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RTF RELATÓRIO FINAL DE TRATABILIDADE FRENTE 1 ESTUDOS DE CONCEPÇÃO E DE TRATABILIDADE DA ÁGUA REV. 02/MARÇO 2009

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RRTTFF  RREELLAATTÓÓRRIIOO  FFIINNAALL  DDEE  TTRRAATTAABBIILLIIDDAADDEE  

  

FFRREENNTTEE  11  

EESSTTUUDDOOSS  DDEE  CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO  EE  DDEE  TTRRAATTAABBIILLIIDDAADDEE  DDAA  ÁÁGGUUAA  

  RREEVV..  0022//MMAARRÇÇOO  22000099  

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0814.C.01.HID.RTF‐02        II

ÍNDICE

1  APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................5 

2  TRATABILIDADE EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .........6 

2.1  INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 6 

2.2  OPERAÇÕES UNITÁRIAS PRECEDENDO A ETA ............................................................................... 6 

2.3  OPERAÇÕES UNITÁRIAS NA ETA.................................................................................................... 6 

2.3.1  Pré‐Oxidação ................................................................................................................................. 7 

2.3.2  Coagulação e Floculação ............................................................................................................. 12 

2.3.3  Decantação .................................................................................................................................. 16 

2.3.4  Inter‐Oxidação ............................................................................................................................. 16 

2.3.5  Filtração ....................................................................................................................................... 18 

2.3.6  Pós‐Oxidação ou Desinfecção Final: ............................................................................................ 21 

2.4  OBJETIVOS MÚLTIPLOS DE QUALIDADE DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO .................................. 22 

2.4.1  Inter‐Relações entre Objetivos de Qualidade de Águas de Abastecimento ............................... 23 

2.4.2  Conflitos entre Objetivos de Qualidade de Águas de Abastecimento ........................................ 23 

2.5  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................... 23 

3  CARACTERIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA ..........................................................................28 

4  ANÁLISE  DOS  ENSAIOS  REALIZADOS  NAS  AMOSTRAS  DE  ÁGUA  BRUTA  EFETUADA  SOB  O PONTO DE VISTA DO QUE REPRESENTAM COMO DEMANDAS PARA CONCEPÇÃO E PROJETO DA ETA  ..............................................................................................................................................34 

4.1  CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................................ 34 

4.2  ENSAIOS BACTERIOLÓGICOS ....................................................................................................... 34 

4.3  ENSAIOS HIDROBIOLÓGICOS ....................................................................................................... 42 

4.4  ENSAIOS DE MIB E GEOSMINA .................................................................................................... 47 

4.5  ENSAIOS DE INORGÂNICOS ......................................................................................................... 47 

4.5.1  Parâmetros do Primeiro Grupo ................................................................................................... 47 

4.5.2  Parâmetros do Segundo Grupo ................................................................................................... 75 

4.6  ENSAIOS DE ORGÂNICOS............................................................................................................. 79 

4.7  ENSAIOS DE COT .......................................................................................................................... 79 

4.8  CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................................. 80 

5  TRATABILIDADE  DAS  ÁGUAS  BRUTAS  DO  RIO  JUQUIÁ  –  CARACTERIZAÇÃO  E  ENSAIOS  DE JARROS (JAR TESTS).......................................................................................................................86 

5.1  INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 86 

5.2  CARACTERIZAÇÃO DAS ÁGUAS BRUTAS...................................................................................... 86 

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5.2.1  Potencial Zeta .............................................................................................................................. 86 

5.2.2  Condutividade e Alcalinidade ...................................................................................................... 86 

5.2.3  Sedimentação Natural ................................................................................................................. 87 

5.3  ENSAIOS DE JARROS (JAR TESTES) ............................................................................................... 88 

5.4  QUADROS‐RESUMO DE TRATABILIDADE E ANÁLISE DOS RESULTADOS ..................................... 88 

5.5  ANÁLISE DOS RESULTADOS ......................................................................................................... 92 

5.5.1  INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 92 

5.5.1.1Coagulação ou mistura rápida.................................................................................................... 92 

5.5.1.2Mistura lenta .............................................................................................................................. 92 

5.5.1.3Sedimentação............................................................................................................................. 92 

5.5.2  Resultados de Tempo Seco.......................................................................................................... 93 

5.5.2.1Sulfato de Alumínio (SA) ............................................................................................................ 93 

5.5.2.2Sulfato Férrico (SF) ..................................................................................................................... 93 

5.5.2.3Policloreto de Alumínio (PAC) .................................................................................................... 93 

5.5.3  Resultados de Tempo Úmido ...................................................................................................... 95 

5.5.3.1Sulfato de Alumínio (SA) ............................................................................................................ 95 

5.5.3.2Sulfato Férrico (SF) ..................................................................................................................... 96 

5.5.3.3Policloreto de Alumínio (PAC) .................................................................................................... 96 

5.5.4  Resumo dos Melhores Resultados de Jar Testes – Tempo Seco e Tempo Úmido ...................... 98 

5.6  AVALIAÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE CONTAGEM DE PARTÍCULAS E TURBIDEZ ......................... 111 

5.7  COMENTÁRIOS CONCLUSIVOS .................................................................................................. 112 

5.7.1  Remoção de Turbidez e Cor Aparente....................................................................................... 112 

5.7.2  Alcalinidade e Coagulação‐Floculação....................................................................................... 112 

5.7.3  Remoção da Concentração Numérica de Partículas ................................................................. 112 

5.7.4  pH de Coagulação e Remoção de Matéria Orgânica vs Sólidos Suspensos............................... 112 

5.7.5 Mistura Rápida e Mistura Lenta ................................................................................................ 113 

5.7.6  Tratabilidade das Águas Brutas em Tempo Seco e Úmido........................................................ 113 

5.7.6.1Em condições de tempo seco................................................................................................... 113 

5.7.6.2Em condições de tempo úmido................................................................................................ 113 

6  TRATABILIDADE DAS ÁGUAS BRUTAS DO RIO JUQUIÁ: ENSAIOS PILOTO.............................. 114 

6.1  INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 114 

6.2  ENSAIOS PILOTO: VISÃO GLOBAL .............................................................................................. 114 

6.2.1  Introdução ................................................................................................................................. 114 

6.2.2  Estratégia de Execução.............................................................................................................. 115 

6.3  ENSAIOS PILOTO COM ÁGUA BRUTA DE TEMPO ÚMIDO DE P4 E P6 ....................................... 116 

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6.3.1  Tratabilidade da Água Bruta de P6 de Tempo Úmido ............................................................... 116 

6.3.1.1Ensaios piloto de longa duração .............................................................................................. 116 

6.3.1.2Avaliação da Tratabilidade da Água de P6 de Tempo Úmido .................................................. 119 

6.3.2  Eficiência do Decantador para cada Coagulante....................................................................... 124 

6.4  CONCLUSÕES GLOBAIS – TEMPO ÚMIDO ................................................................................. 126 

6.5  ENSAIOS PILOTO COM ÁGUA BRUTA DE TEMPO SECO DE PONTO P7...................................... 126 

6.5.1  Introdução ................................................................................................................................. 126 

6.5.2  Ensaios Piloto: Visão Global....................................................................................................... 127 

6.5.2.1Introdução................................................................................................................................ 127 

6.5.2.2Estratégia de Execução............................................................................................................. 128 

6.5.3  Resultados dos Ensaios Piloto ................................................................................................... 128 

6.5.3.1Carreiras de filtração................................................................................................................ 128 

6.5.3.2Critérios de Tratabilidade......................................................................................................... 130 

6.5.4  CONCLUSÕES PARA A ÁGUA DE P7 ........................................................................................... 132 

6.6  INTEGRAÇÃO DOS ESTUDOS DE TRATABILIDADE ‐ PERÍODO SECO E ÚMIDO........................... 133 

6.6.1  Introdução ................................................................................................................................. 133 

6.6.2  Ensaios em Escala de Bancada .................................................................................................. 133 

6.6.3  ensaios em escala Piloto............................................................................................................ 134 

6.6.4  Conclusões Globais de Tratabilidade em Escala Piloto ............................................................. 136 

 

ANEXO 

Laudos dos Ensaios de Água Bruta realizados no Laboratório Central da Sabesp; 

Laudos dos Ensaios de Sedimentos realizados no Laboratório Tecam, contratado da Encibra; 

Boletins dos Ensaios de Jar Test realizados pela Encibra nas instalações da ETA ABV da Sabesp. 

 

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11 AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO

O  presente  trabalho  decorre  das  obrigações  assumidas  pela  ENCIBRA  S/A  Estudos  e  Projetos  de Engenharia perante a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP na assinatura do  CCoonnttrraattoo   CCSSSS‐‐5500..114466//0077,  de  17/Abr/2008,  e  da  correspondente  AAuuttoorriizzaaççããoo   ddee   SSeerrvviiççoo   NNoo   0011,  de 02/Jun/2008. 

É  objeto  do  Contrato  firmado  a  EEllaabboorraaççããoo   ddee   EEssttuuddoo   ddee   CCoonncceeppççããoo   ee   PPrroojjeettoo   BBáássiiccoo   ddoo   SSiisstteemmaa  

PPrroodduuttoorr   SSããoo   LLoouurreennççoo. A  FFrreennttee   0011  refere‐se aos  EEssttuuddooss   ddee   CCoonncceeppççããoo   ee   ddee   TTrraattaabbiilliiddaaddee   ddaa   ÁÁgguuaa necessários ao atendimento do objeto contratado. 

Este RReellaattóórriioo   FFiinnaall  ddee   TTrraattaabbiilliiddaaddee  tem por objetivo, nos  termos preconizados no Contrato  firmado, apresentar  “ooss   iitteennss   ddooss   rreellaattóórriiooss   ddee   aaccoommppaannhhaammeennttoo   ((RRAA‐‐1166   ee   RRAA‐‐1177))   ee   pprreelliimmiinnaarr   ((RRTTPP)),,   ee   aass  

ccoonncclluussõõeess   ddooss   eessttuuddooss   ddee   ttrraattaabbiilliiddaaddee   rreeaalliizzaaddooss   eemm   eessccaallaa   ddee   llaabboorraattóórriioo   ee   ppiilloottoo,,   ooss   ddiiggrraammaass   ddee  

ccooaagguullaaççããoo‐‐ffllooccuullaaççããoo,,  aass  aannáálliisseess  ee  iinntteerrpprreettaaççõõeess  ddooss  rreessuullttaaddooss  oobbttiiddooss  nnaass  ttrrêêss  eettaappaass  ddoo  ttrraabbaallhhoo”. 

Assim,  visando  atender  a  determinação  contratual,  o  presente  Relatório  Final  foi  estruturado  nos seguintes principais tópicos: 

Pesquisa Bibliográfica referente à tratabilidade em estações de tratamento de água; 

Caracterização dos Pontos de Coleta; 

Análises e Interpretações dos resultados obtidos; 

No Volume Anexo do presente Relatório constam: 

Laudos dos Ensaios de Água Bruta realizados no Laboratório Central da Sabesp; 

Laudos dos Ensaios de Sedimentos realizados no Laboratório Tecam, contratado da Encibra; 

Boletins dos Ensaios de Jar Test realizados pela Encibra nas instalações da ETA ABV da Sabesp. 

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22 TTRRAATTAABBIILLIIDDAADDEE EEMM EESSTTAAÇÇÕÕEESS DDEE TTRRAATTAAMMEENNTTOO DDEE ÁÁGGUUAA –– PPEESSQQUUIISSAA BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAA

22..11 IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

Estações de Tratamento de Água (ETAs) recebem água bruta subterrânea ou superficial como “matéria prima”. A primeira é captada normalmente por meio de poços artesianos, e a segunda pode ser captada de mananciais superficiais ou de reservatórios de acumulação. 

Mananciais  superficiais  podem  apresentar  grande  variabilidade  de  características  físico‐químicas  e biológicas de suas águas, dependendo das condições climáticas, hidrológicas e de atuação humana na bacia hidrográfica. Tal variabilidade é altamente indesejável para a ETA. 

Um  regime pluviométrico desequilibrado aliado a solos erodíveis,  lavagem de nutrientes do mesmo e ausência  de  proteção  das margens  de  um  rio  tornam  a  qualidade  da  água  captada  extremamente variável. Já os reservatórios de acumulação apresentam a vantagem, para a ETA, de atuarem como um complexo  de  bacias  de  sedimentação  e  equalização  de  grandes  dimensões,  propiciando  alguma remoção  de  sólidos  sedimentáveis,  retendo metais  pesados  e  outros  sob  a  forma  de  complexos  de fundo  e  eventualmente  retendo metais,  nutrientes  e  outras  substâncias  via  absorção  de  plantas  e microplantas e acumulação na coluna d’água e sólidos de fundo. Portanto, se a captação for a partir de um  reservatório,  a qualidade  geral da  água bruta  tende  a  ser melhor que  a da  água  captada de um manancial de água corrente, tal como um rio. 

22..22 OOPPEERRAAÇÇÕÕEESS UUNNIITTÁÁRRIIAASS PPRREECCEEDDEENNDDOO AA EETTAA

A água bruta captada no manancial pode ser submetida a determinadas operações unitárias no  local, antes de ser aduzida à entrada da ETA. Pode‐se citar como mais importantes: 

Aplicação  de  pré‐oxidante:  atua  como  auxiliar  de  coagulação  e  desinfetante,  a montante  da entrada  da  ETA.  O  pré‐oxidante  típicamente  utilizado  é  o  cloro  livre.  Em  um  estudo  de tratabilidade  de  águas  eutrofizadas  com  altas  concentrações  de  algas  [SABESP,  1998]  o Permanganato de Potássio foi aplicado na água bruta com sucesso relativo à remoção de algas, em concentrações de 0,5 a 0,75 mg/L em uma Estação‐Piloto de tratamento  localizada na ETA do Alto da Boa Vista. Um ponto negativo do Permanganato de Potássio é que concentrações acima  do  referido  valor  impactam  a  tratabilidade  devido  à  adição  de  cor  aparente  com persistência ao longo do trem de tratamento, de modo que é apenas parcialmente removida na filtração. 

Aplicação de  carvão  ativado em pó  (CAP): praticada  com o  intuito de  remoção  via  adsorção, primáriamente  de  compostos  causadores  de  gosto  e  odor  (por  ex. metabolitos  algais MIB  e Geosmina).  Algas  e  outros  compostos  orgânicos  também  são  adsorvidos,  reduzindo  assim  a disponibilidade de sítios de adsorção no CAP [Gillogly et al., 1999]. Não se deve praticar a pré‐oxidação juntamente com a aplicação de CAP, porque o primeiro reduz a capacidade adsortiva e remove  substâncias  préviamente  adsorvidas  pelo  segundo  [Gillogly  et  al.,  1999]. Adicionalmente, ocorre oxidação parcial indesejável do CAP. 

22..33 OOPPEERRAAÇÇÕÕEESS UUNNIITTÁÁRRIIAASS NNAA EETTAA

Uma ETA de abastecimento de água é constituída basicamente por uma  série de operações unitárias interligadas  (vide  Figura  2.1);  cada  uma  cumpre  funções  específicas  no  tocante  à  remoção  e/ou realização  de  reações  químicas  e  bioquímicas,  visando  a  remoção  ou  alteração  favorável  nas características de constituintes da água bruta, de modo a  se obter uma água  tratada que atenda aos 

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requisitos de qualidade para abastecimento público. Em última análise, a ETA de Abastecimento visa produzir água potabilizada. 

 

FFiigguurraa 22..11 –– FFlluuxxooggrraammaa ddee TTrraattaammeennttoo ddee uummaa EETTAA CCoonnvveenncciioonnaall

Decantação

Ajuste de pH,Alcalinização(opcionais)

Ajuste depH (opcional)

Pré-Oxidação(ponto típico)

Coagulação//Floculação

Filtração Inter-Oxidação

Captação

Rede deDistribuição

Entrada da ETA

DesinfecçãoFinal

Pré-Oxidação ouCAP (opcional)

 

A  seguir, uma descrição  sucinta de cada operação unitária comumente empregada no  tratamento de águas de abastecimento. 

2.3.1 PRÉ-OXIDAÇÃO

Tendo  como  principal  funções  as  de  pré‐desinfecção,  oxidação  de  compostos  químicos  orgânicos  e inorgânicos, oxidação de íons metálicos e de auxiliar de coagulação [Lage Filho, 1998 & 2004], influencia diretamente  as operações  subsequentes de  coagulação  e  floculação. Uma dosagem  adequada muito contribui para  a  eficácia da  coagulação  e  floculação,  assim  como para  a  redução das dosagens ditas “ótimas” de coagulante e auxiliar polimérico de coagulação  [West et al., 1994; Botelho, 2003]. A pré‐oxidação é normalmente a primeira da série de operações unitárias de uma ETA convencional, quase sempre  sem  correção de pH, pois o pH  ácido  é  ideal para  a  atuação do  cloro  livre ou ozônio. Cloro combinado ou ozônio são também comumente utilizados, particularmente nos Estados Unidos, Canadá e diversos países Europeus. 

Funções da pré‐oxidação [EPA, 1999]: 

a) Desinfecção: morte e/ou  inativação de microrganismos que  representam problemas de saúde pública; 

b) oxidação de compostos orgânicos, possibilitando a remoção dos mesmos; 

c) oxidação de íons metálicos (ferro, manganês, sulfetos) e outros compostos inorgânicos; 

d) atuar como auxiliar de coagulação; 

e) controle de problemas estéticos (cor aparente, gosto e odor), a partir da oxidação de compostos causadores dos mesmos; 

f) controle de organismos indesejáveis que chegam à ETA; 

g) remoção  de  toxicidade  e  mutagenicidade  de  compostos  orgânicos  persistentes  não‐biodegradáveis ou fracamente biodegradáveis (por exemplo, policiclo‐aromáticos e hormônios e similares – estes denominados perturbadores endócrinos [Hun, 1998; Christen, 1998; Sedlak et al., 2000; Castro, 2002]. 

O pré‐oxidante mais comum é o cloro  livre. Assim sendo, típicamente o ponto negativo da prática da pré‐oxidação (além do consumo de um produto químico, o cloro) é a formação de subprodutos clorados pela  reação do cloro com matéria orgânica. Em  termos de  importância, existem dois grandes grupos: trihalometanos (THM’s) e ácidos haloacéticos (AHA’s). De acordo com West et al. [1994], dentre os dois 

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grupos de compostos, a formação dos THM’s é a mais favorecida em pH alcalino, e a formação de AHA’s é a mais favorecida em pH ácido. 

A  Agência  de  Proteção  Ambiental  Americana  EPA  [1999]  estabeleceu  os  seguintes  usos  e  impactos principais do ozônio sobre outros processos de tratamento numa ETA: 

a) Desinfecção; 

b) oxidação de poluentes inorgânicos (incluindo ferro, manganês, sulfetos, etc.) 

c) oxidação de micropoluentes orgânicos  (incluindo  compostos  causadores de  gosto e odor  tais como MIB e Geosmina, poluentes fenólicos, pesticidas, etc) 

d) oxidação  de macropoluentes  orgânicos,  incluindo  a  remoção  de  cor,  o  aumento  do  grau  de biodegradabilidade  de  compostos  orgânicos,  o  controle  de  precursores  de  sub‐produtos  de desinfecção e redução da demanda de cloro. 

Outros impactos do ozônio sobre outros processos de tratamento em ETA [adaptado da EPA, 1999]: 

a) Aumento  dos  teores  de  matéria  orgânica  biodegradável  (MOB),  o  que  pode  resultar  em (re)crescimento biológico, no aumento das  taxas de corrosão microbiana nas  redes  (então há conflito com a desinfecção). Observação: a MOB pode ser  removida por  filtração biológica ou filtros biologicamente ativos, recebendo água ozonizada. 

b) Reações com residuais de outros oxidantes (cloro, dióxido de cloro, cloraminas). 

c) a  oxidação  de  ferro  e  manganês  gera  óxidos  insolúveis,  que  deveriam  ser  removidos  por sedimentação  ou  filtração.  Tais  óxidos  também  exercem  impactos  sobre  os  filtros  (pelo aumento da carga de sólidos para eles e pelo aumento da frequência de retro‐lavagem). 

d) Uso  de  pré‐  ou  inter‐ozonização  em muitas  águas  brutas  pode  reduzir  a  demanda  de  outro oxidante (cloro, dióxido de cloro, cloraminas) da água final, de modo a permitir a manutenção de um residual estável em nível de dose mais baixo, na rede de abastecimento. Há um conflito de  interesses nesse ponto: manter residual na rede de abastecimento versus redução de sub‐produtos da oxidação/desinfecção [Lage Filho, 1994 e 1997] 

Cabe mencionar  que  já  se  verificou  que  a  aplicação  de  ozônio  na  pré‐oxidação  em  lugar  do  cloro proporciona um benefício  indireto: menor produção de sólidos pelo decantador. Isso foi verificado por West et al. [1994] em um extenso estudo de tratabilidade do Sistema abastecedor Hetch Hetchy, para a região da Baia de San Francisco, California. A produção de sólidos foi bem reduzida com a mencionada troca de pré‐oxidante (cloro por ozônio). 

Quanto a outros pré‐oxidantes, pode‐se listar pontos positivos e negativos dos oxidantes  permanganato de potássio e dióxido de cloro [CH2M‐Hill, 2002]: 

Permanganato de Potássio: 

Vantagens: oxidação efetiva de ferro, manganês, cor, gosto e odor; controle de recrescimento na estação de  tratamento; pode  reduzir alguns precursores de  subprodutos; permite a  retirada da cloração como pré‐oxidação, desse modo reduz o potencial de formação de subprodutos clorados; sem efeitos negativos nos processos a jusante, se não há manutenção de residual. 

Desvantagens: não é um germicida efetivo; pode ser tóxico, perigoso de se lidar; requer controle preciso  sobre  a  dosagem,  para  prevenir  quaisquer  problemas  a  jusante;  dosagem  em  excesso resulta em água cor de rosa. 

Dióxido de Cloro: 

Vantagens:  inativação mais efetiva que a do cloro ou cloraminas da maioria dos patógenos; atua igualmente bem em ampla faixa de pH; controle de gosto e odores na água; propicia um residual para a maioria das condições de operação; oxidação de  ferro e manganês; permite controle na 

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planta  do  crescimento  algal;  não  produz  subprodutos  halogenados;  oxidação  de  materiais precursores de subprodutos da desinfecção (SPDs). 

Desvantagens:  formação  dos  sub‐produtos  prejudiciais  clorito  e  clorato;  altas  dosagens  não podem  ser  utilizadas  nos  Estados  Unidos,  devido  às  restrições  impostas  pelo  estágio  1  da Regulação de SPDs em termos de concentrações – limites de clorito (nos termos de nível máximo de contaminante) e dióxido de cloro (nos termos de nível máximo de residual); residuais acima de 0,4 mg/L podem  causar problemas de gosto e odor;  custos de geração química para  clorito de sódio  são altos; o equipamento  laboratorial,  sistema de amostragem e  treinamento associados são  dispendiosos;  deve  ser  gerado  no  local  de  aplicação  (com  implicações  preocupantes  em operação e manutenção); normalmente apresenta custos operacionais mais elevados que outros desinfetantes. 

Dosagens de pré‐oxidante: a dosagem de pré‐oxidante é consumida na água bruta de diversos modos. Assim sendo, cada modo de consumo corresponde a uma parcela, conforme se segue: 

a) Demanda imediata (parcela consumida nas reações com íons metálicos). 

b) Parcela  consumida  nas  reações  com  matéria  orgânica  natural  (MON),  formando primordialmente compostos organoclorados. 

c) Parcela  consumida  em  reações  com  compostos  orgânicos  sintéticos,  com  a  conseqüente “quebra”  dos mesmos  como  sub‐produtos,  assim  como  a  possível  produção  de  compostos orgânicos derivados indesejáveis. 

d) Parcela utilizada na desestabilização de material particulado e colóides, de modo a desencadear a coagulação de tais materiais,  facilitando o trabalho subseqüente do coagulante e auxiliar de coagulação. 

e) Parcela  consumida  na  destruição  ou  inativação  de  células  microbianas,  assim  como  de microrganismos multicelulares. 

f) Parcela consumida em reações de oxidação não envolvendo nenhum dos elementos já citados. 

g) Parcela  perdida  por  volatilização  e  decomposição  (principalmente  de  origem  térmica),  assim como pelo próprio método de aplicação. 

Se a  soma de  todas as parcelas consumidas acima, equivalente à demanda  total de pré‐oxidante,  for inferior  à  dosagem  total  praticada  de  pré‐oxidante,  então  haverá  ao  final  da  operação  uma concentração residual de pré‐oxidante. Tal residual poderá persistir por um certo tempo, se for à base de cloro livre ou combinado. Quando ozônio ou dióxido de cloro são utilizados como pré‐oxidantes, não há residual persistente. Assim sendo, o residual desaparecerá em minutos, típicamente. 

Tomando  como  referência  a  atuação do pré‐oxidante  como  auxiliar de  coagulação, provavelmente  a mais  importante  função  sob  o  ponto  de  vista  do  tratamento  de  água,  sabe‐se  que  a  dosagem  total aplicada de pré‐oxidante deve estar dentro de uma certa faixa ótima   de valores, a ser estabelecida a partir de ensaios experimentais, para a água ou águas que  se deseja  tratar. Ensaios  laboratoriais por Chang  et  al.  [1991],  West  et  al.  [1994]  e  outros  mostraram  que  dosagens  abaixo  de  uma  faixa recomendável não  contribuíram para a  coagulação adequada da água bruta, enquanto que dosagens acima da faixa recomendável conduziram a uma re‐estabilização do material particulado e coloidal, de modo que não se obteve coagulação adequada do material a ser removido no decantador. 

