante de temperos fortes e apimentados. Os pratos contêm geralmente muitos ve-getais, carne bovina e caprina, peixes e frutos do mar. Devido à vegetação da ca-atinga, os pratos adquiriram um sabor for-te, apimentado e com alto teor calórico. Sabores por Estados: No litoral do Nordeste, os pratos acabaram recebendo um sabor carregado, além de uma variedade de ingredientes e cores. Os frutos do mar se destacam, com a produção de bobó de camarão, moque-cas de peixe ou moluscos e crustáceos.Na Bahia e no Pernambuco, os pratos africanos são os que fazem maior su-cesso. No estado baiano, as escravas africanas produziam as comidas típi-cas e pratos sagrados com alto significa-do religioso. Exemplo disso são o abará e o acarajé, vendido atualmente nos ta-buleiros das baianas. Entre outros pra-tos populares estão o caruru e o vatapá. Os elementos principais da co-zinha baiana são o azeite de dendê, o coco, a pimenta e o quiabo que são fre-

quentemente adicionados às receitas.No estado de Alagoas prevalecem os pratos com frutos do mar. Já o Maranhão, com for-te contribuição dos portugueses, recebeu pratos com temperos picantes. Os pratos com origem em Portugal foram mantidos e perpetuados pelas donas de casa. Um exemplo é a galinha ao molho pardo, feito com o sangue da ave, que deu origem a fa-mosa galinha cabidela. Entre outros pratos lusitanos estão o sarapatel e a buchada.Devido ao clima, no sertão do nordeste a carne-de-sol, feijão de corda, milho, ra-padura e pratos elaborados com raízes, como a mandioca são os mais populares. No interior, uma das tradições são as fes-tas juninas que contribuíram com a pro-dução de diversos pratos do festejo. Com danças e comidas típicas, músicas e brin-cadeiras é uma festa que homenageia os santos populares e atualmente é comemo-rada em vários estados brasileiros. Nessa festa são produzidas comidas como milho cozido ou assado, canjica, cocada, pé de moleque, arroz-doce, cuscuz e pamonha.

Nordeste em Brasília

Tapioca com leite condensado Crédito da foto: blog.kanui.com.br

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Nordeste em Brasília

Como no Nordeste é grande a produ-ção de cana-de-açúcar, o melado é mui-to usado na elaboração de pratos doces. A rapadura também é muito con-sumida na região. Algumas frutas tropi-cais como manga, caju, abacaxi e ace-rola, são muito usadas na produção de doces/compotas e ainda quando possí-veis consumidas naturalmente do pé.Há também a canjica, que no Nordeste é fei-ta com milho, é uma espécie de pudim, tam-bém muito consumida como sobremesa. A culinária nordestina é reconhecida e apreciada em todo o Brasil e também inter-nacionalmente. Em Brasília não é diferente. Toda família brasiliense tem um nordestino presente ou uma forte raiz em sua essência. Perigos do consumo em excesso: Apesar de deliciosa, a culiná-ria nordestina esconde alguns “peri-gos” em suas preparações típicas: a presença constante de ingredientes como coco, leite de coco, azeite de den-dê, manteiga, ovos, linguiça e toucinho. Para quem quer emagrecer e ter uma vida saudável, o consumo desses alimentos deve ser evitado, pois como eles apresen-tam em sua composição, alta quantidade de gordura saturada, além de conterem muitas calorias, estas também prejudicam o coração, podendo desencadear em lon-go prazo, doenças cardiovasculares. Outro

alimento que o consumo não deve ser exa-gerado é a carne-seca. Seu elevado teor de calorias, proveniente da gordura, além da grande quantidade de sal presente nes-ta carne, acaba estimulando a retenção de líquidos pelo organismo, proporcionando uma “falsa” imagem de excesso de peso. E se você gosta de doces também deve ficar atento às inúmeras guloseimas dessa região. A combinação de ovos com açúcar, manteiga, coco e leite de coco, fa-zem com que esses alimentos sejam ver-dadeiras “bombas calóricas”. Por isso o consumo deve ser com extrema modera-ção. Uma boa opção é substitui-los pelas frutas “in natura”, presente em abundância e, em geral, com baixo valor energético. Quanto às bebidas, se você tiver como optar entre o caldo de cana e a água de coco, fique com o segundo, pois ele apresenta somente 1/5 da quantidade de calorias do primeiro. Outras opções são os sucos de frutas naturais, sem açúcar. Percebeu que a culinária nordesti-na é bastante diversificada? Opções não faltam para quem quer manter, ganhar ou perder peso. Basta conhecer os ali-mentos disponíveis, para que assim você possa fazer as melhores escolhas entre as tantas opções que a culinária nordes-tina oferece. E lembre-se comer com cau-tela não significa abrir mão desse prazer.

