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1 FLUXO DE ATENDIMENTO EM CASOS SUSPEITOS DE CORONAVÍRUS MULTIPROFISSIONAL 00 Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro CONSIDERAÇÕES INICIAIS Em dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu o primeiro alerta referente a uma série de casos de pneumonia de etiologia desconhecida na cidade de Wuhan, na China. Trata-se de um novo tipo de Corona vírus, atualmente denominado Covid-19. Até 09 de março de 2020, 110.859 em todo o mundo. A maioria dos casos foi considerado leve (81%). Em torno de 14% necessitaram de internação e cerca de 5% evoluiu com gravidade necessitando de cuidados intensivos. A mortalidade geral é de 2,3%, sendo 8% entre 70-79 anos e 14% acima de 80 anos (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2020). De acordo com a OMS, a estimativa é que o período de incubação seja de 1 a 14 dias. O mais comum é a manifestação por volta de cinco dias. Mas há pessoas que não apresentam sintomas (AGÊNCIA BRASIL, 2020). TRANSMISSÃO O contágio ocorre a partir de pessoas infectadas. A doença pode se espalhar desde que alguém esteja a menos de 2 metros de distância de uma pessoa com a doença. A transmissão pode ocorrer por gotículas de saliva, espirro, tosse ou catarro, que podem ser repassados por toque ou aperto de mão, objetos ou superfícies contaminadas pelo infectado (AGÊNCIA BRASIL, 2020). A OMS informa que não há um tempo determinado para duração do vírus em uma superfície, podendo ser de algumas horas a alguns dias. Pode haver diferença também em razão de condições como a temperatura. Por isso, caso alguém suspeite da contaminação de uma superfície ou objeto, a orientação é aplicar desinfetante (AGÊNCIA BRASIL, 2020). MEDIDAS DE PREVENÇÃO Não há medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus e indica as seguintes medidas de prevenção (AGÊNCIA BRASIL, 2020): Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, ou usar desinfetante para as mãos à base de álcool quando a primeira opção não for possível. Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Evitar contato próximo com pessoas doentes. Ficar em casa quando estiver doente.

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FLUXO DE ATENDIMENTO EM

CASOS SUSPEITOS DE

CORONAVÍRUS

MULTIPROFISSIONAL

00 Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola

da Universidade Federal do Rio de Janeiro

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Em dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu o primeiro alerta referente a uma série de casos de pneumonia de etiologia desconhecida na cidade de Wuhan, na China. Trata-se de um novo tipo de Corona vírus, atualmente denominado Covid-19. Até 09 de março de 2020, 110.859 em todo o mundo. A maioria dos casos foi considerado leve (81%). Em torno de 14% necessitaram de internação e cerca de 5% evoluiu com gravidade necessitando de cuidados intensivos. A mortalidade geral é de 2,3%, sendo 8% entre 70-79 anos e 14% acima de 80 anos (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2020).

De acordo com a OMS, a estimativa é que o período de incubação seja de 1 a 14 dias. O mais comum é a manifestação por volta de cinco dias. Mas há pessoas que não apresentam sintomas (AGÊNCIA BRASIL, 2020).

TRANSMISSÃO

O contágio ocorre a partir de pessoas infectadas. A doença pode se espalhar desde que alguém esteja a menos de 2 metros de distância de uma pessoa com a doença. A transmissão pode ocorrer por gotículas de saliva, espirro, tosse ou catarro, que podem ser repassados por toque ou aperto de mão, objetos ou superfícies contaminadas pelo infectado (AGÊNCIA BRASIL, 2020).

A OMS informa que não há um tempo determinado para duração do vírus em uma superfície, podendo ser de algumas horas a alguns dias. Pode haver diferença também em razão de condições como a temperatura. Por isso, caso alguém suspeite da contaminação de uma superfície ou objeto, a orientação é aplicar desinfetante (AGÊNCIA BRASIL, 2020).

