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    MuseologiaRoteiros Prticos

    Planejamento de Exposies

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    PLANEJAMENTO DE EXPOSIES

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    EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    Presidente Plinio Martins Filho (Pro-tempore)

    Comisso Editorial Plinio Martins Filho (Presidente)

    Jos Mindlin

    Laura de Mello e Souza

    Murillo Marx

    Oswaldo Paulo Forattini

    Diretora Editorial Silvana Biral

    Diretora Comercial Eliana Urabayashi

    Diretor Administrativo Renato Calbucci

    Editor-assistente Joo Bandeira

    Reitor Jacques Marcovitch

    Vice-reitor Adolpho Jos Melfi

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO

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    PLANEJAMENTO DE EXPOSIES

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    Direitos em lngua portuguesa reservados

    Edusp Editora da Universidade de So PauloAv. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 3746 andar Ed. da Antiga Reitoria Cidade Universitria05508-900 So Paulo SP Brasil Fax (0XX11) 3818-4151Tel. (0XX11) 3818-4008 / 3818-4150www.usp.br/edusp e-mail: [email protected]

    Printed in Brazil 2001

    Foi feito o depsito legal

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Museums and Galleries CommissionPlanejamento de Exposies / Museums and Galleries Com-

    mission; traduo de Maria Luiza Pacheco Fernandes. So Pau-

    lo: Editora da Universidade de So Paulo; Vitae, 2001. (SrieMuseologia, 2)

    Ttulo original: Effective Exhibitions Guidelines for GoodPractice

    ISBN 85-314-0644-7

    1. Exposies Organizao 2. Museologia I. Ttulo. II. S-rie.

    01-3279 CDD-069.1

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Exposies: Museologia 069.1

    Ttulo do original ingls: Effective Exhibitions Guidelines for Good Practice

    Copyright 2001 by Museums & Galleries Commission

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    SUMRIO

    Apresentao .............................................................................................. 9

    Int roduo ................................................................................................... 11

    Museums & Gall eries Commiss ion ........................................................ 13

    Agradecimentos ....................................................................................... 15

    Prefcio .................................................................................................... 17

    Plane jamento de Exposies ................................................................. 19

    Platafor ma Bsica para Exposies ..................................................... 21Plane jando Sua Expos io ..................................................................... 23

    Voc Pensou em.. .? ................................................................................ 25

    Pontos-chave ............................................................................................ 27

    Estudos de Casos ................................................................................... 29

    1. Trabalho de equipe: uma abordagem integrada para o

    desenvolvimento da exposio ......................................................... 29

    2. Desdobramento: uma exposio temporria em Welshpool ... 30

    3. Algum para Amar: aumentando o impacto de uma

    exposio ............................................................................................. 31

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    APRESENTAO

    Apresentao / 9

    Tornar disponveis em lngua portuguesa publicaes de

    interesse para a rea de museologia, a partir de originaispublicados no Reino Unido pela Museums & Galleries

    Commission (MGC)/(Comisso de Museus e Galerias),

    constitui um marco em nosso pas para o acesso literatura

    especializada nessa rea do conhecimento. Em vista da

    carncia de publicaes sobre o assunto, esperamos que essa

    iniciativa seja o primeiro passo para que se possa ampliar esse

    esforo, to necessrio para a formao e a atualizao de

    profissionais.

    Temos muito que agradecer generosidade da Museums &

    Galleries Commission de possibilitar essa iniciativa, com a

    integral cesso de direitos autorais para a presente publicao

    e tiragens subseqentes, consolidando a misso educacional

    dessa instituio dentro e fora do Reino Unido.