Ozônio é excelente como agente desestabilizador de partículas, e consequentemente sua utilização em pré‐oxidação  tem  se  tornado  mais  e  mais  atraente.  Adicionalmente,  há  economias  associadas  de coagulante e polímero auxiliar [Chang e Singer, 1991; West et al., 1994; CDM, 1995a; CDM, 1995b; Lage Filho, 1998; Andrade Jr., 2003; Botelho, 2003] 

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Em geral doses pequenas de ozônio (menores que 3 mg/L, típicamente, independentemente do tipo de água  bruta)  são muito  efetivas,  e  dosagens  excessivas  podem  levar  à  deterioração  da  coagulação. Diversos mecanismos tem sido postulados para as melhoras obtidas na coagulação e  filtração quando ozônio  é  aplicado  logo  a montante do  referido processo unitário: desestabilização  via  re‐arranjo das cargas elétricas das partículas,  reações de polimerização, etc. No entanto, não há estudo mecanístico definitivo para explicar a atuação eficaz de ozônio como auxiliar de coagulação na pré‐oxidação e/ou como  auxiliar  de  filtração  na  inter‐oxidação  [Chang  e  Singer,  1991; West  et  al.,  1994;  Jekel,  1993; Langlais, 1997]. 

Chang e Singer  [1991] verificaram que a dureza e o  teor de COT da água bruta exerceram um grande impacto na estabilidade do material particulado, por ocasião de ensaios de pré‐ozonização seguida de coagulação  e  floculação.  A  chamada  “taxa  de  agregação”  de material  particulado  em  suspensão  foi muito sensível à relação dureza/COT da água bruta não‐ozonizada. A dose ótima de pré‐ozônio depende então, segundo eles, das concentrações de COT e dureza da água bruta. A coagulação induzida por pré‐ozonização foi dita ótima quando a relação dureza/COT foi acima de 25 mg CaCO3/ mg C e as dosagens de ozônio foram de cerca de 0,4 a 0,8 mg O3/mg C. 

Langlais  [1997]  recomenda,  para  eficácia  de  ozônio  como  auxiliar  de  coagulação,  que  a  relação Cálcio/COT  da  água  bruta  seja  cima  de  20 mg  CaCO3/mg  C.  Adicionalmente,  o  autor  recomenda  a aplicação de 0,2 a 0,3 mg O3/ mg de COT na água bruta, e tempos de contato na pré‐ozonização curtos, da ordem de 2 minutos, com dissolução de ozônio na fase líquida via turbina ou hidro‐injetor (Venturi) ou ainda sistema de misturador estático, ao invés de difusão via placas porosas. A solubilidade de ozônio em  água  não  é  ótima  como  a  do  cloro,  e  em  vista  dos  custos  elevados  de  geração,  deve‐se  tomar cuidados especiais de modo a maximizar a dissolução de O3(g) no  líquido. Langalis  [1997]  recomenda tempo  total de  residência hidráulica da ordem de 6 a 8 minutos para a oxidação de micropoluentes (concentrações da ordem de microgramas por litro a nanogramas por litro) via ozonização. As doses de ozônio  também  dependerão,  além  dos  teores  de micropoluentes  e matéria  orgânica  que  não  a  dos mesmos, da alcalinidade  total,  temperatura e pH da água. Segundo White  [1997], deve‐se considerar até  5 minutos  por  câmara  de  contato  em  sistemas  de  ozonização,  por  causa  da  lata  velocidade  de decomposição do ozônio. 

O ozônio, dada sua extrema reatividade e poder oxidativo, tem vida útil muito breve, e não é possível manter um residual de ozônio em líquido por mais do que alguns minutos. A geração de radicais livres (principalmente hidroxila, e peridroxila) contribui também para sua curta duração e auto‐decomposição. Tais  radicais  podem  ser  “sequestrados”  ou  removidos  pela  alcalinidade  (carbonatos)  da  água  em tratamento, daí o consumo de ozônio e a velocidade de decomposição aumentam bastante. 

Segundo Acero et al. [1999], “os principais agentes sequestrantes de radicais hidroxila (OH) durante a ozonização são o sistema carbonato e matéria orgânica natural. A decomposição do ozônio é acelerada 

por eles”. Quando a alcalinidade é elevada  (referência: alcalinidade  4 mili Mols), a mesma  tende a dominar a decomposição do ozônio. Para águas com COD elevado (acima de 1 mg/L) e alcalinidade não‐elevada, os efeitos da alcalinidade do sistema carbonato são “mascarados” pela matéria orgânica, que age então como o principal agente sequestrante, dominando o ciclo encadeado dos radicais livres para a decomposição do ozônio. 

Hamill et al.  [1997]  listam  cinco  fatores que afetam a  concentração máxima de ozônio que pode  ser dissolvida em água, antes que seja atingido o limite de saturação: temperatura e pressão da água, pH da água, concentração de ozônio no gás de  transporte  (= pureza do gás aplicado) e modo de  injeção de ozônio na água. Ainda segundo os autores, sistemas modernos de dosagem empregam indução do tipo Venturi para  introduzir O3 na água. A diferença entre a  capacidade de dissolução de O3  (cerca de 30 mg/L a 20  oC na  saturação) e a massa de ozônio ou dosagens  típicas  (entre 0,5 e 5,0 mg/L) é muito grande. Com  isso, há a garantia de um alto  índice de transferência de massa (tipicamente acima de 90 %), sem haver super‐dosagem e desperdício de ozônio. 

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Uma alternativa atrativa de mistura e dissolução de gás numa fase líquida é o misturador estático. São formados  por  anteparos,  placas  ou  algum  outro  tipo  de  dispositivo  ou  componente  que  dividem  o escoamento  em  muitas  partes.  Tais  misturadores  apresentam  maiores  perdas  de  carga  que misturadores do  tipo  jato de descarga, porém não há necessidade de outro  controle que não  seja  a própria vazão [Hunt, 1999]. 

Segundo  Roustan  et  al.  [1999],  quando  o  gás  é misturado  na  fase  líquida  por meio  de misturador estático  com  água  pressurizada,  é  possível  obter micro‐bolhas  (diâmetro menor  que  1 mm)  e  isso aumenta de 10 a 100 vezes a área  interfacial de transferência entre as fases  líquida e gasosa, e desse modo há um aumento da velocidade de  transferência de massa de O3 pelo mesmo  fator. A principal vantagem  dos  misturadores  estáticos  é  essa  criação  de  uma  grande  área  de  transferência,  em comparação com as áreas muito menores de reatores de coluna de bolhas via difusores de bolhas. 

Tratabilidade – Alguns Resultados de Pré‐oxidação com Ozônio: 

Botelho  [2003]  investigou  a  pré‐ozonização  de  águas  brutas  do  reservatório  do  Guarapiranga  sob diversas  condições  de  pH  de  coagulação,  utilizando  sulfato  de  alumínio  ou  cloreto  férrico  como coagulante,  por  meio  de  ensaios  sistemáticos  do  tipo  Jar  Teste.  Conclusões  relevantes  foram  as seguintes: 

a) Utilização de sulfato de alumínio (doses na faixa de 20 a 40 mg/L) em pH 6,0: a pré‐ozonização possibilitou  remoção  de  turbidez    8%  melhor  e  de  cor  aparente  16%  melhor  que  ensaios idênticos porém sem pré‐ozonização. 

b) Utilização de cloreto férrico  (doses na faixa de 20 a 40 mg/L) em pH 9,0: não houve diferença significativa entre os resultados dos ensaios com e sem pré‐ozonização, no tocante à remoção de turbidez. No entanto, os ensaios com pré‐ozonização removeram de 16 a 32 % a mais de cor aparente. 

c) Utilização de cloreto férrico  (doses na faixa de 20 a 40 mg/L) em pH 6,0: não houve diferença significativa entre os dois tipos de ensaios, no tocante à remoção da turbidez e cor aparente. 

d) Observou‐se que os flocos formados a partir da coagulação com cloreto férrico são tipicamente mais  densos  e mais  resistentes  a  esforços  de  cizalhamento  durante  a  filtração  do  que  seus equivalentes formados a partir da coagulação com sulfato de alumínio. 

Hargesheimer et al. [1996] avaliaram diversas opções de tratamento em escala piloto para controle de gosto e odor: flotação por ar dissolvido, sedimentação convencional, ozonização e filtração em CAG ou antracito. Para a remoção do  fitoplâncton e mitigação de problemas de gosto e odor, as opções mais efetivas  de  tratamento  foram:  flotação  por  ar  dissolvido  em  combinação  com  filtração  em  CAG.  A ozonização em combinação com filtração em dupla camada (CAG sobre areia) foi a melhor opção para atenuar odores na água final. A remoção de COT e cor aparente foi muito maior com a filtração em CAG do que com a filtração em antracito. 

Chen  et  al.  [1999]  verificaram  que,  de  3  odorantes  investigados  quanto  à  oxidação  via  ozônio  e peroxônio  (MIB, Geosmina  e  IPMP  ou  2‐isopropli,  3‐metoxi‐pirazina)  da  água  bruta  abastecedora  de Detroit, MIB foi o de remoção mais difícil. O estudo de tratabilidade da água decantada da ETA Alto da Boa Vista da SABESP  via ozônio ou peroxônio (inter‐oxidação) mostrou o mesmo. 

Remoção de Matéria Orgânica e Carbono Orgânico Total 

A presença de matéria orgânica natural  (MON) na  água bruta  é  indesejável  sob o ponto de  vista de tratabilidade, devido a uma variedade de motivos: desde a presença de cor aparente indesejável, até o aumento da quantidade de  sítios de absorção para  substâncias  tóxicas e/ou mutagênicas na água. A MON também será adsorvida por partículas inorgânicas presentes na água bruta, desse modo reduzindo as  características  de  sedimentabilidade  das  mesmas.  A  presença  de  elevados  níveis  de  certos constituintes de MON requerem maiores doses de coagulante para a desestabilização de partículas com 

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subseqüente remoção nos tanques de sedimentação e/ou filtros (EPA, 1999). A matéria orgânica possui em  sua  composição  substâncias precursoras de  subprodutos da desinfecção  tais  como os  compostos orgânicos  clorados  (ácidos  haloacéticos  e  trialometanos),  que  são  gerados  pela  reação  com  cloro. A matéria orgânica, em  termos de  carbono orgânico  total  (COT), é um dos principais  responsáveis pela demanda de cloro na água (Becker e O' Melia, 1996). 

A  determinação  da  absorbância  em  luz  UV254  nm  é  uma  alternativa  rápida  de  obtenção  de  uma estimativa do  conteúdo de matéria orgânica da  amostras de  água bruta ou  tratada  (Penitsky, 2003). Ainda segundo o autor, “embora a relação numérica entre abs UV 254 e Carbono Orgânico Total (COT) é única para cada água bruta, uma mudança no teor de carbono orgânico sempre pode ser detectado, em termos de absorbância de  luz UV.  Isto  torna a determinação da abs UV254 adequada para monitorar mudanças  na  concentração  de MON”.  Segundo  Andrade  Jr.  (2004),  a  determinação  da  absorbância UV254  tem  por  base  a  capacidade  da matéria  orgânica  de  absorver  luz UV.  A  oxidação  da matéria orgânica de  origem húmica pelo ozônio  reduz o  valor da  absorbância UV  254. No  entanto,  segundo Owen et al  (1994),  tal  redução não é necessariamente acompanhada por  redução correspondente do teor  de  carbono  orgânico  dissolvido,  porque  a  ozonização  promove  predominantemente  a transformação  de  substâncias  húmicas  em  não‐húmicas,  sendo  a  parcela  húmica  a  responsável  pela absorção de luz UV, devido às ligações químicas insaturadas ou estruturas aromáticas. 

A  remoção de COT  em  Estações de  Tratamento  (ETA)  é  influenciada pelo  tipo de  coagulante, pH de coagulação‐floculação  e  diversas  características  da  água,  particularmente  carbono  orgânico  total  e dissolvido  (COT, COD) e alcalinidade. A água bruta do Guarapiranga contem COT acima de 10 mg/L e alcalinidade menor que 60 mg CaCO3/L; de acordo com essas informações, a remoção de COT por meio de coagulação aprimorada em pH em torno de 5,5 e com sal de ferro como coagulante pode chegar a 50 % na ETA  (Camp, Dresser & McKee, 1994). Penitsky  (2003)  considerou  como parâmetro  indicador da eficiência de remoção de COT a variável “absorbância específica de  luz ultravioleta” ou SUVA, definida como sendo igual a (100 x abs UV254)/COD. Para a água bruta do Guarapiranga, pode‐se assumir valor médio de COT de 8 mg/L e que o carbono orgânico dissolvido representa cerca de 80 % do COT. Desse modo, e para valor de absorbância UV254 de amostra agitada de água bruta igual a 0,14, foi obtido um 

valor de SUVA  2,2 L/mg. Segundo o autor, SUVA na faixa 2 a 4 L/mg  indica que os teores de matéria orgânica natural  influenciam  a  coagulação,  e que  a  eficiência de  remoção de COD da  água bruta na Estação de Tratamento deverá estar na faixa 25 a 50 % com a utilização de sulfato de alumínio ou um pouco  acima  disso  para  a  utilização  de  cloreto  férrico  como  coagulante.  Ferreira  Filho  e Marchetto (2006) estudaram a  tratabilidade da água do reservatório do rio Grande e concluíram que a dosagem ótima de sulfato férrico para remoção de turbidez e cor aparente tendeu a ser inferior à dosagem ótima para maximizar remoção de carbono orgânico dissolvido (COD). Sendo assim, é a concentração de COD e não a turbidez ou cor aparente que estabelece a dose ótima de coagulante. Segundo Singer e Harrington (1993), os teores de COD representam tipicamente cerca de 80 % dos teores de COT. 

Manuais de qualidade e tratamento de águas de abastecimento editados por Agências e Organizações de alto prestígio (AWWA, 1999; EPA, 1999) afirmam que a ozonização da água bruta (ou pré‐ozonização) pode  atuar  eficazmente  como  auxiliar  de  coagulação  e  floculação,  contribuindo  para  melhorar  a eficiência destas operações unitárias. Extensos estudos de tratabilidade (West e Lage Filho, 1994; Camp, Dresser & McKee, 1995a; 1995b; Andrade Jr., 2004) verificaram tais afirmações. 

2.3.2 COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO

A  coagulação  tem  como  objetivo  desestabilizar  o material  particulado  e  coloidal  presente  na  água visando anular o equilíbrio repulsivo que se verifica entre os sólidos na água bruta; a aplicação dinâmica de coagulante e auxiliar de coagulação exerce efeito desestabilizador e a agitação propicia o transporte, aproximação  e  choques  entre  os  sólidos  desestabilizados.  A  aglomeração  dos mesmos  em  flocos  é denominada  “floculação”, preferencialmente  formando  flocos grandes e densos o bastante para uma separação  adequada  dos mesmos  da  fase  líquida.  Tal  separação  idealmente  ocorrerá  no  interior  do reator utilizado para obtenção de água decantada., conhecido normalmente como “decantador”  (pois 

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produz água decantada). É possível que tal separação já ocorra, parcialmente, dentro do floculador. Isso seria devido principalmente a “super‐dosagens” de produtos químicos e/ou configuração inadequada na câmara de coagulação e/ou floculação. 

Segundo West e Lage Filho (1994), quanto maiores os teores de COT na água bruta, maior a dificuldade em se obter remoções eficientes de sólidos suspensos a partir das operações unitárias de coagulação e floculação. Lage Filho et al. (2001) obtiveram correlações muito boas entre valores pareados de turbidez e MO, absorbância UV254 e MO e entre cor aparente e MO (coeficientes de correlação R2 = 0,86, 0,90 e 0,93,  respectivamente), com  implicações nas  remoções de cor aparente e  turbidez, em um estudo de tratabilidade da água bruta do rio Gravataí (água bruta com turbidez média 25 UNT, cor aparente média 295 un. Pt‐Co, COT médio 10,0 mg/L, absorbância média 0,76 e baixa alcalinidade, em torno de 20 mg CaCO3/L).  

De acordo com Francisco Jr. e Orth (1988), a ozonização pode promover uma maior remoção de matéria orgânica  durante  os  processos  de  coagulação,  floculação  e  decantação,  graças  à  atuação  de  um mecanismo  múltiplo  baseado  na  despolimerização  e,  principalmente,  na  polarização  de  moléculas orgânicas, que passam a representar pequenos núcleos de  floculação – a chamada “microfloculação”. No  entanto,  segundo os  autores, uma dosagem  excessiva de ozônio pode  causar uma  fragmentação excessiva das moléculas, o que diminui o efeito da microfloculação. Assim deve‐se buscar uma dosagem ótima para a otimização de tal fenômeno. 

Em  um  trabalho  sobre  impactos  causados  pela  ozonização  em  águas  a  serem  potabilizadas,  Singer (1989) comentou sobre a atuação do ozônio como auxiliar de coagulação e floculação. O autor relatou que  seis  em  cada  dez  amostras  examinadas  em  experimentos  laboratoriais mostraram melhora  na coagulação do material particulado após pré‐ozonização, e afirmou ainda que “na maioria dos casos, as partículas  suspensas  tiveram  sua  carga  negativa  aumentada  após  pré‐ozonização,  sugerindo  que  a coagulação induzida por ozônio no tratamento de águas não é um simples fenômeno eletrostático”. De acordo com Langlais et al.(1991), a ozonização promove a quebra de compostos orgânicos metálicos, com  a  subsequente  liberação  de  íons metálicos  oxidados,  como  o  Fe+3  e  o Mn+4,  o  que  pode  ser considerada uma produção de coagulantes “in situ”. Os sais de ferro são amplamente utilizados como coagulantes primários e as espécies hidratadas de manganês podem remover quantidades significativas de MON  por  adsorção,  especialmente  na  presença  de  cálcio.  Além  disso,  os  compostos  orgânicos resultantes das reações de quebra apresentam maior carga elétrica negativa resultante, o que os torna mais suscetíveis à adsorção por precipitados polares de hidróxido de alumínio, o que amplia a eficiência de  remoção  dos mesmos.  Ainda  segundo  Langlais  et  al.  (1991),  o  ozônio  também  pode  romper  a superfície  celular  ou matar  os  vários  tipos  de  algas,  o  que  gera  a  liberação  de  biopolímeros  (ácidos nucleicos, proteínas, polissacarídeos), e  representa o aumento da presença de  coagulantes orgânicos naturais. Segundo os autores, essa ação do ozônio sobre as algas representa efeito sobre a remoção de turbidez.  Segundo  Jekel  (1994),  os  efeitos  da  ozonização  sobre  a  coagulação,  floculação  ou  outros processos de remoção de partículas são diversos, e que se espera que mais de um mecanismo básico seja  operativo  em  desestabilização  induzida  por  ozônio  de  partículas  ou microfloculação  de  ozônio. Segundo  o  autor,  “dois  mecanismos  básicos  deveriam  ser  melhor  compreendidos:  a  adsorção  de matéria orgânica dissolvida no material particulado e os possíveis efeitos de polimerização de ozônio em baixas  dosagens.  Esses  últimos  podem  explicar  observações  de  vários  pesquisadores,  os  quais reportaram  a eficácia de dosagens bem baixas de ozônio  (menores que 1,0 mg/L) no  tratamento de águas  superficiais. Segundo Langlais  (1997), os efeitos coagulantes do ozônio não  são observados em todas  as  águas  e  não  são  perfeitamente  compreendidos, mesmo  que muitas  explicações  têm  sido propostas; a aplicação de ozônio em uma determinada água deve  ser  criticamente avaliada, à  luz de estudos pilotos. 

Segundo Owen et al. (1994), a pré‐ozonização pode reduzir a dose de coagulante em meio ácido, pois pode  aprimorar  a  remoção  de  MON.  Por  outro  lado,  segundo  os  autores,  a  ozonização  tende  a aumentar  a  fração  hidrofílica  da MON,  com  aumento  da  solubilidade  da matéria  orgânica  e  assim 

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prejudicando as operações de  coagulação e  floculação da água no  tocante à  remoção de MO, mas a remoção de  turbidez  (material particulado) pode melhorar. Ainda  segundo os autores, outro possível impacto negativo é o aumento da demanda de cloro. Jekel (1994) apontou casos onde a pré‐ozonização foi prejudicial à eficiência do tratamento, presumivelmente se a remoção de matéria orgânica dissolvida era prioritária, e não a  remoção de partículas. No entanto, segundo o autor, uma avaliação global do processo de pré‐ozonização  indica que o mesmo pode ser positivo e ainda econômico em estações de tratamento. Velásquez et al. (1998) concluíram que o ozônio tem uma influência positiva no processo de coagulação‐floculação quando aplicado em pequenas dosagens, típicamente da ordem de 1,0 mg/L ou menores. Segundo eles, “dosagens excessivas podem levar a uma deterioração da coagulação; os efeitos positivos  do  ozônio  são  relativos  à  diminuição  da  dosagem  de  coagulante  inorgânico  e  à  melhor remoção de  sólidos e melhoria dos parâmetros  físico‐químicos”. No  tocante ao pH de coagulação, de acordo com Owen et al.  [1994], a questão sobre alterar o pH de coagulação ou a dose de coagulante visando otimização técnico‐econômica, irá depender do nível de alcalinidade (se alta ou baixa) versus a produção de sólidos (lodo) em função da dose de coagulante. 

Pavanelli et al. [2002] investigaram a coagulação e a floculação de águas brutas de baixa turbidez e cor elevada  por  meio  de  diferentes  coagulantes.  Eles  empregaram  para  efeito  de  comparação  os coagulantes:  sulfato  de  alumínio,  cloreto  férrico,  hidroxicloreto  de  alumínio  e  sulfato  férrico.  As principais conclusões foram que cloreto férrico foi o mais econômico e a hidroxicloreto de alumínio foi o mais eficiente, numa ampla faixa de pHs de coagulação. 

COAGULAÇÃO APRIMORADA E OXIDAÇÃO:

Precursores de organoclorados: matéria orgânica 

O controle de precursores de SPD’s e a redução da demanda de cloro são objetivos mais difíceis de se atingir. Os precursores de organoclorados são, principalmente, substâncias constituídas de matéria  orgânica  natural  (MON);  os  principais  representantes  são  as  substâncias  húmicas  e fúlvicas (típicamente 80 % da MON). Para a maximização da remoção de MON e COT, recomenda‐se  típicamente  a  chamada  “coagulação  aprimorada”:  coagulação  em  pH  ácido  de  coagulação 

(típicamente  6) após pré‐oxidação. 

A presença de MON na água bruta é  indesejável, devido à uma variedade de motivos: desde a presença  de  cor  aparente  indesejável,  até  o  aumento  da  presença  de  sites  de  adsorção  para substâncias tóxicas e/ou mutagênicas. A MON também será adsorvida por partículas  inorgânicas presentes na água bruta, desse modo reduzindo as características de sedimentabilidade daquelas partículas. Elevados níveis de certos constituintes de MON requerem coagulação adicional, a fim de desestabilizar as partículas e removê‐las em bacias de sedimentação e/ou filtração [EPA, 1999]. 

A MON  é  importante  também  pela mobilização  de  espécies  orgânicas  hidrofóbicas,  de metais (chumbo,  cádmio,  cobre,  zinco, mercúrio,  cromo,  etc.)  e  de  elementos  radioativos,  através  do processo de tratamento. Finalmente, a MON está também presente na água bruta em forma de carbono orgânico coloidal, sob a forma de substâncias húmicas e fúlvicas, as quais possuem alto potencial de formação de sub‐produtos da desinfecção. 

Dowbiggin [1992] afirmou íons cálcio e ozônio atuam com efeitos contrários aos de estabilização de material particulado, ocasionado pelos materiais húmicos. Assim sendo, a presença de cálcio (com ou sem ozônio) promove agregação moderada de materiais particulados. Segundo Stumm e Morgan [1996], “íons de Ca+2 desestabilizam e matéria orgânica estabiliza partículas coloidais em corpos fechados de água, tais como lagos”. 

Chowdhury  et  al.  [1992]  escreveu,  com  respeito  à  remoção  de  precursores  de  SPD’s,  que  “a coagulação otimizada pode remover, em geral, cerca de 50% de precursores de THM’s (tais como COD), enquanto que a adsorção em CAG pode remover geralmente acima de 75%. 

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Tryby  et  al.  [1994]  verificaram,  usando  equipamento  de  “Jar  Testes”,  que  o  controle  de  COT resultou no controle de substâncias absorvedoras de luz UV e de precursores para THM’s, AHA’s e HOT’s.  Os  resultados  mostraram  ainda  que  a  remoção  de  COT  foi  inferior  às  remoções  de precursores para THM’s AHA’s e HOT’s, e superior à remoção de substâncias absorvedores de luz UV. 

De acordo com Owen et al.  [1994], há na coagulação aprimorada a necessidade de otimizar ao mesmo tempo o pH e a dose de coagulante.  Ao balancear tais parâmetros, pode ser mais efetivo em termos de custo a diminuição do pH e a manutenção da mesma dose de coagulante, ao invés de  um  simples  aumento  da  dose  de  coagulante.  Até  que  ponto  a  depressão  do  pH  é economicamente viável dependerá: (a) alcalinidade da água (quanto maior, maior será o consumo de  ácido  para  depressão  do  pH)  e  (b)  dos  custos  para  disposição  de  lodo  (aumentam  com  o aumento da dosagem de coagulante e auxiliares de coagulação). Os autores também observaram que,  com  a  adsorção  de mais  COT  aos  flocos  formados  na  coagulação  aprimorada  seguida  de floculação,  os  mesmos  tenderão  a  ser  menos  densos  que  flocos  produzidos  em  coagulação convencional, sem o intuito de aprimorar a remoção de material orgânico. 

