Roteiro 4 obras básicas

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CENTRO DE TRABALHOS ESPÍRITA ANA LUZ BANCO DE AULAS ROTEIRO 4 OBRAS BÁSICAS

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Roteiro 4 - OBRAS BÁSICAS

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CENTRO DE TRABALHOS ESPÍRITA ANA LUZ

BANCO DE AULAS

ROTEIRO 4

OBRAS BÁSICAS

1804-1869

ROTEIRO 4OBRAS BÁSICAS

Objetivos EspecíficosElaborar o resumo de cada obra básica, a partir dos conteúdos apresentados nos subsídios.

Correlacionar cada parte de O Livro dos Espíritos com a correspondente obra da Codificação.

Reconhecer a importância das obras básicas do Espiritismo na formação moral intelectual do ser humano.

ConteúdConteúdo Básicoo Básico

► A Codificação Espírita compreende as seguintes obras, obedecendo à ordem de publicação:

O Livro dos Espíritos (18 de abril de1857);

O Livro dos Médiuns (janeiro de 1861);

O Evangelho Segundo o Espiritismo (abril de 1864);

O Céu e o Inferno (agosto de 1865);

A Gênese (janeiro de 1868). ► O Livro dos Espíritos trata dos princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos – Folha de Rosto.

► O Livro dos Médiuns contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Allan Kardec: O Livro dos Médiuns – Folha de Rosto.

► O Evangelho Segundo o Espiritismo oferece a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida. Allan Kardec: O Evangelho Segundo Espiritismo – Folha de Rosto.

► O Céu e o Inferno apresenta um [...] exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc, ...e exemplos sobre as diferentes situações nos Espíritos desmaterializados. Allan Kardec: O Céu e o Inferno – Folha de Rosto.

► Em A Gênese consta que a Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Allan Kardec: A Gênese – Folha de Rosto.

SubsídioSubsídioss

De onde vim?Livro dos Espíritos

Livro 1º – 1 a 75

O que sinto? Livro dos Espíritos Livro 2º – 76 a 613

Para onde vou? Livro dos Espíritos Livro 4º – 920 a 1019

Por que sofro? Livro dos Espíritos Livro 3º – 614 a 919

Quem sou?Introdução + Gênese + Livro dos Médiuns + Evangelho +

Céu e Inferno Questões de 1 a 1019

► Verdadeira enciclopédia de ensinamentos transcendentais, a Codificação [...] foi o fruto, sazonado e bendito, de um plano arquitetado na Espiritualidade, havendo um de seus elaboradores concretizado a parte que lhe cabia desempenhar, já encarnado na Terra: Allan Kardec.(31)

A Codificação Espírita compreende as seguintes obras, obedecendo à ordem da publicação:

1. O Livro dos Espíritos(18 de abril de 1857)

2. O Livro dos Médiuns(janeiro de 1861)

3. O Evangelho segundo o Espiritismo(abril de 1864)

4.O Céu e o Inferno(agosto de 1865)

5. A Gênese(janeiro de 1868)

O aspecto FILOSÓFICO do

Espiritismo desenvolve-se na obra de Allan

Kardec:

O aspecto CIENTÍFICO do Espiritismo desenvolve-se em duas obras de Allan Kardec:

O aspecto RELIGIOSO do Espiritismo desenvolve-se em duas obras de Allan Kardec:

► Cada obra contém a matéria exatamente necessária ao seu entendimento à época, mas, como a Doutrina é progressiva, embora os ensinamentos básicos perdurem, estes são complementados por estudos posteriores, sem que nada se modifique nos alicerces doutrinários expostos pelos Espíritos e por Kardec. (32).

O Livro dos Espíritos, a primeira obra da Codificação, encerra as bases fundamentais do Espiritismo.

De acordo com a folha de rosto, aí estão exarados (Registrados por escrito) os princípios da Doutrina Espírita sobre:

A imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens.

As leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade – segundo os ensinos dados por Espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns – recebidos e coordenados por Allan Kardec. (11).

► A 1ª edição, com 501 questões, contém o ensino dado pelos Espíritos, liderados pelo Espírito de Verdade.

Receberam as mensagens as jovens médiuns Caroline e Julie Baudin , assim como a senhorita Japhet e outros médiuns.