    Regina WeinbergDIRETORAEXECUTIVA/VITAE - APOIOCULTURA, EDUCAOE PROMOO SOCIAL

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    INTRODUO

    Introduo / 11

    A traduo para o portugus e a veiculao do texto

    Planejamento de Exposies se insere no do programa de apoioaos museus que a Vitae vem desenvolvendo. Preenche uma

    das lacunas existentes na rea da bibliografia especializada e

    estimula os museus a desenvolverem, com suas equipes, este

    tipo de trabalho interdisciplinar, independentemente do seu

    porte e/ou do tamanho de sua equipe. O texto original foi

    produzido pela Musems & Galleries Commission, um

    organismo britnico criado em 1931 para prestar consultoria

    especializada, objetivando o aprimoramento das equipes dosmuseus.

    O texto chama a ateno para a importncia da rea de

    exposio afirmando para a maior parte dos visitantes as

    exposies so o museu. Elas fornecem o ponto principal de

    contato com as colees do museu e as informaes a elas

    associadas, oferecendo ao mesmo tempo diverso e

    esclarecimento.

    Considerando a importncia das exposies, o seu papel, o

    custo e a complexidade na realizao, o guia se prope a

    oferecer uma orientao prtica que facilite o

    desenvolvimento do trabalho e desperte uma reflexo crtica

    acerca dessas exposies.

    Uma nfase muito grande dada ao planejamento que incluia definio de objetivos, o perfil da equipe adequada ao

    desenvolvimento do projeto e de seus eventuais convidados,

    a definio do pblico alvo, os recursos financeiros que

    devero ser alocados e espao fsico necessrio. Alm do

    planejamento minucioso necessria a permanente avaliao

    do processo.

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    12 / Planejamento de Exposies

    H a preocupao em definir o trabalho das exposies como

    interdisciplinar e integrado. A equipe que o desenvolverdever ser formada desde o primeiro momento, cabendo

    relevante papel ao coordenador, que poder ser um

    profissional de qualquer das reas envolvidas, desde que

    tenha aptido para liderar e garantir a concretizao do

    trabalho.

    O texto refora a idia de que qualquer museu poder conduzir

    o seu projeto se tiver clareza na formulao de seus objetivos eseriedade e propriedade em seu planejamento e sua

    execuo. O guia um estmulo produo dos museus que

    sofrem atualmente a tentao de se transformarem em meros

    espaos de recepo para exposies itinerantes de outras

    instituies ou organismos.

    A exposio encarada como um trabalho de elaborao

    interna do museu, independente de haver ou no curador ouespecialista de fora particularmente convidado para o

    projeto; portanto um fenmeno endgeno ao museu e ao

    mesmo tempo exgeno por estar voltado para o pblico-alvo

    a que se destina.

    Os estudos de caso apresentados reforam a idia de que

    exposio ao com reflexo, experimentao, pratica

    embasada em teoria, ensaio e erro.

    SOLANGEDE SAMPAIO GODOY museloga e dirigiu o Museu de Arte Moderna

    de Resende, o Museu do Primeiro Reinado e o Museu Histrico Nacional

    coordenando, neste ltimo, a montagem do atual circuito de exposies de

    longa durao.

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    MUSEUMS & GALLERIESCOMMISSION

    Museums & Galleries Commission / 13

    A Museums & Galleries Commission (MGC) o rgo

    nacional de consultoria para museus no Reino Unido.Promove os interesses dos museus e instituies afins e

    incumbe-se de um trabalho estratgico para elevar seu

    padro. A MGC presta assessoria prtica e especializada

    a museus e outras instituies e aconselha o governo quanto a

    polticas museolgicas. Por meio do seu trabalho, a MGC

    visa a estimular o maior nmero possvel de pessoas a visitar

    e apreciar os museus e instituies afins da nao.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradecimentos / 15

    A MGC agradece aos membros do Grupo Consultivo a

    contribuio dada para esta publicao:

    Mandy Barnett (Grupo de Museus e Projetos de Exposies)

    Alison Coles (Comisso de Museus)

    David Martin (Associao de Museus)

    Isla McLeod (Associao de Museus Autnomos)

