ROTEIRO
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Centro Histórico da
Guardaum lugar comVida
NSAÍDA
ALVENDRE
RIO DIZA25
N16DIRECÇÃO PINHEL
A25ESPANHA
QUINTA DOS BENTOS
BAIRRO DA LUZ
PISCINASMUNICIPAIS
VISEUPORTO
COIMBRA
COVILHÃCAST. BRANCO
LISBOAVICEG
A23
Guia do Património
Centro Histórico da Guarda - Acessos
Contactos Úteis Agência para a Promoção da Guarda ............................... 271 232 570
Bombeiros Voluntários da Guarda .................................... 271 222 115
Câmara Municipal da Guarda ............................................ 271 220 220
Caminhos-de-Ferro de Portugal ........................................ 808 208 208
Centro Coordenador de Transportes ................................. 271 221 754
Centro de Recepção de Visitantes da Torre de Menagem 271 224 372
Centro de Saúde ................................................................... 271 200 800
GNR ........................................................................................ 271 222 633
Unidade Local de Saúde ...................................................... 271 200 200
Museu da Guarda ................................................................ 271 213 460
Número Nacional de Socorro ............................................. 112
Posto de Turismo .................................................................. 271 205 530
PSP ......................................................................................... 271 222 022
Táxis ....................................................................................... 271 221 863 271 221 209 271 239 163
Legenda 1 - Marcas Cruciformes, R. Bernardo Xavier Freire, n.º 8. Porta. Ombreira direita, face interna. 2 - Marca Cruciforme, R. da Glória, n.º 22. Porta. Ombreira direita, face externa. 3 - Marca Cruciforme, R. da Glória, n.º 2. Porta. Ombreira direita, face interna. 4 - Marcas Cruciformes, Porta D’El Rei. Porta. Parte interior da cerca, lado direito. Ombreira direita, face interna. 5 - Outra Marca, R. de S. Vicente, n.º 58. Porta. Ombreira esquerda, face externa. 6 - Marca Cruciforme, R. de S. Vicente, n.º 50. Porta. Ombreira direita, face externa. 7 - Marca Cruciforme, R. de S. Vicente, n.º 36. Porta. Ombreira esquerda, face externa. 8 - Marca Cruciforme, R. de S. Vicente, n.º 21. Inserida no alçado principal. 9 - Marcas Cruciformes, Largo de S. Vicente (SMAS). Alçado lateral direito. Janela. Ombreira direita, face externa. 1.ª Porta. Ombreira direita, face externa; 2.ª Porta. Ombreira direita, face externa; 4.ª Porta. Ombreira direita, face externa; 5.ª Porta. Ombreira esquerda, face externa.10 - Marca Cruciforme, R. da Trindade, n.º 10-A. Porta. Ombreira direita, face interna.11 - Marcas Longitudinais, R. da Trindade, n.º 26. Porta. Ombreira direita, face interna.12 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 22. Porta. Ombreira direita, face interna.13 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 53. Porta. Ombreira direita, face externa.14 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 55. Porta. Ombreira direita, face interna.15 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 101. Porta. Ombreira direita, face externa.16 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 111. Porta. Ombreira esquerda, face interna.17 - Marca Cruciforme, R. do Amparo, n.º 115. Porta. Ombreira direita, face externa.18 - Marca Cruciforme, R. do Torreão, n.º 34. Porta. Ombreira direita, face externa.19 - Marca Cruciforme, R. das Taipas, n.º 4. Porta. Ombreira esquerda, face interna.20 - Marca Cruciforme, R. do Torreão, n.º 9. Porta. Ombreira direita, face interna.21 - Marca Cruciforme, R. D. Sancho I, n.º 19. Porta. Ombreira direita, face externa.22 - Marca Cruciforme, R. D. Sancho I, n.º 15. Porta. Ombreira direita, face interna.23 - Marca Cruciforme, R. D. Sancho I, n.º 3. Porta. Ombreira direita, face externa.24 - Marca Cruciforme, R. D. Dinis, n.º 10. Porta. Ombreira esquerda, face externa.25 - Marcas Cruciformes, R. Rui de Pina n.º 4, 6. Painel entre portas. Porta. Ombreira direita, face interna.26 - Marcas Cruciformes, R. Rui de Pina, n.º 31. Porta. Ombreira direita, face externa e interna. Ombreira esquerda, face externa e interna. 