Rousseau

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Centro de Educação Tecnológico de Itabirito Mecânica Industrial III Ana Clara Santana Dayane Oliveira Larissa França Leonardo Oliveira Priscila de Cássia Ronaldo Mansur JEAN-JACQUES ROUSSEAU

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Centro de Educação Tecnológico de Itabirito

Mecânica Industrial III

Ana Clara Santana

Dayane Oliveira

Larissa França

Leonardo Oliveira

Priscila de Cássia

Ronaldo Mansur

JEAN-JACQUES ROUSSEAU

Itabirito

2011

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SUMÁRIO

1. Introdução

2. Biografia

3. A obra de Rousseau como produto de sua vida

4. Um pensamento rebelde na era da razão

5. Para pensar

6. Bom Selvagem

7. Emílio ou Da Educação

8. Discurso sobre as ciências e as artes

9. O pensamento de Rousseau

10. Método natural e a educação negativa

11. Sua importância

12. Conclusão

13. Bibliografia

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1. INTRODUÇÃO

Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo suíço que viveu de 1712 a 1778 e teve uma vida muito

conturbada no “século da luzes”. Sua obra e pensamento são produtos da falta de equilíbrio

em que transcorreu toda a sua vida sendo que ele foi tido como psicótico, misantropo e

portador de espírito doentio. Apesar de ser iluminista vivia em desacordo com Voltaire e

Denis Diderot, pois, ao invés de aceitar o racionalismo ateu proposto ao movimento, era a

favor da religião natural. Para Rousseau a educação não era suficiente para incluir o homem

na sociedade, e sim a natureza, discordando de Durkheim que dizia que a educação tinha a

função introduzir o homem na sociedade. Em sua teoria do “bom selvagem” ele afirma que o

homem naturalmente é bom, mas com o convívio com uma sociedade corrupta, ele se torna

mal. Para resolver esse problema ele criou sua obra “Emílio” ou “Da Educação” em que

propõe uma forma do homem conviver em sociedade sem se corromper. Em sua obra

“Discurso sobre as ciências e as artes” ele vai contra as idéias do iluminismo fazendo apologia

a anarquia e criticando a sociedade, dizendo que a ultima é uma forma dos homens oprimirem

uns aos outros. Voltaire critica Rousseau dizendo que ele busca voltar o homem ás cavernas,

porém ele apenas pretende diminuir as injustiças provocadas pela desigualdade resultante da

vida em sociedade. Ele institui que a educação deve ser feita com a menor intervenção do

tutor no aprendizado da criança, pois a criança deve aprender de forma natural através de seus

próprios erros para assim saber se defender quando adulta. Exerceu grande influência no

pensamento ocidental e foi o primeiro filósofo a escrever sobre educação e precursor do

socialismo.

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2. BIOGRAFIA

Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, em 1712. Sua mãe morreu no parto. Viveu

primeiro com o pai, depois com parentes da mãe e aos 16 anos partiu para uma vida de

aventureiro. Foi acolhido por uma baronesa benfeitora na província francesa de Savoy, de

quem se tornou amante. Converteu-se à religião dela, o catolicismo (era calvinista). Até os 30

anos, alternou atividades que foram de pequenos furtos à tutoria de crianças ricas. Ao chegar a

Paris, ficou amigo dos filósofos iluministas e iniciou uma breve, mas bem-sucedida carreira

de compositor. Em 1745 conheceu a lavadeira Thérèse Levasseur, com quem teria cinco

filhos, todos entregues a adoção - os remorsos decorrentes marcariam grande parte de sua

obra. Em 1756, já famoso por seus ensaios, Rousseau recolheu-se ao campo, até 1762. Foram

os anos em que produziu as obras mais célebres (Do Contrato Social, Emílio e o romance A

Nova Heloísa), que despertaram a ira de monarquistas e religiosos. Viveu, a partir daí,

fugindo de perseguições até que, nos últimos anos de vida, recobrou a paz. Morreu em 1778

no interior da França. Durante a Revolução Francesa, 11 anos depois, foi homenageado com o

translado de seus ossos para o Panteão de Paris.