Na segunda edição, que Kardec considerava definitiva, outros médiuns são utilizados. A obra, bem mais desenvolvida, se compõe, nesta edição, de 1018 questões, notas aditivas e comentários. (26)

Introdução, composta de 17 itens, contém uma síntese da Doutrina Espírita. É aí que aparecem os termos espírita, espiritista e Espiritismo, criados por Kardec para indicar a crença na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo corporal. (13)

Prolegômenos (*), que, encimados pela cepa (**) desenhada pelos próprios Espíritos, dão a conhecer a maneira como foi revelada a Doutrina;

A autoria e finalidade do livro; Os Espíritos que concorreram para a execução da

obra, e trechos das mensagens transmitidas a Kardec sobre a sua missão de escrever O Livro dos Espíritos. (14).

(*) Prolegômenos: Introdução geral de uma obra. Prefácio.

(**) Cepa – Tronco de videira.

Parte da planta a que se cortou o caule e que permanece viva no solo. Novo Dicionário Aurélio.

Corpo da Obra, dividido em quatro livros, de acordo com a tábua das matérias a saber: Livro Primeiro:

“AS CAUSAS PRIMÁRIAS”

Capítulo I – Deus Capítulo II - Elementos Gerais do Universo Capítulo III - CriaçãoCapítulo IV - Princípio Vital

Livro Segundo:

“MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS”

Capítulo I – Dos Espíritos Capítulo II – Materialização dos Espíritos Capítulo III – Retorno da Vida Corpórea à Vida Espiritual Capítulo IV – Pluralidade das ExistênciasCapítulo V – Considerações sobre a Pluralidade das ExistênciasCapítulo VI – Vida EspíritaCapítulo VII – Retorno à Vida CorporalCapítulo VIII – Emancipação da Alma

Capítulo IX – Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo.

Capítulo X – Ocupações e Missões dos Espíritos

Capítulo XI – Os Três Reinos

Livro Terceiro:

“AS LEIS MORAIS”

Capítulo I – A Lei Divina ou Natural Capítulo II – Lei de Adoração Capítulo III – Lei do TrabalhoCapítulo IV – Lei da ReproduçãoCapítulo V – Lei de ConservaçãoCapítulo VI – Lei de DestruiçãoCapítulo VII – Lei de Sociedade

Capítulo VIII – Lei do Progresso Capítulo IX – Lei de Igualdade

Capítulo X – Lei de LiberdadeCapítulo XI – Lei de Justiça, Amor e

CaridadeCapítulo XII – Perfeição Moral

Livro Quarto:

“ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES”

Capítulo I – Penas e Gozos Terrenos Capítulo II – Penas e Gozos Futuros (12)

Conforme se pode observar, a divisão das matérias não foi feita de modo arbitrário, mas, ao contrário, denota correspondência lógica, sequência de pensamento.

As matérias aí contidas, distribuídas em ordem metodológica, partem das questões mais gerais para as especiais e, de igual modo, começam por especulações na ordem transcendental, indo até aos problemas práticos, próprios da natureza humana. (23)

Conclusão, composta de nove itens, na qual o Codificador mostra as consequências futuras dos atos da nossa vida presente e, retomando os conceitos básicos da Doutrina Espírita, dá harmonioso arremate à obra. (16)

Quanto à autoria de O Livro dos Espíritos, Kardec a atribui aos Espíritos.

Eis o que nos afirma nos Prolegômenos:

► Este livro é o repositório de seus ensinos.

Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema.

Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado.

Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação, constituem obra daquele que recebeu a missão de os publicar. (15)

► Por outro lado, afirma Hermínio Miranda, não é intenção dos mensageiros espirituais – ao que parece – ditar um trabalho pronto e acabado, como um «flash» divino, de cima para baixo.

Deixam a Kardec [naturalmente inspirado por eles] a iniciativa de elaborar as perguntas e conceber não a essência do trabalho, mas o plano geral da sua apresentação aos homens.

A obra [...] é um diálogo no qual o homem encarnado busca aprender com irmãos mais experimentados novas dimensões da verdade.

