Roteiro Para o Trabalho de Conforto II

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ROTEIRO PARA O TRABAHO DIAGNÓSTICO, PROJETO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Fonte: Adaptado de Frota /USP, 2010 Objetivo: Aplicar, no projeto, conhecido o programa arquitetônico, os recursos que venham a imprimir, à construção e ao seu entorno, características cujas respostas venham a proporcionar Conforto Térmico ou reduzir os ganhos de calor para o sistema de ar condicionado, aplicando os conhecimentos exigências humanas, clima, insolação, formas, ventilação, materiais... 01. Local: Cidade, latitude, longitude, altitude – Anexo 22 do Manual de Conforto ou programas disponíveis no site do LABEEE. Topografia com norte geográfico (verdadeiro). Entorno próximo, com plantas, cortes, fotos. Dados de clima: temperaturas médias, médias das máximas e das máximas absolutas, médias das mínimas e das mínimas absolutas; umidade relativa (software Climaticus – FAUSP ou programas disponíveis no site do LABEEE). Observação geral de outras características quanto a possibilidades de acesso, aproveitamento da luz natural. Normas a serem aplicadas. 02. Realização do Diagnóstico Climático – pode-se utilizar o software Climaticus, disponível no endereço http://www.usp.br/fau/labaut, de modo a determinar as características básicas que a construção deva ter de modo que venha a proporcionar a resposta térmica requerida. 03. Análise qualitativa do ponto de vista da insolação geral – carta solar para a latitude e transferidores auxiliares, considerando as obstruções, para verificar as orientações mais adequadas para os diversos compartimentos que irão compor a planta, sempre associando às questões de aproveitamento da luz natural. Implantação dos edifícios em função do clima e da insolação. 04. Verificar/Escolher o partido arquitetônico, materiais e componentes a serem empregados, considerando o programa, o fluxograma e as características que o edifício deva vir a ter, inclusive, dando preferência a materiais locais e a uso de outras facilidades que a localização ofereça. 05. Escolha, segundo critérios qualitativos, do compartimento crítico (ou de alguns), para aplicação dos métodos de previsão de desempenho térmico – Escolha do ambiente. 06. Estudos geométricos de máscaras/insolação, especificamente do(s) compartimento(s) escolhido(s). Trabalhar com plantas, cortes, elevações. Traçados de Sombra no exterior e interior do ambiente (Calculo e gráfico - manual e/ou Programa Ecotect). (OPCIONAL) 07. Levantamento de áreas (m²) dos diversos elementos da envoltória do(s) compartimento(s) escolhido(s), em função de orientação solar, variedade de materiais aplicados, espessuras (e, em metro), considerando inclusive a cor. 08. Caracterização térmica dos materiais: - coef. de condutibilidade térmica do material (W/mºC), tabela Anexo 7; - resistências térmicas (m²ºC/W), p/ vedos verticais e p/ vedos horizontais e resistência térmica superficial externa (m²ºC/W) – Tabela 1 do Anexo 8; - coef. de absorção da radiação solar , função da cor externa, tabelas 1 e 2 do Anexo 10; - fator solar Str ou FS, para vidros, tabela 1 do Anexo 11 ou das vidraças com proteção, tabela 2 do Anexo 2 ou translúcidos, catálogos. 09. Determinação do coeficiente global de transmissão térmica U (W/m2ºC) para vedos opacos, para vedos transparentes ou translúcidos (perdas de calor). (Todas as superfícies - quantos materiais forem). 10. Caso uma das camadas da parede seja um espaço de ar confinado, uma das camadas fica expressa por Rar,- tabela 2 do Anexo 9, tendo a emissividade os seguintes valores: 0,9 para superfícies correntes, 0,5 para pintura com pigmento de alumínio e 0,2 para alto brilho metálico.

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ROTEIRO PARA O TRABAHO DIAGNÓSTICO, PROJETO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 