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3. A OBRA DE ROUSSEAU COMO PRODUTO DE SUA VIDA

            Talvez mais do que em relação a qualquer outro filósofo ou pensador, parece

impossível compreender e interpretar a obra de Rousseau sem que sejam analisadas e

avaliadas as circunstâncias que cercaram o seu nascimento, a sua infância, a sua juventude,

toda a sua vida enfim. Ainda que de forma resumida e ligeira. Não se trata de propor uma

visão psicológica de suas manifestações, tantas vezes utilizada e tantas condenadas. O que se

pretende dizer é que a própria leitura de Rousseau convida a esta perspectiva. Por isso, não se

pode afastar este aspecto que, no caso, contribuiu de forma decisiva para a composição do seu

pensamento.

            A falta quase absoluta do lar – que ele não conheceu como tal –; a leitura de livros de

natureza e conteúdo diversos, muitos deles lidos quando ainda criança, como as obras de

Plutarco, com as quais manteve contato aos oito anos; as desventuras vividas ao longo de sua

existência, nas quais estavam sempre presentes a miséria, a privação e a humilhação; o

período histórico de transição e de inquietações ideológicas em que viveu, tudo isso

influenciaria de forma decisiva a construção do pensamento de Jean-Jacques Rousseau.

            Sua obra reflete, com efeito, a falta de equilíbrio em que transcorreu toda a sua vida,

conquanto tenha se proposto obstinadamente a dedicar-se totalmente à verdade. De fato,

praticamente toda a sua obra, inclusive epistolar, é permeada pela obsessiva afirmação da

busca da verdade. Em Os devaneios do caminhante solitário (Les rêveries du promeneur

solitaire), por exemplo, diz com eloqüência: "A verdade geral e abstrata é o mais preciosos de

todos os bens. Sem ela o homem é cego; ela é a luz da razão. É por ela que o homem aprende

a se conduzir, a ser o que deve ser, a fazer aquilo que deve fazer, a tender ao seu verdadeiro

fim" .

            Nascido fraco e doente, perde a mãe alguns dias após o parto e depois de curto

convívio com o pai é abandonado por este em companhia de um tio. Daí em diante, dá início a

uma verdadeira peregrinação, amparado ora por um, ora por outro, inclusive por mulheres das

quais se torna amante. Em meio a várias fugas e perseguições que o acompanham vida afora,

desentende-se com os amigos, entre eles o filósofo Hume, que o acolhera amistosamente em

uma de suas escapadas. Rousseau é tido como psicótico, misantropo e portador de espírito

doentio, e não falta quem insista que ele tenha escrito por inveja a Montesquieu. Sua doença o

teria levado a uma terrível mania de perseguição, causa de delírios e pânicos que foram

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atribuídos aos desentendimentos com os amigos e o perseguiram até quase o final de sua

existência.

            As desilusões que a vida lhe impôs – de nascimento, desventura, gênio e doença –

certamente estão refletidas em sua obra sob a forma de inconformismo com a sociedade, de

repulsa às normas de valor vigentes e de busca de um estágio humano perfeito. Por isso, a

entrega à "volonté générale"(vontade geral) no Contrato social pode significar, na verdade, a

única e última salvação, como conseqüência do desespero de ver a impossibilidade do retorno

ao homem natural. Daí a alienação da condição de homem de que fala na obra. Mas isso não

implica estado de coerção ou arbítrio. Nem por parte da sociedade nem por instância do

Estado, porque a entrega não se dá ao príncipe, mas à vontade geral, que é a única que "tem

possibilidade de dirigir as forças do Estado”, já que é dela que provém a soberania. E é neste

ponto, ou seja, quando ele admite a formação da sociedade e do próprio Estado, que se depara

com uma das maiores polêmicas a respeito de Rousseau: a existência ou não de unidade em

sua obra.