É preciso, pois, que as questões e as dúvidas sejam levantadas do ponto de vista humano, para que o mundo espiritual as esclareça na linguagem simples da palestra [...] (34)

► Em suma, O Livro dos Espíritos é um repositório de princípios fundamentais de onde emergem inúmeras «tomadas» para outras tantas especulações, conquistas e realizações.

Nele estão os germes de todas as grandes ideias que a humanidade sonhou pelos tempos afora, mas os Espíritos não realizam por nós o nosso trabalho.

Em nenhum outro cometimento humano vê-se tão claramente os sinais de uma inteligente, consciente e preestabelecida coordenação de esforços entre as duas faces da vida – a materializada (encarnada) e a desmaterializada (desencarnada). (33).

► Segunda obra da Codificação, O Livro dos Médiuns, ou Guia dos médiuns e dos evocadores, veio a lume – em janeiro de 1861 – para [...] fazer sequência ao “O Livro dos Espíritos” (36).

► Tendo englobado a Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas (*), obra publicada em 1858 - (28).

► O Livro dos Médiuns, muito mais completo, contém, de acordo com a sua folha de rosto, o ensino [...]

especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo. (17)

(*) Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas – com a exposição completa das condições necessárias para se comunicar com os Espíritos, e os meios de desenvolver a faculdade mediadora com os médiuns. (36)

As matérias aí estão organizadas em duas partes, constituindo-se a primeira das noções preliminares, em quatro capítulos, enquanto que a segunda enfeixa, em trinta e dois capítulos, as manifestações espíritas.

Terminado o trabalho de construção da coluna central da Codificação Espírita – O Livro dos Espíritos –, era chegado o momento de expor aos homens os aspectos experimentais implícitos na Doutrina dos Espíritos [...] (35).

Sobretudo no que diz respeito à prática da mediunidade, o mais importante desses aspectos, por ser o instrumento de comunicação entre os dois mundos.(35).

A propósito de que nos diz Pedro Barbosa:

► A mediunidade [...] é a fonte primordial dos ensinamentos da Doutrina, e suas tarefas constituem, hoje, sem dúvida, importante contribuição dos espíritas, que a elas se dedicam, à consolidação da fé raciocinada e ao retorno, à normalidade...,

...das condições psíquicas alteradas daqueles que, enleados nas tramas da obsessão disfarçada e tenaz, procuram, agoniados, os centros espíritas, ou são a eles encaminhados.

A comunicação entre os dois mundos, o corporal, material ou visível e o incorpóreo, imaterial ou invisível, é uma premissa básica do Espiritismo, que seria apenas um espiritualismo irreal e duvidoso, se a negasse ou a repudiasse.

Essa comunicação, disciplinada e orientada para suas verdadeiras finalidades, pode ser conseguida e mantida, desde que apliquemos à técnica de sua realização os ensinamentos de Allan Kardec contidos em O Livro dos Médiuns. (29).

Esses ensinamentos de Kardec são verdadeiramente preciosos, porque vão muito além do ensino da técnica de comunicação com os Espíritos.

É que, ao tratar o assunto «prática mediúnica», ele chama a atenção dos que com esta se ocupam, mostrando-lhes que:

► Todos os dias a experiência nos traz a confirmação de que as dificuldades e os desenganos, com que muitos topam na prática do Espiritismo, se originam da ignorância dos princípios desta ciência e feliz nos sentimos de haver podido comprovar que o nosso trabalho, feito com o objetivo de precaver os adeptos contra os escolhos de um noviciado, produziu frutos e que à leitura desta obra devem muitos o terem logrado evitá-los.

Natural é, entre os que se ocupam com o Espiritismo, o desejo de poderem pôr-se em comunicação com os Espíritos.

Esta obra se destina a lhes achanar (apaziguar, tranquilizar) o caminho, levando-os a tirar proveito dos nossos longos e laboriosos estudos, porquanto muito falsa ideia formaria aquele que pensasse bastar, para se considerar perito nesta matéria, saber colocar os dedos sobre uma mesa, a fim de fazê-la mover-se, ou segurar um lápis, a fim de escrever.

Enganar-se-ia igualmente quem supusesse encontrar nesta obra uma receita universal e infalível para formar médiuns.

Se bem cada um traga em si o gérmen das qualidades necessárias para se tornar médium, tais qualidades existem em graus muito diferentes e o seu desenvolvimento depende de causas que a ninguém é dado conseguir se verifiquem à vontade. (18).