    Hywel Pontin (Grupo de Exposies Itinerantes)

    Liz Ritchie (Comit dos Conselhos Regionais de Museus)

    Helen Sinclair (Associao para a Questo dos Deficientes

    em Museus)

    Emma Web (Grupo para Educao em Museus)

    O Guia Prtico da MGC pretende dar assistncia aos

    curadores e administradores de museus no sentido de

    alcanarem um alto padro de servios em seus

    estabelecimentos. Cada srie do Guia feita com a assessoria

    de especialistas com larga experincia em museus. Trata-se

    de um Guia de aconselhamento que busca dar apoio aos

    profissionais de museus que tentam desenvolver seu trabalho

    alm do padro mnimo exigido pelo Plano de Certificao

    para museus e instituies afins.

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    PREFCIO

    Prefcio / 17

    Para a maior parte dos visitantes, as exposies so o museu.

    Elas se constituem no contato inicial com os acervos domuseu e as informaes a eles associadas, oferecendo ao

    mesmo tempo diverso e conhecimento.

    Todos aqueles envolvidos na organizao de exposies tm

    uma enorme responsabilidade para com o pblico. Eles so

    intermedirios entre os acervos dos museus e os visitantes

    que vm para apreci-los. So poucos os museus que expem

    seus acervos sem preocupar-se com um mnimo de

    orientao e que deixam que o pblico tire suas prprias

    concluses; a maioria est bastante consciente da necessidade

    de oferecer uma mostra atraente e que prenda a ateno. Na

    verdade, o custo da produo constitui muitas vezes uma das

    rubricas mais importantes do oramento de capital de um

    museu e as tarefas envolvidas na criao de novas mostras so

    consideradas como as mais importantes.

    Descobrimos muito nos ltimos anos sobre a maneira comoas pessoas aprendem com as mostras. As exposies, se forem

    feitas com ateno e imaginao, podem inspirar, surpreender

    e educar. No entanto, ainda h museus que, em vez de serem

    um prazer a ser explorado, so cansativos para o visitante.

    Esta situao ocorre quando a insistncia da equipe do museu

    em contar uma histria especfica, por meio de um caminho

    especfico, exclui a descoberta ao acaso; ou quando o

    domnio de um(a) especialista, que s quer exibir seusconhecimentos, resulta em excesso de palavras, linguagem

    muito tcnica e confuso em vez de clareza.

    As exposies so muito mais do que o simples processo de

    colocar objetos em vitrines ou quadros em paredes com um

    texto e legendas. Muitos fatores diferentes influem na

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    18 / Planejamento de Exposies

    comunicao da exposio com o visitante: cor, textura, som

    e iluminao; a maneira como objetos de diferentesperodos, culturas ou reas de conhecimento so agrupados; a

    distribuio de espao na apresentao; a adequao do texto

    ao pblico-alvo e a linguagem usada; a maneira como os

    objetos so apresentados (como testemunho, elementos

    cenogrficos, elementos de comparao ou smbolos), e a

    seleo de material contextual (tais como os esboos iniciais

    para uma pintura, o testemunho do autor ou do usurio, fotos

    de um objeto durante a produo, em uso ou durante aconservao). Os mesmos objetos usados em diferentes

    montagens podem contar histrias diferentes e fornecer

    novas perspectivas ou vises. Por exemplo, apenas pela

    mudana de abordagem, o mesmo grupo de objetos de uso

    domstico do sculo XVIII pode mostrar como era a vida dos

    ingleses das classes mdia e alta em suas casas ou as novas e

    dramticas ligaes proporcionadas pelo comrcio colonial.