Carlson [1993] estudou quatro mananciais com baixa alcalinidade e conteúdo orgânico variável, e observou que havia uma  relação entre o conteúdo de MON das águas e a demanda de ozônio, assim como o decaimento temporal de ozônio. A demanda de ozônio nesse trabalho foi definida como o ponto a partir do qual um aumento da dose de ozônio resultava num aumento do residual de ozônio. O coeficiente de decaimento do ozônio foi observado como se aproximando do de uma equação de pseudo ‐ 1a ordem.  

Estudos em escala de bancada para a  remoção de arsênico  foram  conduzidos por Hering et al. [1996], que verificaram a viabilidade da coagulação aprimorada para obtenção de concentrações 

no efluente na  faixa 2 – 20 g/L,  compatíveis  com os padrões de qualidade então  vigentes da USEPA. Para  sistemas de  tratamento convencional, os autores afirmaram que a  implantação de coagulação aprimorada pode ser uma opção viável. 

Oxidação de micropoluentes orgânicos e de baixa biodegradabilidade:  

Numa dada floração algal, mais de 90% dos metabolitos algais (MIB, Geosmina, toxinas das classes principais tais como microcistinas, saxotoxinas e cilindrospermopsinas) fica no interior das células, e  o  restante  fica  dissolvido  na  água bruta. O  risco  de  rompimento  das  células  (e  consequente liberação dos metabolitos para a coluna de água) é maior com a pré‐cloração do que com a pré‐ozonização [Jones, 2000]. O ozônio tende a oxidar por completo as células algais, uma vez que o poder oxidativo é bem maior que o do cloro livre. 

Wheldon  [2000] citou 4 metabolitos produzidos por algas, cianobactérias e actinomicetos como sendo  os mais  importantes  identificados  em  águas  potabilizadas: Geosmina, MIB,  n‐hexanol  e trans‐2, cis‐6‐nonadienal. 

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FFiigguurraa 22..22 -- EEssttrruuttuurraass MMoolleeccuullaarreess ddee MMIIBB ee GGeeoossmmiinnaa [[ JJ.. MM.. MMoonnttooggoommeerryy,, 22000055]]

CH3 CH3

CH3

OH

CH3

MIB (tridimensional) GEOSMINA (planar)

OH

CH3

CH3

 

Segundo  a World Health Organization  [1992],  a  consideração mais  importante na  aplicação de ozônio para destruição de toxinas algais é a demanda de ozônio exercida pela presença paralela de COD. Por exemplo, para concentrações de COD da ordem de 8,5 mg/L, uma dose de ozônio acima de 1,0 mg/L foi necessária para a destruição completa de microcistina. 

Com  relação à oxidação química de  substância orgânica de baixa biodegradabilidade: Metcalf e Eddy [2003] estabeleceram que o método recomendável para se estimar dosagens e condições de dosagem de oxidante deve  ser  via estudos‐piloto.  Segundo eles, não é  seguro  trabalhar  com a estequiometria de reações pertinentes, caso as mesmas sejam conhecidas. Para oxidação química visando  atingir  os  objetivos  préviamente  enumerados  no  tratamento  de  águas,  há  2 recomendações bem amplas: Hunt [1999] sugere aplicar 1 a 2 mg O3 por mg de matéria orgânica. Langlais [1997] recomenda transferir de 1 a 3 kg de O3 por kg de DQO, sendo essa a representante do total de constituintes oxidáveis no líquido. 

2.3.3 DECANTAÇÃO

O decantador é um reator de grandes dimensões, com fluxo de água floculada em regime laminar, onde deve ocorrer a separação de sólidos pesados e flocos da fase líquida, com vistas à subsequente remoção periódica dos mesmos  sob  a  forma de  “lodo” da  Estação de  Tratamento, por meio de  descargas de fundo, básicamente. Ocorre remoção e inativação de microrganismos (bactérias, protozoários e outros) via  incorporação  aos  flocos  sedimentados. Desse modo,  a  fase  líquida ou  água decantada prossegue para a operação de filtração ou de inter‐oxidação (pouco comum em estações latino‐americanas). 

2.3.4 INTER-OXIDAÇÃO

Funciona primordialmente como auxiliar de filtração, beneficiando a duração das carreiras de filtração. Adicionalmente,  proporciona  oxidação  de  substâncias  orgânicas  e  inorgânicas  e  desinfecção  da  água decantada. 

Alguns Resultados de Ensaios com Pré‐ e Inter‐Oxidação: 

Andrade Jr. [2003] aplicou pré‐ozonização e inter‐ozonização em ensaios de bancada numa investigação da tratabilidade de águas eutróficas do Reservatório do Guarapiranga. O teor de COT esteve próximo de 10 mg/L,  a  turbidez  esteve  em  torno  de  4 UNT  e  a  cor  aparente  em  torno  de  70  unidades. A  pré‐ozonização propiciou economias de até 33 % em coagulante  (cloreto  férrico).   Os  tempos de contato utilizados foram de até 9 minutos, e produtos C x T de até 10,3 mg x min/L. A concentração e o tempo de  contato pareceram  ser  igualmente  importantes. O Quadro  a  seguir  é um  sumário qualitativo dos resultados mais importantes obtidos em 4 baterias de ensaios (total de 52 ensaios de tratabilidade): 

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QQuuaaddrroo 22..11 –– SSuummáárriioo ddee RReessuullttaaddooss ddee TTrraattaabbiilliiddaaddee [[AAnnddrraaddee JJrr..,, 22000033]]

Redução/ Tipo de Tipo de Água/Remoção de Ozonização AB AB + F AD AD + F

Pré Favorável Indiferente Favorável IndiferenteInter Indiferente Indiferente Prejudicial IndiferentePré Favorável Prejudicial Favorável IndiferenteInter Indiferente Indiferente Prejudicial IndiferentePré Favorável Favorável Favorável FavorávelInter Indiferente Indiferente Favorável FavorávelPré Favorável Prejudicial Prejudicial PrejudicialInter Indiferente Indiferente Prejudicial PrejudicialPré Favorável Favorável Favorável FavorávelInter Indiferente Indiferente Favorável Favorável

Abs. UV254 nm

CorAparente

Turbidez

MatériaOrgânica (**)Demanda de

Cloro (*)

Legenda: AB = água Bruta; AD = água decantada por processo convencional, pH ~ 6,0; AB + F = água bruta + filtração direta Millipore (papel de filtro malha 1,4 – 1,5 microns) AD + F = água filtrada a partir da água decantada, processo convencional;  (*) Tempo de contato de 2 horas, dose de cloro inicial variável (dependendo do tipo de amostra; típicamente 

5,0 mg/L para água bruta, 2,0 mg/L para água filtrada). (**) Oxidação por permanganato, Método do Consumo de Oxigênio. 

Andrade  Jr.  [2003]  obteve  correlações  bastante  razoáveis  para  as  diversas  águas  utilizadas  (brutas, decantadas, filtradas) entre: Matéria Orgânica e turbidez (coeficiente de Pearson r2 = 0,87), turbidez e cor  aparente  (r2  =  0,92),  cor  aparente  e Matéria  Orgânica  (r2  =  0,86)  e  entre Matéria  Orgânica  e Absorbância UV 254 nm (r2 = 0,81). 

Há  interesse cada vez maior em utilizar na  inter‐oxidação oxidantes mais poderosos que o cloro. Uma vez que a qualidade da água decantada é muito melhor que a da água bruta, em todos os aspectos, a dosagem praticada de inter‐oxidante deverá ser correspondentemente bem menor que a necessária na pré‐oxidação. Assim sendo, a aplicação de ozônio na  inter‐oxidação pode ser econômicamente viável; além disso, os benefícios podem  ser muito maiores que os proporcionados pela pré‐oxidação: a não‐produção de subprodutos organoclorados  indesejáveis adicionais; um melhor desempenho da filtração com  inter‐ozonização em  relação a uma  inter‐cloração, associado a carreiras de  filtração mais  longas, melhor  remoção de matéria orgânica natural  (particularmente  se a  filtração  for praticada com CAG – carvão ativado granular), obtenção de uma água filtrada com menor demanda de cloro na desinfecção final, etc. [West et al, 1994; CDM, 1995a; CDM, 1995b; CDM, 1995c]. 

A aplicação de ozonização na água decantada (ou inter‐ozonização) pode levar a maiores eficiências de filtração na remoção de material particulado e MON dissolvida (West e Lage Filho., 1994; Camp, Dresser & McKee, 1995a;1995b; Rittmann, 1996). West e Lage Filho (1994) verificaram em colunas de filtração feitas de acrílico transparente recebendo água decantada inter‐ozonizada que os sólidos coletados pelos leitos filtrantes penetravam mais profundamente e apresentavam distribuição mais uniforme nos leitos do que na situação de  filtração de água decantada sem  inter‐ozonização; o mesmo  foi observado em estudo na SABESP  (1998). A  inter‐ozonização  também pode  levar a carreiras de  filtração mais  longas, conforme observado por West e Lage Filho, 1994; Camp, Dresser & McKee, 1995a; Smith et al., 1996. Segundo Wilczak et al. (1992), “os efeitos da ozonização no desempenho de filtros ainda não estão bem documentados, mas em muitos  casos  foi detectado um aprimoramento da  remoção de partículas na filtração de águas previamente ozonizadas,  inclusive  com a obtenção de um desempenho melhor do que em casos da utilização de um outro oxidante em  lugar do ozônio”. No entanto, tais benefícios da ozonização  não  são  observados  em  todas  as  águas  e,  sendo  assim,  estudos  piloto  são  altamente recomendáveis  para  avaliação  de  cada  tipo  de  aplicação  de  ozônio  para  uma  determinada  água  de interesse (Langlais, 1997; EPA, 1999; Montgomery Watson Harza, 2005). 

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2.3.5 FILTRAÇÃO

Atua na remoção de sólidos dissolvidos, substâncias causadoras de cor aparente, turbidez e flocos finos que não tenham sido removidos anteriormente pela decantação, metais, células algais, etc. Sabe‐se que a  inter‐oxidação  pode  proporcionar  uma melhor  distribuição  e  aproveitamento  dos  leitos  filtrantes, normalmente,  levando  à uma  carreira  de  filtração maior  e mais  eficiente,  em  relação  à  ausência  da inter‐oxidação (West et al., 1994; Wentworth, 2001; Huck, 2001; Andrade, 2003). Sabe‐se ainda que a chamada “filtração biológica”, significando a utilização de carvão ativado granular nos filtros juntamente  com a aplicação de ozônio como pré‐oxidante e/ou inter‐oxidante proporciona remoção muito superior de compostos orgânicos e matéria orgânica natural que a filtração convencional em areia ou antracito [Rittman et al., 1984; Rittmann, 1996] 

Periodicamente, o filtro deve ser retirado de linha para ser submetido a uma retro‐lavagem, idealmente praticada  com  ar  e  água,  para  recuperação  de  sua  capacidade  de  armazenamento  e  eficiência  de remoção. Às vezes, mensalmente por exemplo, pode‐se aplicar nos  filtros uma solução  forte de cloro livre (da ordem de algumas centenas de mg/L) via água de lavagem, visando remover nódulos metálicos acumulados e colmatados, em decorrência de altos teores de íons metálicos na água captada superficial. 

Filtros biologicamente ativos: 

Quando  água  previamente  ozonizada  é  filtrada  em  carvão  ativado  granular,  promove‐se  grande desenvolvimento de uma microbiota nos micro e macro‐poros do carvão ativado granular. Tipicamente a  água  decantada  é  ozonizada  e  a  seguir  aplicada  ao  filtro  de  CAG. A  ozonização  quebra  ligações  e cadeias orgânicas de  compostos de  cadeia  longa  e/ou baixa biodegradabilidade,  criando  tipicamente compostos de baixo peso molecular  (1 ou 2 carbonos, geralmente) e elevada biodegradabilidade, que podem ser facilmente assimiláveis pela microbiota aderida ao CAG. O crescimento dessa microbiota é, via de regra,  lento,  levando muitas semanas para a obtenção de contagem de placas heterotróficas no efluente filtrado da ordem de centenas de unidades formadoras de colônias (UFC’s) por mL. 

Os  filtros  biologicamente  ativos  são  eficientes  na  remoção  de matéria  orgânica  e  carbono  orgânico solúveis; desse modo, os teores de precursores de organoclorados, compostos causadores de problemas estéticos  e  outros  são  sensivelmente  reduzidos  no  efluente  filtrado.  Assim  sendo,  a  geração  de organoclorados  (trihalometanos,  ácidos haloacéticos) por ocasião da pós‐oxidação  (desinfecção)  com cloro é bastante reduzida. Carvões ativados granulares de boa qualidade apresentam alta porosidade e altíssima área específica: tipicamente 800 a 1000 m² por grama. 

Baixos  teores  resultantes  de  carbono  orgânico  no  efluente  contribuirão  decisivamente  para  coibir recrescimento biológico na  rede de  abastecimento, de modo  a promover  a estabilidade biológica da água  potabilizada.  Por  sua  vez,  os  baixos  teores  de  carbono  orgânico  na  água  filtrada  implicarão  na redução  significativa da dosagem de  cloro necessária para  a manutenção de um  residual mínimo de cloro  na  rede,  o  que  contribuirá  para  a mitigação  da  corrosão  química  na  rede,  sendo  o  cloro  um elemento  agressivo  às  tubulações  metálicas.  E  mais:  parece  haver  benefícios  adicionais.  Segundo Anônimo  [2002], “a  filtração em  carvão ativado pode  remover as pequenas  concentrações de metais tóxicos”.  

Deve‐se  avaliar  previamente  a  vida  útil  (em  termos  de  capacidade  adsortiva)  do  CAG  nos  filtros  via testes  de  bancada  e  em  escala  piloto,  para  prever  adequadamente  a  durabilidade  dos  filtros biologicamente  ativos. Quando  a  capacidade  adsortiva é esgotada, deve‐se  regenerar ou  substituir o CAG exaurido por CAG “virgem” ou regenerado, o que pode representar custos significativos. Um modo de prolongar sobremaneira a vida útil do CAG é utilizar os filtros biologicamente ativos como filtros de 2o estágio, em  sequência a uma  filtração  convencional em areia e/ou antracito em 1o estágio. Desse modo,  a  filtração  de  2o  estágio  ficaria  normalmente  inativa,  em  paralelo  à  de  1o  estágio,  e  só  seria acionada em casos necessários, quando houvesse piora não‐controlada na qualidade da água bruta e com reflexos não‐controláveis na qualidade da água decantada: por exemplo, em casos de floração algal intensa na água bruta. 

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Segundo Wentworth [2001], tem‐se estudado o  impacto da oxidação previamente à filtração, e pensa‐se que não há melhoria (em relação à ausência de inter‐oxidação) em termos de turbidez do efluente do filtro. No entanto, as carreiras de  filtração  têm se mostrado com maior duração, por causa da menor taxa de perda de carga e de uma demora maior para os filtros apresentarem trespasse de turbidez. 

Devemos voltar agora à questão relativa à remoção de matéria orgânica. Filtros biologicamente ativos podem  contribuir  decisivamente  para  a  remoção  adequada  da mesma,  se  somarmos  a  contribuição deles à parcela de MO que pode ser removida via coagulação aprimorada, já abordada nesse texto. 

Goldgrabe  et  al.  [1993]  afirmaram  que  os  estudos‐piloto  de  biofiltração  que  conduziram  pareceram mostrar  que  a  filtração  biológica  não  prejudica  significativamente  a  habilidade  do  filtro  de  remover material particulado. 

Huck  et  al.  [2001] utilizaram  filtros de  antracito  e  CAG  em  escala  real para  estudar  a otimização da filtração,  visando maximizar  a  remoção  de  partículas  e  de  compostos  orgânicos  biodegradáveis  em conjunto. Eles verificaram que: (a) a remoção de MOB foi basicamente insensível às condições de retro‐lavagem,  incluindo a presença de um desinfetante  (cloro ou  cloraminas) ou o uso de  limpeza por ar comprimido;  a  presença  de  desinfetante  na  água  de  retro‐lavagem  não  aumentou  a  duração  das carreiras de filtração pela redução das velocidades de acumulação da perda de carga; (b) a remoção de MOB aumentou com o aumento do tempo de contato nos filtros, mas não de modo proporcional. 

Graveland [1996] indicou que a matéria orgânica pode estimular o recrescimento biológico em sistemas de distribuição e contribuir para a corrosão microbiana. A MO pode ser um facilitador do acúmulo de detritos  na  rede  de  distribuição,  pode  causar  toxicidade  e/ou  mutagenicidade,  ser  teratogênica, carcinogênica  (solventes, pesticidas, organoclorados, haletos orgânicos assimiláveis, etc.), pode causar problemas estéticos e contribuir para a corrosão química. O autor recomenda a “condição desejável de COD como sendo 1 mg/L na rede”. 

Smith et al.  [1996] consideraram que um  sistema combinado de ozonização  seguido por  filtração em CAG, tratando águas contendo contaminantes orgânicos (tais como pesticidas) em concentrações muito variáveis, teve períodos de operação mais longos entre reativações sucessivas de CAG que um processo contando somente com a biofiltração em CAG. Além disso, esse último precisou de tempo de contato em leito vazio bem maior que o primeiro sistema citado (ozônio + CAG). 

DiGiano [1999] indicou os seguintes pontos – chave no tocante à biofiltração com CAG para controle de SPD’s:  (a)  pode‐se  obter  20‐30%  de  remoção  de  precursores  de  SPD’s  em  regime  estacionário  de operação; (b) compostos causadores de gosto e odor adsorvem melhor que MON ao CAG; (c) tempo de contato  em  leito  vazio:  típicamente  na  faixa  de  10  a  20 minutos;  deve  ser  escolhido  baseado  em  2 fatores: 1. Custos de reposição e/ou regeneração do CAG; 2. Deve ser  longo o bastante para conter a zona  de  transferência  de massa  via  adsorção,  de modo  que  as  perdas  iniciais  são minimizadas;  (d) geralmente 1 mg de ozônio é necessário, para cada mg de matéria orgânica; (e) a frequência de retro‐lavagem recomendada é de uma vez cada 2 – 4 semanas, sem usar cloro; (f) CAG é melhor que antracito em termos de adsorção e biodegradação da MON. 

Lage  Filho  et  al.  [2001]  avaliaram  a  eficiência de  remoção de COT  via  colunas  filtrantes de  antracito sobre areia e de CAG sobre areia, em escala de bancada, como última etapa de uma ETA convencional (pré‐cloração seguida de coagulação, floculação, decantação e filtração) em escala de bancada, tratando água bruta retirada da captação do Reservatório do Guarapiranga. A água decantada era bombeada da galeria de saída do decantador para o topo de cada coluna de  filtração,  individualmente. O  tempo de contato em leito vazio das colunas foi limitado pelo porte dos equipamentos em cerca de 35 segundos, considerado pequeno para adsorção eficiente (valores recomendáveis se situam a partir de 5 minutos e, 

idealmente,  10 minutos !). Especulou‐se que as diferenças de concentrações de COT entre os filtros deveriam ser bem maiores, e  favoráveis ao  filtro com CAG, caso o  tempo de contato  fosse de alguns minutos (pelo menos 4 ou 5). A demanda de cloro dos efluentes dos filtros também foi avaliada. 

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Verificou‐se que o  tipo de meio  filtrante  sobre  a  areia não  influenciou  a demanda de  cloro da  água filtrada, porém houve uma ligeira influência na remoção de COT, com o efluente do filtro com antracito 

ligeiramente melhor  que  o  do  filtro  com  CAG  ((35    20)  %  versus  (30    16)  %,  respectivamente). Verificou‐se ainda que aumentos progressivos da dose de coagulante na ETA (cloreto férrico) levaram à uma melhora progressiva da eficiência de remoção de COT pelo filtro com CAG (de 9,5 % para 53 %), o que não ocorreu quando o coagulante empregado foi sulfato de alumínio. 

Para uma determinada dosagem total de coagulante, o aumento progressivo do percentual de cloreto férrico  e  redução  progressiva  concomitante  de  sulfato  de  alumínio  na  dosagem,  levou  a  reduções progressivas da demanda de cloro de 2 horas para os efluentes de ambos os filtros (de cerca de 2,6 mg/L para 2/3 da dosagem como sulfato de alumínio e 1/3 como cloreto férrico para 2,0 mg/L para a situação oposta, para ambos os filtros). As demandas de cloro dos filtros foram muito semelhantes entre si, em todos os testes. 

Foram conduzidos estudo de tratabilidade em escala laboratorial e piloto nas dependências da Estação de Tratamento de Água do Alto da Boa Vista (ETA ABV) da SABESP, com os seguintes objetivos (CDM, 1998): 

obter  condições  ótimas  de  operação  para  a  ETA  ABV  a  partir  do  fluxograma  existente  de tratamento convencional; 

avaliar as condições ótimas de coagulação; testar diversos coagulantes alternativos, assim como auxiliares de coagulação; 

avaliar  a  remoção  dos metabolitos  algais MIB  e Geosmina  por meio  de  testes  em  escala  de bancada  com diversos  tipos de Carvão Ativado em Pó  (CAP) e por meio de  testes em escala piloto com diversos tipos de Carvão Ativado Granular (CAG) em colunas de filtração de alta taxa; 

avaliar a remoção de MIB e Geosmina por meio de pré‐oxidação, sedimentação, inter‐oxidação e filtração, testando oxidantes alternativos: cloro livre (como pré‐oxidante), ozônio (como pré‐ e inter‐oxidante) e permanganato de potásio (como pré‐oxidante); 

avaliar a remoção de metais solúveis (ferro e manganês) do mesmo modo anterior; 

avaliar  alternativas  de  desinfecção  final  (ou  pós‐oxidação):  cloro  e  ozônio  e  avaliar  as implicações na formação de subprodutos de desinfecção: ácidos haloacéticos e trihalometanos. 

O  referido  estudo  piloto  na  ETA‐ABV  para  o  sistema  Guarapiranga  [SABESP,  1998],  com  relação  à utilização de carvões ativados em pó e granular (CAP na água bruta e CAG na filtração) na adsorção de micropoluentes  orgânicos,  compostos  causadores  de  problemas  estéticos,  conduziu  às  seguintes conclusões: 

a) Aplicação de CAP na água bruta: após testar diversos tipos de carvões, verificou‐se que os CAP’s de origem betuminosa  removeram Geosmina e MIB com eficiências acima de 90% e acima de 70%, respectivamente; os CAP’s  advindos de  lignina  e pinho  atingiram  eficiências de 90%  e  acima de 40%,  respectivamente;  os  CAP’s  originados  de  casca  de  côco  atingiram  70  %  e  10%, respectivamente.  A  aplicação  de  cloro  próximo  ao  ponto  de  aplicação  de  CAP  foi  claramente prejudicial. 

b) CAG versus Antracito na filtração:  

b.1) CAG foi muito superior a antracito no tocante às eficiências de remoção de COT (35 % versus 20 %), remoção de Geosmina e MIB (95% ou superior versus 25%). 

b.2) Águas  filtradas  em  CAG  apresentaram  teores  de  organoclorados  sensívelmente menores  que águas filtradas em antracito. 

c) Recomendações para controle de qualidade no recebimento de CAG’s dos fornecedores:  

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o estabelecer  curvas  de  adsorção  para  os  diversos  CAG’s  testados,  de  modo  a  quantificar capacidades adsortivas.  

o estabelecer  todas  as  especificações  que  um  CAP  e  um  CAG  deve  possuir  ,  para  atender  as necessidades de tratamento e fiscalizar a qualidade dos produtos adquiridos pela SABESP. Pode ser  fixado  por  contrato  de  compra  a  chamada  “qualidade mínima”  que  tais  carvões  devam apresentar por ocasião da entrega de  remessas na ETA;  caso não atenda às especificações, a remessa deve ser retornada ao produtor, sem pagamento pela SABESP. 

d) Análise Sensorial versus Análise Laboratorial: 

Na monitoria de compostos‐alvo, causadores de gosto e odor (Geosmina e MIB), foi verificado que os resultados qualitativos obtidos pelos participantes treinados do Painel Sensorial da SABESP no Mirante de Santana (laboratório de Química Orgânica) corroboraram os resultados quantitativos obtidos por laboratório nos Estados Unidos, dos teores de Geosmina e MIB em amostras de águas brutas e tratadas. 

2.3.6 PÓS-OXIDAÇÃO OU DESINFECÇÃO FINAL:

É a última barreira contra a presença de microrganismos viáveis (ou seja, capazes de se reproduzir) no sistema  de  distribuição  de  água  potabilizada.  Assim  sendo,  é muito  importante  para  garantir  uma qualidade microbiológica adequada da água filtrada dita final. 

A água filtrada é direcionada para um canal de contato com o desinfetante (igual à pós‐oxidação), onde o  desinfetante  é  aplicado,  em  um  reator  adequado  em  condições  hidrodinâmicas  de  mistura  e escoamento  adequadas,  dose  total  e  tempo  de  contato  adequados. Microrganismos  que  consigam escapar das diversas barreiras oxidativas e físico‐químicas e apareçam na água filtrada final, têm ainda que enfrentar a desinfecção final ou pós‐oxidação. Ainda assim, é possível que alguns deles sobrevivam a esta última barreira, atingindo a rede de abastecimento “danificadas”, mas ainda com o potencial de recrescimento e consequente geração de prole celular [Lage Filho, 1996]. 

Aliada  à  desinfecção  final,  deve‐se  visar  a  obtenção  da  chamada  “estabilidade  biológica”  da  água filtrada, ou seja: produção de uma água com teores muitos baixos de nutrientes e matéria orgânica, de modo  que  não  haja  promoção  de  recrescimento  microbiológico,  ou  seja,  recuperação  e  posterior crescimento de células que haviam sido “danificada” mas não inativadas pela desinfecção [Rittmann et al., 1984; Lage Filho, 1992; Sawyer et al, 1995; Rittmann, 1996] 

Finalmente, é comum executar ajuste de pH na água desinfetada final, de modo a mitigar problemas de corrosão  (via  “agressão”  oxidativa  do  desinfetante,  e/ou  condições  de  temperatura  e/ou  corrosão bacteriana) na rede de distribuição.  