27 - Marca Cruciforme, Largo do Passo do Biu, n.º 5. Porta. Ombreira direita, face interna.28 - Marcas Cruciformes, Largo do Passo do Biu, n.º 3. Porta. Ombreira esquerda, face externa. Ombreira direita, face interna.29 - Marca Cruciforme, Largo do Passo do Biu, n.º 33. Porta. Ombreira esquerda, face externa.30 - Marcas Cruciformes e Outra Marca. Av. Bombeiros Voluntários Egitanienses n.º 47/53. 1ª Porta. Ombreira esquerda, face interna. 2ª Porta. Ombreira direita, face externa. Ombreira esquerda face externa. 4ª Porta. Ombreira direita, face interna e externa. Ombreira esquerda, face interna e externa.31 - Marcas Cruciformes, R. da Paz, n.º 12. 2ª Porta. Ombreira esquerda, face interna. 32 - Marca Cruciforme, R. da Paz, n.º 24. Porta. Ombreira direita, face interna.33 - Marca Cruciforme, R. da Paz, n.º 19. Porta. Ombreira direita, face externa.34 - Marcas Cruciformes, R. da Fraternidade, n.º 29, 31. Porta. Ombreira esquerda, face interna e externa. Ombreira direita, face externa.35 - Marcas Cruciforme, R. da Fraternidade, nº. 36. Porta. Ombreira direita, face externa. Ombreira esquerda, face interna.36 - Marca Cruciforme, R. da Torre, n.º 33. Painel entre portas.37 - Marca Cruciforme, R. dos Clérigos, n.º 9. Porta. Ombreira esquerda, face interna.38 - Marca Cruciforme, R. da Torre, n.º 21. Porta. Ombreira direita, face interna.39 - Marca Cruciforme, R. Sacadura Cabral, n.º 39. Porta. Ombreira esquerda, face interna.40 - Marcas Cruciformes, R. Sacadura Cabral, n.º 35. Porta. Ombreira direita, face externa.41 - Marcas Cruciformes, R. Sacadura Cabral, n.º 28, 24. Porta. Ombreira direita, face externa. Porta. Ombreira esquerda, face externa e interna. Porta. Ombreira direita, face interna e externa. 42 - Marca Cruciforme, R. Sacadura Cabral, n.º 11. Porta. Ombreira direita, face externa.43 - Marca Cruciforme, R. Dr. António Júlio, n.º 25. Porta. Ombreira direita, face externa.44 - Marca Cruciforme, Praça Luís de Camões, n.º 36. Porta. Ombreira direita, face interna.45 - Marcas Cruciformes, R. da Torre, n.º 3, 7. Porta. Ombreira direita, face interna. Porta. Ombreira esquerda, face interna.46 - Marca Cruciforme, R. Tenente Valadim n.º 62. Porta. Ombreira esquerda, face externa.47 - Marca Cruciforme, R. Tenente Valadim, n.º 46. Porta. Ombreira esquerda, face externa.48 - Marca Cruciforme, Largo Dr. João D’Almeida, n.º 15. Porta. Ombreira direita, face externa. Ombreira esquerda, face externa.
Os CruciformesA cruz é um símbolo mágico/religioso cuja emergência no tempo é di�cil de
apontar com rigor mas que foi apropriada por diversas religiões mono e politeístas. O seu uso é anterior a Jesus Cristo e possui, portanto, um signi�cado que ultrapassa a religião cristã. Ainda assim, parece não haver dúvidas de que foi o Cristianismo (após o século IV e devido ao sonho premonitório do Imperador romano Constan-tino), que se apoderou da Cruz como símbolo identi�cador da morte de Cristo cruci�cado. Mas, mais do que um símbolo representativo do ponto de vista religio-so e católico, a marcação de uma cruz possui foros de prática quase mágica, gran-jeando para pessoas, espaços e artefactos a protecção do mundo sobrenatural.
É possível identi�car este tipo de marcas tanto em espaços rurais, como urbanos, em imóveis de arquitectura civil, religiosa e militar.
Ainda que, veri�cando-se estas marcas fora dos centros urbanos, a existência de cruciformes gravados em ombreiras de porta e fachadas de edí�cios parece ser um fenómeno maioritariamente urbano e regista-se, preferencialmente, nas zonas mais antigas e de tradição medieval das povoações. Contudo, o fenómeno não é característica exclusiva de imóveis datáveis de época medieval, identi�cando-se também cruzes gravadas em ombreiras de porta em edí�cios cuja traça arquitectó-nica remete a sua construção para os séculos XVI, XVII, XVIII e XIX. Neste contexto, a gravação de uma cruz, deve ser entendida na perspectiva vasta e genérica de acto de sacralização de um espaço tido com herético, em consequência de uma ocupa-ção anterior por membros de um credo religioso minoritário, como foram os judeus. Pode também ser interpretada como resultando da vontade ou necessida-de de mostrar objectivamente a adesão a um credo religioso.