Fonte: Adaptado de Frota /USP, 2010

Objetivo: Aplicar, no projeto, conhecido o programa arquitetônico, os recursos que venham a imprimir, à construção e ao seu entorno, características cujas respostas venham a proporcionar Conforto Térmico ou reduzir os ganhos de calor para o sistema de ar condicionado, aplicando os conhecimentos exigências humanas, clima, insolação, formas, ventilação, materiais... 01. Local: Cidade, latitude, longitude, altitude – Anexo 22 do Manual de Conforto ou programas disponíveis no site do LABEEE. Topografia com norte geográfico (verdadeiro). Entorno próximo, com plantas, cortes, fotos. Dados de clima: temperaturas médias, médias das máximas e das máximas absolutas, médias das mínimas e das mínimas absolutas; umidade relativa (software Climaticus – FAUSP ou programas disponíveis no site do LABEEE). Observação geral de outras características quanto a possibilidades de acesso, aproveitamento da luz natural. Normas a serem aplicadas. 02. Realização do Diagnóstico Climático – pode-se utilizar o software Climaticus, disponível no endereço http://www.usp.br/fau/labaut, de modo a determinar as características básicas que a construção deva ter de modo que venha a proporcionar a resposta térmica requerida. 03. Análise qualitativa do ponto de vista da insolação geral – carta solar para a latitude e transferidores auxiliares, considerando as obstruções, para verificar as orientações mais adequadas para os diversos compartimentos que irão compor a planta, sempre associando às questões de aproveitamento da luz natural. Implantação dos edifícios em função do clima e da insolação. 04. Verificar/Escolher o partido arquitetônico, materiais e componentes a serem empregados, considerando o programa, o fluxograma e as características que o edifício deva vir a ter, inclusive, dando preferência a materiais locais e a uso de outras facilidades que a localização ofereça. 05. Escolha, segundo critérios qualitativos, do compartimento crítico (ou de alguns), para aplicação dos métodos de previsão de desempenho térmico – Escolha do ambiente. 06. Estudos geométricos de máscaras/insolação, especificamente do(s) compartimento(s) escolhido(s). Trabalhar com plantas, cortes, elevações. Traçados de Sombra no exterior e interior do ambiente (Calculo e gráfico - manual e/ou Programa Ecotect). (OPCIONAL) 07. Levantamento de áreas (m²) dos diversos elementos da envoltória do(s) compartimento(s) escolhido(s), em função de orientação solar, variedade de materiais aplicados, espessuras (e, em metro), considerando inclusive a cor. 08. Caracterização térmica dos materiais: - coef. de condutibilidade térmica do material (W/mºC), tabela Anexo 7; - resistências térmicas (m²ºC/W), p/ vedos verticais e p/ vedos horizontais e resistência térmica superficial externa (m²ºC/W) – Tabela 1 do Anexo 8; - coef. de absorção da radiação solar , função da cor externa, tabelas 1 e 2 do Anexo 10; - fator solar Str ou FS, para vidros, tabela 1 do Anexo 11 ou das vidraças com proteção, tabela 2 do Anexo 2 ou translúcidos, catálogos. 09. Determinação do coeficiente global de transmissão térmica U (W/m2ºC) para vedos opacos, para vedos transparentes ou translúcidos (perdas de calor). (Todas as superfícies - quantos materiais forem). 10. Caso uma das camadas da parede seja um espaço de ar confinado, uma das camadas fica expressa por Rar,- tabela 2 do Anexo 9, tendo a emissividade os seguintes valores: 0,9 para superfícies correntes, 0,5 para pintura com pigmento de alumínio e 0,2 para alto brilho metálico.

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11. Cálculo dos ganhos de calor solar através dos elementos da envoltória, deixando em função de R (W - Radiação solar global), quando áreas, materiais, espessuras, cores externas e orientações estão definidas. Paredes opacas e paredes transparentes. Caso haja sombreamento, de paredes opacas, substituir por * - pág.45 do Manual do conforto térmico; caso haja proteção solar de

dos transparentes, usar dados de fator solar de proteções.

solar, hora a hora, com totais horários e Diários. (Solstício de nho e solstício de dezembro).

onforme potência e quantidade + 25 %, para reatores convencionais ou +

equipamentos – 60% da potência nominal, tabela 15 (melhor especificação do equipamento real.

o do funcionamento do sistema de ventilação natural, calculando o fluxo por pressão os ventos.

vação do ar, a diferença entre temperatura externa e interna e V, o lume do recinto (m³).

6. Revisão das perdas de calor pela ventilação, se necessário.

erdas de lor, que podem ser incrementadas com alterações para obter o desempenho requerido.

a que os elementos mo árvores, p.ex., não venham a prejudicar, mas até beneficiem a ventilação.

contradições e viabilidades - exemplo : abrir para ventilar e vedar para minimizar a insolação.

zação térmica / iluminação - decisões de projeto - racionalização do uso de energia edificação.

lysis BIO, Luz do Sol, entre outros estão isponíveis no site do LABEEE http://www.labeee.ufsc.br/

ve 12. Cálculo dos ganhos de calorju 13. Cálculo dos ganhos de calor gerado internamente (W) - pessoas, conforme o número presente no recinto e a atividade (calor sensível) – tabela 1; - iluminação artificial, c10% para eletrônicos; - 14. Verificaçãd 15. Cálculo das perdas de calor através da ventilação – Q’vent = 0,35 x N x V x t (W), sendo N a taxa horária de reno tvo 1 17. Caso as condições não atendam às necessidades de conforto térmico e as normas de desempenho térmico - (Zoneamento Bioclimatico brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social) - 15.220 (Projeto 02:135.07-001/Parte 01, 02 e 03), propor, utilizando os cálculos já desenvolvidos - ganhos de calor, que podem ser reduzidos e/ou pca 18. No que se refere ao entorno próximo, é necessário que este seja tratado de modo a não prejudicar as boas características do clima e até a melhorar as condições, com o adequado tratamento das superfícies – usar o máximo de superfícies de cores médias e pisos permeáveis –, sombreamentos e vegetações de rasteiras a árvores. Deve-se ter o cuidando parco 20. A todo o momento, considerar as interfaces c/ iluminação, para evitarin 21. Compatibilina 22. Alguns softwares podem ser utilizados - disponíveis no endereço http://www.usp.br/fau/labaut (Fachada/ Termicus / Brise, etc.) e o Ecotect. O ZBBR, Anad .

ação dos critérios de desempenho parcial em função da vocação dominante de uso os espaços.

habitações unifamiliares de interesse social) - 15.220 (Projeto 02:135.07-001/Parte 01, 02 e 03).

23. Hierarquizd Obs: Além do Manual do Conforto Térmico, os dados podem ser encontrados no Livro: Eficiência Energética na Arquitetura, na apostila de Desempenho Térmico – Prof. Roberto Lambert e na Norma de Desempenho Térmico (Zoneamento Bioclimatico brasileiro e diretrizes construtivas para