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4. UM PENSAMENTO REBELDE NA ERA DA RAZÃO

Havia mais desacordo do que harmonia entre Rousseau e os outros pensadores iluministas que

inspiraram os ideais da Revolução Francesa (1789). Voltaire (1694-1778), Denis Diderot

(1713-1784) e seus pares exaltavam a razão e a cultura acumulada ao longo da história da

humanidade, mas Rousseau defendia a primazia da emoção e afirmava que a civilização havia

afastado o ser humano da felicidade. Enquanto Diderot organizava a Enciclopédia, que

pretendia sistematizar todo o saber do mundo de uma perspectiva iluminista, Rousseau

pregava a experiência direta, a simplicidade e a intuição em lugar da erudição – embora,

mesmo assim, tenha se encarregado do verbete sobre música na obra conjunta dos filósofos

das luzes. Também o misticismo os opunha: Rousseau rejeitava o racionalismo ateu e

recomendava a religião natural, pela qual cada um deve buscar Deus em si mesmo e na

natureza. Com o tempo, as relações entre Rousseau e seus contemporâneos chegou ao conflito

aberto. Voltaire fez campanha pública contra ele, divulgando o fato de ter entregue os filhos a

adoção. Os seguidores mais fiéis de Rousseau seriam os artistas filiados ao Romantismo. Por

meio deles, suas idéias influenciaram profundamente o espírito da época. No Brasil, por

exemplo, José de Alencar escorou seus romances indianistas no mito rousseauniano do bom

selvagem.

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5. PARA PENSAR

Por incrível que pareça, Rousseau, ao criar o mito do bom selvagem, acabou dando

argumentos para negar a importância ou o valor da educação. Afinal, a educação é antes de

tudo ação intencional para moldar o homem de acordo com um ideal ou um modelo que a

sociedade, ou um segmento dela, valoriza. A educação aceita a natureza, mas não a toma

como suficiente e boa em princípio. Se tomasse, não seria necessária... Se você comparar, por

exemplo, as idéias de Rousseau e as de Émile Durkheim (1858-1917), verá que, nesse sentido,

eles estão em extremos opostos. Para o sociólogo francês, a função da educação era introduzir

a criança na sociedade.

6. BOM SELVAGEM 8

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“O homem nasce bom, a sociedade que o corrompe” Rousseau

Segundo Rousseau a teoria do bom selvagem é de que o homem naturalmente é bom, nasceu

bom e livre, mas sua maldade advém com a sociedade que em sua pretença organização não

só permite como também impõem a servidão e a escravidão à tirania e inúmeras outras leis

que privilegiam as elites dominantes em detrimento dos mais fracos instaurando assim a

desigualdade entre os homens, enquanto seres que vivem em sociedade. Desta forma

Rousseau faz uma crítica contundente contra a sociedade moderna e um grito de alerta sobre a

exploração do homem pelo próprio homem, desta forma privilegiando o ter em desfavor do

ser.

7. EMÍLIO OU DA EDUCAÇÃO 

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Emílio, ou Da Educação é uma obra filosófica sobre a natureza do homem, escrita por Jean-

Jacques Rousseau em 1762, que disse “Emílio foi o melhor e mais importante de todas

minhas obras”, aborda temas políticos e filosóficos referentes à relação do indivíduo com a

sociedade, particularmente explica como o indivíduo pode conservar sua bondade natural

(Rousseau sustenta que o homem é bom por natureza), enquanto participa de uma sociedade

inevitavelmente corrupta. No Emílio, Rousseau propõe, mediante a descrição do mesmo, um

sistema educativo que permita ao “homem natural” conviver com essa sociedade

corrupta. Rousseau acompanha o tratado de uma história romanceada do jovem Emílio e seu

tutor, para ilustrar como se deve educar ao cidadão ideal. No entanto, Emílio não é um guia

detalhado, ainda sim inclui alguns conselhos sobre como educar as crianças. Hoje se

considera o primeiro tratado sobre filosofia da educação no mundo ocidental.

O texto se divide em cinco “livros”, os três primeiros dedicados à infância de Emílio, o quarto

à sua adolescência, e o quinto à educação de Sofia a “mulher ideal” e futura esposa de Emílio,

e à vida doméstica e civil deste.

O Emílio foi proibido e queimado em Paris e em Genebra, por causa do controvertido

fragmento sobre a “Profissão de fé do vigário Savoiano”; porém, apesar, ou por causa de sua

reputação, rapidamente se converteu em um dos livros mais lidos na Europa. Durante

a Revolução francesa o Emílio serviu como inspiração do novo sistema educativo nacional.

8. DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS E AS ARTES

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            O Discurso sobre as ciências e as artes data exatamente da metade do século XVIII

(1750) e foi escrito, como se sabe, para concorrer ao prêmio oferecido pela Academia de

Dijon ao melhor ensaio a respeito da questão por ela proposta sobre se o restabelecimento das

ciências e das artes teria contribuído para o aprimoramento dos costumes. A indagação dirige-

se nítida e diretamente aos resultados da atividade intelectual humanista e aos valores

iluministas então imperantes, tendo, assim, cunho marcadamente setecentista.

            A resposta, diante do quadro da época, haveria de ser, pois, positiva, mas Rousseau

prefere a negativa que, segundo se conta, teria sido sugerida por Diderot, para que ele se

diferenciasse dos demais concorrentes, que certamente fariam a apologia das luzes e da razão.

As reflexões do Discurso tinham o propósito de obter o prêmio. E ele foi obtido. Não se pode

afirmar com certeza o teor do conselho de Diderot, embora exista uma referência a este

respeito em uma correspondência, não dele, Rousseau, mas de terceiro. Rousseau diz apenas,

nas Confissões, que realmente mostrou o Discurso a Diderot quando foi visitá-lo na torre de

Vincennes, em que o amigo se encontrava preso, expondo-lhe a causa e o conteúdo do

trabalho, e que, nesta oportunidade, Diderot aconselhou-o "a dar largas às minhas idéias e a

concorrer ao prêmio”. A narrativa deixa claro que a idéia e o conteúdo já existiam na mente

de Rousseau.

            Rousseau exalta no referido Discurso a ignorância inocente, que para ele é o estado em

que está a fonte da virtude:

            "O espírito tem as suas necessidades, bem como o corpo. Estas são os fundamentos da

sociedade; aquelas constituem o seu deleite. Enquanto o governo e as leis provêm a segurança

e o bem-estar dos homens reunidos, as ciências, as letras e as artes, menos despóticas e quiçá

mais poderosas, estendem guirlandas de flores às cadeias de ferro a que os homens estão

presos, neles sufocam o sentimento dessa liberdade original para a qual pareciam ter nascido,

fazem-nos amar a própria escravidão, e criam o que se costuma chamar de povos policiados.

A necessidade ergueu os tronos; as ciências e as artes os consolidaram. Poderosos da Terra,

amai os talentos, e protegei os que os cultivam! Povos policiados, cultivai-os! Venturosos

escravos, deveis a eles esse gosto delicado e fino com o qual vos picais, essa doçura de caráter

e essa urbanidade de costumes que corrompem entre vós o comércio tão afável e tão fácil;

numa palavra, as aparências de todas as virtudes, sem que haja alguma".

            Esse trecho, sobre traduzir verdadeiro ataque aos aludidos padrões iluministas de

pensamento, permite mesmo a já assinalada identificação de conteúdo anarquista (como em 11

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outros pontos). Além do forte e transparente conteúdo rebelde que contém, verifica-se que é

visível a aversão de Rousseau ao que ele chama de povos policiados, que faz derivar do

progresso das ciências, das letras e das artes engendradas para sufocar a liberdade e

estabelecer a escravidão. Na mesma passagem, Rousseau insurge-se, ainda, contra os tronos e

seus detentores, mantidos e sustentados pelos cultores das ciências e das artes.

            Na crítica à sociedade ornada com as sutilezas das ciências e das artes, Rousseau

lembra a uniformidade de procedimento, lançando farpas a um estereótipo criado pela própria

artificialidade social, que lhe parece tão vulgar e tão mesquinha na sua polidez. A sociedade,

para ele, tal como se apresentava, não passa de um rebanho, que trilha às cegas os caminhos

que lhe são mostrados:

            "Não mais se ousa parecer o que se é; e, nesse perpétuo constrangimento, os homens,

que formam esse rebanho a que se denomina sociedade, colocados nas mesmas

circunstâncias, farão todos as mesmas coisas se motivos mais poderosos não os desviarem”.