Marcas na MezuzahO texto do Shemá Israel é uma das orações fundamentais do povo judaico. Cons-
titui uma a�rmação do culto monoteísta, que manda recordá-lo a cada momento da vida e procura evitar o seu esquecimento por diversas formas, nomeadamente, pelo dever do crente em escrevê-lo nas ombreiras das portas da sua casa. A obriga-ção de marcar na Mezuzah, palavra hebraica para ombreira de porta, a adesão ao culto monoteísta judaico, pode explicar a identi�cação de concavidades de cerca de 10 cm de altura e 2 de largura e outros tantos de profundidade nas ombreiras das portas, geralmente na jamba direita a cerca de 2/3 de altura a partir da soleira da porta. Estas concavidades destinavam-se a abrigar, completamente ou não, um estojo que continha no seu interior um pequeno rolo de pergaminho em que se escreviam, de forma ritual, as palavras de Dt 6,4-9 e 11,13-21, excertos de dois Livros do Antigo Testamento. Para denominar este artefacto religioso, utiliza-se comum-mente a designação de Mezuzah.
A Mezuzah continua hoje a apresentar-se, entre outros artefactos, como um poderoso símbolo identi�cativo e muito comum numa casa judaica, manifestando-se não só, como o elemento material que lembra a cada família as características do seu Deus mas, simbolizando também a protecção divina dispen-sada por Deus à Família e Casa judaica.
Os Rasgos LongitudinaisEste género de marcas é constituído por rasgos abertos na pedra, com uma
orientação tendencialmente vertical, podendo atingir uma profundidade de 5 cm e um comprimento que pode oscilar entre os 10 e os 50 cm. Apresentam-se isolada-mente, ou num conjunto de vários rasgos. Quando se registam nas ombreiras das portas parece não existir preferência pela direita ou pela esquerda, sendo o mais comum registarem-se em ambas. Veri�ca-se ainda que são identi�cáveis tanto em imóveis que tiveram um uso habitacional e artesanal, como em edifícios de arqui-tectura religiosa e militar.
Para a explicação deste fenómeno tem sido levantada a hipótese das necessida-des do trabalho artesanal e, em algumas povoações, são interpretados, pelos habitantes, como resultando da necessidade dos sapateiros a�arem as sovelas. Noutras localidades, são explicados como consequência do a�ar das espadas dos soldados. Contudo, outras abordagens devem ser tidas em linha de conta, dado o tipo de imóveis em que estes se podem identi�car. Assim, consideramos que, por detrás desta prática pode estar um ritual de carácter mágico/religioso continuador da velha prática hebraico/judaica de marcar nas ombreiras das portas a adesão a um culto e de, paralelamente, recolher para o interior do espaço construído alguma forma de protecção divina.
O Urbanismo e a Arquitectura no Contexto JudaicoEmbora a Judiaria da Guarda não apresente grandes diferenças de traçado
urbano relativamente ao restante núcleo medieval e espaço intra-muralhas, encon-tramos, no entanto, características que o identi�cam e o individualizam da restante área do Centro Histórico.
A implantação dos edifícios e o traçado dos arruamentos apresentam-se com uma estrutura irregular e descontínua ladeada por uma malha medieval com um traçado mais ortogonal e racionalista.
Veri�ca-se uma grande compactação urbana, com construção em banda. As ruas ganham um traçado irregular, sem grandes pontos de vista onde as fachadas dos imóveis criam movimento e ondulação entre os seus planos.
No campo da arquitectura, podemos constatar que os imóveis possuem uma planta de base trapezoidal onde impera a sobriedade, a robustez, a escala modesta, o recorte das portas e janelas por molduras rectilíneas e o predomínio das paredes em prol dos vãos, entre os quais não existe relação. São na maioria de um ou dois pisos, em alvenaria de granito e vãos assimétricos que transmitem maior dinamis-mo. A sua ocupação interior distribui-se: habitação no andar superior e comércio no r/chão.
A maioria das casas referenciadas possui portas com ombreiras e tosas biseladas de con�guração rectilínea e em dois casos em abóbodas de berço. No respeitante aos vãos das janelas estes assumem uma dimensão pequena ou média e apresen-tam na maioria das vezes entre si decorações diferentes, com irregularidades, sem repetitividade e sem alinhamentos na sua distribuição, em termos de fachada.