    Para garantir resultados mais agradveis e educativos emqualquer exposio, essencial definir o pblico-alvo e o

    objetivo do museu a fim de se obter o conhecimento

    necessrio para desenvolver uma abordagem apropriada e

    aprender a partir de experincias anteriores. A preparao e a

    montagem de uma exposio pode ser um dos processos mais

    desanimadores e, ao mesmo tempo, mais empolgantes em

    que os profissionais de museus podem se envolver. Os

    princpios expostos nesta publicao tm a inteno de ajud-los a produzir exposies eficazes, cheias de vida e ao mesmo

    tempo informativas e estimulantes.

    Valerie Bott

    Vice-diretora/Museum & Galleries Commission

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    PLANEJAMENTODEEXPOSIES

    Planejamento de Exposies / 19

    As exposies constituem um instrumento-chave para

    permitir o acesso pblico aos acervos de museus. Podem serinovadoras, inspiradoras e conduzir o visitante reflexo,

    proporcionando timos momentos de prazer e

    aprendizagem. No entanto, necessrio um cuidadoso

    planejamento, incluindo a questo dos custos envolvidos,

    para que a exposio seja um sucesso. As presentes diretrizes

    oferecem uma sntese para um trabalho eficiente de

    organizao de uma exposio.

    Estas diretrizes so relevantes para todos os tipos de

    exposies, incluindo exposies temporrias com

    oramento limitado em museus dirigidos por voluntrios,

    exposies de longa durao em grandes museus, exposies

    itinerantes e reestrurao de exposies. (Consulte as

    publicaes da MGC sobre exposies itinerantes para obter

    orientao quanto a outras questes referentes a este tipo de

    exposio.)

    Esta publicao destinada a todos aqueles que dirigem

    museus e instituies afins, independentemente de suas

    dimenses, de seus recursos financeiros, de seu quadro

    funcional, de sua estrutura administrativa e de seu acervo.

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    PLATAFORMA BSICAPARA EXPOSIES

    Plataforma Bsica para Exposies / 21

    Voc definiu a funo das exposies no seu museu ?

    importante pensar sobre o que pretende alcanar com asexposies, incluindo as temporrias e as itinerantes.

    necessrio que leve em conta sua misso e sua filosofia em

    relao pesquisa, gerenciamento de acervo, educao e

    acesso pblico, assim como a natureza do acervo.

    Voc j definiu por escrito a plataforma para exposies?

    til pr suas idias no papel, para servir de plataforma para

    as decises sobre exposies. O papel das exposies deveser includo no seu plano diretor, a ser revisto

    periodicamente. Seria adequado definir por escrito a poltica1

    das exposies, a ser aprovada pelo conselho do museu 2.

    Voc tem por escrito um plano de ao para exposies com objetivos

    de curta e longa durao?

    Este plano de ao ser derivado de sua plataforma para

    exposies e definir o que voc deseja alcanar com oprograma de exposies a curto e longo prazos. Um plano de

    ao define metas, cronogramas e recursos necessrios.

    Voc utiliza expertises diversas na organizao de exposies?

    importante basear-se, tanto quanto possvel, em

    conhecimento especializado, obtido dentro do prprio

    museu ou fora dele. Especialistas na salvaguarda do acervo,

    na curadoria, no design de exposies, na educao, nomarketing e na segurana daro uma contribuio valiosa

    1. Poltica uma declarao de princpios, aprovada pela instncia superior

    dos museus, que orienta o desenvolvimento de um plano de ao detalhado.

    2. Conselho o rgo mximo do museu, formado por pessoas fsicas, ao

    qual compete a responsabilidade final sobre a poltica e as decises

    relacionadas governabilidade do museu (adaptado da definio da

    Associao de Museus).

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    22 / Planejamento de Exposies

    para a estrutura e o plano de ao, assim como para os

    projetos das exposies. Quando no houver especialistasdisponveis, voc ter que se basear no que lhe parecer ser a

    opinio provvel de um especialista.

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    PLANEJANDOSUAEXPOSIO

    Planejando sua Exposio / 23

    Voc decidiu quem vai estar envolvido com o planejamento da

    exposio?