Demanda de cloro 

A demanda de cloro de uma água filtrada espelha a qualidade físico‐química e microbiológica da mesma e como tal é um dos principais indicadores do grau de qualidade do tratamento até a filtração e também dos custos com a desinfecção final. 

A matéria orgânica na forma de COT é um dos principais responsáveis pela demanda de cloro (Becker, 1996). A demanda de cloro livre (DCL) é uma variável de qualidade da água associada à dosagem inicial de  cloro  livre,  ao  tempo  de  contato,  à  temperatura  e  ao  pH  da  água  (West  e  Lage  Filho  1994).  A demanda é o consumo de cloro livre por uma amostra, após o tempo de contato estipulado. O consumo de cloro pela água está associado às características físicas, químicas e biológicas, com destaque para a temperatura, turbidez, pH, os teores de sólidos, íons metálicos e carbono orgânico total, a cor aparente, e concentrações de microrganismos tais como algas  (representando matéria orgânica MO). De acordo com West e  Lage  Filho  (1994), para uma mesma  temperatura  e pH da  água, há  a  tendência de que quanto maior a presença de matéria orgânica, maior a demanda de  cloro  livre e maior a geração de 

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compostos  indesejáveis  formados em reações com cloro, como por exemplo os   compostos orgânicos clorados.  

A  remoção  de  sólidos  e MON  da  água  proporciona  a  redução  do  consumo  de  cloro  aplicado  para desinfecção  final  da  água  filtrada  a  ser  enviada  à  rede  de  abastecimento  (West  e  Lage  Filho,  1994; American Water Works Association, 1999; Montgomery Watson Harza, 2005). Essa redução da DCL da água  filtrada  implica em diminuição da dosagem necessária de cloro  livre, proporcionando diminuição da  geração  de  sub‐produtos  de  desinfecção  e  ainda  contribuindo  para  a  diminuição  de  problemas relativos  à  corrosão química na  rede de distribuição  (West  e  Lage  Filho, 1994).  Lage  Filho  e Botelho (2007) obtiveram uma boa correlação (coeficiente de correlação de 0,99 da curva de melhor ajuste dos dados) entre o teor de COT e a DCL de uma hora de contato da água filtrada, a partir de alguns ensaios de tratabilidade em escala piloto com água bruta do Reservatório do Guarapiranga. 

Reduzir a demanda de cloro de uma água é um  importante objetivo de qualidade. Reduzir a demanda significa reduzir o consumo de cloro pela água,  implicando em poder reduzir a dosagem de cloro para desinfecção  e  outros  fins,  em  uma  menor  geração  de  compostos  orgânicos  clorados  e  também implicando em menores custos de cloração. 

Quanto menor for o intervalo de tempo entre a cloração da amostra e a determinação do residual, mais próxima será a demanda de cloro da chamada demanda  imediata. A demanda  imediata da água bruta pode  ser  uma  espécie  de  “assinatura”  da mesma;  para  uma  água  com  pequenas  variações  em  suas características ao longo do tempo, a demanda imediata parece apresentar variações muito pequenas. O conhecimento da demanda imediata contribui para a caracterização da água e pode fornecer indicações do potencial de formação de compostos orgânicos clorados (Camp, Dresser & McKee, 1994). 

22..44 OOBBJJEETTIIVVOOSS MMÚÚLLTTIIPPLLOOSS DDEE QQUUAALLIIDDAADDEE DDEE ÁÁGGUUAASS DDEE AABBAASSTTEECCIIMMEENNTTOO

Na  atualidade,  os  objetivos  principais  de  qualidade  de  águas  de  abastecimento,  cada  qual  com determinada importância absoluta e relativa, a serem atingidos no tratamento, são: 

remoção adequada de sólidos e partículas causadoras de turbidez e cor, remoção adequada de íons metálicos; 

desinfecção adequada, controle de recrescimento; prevenção de trespasse microbiológico; 

minimizar a  formação de SPDs e,  se possível,  remover uma parcela dos que  foram  formados, antes de liberar a água tratada final para a rede de distribuição; 

controle de corrosão nas redes de distribuição. 

Conforme  já exposto, novos objetivos  (considerados objetivos  secundários na atualidade)  vem  sendo analisados  e  a  viabilidade  técnico‐econômica  de  se  atingir  os mesmos  vem  sendo  estudada.  Porém nunca é demais frisar que: os objetivos supracitados são os mais importantes numa ETA, e assim sendo, receberão a devida atenção nas seções subseqüentes desse trabalho. 

Naturalmente, devemos atuar na ETA de modo a atingir  todos os objetivos acima, ao mesmo  tempo. Entretanto, podemos observar que há conflitos de interesse: por exemplo, em linhas gerais, diminuindo a dosagem de desinfetante clorado estamos assumindo um  risco maior de contaminação para a água tratada  final;  por  outro  lado,  tal  diminuição  levará  a  uma  menor  geração  de  sub‐produtos  de desinfecção e reduzirá o potencial de corrosão química da rede de abastecimento recebendo tal água tratada final. 

Assim  sendo, não  falamos  em minimizar  cada  teor de  cada  componente de uma  água  ou minimizar problemas associados a cada objetivo de qualidade de água; falamos em otimizar ao mesmo tempo, um grupo de objetivos de qualidade de água, de modo a minimizar ao mesmo tempo: (a) as concentrações de cada componente de  importância a remover da água tratada final a ser distribuída, e (b) o risco de 

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que quaisquer problemas possam  ser causados na  rede de distribuição, e que possam  se  refletir, em última análise, aos consumidores de tal água. 

2.4.1 INTER-RELAÇÕES ENTRE OBJETIVOS DE QUALIDADE DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO

Se  levarmos  em  consideração  tudo  o  que  já  foi  exposto  nesse  trabalho,  podemos  resumir  as  inter‐relações  entre  os  principais  objetivos  de  qualidade  das  águas  de  abastecimento  nos  parágrafos seguintes: 

A remoção de partículas e sólidos está relacionada à remoção de matéria orgânica, que por sua vez está  relacionada à  formação de sub‐produtos da oxidação, ao potencial de  recrescimento biológico na rede de abastecimento e à corrosão microbiana na rede.  

A bio‐estabilidade da água final permite o controle e supressão do recrescimento biológico e da corrosão de origem microbiana na rede de abastecimento. 

A desinfecção e o controle de recrescimento biológico via manutenção de desinfetante residual estão diretamente associados à bio‐estabilidade da água final. 

A  demanda  de  oxidante  na  água  e  o  residual  de  desinfetante  estão  diretamente  ligados  à produção  de  sub‐produtos  indesejáveis  da  oxidação  e  à  corrosão  química  na  rede  de abastecimento. 

A remoção e/ou oxidação de compostos causadores de problemas de gosto e odor assim como a  remoção  de  íons metálicos  solúveis  estão  diretamente  ligados  à  obtenção  de  um  padrão estático adequado e o  controle de problemas estéticos na água  final, que  são:  cor aparente, gosto e odor  indesejáveis. Problemas estéticos podem  também estar  ligados a  recrescimento biológico e à  corrosão de origem microbiana na  rede. Com o  foco novamente na questão de controle  biológico,  fecha‐se  o  ciclo  de  inter‐relações,  pois  essa  última  questão  representa controle de recrescimento e desinfecção adequada de microrganismos, cuja sobrevivência está diretamente  ligada  à  proteção  oferecida  por  sólidos  na  água  e  pela  presença  de  matéria orgânica biodegradável, que por sua vez é precursora de sub‐produtos de oxidação. 

2.4.2 CONFLITOS ENTRE OBJETIVOS DE QUALIDADE DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO

Ligados à pré‐oxidação:  Intensificar a atuação do oxidante na desinfecção primária e como auxiliar de coagulação, versus: intensificar a produção de sub‐produtos indesejáveis da oxidação. 

Ligados à  inter‐oxidação:  Intensificar a atuação do oxidante nas  funções:  (1) desinfecção  residual,  (2) como auxiliar de filtração, (3) remoção de carbono orgânico total via produção de compostos orgânicos de  fácil  assimilação  pela microbiota  (a  ser  desenvolvida  em  filtro  de  CAG),  versus:  (1)  intensificar  a produção de sub‐produtos indesejáveis da oxidação, (2) estimular crescimento microbiano no CAG, que pode  se  refletir  na  qualidade  microbiológica  da  água  filtrada,  (3)  contribuir  para  aumento  da concentração de  carbono orgânico assimilável na  rede de distribuição, o que  favorece  recrescimento biológico. 

Ligados à pós‐oxidação ou desinfecção  final, praticada na água  filtrada  final:  Intensificar a atuação do oxidante  na  desinfecção  final,  na manutenção  de  um  residual  estável  na  rede  de  distribuição  e  no controle de recrescimento na rede de distribuição, versus: (1)  intensificar a produção de sub‐produtos indesejáveis da oxidação, (2) aumentar taxas de corrosão química na rede. 

22..55 RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS

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33 CCAARRAACCTTEERRIIZZAAÇÇÃÃOO DDOOSS PPOONNTTOOSS DDEE CCOOLLEETTAA

Em reuniões havidas entre os técnicos da Encibra e da Sabesp foram definidos sete pontos de coleta de amostras para ensaios laboratoriais: 

1. Ponto P1, no rio Juquiá a montante da foz do rio São Lourenço; 

2. Ponto P2, no rio São Lourenço a montante de sua foz no rio Juquiá; 

3. Ponto P3, na represa Cachoeira do França a jusante da foz do rio Juquiá na mesma. 

4. Ponto  P4,  localizado  na margem  direita  do  reservatório  a montante  do  deságüe  do  ribeirão Laranjeiras; 

5. Ponto  P5,  localizado  na  margem  esquerda  do  reservatório  a  jusante  da  foz  do  ribeirão Laranjeiras; e 

6. Ponto  P6,  localizado  na margem  esquerda  do  reservatório,  cerca  de  1,5  Km  a montante  do ponto P4. 

7. Ponto 7, localizado na represa Cachoeira do França, na foz do ribeirão Laranjeiras. 

Os pontos P1 e P2 tinham por objetivo principal caracterizar individualmente as águas dos rios Juquiá e São  Lourenço.  O  ponto  P3  objetivava  essencialmente  avaliar  aspectos  ambientais  do  arraste  do  rio Juquiá para o reservatório Cachoeira do França. E os pontos P4, P5, P6 e P7 seriam os potenciais pontos de captação de água bruta, cujas águas seriam objeto dos ensaios de tratabilidade levados a efeito nas instalações da ETA ABV da Sabesp em nível de bancada e de ETA‐Piloto. 

A seguir são apresentadas as fichas de caracterização dos pontos de coleta definidos. 

 

CÓDIGO DO PONTO: P1 LATITUDE:

MUNICÍPIO: Juquitiba, SP LONGITUDE:

CLASSE DO CORPO D'ÁGUA: Especial COORD. UTM N: 7.351.100UGRHI: 011 / Ribeira-Litoral Sul COORD. UTM E: 287.100ALTITUDE DO PONTO: ~640 msnm CARTA EMPLASA: 1243LOCAL/DESCRIÇÃO:

No rio Juquiá, a montante da foz do rio São Lourenço, distante cerca de 200 mabaixo da travessia do rio sob a rodovia Régis Bittencourt.

ACESSO:

Rodovia Régis Bittencourt sentido S.Paulo-Curitiba; saída à direita 700 m apósa travessia sobre o rio Juquiá; 350 m por estrada de terra e sai à direita; mais650 m por estrada de terra e chega-se a ponte sobre o rio Juquiá, a montanteda foz do rio São Lourenço.CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE COLETA:

Ponto de início da prática de rafting, que ocorre no trecho do rio Juquiá entre arodovia Régis Bittencourt e o reservatório Cachoeira do França.Coletas executadas com barco.FISIOGRAFIA DO CORPO D'ÁGUA NO LOCAL DE COLETA:

CARACTERIZAÇÃO A MONTANTE DO PONTO:

POSSÍVEIS FONTES DE POLUIÇÃO NA ZONA DE INFLUÊNCIA DO PONTO:

 

 

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CÓDIGO DO PONTO: P2 LATITUDE:

MUNICÍPIO: Juquitiba, SP LONGITUDE:

CLASSE DO CORPO D'ÁGUA: Especial COORD. UTM N: 7.351.135UGRHI: 011 / Ribeira-Litoral Sul COORD. UTM E: 287.117ALTITUDE DO PONTO: ~640 msnm CARTA EMPLASA: 1243LOCAL/DESCRIÇÃO:

No rio São Lourenço, a montante da sua foz no rio Juquiá.

ACESSO:

Rodovia Régis Bittencourt sentido S.Paulo-Curitiba; saída à direita 700 m apósa travessia sobre o rio Juquiá; 350 m por estrada de terra e sai à direita; mais650 m por estrada de terra e chega-se a ponte sobre o rio Juquiá, a montanteda foz do rio São Lourenço.CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE COLETA:

Área de mata utilizada por pescadores amadores.Coletas executadas com barco.

FISIOGRAFIA DO CORPO D'ÁGUA NO LOCAL DE COLETA:

CARACTERIZAÇÃO A MONTANTE DO PONTO:

POSSÍVEIS FONTES DE POLUIÇÃO NA ZONA DE INFLUÊNCIA DO PONTO:

 

 

CÓDIGO DO PONTO: P3 LATITUDE:

MUNICÍPIO: Juquitiba, SP LONGITUDE:

CLASSE DO CORPO D'ÁGUA: Especial COORD. UTM N: 7.351.620UGRHI: 011 / Ribeira-Litoral Sul COORD. UTM E: 283.485ALTITUDE DO PONTO: ~640 msnm CARTA EMPLASA: 1234LOCAL/DESCRIÇÃO:

Na represa Cachoeira do França, a jusante da foz do rio Juquiá na represa.

ACESSO:

Rodovia Régis Bittencourt sentido S.Paulo-Curitiba; saída à direita 700 m apósa travessia sobre o rio Juquiá; 350 m por estrada de terra e sai à esquerda; percorre-se 5.500 m por estrada de terra e chega-se a área da CBA, que dáacesso à parte de montante do reservatório.CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE COLETA:

Ponto final da prática de rafting, que ocorre no trecho do rio Juquiá entre arodovia Régis Bittencourt e o reservatório Cachoeira do França.Coletas executadas com barco.FISIOGRAFIA DO CORPO D'ÁGUA NO LOCAL DE COLETA:

CARACTERIZAÇÃO A MONTANTE DO PONTO:

POSSÍVEIS FONTES DE POLUIÇÃO NA ZONA DE INFLUÊNCIA DO PONTO:

 

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CÓDIGO DO PONTO: P4 LATITUDE:

MUNICÍPIO: Juquitiba, SP LONGITUDE:

CLASSE DO CORPO D'ÁGUA: Especial COORD. UTM N: 7.351.190UGRHI: 011 / Ribeira-Litoral Sul COORD. UTM E: 281.200ALTITUDE DO PONTO: ~640 msnm CARTA EMPLASA: 1234LOCAL/DESCRIÇÃO:

Na margem direita do reservatório Cachoeira do França, a montante da foz doribeirão Laranjeiras.

ACESSO:

Saindo de Juquitiba pela Av. 31 de Março, percorre-se cerca de 5,5 Km pelasestradas Das Ritas e Pedro Pinto; toma-se a estrada Meia Légua, à esquerda,e percorre-se mais 4,7 Km até encontrar, à direita, uma porteira preta; adentrandopor esta porteira percorre-se mais 2,7 Km até atingir a sede da fazenda.CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE COLETA:

Península na margem direita do reservatório Cachoeira do França, parcela defazenda particular, área já desmatada.Coletas executadas com barco.FISIOGRAFIA DO CORPO D'ÁGUA NO LOCAL DE COLETA:

CARACTERIZAÇÃO A MONTANTE DO PONTO:

POSSÍVEIS FONTES DE POLUIÇÃO NA ZONA DE INFLUÊNCIA DO PONTO:

 

 

CÓDIGO DO PONTO: P5 LATITUDE:

MUNICÍPIO: Juquitiba, SP LONGITUDE:

CLASSE DO CORPO D'ÁGUA: Especial COORD. UTM N: 7.351.355UGRHI: 011 / Ribeira-Litoral Sul COORD. UTM E: 279.870ALTITUDE DO PONTO: ~640 msnm CARTA EMPLASA: 1234LOCAL/DESCRIÇÃO:

No reservatório Cachoeira do França, a jusante da foz do ribeirão Laranjeiras.

ACESSO:

Rodovia Régis Bittencourt sentido S.Paulo-Curitiba; saída à direita cerca de 8 Kmapós a travessia sobre o rio Juquiá, na estrada dos Carmirangas; após 1,9 Km, saià direita pela estrada dos Cuiabás; mais 1,6 Km e toma-se à esqquerda pela estra-da Barra Mansa; após mais 3,6 Km atinge-se o reservatório.CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE COLETA:

Coletas executadas com barco.

FISIOGRAFIA DO CORPO D'ÁGUA NO LOCAL DE COLETA:

CARACTERIZAÇÃO A MONTANTE DO PONTO:

POSSÍVEIS FONTES DE POLUIÇÃO NA ZONA DE INFLUÊNCIA DO PONTO:

 

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CÓDIGO DO PONTO: P6 LATITUDE:

MUNICÍPIO: Juquitiba, SP LONGITUDE:

CLASSE DO CORPO D'ÁGUA: Especial COORD. UTM N: 7.350.935UGRHI: 011 / Ribeira-Litoral Sul COORD. UTM E: 282.230ALTITUDE DO PONTO: ~640 msnm CARTA EMPLASA: 1234LOCAL/DESCRIÇÃO:

Na margem esquerda do reservatório Cachoeira do França, defronte ao Sítio doMangano, a montante do ponto P4.

ACESSO:

Rodovia Régis Bittencourt sentido S.Paulo-Curitiba; saída à direita 3.100 m apósa travessia sobre o rio Juquiá; caminha-se cerca de 5.500 m pela Estrada BarraMansa, passando pelos sítios Barra Mansa e Flor da Mata até atingir a margemda represa.CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE COLETA:

Defronte a área já desmatada, apenas com vegetação rasteira.

FISIOGRAFIA DO CORPO D'ÁGUA NO LOCAL DE COLETA:

CARACTERIZAÇÃO A MONTANTE DO PONTO:

POSSÍVEIS FONTES DE POLUIÇÃO NA ZONA DE INFLUÊNCIA DO PONTO:

 

 

CÓDIGO DO PONTO: P7 LATITUDE:

MUNICÍPIO: Juquitiba, SP LONGITUDE:

CLASSE DO CORPO D'ÁGUA: Especial COORD. UTM N: 7.352.500UGRHI: 011 / Ribeira-Litoral Sul COORD. UTM E: 280.800ALTITUDE DO PONTO: ~640 msnm CARTA EMPLASA: 1234LOCAL/DESCRIÇÃO:

Na margem direita do reservatório Cachoeira do França, na foz do ribeirão Laranjeiras

ACESSO:

Saindo de Juquitiba pela Av. 31 de Março, percorre-se cerca de 5,5 km pelasestradas Das Ritas e Pedro Pinto; toma-se a estrada Meia Légua, à esquerda,e percorre-se mais 6,0 km até encontrar uma bifurcação à esquerda que dá acessoao sítio do Luiz Bizarro, seguindo em frente por esta estrada chega-se ao reservatório.CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE COLETA:

Península na margem direita do reservatório Cachoeira do França, parcela defazenda particular, área já desmatada.Coletas executadas com barco.FISIOGRAFIA DO CORPO D'ÁGUA NO LOCAL DE COLETA:

CARACTERIZAÇÃO A MONTANTE DO PONTO:

POSSÍVEIS FONTES DE POLUIÇÃO NA ZONA DE INFLUÊNCIA DO PONTO:

 

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Na  figura  a  seguir  ilustra‐se  a  localização  dos  pontos  de  coleta  acordados,  tanto  aqueles  com  foco específico  na  qualidade  da  água  a  ser  tratada  na  ETA  (P4,  P5,  P6  e  P7),  quanto  aqueles  com  foco principal na análise ambiental (P1, P2 e P3). 

 

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33 

FFiigguurraa 33..11 -- PPoonnttooss ddee CCoolleettaa ddee AAmmoossttrraass

 

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44 AANNÁÁLLIISSEE DDOOSS EENNSSAAIIOOSS RREEAALLIIZZAADDOOSS NNAASS AAMMOOSSTTRRAASS DDEE ÁÁGGUUAA BBRRUUTTAA EEFFEETTUUAADDAA SSOOBB OO PPOONNTTOO DDEE VVIISSTTAA DDOO QQUUEE RREEPPRREESSEENNTTAAMM CCOOMMOO DDEEMMAANNDDAASS PPAARRAA CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO EE PPRROOJJEETTOO DDAA EETTAA

44..11 CCOONNSSIIDDEERRAAÇÇÕÕEESS IINNIICCIIAAIISS

Os  ensaios  realizados  nesta  fase  de  estudos  de  qualidade  da  água  bruta  que  interessam  direta  ou indiretamente  ao estudo de  concepção da planta de  tratamento  são  aqueles  incluídos nas  seguintes designações:  bacteriológicos  (coliformes  totais,  Escherichia  Coli);  hidrobiológicos,  MIB  e  geosmina; inorgânicos;  orgânicos;  e  COT.  Os  ensaios  bacteriológicos  referentes  a  bactérias  heterotróficas  e clorofila a e os realizados para sedimentos não interessam ao caso. 

As amostras de água bruta foram coletadas em até dez vezes no período de 02/09/ a 17/12/2008 e de 07/07 a 05/08/2009, em seis pontos distintos (sendo que nos do reservatório Cachoeira do França, em até três profundidades: superfície, meio e fundo): 

ponto P1: rio Juquiá; 

ponto P2: rio São Lourenço; 

ponto P4: reservatório Cachoeira do França (a montante do ribeirão Laranjeiras); 

ponto P5: reservatório Cachoeira do França (a jusante do ribeirão Laranjeiras); 

ponto P6: reservatório Cachoeira do França (após a foz do rio Juquiá); 

ponto P7: reservatório Cachoeira do França (altura da foz do rio Laranjeiras). 

Tanto os dois  rios como o  reservatório citados acima  são enquadrados como corpos d’água Classe 2, segundo o Decreto Estadual nº 10.755/1977. 

A  análise  da  qualidade  das  águas  brutas  dos  cinco  pontos  de  amostragem  desenvolvida  nos  itens seguintes a este está balizada na Resolução CONAMA Nº 357/2005 e no Decreto Estadual Nº 8.468/1976 pelo que estas duas regulamentações representam para a engenharia sanitária além do tema ambiental, por  exemplo:  escala  classificatória  de  águas  brutas  que  implicam  em  distintos  graus  de  tratamento requerido,  valores  máximos  relativos  a  parâmetros  como  Escherichia  Coli,  cianobactérias,  nitrato, fluoreto, sulfato, cloreto, compostos orgânicos, metais pesados (arsênio, bário, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio,  selênio e prata), dentre outros. No vazio das duas  regulamentações, o balizamento  se deu pela Portaria Nº 518/2004 (água potável). 

As conclusões e recomendações apresentadas ao final deste capítulo sobre a qualidade da água bruta e sua associação a determinadas  limitações tecnológicas para produção de água potável se restringem à representatividade das amostras analisadas para os seis pontos apresentados acima e para o período de tomada de amostras de 02/09/2008 a 05/08/2009. 

44..22 EENNSSAAIIOOSS BBAACCTTEERRIIOOLLÓÓGGIICCOOSS

As  Figuras  4.1  a  4.6,  mostradas  ao  final  deste  item,  apresentam  as  variações  das  contagens  de coliformes totais e Escherichia Coli para a série de até seis amostras de água bruta coletadas nos pontos de P1 a P7, ao longo dos períodos de 02/09 a 17/12/2008 e 07/07 a 05/08/2009. 

A  contagem  de  coliformes  totais  não  superou  a  77.010 NMP/100 ml  em  cinquenta  e  oito  amostras analisadas. A  ocorrência  em  uma  só  vez  desse  valor  no  universo  analisado,  comparada  à  de  vinte  e quatro vezes de contagem  inferior a 1.000 NMP/100 ml,  relativiza a sua  importância, ainda mais que dentre as legislações pertinentes, Resolução nº 357/2005 e Decreto Estadual nº 8.468/1976, somente a segunda inclui coliformes totais em seu rol de parâmetros característicos da qualidade requerida para a água bruta, e o  limite correspondente é de até 5.000 NMP/100 ml em 80% das amostras (trinta e oito em quarenta e seis amostras, ou 82,6%, apresentaram resultados inferiores a esse limite). 

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Os  resultados  relativos  ao  rio  Juquiá  (ponto  P1)  não  superaram  a  7.270  NMP/100 ml.  Ao  rio  São Lourenço (ponto P2), corresponderam as maiores contagens de coliformes totais, de 1.986 NMP/100 ml a 77.010 NMP/100 ml, não somente entre os rios. 

Dentre os quatro pontos do  reservatório Cachoeira do França, o que melhores  resultados apresentou para amostras de superfície, com valores sempre  inferiores a 2.420 NMP/100 ml, foi o ponto P6. Para amostras  coletadas  a meia  profundidade,  os  pontos  P4,  P5  e  P6  tiveram  pelo menos  um  resultado colocado  entre  10.000  e  20.000  NMP/100  ml  e  cinco  inferiores  a  5.000  NMP/100ml;  a  P7 corresponderam um valor entre 5.000 e 10.000 NMP/100ml e todos os outros (quatro), abaixo de 2.500 NMP/100ml. 