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Não há medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus e indica as seguintes medidas de prevenção (AGÊNCIA BRASIL, 2020):

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, ou usar desinfetante para as mãos à base de álcool quando a primeira opção não for possível.

• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

• Evitar contato próximo com pessoas doentes.

• Ficar em casa quando estiver doente.

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• Usar um lenço de papel para cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, e descartá-lo no lixo após o uso.

• Não compartilhar copos, talheres e objetos de uso pessoal.

• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

• Manter ambientes bem ventilados e higienizar as mãos após tossir ou espirrar.

• Utilizar o álcool 70% como desinfetante de superfícies/objetos e antisséptico para a pele.

FLUXO DE ATENDIMENTO DA INSTITUIÇÃO

A fim de otimizar o atendimento e prestar uma assistência de qualidade na instituição durante a Pandemia, foi elaborado um fluxo de atendimento de gestantes, puérperas, recém-nascidos que trabalhem na Maternidade Escola que procurem a instituição para atendimento e profissionais.

Figura 1 – Fluxo de Atendimento de Gestantes e Puérperas na Maternidade Escola da UFRJ, 2020

*Na identificação da portaria, independente do meio de entrada, seja a pé, de carro ou ambulância, pacientes com sintomas respiratórios descritos acima deverão receber máscara cirúrgica, bem como o possível acompanhante. Além disso, o profissional escalado na portaria deverá avisar a recepção previamente.

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Figura 2 – Fluxo de Atendimento Externo de Recém-Nascidos na Maternidade Escola da UFRJ, 2020

*Na identificação da portaria, independente do meio de entrada, seja a pé, de carro ou ambulância, acompanhantes de recém-nascidos com sintomas respiratórios descritos acima deverão receber máscara cirúrgica. Além disso, o profissional escalado na portaria deverá avisar a recepção imediatamente. Caso seja indicada a necessidade da colaboração do maqueiro para o transporte da paciente com sintomas respiratórios, este também deverá ser avisado previamente para que realize sua paramentação de forma adequada. Os fluxos acima representam uma normatização preliminar da instituição para atendimento da clientela materno-infantil sintomática respiratória, podendo ocorrer atualizações sempre que necessário. Brevemente serão elaborados outros protocolos clínicos relacionado ao manejo dos casos de recém-nascidos internados e critérios de internação de puérperas e gestantes na instituição.

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CASO SUSPEITO Considerando que na transmissão comunitária não existe vínculo epidemiológico identificado, qualquer caso com sintomas de síndrome respiratória gripal passa ser considerado como suspeito de COVID-19.

USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: Todos os funcionários deverão utilizar somente máscaras N95 para o atendimento de pacientes na instituição, sendo seu uso indicado por contingência. Esta terá validade de 30 dias. Entretanto, para outras situações estão indicados o uso de outros EPIs, conforme descrito abaixo:

• Para o paciente com sintomas respiratórios: o Uso de máscara cirúrgica durante o transporte, enquanto estiverem no setor de emergência,

no elevador até a chegada ao leito de isolamento.

• Para todos os profissionais envolvidos no transporte e no cuidado com pacientes internadas na Unidade Neonatal, Centro Obstétrico ou Alojamento Conjunto e Sala de Triagem com sintomas respiratórios ou que realizem procedimentos que gerem aerossóis em qualquer setor da instituição: o Avental com manga longa e punho, impermeável e descartável (capote). o 2 Luvas de procedimento descartáveis. o Máscara N 95. o Óculos de proteção ou máscara tipo Face shield. o Gorro descartável. o Pijama privativo da instituição. o Calçado totalmente fechado

• Para os profissionais de saúde nos cuidados a recém-nascidos com sintomas respiratórios internados, FORA da incubadora na Unidade Neonatal: o Avental com manga longa e punho, impermeável e descartável (capote). o 2 Luvas de procedimento descartáveis. o Máscara N 95. o Óculos de proteção ou máscara do tipo Face shield. o Gorro descartável. o Pijama privativo da instituição. o Calçado totalmente fechado

• Para os profissionais de saúde no cuidado aos recém-nascidos com sintomas respiratórios internados, DENTRO da incubadora na Unidade Neonatal: o Avental com manga longa e punho descartável (capote). o 2 Luvas de procedimento descartáveis. o Máscara N 95. o Óculos de proteção ou máscara do tipo Face shield o Gorro descartável. o Pijama privativo da instituição. o Calçado totalmente fechado

Para outras situações ver Anexo 1 deste protocolo.