Carne seca com farofaCrédito da foto: entretenimento.band.com.br

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Nordeste em Brasília

Aviões do Forró: a diferença está no ar

Brasília é a capital do forró fora do nordeste, afirmam Sol e Xand

Texto por: Fernanda de Lima Noite, balada, forró e muita alegria, essa mistura que contagia os shows da banda cearense Aviões do Forró. No Distri-to Federal o clima não é diferente, de acor-do com a vocalista da banda, Solange Al-meida, Brasília é a cidade fora do nordeste que o grupo mais realiza apresentações. Já Xand Avião comenta que o planalto cen-tral é a capital do forró fora do nordeste. A banda nasceu em setembro de 2002, quando começou a fazer shows e lançou o primeiro álbum “Lamparinas Ao

Vivo”, que chegou a vender 200 mil cópias. Depois disso, o sucesso do grupo foi cres-cendo e conquistando cada vez mais o país.A simpatia e alegria da dupla de vo-calistas, Sol e Xand, é contagiante. A equipe do Rota Brasília acompa-nhou a rotina da banda em um show no Dis-trito Federal, o grupo mostrou as impres-sões que os integrantes têm de Brasília.

Rota Brasília: Qual é a sensação de tocar em Brasília?

Solange Almeida: Sensacional! Nossa... nos sentimos em casa quando chegamos em Brasília. Além do carinho dos fãs, tam-bém podemos contar com a presença dos amigos, porque muitos conhecidos nossos moram aqui.Xand Avião: Sol disse tudo. É muito bom chegar em um lugar e ser bem recebido, e em Brasília isso acontece todas as vezes que estamos aqui.

Solange Almeida e Xand Avião marcam presença em mais um show na capital federal

Solange e Xand momentos antes do show Crédito da foto: Eric Arruda

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Nordeste em Brasília

Rota Brasília: E o que vocês sentem quando entram no palco e se deparam com pessoas apaixonadas por forró?

Xand: Sempre é uma sensação muito boa. E aqui em Brasília temos um público muito grande. Quando entramos no palco aqui sempre ouvimos os gritos de felicida-de, pessoas dançando, nos pedindo fotos. Eu defino Brasília como a capital do forró fora do nordeste (risos), porque é incrível a quantidade de pessoas da cidade que curtem o bom forró.Sol: Ahh isso que o Xand disse é verdade. Amamos Brasília por isso, o show passa a ser uma grande festa e isso acontece por causa do nosso público aqui. Eu não tenho nem ideia de como agradecer os nossos fãs daqui. Rota Brasília: Vocês lembram do primei-ro show da banda em Brasília?

Sol: Claro. Não éramos muito conhecidos mas havia produtores de Brasília que acre-ditavam em nós. Desde o nosso primei-ro show, percebemos que aqui havia uma

quantidade boa de seguidores do forró.Xand: Nosso primeiro show foi assim... ti-nha uma quantidade boa de público, e to-dos estavam animados e dançando. Eu te-nho ótimas lembranças desse dia (risos). Rota Brasília: Qual música vocês acham que é marcante em Brasília?

Sol: Depende da época. No geral as músi-cas ficam famosas em todo o Brasil, mas ultimamente sentimos que o publico de Brasília está ligado no nosso novo sucesso, que é “A Lei da Vida”.Xand: Toda vez que escuto “Coração” lem-bro de Brasília, porque fizemos um suces-so grande com essa música aqui. Acho que foi a música que fez nós ficarmos famosos na cidade. Então eu classificaria essa mú-sica como marcante por aqui. Durante o show, a equipe da banda dis-tribui cd’s e dvd’s para o publico presen-te. Brasília tem o publico de forró devido a quantidade de nordestinos que habitam na capital, porém o costume de dançar já se tornou cultura na capital do Brasil.