Exceto os resultados das amostras de 02/09/2008 nos pontos P4 e P5 (os maiores da série amostrada no reservatório), os outros resultados dos pontos de amostragem P4, P5 e P6 no reservatório Cachoeira do França  foram  equivalentes  entre  si,  com  aparentes  vantagens  para  o  ponto  P6  e  para  amostras coletadas à superfície, sendo que este último detalhe valeu para os três pontos. Diferentemente, para P7 a melhor qualidade correspondeu a amostras de meia profundidade. 

A  Escherichia  Coli,  principal  indicador microbiológico  de  contaminação  de  origem  fecal,  espécie  do grupo dos coliformes  termotolerantes cujo  limite na Resolução nº 357/2005 é 1.000 NMP/100 ml em 80% das amostras, teve três resultados que ultrapassaram esse limite, 8.664, e 6.488 e 7.270 NMP/100 ml, em cinquenta e oito amostras de água bruta. Essa trinca de valores referiu‐se ao rio São Lourenço (ponto P2), que também deteve o quarto maior valor, 980 NMP/100 ml. Para o rio Juquiá (ponto P1), o valor máximo não ultrapassou a 110 NMP/100 ml em cinco amostras. 

Todos os outros resultados, agora referidos ao reservatório, estiveram sempre abaixo de 385 NMP/100 ml, sendo que 85% de todos os ensaios apresentaram resultados inferiores a 100 NMP/100 ml. Dentre os quatro pontos amostrados no reservatório, em ordem crescente de qualidade, o ponto P5 se colocou à  frente.  As  amostras  de  água  da  superfície  do  reservatório  foram,  aparentemente,  de  qualidade superior  as  outras.  Tal  como  para  coliformes  totais,  a  boa  qualidade  indicada  pelos  resultados  das amostras  do  rio  Juquiá  (ponto  P1)  permitiu  que  fosse  incluído  no  grupo  dos  quatro  pontos  do reservatório, ainda que em último lugar. 

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Figura 4.1 – Resultados de Ensaios Bacteriológicos – Ponto P1

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 727 2420 727 7270 6131 5794 44 6 10 110 17 101

MEIO

FUNDO

RESULTADOSESCHERICHIA COLI (NMP/100 ml)COLIFORMES TOTAIS (NMP/100ml)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Escherichia Coli

0

20

40

60

80

100

120

24/0

9/08

22/1

0/08

19/1

1/08

17/1

2/08

14/0

1/09

11/0

2/09

11/0

3/09

08/0

4/09

06/0

5/09

03/0

6/09

01/0

7/09

Tempo (data)

Esc

her

ich

ia C

oli

(NM

P/1

00 m

l)

Ponto 1- Rio Juquiá - Coliformes Totais

100

1000

10000

24/0

9/08

22/1

0/08

19/1

1/08

17/1

2/08

14/0

1/09

11/0

2/09

11/0

3/09

08/0

4/09

06/0

5/09

03/0

6/09

01/0

7/09

Tempo (data)

Co

lifo

rmes

To

tais

(N

MP

/100

ml)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      37 

Figura 4.2 – Resultados de Ensaios Bacteriológicos – Ponto P2

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 24196 1986 19663 77010 34408 24196 980 3 228 6488 8664 7270

MEIO

FUNDO

RESULTADOSCOLIFORMES TOTAIS (NMP/100ml) ESCHERICHIA COLI (NMP/100 ml)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Coliformes Totais

1000

10000

100000

24/0

9/08

21/1

0/08

17/1

1/08

14/1

2/08

10/0

1/09

06/0

2/09

05/0

3/09

01/0

4/09

28/0

4/09

25/0

5/09

21/0

6/09

Tempo (data)

Co

lifo

rmes

To

tais

(N

MP

/100

ml)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Escherichia Coli

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

24/0

9/08

21/1

0/08

17/1

1/08

14/1

2/08

10/0

1/09

06/0

2/09

05/0

3/09

01/0

4/09

28/0

4/09

25/0

5/09

21/0

6/09

Tempo (data)

Esc

her

ich

ia C

oli

(NM

P/1

00m

l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      38 

Figura 4.3 – Resultados de Ensaios Bacteriológicos – Ponto P4

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 2/9/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 2/9/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 17329 1793 5 5 145 236 175 10 1 1 1 1

MEIO 11199 1266 613 165 1733 2420 9 10 3 1 7 41

FUNDO 11199 2046 178 86

RESULTADOSCOLIFORMES TOTAIS (NMP/100ml) ESCHERICHIA COLI (NMP/100 ml)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Coliformes Totais

1

10

100

1000

10000

100000

02/0

9/08

11/0

9/08

20/0

9/08

29/0

9/08

08/1

0/08

17/1

0/08

26/1

0/08

04/1

1/08

13/1

1/08

22/1

1/08

01/1

2/08

10/1

2/08

Tempo (data)

Co

lifo

rmes

To

tais

(N

MP

/100

ml)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Escherichia Coli

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

02/0

9/08

11/0

9/08

20/0

9/08

29/0

9/08

08/1

0/08

17/1

0/08

26/1

0/08

04/1

1/08

13/1

1/08

22/1

1/08

01/1

2/08

10/1

2/08

Tempo (data)

Esc

her

ich

ia C

oli

(NM

P/1

00m

l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      39 

Figura 4.4 – Resultados de Ensaios Bacteriológicos – Ponto P5

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 2/9/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 2/9/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 6488 196 3 165 365 205 1 1 1 1 1 1

MEIO 19560 172 4 205 770 236 18 1 1 1 8 2

FUNDO 11199 2046 18 10

RESULTADOSCOLIFORMES TOTAIS (NMP/100ml) ESCHERICHIA COLI (NMP/100 ml)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Coliformes Totais

1

10

100

1000

10000

100000

02/0

9/08

11/0

9/08

20/0

9/08

29/0

9/08

08/1

0/08

17/1

0/08

26/1

0/08

04/1

1/08

13/1

1/08

22/1

1/08

01/1

2/08

10/1

2/08

Tempo (data)

Co

lifo

rmes

To

tais

(N

MP

/100

ml)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Escherichia Coli

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

02/0

9/08

11/0

9/08

20/0

9/08

29/0

9/08

08/1

0/08

17/1

0/08

26/1

0/08

04/1

1/08

13/1

1/08

22/1

1/08

01/1

2/08

10/1

2/08

Tempo (data)

Esc

her

ich

ia C

oli

(NM

P/1

00m

l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      40 

Figura 4.5 – Resultados de Ensaios Bacteriológicos – Ponto P6

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 3/9/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 3/9/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 2420 488 9 36 235 205 111 6 1 1 1 1

MEIO 2420 2481 2420 1300 4884 15531 69 201 7 21 61 127

FUNDO 2420 2481 93 288

RESULTADOSCOLIFORMES TOTAIS (NMP/100ml) ESCHERICHIA COLI (NMP/100 ml)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Coliformes Totais

1

10

100

1000

10000

100000

03/0

9/08

12/0

9/08

21/0

9/08

30/0

9/08

09/1

0/08

18/1

0/08

27/1

0/08

05/1

1/08

14/1

1/08

23/1

1/08

02/1

2/08

11/1

2/08

Tempo (data)

Co

lifo

rmes

To

tais

(N

MP

/100

ml)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Escherichia Coli

0

50

100

150

200

250

300

03/0

9/08

12/0

9/08

21/0

9/08

30/0

9/08

09/1

0/08

18/1

0/08

27/1

0/08

05/1

1/08

14/1

1/08

23/1

1/08

02/1

2/08

11/1

2/08

Tempo (data)

Esc

her

ich

ia C

oli

(NM

P/1

00m

l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      41 

Figura 4.6 – Resultados de Ensaios Bacteriológicos – Ponto 7

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 7/7/09 15/7/09 22/7/09 29/7/09 5/8/09 7/7/09 15/7/09 22/7/09 29/7/09 5/8/09

SUPERFÍCIE 1414 6867 2755 4611 <1 187 52 63

MEIO 2420 6488 2448 2359 248 15 384 52 86 10

FUNDO

RESULTADOSCOLIFORMES TOTAIS (NMP/100ml) ESCHERICHIA COLI (NMP/100 ml)

Ponto 7 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Coliformes Totais

100

1000

10000

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

16/0

7/09

19/0

7/09

22/0

7/09

25/0

7/09

28/0

7/09

31/0

7/09

03/0

8/09

Tempo (data)

Co

lifo

rmes

To

tais

(N

MP

/100

ml)

Ponto 7 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Escherichia Coli

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

16/0

7/09

19/0

7/09

22/0

7/09

25/0

7/09

28/0

7/09

31/0

7/09

03/0

8/09

Tempo (data)

Esc

her

ich

ia C

oli

(NM

P/1

00m

l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      42 

44..33 EENNSSAAIIOOSS HHIIDDRROOBBIIOOLLÓÓGGIICCOOSS

As  Figuras  4.7  a  4.10,  apresentadas  a  seguir, mostram  as  variações das  contagens de  cianobactérias (escolhidas dentre outros organismos analisados pelo  seu maior  interesse em  relação ao processo de tratamento de água) realizadas para a série de até cinquenta e três amostras de água bruta coletadas nos pontos P4 a P7,  isto é, somente em pontos do reservatório Cachoeira do França, nos períodos de 02/09 a 17/12/2008 e 07/07 a 05/08/2009. 

A densidade de cianobactérias que limita os corpos d’água Classe 2, segundo a Resolução nº 357/2005, é 50.000 cel/ml. 

Os valores medidos nas cinquenta e trêsamostras de superfície, meio e fundo, variaram de 0,8 a 1492,6 cel/ml, ambos extremos ocorridos no ponto P4. Considerados os pontos P5 a P7, os limites se reduziram para a faixa de 1,2 a 252,8 cel/ml, sendo que para P7 os limites se estreitaram para 3,0 e 46,0 cel/ml.  

Apesar  dos  menores  valores  terem  ocorrido  tanto  para  amostras  de  fundo,  meio  e  superfície,  às amostras de meio e fundo correspondeu a maioria dos resultados de menor valor. 

Há de se notar, sobretudo, o expressivo distanciamento entre as contagens realizadas nas campanhas analisadas e o limite de 50.000 cel/ml da Resolução nº 357/2005 – ou mesmo o limite de 10.000 cel/ml prescrito na Portaria nº 518/2004. 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      43 

Figura 4.7 – Resultados de Ensaios Hidrobiológicos – Ponto P4

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 2/9/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 48,7 57,8 48,6 65,4 42,9 9,0

MEIO 1492,6 11,3 0,8 9,0 9,6 7,8

FUNDO 54,7 10,5

RESULTADOSCIANOBACTÉRIAS (Nº/ml)

 

Ponto 4 - Cachoeira do França - Cianobactérias

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1000,0

1200,0

1400,0

1600,0

02/0

9/08

11/0

9/08

20/0

9/08

29/0

9/08

08/1

0/08

17/1

0/08

26/1

0/08

04/1

1/08

13/1

1/08

22/1

1/08

01/1

2/08

10/1

2/08

Tempo (data)

Cia

no

bac

téri

as (

Nº/

ml)

 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      44 

Figura 4.8 – Resultados de Ensaios Hidrobiológicos – Ponto P5

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 2/9/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 78,1 116,3 252,8 36,3 93,8 1,2

MEIO 58,6 16,5 49,0 13,5 9,7 3,9

FUNDO 32,1 7,5

RESULTADOSCIANOBACTÉRIAS (Nº/ml)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Cianobactérias

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

02/0

9/08

11/0

9/08

20/0

9/08

29/0

9/08

08/1

0/08

17/1

0/08

26/1

0/08

04/1

1/08

13/1

1/08

22/1

1/08

01/1

2/08

10/1

2/08

Tempo (data)

Cia

no

bac

téri

as (

Nº/

ml)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      45 

Figura 4.9 – Resultados de Ensaios Hidrobiológicos – Ponto P6

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 3/9/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 122,6 39,0 23,4 31,8 53,4 18,0

MEIO 49,5 27,4 15,0 11,1 9,3

FUNDO 6,8 23,3

RESULTADOSCIANOBACTÉRIAS (Nº/ml)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Cianobactérias

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

03/0

9/08

12/0

9/08

21/0

9/08

30/0

9/08

09/1

0/08

18/1

0/08

27/1

0/08

05/1

1/08

14/1

1/08

23/1

1/08

02/1

2/08

11/1

2/08

Tempo (data)

Cia

no

bac

téri

as (

Nº/

ml)

 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      46 

Figura 4.10 – Resultados de Ensaios Hidrobiológicos – Ponto P7

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 7/7/09 15/7/09 22/7/09 29/7/09 4/8/09 5/8/09

SUPERFÍCIE 6,6 46,0 12,2 17,7 20,5

MEIO 3,0 5,8 10,0 16,7 20,5

FUNDO

RESULTADOSCIANOBACTÉRIAS (Nº/ml)

 

Ponto 7 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Cianobactérias

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

16/0

7/09

19/0

7/09

22/0

7/09

25/0

7/09

28/0

7/09

31/0

7/09

03/0

8/09

Tempo (data)

Cia

no

bac

téri

as (

Nº/

ml)

 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02      47 

44..44 EENNSSAAIIOOSS DDEE MMIIBB EE GGEEOOSSMMIINNAA

Esses dois parâmetros não  são  relacionados na Resolução nº  357/2005 nem no Decreto  Estadual nº 8.468/1976, nem mesmo na Portaria 518/2004  (água potável),  com objetivo de definir  condições de contorno para a qualidade da água bruta de Classe 2, ou mesmo outra classe qualquer. 

Como simples referência, segundo L. Di Bernardo (Algas e Suas Influências na Qualidade das Águas e nas Tecnologias de Tratamento, ABES, 1995), citando Lalezary, Pirbazary, McGuire [JAWWA, vol. 78, março 1986], a concentração limiar de percepção do MIB é da ordem de 30 ng/L e da geosmina, 10,0 ng/L. 

As análises das  concentrações de MIB e geosmina  foram  realizadas para a  série de  cinquenta e  sete amostras de água bruta coletadas nos pontos P1 a P7 nos períodos de 23/09 a 17/12/2008 e 07/07 a 04/08/2009. 

Os  resultados dos ensaios de MIB para as cinquenta e  sete amostras do  reservatório analisadas para superfície, meio e fundo se situaram todos abaixo de 8,0 ng/L, incomparáveis, portanto, favoravelmente à referência (Lalezary) de 30,0 ng/L. 

Em relação aos resultados de geosmina nos rios, para o ponto P1, rio Juquiá, o valor máximo medido foi de 2,0 ng/L e para o rio São Lourenço, ponto P2, 2,7 ng/L. 

Os resultados de geosmina no reservatório Cachoeira do França variaram de abaixo de 2,0 ng/L a 14,0 ng/L. Dentre  as  campanhas  de  amostragem,  a  primeira,  de  23  e  24/09/2008,  foi  a  que  produziu  os maiores  resultados,  sendo  que  o  ponto  P4  nessa  data  foi  o  detentor  das maiores medições,  todas pertencentes ao  intervalo de 3,1 a 14,0 ng/L,  ficando para os outros dois pontos  resultados na  faixa desde abaixo de 2,0 até 3,0 ng/L. Em quatro dentre as cinco campanhas realizadas, os pontos P4, P5 e P6 apresentaram resultados homogêneos e abaixo de 2,1 ng/L, e P7, em cinco campanhas, abaixo de 8,0 ng/L. 

Nas  cinquenta  e  sete  amostras  do  reservatório  analisadas,  somente  um  resultado  de  medição  de geosmina se colocou acima da referência (Lalezary) de 10,0 ng/L (14,0 ng/L, ponto P4, em 23/09/2008). 

44..55 EENNSSAAIIOOSS DDEE IINNOORRGGÂÂNNIICCOOSS

Os ensaios de  inorgânicos  foram divididos em dois grupos na análise de  seus  resultados que  se  faz a seguir.  No  primeiro  foram  associados,  por  ponto  de  amostragem  (P1,  P2,  P4,  P5,  P6  e  P7),  doze parâmetros  considerados  mais  vinculados  à  concepção  e  ao  controle  das  operações  unitárias  de tratamento de ciclo completo da água. No segundo, o restante de trinta e três parâmetros para os quais os  resultados  dos  ensaios  foram  analisados  em  conjunto,  isto  é,  sem  diferenciação  do  ponto  de amostragem. 

4.5.1 PARÂMETROS DO PRIMEIRO GRUPO

As Figuras 4.11 a 4.16, partes 1/4 a 4/4, mostradas ao  final deste  item, apresentam as variações das medições de temperatura, cor verdadeira, turbidez, condutividade elétrica, alcalinidade total, nitrogênio total, pH, ferro total, ferro dissolvido, manganês total e DQO para séries de seis (pontos: P1 e P2),onze (pontos P4, P5 e P6) duas (ponto P7) amostras de água bruta tomadas ao longo do período de 23/09 a 17/12/2008 e 07/07 a 15/07/2009. Aos pontos P1 e P2 corresponderam amostras coletadas ao nível da superfície  em  24/09,  14/10,  04/11,  25/11,  17/12  de2008  e  15/07  de  2009;  aos  pontos  P4,  P5  e  P6, superfície, meio e fundo em 23 e 24/09/2008, e superfície e meio, em 14/10, 4/11, 25/11 e 17/12/2008; a P7, superfície e meio, em 07 e 15/07/2009. 

A  temperatura  da  água  variou  de  15,0  °C  a  26,3  °C  entre  quarenta  e  sete  amostras  de  água  bruta analisadas. Não existe  limite estabelecido para  temperatura na Resolução nº 357/2005 e no Decreto Estadual nº 8.468/1976. Para os pontos P1 e P2,  rios  Juquiá e São  Lourenço,  foram determinados os 

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valores mais baixos, entre 15,0 °C e 21,4 °C. Aos pontos P4, P5, P6 e P7, na superfície do reservatório, corresponderam temperaturas entre 17,4 °C e 26,3 °C. 

Segundo  os  resultados  analisados,  as  águas  superficiais  do  reservatório  Cachoeira  do  França  se apresentaram  com  temperaturas  mais  elevadas  que  as  dos  rios  Juquiá  e  São  Lourenço,  com  uma diferença em torno de 5,0 °C. O ponto P4 apresentou conjuntos de temperaturas mais elevadas e mais baixas dentre os quatro pontos do reservatório, embora a menor tenha sido observada em P7 – única medição efetuada no ponto. Em todos os quatro pontos observou‐se a estratificação regular, ainda que tênue, de temperatura com a profundidade, sendo que a diferença entre extremos não superou a 4,3 °C. 

A cor verdadeira das quarenta e sete amostras de água bruta variou de 8 a 60 UC, com a maior parte (64 %)  dos  resultados  situada  entre  os  limites  20  e  30 UC.  Segundo  a  Resolução  nº  357/2005,  o  limite máximo para  cor  verdadeira é 75 UC, porém  como demanda para o processo de  tratamento, pouco representa esse limite. 

As  seis  amostras  de  14/10,  4/11  e  17/12/2008  no  ponto  6  apresentaram  os  seis  únicos  valores superiores  a  30 UC  (superfície  e meio)  para  2008;  em  2009,  as  amostras  de  15/07  em  P1,  P2  e  P7, apresentaram resultados entre 40 e 60 UC. Não existiram diferenças significativas entre resultados de cor verdadeira de amostras dos rios Juquiá (ponto P1) e São Lourenço (ponto P2) e dos pontos P4 e P5 do  reservatório  Cachoeira  do  França,  nem  pareceu  ser  possível  afirmar  sobre  alguma  variação consistente  da  cor  verdadeira  com  a  profundidade  nos  pontos  amostrados  no  reservatório,  embora muitos  resultados  relativos  a  amostras  de meia  profundidade  tenham  superado  aos  de  superfície. Houve sim intensificação da cor verdadeira com a profundidade nas amostras relativas aos pontos P6 e P7. 

Os resultados de turbidez de doze amostras coletadas nos pontos P1 (rio Juquiá) e P2 (rio São Lourenço) variaram  de  4,8  a  31,9 NTU,  sendo  o maior  valor  referente  ao  ponto  P2  (15/07/2009). Nos  quatro pontos  do  reservatório  Cachoeira  do  França,  a  amplitude  de  variação  dos  resultados  de  turbidez  de trinta e sete amostras de água bruta equivaleu à dos  rios, mas os extremos, como era de se esperar, foram inferiores, de 1,3 e 10,8 NTU, ambos para amostras de P7 tomadas, respectivamente, em 07/07 e 15/07/2009. Segundo a Resolução nº 357/2005, o  limite máximo para turbidez da água bruta, embora seja  uma  referência  discutível  do  ponto  de  vista  de  demandas  de  tratabilidade,  é  100  UNT.  Dos resultados das amostras do reservatório, pôde‐se observar uma correlação crescente da turbidez com a profundidade. 

As medições de condutividade elétrica variaram na estreita faixa de 17,1 a 94,6 µS/cm, sendo que trinta e uma amostras analisadas (58 % do total), dentre cinquenta e três, apresentaram resultados inferiores a 30,0 µS/cm. O conjunto de maior média de valores esteve relacionado ao ponto 2 (rio São Lourenço). Não existe  limite estabelecido para condutividade elétrica na Resolução nº 357/2005 nem no Decreto Estadual nº 8.468/1976. 

Dado o  conjunto observado de baixos  resultados de  condutividade elétrica, o que passou  a  ser uma informação  indireta  favorável  à  cinética de  coagulação  com  sais de  alumínio  e  ferro do processo de tratamento, é de  se esperar baixas concentrações de SDT  (sólidos dissolvidos  totais), desde que esse detalhe  não  pode  ser  confirmado mais  precisamente  na  análise  dos  parâmetros  do  segundo  grupo porque  seus  resultados  foram  definidos  em  bloco  como  sendo  sempre  inferiores  a  500  mg/L.  As medições efetuadas de condutividade elétrica nos pontos do reservatório não apresentaram nenhuma tendência de correlação crescente com a profundidade. 

A matriz de  resultados de alcalinidade  total apresentou  surpreendentemente  faixas muito amplas de variação. Para os rios Juquiá (ponto P1) e São Lourenço (ponto P2), valores de 2,4 a 84 mg CaCO3/L em doze medições,  e  para  as  outras  trinta  e  sete  amostras  referentes  ao  reservatório,  de  4,7  a  90 mg CaCO3/L.  Não  existe  limite  estabelecido  para  alcalinidade  total  na  Resolução  nº  357/2005  nem  no Decreto Estadual nº 8.468/1976. Os  resultados de alcalinidade  total obtidos de onze amostras  (22 %) 

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tomadas  entre  rios  e  reservatório  em  23  ou  24/09/2008  pertenceram  ao  intervalo  de  31  a  90 mg CaCO3/L. As trinta e oito medições restantes (78 %) entre rios e reservatório, de 14/10, 4/11, 25/11 e 17/12 em 2008 e de 07 e 15/7 em 2009, tiveram seus valores entre 2,4 e 16 mg CaCO3/L, sendo que estes limites se referiram aos rios Juquiá (ponto P1) e ao ponto P4, respectivamente, e aos três pontos de amostragem no reservatório se associaram valores entre 4,7 e 16 mg CaCO3/L. 

Dada a observação de alcalinidade total excepcionalmente elevada também nos dois rios (pontos P1 e P2)  em  24/09/2008,  não  se  pode  associar  a  fato  raro  de  atividade  algal  que  tivesse  havido  no reservatório. As medições de alcalinidade total nos pontos do reservatório mostraram uma tendência de igualdade da alcalinidade total ao longo da profundidade. 

Os resultados das quarenta e nove medições de fósforo total variaram na faixa de 0,005 a 0,145 mg P/L (desprezando uma medição atípica,  inferior a 0,005 mg/L em 25/11/2008 no ponto P1,  rio  Juquiá). O limite estabelecido na Resolução nº 357/2005 para ambientes  lênticos é 0,030 mg P/L e para  lóticos, 0,050 mg/L. Nos pontos P1 e P2 (rios Juquiá e São Lourenço, respectivamente) a variação foi de 0,019 a 0,096 mg P/L, tendo sido o valor de 0,050 mg P/L igualado ou superado em seis dentre doze medições, todas no ponto P2, rio São Lourenço. Nos pontos P4, P5, P6 e P7, no reservatório Cachoeira do França, a variação  ocorreu  na  faixa  entre  0,006  a  0,145 mg  P/L,  sendo  que  vinte  e  três medições  (62%)  se apresentaram com valores iguais ou acima do VMP 0,030 mg P/L. Para os pontos P6 e P7, os resultados se apresentaram crescentes com a profundidade. 

Os valores medidos de nitrogênio total nas quarenta e nove amostras de água bruta variaram dentro da faixa de 0,09 a 1,48 mg N/L. Os seis valores máximos da série, acima de 0,60 mg N/L, corresponderam ao  ponto  P2  (rio  São  Lourenço),  todos  os  outros  ficaram  entre  0,09 mg N/L  e  0,31 mg N/L. Nem  a Resolução nº 357/2005, nem o Decreto  Estadual nº 8.468/1976  e  tampouco  a Portaria nº 518/2004 incluem  limites  para  o  nitrogênio  total  nas  respectivas matrizes  de  parâmetros  de  qualidade, mas  o fazem  indiretamente,  sendo que a primeira  regulamentação  se  reporta a 14,700 mg N/L, excluindo o nitrogênio orgânico,  e  a  segunda  e  a  terceira,  a  11,000 mg N/L,  excluindo  as partes de  amoniacal  e orgânico. Pode‐se então  comparar,  com  segurança  (já que nas medições estão  incluídas as partes de amoniacal  e  orgânico),  o  resultado  máximo  de  1,480  mg  N/L  a  esses  limites.  Ao  primeiro,  se  lhe corresponde  somente 10% do  resultado associado, e ao  segundo e  terceiro, 13%. Foi observada uma correlação crescente do teor de nitrogênio total com a profundidade. 