RECOMENDAÇÕES PARA PARAMENTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

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Passo a passo da paramentação, na seguinte ordem:

• Chegar à Instituição sem adornos e com cabelo preso (tipo coque e não rabo de cavalo).

• Higienizar as mãos com álcool a 70% por 20 segundos.

• Colocar a máscara antes da touca/gorro para proteção das fitas.

• Fazer o teste de vedação: inspiração e expiração forçada e verificar escape de ar.

• Colocar a touca/gorro cobrindo as orelhas.

• Utilizar o protetor ocular ou facial. Quem usa óculos, deve sempre usar máscara do tipo Face shield

por cima da touca/gorro.

• Calçar o primeiro par de luvas.

• Usar capote/ avental (gramatura mínima 30g/m2) de manga longa e punho de malha ou elástico e

abertura posterior, não se esquecer de amarrá-lo para evitar a contaminação de pele e roupas do

profissional.

• Calçar o segundo par de luvas vedando por cima do punho de malha ou elástico do capote/avental.

Observações: as máscaras devem ser colocadas de modo a vedar o máximo possível. Além disso, não

é recomendado tocar a máscara na sua porção externa.

Passo a passo da retirada da paramentação, na seguinte ordem:

• Retirar a primeira luva: agarre a parte superior da primeira luva com a mão oposta sem encostar na

luva de baixo, continue segurando e ao mesmo tempo vire o punho e pegue a parte superior da outra

luva. As mãos ficam cruzadas e com as luvas seguras em cada mão. Puxe ao mesmo tempo para a

retirada das primeiras luvas. Desprezar na lixeira infectante.

• Retirar capote e segunda luva: com a mão enluvada com a segunda luva, desapertar os laços,

afastando o pescoço e ombros (a frente e as mangas do capote/avental estão contaminadas). Retire-

o segurando próximo ao centro do capote/avental. A retirada do capote será juntamente com a saída

da segunda luva, tendo o cuidado para evitar o contato da parte contaminada do capote/avental com

a pele do profissional. Vire o capote/avental do avesso e mantenha a uma distância segura. Dobre ou

enrole e descarte no lixo infectante.

• Higienizar as mãos com água e sabão.

• Remover óculos protetores ou máscara do tipo Face shield: esta remoção será pela parte lateral das

alças da cabeça ou orelha, sem tocar na frente do equipamento. Colocar em um saco infectante,

fechar o saco e enviar para o reprocessamento de materiais e/ou resíduos na CME.

• Higienizar as mãos com água e sabão.

• Retirar a touca/gorro por trás e descarte no lixo infectante.

• Retirar a máscara desfazendo os laços e descartando-as pelas alças no lixo infectante.

• Higienizar as mãos com água e sabão.

CUIDADOS DURANTE A INTERNAÇÃO:

• O estetoscópio, esfigmomanômetro e termômetro devem ser exclusivos para cada leito. O estetoscópio deve ser higienizado (olivas e campânula) com produto indicado pela CCIH (no momento Aniosurf®), ao final da internação, conforme a rotina habitual da equipe de limpeza.

• Os pacientes deverão ter restrição de acompanhantes e visitas. Em casos excepcionais em que houver necessidade de acompanhante, o mesmo deve utilizar apenas máscara cirúrgica e realizar medidas de prevenção.

• Manter as medidas de isolamento até a alta hospitalar. No caso da enfermaria 800 esta deve permanecer com as janelas abertas.

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• O profissional de saúde deve entrar na enfermaria de isolamento já paramentado com touca, óculos e máscara. Após a entrada na enfermaria calçar uma luva de procedimento, capote e logo a seguir a outra luva de procedimento.