    O ideal ser voc organizar uma equipe para o projeto que

    inclua uma diversidade de especialistas da casa e de fora. Se

    isto no for possvel, voc dever se esforar para obter o

    aconselhamento de um nmero razovel de especialistas e

    examinar cuidadosamente os diferentes pontos de vista.

    muito importante organizar a equipe logo no estgio inicial

    da concepo do projeto. Ser preciso ter um coordenador

    geral para o projeto, de qualquer rea de especializao ecom autoridade para encontrar o equilbrio entre exigncias

    conflitantes. Membros da equipe podem necessitar de

    treinamento ou outros tipos de apoio para desempenhar suas

    funes.

    Voc j decidiu qual ser o tema e a finalidade da exposio?

    Sua plataforma para exposies, os acervos disponveis (do

    prprio museu ou emprestados), as medidas de conservao esegurana, os possveis mtodos interpretativos e as

    oportunidades de aprendizagem iro influenciar suas

    decises. tambm aconselhvel consultar membros do

    pblico-alvo (veja abaixo) e se basear em outras pesquisas de

    pblico.

    Voc j definiu seu pblico-alvo?

    Isto o ajudar a adaptar a exposio s necessidades, aos

    interesses e s preferncias do visitante. Voc ter que

    conhecer o perfil do seu visitante habitual, assim como a

    enorme variedade de visitantes em potencial. O pblico-alvo

    poder incluir uma grande variedade de idades, aptides e

    diferenas culturais.

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    24 / Planejamento de Exposies

    Voc sabe quais os recursos financeiros, humanos e de espao fsico

    disponveis?Discutir estas questes no incio do projeto poder ajud-lo a

    determinar sua extenso. Haver necessidade de se fazer um

    oramento em linhas gerais, relacionando todos os custos

    com funcionamento, manuteno e reformas, indicando a

    origem de fundos para cada item. Voc dever controlar

    regularmente o oramento. Ao avaliar o espao disponvel,

    voc ter que levar em considerao as necessidades de

    conservao, segurana e circulao do visitante.

    Voc fixou um cronograma apropriado e realista?

    Voc dever considerar cuidadosamente os vrios estgios do

    projeto e os fatores que podero afetar o seu progresso.

    importante fixar um prazo para cada estgio e monitorar o

    progresso sistematicamente. As datas de abertura da exposio e o

    horrio de funcionamento devem refletir as necessidades do

    pblico-alvo, considerando tambm eventos externos que possam

    interferir na visitao. A durao proposta para a exposio afetardecises sobre o seu contedo, seu design e sua montagem.

    Voc planejou o contedo e o design da exposio tendo em vista o

    pblico ao qual dirigida?

    importante ter em mente o pblico-alvo ao tomar decises

    prticas sobre as exposies, inclusive os objetos a serem usados, o

    roteiro, o estilo e o tamanho do texto, os mtodos de interpretao,

    o design e a distribuio das peas no espao fsico.

    Voc redigiu seu projeto de exposio ?

    Voc poder garantir uma compreenso maior do que est a

    realizar, ao produzir, em conjunto com todos os envolvidos

    na exposio, um documento ou resumo e distribu-lo a

    todos. Deve abranger todas as reas acima mencionadas, bem

    como os pontos que sero discutidos em seguida.

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    VOCPENSOUEM...?

    Voc Pensou em...? / 25

    ... garantir a segurana dos objetos?

    importante, logo de incio, avaliar as necessidades deconservao, de exibio, os fatores ambientais, o seguro e a

    segurana dos objetos, atentando para as exigncias

    especficas dos proprietrios de peas emprestadas, e planejar

    medidas que garantam sua segurana.

    ... garantir a segurana dos visitantes?

    Durante o planejamento, devero ser levadas em considerao

    as implicaes sanitrias e de segurana da exposio,

    avaliando todos os riscos e consultando especialistas, quando

    necessrio.