Os valores de pH nos pontos P1 e P2 (rios Juquiá e São Lourenço, respectivamente) variaram de 6,3 a 7,2 e nos quatro pontos do  reservatório Cachoeira do  França, de 6,0  a 7,6. Nos pontos do  reservatório, independente  da  profundidade  da  amostra  tomada,  exceto  por  uma  vez,  quando  desceu  a  6,0,  por trinta e cinco vezes (95 %) o pH esteve acima de 6,6, e em quinze (88 %) ficou igual ou acima de 7,0 para amostras  tomadas  na  superfície.  Era  de  se  esperar  valores  ligeiramente  abaixo  do  ponto  de neutralidade, dada a baixa alcalinidade total na água do reservatório, porém os valores mais elevados observados  junto  à  superfície  provavelmente  são  desdobramentos  da  atividade  algal.  Segundo  a Resolução  nº  357/2005,  a  faixa  admissível  de  variação  do  pH  é  de  6,0  a  9,0 Os  resultados  obtidos demonstraram uma correlação crescente do pH com a profundidade. 

Resultados de ferro total se situaram na faixa de 0,32 a 1,49 mg/L. Para os dois pontos referentes aos rios  Juquiá e São Lourenço,  todas medições  resultaram na zona de 0,74 mg/L a 1,59 mg/L, e para os quatro pontos do reservatório, de 0,32 a 1,30 mg/L. Na Resolução nº 357/2005 e no Decreto Estadual nº 8.468/1976 não há limites para o ferro total na água bruta. Foi observada correlação consistente do teor de  ferro  total,  nos  três  pontos  do  reservatório  Cachoeira  do  França,  crescente  com  a  profundidade. Muito  provavelmente  ela  se  deu  em  razão  do  ferro  dissolvido  gerado  na  solubilização  do  ferro precipitado na zona de fundo (ambiente redutor). 

As quarenta e três medições de ferro dissolvido permaneceram entre os extremos 0,09 e 0,55 mg/L. Nos dois pontos relativos aos rios Juquiá e São Lourenço, elas variaram na faixa de 0,18 mg/L a 0,55 mg/L, e nos quatro pontos do reservatório, de 0,09 a 0,40 mg/L. Nestes últimos pontos, sete valores (19 %), em trinta  e  sete,  igualaram  ou  superaram  a  0,30 mg/L,  que  é  o  VMP  da  Resolução  nº  357/2005.  Foi 

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observada correlação crescente, de relativa consistência, do teor de ferro dissolvido, nos quatro pontos do reservatório, com a profundidade. 

Todos os resultados obtidos de manganês total na água bruta foram  inferiores a 0,08 mg/L. O VMP de manganês total da Resolução nº 357/2005 é 0,10 mg/L. Há, portanto, uma folga, ainda que estreita dos resultados obtidos em relação a esse limite. Foi observada uma discreta correlação crescente do teor de manganês  total  com  a  profundidade. O  teor  de manganês  dissolvido  não  foi  analisado  em  todas  as amostras,  somente em  seis do dia 23/09/2008, nos pontos P4 e P5; por elas, quando  se apresentou abaixo de 0,02 mg/L, pode‐se inferir que a maior parcela de manganês se apresentava oxidado. 

Os valores medidos de DQO se colocaram sempre abaixo de 20 mg/L. A DQO não é um parâmetro de qualidade  enquadrado  na  Resolução  nº  357/2008  nem  no Decreto  Estadual  nº  8.468/1976. Não  foi observada qualquer correlação de elevação da DQO com a profundidade.  

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Figura 4.11 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P1 (parte ¼)

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 16,5 20,3 20,2 19,2 19,6 15,0 27 19 20 40 5,7 7,7 7,4 4,8 8,3 10,6

MEIO

FUNDO

RESULTADOSCOR VERDADEIRA (UC) TURBIDEZ (NTU)TEMPERATURA (°C)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Temperatura d'Água

10

12

14

16

18

20

22

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Tem

per

atu

ra d

'Ág

ua

(°C

)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Cor AVerdadeira

15

20

25

30

35

40

45

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Co

r V

erd

adei

ra (

UC

)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Turbidez

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

11,0

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Tu

rbid

ez (

NT

U)

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Figura 4.11 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P1 (parte 2/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 21,5 25,3 46,7 22,4 22,0 20,2 37 2,4 2,4 2,8 2,4 3,01 0,019 0,024 0,043 0,035 0,022

MEIO

FUNDO

FÓSFORO TOTAL (mg P/l)CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (µs/cm) ALCALINIDADE TOTAL (mg CaCO3/l)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Condutividade Elétrica

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Co

nd

uti

vid

ade

(uS

/cm

)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Alcalinidade

0

5

10

15

20

25

30

35

40

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Alc

alin

idad

e T

ota

l (m

g C

aCO

3/l)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Fósforo Total

0,015

0,02

0,025

0,03

0,035

0,04

0,045

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

sfo

ro T

ota

l (m

g P

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     53 

Figura 4.11 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P1 (parte 3/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 0,13 0,16 0,10 0,14 0,10 0,15 6,5 6,5 6,5 6,5 6,7 6,3 0,74 0,96 1,01 1,14 1,13 0,91

MEIO

FUNDO

NITROGÊNIO TOTAL (mg N/l) pH FERRO TOTAL (mg/l)

Ponto 1- Rio Juquiá - Nitrogênio Total

0,08

0,09

0,1

0,11

0,12

0,13

0,14

0,15

0,16

0,17

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Nit

rog

ênio

To

tal (

mg

N/l)

Ponto 1 - Rio Juquiá - pH

6,2

6,3

6,4

6,5

6,6

6,7

6,8

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

pH

Ponto 1 - Rio Juquiá - Ferro Total

0,6

0,7

0,8

0,9

1

1,1

1,2

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Fer

ro T

ota

l (m

g/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     54 

Figura 4.11 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P1 (parte 4/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 0,18 0,24 0,29 0,19 0,22 0,26 0,02 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 11 11 15 14

MEIO

FUNDO

FERRO DISSOLVIDO (mg/l) MANGANÊS TOTAL (mg/L DQO (mg/l)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Ferro Dissolvido

0,15

0,17

0,19

0,21

0,23

0,25

0,27

0,29

0,31

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o -

(m

g/l)

Ponto 1 - Rio Juquiá - Manganês Total

0,019

0,021

0,023

0,025

0,027

0,029

0,031

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Man

gan

ês T

ota

l (m

g/l)

Ponto 1 - Rio Juquiá - DQO

10

11

12

13

14

15

16

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

DQ

O (

mg

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     55 

Figura 4.12 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P2 (parte 1/4)

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 16,6 21,4 21,0 19,4 20,8 15,2 29 23 10 60 8,3 12,6 5,2 8,2 9,2 31,9

MEIO

FUNDO

COR VERDADEIRA (UC) TURBIDEZ (NTU)RESULTADOS

TEMPERATURA (°C)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Temperatura d'Água

15

16

17

18

19

20

21

22

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Tem

per

atu

ra (

°C)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Cor Verdadeira

0

10

20

30

40

50

60

70

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Co

r V

erd

adei

ra (

UC

)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Turbidez

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Tu

rbid

ez (

NT

U)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     56 

Figura 4.12 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P2 (parte 2/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 24,4 55,2 49,0 50,7 52,2 46,2 84 13 11 12 11 10,03 0,096 0,050 0,105 0,090 0,091 0,089

MEIO

FUNDO

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (µs/cm) ALCALINIDADE TOTAL (mg CaCO3/l) FÓSFORO TOTAL (mg P/l)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Condutividade Elétrica

20

25

30

35

40

45

50

55

60

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Co

nd

uti

vid

ade

Elé

tric

a (u

S/c

m)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Alcalinidade Total

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Alc

alin

idad

e T

ota

l (m

g C

aCO

3/l)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Fósforo Total

0,040

0,050

0,060

0,070

0,080

0,090

0,100

0,110

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

sfo

ro T

ota

l (m

g P

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     57 

Figura 4.12 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P2 (parte 3/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 0,67 1,48 0,74 1,10 0,61 0,61 6,8 7,0 7,0 7,0 7,2 7,0 0,88 1,36 1,30 1,49 1,34 1,59

MEIO

FUNDO

NITROGÊNIO TOTAL (mg N/l) pH FERRO TOTAL (mg/l)

Ponto 2 - Rio São Lournço - Nitrogênio Total

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Nit

rog

ênio

To

tal (

mg

N/l)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - pH

6,8

6,9

6,9

7,0

7,0

7,1

7,1

7,2

7,2

7,3

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

pH

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Ferro Total

0,80

0,90

1,00

1,10

1,20

1,30

1,40

1,50

1,60

1,70

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Fer

ro T

ota

l (m

g/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     58 

Figura 4.12 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P2 (parte 4/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 15/7/09

SUPERFÍCIE 0,31 0,45 0,45 0,47 0,55 0,33 0,05 0,06 0,05 0,06 0,06 0,06 14 13

MEIO

FUNDO

FERRO DISSOLVIDO (mg/l) MANGANÊS TOTAL (mg/L DQO (mg/l)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Ferro Dissolvido

0,3

0,35

0,4

0,45

0,5

0,55

0,6

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - Manganês Total

0,05

0,052

0,054

0,056

0,058

0,06

0,062

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 2 - Rio São Lourenço - DQO

9

10

11

12

13

14

15

24/0

9/08

26/1

0/08

27/1

1/08

29/1

2/08

30/0

1/09

03/0

3/09

04/0

4/09

06/0

5/09

07/0

6/09

09/0

7/09

Tempo (data)

DQ

O (

mg

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     59 

Figura 4.13 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P4 (parte 1/4)

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 20,0 24,5 24,2 22,8 26,3 14,0 23,0 10,0 4,0 6,1 3,8 4,6 5,3

MEIO 19,4 20,8 23,3 20,4 26,3 21,0 23,0 10,0 5,1 9,3 5,0 8,0 9,4

FUNDO 18,0 21,0 6,5

COR VERDADEIRA (UC)TEMPERATURA (°C) TURBIDEZ (NTU)RESULTADOS

Ponto 4 - Cachoeira do França - Temperatura d'Água

19,0

20,0

21,0

22,0

23,0

24,0

25,0

26,0

27,0

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Tem

per

atu

ra (

°C)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Cor Verdadeira

5,0

7,0

9,0

11,0

13,0

15,0

17,0

19,0

21,0

23,0

25,0

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Co

r V

erd

adei

ra (

UC

)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Turbidez

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Tu

rbid

ez (

NT

U)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     60 

Figura 4.13 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P4 (parte 2/4)

DATA 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 23,1 26,5 94,6 28,7 32,0 53 5,7 16 6,3 5,4 0,022 0,145 0,045 0,031 0,033

MEIO 26,4 28,8 52,2 24,8 33,8 59 5,3 5,2 4,8 5,2 0,025 0,057 0,031 0,043 0,050

FUNDO 25,8 90 0,029

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (µs/cm) ALCALINIDADE TOTAL (mg CaCO3/l) FÓSFORO TOTAL (mg P/l)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Condutividade Elétrica

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Co

nd

uti

vid

ade

Elé

tric

a (u

S/c

m)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Alcalinidade Total

0

10

20

30

40

50

60

70

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Alc

alin

idad

e T

ota

l (m

g C

aCO

3/l)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Fósforo Total

0,020

0,040

0,060

0,080

0,100

0,120

0,140

0,160

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

sfo

ro T

ota

l (m

g P

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     61 

Figura 4.13 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P4 (parte 3 /4)

DATA 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 0,13 0,16 0,19 0,18 0,17 6,8 7,6 7,2 7,4 7,1 0,38 0,52 0,47 0,78 0,74

MEIO 0,18 0,26 0,21 0,29 0,28 6,8 6,8 7,0 6,7 6,9 0,51 0,95 0,79 1,20 0,90

FUNDO 0,24 6,9 0,68

NITROGÊNIO TOTAL (mg N/l) pH FERRO TOTAL (mg/l)

   

Ponto 4 - Cachoeira do França - Nitrogênio Total

0,1

0,12

0,14

0,16

0,18

0,2

0,22

0,24

0,26

0,28

0,3

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Nit

rog

ênio

To

tal (

mg

N/l)

Ponto 4 - Cachoeira do França - pH

6,4

6,6

6,8

7,0

7,2

7,4

7,6

7,8

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

pH

Ponto 4 - Cachoeira do França - Ferro Total

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro T

ota

l (m

g/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     62 

Figura 4.13 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P4 (parte 4 /4)

DATA 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 0,11 0,21 0,25 0,28 0,33 0,02 0,02 0,02

MEIO 0,11 0,30 0,31 0,21 0,18 0,03 0,02 0,02 0,08 15 11

FUNDO 0,20 0,03

FERRO DISSOLVIDO (mg/l) MANGANÊS TOTAL (mg/L DQO (mg/l)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Ferro Dissolvido

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 4 - Cachoeira do França - Manganês Total

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0,07

0,08

0,09

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 4 - Cachoeira do França - DQO

10

11

12

13

14

15

16

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

DQ

O (

mg

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     63 

Figura 4.14 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P5 (parte 1/4)

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 20,1 23,3 23,6 22,6 22,9 21,0 23,0 10,0 2,9 5,3 3,0 4,1 5,1

MEIO 19,5 19,0 22,5 21,7 22,1 21,0 23,0 10,0 3,4 8,7 4,9 6,6 6,8

FUNDO 18,6 21,0 5,7

COR VERDADEIRA (UC)TEMPERATURA (°C) TURBIDEZ (NTU)RESULTADOS

Ponto 5 - Cachoeira do França - Temperatura d'Água

18,0

19,0

20,0

21,0

22,0

23,0

24,0

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Tem

per

atu

ra (

°C)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Cor Verdadeira

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

22,0

24,0

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Co

r V

erd

adei

ra (

UC

)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Turbidez

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Tu

rbid

ez (

NT

U)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     64 

Figura 4.14 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P5 (parte 2/4)

DATA 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 40,8 25,3 39,4 28,3 30,3 43 5,5 6,0 7,0 5,6 0,023 0,044 0,041 0,044 0,030

MEIO 26,2 28,0 44,1 28,5 32,8 59 5,5 4,7 6,0 4,8 0,019 0,026 0,037 0,058 0,035

FUNDO 27,8 79 0,026

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (µs/cm) ALCALINIDADE TOTAL (mg CaCO3/l) FÓSFORO TOTAL (mg P/l)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Condutividade Elétrica

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Co

nd

uti

vid

ade

Elé

tric

a (u

S/c

m)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Alcalinidade Total

0

10

20

30

40

50

60

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Alc

alin

idad

e T

ota

l (m

g C

aCO

3/l)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Fósforo Total

0,015

0,020

0,025

0,030

0,035

0,040

0,045

0,050

0,055

0,060

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

sfo

ro T

ota

l (m

g P

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     65 

Figura 4.14 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P5 (parte 3/4)

DATA 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 0,12 0,14 0,19 0,18 0,13 6,0 7,5 7,4 7,5 7,1 0,32 0,42 0,46 0,63 0,69

MEIO 0,14 0,28 0,23 0,21 0,25 6,8 6,7 6,9 6,8 7,0 0,45 0,83 0,69 1,00 0,80

FUNDO 0,09 6,6 0,92

NITROGÊNIO TOTAL (mg N/l) pH FERRO TOTAL (mg/l)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Nitrogênio Total

0,1

0,12

0,14

0,16

0,18

0,2

0,22

0,24

0,26

0,28

0,3

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Nit

rog

ênio

To

tal (

mg

N/l)

Ponto 5 - Cachoeira do França - pH

6,0

6,2

6,4

6,6

6,8

7,0

7,2

7,4

7,6

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

pH

Ponto 5 - Cachoeira do França - Ferro Total

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

1,1

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro T

ota

l (m

g/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     66 

Figura 4.14 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P5 (parte 4/4)

DATA 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 23/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 0,09 0,17 0,14 0,24 0,25 0,02 0,02 0,04 14 18

MEIO 0,14 0,26 0,32 0,16 0,35 0,03 0,02 0,02 0,03 12 15

FUNDO 0,21 0,03

FERRO DISSOLVIDO (mg/l) MANGANÊS TOTAL (mg/L DQO (mg/l)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Ferro Dissolvido

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 5 - Cachoeira do França - Manganês Total

0,015

0,02

0,025

0,03

0,035

0,04

0,045

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 5 - Cachoeira do França - DQO

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

23/0

9/08

01/1

0/08

09/1

0/08

17/1

0/08

25/1

0/08

02/1

1/08

10/1

1/08

18/1

1/08

26/1

1/08

04/1

2/08

12/1

2/08

Tempo (data)

DQ

O (

mg

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     67 

Figura 4.15 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P6 (parte 1/4)

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 19,5 24,6 24,9 22,6 23,1 13,0 40,0 40,0 50,0 3,3 6,4 3,4 4,6 6,2

MEIO 18,1 21,0 23,0 20,0 21,1 22,0 60,0 60,0 55,0 5,8 9,4 6,5 8,8 9,5

FUNDO 17,2 23,0 8,3

COR VERDADEIRA (UC)TEMPERATURA (°C) TURBIDEZ (NTU)RESULTADOS

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Temperatura d'Água

15,0

17,0

19,0

21,0

23,0

25,0

27,0

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Tem

per

atu

ra (

°C)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Cor Verdadeira

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Co

r V

erd

adei

ra (

UC

)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Turbidez

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Tu

rbid

ez (

NT

U)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     68 

Figura 4.15 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P6 (parte 2/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 17,1 28,5 28,2 29,6 33,2 41 5,1 6,2 6,6 5,9 0,022 0,017 0,031 0,033 0,042

MEIO 27,0 29,4 31,8 27,8 35,3 39 4,7 5,6 5,1 5,8 0,026 0,049 0,051 0,055 0,058

FUNDO 27,7 31 0,034

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (µs/cm) ALCALINIDADE TOTAL (mg CaCO3/l) FÓSFORO TOTAL (mg P/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Condutividade Elétrica

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Co

nd

uti

vid

ade

Elé

tric

a (u

S/c

m)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foza do Rio Juquiá - Alcalinidade Total

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Alc

alin

idad

e T

ota

l (m

g C

aCO

3/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Fósforo Total

0,01

0,015

0,02

0,025

0,03

0,035

0,04

0,045

0,05

0,055

0,06

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

sfo

ro T

ota

l (m

g P

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     69 

Figura 4.15 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P6 (parte 3/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 0,12 0,18 0,15 0,17 0,15 7,0 7,5 7,2 7,4 7,1 0,41 0,63 0,48 0,7 0,81

MEIO 0,15 0,31 0,27 0,24 0,29 6,8 6,8 6,9 6,8 7,0 0,66 0,99 0,97 1,07 1,30

FUNDO 0,25 6,8 1,05

NITROGÊNIO TOTAL (mg N/l) pH FERRO TOTAL (mg/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Nitrogênio Total

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Nit

rog

ênio

To

tal (

mg

N/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - pH

6,6

6,7

6,8

6,9

7,0

7,1

7,2

7,3

7,4

7,5

7,6

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

pH

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Ferro Total

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro T

ota

l (m

g/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     70 

Figura 4.15 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P6 (parte 4/4)

DATA 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08 24/9/08 14/10/08 4/11/08 25/11/08 17/12/08

SUPERFÍCIE 0,14 0,19 0,25 0,20 0,40 0,02 0,02 0,03 11 10 12

MEIO 0,17 0,21 0,27 0,33 0,28 0,03 0,04 0,04 0,05 0,05 10

FUNDO 0,22 0,04 19

FERRO DISSOLVIDO (mg/l) MANGANÊS TOTAL (mg/L DQO (mg/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Ferro Dissolvido

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Manganês Total

0,01

0,015

0,02

0,025

0,03

0,035

0,04

0,045

0,05

0,055

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - DQO

8

10

12

14

16

18

20

24/0

9/08

02/1

0/08

10/1

0/08

18/1

0/08

26/1

0/08

03/1

1/08

11/1

1/08

19/1

1/08

27/1

1/08

05/1

2/08

13/1

2/08

Tempo (data)

DQ

O (

mg

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     71 

Figura 4.16 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P7 (parte 1/4)

PONTO DE AMOSTRAGEM

DATA 7/7/09 15/7/09 7/7/09 15/7/09 7/7/09 15/7/09

SUPERFÍCIE 17,4 8,0 30,0 1,3 4,7

MEIO 17,0 10,0 40,0 3,1 10,8

FUNDO

TEMPERATURA (°C) COR VERDADEIRA (UC) TURBIDEZ (NTU)RESULTADOS

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Temperatura d'Água

16,0

16,5

17,0

17,5

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Tem

per

atu

ra (

°C)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Cor Verdadeira

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Co

r V

erd

adei

ra (

UC

)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Turbidez

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Tu

rbid

ez (

NT

U)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     72 

Figura 4.16 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P7 (parte 2/4)

DATA 7/7/09 15/7/09 7/7/09 15/7/09 7/7/09 15/7/09

SUPERFÍCIE 25,3 26,3 5,8 6,2 0,006

MEIO 29,3 26,9 6,4 6,0 0,011 0,031

FUNDO

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (µs/cm) ALCALINIDADE TOTAL (mg CaCO3/l) FÓSFORO TOTAL (mg P/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Condutividade Elétrica

25,0

25,5

26,0

26,5

27,0

27,5

28,0

28,5

29,0

29,5

30,0

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Co

nd

uti

vid

ade

Elé

tric

a (u

S/c

m)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foza do Rio Laranjeiras - Alcalinidade Total

5,6

5,7

5,8

5,9

6,0

6,1

6,2

6,3

6,4

6,5

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Alc

alin

idad

e T

ota

l (m

g C

aCO

3/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Fósforo Total

0,01

0,015

0,02

0,025

0,03

0,035

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

sfo

ro T

ota

l (m

g P

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     73 

Figura 4.16 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P7 (parte 3/4)

DATA 7/7/09 15/7/09 7/7/09 15/7/09 7/7/09 15/7/09

SUPERFÍCIE 0,11 0,15 7,0 7,0 0,48 0,41

MEIO 0,20 0,21 6,9 6,8 0,42 0,74

FUNDO

NITROGÊNIO TOTAL (mg N/l) pH FERRO TOTAL (mg/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Nitrogênio Total

0,1

0,12

0,14

0,16

0,18

0,2

0,22

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Nit

rog

ênio

To

tal (

mg

N/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - pH

6,7

6,8

6,8

6,9

6,9

7,0

7,0

7,1

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

pH

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Laranjeiras - Ferro Total

0,4

0,45

0,5

0,55

0,6

0,65

0,7

0,75

0,8

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Fer

ro T

ota

l (m

g/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     74 

Figura 4.16 – Resultados de Ensaios de Inorgânicos – Ponto P7 (parte 4/4)

DATA 7/7/09 15/7/09 7/7/09 15/7/09 7/7/09 15/7/09

SUPERFÍCIE 0,23 0,19

MEIO 0,18 0,22 0,03 12,1

FUNDO

FERRO DISSOLVIDO (mg/l) MANGANÊS TOTAL (mg/L DQO (mg/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Ferro Dissolvido

0,17

0,18

0,19

0,20

0,21

0,22

0,23

0,24

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - Manganês Total

0,028

0,0285

0,029

0,0295

0,03

0,0305

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

Fer

ro D

isso

lvid

o (

mg

/l)

Ponto 6 - Cachoeira do França - Foz do Rio Juquiá - DQO

11

11,5

12

12,5

13

07/0

7/09

10/0

7/09

13/0

7/09

Tempo (data)

DQ

O (

mg

/l)

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02    75 

4.5.2 PARÂMETROS DO SEGUNDO GRUPO

Foram coletadas e analisadas quarenta e nove amostras de água bruta, tendo sido doze nos rios Juquiá e São Lourenço (seis em cada um) e quarenta e três no reservatório Cachoeira do França. Aos pontos P1 e P2 corresponderam amostras coletadas ao nível da superfície em 24/09, 14/10, 4/11, 25/11 e 17/12 de 2008 e 15/07 de 2009;  aos pontos P4, P5 e P6,  superfície, meio e  fundo, em 23 e 24/09/2008 e superfície e meio, em 14/10, 4/11, 25/11 e 17/12/2008; a P7, superfície e meio, em 07 e 15/07/2009. 

O bromato se apresentou sempre em concentração abaixo de 0,010 mg/L na água bruta de amostras de P1,  P4,  P5,  P6  e  P7,  uma  vez  somente,  alcançou  a  0,022 mg/L  para  amostra  do  ponto  P2  (rio  São Lourenço). A Resolução nº 357/2005 e o Decreto Estadual nº 8.468/1976 não estabelecem limites para o teor  de  bromato  na  água  bruta,  porém,  diante  da  falta  de  referência,  e  projetando  um  valor  como balizamento de segurança para a água tratada, observa‐se que a Portaria nº 518/2004 indica o VMP de 0,025 mg/L  para  água  potável.  Como  o  processo  de  tratamento  de  ciclo  completo  não  acrescenta bromato à água bruta, não há como supor que seu teor aparecerá  incrementado na água tratada para além de 0,010 mg/L medido na água bruta do reservatório Cachoeira do França. 