• Ao sair do leito do paciente, o capote e luvas devem ser descartados em lixeiras de risco biológico próximas, dentro da própria enfermaria de isolamento.

• O técnico de enfermagem escalado para a enfermaria de isolamento em determinado turno de trabalho deve exclusivo para o cuidado destes pacientes.

• Reforçar a higienização das mãos com a técnica correta.

• A gestante ou puérpera deverá utilizar máscara cirúrgica durante todo o período de internação, com troca a cada 2 horas.

• Na enfermaria 800 a gestante ou puérpera poderá utilizar o banheiro, normalmente. Entretanto, no Centro Obstétrico deverá ser oferecida a comadre para as eliminações vesicointestinais.

• A revisão pós-parto deverá ser agendada em unidades básicas de saúde próximas a residência da paciente.

• Gestantes em isolamento respiratório serão atendidas na SO3, no Centro Obstétrico, por ocasião do parto. Os cuidados com recém-nascido deverão ser prestados na própria SO3 em Unidade de Calor Radiante (UCR) específica para esse fim.

• A amamentação está liberada para puérperas em isolamento respiratório, que devem ficar com seu recém-nascido em Alojamento Conjunto, em uso de máscara cirúrgica. No caso do recém-nascido vir apresentar sintomas respiratórios, este deverá ser transferido para UCINCo ou UTI Neonatal, dependendo da gravidade, localizada na Unidade Neonatal.

• Na alta, deverá ser fornecido um folder com orientações para as pacientes (Anexo 3).

CUIDADOS NO CENTRO OBSTÉTRICO

• Caixa com materiais para cuidados dos RNs de mães com suspeita COVID19: o Após o uso dos materiais higienizar e retornar para caixa que ficará fora da sala. o Repor todos os materiais utilizados na caixa, após o atendimento do recém-nascido. o Caso haja necessidade de máscara, válvula e bolsa ventilatória (ambu), para atendimento do

recém-nascido, estes materiais estão disponíveis na sala de cuidados do RN. Após o uso, levar para a CME para esterilização.

o No caso de necessidade de reanimação do recém-nascido, a confecção dos fixadores de tubo orotraqueal deve ser realizada fora das salas de atendimento para sintomáticos (3 e 4).

• Com relação à máscara do tipo Face Shield e óculos protetor, após a desparamentação colocar no saco infectante (branco leitoso), fechá-lo com um nó pelo profissional que utilizou estes materiais na sala. Outro profissional deverá encaminhar para CME para higienização.

• As salas operatórias 3 e 4 estão destinadas ao atendimento de sintomáticas respiratórias. Para o acondicionamento de roupas das pacientes atendidas na sala 3, há um vasilhame de metal destinado a este fim. Quanto a sala 4, as roupas utilizadas deverão ser descartadas em saco avulso branco, e imediatamente deve ser solicitado à limpeza a retirada deste material para a rouparia.

• Todo material descartável utilizado nestas salas deverá ser descartado na própria sala e imediatamente retirado após o atendimento.

• A limpeza terminal está indicada após o atendimento das pacientes na sala 3 e 4. Caso seja possível, e não seja necessário o uso imediato da sala para outro atendimento, uma limpeza de superfícies é recomendada entre 1h e 30 min e 3hs após o último atendimento na sala. Ao final desta limpeza, os equipamentos da sala devem ser protegidos com um saco plástico.

VISITAS

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• Nenhuma paciente ou recém-nascido internado com suspeita ou diagnóstico de COVID19 poderá receber visitas, com objetivo de proteger pacientes e familiares.

• Serão permitidas visitas as 2ª, 4ª, 6ª feiras para as puérperas. A paciente só poderá receber 1 visita por um período de 1 hora, desde que não tenha sintomas respiratórios.

• Quanto às gestantes, as visitas estão restritas às 2ª, 4ª e 6ª feiras de 15 às 17hs. Entretanto, a paciente só poderá receber 1 visita por um período de 1 hora, desde que não tenha sintomas respiratórios.