    ... garantir que as informaes sobre a exposio sejam precisas e levem em

    conta diferentes pontos de vista?

    Durante o desenvolvimento de uma exposio, deve-se

    considerar a importncia das pesquisas sobre os objetos e

    seus contextos, bem como da disseminao desse

    conhecimento. Pode ser necessrio ouvir a opinio de umespecialista para ter certeza de que a informao oferecida na

    exposio precisa e atualizada, tendo em vista a durao

    prevista para a mostra. Voc ter que estar atento variedade

    de pontos de vista (culturais, por exemplo) de seu pblico,

    consultando grupos locais quando for apropriado.

    ... maximizar o acesso exposio?

    relevante prever a maior possibilidade de acesso fsico,sensorial e intelectual exposio, bem como o maior

    conforto possvel para visitantes de todas as idades e

    condies fsicas. Isto ter que ser encarado como parte

    integrante do processo de planejamento.

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    26 / Planejamento de Exposies

    ... maximizar as oportunidades de aprendizado ?

    A exposio dever ser planejada com uma ateno especial emrelao variedade de maneiras pelas quais as pessoas gostam de

    aprender. Voc pode valorizar o lado educativo da exposio,

    atingindo um pblico maior, por meio de recursos adicionais,

    tais como material impresso, monitores bem treinados, eventos

    e atividades pblicas e, tambm, pelo uso de novas tecnologias

    de informao. Planejar estes recursos, inclusive seu custo ao

    longo da exposio, garantir sua completa integrao.

    ... como promover a exposio ?

    necessrio planejar a divulgao da exposio logo de

    incio, assegurando que o veculo e o contedo estejam

    adequados ao pblico-alvo. Tambm importante planejar,

    desde as etapas iniciais da elaborao do projeto, os objetos

    relativos exposio a serem comercializados.

    ... monitorar a exposio ?

    preciso monitorar regularmente as condies ambientais ede segurana dos objetos, o desgaste da exposio, bem como

    o conforto e segurana do pblico. Pode ser necessria a

    adoo de medidas corretivas.

    ... avaliar a exposio ?

    Avaliar o impacto da exposio e os recursos associados em

    etapas diferentes ajudar a ter certeza de que os objetivos

    pretendidos foram atingidos e servir de orientao para

    futuros projetos. Voc poder testar idias logo no comeo,

    como por exemplo por meio de maquetes de vitrines e de

    pesquisas com o pblico quando a exposio j tiver

    comeado.

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    PONTOS-CHAVE

    Pontos-chave / 27

    A MGC recomenda a todos os museus e instituies afins:

    Formular por escrito uma plataforma para exposies (de

    longa durao, temporrias e itinerantes).

    Ter uma poltica para exposies, com objetivos a curto e

    longo prazos.

    Utilizar conhecimento multidisciplinar para o

    desenvolvimento de exposies.

    Definir o objetivo da exposio e o seu pblico-alvo,

    planejando o contedo e a forma de apresentao adequados

    a este pblico.

    Garantir a segurana dos objetos e do pblico nas

    exposies.

    Garantir que as informaes sejam exatas e que levem em

    conta diferentes pontos de vista.

    Maximizar o acesso e as oportunidades de aprendizagem

    para pessoas de todas as idades, condies fsicas e formaes

    culturais.

    Avaliar as exposies.

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    ESTUDOSDECASOS

    Estudos de Casos / 29

    KAREN HULL , Diretora do Reading Museum Service

    Ns todos acertamos de vez em quando, mas como conseguir

    acertar sistematicamente? O Reading Museum Service vem

    desenvolvendo um processo para o aperfeioamento das

    exposies no qual a questo central definir, em primeiro

    lugar, o contexto certo. Na maioria dos exemplos prticos,

    quase tudo senso comum. Diz o senso comum que acervos,

    educao e exposies so elementos inseparveis no

    processo museolgico. Acervos e educao so elementos

    inseparveis de qualquer exposio. No Reading ns

    partimos da premissa de que todos esses elementos so

    parceiros iguais no deveria haver barreiras ou divises.