As medições do  íon  cloreto  alcançaram  sempre  resultados  inferiores  a 19,0 mg/L. Pela Resolução nº 357/2005, o  limite é de 250 mg/L (valor corroborado na Portaria nº 518/2004), portanto muitas vezes superior ao máximo  teor analisado. O processo de  tratamento de ciclo completo acrescenta cloreto à água. Se for utilizado o cloreto férrico como coagulante, para a dosagem máxima de 35 mg/L, a parcela de  cloreto na água em processo  será acrescida de até 23 mg/L  (ou 35*(105/161)). Em paralelo, pela aplicação do cloro para desinfecção, o acréscimo máximo será da ordem de 4,0 mg/L (ou 8,0*(35/70)), decorrente da aplicação de 8,0 mg/L entre inter e pós‐cloração. Pode‐se esperar assim um teor máximo de cloreto na água tratada da ordem de 46 mg/L (ou 19+23+4), valor ainda muito afastado do VMP de 250 mg/L. 

A  dureza  alcançou  valor máximo  de  21,8 mg  CaCO3/L,  e o  restante  de  seus  resultados  se  distribuiu abaixo de 13,3 mg CaCO3/L. Tal como outros parâmetros de qualidade, a dureza também não é citada como  fator  limitante  na  Resolução  nº  357/2005  nem  no Decreto  Estadual  nº  8.468/1976.  Buscando então uma referência de segurança para água potável, a Portaria nº 518/2004 cita o  limite de 500 mg CaCO3/L para dureza, referência que se coloca mais de quarenta vezes acima do máximo valor medido nas  amostras  de  água  bruta  coletadas.  Como  o  processo  de  tratamento  de  ciclo  completo  não acrescenta sensivelmente dureza à água, não há como supor que seu teor aparecerá  incrementado na água tratada. 

Os resultados de cálcio e magnésio não superaram a 10 mg/L e 15 mg/L, respectivamente, em trinta e cinco  amostras  da  água  bruta.  Ambos  os  cátions  não  são  considerados  diretamente  como  fatores condicionantes da qualidade das  águas bruta e potável, estando, por  isso, omitidos na Resolução nº 357/2005, no Decreto Estadual nº 8.468/1976 e na Portaria nº 518/2004.  Indiretamente, porém,  são controlados pelos limites admissíveis de dureza e sólidos dissolvidos totais. 

O anion fluoreto foi medido com valores iguais ou inferiores a 0,06 mg/L no universo de somente onze amostras de água bruta. O valor limite admitido na Resolução nº 357/2005 é 1,4 mg F/L, do que decorre uma  folga substancial para os onze valores medidos. Em relação à Portaria nº 518/2004, o VMP é 1,5 mg/L.  Em  relação  à  Resolução  Estadual  SS250,  o  VPM  se  situa  entre  os  valores  0,60  a  0,80 mg/L, permanecendo portanto margem de larga segurança em todos os caos. 

As  formas principais de  composição do nitrogênio  analisadas em quarenta  e nove  amostras da  água bruta,  amoniacal,  nitrato  e  nitrito,  para  as  quais  a  Resolução  nº  357/2005  e  o Decreto  Estadual  nº 8.468/1976 estabelecem  limites máximos de, respectivamente, 3,7 mg N/L, 10,0 mg N/L e 1,0 mg N/L, (para o Decreto não existe limite de amoniacal), apresentaram resultados máximos de, naquela ordem, 0,88 mg N/L, 0,55 mg N/L e 0,047 mg N/L. Estes últimos números representaram índices porcentuais de, respectivamente, 24%, 5% e 5% em relação às referências máximas regulamentadas. 

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As folgas agregadas a cada caso de nitrogênio, mesmo a menor delas, relativa ao amoniacal (cujo teor ainda tenderá à redução em razão das operações de oxidação e de desinfecção inerentes ao processo de tratamento de ciclo completo), seriam significativas para atender também aos respectivos VMPs fixados na Portaria nº 518/2004, que são coincidentes com os da Resolução nº 357/2005 e do Decreto Estadual nº 8.468/1976. Como o processo de  tratamento de ciclo completo não acrescenta nitrogênio à água, não há como supor que seu teor aparecerá incrementado na água tratada. 

O  teor de sólidos dissolvidos  totais  (SDT) se apresentou para  todos os  resultados com valor  inferior a 500 mg/L (o limite de detecção do método de medição empregado pela SABESP é < 500 mg/L). O limite estabelecido  na  Resolução  nº  357/2005  é  justamente  500 mg/L. O  processo  de  tratamento  de  ciclo completo que vier a ser empregado, qualquer que seja ele, poderá até alterar um pouco o teor de SDT da água bruta, para cima ou para baixo, mas jamais em intensidade que implique no alcance do VMP da Portaria nº 518/2004, que é de 1.000 mg/L. 

Os  resultados da  concentração de  sólidos  suspensos  totais  (SST) na água bruta não alcançaram a 20 mg/L uma vez sequer para os pontos P1 a P6; o ponto P7 apresentou resultados distintos para amostras de superfície e meio em 15/07/2009: 32 e 82 mg/L, respectivamente. Não há  limite estabelecido pela Resolução nº 357/2005 e pelo Decreto Estadual nº 8.468/1976 para o  teor de  SST, a não  ser para a turbidez  (100 UT), que, por  vezes, pode  ser  correlacionada ao  teor de  SST  segundo um  fator que  se posiciona na faixa de 0,5 a 2,0. O maior valor da turbidez medido na água bruta foi de 31,9 NTU, mas para o ponto P2 e não o P7. Como o processo de tratamento de ciclo completo não acrescenta SST à água, muito pelo contrário,  reduz, não há como supor que seu  teor aparecerá  incrementado na água tratada. 

A concentração do anion sulfato não superou a 2,99 mg/L nas quarenta e nove amostras de água bruta. Esse valor, se comparado ao VMP de 250 mg/L da Resolução nº 357/2005 e da Portaria nº 518/2004, representa pouco menos de 2% dele. Ainda que se utilize coagulante sulfatado, pelo balanço iônico de dosagens aplicadas, que não superam a 35 mg/L para o sulfato de alumínio e a 30 mg/L para o sulfato férrico, os teores de sulfato na água tratada seriam ampliados de 0,48*35 = 16,8 mg/L no primeiro caso (sulfato  de  alumínio  com  dezoito moléculas  de  água  de  hidratação)  e  de  0,72*30  =  21,6 mg/L  no segundo. Seria então impossível se alcançar ao VMP de 250 mg/L de sulfato na água tratada, pois que, como se vê, estequiometricamente sequer 30 mg/L de sulfato seria um resultado esperado. 

Os  teores de  sulfeto na água bruta não atingiram a 0,005 mg/L  (o  limite de detecção do método de medição  empregado pela  SABESP  é  < 0,0025 mg/L).  Tal  limite de detecção  supera porém o VMP da Resolução nº 357/2005, que é de 0,002 mg/L, e gera então uma zona de ocorrência suspeita entre 0,002 e 0,005 mg/L. Entretanto, a Portaria nº 518/2004 aponta o  limite máximo de 0,050 mg/L para a água tratada, o que alivia o  rigor  relativo ao VMP  referido à água bruta, superando‐o até em vinte e cinco vezes, e, ao mesmo tempo, ao se observar que a probabilidade de oxidação do sulfeto no processo de tratamento é relevante nas operações unitárias de oxidação e desinfecção, é de se esperar obviamente que, mesmo diante da  falta de  informação exata sobre as medições de sulfeto nas amostras de água bruta, será impossível qualquer aproximação sua ao VMP indicado para a água tratada. 

Os valores medidos de DBO em todas as amostras estiveram abaixo de 5,0 mg/L (o  limite de detecção do método de medição empregado pela SABESP é < 5,0 mg/L). Os VMPs da Resolução nº 357/2005 e do Decreto Estadual nº 8.468/1976  são  iguais a 5,0 mg/L. Na  falta de valores determinados de DBO nas amostras de água bruta, não é possível se analisar as distâncias de segurança que as separam dos VMPs. Como o processo de  tratamento de ciclo completo não acrescenta DBO à água, muito pelo contrário, reduz intensamente, não há como supor que seu teor poderá ser incrementado na água tratada. 

O teor de alumínio dissolvido medido nas quarenta e nove amostras de água bruta não ultrapassou a 0,06 mg/L. Seu VMP referido na Resolução nº 357/2005 alcança a 0,1 mg/L, ou seja, cerca de 167 % do máximo valor medido.  Já para a água  tratada, a Portaria nº 518/2004  indica o VMP de 0,20 mg/L. É óbvio  que  se  forem  utilizados  coagulantes  com  alumínio  é  de  se  esperar  uma  reduzida  parcela remanescente de alumínio dissolvido na água tratada (cujo valor dependerá do controle do processo de 

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tratamento) e o resultado final não se somará à parcela de alumínio dissolvido existente na água bruta. Esta última, aliás, ao ser submetida às condições ótimas de coagulação no processo de tratamento de ciclo completo atuará também como coagulante e será consumida na desestabilização de carga elétrica de colóides da água bruta. 

Os resultados das medições de óleos e graxas se concentraram em valores  inferiores a 5,0 mg/L, com poucos representantes entre esse valor e 8,5 mg/L, sendo que somente um deles alcançou a 13,6 mg/L (curiosamente extraído à meia profundidade no ponto P4, e não à superfície). A título de ilustração, há tempos atrás a captação de água bruta da SANASA no rio Atibaia apresentava valores de até 10,0 mg/L sem  prejuízo  para  a  água  tratada.  Todas  as  amostras  coletadas  em  4/11,  25/11  e  17/12/2008 apresentaram  resultados  inferiores  a  5,0 mg/L.  A  Resolução  nº  357/2005  e  o  Decreto  Estadual  nº 8.468/1976 não atribuem valor ao limite permitido de óleos e graxas, e em seu lugar somente aplicam a definição generalizada de “virtualmente ausentes”. 

Os ensaios de arsênio e bário produziram resultados que estiveram sempre  iguais ou abaixo de 0,001 mg/L  no  primeiro  caso  e  abaixo  de  0,05 mg/L  no  segundo  (os  limites  de  detecção  dos métodos  de medição empregados pela SABESP  são < 0,001 mg/L e < 0,05 mg/L,  respectivamente). Os  respectivos VMPs indicados na Resolução nº 357/2005 e no Decreto Estadual nº 8.468/1976 superam algumas vezes esses números, com índices de 0,01 mg/L e 0,10 mg/L para o arsênio total e 0,7 mg/L e 1,0 mg/L para o bário  total,  respectivamente.  Como  o  processo  de  tratamento  de  ciclo  completo  não  acrescenta qualquer dos dois metais à água, não há como  supor que  seus  teores poderão  ser  incrementados na água tratada. 

Em quarenta e nove amostras analisadas o  teor de  cádmio  se manteve abaixo de 0,0009 mg/L. Pela Resolução nº 357/2005, o valor máximo permitido é de 0,001 mg/L e pelo Decreto Estadual, 0,01 mg/L, portanto,  limite,  no  mínimo,  cerca  de  11%  acima  do  máximo  valor  medido.  Como  o  processo  de tratamento  de  ciclo  completo  não  acrescenta  cádmio  à  água,  não  há  como  supor  que  seus  teores poderão ser incrementados na água tratada. 

Uma parcela significativa dos resultados de medição de chumbo (vinte e uma delas ou 43% das quarenta e nove medições), ficou acima de 0,01 mg/L, VMP da Resolução nº 357/2005, porém abaixo do VMP de 0,1 mg/L do Decreto Estadual nº 8.468/1976, sendo que o valor máximo medido alcançou a 0,092 mg/L. O mesmo valor de VMP da Resolução nº 357/2005 está estabelecido na Portaria nº 518/2004 para água tratada.  

O processo de  tratamento  com  coagulação  e precipitação por  sais de  alumínio ou  ferro,  segundo Di Bernardo, L: Métodos e Técnicas de Tratamento de Água – 2005 (Quadro 18.2), e também Kawamura, Susumu:  Integrated Design and Operation of Water Treatment Facilities – 2000  (Quadro 7.9‐1), pode remover  chumbo  paralelamente  à  remoção  dos  poluentes‐alvos:  cor  e  turbidez,  por  coagulação  e precipitação química. Espera‐se por esse caminho poder enquadrar o teor de chumbo da água tratada. Em razão disso, para a segunda fase de operação da ETA Piloto, os ensaios foram orientados para avaliar também  a  remoção  de  chumbo  no  tratamento  de  ciclo  completo.  Desafortunadamente  o  teor  de chumbo na água bruta em 15 e 22/07/2009 estiveram abaixo de 0,005 mg/L e as medições de eficiência de remoção não puderam ser realizadas na ETA piloto. Haverá de se estabelecer, no projeto da planta de  tratamento,  diante  da  presença  eventual  de  chumbo  na  água  bruta,  a  necessidade  do monitoramento permanente desse metal nas águas bruta, tratada e recuperada do sistema de lavagem dos filtros. 

Os resultados de análises de cobre dissolvido e cobre total foram todos inferiores a 0,02 mg/L (o limite de detecção do método de medição empregado pela SABESP é < 0,02 mg/L). O VMP da Resolução nº 357/2005 atribuído ao cobre dissolvido é de 0,009 mg/L (ou 1,0 mg/L de cobre total segundo o Decreto Estadual nº 8.468/1976), valor que  corresponde a 45% da quantidade abaixo da qual estão  referidas todas as quarenta e nove medições efetuadas de cobre dissolvido. Na falta de valores determinados de cobre e  cobre dissolvido nas amostras de água bruta, não é possível  se analisar as distâncias que os separam, como segurança, do VMP da Resolução nº 357/2005. Como o processo de tratamento de ciclo 

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completo não acrescenta cobre à água, mas também não o reduz (neste caso, só se aplicam troca iônica e osmose  reversa como propostas de  tratamento para sua  remoção), não há como supor se seu  teor poderá ser incrementado na água tratada. O teor máximo admissível de cobre na água tratada é de 2,0 mg/L  (Portaria  nº  518/2004),  cerca  de  cem  vezes  superior  ao  teor máximo  possível  detectado  nas amostras de água bruta. 

As medições de cromo total e cromo hexavalente, em separado, foram todas inferiores a 0,009 mg/L, e, por conseguinte, menores que o limite de 0,05 mg/L de cromo total definido na Resolução 357/2005 e no Decreto Estadual nº 8.468/1976 (mesmo limite admitido para água potável na Portaria nº 518/2004). Além da folga de 88% do valor máximo medido em relação ao VMP da Resolução e do Decreto, poderá se esperar ainda que uma parcela do cromo total, referente ao cromo três, seja removida no processo de coagulação com sais de alumínio ou ferro no tratamento de ciclo completo. Tal como ocorreu com o chumbo, nos ensaios da ETA piloto de 15 e 22/07/2009, dada as reduzidíssimas concentrações de cromo total e cromo hexavalente na água bruta, de ordem inferior a 0,003 mg/L nos dois casos, as eficiências de remoção não puderam ser avaliadas. 

O teor de lítio medido nas quarenta e três amostras de água bruta foi, no conjunto inteiro das amostras analisadas, inferior a 0,005 mg/L (o limite de detecção do método de medição empregado pela SABESP é < 0,01 mg/L). O VMP da Resolução nº 357/2005 inerente ao lítio total é de 2,5 mg/L, portanto cerca de quinhentas  vezes  acima  do  limite  de  detecção  do  método  de  medição  empregado  nas  medições realizadas. Trata‐se de uma imensurável folga de segurança avaliada em relação a tal elemento. Como o processo de  tratamento de  ciclo  completo não acrescenta  lítio à água, não há  como  supor que  seus teores poderão ser incrementados na água tratada. 

Dentre as quarenta e nove medições de mercúrio realizadas, quarenta e oito resultaram em números inferiores a 0,0005 mg/L e uma somente alcançou a 0,0008 mg/L. O limite de detecção supera porém o VMP da Resolução nº 357/2005, que é de 0,0002 mg/L (mas não a 0,002 mg/L, do Decreto Estadual nº 8.468/1976,) e assim então se caracteriza uma zona indefinida entre 0,0002 e 0,0005 mg/L. Entretanto, a Portaria nº 518/2004 aponta o limite máximo de 0,001 mg/L de mercúrio para a água tratada, o que alivia o rigor relativo do primeiro VMP referido à água bruta, superando‐o em até cinco vezes. Caso se utilize o sulfato férrico como coagulante, será possível se alcançar alguma remoção paralela de mercúrio no processo de tratamento (segundo as mesmas referências bibliográficas citadas anteriormente para o caso  do  chumbo).  Diante  dos  fatos,  é  de  se  esperar  obviamente  que,  mesmo  diante  da  falta  de informações  exatas  sobre  as  medições  de  mercúrio  nas  amostras  de  água  bruta,  será  impossível qualquer aproximação de seu teor ao VMP indicado para a água tratada. 

Os  cátions  potássio  e  sódio,  medidos  segundo  resultados  inferiores  a  10,4  mg/L  e  12,0  mg/L, respectivamente,  não  são,  conforme  a  Resolução  nº  357/2005  e  o Decreto  Estadual  nº  8.468/1976, elementos  limitantes  de  qualidade  da  água  bruta.  Pela  Portaria  nº  518/2004  referida  aos  padrões exigidos para a água tratada, há somente limitação para valores acima de 200 mg/L de sódio, cerca de dezesseis vezes o valor máximo medido nas amostras de água bruta. Como o processo de tratamento de ciclo completo não acrescenta nenhum dos dois cátions à água (não será usado hidróxido de sódio como alcalinizante, por  justificativa econômica da SABESP), não há como supor que seus teores poderão ser incrementados na água tratada. 

Os  resultados da medição de  zinco  total em  todas as amostras de água bruta não alcançaram a 0,05 mg/L (o limite de detecção do método de medição empregado pela SABESP é < 0,05 mg/L). Ainda que se considerasse 0,05 mg/L  como medição de  referência,  corresponderia ela a  somente 28% do VMP da Resolução  nº  357/2005,  cujo  número  é  0,18  mg/L  (VMP  de  5,0  mg/L  no  Decreto  Estadual  nº 8.468/1976). Por outro lado, em relação à água potável, a folga seria ainda maior, pois que para o VMP da  Portaria  nº  518/2004,  igual  a  5,0  mg/L,  a  relação  se  reduziria  para  1%.  Como  o  processo  de tratamento de ciclo completo não acrescenta zinco à água, não há como supor que seus teores poderão ser incrementados na água tratada. 

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44..66 EENNSSAAIIOOSS DDEE OORRGGÂÂNNIICCOOSS

As medições de glifosato para as quarenta e nove amostras de água bruta estiveram sempre abaixo de 25 µg/L (o limite de detecção do método de medição empregado pela SABESP é < 0,025 mg/L). O limite estabelecido na Resolução nº 357/2005 é de 65 µg/L, e de 50 µg/L na Portaria nº 518/2004, portanto houve uma considerável folga de sua concentração nas amostras de água bruta analisadas. 

Em quarenta e nove amostras coletadas em 23/09, 24/09, 14/10, 04/11, 25/11 e 17/12/2008 e 07/07 e 15/07/2009, nos pontos 1, 2, 4, 5, 6 e 7, sendo que para estes quatro últimos as coletas foram efetuadas à  superfície  e  à  meia  profundidade,  dentre  cinquenta  e  três  parâmetros  orgânicos  prescritos  na Resolução  CONAMA  nº  357/2005  sete  não  foram  analisados  (acrilamida,  benzidina,  carbaril,  fenóis totais, PCBs, substâncias tensoativas que reagem com o azul de metileno e tributilestanho). 

Dentre  os  quarenta  e  seis  parâmetros  analisados  para  cada  amostra,  quarenta  e  um  tiveram  seus resultados abaixo dos respectivos VMPs estabelecidos na Resolução CONAMA nº 357/2005 e seis foram quantificados na forma de “A < X”, sendo X superior ao respectivo VMP na Resolução. Foram eles: DDT (isômeros), gution, endrin, toxafeno, dodecacloro pentaciclodecano e paration. 

Observando  a  Portaria  nº  518/2004,  relativa  ao  padrão  de  qualidade  da  água  de  consumo  humano, nota‐se, porém, que dentre os seis parâmetros não conclusivamente definidos diante da Resolução nº 357/2005,  quatro  deles,  gution,  toxafeno,  dodecacloro  pentaciclodecano  e  paration,  não  são  sequer incluídos na  relação de parâmetros  limitantes de qualidade da água potável, e os dois outros, DDT e endrin, tiveram seus resultados “A” (inferiores a 0,005 µg/L)  inferiores (exageradamente) aos VMPs da Portaria nº 518/2004, que são, respectivamente, 2,0 µg/L e 0,6 µg/L. 

44..77 EENNSSAAIIOOSS DDEE CCOOTT

Quarenta  e  cinco  amostras  de  água  bruta  foram  coletadas  e  analisadas  nos  períodos  de  23/09  a 17/12/2008 e de 15/07 a 04/08/2009, sendo cinco de cada rio (Juquiá e São Lourenço) e trinta e cinco do  reservatório  Cachoeira  do  França.  As  amostras  dos  rios  foram  coletadas  à  superfície  e  as  do reservatório, à superfície, meio e fundo, sendo que estas últimas, da segunda amostragem (14/10/2008) em diante, foram efetuadas somente na superfície e na meia profundidade. 

Os  resultados  de  COT  nas  oito  amostras  referentes  aos  rios  variaram  na  faixa  de  3,3  a  11,4 mg/L, enquanto os relativos aos pontos do reservatório, de < 2,0 a 17,0 mg/L. A Resolução nº 357/2005 e o Decreto Estadual nº 8.468/1976 não incluem o COT entre seus parâmetros de restrição de qualidade da água  bruta.  Porém,  indireta  e  parcialmente  o  fazem  quando  limitam  a DBO5  a  5,0 mg/L.  Como  foi comentado no item 5.5 ‐ Ensaios de Inorgânicos, todas amostras analisadas apresentaram resultados de DBO5 abaixo de 5,0 mg/L. Nas amostras de água do reservatório analisadas não se observou qualquer tendência de correlação entre o teor de COT e a profundidade nos pontos de coleta, exceto para as três amostras coletadas em 17/12/2008. 

O parâmetro COT é um dos  indicadores  indiretos da presença de MON  (matéria orgânica natural) na água bruta, tida como fonte potencial de formação de SPD’s na água tratada diante do uso de oxidantes e desinfetantes. 

Os valores de COT encontrados nas quarenta e cinco amostras tomadas para análise se incluem na faixa genérica  de  1  a  20 mg/L,  apresentada  como  representativa  para  águas  superficiais  (que  não  as  de pântano), conforme Figura 2.19 de Water Treatment Principles and Design –Montgomery Watson Harza, 2ª Edição, [2005]. Segundo Di Bernardo [Métodos e Técnicas de Tratamento de Água – 2005], citando Singer  [1994],  genericamente,  teores  de  COT  até  2,0 mg/L  não  são  impeditivos  do  uso  de  cloro  no processo de tratamento de água, porém acima de 4,0 mg/L deve ser prevista e monitorada a remoção de COT ao longo do processo, inclusive com uso de carvão ativado. 

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A  eficiência  de  remoção  de  COT  foi  investigada  nos  ensaios  da  ETA  piloto  em  duas  datas:  15  e 22/07/2009. Em ambos os eventos os valores do teor de COT da água bruta representativa do ponto P7 foram iguais a, respectivamente, 3,53 e 1,75 mg/L. 

Na primeira data, quando se operou a ETA piloto com PAC como coagulante, a concentração de COT no efluente do filtro F3 (selecionado como o de melhor desempenho hidráulico e por isso, como referência para desenvolvimento do projeto básico) foi de 1,84 mg/L, que representou uma eficiência de remoção de 48 %. 

Na  segunda ocasião, com  sulfato de alumínio  como coagulante, o efluente do  filtro F3  continha 1,36 mg/L de COT, o que traduziu um eficiência de remoção de 22 %. 

44..88 CCOONNCCLLUUSSÕÕEESS EE RREECCOOMMEENNDDAAÇÇÕÕEESS

Da análise de resultados dos ensaios conduzida nos  itens 7.2 a 7.7, conclui‐se que  (estritamente à  luz dos  resultados alcançados nos ensaios  relativos às amostras de água bruta coletadas nos períodos de 02/09 a 17/12/2008 e de 07/07 a 05/08/2009): 

Ensaios bacteriológicos 

Em relação a coliformes totais, os pontos P1, P4, P5,P6 e P7 estiveram ligeiramente equivalentes entre si e apresentaram 83 % de resultados abaixo de 5.000 NMP/100 ml (VMP). O ponto P2 (rio São Lourenço) mostrou‐se diferenciado para pior, com 83 % das amostras acima do VMP. 

Em relação a Escherichia coli, ocorreu praticamente o mesmo que com coliformes totais. Os pontos P1, P4, P5, P6 e P7 equivaleram‐se entre si com todos os resultados abaixo de 400 NMP/100 ml e o ponto P2, diferentemente, teve 50 % dos resultados (três amostras) abaixo de 981 NMP/100 ml e 50 % (três amostras) superiores ao VMP (1.000 NMP/100 ml), porém abaixo de 9.000 NMP/100ml. 

Ensaios hidrobiológicos 

Em  relação a cianobactérias, os pontos P4, P5, P6 e P7 equivaleram‐se entre  si,  tendo  sido mantidos folgadamente  resultados abaixo 1.500 cel/ml, contra um VMP de 50.000 cel/ml. As amostras  feitas à superfície apresentaram as contagens mais elevadas. 

MIB e geosmina 

Em relação à substância MIB,  todas medições se colocaram abaixo de 2,0 ng/L, número muito menor que 30 ng/L, valor apresentado por Lalezary como  limiar de percepção. Mesmo  resultados  tão baixos como aqueles que foram medidos poderão ser ainda relativamente reduzidos com a remoção parcial de COT que, por via de regra, ocorrerá no processo de coagulação e precipitação química da ETA. 