• Na Unidade Neonatal não serão permitidas visitas.

• Não serão permitidas visitas de sintomáticos respiratórios em qualquer setor da instituição. ACOMPANHANTES

• Está suspensa a presença de acompanhantes durante as consultas ambulatoriais, exames de ultrassonografia e atendimentos na emergência. Os acompanhantes devem permanecer na sala de espera, desde que não tenham sintomas respiratórios.

• Será permitido apenas 1 acompanhante para pacientes que necessitem atendimento de Emergência, desde que não tenham sintomas respiratórios

• Nas enfermarias só serão permitidos acompanhantes para pacientes adolescentes, desde que não tenham sintomas respiratórios.

• Não será permitida a presença de doulas.

• O acompanhante só será permitido no trabalho de parto no Centro Obstétrico ou em outras situações específicas tais como gravidade do quadro de saúde, avaliado pela equipe médica em conjunto com a equipe de enfermagem, desde que a paciente não esteja em isolamento respiratório.

• Os acompanhantes serão permitidos durante a internação, entretanto, mesmo que sejam pais do recém-nascido, só poderá haver a entrada de um por vez, desde que não tenham sintomas respiratórios.

• A enfermaria de Mães acompanhantes, destinadas às mães de recém-nascidos internados na Unidade Neonatal deverá ser desocupada, evitando aglomerações e trânsito de pessoas na instituição.

LEITOS DE ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO Sempre que possível, o paciente deve ser internado em leito de isolamento respiratório. Na possibilidade de indisponibilidade de leitos de isolamento, cada unidade deve estabelecer um plano de isolamento de coorte, de acordo com a sua estrutura física. Na coorte, uma enfermaria, ou ala, ou andar, devem ficar exclusivos para casos de COVID-19, permitindo que toda a equipe que ali permaneça esteja corretamente paramentada, e também evitando o risco de contágio de outros pacientes que possam estar internados com outras patologias. Quartos individuais também podem ser utilizados, mantendo-se a porta fechada (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2020). Desta forma, ficam estabelecidos leitos exclusivos para este fim:

• Para internação de gestantes e puérperas na instituição serão destinadas a enfermaria 800 no Alojamento Conjunto e a sala de Operação (SO) 4 no Centro Obstétrico. Em caso de necessidade de realização de procedimentos será utilizada a sala de curetagem (SO3).

• A refeição será acomodada em mesa própria dentro da enfermaria, próximo à porta. No caso de impossibilidade de deambulação, o técnico de enfermagem escalado oferecerá a refeição à paciente.

SERVIÇO DE NUTRIÇÃO

• O Horário de funcionamento do refeitório será de 11 às 14 hs.

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• O limite máximo de pessoas que poderão permanecer no local será de 20 pessoas, entretanto, somente 2 pessoas por mesa.

• A permanência no refeitório deve se restringir apenas o tempo necessário à refeição, não devendo ultrapassar 20 minutos.

• Por tempo indeterminado, a refeições serão servidas pelos funcionários da empresa de nutrição que presta serviços na instituição. Os funcionários não poderão tocar nos utensílios e talheres utilizados para servir as refeições.

• Os acompanhantes da Unidade Neonatal, Centro Obstétrico e de Adolescentes de pacientes que não estão em isolamento respiratório poderão realizar suas refeições no refeitório.

• Para pacientes de mola atendidas a nível ambulatorial não serão oferecidas refeições no refeitório. ATIVIDADES EM GRUPO

• Estão suspensas todas as atividades em grupo presenciais da instituição, tanto aquelas destinadas às pacientes, como atividades educacionais realizadas com funcionários e alunos.

TRATAMENTO

• Não há tratamento específico para o COVID 19. O tratamento deve ser de suporte, de acordo com as disfunções orgânicas apresentadas. O uso de corticóide deve ser evitado nas infecções por COVID-19 (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2020).