    Toda exposio tem uma equipe de projeto proveniente de

    diversas reas: educao, exposies e acervos. A equipe ,

    portanto, interdisciplinar desde sua concepo. O processo

    de cada exposio comea com um brainstorming e o

    planejamento, seguidos da produo, operacionalizao,desmontagem e avaliao final. Existe espao para que os

    membros da equipe dem a sua contribuio em qualquer

    estgio, e as funes podem ser alternadas; possvel que um

    educador seja o coordenador do projeto. Toda a equipe

    assume em conjunto a responsabilidade pelo projeto e toma

    parte nas decises finais sobre todos os aspectos da

    exposio, desde a cor das paredes at as atividades, os

    eventos e os elementos interativos.

    O Reading Museum Service trabalhou em muitas exposies

    at chegar a esse ponto, aprendendo cada vez mais sobre o

    assunto. Tendo desenvolvido este processo, estamos agora

    totalmente convencidos de que esta a maneira pela qual

    continuaremos a projetar exposies no futuro. Sabemos o

    quanto importante a integrao entre os saberes dos

    1. TRABALHOEM

    EQUIPE: UMA

    ABORDAGEM

    INTEGRADA

    PARAO

    DESENVOLVIMENTO

    DAEXPOSIO

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    30 / Planejamento de Exposies

    especialistas em educao e nos acervos e os saberes dos

    especialistas em exposies, e o quanto precisamos uns dosoutros para fazermos com que as exposies funcionem.

    EVA BREDSDORFF, Curadora do Powysland Museum,

    Welshpool (Montgomeryshire)

    H alguns anos me dei conta de que exposies que precediam

    o Natal, no Museu de Powysland, um pequeno museu local,

    eram moldadas de acordo com a cultura ocidental e a religio

    crist. Apesar de Welshpool no ser uma comunidade com

    grande diversidade cultural, achei que seria do interesse dos

    moradores locais aprender sobre outras religies. Descobri

    que focalizando as festividades de inverno e prolongando o

    perodo da exposio, poderia incluir importantes celebraes

    das grandes religies do mundo.

    Alm de conversar com pessoas do lugar, como os membrosda pequena comunidade judaica, fiz contato com o escritrio

    das Relaes de F de Wolverhampton, uma organizao

    dedicada reconciliao de todas as religies. Uma visita aos

    seus escritrios e aos locais de encontros religiosos foi

    seguida por um contato pessoal com os lderes das principais

    religies da cidade. A resposta foi bastante positiva e resultou

    em vrios encontros, convites para festivais religiosos e no

    emprstimo de objetos de culto.

    Estudei cada religio cuidadosamente e discuti com seus

    seguidores. No entanto, conversando com dois professores

    muulmanos, cheguei concluso de que meu conhecimento

    era somente superficial e de que seria errado eu prpria

    tentar interpretar as religies. Decidi ento que, sempre que

    2. DESDOBRAMENTO :

    UM AEXPOSIO

    TEMPORRIAEM

    WELSHPOOL

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    Estudos de Casos / 31

    possvel, o texto na exposio consistiria em citaes diretas

    de material publicitrio produzido pelos seguidores de cadareligio. A cada religio foi destinado um espao igual na

    exposio. Membros de cada uma das religies conferiram os

    textos e aprovaram o contedo das vitrines. O Festival de

    Inverno das Religies do Mundo teve grande cobertura da

    imprensa e obteve enorme sucesso em Welshpool, atraindo

    inclusive diversas escolas locais.