Muitos estudiosos do Espiritismo – materializados ou desmaterializados – têm se manifestado quanto à importância e atualidade desta obra. Eis as impressões de um deles:

► Mais de cem anos depois de publicado, O Livro dos Médiuns é ainda o roteiro seguro para médiuns e dirigentes de sessões práticas, e os doutrinadores encontram em suas páginas abundantes ensinamentos, preciosos e seguros, que a todos habilitam à nobre tarefa de comunicação com os Espíritos, sem os perigos da improvisação, das crendices e do empirismo rotineiro, fruto do comodismo e da fuga ao estudo. (29)

► Este livro – com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida (2)

- foi publicado em abril de 1864, com o título Imitação do Evangelho segundo o Espiritismo.

A partir da 2ª edição, em 1865, surge com o novo nome – O Evangelho segundo o Espiritismo. (30).

Contém ele um índice de referências bíblicas;

O prefácio, que se constitui de uma mensagem assinada pelo Espírito da Verdade e que, de acordo com a nota de rodapé colocada pela editora (FEB), resume a um tempo o caráter do Espiritismo e a finalidade desta obra [...] (3).

A introdução contém quatro itens, e o corpo da obra vinte e oito capítulos.

► Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos:

Os atos comuns da vida do Cristo;

Os milagres;

As predições;

As palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral.

As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável.

► Diante desse Código Divino, a própria incredulidade se curva.

É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas.

[...] Para os homens, em particular, constitui aquele Código uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça.

É, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura [...]. (5).

Assim argumentando, o Codificador justifica a escolha do ensino moral do Cristo para a elaboração do livro, constituindo-se, então, os princípios da moral evangélica em objeto exclusivo desta obra. (6).

Em continuidade à tarefa, as máximas são grupadas e classificadas metodicamente, de acordo com a sua natureza – e não mais em ordem cronológica –, de modo que decorram umas das outras. (7).

► Com esse material didaticamente organizado, e utilizando-se da chave que o Espiritismo lhe oferece – a realidade do mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal.

Kardec parte para a explicação das passagens obscuras e o desdobramento de todas as consequências, tendo em vista a aplicação dos ensinos a todas as condições de vida.

E essa chave, facultando compreensão do verdadeiro sentido dos pontos ininteligíveis dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros, permite se rasguem horizontes novos para o futuro, ao mesmo tempo que faculta a projeção de luz não menos viva sobre os mistérios do passado. (8)

Pode-se ler na folha de rosto do livro o seguinte:

► Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte. (1).

Foi publicado em 1º agosto de 1865, com o título O Céu e o Inferno, ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo.

É constituído de duas partes, tendo a primeira – intitulada Doutrina – onze capítulos e a segunda – denominada Exemplos – oito capítulos.

Em artigo publicado na Revista Espírita de setembro de 1865, Kardec, ao fazer a apresentação de O Céu e o Inferno, informa, principalmente, o objetivo do livro, as matérias e a forma como aí foram organizadas.

São suas palavras:

► O título desta obra indica claramente o seu objetivo.

Aí reunimos todos os elementos próprios para esclarecer o homem sobre o seu destino. (21)

A primeira parte desta obra, intitulada Doutrina, contém o exame comparado das diversas crenças sobre o céu e o inferno...,

...os anjos e os demônios...,

...as penas e as recompensas futuras;

O dogma das penas eternas aí é encarado de maneira especial e refutado por argumentos tirados das próprias leis da Natureza, e que demonstram não só o seu lado ilógico, já assinalado centenas de vezes, mas a sua impossibilidade material.

Com as penas eternas caem, naturalmente, as consequências que se acreditava delas poder tirar.

► A segunda parte encerra numerosos exemplos em apoio da teoria, ou, melhor, que serviram para estabelecer a teoria.

Colhem sua teoria na diversidade dos tempos e lugares onde foram obtidas, porquanto, se emanassem de uma única fonte, poderiam ser consideradas como produto de uma mesma influência.

► Além disso, colhem-na na sua concordância com o que diariamente se obtém em toda parte onde se ocupam das manifestações espíritas de um ponto de vista sério e filosófico.