            Só a existência destituída dos adornos das ciências e das artes impostas de forma

coativa ao homem pode levar à virtude, pois todo o resto é aparência. Só a ignorância pode

levar o homem à virtude, sendo certo que as instituições trazidas pelo conhecimento (ciências

e artes) são desnecessárias para alcançá-la e constituem o seu oposto, caracterizando-se como

resultantes de más inclinações e vícios. O mito da ignorância inocente atinge a categoria de

dogma e para Rousseau as ciências e as artes só trazem traição, falsidade, polidez enganosa e

prisão. Segundo ele, o homem em seu estado de natureza é fundamentalmente bom. Quando

impulsionado pela curiosidade, quer saber algo, vai perdendo a inocência na medida em que

adquire conhecimentos. Por conseguinte, pureza e sabedoria resultam antagônicas.

9. O PENSAMENTO DE ROUSSEAU

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Rousseau é filósofo iluminista precursor do romantismo no Séc. XIX, e apesar de ser

iluminista, era um crítico ao movimento.

Sendo característico do iluminismo, pensava que a sociedade havia pervertido o homem

natural que vivia harmoniosamente com a natureza, livre de egoísmo, cobiça, possessividade e

ciúme.

Rousseau recebe várias críticas de Voltaire que diz: ninguém jamais pôs tanto engenho em

querer nos converter em animais “e que ler Rousseau faz nascer desejos de caminhar em

quatro patas", mas a proposta rousseaniana é o combate aos abusos e não repudiar aos valores

humanos.

Rousseau não busca retornar o homem a primitividade, ao estado natural, mas ele busca meios

para se diminuir as injustiças que resultam da desigualdade social. Indica assim alguns

caminhos: 

1.º - igualdade de direitos e deveres políticos ou o respeito por uma "vontade geral";

2.º - educação pública para todas as crianças baseadas na devoção pela pátria e austeridade

moral.

3.º - um sistema econômico e financeiro combinados com os recursos da propriedade pública

com taxas sobre as heranças e o fausto. 

10. MÉTODO NATURAL E EDUCAÇÃO NEGATIVA

Rousseau dividiu a vida do jovem – e seu livro Emílio – em cinco fases: lactância (até 2 13

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anos), infância (de 2 a 12), adolescência (de 12 a 15), mocidade (de 15 a 20) e início da idade

adulta (de 20 a 25). Para a pedagogia, interessam particularmente os três primeiros períodos,

para os quais Rousseau desenvolve sua idéia de educação como um processo subordinado à

vida, isto é, à evolução natural do discípulo, e por isso chamado de método natural. O objetivo

do mestre é interferir o menos possível no desenvolvimento próprio do jovem, em especial até

os 12 anos, quando, segundo Rousseau, ele ainda não pode contar com a razão. O filósofo

chamou o procedimento de educação negativa, que consiste, em suas palavras, não em ensinar

a virtude ou a verdade, mas em preservar o coração do vício e o espírito do erro. Desse modo,

quando adulto, o ex-aluno saberá se defender sozinho de tais perigos.

11. SUA IMPORTÂNCIA

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Rousseau é associado frequentemente às ideias anticapitalistas e considerado um antecessor

do socialismo e comunismo. Foi um dos primeiros autores modernos a atacar a propriedade

privada. Rousseau questionou a suposição de que a maioria está sempre correta e argumentou

que o objetivo do governo deveria ser assegurar a liberdade, igualdade e justiça para todos,

independentemente da vontade da maioria.

12. CONCLUSÃO

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Jean-Jacques Rousseau exerceu grande influência no pensamento político ocidental. Sua obra

exerceu e exerce profunda influência nos caminhos da democracia e dos direitos humanos.

O Contrato Social de Rousseau foi um texto importante para a defesa da liberdade e da

igualdade de todos os cidadãos. Na atualidade sua obra remete o leitor a pensar o futuro da

política, da cidadania e dos direitos individuais e coletivos.

13. BIBLIOGRAFIA

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em: < http://jus.uol.com.br/revista/texto/8321/dois-discursos-de-jean-jacques-rousseau>.

Acesso em: 11 março 2011.

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