    MARK ROWLAND-JONES, Secretrio de Desenvolvimento de

    Museus, Stockton-on-Tees Borough Council

    Realizar uma exposio somente metade da batalha. Como

    muitos outros servios prestados pelo museu, ns em

    Stockton sabemos da necessidade de prover quando os

    recursos limitados permitem uma srie variada e intensa de

    atividades para aumentar o impacto de uma exposio.

    A exposio Food for Thought apresenta a histria da

    produo de alimentos e dietas na regio de Stockton e est

    sendo exibida em trs museus: Billingham Art Gallery, Preston

    Hall Museum e Green Dragon Museum. Trata sucintamente da

    questo dos distrbios alimentares, mas sentimos que havia

    necessidade de explorar o tema mais a fundo e de um modo

    mais dinmico, direto e aberto discusso do que seria

    possvel numa exposio de oramento limitado. Num dosestgios iniciais do processo de planejamento da exposio

    entramos em contato com o Dovecot Youth Theatre e o

    Health Promotion Service para discutir a idia de uma pea

    teatral tendo em vista um pblico mais abrangente. Juntos

    conseguimos doaes de vrias fontes para pagar o autor que

    escreveria o roteiro, trabalhar com os membros do Youth

    3. ALGUMPARA

    AMAR:

    AUMENTANDO O

    IMPACTODEUMA

    EXPOSIO

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    Theatre e viajar com a pea e as oficinas que a acompanham.

    Algum para Amar foi encenada para, aproximadamente,750 crianas de 12 e 13 anos em sete escolas e ainda visitar

    um centro juvenil e um pub. Estamos planejando uma

    outra excurso para atender enorme demanda, durante a

    qual pretendemos desenvolver um arquivo oral/escrito do

    comportamento dos jovens quanto ao assunto e s

    experincias com distrbios alimentares.

    Outras atividades esto acontecendo na prpria galeria,incluindo degustao de alimentos e um programa de living

    history (histria ao vivo) para crianas do curso fundamental

    sobre o modo de vida dos povos saxes. Os programas tm

    sido um sucesso para atrair visitantes exposio. Para futuras

    exposies estamos planejando uma pea sobre a Primeira

    Guerra Mundial, palestras e leitura de poesias que iro

    acompanhar uma exposio comemorativa dos 75 anos da

    construo do Mausolu de Stockton. Tambm estoprevistas atividades que visam especificamente comunidade

    asitica local para acompanhar uma exposio itinerante de

    tecidos asiticos.

    Ampliar o alcance de uma exposio para alm do espao

    tradicionalmente destinado mostra requer mais esforo e

    planejamento. Entretanto, ao se proporcionar atividades

    adicionais, desde simples folhetos at peas teatrais queatinjam o grande pblico, pode-se aumentar

    significativamente o impacto educativo e de entretenimento

    da exposio, estendendo seu valor e interesse para um

    pblico muito mais amplo.

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    Ttulo Planejamento de Exposies

    Autor MGCTraduo Maria Luiza Pacheco Fernandes

    Produo Marcelo Masuchi Neto

    Projeto Grfico Marcelo Masuchi Neto

    Capa BC & H Design

    Editorao Eletrnica Marcelo Masuchi Neto

    Reviso Tcnica Solange de Sampaio Godoy

    Editorao de Texto Alice Kyoko Miyashiro

    Reviso de Texto Claudia Agnelli

    Reviso de Provas Claudia Agnelli

    Tania Mano Maeta

    Juliana Simionato

    Divulgao Regina Brando

    via Yasumaru

    Guilherme Maffei Leo

    Secretaria Editorial Eliane Reimberg

    Formato 19,5 x 26,8 cm

    Mancha 9 x 19,3 cm

    Tipologia Aldine 401 BT 10/17

    Papel Carto Supremo 250 g/m2 (capa)

    Offset Pigmentado 90 g/m2 (miolo)

    Nmero de Pginas 40

    Tiragem 3000

    Fotolito Binhos Fotolito

    Impresso e Acabamento Lis Grfica

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