Estes imóveis possuem uma arquitectura orgânica onde a assimetria, a dissonân-cia e a tridimensionalidade antiperspectiva é preponderante e indiscutível.
Roteiro das Marcas Mágico-Religiosas
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Créditos Fotográ�cosFoto a - Virgem em Majestade com o Menino | Museu da Guarda | José Pessoa | Instituto dos Museus e da Conservação, I.P.Restantes fotos - Arménio Bernardo | Agência para a Promoção da Guarda
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ROTEIRO DAS MARCAS MÁGICO RELIGIOSASMais de oito séculos de História encerram, na
Guarda, uma dualidade cultural e religiosa entre católicos e judeus, legando à cidade uma valiosa herança. Escondidos nas ruas estreitas da urbe existem pormenores únicos da arquitectura civil e militar e também marcas de um património desco-nhecido e que passa desapercebido ao olhar menos atento.
No Roteiro lançamos o desa�o de viajar pelo mundo das Marcas Mágico Religiosas existentes no Centro Histórico, levando o visitante a desco-brir um conjunto de gravações nas ombreiras das portas que souberam resistir ao passar do tempo.
conserva-se o imponente retábulo escultórico maneirista, em pedra de ançã, atribuído à escola de João de Ruão e que corresponde a uma hierarquia do espaço celeste. Sete capelas irradiam ao longo das naves laterais, destacando-se de entre elas a Capela dos Pinas, com um magní�co portal renascentista e a Capela dos Ferros, datada de �nais do séc. XVI.
italiana), um medalhão de guerreiro com elmo, um querubim, cornucópias e outros elementos vegetais. Por sua vez, o peitoril, em baixo, apresenta um medalhão com um per�l de guerreiro. A sua execução datará do reinado de D. João III (1521-1557), aquando da construção da Sé da Guarda, salientando-se as semelhanças com a molduração do pórtico da Capela dos Pinas.
con�uem três ruas), nas proximidades da Porta D’El Rei e outra localizada no Adro de S. Vicente. A partir de 1496, com o Édito de Expulsão, esta comunidade teve de optar pela fuga ou pela conversão, mesmo que aparente. Alguns terão fugido, outros permaneceram na cidade, saindo da Judiaria, disseminando-se por novas ruas da cidade, mas continuando a judaizar, apesar das proibições. Hoje, por entre o emaranhado de ruas estreitas, conserva-se este bairro de casas térreas ou de um andar, janelas abalconadas e um ou outro alpendre que perpetuam a presen-ça dos Judeus na cidade.
datada de �nais do século XIII, inícios do século XIV), ambas viradas a nascente, surgindo no lado oposto a Porta D’El Rei. Já no ponto mais elevado da cidade, a 1056m, encontra-se a Torre de Menagem que apresenta uma planta pentagonal irregular e dois andares. Esta faria parte de um amplo complexo defensivo, datando o início da sua construção de �nais do século XIII.
Aqui a simbologia cruciforme impera, acompanhada por vezes de datas e anagramas religio-sos, merecendo especial referência pelo valor patrimonial e estético. Ainda que a interpretação destes elementos cruciformes possa não obedecer a uma explicação única, a sua existência pode ser comprovada ao percorrer as ruas da antiga cidadela medieval ainda hoje protegida por visíveis panos de muralha (ver roteiro detalhado no verso).
da e policromada dos altares laterais, colaterais e mor que mais se destacam neste espaço. O templo integra um conjunto arquitectónico formado pela igreja e anexos assistenciais, adossa-dos ao alçado lateral direito, onde funcionava o Hospital da Misericórdia. De planta em U, destaca-se pelas galerias alpendradas, de recorte seiscentista.
raros ornamentos dizem respeito às armas do bispo e a elementos que enquadram inscrições no portal principal e no cunhal da fachada. Apresenta no seu interior pátios com alpendre, onde se destacam as colunas de capitel jónico e as cornijas salientes com gárgulas de canhão. Na fachada do templo evidencia-se o nicho e os dois janelões que a decoram.
GUARDA – COMÉRCIO COM TRADIÇÃO
O Centro Histórico da Guarda, no coração da cidade, apresenta uma grande variedade de actividades comerciais. Ao longo das várias artérias distribuem-se estabelecimentos de restauração, artesanato, produtos regionais e uma grande oferta de artigos de moda e serviços.