Entrevista com os integrantes da banda :: Crédito da foto: Eric Arruda

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Nordeste em Brasília

Casa do Cantador mantêm viva a cultura nordestina no Distrito FederalTexto por: Pedro Fideles

Inaugurada em 1986, a Casa do Cantador é considerada um local de pre-servação e propagação da cultura nordes-tina em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. Apresentações de re-pentistas e de bandas de forró são fre-quentes na Casa do Cantador, que conta também com exposições de literatura de cordel na biblioteca Patativa do Assaré e está aberta à visitação de segunda à sexta feira, das 9 da manhã às 18 horas, com

exceção nos dias de eventos noturnos. A Casa do Cantador foi projeta-da por Oscar Niemeyer atrai o olhar de seus visitantes por sua arquitetura sin-gular e sua rica cultura. Além da Casa do Cantador, Ceilândia possui também uma grande feira dedicada aos pro-dutos nordestinos e sua gastronomia. A Feira Central de Ceilândia é considerada o ponto de encontro dos nordestinos que vieram morar na ca-pital do país, pois reúne uma gran-de variedade de iguarias do nordeste.

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Nordeste em Brasília

Crédito da foto: casadocantadordf.wordpress.com

Crédito da foto: jornalismo.iesb.br

Literatura de cordel na Casa do Cantador

Feira da Ceilândia:Um pedacinho do nordeste no Distrito Federal

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Nordeste em Brasília

Texto por: Ana Ferreira

Sabe-se que Brasília é uma cidade que abriga pessoas de todo o país, cariocas, mineiros, goianos e uma grande parcela de nordestinos e seus descendentes. Essa mis-celânea cultural está refletida no modo de viver dos moradores da capital federal e é exatamente quando o assunto se trata de gastronomia, que o conceito em alimenta-ção da culinária regional nordestina na cida-de ganha nome: a rede de restaurante Brasil Vexado. A proposta da rede é oferecer aos clientes uma refeição com qualidade, sabor e rapidez em pratos individuais a preços justos. Em funcionamento desde 2003, quan-do foi aberta a primeira loja, no bairro Su-doeste, o Brasil Vexado já se tornou uma marca conhecida na cidade. O carro chefe da casa é a tradicional carne de sol, entre-tanto o cardápio é bastante variado sem perder a essência de comida regional. Exis-tem pratos para todos os gostos: carne de sol, picanha, filé mignon de sol, frango, ta-piocas, pizzocas (pizza de tapioca), saladas e sanduíches e ainda conta com um cardá-pio de tira gosto como espetinhos, pastei-zinhos e escondidinhos de deixar qualquer um com água na boca. Sem contar o chopp, considerado um dos melhores da cidade. Outro grande diferencial do restau-

rante, além de disponibilizar a tradicional comida nordestina a um grande número de pessoas, é a inovação - desde a cria-ção do negócio, as receitas e ingredien-tes nordestinos serviram como base para a criação de novos pratos antes não exis-tentes. Aliada à tradição está à moderni-dade como a tele entrega e venda on-line.Atualmente, a arquitetura das lojas de rua segue uma identidade visual mais homo-gênea, que mescla o conceito de restau-rante e fast food - (fast casual). Já a loja de shopping conta com uma identidade mais semelhante ao fast food. São dez res-taurantes em Brasília (Asa Sul, Asa Norte, Sudoeste, Liberty Mall), Águas Claras, Ta-guatinga (Taguatinga Centro e Taguatinga Shopping) e Ceilândia (Ceilândia Sul e JK Shopping) e Valparaíso - GO (Shopping Sul). Pensando em expandir suas virtudes é que a rede propõe aos que desejam ser mais que clientes, se tornarem um franqueado do Brasil Vexado. São oferecidos diferenciais para que o investidor realize um negócio de sucesso como a originalidade de ser a única rede de franquias de culinária Nordestina e ainda um sistema online de gestão do negócio que facilita o controle do empreendedor. São produtos com aceitação entre todas as faixas etárias, sistema de vendas online, suporte completo ao franqueado e uma deliciosa culi-nária nordestina. Os valores para o investi-mento inicial podem chegar a R$590.000,00, tudo vai depender da escolha da estrutura da loja a ser montada. As principais regiões de interesse da rede se concentram nos esta-dos do Distrito Federal, Goiás e São Paulo. A missão da rede é servir refeições com alta qualidade, com o sabor da culi-nária do nordeste a preços acessíveis atin-gindo a todas as regiões do país. O res-taurante visa ainda ser a melhor e maior rede de restaurantes de refeições rápidas de culinária nordestina do Brasil, reconhe-cida pelo sabor, qualidade e atendimento.

Cardápio moderno e com sotaque nordestino é um dos diferenciais da rede de franquias brasiliense

Rede de restaurante focada em comida Nordestina busca investidores para expansão dos negócios

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