ORIENTAÇÕES PARA O ISOLAMENTO DOMICILIAR

• A pessoa infectada com o Coronavírus pode transmitir o vírus para muitas pessoas. Dessa forma, após ser avaliado pela equipe de saúde e se não houver necessidade de internação hospitalar deve permanecer em casa enquanto estiver com sintomas da doença, em ISOLAMENTO DOMICILIAR, mantendo distância dos demais familiares.

• Não compartilhar alimentos, copos, talheres, toalhas e objetos de uso pessoal.

• Evitar tocar olhos, nariz ou boca.

• Lavar as mãos várias vezes ao dia com sabonete e água, ou usar álcool gel, principalmente depois de tossir ou espirrar.

• Não receber visitas enquanto os sintomas persistirem.

• Enquanto permanecer com sintomas respiratórios, deve usar máscara cirúrgica ao sair do seu quarto e trocar a máscara sempre que estiver úmida.

• Etiqueta respiratória deve ser praticada por todos. Cobrir a boca e o nariz durante a tosse e espirros usando máscara cirúrgica, lenços de papel ou cotovelo flexionado, seguido de higiene das mãos.

• Ficar em quarto sozinho e mantê-lo ventilado.

• Limpar e desinfetar as superfícies frequentemente tocadas, como mesas de cabeceira, quadros de cama e outros móveis do quarto do paciente diariamente com desinfetante doméstico comum.

• Sair de casa apenas em situações emergenciais, sempre colocar máscara cirúrgica.

• Se houver piora dos sintomas, como dificuldade de respirar, procure o hospital de referência.

• Na eventualidade de possíveis contatos do paciente, estes devem ser orientados quanto à importância da higienização das mãos.

• O acesso em domicílio deve ser restrito, se possível, aos profissionais da saúde envolvidos no acompanhamento do caso.

• Manter isolamento, enquanto houver sinais e sintomas clínicos.

• Casos descartados laboratorialmente, independentemente dos sintomas, podem ser retirados do isolamento.

• Orientar que indivíduos próximos que manifestarem sintomas procurem imediatamente o serviço de saúde.

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FLUXO DE ATENDIMENTO DE PROFISSIONAIS LOTADOS NA MATERNIDADE ESCOLA DA UFRJ

Os funcionários que apresentarem sintomas suspeitos de COVID-19 (sintomas respiratórios e/ou febre) entrar em contato com a coordenação para receber o encaminhamento para coleta de swab no CCS, Bloco N, entre 8 e 12 hs. O encaminhamento nominal será enviado por e-mail ou whatsApp.

Para a coleta o funcionário deverá portar a sua carteira de identidade ou profissional e o crachá da Maternidade.

Orientações quanto ao afastamento de funcionários observar o anexo 4. Gestantes e lactantes (até o 6º mês de vida do bebê) devem realizar trabalho remoto de acordo com o anexo 5.

LEITURA SUGERIDA

- GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Protocolo conjunto de tratamento de terapia intensiva a pacientes de coronavírus. 2020. Disponível em: https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=Mjk2ODI%2C - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Orientações para Notificação / Investigação de casos suspeitos por Coronavírus 2019 (COVID-2019). 2020 - AGÊNCIA BRASIL. Conheça os sintomas, as formas de transmissão e saiba como se prevenir. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/saiba-tudo-sobre-o-novo-coronavirus-e-covid-19 ANEXO 1

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Fonte: OMS, 2020

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ANEXO 2 – Roteiro de rastreamento de doenças Respiratórias, Maternidade Escola, 2020 Frente

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Verso

Fonte: Maternidade Escola da UFRJ, 2020

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ANEXO 3 – Folder com orientações para pacientes na alta hospitalar, Maternidade escola, 2020 Frente

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Verso

Fonte: Maternidade Escola da UFRJ, 2020

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ANEXO 4 – Orientações de afastamento dos profissionais da Maternidade Escola

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ANEXO 5 – Orientações para Trabalho remoto de funcionários da Maternidade Escola

Fonte: UFRJ, 2020