Aqui poderá saborear o bom queijo da Serra e os inigualáveis enchidos, dos quais se destaca a famosa morcela da Guarda.
À noite atreva-se a conhecer os bares disseminados pelo Centro Histórico e o seu ambiente acolhedor, podendo ainda pernoitar numa das unidades hoteleiras ou de turismo de habitação aqui sedeadas.
Para além da qualidade e variedade da oferta, do sabor genuíno da gastronomia local e regional, da imagem e do ambiente das lojas e do serviço personalizado ao cliente, o Centro Urbano oferece ainda espaços verdes acolhedores e um vasto património histórico e cultural para um passeio em família.
GUARDA – SÉCULOS DE HISTÓRIA
A Guarda é um dos principais Centros Urbanos da Beira Interior e apresenta excelentes comunicações com o Litoral, com a vizinha Espanha e com todo o Interior do território nacional. É história e cultura, com um núcleo medieval de excelência, com notáveis edifícios e monumentos, com espaços museológicos e de exposições, com actividades lúdicas e eventos desportivos e com uma cuidada programação cultural.
A atribuição da Carta de Foral à Guarda, a 27 de Novembro de 1199, pelo Rei D. Sancho I, marca a origem da cidade mais alta de Portugal. No interior do seu Centro Histórico, herança da cidade medieval que confere a esta zona características singulares, existem muitos locais de interesse que merecem uma demorada visita e um passeio pela tranquilidade dos recantos, onde cada rua representa uma descoberta e um testemunho da sua história com mais de 800 anos.
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1 PRAÇA DE LUÍS DE CAMÕESLocalizado em pleno Centro Histórico, este
espaço é um dos locais mais emblemáticos da cidade desde o período Medieval. Reza a lenda que logo em 1202, com a transferência da sede da diocese de Idanha-a-Velha para a Guarda, D. Sancho I terá mandado aqui edi�car a primeira Sé Catedral. Já no século XIV o local volta a ser escolhido para a construção da terceira Sé Catedral da cidade. Hoje a malha urbana existente no local evidencia uma ampla Praça delimitada por um magní�co enquadramento de edifícios de diversas épocas e estilos. A sul domina a majesta-de gótica da Sé Catedral, a norte a Praça é fechada
por um conjunto de edifícios do séc. XVII, com alpendre, popularmente conhecido como o Edifício dos Balcões. Já no lado nascente é de salientar o edifício dos antigos Paços do Conce-lho, do séc. XVII com belas gárgulas e algumas esferas armilares, e no lado poente o Solar dos Póvoas, também datado do séc. XVII. Merecem ainda referência a estátua do Rei D. Sancho I, o fundador da cidade, localizada junto à Sé e datada de 1956, e o Solar de Alarcão, datado do séc. XVII e que compreende um imóvel solarengo e uma capela.
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2 CATEDRALA construção da Sé Catedral da cidade decorreu
ao longo de quase dois séculos, entre 1390 e 1540, aproximadamente, podendo nela ser observados diferentes estilos arquitectónicos: o Românico, o Gótico e o Manuelino. Do primeiro destacam-se os contrafortes, a planta e as duas torres que ladeiam o portal principal. Do Gótico a cruzaria de ogivas que suporta as abóbadas e o portal virado a norte, para a Praça de Luís de Camões. Do Manuelino saliente-se o arco trilobado, as colunas torsas e o portal principal.
O interior, de três naves, possui transepto saliente e cabeceira tripartida. Na capela-mor
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3 JANELA RENASCENTISTANa Rua Dr. Francisco de Passos ergue-se um
austero edifício de três pisos, em cuja fachada, revestida a cantaria de granito, se destaca um interessante janelão quinhentista. Trata-se de uma elegante moldura em meia-cana, correndo desde o peitoril até ao lintel, onde forma um arco contra-curvado e trilobado, rematado com cogulhos.
Esta destaca-se pela exuberante decoração que apresenta. À esquerda, no sentido ascendente, há um querubim, um diabo, gol�nhos e cornucópias. Na parte superior, elementos vegetais estilizados. No lado direito, duas aves que se beijam, um elemento Candelieri (típico da arte renascentista
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4 IGREJA DE S. VICENTEDe origem medieval, a Igreja de S. Vicente foi
reedi�cada no ano de 1790, conforme inscrição na lápide patente na capela baptismal, pelo Bispo D. Jerónimo Carvalhal e Silva.