Esses exemplos poderiam ter sido multiplicados ao infinito, pois não há centro espírita que não os possa fornecer em notável contingente.

Para evitar repetições fastidiosas, tivemos de fazer uma escolha entre os mais instrutivos.

Cada um desses exemplos é um estudo em que todas as palavras têm o seu alcance para quem quer que as medite com atenção, porque de cada lado jorra uma luz sobre a situação da alma depois da morte, e a passagem, até então tão obscura e tão temida, da vida corporal à vida espiritual.

É o guia do viajor, antes de entrar num país novo.

A vida de além-túmulo aí se desdobra sob todos os seus aspectos, como um vasto panorama;

Cada um aí colherá novos motivos de esperança e de consolação, e novos suportes para firmar a fé no futuro e na justiça de Deus. (22).

Publicado em janeiro de 1868, com o nome de A Gênese – os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, este livro fecha o ciclo das obras da Codificação Espírita.

Em sua folha de rosto está escrito: ► A Doutrina Espírita há resultado do ensino

coletivo e concordante dos Espíritos.

A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza.

Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas.

Para Deus, o passado e o futuro são o presente. (9).

O objeto desta obra é, conforme o título indica, o estudo de três pontos, a saber:

Capítulos I (1) ao XII (12): A gênese (Origem; formação; criação), propriamente dita;

Capítulos XIII (13) ao XV (15): os milagres;

Capítulo XVI (16) ao XVIII (18): as predições. (10)

Em mensagem datada de dezembro de 1867, o Espírito São Luís, referindo-se ao livro que estava prestes a surgir, assim se expressa:

► Esta obra vem a propósito, no sentido de que a Doutrina está hoje bem firmada do ponto de vista moral e religioso.

Seja qual for a direção que tome doravante, tem raízes muito profundas no coração dos adeptos, para que ninguém possa temer se desvie ela de sua rota.

O Espiritismo atualmente entra numa nova fase.

Ao atributo de consolador alia o de instrutor e diretor do espírito, em ciência e em filosofia, como em moralidade.

A caridade, sua base inabalável, dele fez o laço das almas eternas;

A ciência...,

A solidariedade...,

A progressão...,

O espírito liberal dele farão o traço de união das almas fortes.

[...] A questão de origem que se liga à Gênese é para todos apaixonante.

Um livro escrito sobre esta matéria deve, em consequência, interessar a todos os espíritos sérios.

Por esse livro, como vos disse, o Espiritismo entra numa nova fase e esta preparará as vias da fase que se abrirá mais tarde [...]. (37).

É que, com [...] o seu livro A Gênese, o Codificador abria uma brecha seríssima em vastos domínios da Ciência, sem deixar, por isso, de penetrar em ínvios (intransitáveis) terrenos antes reservados à Teologia ou à Filosofia [...]. (38)

No que se refere à importância e oportunidade da obra, duas mensagens – endereçadas a Kardec pelos Espíritos que o secundaram na sua elaboração – merecem destaque.

A primeira, datada de setembro de 1867, diz o seguinte:

► Pessoalmente, estou satisfeito com o trabalho [de elaboração de A Gênese], mas a minha opinião pouco vale, a par da satisfação daqueles a quem ela transformará.

O que, sobretudo, me alegra são as consequências que produzirá sobre as massas, tanto no espaço, quanto na Terra. (19).

A segunda, com data de julho de 1868, afirma:

► Está apenas em começo a impulsão que A Gênese produziu e muitos elementos, abalados por ela, se colocarão, dentro em pouco, sob a tua bandeira.

Outras obras sérias também aparecerão, para acabar de esclarecer o juízo humano sobre a nova doutrina. (20).

Conforme foi previsto nessas mensagens, muitos ficaram realmente abalados pelos novos estudos e, como consequência, surgiram importantes pesquisas, livros, tratados, marcas da fase nova na qual entrara o Espiritismo, de acordo com a afirmativa do Espírito São Luís: [...]

► O Espiritismo entra numa nova fase e esta preparará as vias da fase que se abrirá mais tarde [...] cada coisa deve vir a seu tempo. (38)

► Existe uma concordância de princípios nas obras da Codificação Espírita, de forma que, em O Livro dos Espíritos – a primeira obra básica publicada – há um núcleo central e conceitos espíritas que compreende o livro primeiro ou parte primeira e o livro segundo ou parte segunda até o capítulo VI, e que tratam, respectivamente, «Das Causas Primárias » e do «Mundo Espírita».

O livro segundo ou a parte segunda, do capítulo VI ao XI, constitui a fonte de O Livro dos Médiuns.

O livro terceiro ou a parte terceira) «Das leis Morais», origina o Evangelho Segundo o Espiritismo.

O livro quarto ou a parte quatro «Das esperanças e consolações» fornece subsídios para o livro O Céu e o Inferno.

A Gênese, por sua vez, tem como fonte:

O livro primeiro ou a parte primeira) capítulos II, III e IV;

O livro segundo ou a parte segunda capítulos IX, X e XI e o livro terceiro ou a parte terceira capítulos IV e V.

A Introdução e os Prolegômenos de O Livro dos Espíritos originou a obra O que é o Espiritismo.

Esta obra, na verdade, não faz parte do chamado pentateuco kardequiano.

Foi citada para indicar a sua origem. (27).

Veja esquema em anexo. ► Essa concordância revela a unidade doutrinária do Espiritismo, conforme registra Deolindo Amorim, em seus Cadernos Doutrinários.

Diz este eminente pensador espírita que O Livro dos Espíritos é a coluna central do Espiritismo, não só porque foi a primeira obra a ser publicada, mas porque nele estão inseridos os ensinos básicos da Doutrina.

Todos os demais livros da Codificação contêm o desdobramento desses ensinos, constituindo com O Livro dos Espíritos um corpo de doutrina, em que todas as partes se ajustam de forma harmônica e interdependente.

Assinala ainda o mencionado autor que, possuindo a Doutrina Espírita três aspectos fundamentais – científico, filosófico e religioso –, não poderiam esses ser estudados ou desenvolvidos de modo unilateral, sob pena de se quebrar a referida unidade doutrinária.

Do mesmo modo, seria inconveniente fazer um estudo exclusivo de O Livro dos Espíritos, ou de O Evangelho segundo o Espiritismo, e assim por diante, porque, estando todas as obras da Codificação interligadas, perder-se- ia a visão de conjunto, indispensável à sua compreensão.

Ressalta, por fim, que a força da Doutrina Espírita está, justamente, na segurança de sua unidade. (25)

► Concluindo com Emmanuel, pode-se dizer que...:

[...] os princípios codificados por Allan Kardec abrem uma nova era para o Espírito humano, compelindo-o à auscultação (ao conhecimento) de si mesmo, no reajuste dos caminhos traçados por Jesus ao verdadeiro progresso da alma, e explicam que o Espiritismo, por isso mesmo, é o disciplinador de nossa liberdade, não apenas para que tenhamos na Terra uma vida social dignificante, mas também para que tenhamos, no campo do espírito, uma vida individual harmoniosa, devidamente ajustada aos impositivos da Vida Universal Perfeita, consoante as normas de Eterna Justiça, elaboradas pelo supremo equilíbrio das Leis de Deus. (39).

Livro Segundo(Vida Espírita)Cap. 6 a 11

Núcleo Central - Livro Primeiro – As Causas Primárias. Cap. I a IVLivro Segundo - Mundo Espírita ou mundo dos Espíritos – Cap. I a V.

Livro Quarto(Esperanças e Consolações)

Cap. 1 e 2

Introdução e Prolegômenos

Livro Terceiro(Leis Morais)Cap. 1 a 12

Livro Primeiro(Causas Primárias- Cap. 2 - 3 e 4)

Livro Segundo(Mundo espírita- Cap. 9 -10 e 11)Parte do Livro Terceiro

(que trata dos Problemas Genésicos e da Evolução Física da Terra)

Base p/ O Livro dos Médiuns

Base p/ O Evangelho Segundo o Espiritismo

Base p/ O Céu e o Inferno

Base p/ A Gênese

Base p/ O que é o Espiritismo

O Espírito Hilário Silva no livro "O

Espírito de Verdade" (FEB), nos conta uma

história acontecida na França do tempo de

Kardec de um livreiro que manda para Kardec

um livro ricamente encadernado e narra na

dedicatória que estava quase para se suicidar

pulando da ponte no rio Sena, quando tocou

em algo que caiu no chão, era "O Livro dos

Espíritos“ - curioso ele leu o livro, pois que, no

mesmo estava escrito na folha de rosto:

Este livro salvou a

Este livro salvou a

minha vida

minha vida

e eu espero que

e eu espero que

salve a sua também

salve a sua também..