Possui uma planta simples e a fachada é ladea-da por duas elegantes torres sineiras onde se destaca, para além do portal decorado, o orgulho-so brasão episcopal com as armas de D. Jerónimo. A sobriedade do exterior em nada denuncia a beleza e a riqueza do interior. Na nave única, para além do barroco representado no altar-mor, nos laterais e nos dois púlpitos, de talha dourada, é de destacar o programa de azulejos �gurativos que
5 JUDIARIAA Judiaria da Guarda localiza-se no interior da
cidade amuralhada, nas proximidades da Porta D’El Rei. A comunidade Judaica da Guarda, foi durante muito tempo, uma das mais importantes do país, além de ser uma das mais antigas (a primeira referência surge no século XII). Esta comuna, que constituía um mundo à parte dentro da cidade, possuía uma Atafona, dois Açougues, uma Sinagoga e respectivo Mikvé ou espaço para banhos rituais, e um espaço de enterramento para os membros da comunidade. A entrada na Judiaria fazia-se por duas portas: uma localizada no sítio conhecido por Quatro Quinas (local onde
6 FORTIFICAÇÃO
A forti�cação da Guarda é a estrutura edi�cada que melhor representa o carácter da cidade, e não resulta apenas da altura em que a cidade nasceu, mas também das reformas posteriores realizadas nos reinados de D. Dinis (1279 - 1325), de D. Fernando (1367 - 1383) e de D. João I (1385 - 1433). As muralhas apresentam um traçado irregular, adaptando-se ao terreno em acentuado declive. Das cinco portas originais, que inicialmente rasgavam as muralhas, restam três: a Porta da Erva ou Porta da Estrela, a Porta dos Ferreiros (protegida por uma torre de planta quadrangular, proporcionando uma entrada em cotovelo,
7 IGREJA DA MISERICÓRDIAA construção deste templo, implantado no
exterior do perímetro amuralhado, remonta ao reinado de D. João V (1707 - 1750). Destaca-se pela sua imponente fachada principal formada por um corpo central, �anqueado por torres sineiras, ligeiramente recuadas e rematadas por fogaréus e balaustradas. A adornar toda a fachada existem janelões, óculos e um nicho decorado onde se exibe a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia. O esplendor desta Igreja barroca é também exponencial no seu interior, de nave única, onde sobressaem o coro alto, os púlpitos e as tribunas laterais. Todavia, são os retábulos de talha doura-
8 PAÇO EPISCOPAL E SEMINÁRIOO conjunto arquitectónico edi�cado nas primei-
ras décadas do século XVII, durante o domínio �lipino, inscreve-se, do ponto de vista arquitectó-nico, na corrente estética da Contra-Reforma. Apresenta uma planta em U, que ocupa todo o quarteirão e inclui, para além do Paço Episcopal (actualmente Paço da Cultura), uma capela ao centro (futuro Museu de Arte Sacra) e o antigo Seminário Episcopal (onde se encontra instalado o Museu da Guarda, desde 1940).
Este conjunto é notável pelas suas vastas proporções e caracteriza-se pela austeridade formal de linhas despojadas, frias e límpidas. Os
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WC
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cobrem as paredes da Igreja e se desenrolam segundo uma sequência lógica. Na capela-mor estão representadas cenas relacionadas com os Passos da Paixão, a nave apresenta um Progra-ma Mariano, com vários episódios da Vida da Virgem Maria e os painéis da capela baptismal versam a temática do Baptismo de Cristo.
9 ESPAÇOS MUSEOLÓGICOSMuseu da Guarda: instalado no antigo Seminá-
rio Episcopal e herdeiro do Museu Regional da Guarda, abriu ao público em Junho de 1985. Para além da imponência do edifício onde se encontra instalado, deve destacar-se o precioso acervo que possui, constituído por colecções de arqueologia, numismática, escultura sacra dos séculos XIII a XVIII, pintura sacra dos séculos XVI a XVIII e armaria dos séculos XVII a XX. Tem ainda algumas colecções de cerâmica, fotogra�a, etnogra�a regional, pintura e desenho de �nais do século XIX e 1ª metade do século XX.
Centro de Recepção de Visitantes da Torre de Menagem: neste Centro de Recepção evidencia-se uma pequena exposição de materiais arqueológicos que ilustram as origens do concelho e um equipamento multimédia que permi-te uma viagem pelo património construído das freguesias do concelho. Já na Torre de Mena-gem, é exibido um �lme 3D onde é possível observar os monumentos da cidade. Ainda na Torre pode subir-se ao terraço e usufruir-se de uma paisagem única do alto dos seus 1056m.
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