ReferênciaReferência

BibliográfBibliográficaica

1. KARDEC, Allan. O Céu e Inferno. Tradução Manuel Justiniano Quintão. 58ª ed. Rio de Janeiro: FEB 2005. – Folha de Rosto – Pág. 3.

2.______. O Evangelho Segundo Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 124ª ed. Rio de Janeiro: FEB 2005 – Folha de Rosto - Pág. 3.

3. ______. Prefácio – Nota de Rodapé - Pág. 23.

4. ______. Introdução – Item: I – Objetivo desta Obra - Pág. 25.

5. ______. Pág. 25-26.

6. ______. Pág. 26.

7. ______. Pág. 26-27.

8. ______. Pág. 27.

9.________.A Gênese. Tradução Guillon Ribeiro. 48ª ed. Rio de Janeiro: FEB 2005. – Folha de Rosto.

10. ______.Introdução - Pág. 265-266.

11.______.O Livro dos Espíritos. Tradução Guillon Ribeiro. 86ª ed. Rio de Janeiro: FEB 2005. – Folha de Rosto – Pág. 3.

12. ______.Tábua das Matérias - Pág. 7-12.

13. ______.Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita - Pág. 13.

2 14. ______.Prolegômenos – Pág, 48-50.

15. ______.Pág. 49.

16. ______. Tábua das Matérias - Pág. 477-494.

17.______.O Livro dos Médiuns. Tradução Guillon Ribeiro. 76ª ed. Rio de Janeiro: FEB 2005. – Folha de Rosto – Pág. 3.

18.______.Introdução - Pág. 13-14. 19.______.Obras Póstumas. Tradução Guillon Ribeiro. 76ª ed. Rio de Janeiro: FEB 2005. – Segunda Parte – (Minha Nova Obra Sobre a Gênese) - Pág. 332. 20.______.(Meus Trabalhos Pessoais) – Pág. 335. 21.______.Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos. Ano 1865 – Tradução de Evandro Noleto Bezerra – Poesias traduzidas por Inaldo Lacerda. Rio de Janeiro: FEB 2005 – Ano 8 – Setembro de 1865. Nº 9 - Pág. 377. 22. ______.Pág. 380-381.

23. AMORIM, Deolindo. Cadernos Doutrinários. 1ª Ed. Salvador: Circulus 2000. Caderno nº 5 – (Origem, Plano e Conteúdo Geral de O Livro dos Espíritos) Pág. 109-120. 24. ______.Pág. 112. 25. ______.(Unidade da Doutrina) - Pág. 142-144. 26. BARBOSA, Pedro. O Espiritismo Básico. 5ª Ed. Rio de Janeiro: FEB 2002. Segunda Parte – (Análise Sintética das Obras...). Cap. 1 - Pág. 114-115. 27. ______.Pág. 115-116. 28. ______.Cap. 2 - Pág. 117. 29. ______.Pág. 118. 30. ______.Pág. 119. 31. ______.Cap. 6 (Conclusões) - Pág. 126.

32. ______.Pág. 127. 33. MIRANDA, Hermínio C. A Obras de Kardec e Kardec Diante da Obra. Reformador - Rio de Janeiro: FEB ano 90 - nº 3 - Março de 1972 - Pág. 7 34. ______.Pág. 8. 35. ______.Pág. 10. 36. WANTUIL, Zéus & THIESEN, Francisco. Allan Kardec. Rio de Janeiro: FEB 19998 – Vol. 3 – Cap. 1 (As Obras Espíritas de Allan Kardec) - Pág. 15. 37. ______.Pág. 286-289. 38. ______.Pág. 290. 39. XAVIER, Francisco Cândido. Ação e Reação. Pelo Espírito André Luiz - Rio de Janeiro: FEB 2006 – Ante o Centenário (Introdução de Emmanuel) - Pág. 8.

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