Em relação à substância geosmina, uma só medição, ou 1,9 % da quantidade total analisada, superou a 10  ng/L,  índice  de  percepção  segundo  Lalezary.  Uma  parte  de  COT  passível  de  ser  removida  na coagulação e precipitação química do processo de  tratamento, por via de  regra, poderá até  incluir a geosmina e propiciar seu abatimento relativo. 

Inorgânicos 

Em relação à temperatura, as medições referentes aos rios apresentaram‐se com valores menores que dos quatro pontos do reservatório, e neste, a temperatura medida caiu com a profundidade. Para efeito da análise das condições de processo de tratamento de fase  líquida, aos pontos P1 e P2 se associaram temperaturas  na  faixa  de  15  a  22°C,  e  aos  pontos  do  reservatório,  em  tomadas  de  água  entre  a superfície e a meia altura, de 17 a 26°C. 

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Em  relação  à  cor  verdadeira,  os  resultados  obtidos,  entre  8  e  60  UC,  equivaleram‐se  entre  rios  e reservatório,  e mesmo  entre  profundidades  distintas  de  tomada  neste  último.  A  cor  verdadeira,  de intensidade média baixa, apresenta‐se com interesse como um dos parâmetros de referência indireta da remoção de COT ou de MON. 

Em relação à turbidez, a dos rios superou ligeiramente a dos quatro pontos do reservatório, tendo sido a máxima dos primeiros, 31,9 NTU, e a dos segundos, 10,8 NTU, embora possam ser considerados todos resultados de baixa intensidade. Foi notada uma sensível ampliação da turbidez com a profundidade. 

Em relação à condutividade elétrica, entre rios e reservatório os resultados mantiveram‐se distribuídos e  sempre abaixo de 94,6 µS/cm, valor  relativamente baixo e pertencente à  faixa  típica das águas de outros  reservatórios  da  RMSP.  A  relativa  reduzida  dimensão  do  resultado máximo  denota  reduzida concentração de SDT, fato que, do ponto de vista de tratabilidade da água, se apresenta como favorável (interferência desprezível na cinética de coagulação). 

Em  relação  à  alcalinidade  total,  nos  rios  e  no  reservatório  foi  verificada  uma  faixa muito  ampla  de variação,  como de 2,4  a 90 mg CaCO3. Não  se  estabeleceu  correlação  entre  a  alcalinidade  total  e  a profundidade no reservatório. Dado o reduzido montante da alcalinidade total medido em cerca de 65% das amostras, até 10,0 mg/L CaCO3, há de se prever alcalinidade adicional para controle do processo de coagulação da planta de tratamento. 

Em  relação  ao  fósforo  total,  as medições  variaram  de  0,005  a  0,145 mg  P/l,  tendo  sido  superado algumas vezes o VMP (0,050 mg P/L). É tipicamente um parâmetro relacionado a questões limnológicas, e não de  tratabilidade da água  (desde que alto  teor de SDT, ao qual pode se  relacionar, não  interfira com a cinética de coagulação). 

Em relação ao nitrogênio total, o valor máximo alcançou a 1,48 mgN/L, muito abaixo do VMP (14,7 mg N/L),  do  qual  está  excluída  a  parte  referente  ao  nitrogênio  orgânico.  Além  do  nitrogênio  total  não estabelecer nenhuma relação com o processo de tratamento, a expressiva diferença entre seu resultado máximo medido e o VMP indica indiretamente o enquadramento dos teores de amônia, nitrato e nitrito na  água  tratada  (dentre  os  três  parâmetros,  os  dois  últimos  são  refratários  aos  processos  usuais  de oxidação da planta de tratamento). 

Em relação ao pH, o dos rios flutuou na faixa de 6,3 a 7,2, e o dos três pontos do reservatório, de 6,0 a 7,6. Dada a reduzida alcalinidade total dominante nas águas dos rios e reservatório, do que desdobra baixa  capacidade  tampão,  a maior  frequência  foi de pH  variando na  faixa de  6,5  a  7,0  em  todos os pontos. 

Em relação ao ferro total, nos rios e reservatório o valor máximo medido foi de 1,49 mg/L. A parcela de íon  ferroso,  cuja  remoção  é  de  interesse  no  processo  de  tratamento,  é  relativamente  inferior  ao resultado de máximo valor apresentado acima. O teor de ferro total cresceu com a profundidade, tendo sido máximo junto ao fundo. 

Em relação ao ferro dissolvido, ou íon ferroso, há valores que alcançaram a 0,55 mg/L nos rios e a 0,40 mg/L no reservatório. Sendo 0,30 mg/L o VMP para as águas bruta e tratada, poderá ser necessária a oxidação  prévia  da  água  bruta  para minimizar  risco  de  problemas  associados  ao  ferro  dissolvido  no sistema  de  distribuição  de  água, mesmo  estando  seu  teor  abaixo  de  0,30 mg/L. De  acordo  com  os resultados disponíveis até agora, quanto mais alta for realizada a tomada d’água no reservatório, menor teor de ferro dissolvido conterá a água bruta. 

Em  relação  ao manganês  total,  o máximo  valor  não  superou  a  0,08 mg/L  nos  rios  e  0,04 mg/L  no reservatório, contra um VMP de 0,10 mg/L. Mesmo diante dessa folga, quanto menos manganês total contiver a água  tratada na  saída da planta mais  seguro  será o  status para  se evitar desdobramentos indesejáveis  no  sistema  de  distribuição  (aparecimento  de  cor,  gosto,  odor,  e  outras  coisas  mais). Grosseiramente, as águas mais próximas à superfície se apresentaram com menor teor de manganês. 

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Em relação à DQO, que apresentou resultados inferiores a 20 mg/L e não existe limite na legislação, não há  nenhuma  demanda  de  tratamento  específico.  Pode  ser  reduzida  progressivamente  ao  longo  do processo  de  tratamento  por  ação  progressiva  das  operações  unitárias  de  oxidação,  coagulação, desinfecção e adsorção. 

Em relação aos anions bromato, cloreto e fluoreto, todos os valores medidos estiveram em patamares abaixo dos VMPs cabíveis de águas bruta e tratada. 

Em  relação à dureza,  indiferentemente  se dos  rios ou do  reservatório, um  resultado alcançou a 21,8 mg/L, número quase vinte e três vezes  inferior ao VMP da água tratada. Tal parâmetro, nessa faixa de valores, não  tem  implicação  com o processo de  tratamento, nem  vice‐versa,  ainda que  se  considere algum  incremento  dos  anions  sulfato  ou  cloreto  na  coagulação  e  do  cátion  cálcio  na  alcalinização  a dureza final pouca diferença terá em relação ao valor original da água bruta. 

Em  relação aos  cátions  cálcio e magnésio, os  resultados medidos nada  representam diretamente em relação à necessidade de tratamento, tampouco são parâmetros regulamentados na legislação. 

Em  relação  as  três  formas  de  nitrogênio  (amoniacal,  nitrato  e  nitrito),  todos  os  resultados  se mantiveram  muito  afastados  dos  respectivos  VMP.  À  exceção  do  nitrogênio  amoniacal  que  será praticamente eliminado nos processos de oxidação e desinfecção do tratamento de ciclo completo, os outros dois parâmetros, por serem refratários às operações unitárias de tratamento, continuarão tendo seus resultados muito aquém dos respectivos VMPs, para segurança da água tratada. 

Em  relação  a  SDT,  mesmo  não  se  conhecendo  quão  inferiores  ao  VMP  foram  os  resultados apresentados,  pois  que  foram  quantificados  somente  como  abaixo  de  500 mg/L,  tem‐se  também  a garantia,  inferida  indiretamente a partir da observação dos baixos teores de anions e cátions da água bruta,  que  a  cinética  do  processo  de  coagulação  estará  protegida  da  ação  de  interferência  desse parâmetro. 

Em relação a SST, que sequer é parâmetro regulamentado, as medições, de reduzidíssimos valores, nada representam  como demanda de  tratamento. Ao  contrário,  sua presença,  sob  teor  razoável diante de água com cor verdadeira relativamente superior à turbidez, será até favorável ao processo de formação de flocos densos. 

Em  relação aos anions  sulfato e  sulfeto, os  valores  reduzidíssimos de  sulfato medidos na água bruta apontam  para  a  impossibilidade  de  se  atingir  talvez  a  20%  do  VMP  após  a  aplicação  de  coagulante sulfatado, também porque os baixíssimos teores de sulfeto medidos não representam potencial de risco para  elevação  da  concentração  de  sulfato  na  água  tratada, mesmo  porque  serão  pré‐oxidados  na cabeceira do processo. 

Em  relação  à  DBO,  resultados  inferiores  ao  VMP  não  apontariam  para  nenhuma  necessidade  de tratamento específico, sobretudo porque ela seria reduzida progressivamente ao longo do processo de tratamento,  por  ação  paralela  das  operações  unitárias  de  pré‐oxidação,  coagulação,  desinfecção  e adsorção, tal como a DQO. 

Em relação ao alumínio dissolvido, os resultados, de reduzidos valores absolutos,  inferiores aos VMPs das águas bruta e tratada nada significam em relação à necessidade diferenciada de se controlar o teor de alumínio residual inerente ao processo de coagulação da água bruta. 

Em  relação  a  óleos  e  graxas,  os  valores medidos  na  faixa  de  5,0  a  8,5 mg/L    são  difíceis  de  serem analisados  diante  da  inexistência  de  VMPs  na  legislação,  a  não  ser  pela  definição  de  “virtualmente ausentes”, à qual são incomparáveis. Apesar do surpreendente teor de óleos e graxas determinado nas análises de água bruta, admite‐se a possibilidade de uma parcela ser coagulada (emulsão quebrada pelo coagulante) e outra, aderida aos flocos formados no tratamento de ciclo completo antes de se alcançar a filtração. 

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Em  relação  a  arsênio, bário e  cádmio, além de  seus  resultados  terem  sido  inferiores  aos  respectivos VMPs de água bruta, também o foram em relação aos da água tratada. Os teores desses elementos na água  bruta,  talvez  com  exceção  do  arsênio,  que  poderia  ser  ainda  diminuído  com  o  processo  de coagulação, seriam mantidos iguais na água tratada. 

Em relação ao chumbo, uma parcela significativa dos resultados ultrapassou os VMPs da Resolução nº 357/2005 e da Portaria nº 518/2004. Admite‐se que o limite de 0,01 mg/L poderia ser alcançado com a coagulação  com  sais  de  alumínio  ou  ferro.  O  chumbo,  por  isso,  deverá  ser  um  dos  parâmetros  de controle da planta em escala real. 

Na segunda  fase dos estudos de  tratabilidade  foram analisadas as concentrações de chumbo na água bruta e nos efluentes dos quatro filtros constituintes da ETA piloto. Porém a concentração do poluente na água bruta foi tão reduzida, < 0,005 mg/L, abaixo do nível de detecção do método analítico, que não foi  possível medir  as  eficiências  de  remoção  resultante  do  processo  de  tratamento  completo  com coagulação por sais de alumínio. 

Em relação ao cobre, por indefinição do valor individual de cada medição, os resultados, em parte ou no total, podem ter ficado acima ou abaixo do VMP da água bruta, mas ainda assim se mantiveram todos abaixo de um  centésimo do VMP de água  tratada. Portanto,  como não há acréscimo desse metal ao longo do processo de tratamento, os baixos teores medidos na água bruta se repetirão na água tratada. 

Em  relação ao cromo  total e ao hexavalente, os  resultados do primeiro  foram bem  inferiores a  todos VMPs de águas bruta e tratada, e como não haverá introdução desse metal no processo de tratamento de  ciclo  completo,  seu  teor na água  tratada  se manterá abaixo do  respectivo VMP  (podendo até  ser menor em razão da remoção parcial de cromo  trivalente que ocorrerá no processo de coagulação). O cromo  hexavalente  não  é  admitido  como  referência  de  qualidade  para  águas  bruta  e  tratada  na legislação específica. 

Em  relação  ao  lítio,  os  resultados  se mantiveram  abaixo  de  1/500  do VMP  estabelecido. Não  existe referência ao  lítio na Portaria nº 518/2004, portanto, do ponto de vista de potabilidade da água, não representa qualquer demanda para o processo de tratamento. 

Em  relação  ao  mercúrio,  dada  a  indefinição  numérica  individual  dos  resultados  medidos,  o  VMP referente à Resolução CONAMA nº 357/2005 pode ou não ter sido ultrapassado, mas não os VMPs do Decreto  Estadual  nº  8.468/1976  e  da  Portaria  nº  518/2004.  Como  o  processo  de  tratamento  não acrescenta mercúrio à água, pelo contrário, pois pode até haver sua remoção parcial pela aplicação de sulfato  férrico, se este  for utilizado como coagulante, os baixos  teores do metal se  repetirão na água tratada. 

Em  relação  ao  potássio,  os  resultados  medidos  nada  representam  diretamente  em  relação  à necessidade de tratamento específico para sua remoção, tampouco ele é um parâmetro regulamentado na legislação pertinente. 

Em  relação  ao  sódio,  os  resultados medidos  também  nada  representam  diretamente  em  relação  à necessidade de tratamento específico, pois o valor máximo foi cerca de dezesseis vezes inferior ao VMP de água tratada, além de não ser um parâmetro incluído na legislação de água bruta pertinente. 

O  zinco, além de  seus  resultados  terem  sido  inferiores ao  respectivo VMP de água bruta,  também o foram em relação ao de água tratada. Os teores desse metal na água bruta, em razão do processo de tratamento não acrescentar zinco à água, serão mantidos na água tratada. 

Orgânicos 

Em relação ao glifosato, todos os resultados se mantiveram muito afastados dos VMPs. 

Em  relação  às  substâncias DDT,  endrin,  toxafeno,  dodecadoro  pentaciclodeno,  gution  e  paration,  os VMPs na Resolução CONAMA nº 357/2005 são iguais a, respectivamente, 0,002 mg/L, 0,004 µg/L, 0,01 

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µg/L, 0,001 µg/L, 0,005 µg/L e 0,04 µg/L. Os  resultados de  suas medições,  indicados como abaixo de determinados  valores  (limites  de  detecção  dos  instrumentos  de  medição),  segundo  a  ordem apresentada acima, foram: < 0,005 mg/L, < 0,005 µg/L , < 1,0 µg/L , < 0,005 µg/L ,< 0,05 µg/L e < 0,05 µg/L. 

Dada a indefinição numérica dos resultados apresentados, os respectivos VMPs podem ou não ter sido ultrapassados. 

Dentre  as  substâncias  assinaladas  acima,  somente DDT  e  endrin  são  relacionados  como  parâmetros condicionantes  da  qualidade  da  água  tratada,  e  seus  limites  na  Portaria  nº  518/2004  são, respectivamente,  2,0  µg/L  e  0,60  mg/L.  Considerando  que  os  valores  máximos  possíveis  medidos tenham sido iguais a 0,005 µg/L, houve uma folga de quase quatrocentas vezes em relação ao VMP do DDT e de cento e vinte vezes em relação ao VMP do endrin para água tratada. Como no processo de tratamento não há inserções de DDT e endrin na água, os reduzidos resultados medidos na água bruta se repetirão na água tratada. 

COT (Carbono Orgânico Total) 

Em  relação ao COT, embora não possam ser comparados os  resultados alcançados a VMPs, por estes não existirem na  legislação específica, nem de água bruta, nem de água  tratada, os valores máximos medidos se situaram na parte superior da faixa característica de COT para mananciais de superfície. 

Trata‐se  de  uma  observação  de  relativa  importância,  pois  que  embora  o  processo  de  tratamento promova  sua  redução  parcial  (em  proporção  indefinida  teoricamente),  também  ao  longo  de  sua progressão podem ser gerados subprodutos nocivos à saúde humana. 

A  depender  da  quantidade  das  substâncias  geradas,  se  delinearia  então  a  demanda  de  tratamento específico, por exemplo, adsorção física. O parâmetro COT deverá ser também uma das referências de controle de processo, futuramente, na planta de tratamento. 

Na segunda fase dos estudos de tratabilidade na ETA piloto foram efetuadas medições de COT nas águas bruta e filtrada, em duas datas. As eficiências de remoção de COT foram avaliadas em 48 % (coagulante: PAC) e 22%  (coagulante: sulfato de alumínio). Faz‐se a ressalva que na última data a concentração de COT era inferior a 2,0 mg/L, o que efetivamente altera, para baixo, em razão da redução da dimensão da escala, a taxa específica de remoção de COT. 

Diante da hipótese de  implantação de uma planta de  tratamento de ciclo completo e dos  resultados disponíveis de qualidade da água bruta, observa‐se que: 

dada a qualidade mais estável da água bruta nos pontos  sondados no  reservatório Cachoeira do França, é recomendável a sua utilização como  local de tomada d’água para a ETA, em detrimento dos rios; 

dados os menores teores de cianobactérias relacionados ao nível abaixo da camada superficial do reservatório, é  recomendável a utilização de  tomada d’água com opções de captação múltipla ao longo da coluna d’água; 

embora  tenham  sido  relativamente  baixos  os  teores  medidos  de  MIB  (abaixo  de  2,0  ng/L)  e geosmina (abaixo de 14,0 ng/L, mas com predominância na faixa de 2,0 a 3,0 ng/L), ainda assim é recomendável a aplicação de oxidante na água bruta ou ao longo do processo de tratamento; 

dada a predominância da baixa alcalinidade total, é recomendável a  instalação de sistema de pré‐alcalinização para alcance da coagulação ótima; 

dado o  teor de chumbo acima de 0,01 mg/L em 43% das amostras analisadas, é  recomendável a utilização do  coagulante mais eficiente dentre  sais de  alumínio e de  ferro para  sua  remoção em paralelo à de outros parâmetros, e o contínuo monitoramento de sua concentração nas águas bruta e tratada; 

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diante da presença de ferro dissolvido (abaixo de 0,40 mg/L), da condição de cor verdadeira (abaixo de 60 uH) predominante sobre a turbidez (abaixo de 10,8 UNT) e do nível do teor de COT (abaixo de 17,0 mg/L) relativamente elevado é recomendável a instalação de um sistema de oxidação da água bruta; e, 

dado o relativo elevado teor de COT e a sugestão anterior de aplicação de substância pré‐oxidante na  água  bruta,  é  recomendável  o  monitoramento  de  COT  nas  águas  bruta  e  em  processo  de tratamento e de SPDs nesta última. Caso os resultados sejam superiores aos respectivos VMPs da Portaria nº 518/2004, ou de outra  referência  complementar, estudos específicos de  tratabilidade deverão ser desenvolvidos para estabelecimento de estratégia de redução de seus teores. 

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55 TTRRAATTAABBIILLIIDDAADDEE DDAASS ÁÁGGUUAASS BBRRUUTTAASS DDOO RRIIOO JJUUQQUUIIÁÁ –– CCAARRAACCTTEERRIIZZAAÇÇÃÃOO EE EENNSSAAIIOOSS DDEE JJAARRRROOSS ((JJAARR TTEESSTTSS))

55..11 IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

Três  pontos  alternativos  de  captação  de  água  bruta  no  reservatório  Cachoeira  do  França  foram escolhidos antes dos ensaios de tratabilidade e foram denominados P4, P5 e P6. O texto a seguir aborda as principais características das águas brutas no tocante à tratabilidade, delineia o procedimento básico dos ensaios de tratabilidade em escala de laboratório, apresenta os principais resultados dos mesmos e comenta e tira conclusões laboratoriais. 

55..22 CCAARRAACCTTEERRIIZZAAÇÇÃÃOO DDAASS ÁÁGGUUAASS BBRRUUTTAASS

5.2.1 POTENCIAL ZETA

O Potencial Zeta representa a carga elétrica repulsiva resultante entre duas partículas muito próximas uma da outra no meio líquido e é uma indicação do grau de dificuldade de se desestabilizar as partículas de  uma  água  com  a  coagulação  e mecanismos  de  adsorção  de  cargas  e  neutralização. As  partículas naturais presentes em uma dada água apresentam carga elétrica resultante negativa e é por isso que os valores indicados no Quadro 5.1 são negativos. 

Quanto menor o módulo do Potencial Zeta, mais fácil é a quebra do equilíbrio dinâmico repulsivo entre partículas na água e mais fácil é a desestabilização das partículas em termos elétricos. 

Devemos  lembrar  que  é  comum  uma  ETA  operar  com  dosagens  de  coagulante  além  da  faixa  para atuação dos referidos mecanismos, ou seja, operar com o mecanismo de varredura a partir de dosagens mais elevadas de coagulante.  

5.2.2 CONDUTIVIDADE E ALCALINIDADE

A  condutividade  espelha  os  teores  de  sólidos  dissolvidos  totais  e  a  alcalinidade  descreve  não  só  a capacidade de tamponamento (de resistir a mudanças de pH) de uma água, mas também aponta para uma menor ou maior dificuldade em se coagular e flocular tal água, que é função direta da alcalinidade total presente. 

O Quadro 5.1 a seguir mostra o Potencial Zeta, condutividade e alcalinidade das águas brutas testadas. 

Quadro 5.1 – Resumo do Potencial Zeta, Condutividade e Alcalinidade das Águas Brutas

Água bruta/Período de Tempo 

Potencial Zeta (mV) Condutividade 

(mS/cm) Alcalinidade (mg CaCO3/L) 

P4 ‐ Seco  ‐19,1  0,04  8 

P5 ‐ Seco  ‐17,4  0,04  9 

P6 ‐ Seco  ‐16,6  0,0378  7 

P4 ‐ Úmido  ‐17,2  0,0475  7 

P5 ‐ Úmido  ‐14,9  0,0346  7 

P6 ‐ Úmido  ‐18  0,0368  14 

O menor Potencial Zeta (em módulo) encontrado foi da água do P5; quanto menor o valor em módulo, menor tende a ser a dose de coagulante necessária para quebrar o equilíbrio repulsivo entre partículas na água. Por outro  lado, os valores obtidos para as  três águas brutas  foram muito próximos uns dos outros. 

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Os valores de condutividade  foram  todos bastante baixos,  indicando que a  importância aparente dos sólidos dissolvidos nas águas não era significativa. Os valores de alcalinidade de  todas as águas  foram muito baixos, indicando capacidade muito baixa de tamponamento e dificuldade em coagular e flocular, porém, mudanças no pH para ajustes prévios podem ser obtidas com baixas doses de alcalinizante. No entanto, cabe ressaltar o fato de que, em tempo úmido, a alcalinidade da água bruta no ponto P6 foi significativamente maior  que  nos  pontos  P4  e  P5;  isto  indica  que,  em  tempo  úmido,  a  coagulação‐floculação adequada da água bruta de P6 deve ser obtida com menos dificuldade que no caso das águas brutas de P4 e P5. 

A baixa alcalinidade indica baixa capacidade de tamponamento, o qual significa que qualquer mudança do pH da água pode ser obtida com baixas doses de alcalinizante ou ácido forte. Isto pode ser desejável em caso de ser necessário ajuste de pH previamente à coagulação na futura ETA. 

5.2.3 SEDIMENTAÇÃO NATURAL

Testes  de  sedimentação  natural  foram  conduzidos  com  as  águas  dos  pontos  P4,  P5  e  P6  em  tempo úmido, de modo a se obter uma avaliação simplista de quão fácil ou difícil seria a sedimentação de cada água, sem adição química. Para cada água, por ocasião do recebimento no laboratório, foram retiradas alíquotas iguais em béqueres após a homogeneização no tanque de armazenagem. 

Foram feitas contagens de partículas imediatamente após a coleta no tanque e em intervalos de tempo predeterminados para os béqueres em  repouso. A primeira contagem  foi  realizada no  tempo zero de sedimentação,  e  as  outras  seguintes  em  intervalos  de  tempo  de  10  em  10 minutos.  Durante  este intervalo  de  tempo  os  béqueres  foram  deixados  em  repouso  em  uma  superfície  plana. A  Figura  5.1 mostra as curvas de número de partículas com o tempo de sedimentação. 

Figura 5.1 – Curvas de Sedimentação Natural – Águas Brutas em Tempo Úmido

60.000

65.000

70.000

75.000

80.000

85.000

90.000

95.000

100.000

0 10 20 30 40 50 60

Tempo (min)

(nº partículas/ 10 mL)

P4/ÚMIDO P5/ÚMIDO P6/ÚMIDO

Linear (P4/ÚMIDO) Linear (P5/ÚMIDO) Linear (P6/ÚMIDO) Não pareceu haver diferença  significativa  entre  as declividades das  curvas de  sedimentação das  três águas, porém a diferença em termos de densidade numérica de partículas das águas dos pontos P4 e P5 e da água do ponto P6 foi significativa. 

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O  aumento  da  concentração  numérica  de  partículas  em  uma  determinada  água  bruta  implica  na diminuição da qualidade físico‐química da mesma, porém tende a melhorar a tratabilidade no sentido das operações de coagulação e floculação, por haver mais “matéria prima” para tais operações. 

55..33 EENNSSAAIIOOSS DDEE JJAARRRROOSS ((JJAARR TTEESSTTEESS))

De 9/setembro a 4/novembro/2008 noventa e oito testes de jarros ou Jar Testes foram conduzidos no Laboratório de Pesquisas da ETA do Alto da Boa Vista da SABESP. Foram utilizados seis tipos de águas brutas: águas de tempo seco e de tempo úmido coletadas nos pontos P4, P5 e P6. 

Foi gerado um extenso banco de dados de: (1) configurações de Jar Testes, (2) resultados de tratamento de Jarros para cada água bruta testada e cada coagulante (com ou sem auxiliar de coagulação) testado. As configurações se referem às intensidades e tempos de mistura para coagulação e floculação, tempo de decantação, pH de coagulação, tipo de água bruta, dosagem de coagulante, dosagem de alcalinizante e, onde aplicável, tipo e dosagem de auxiliar de coagulação. Os resultados de tratamento se referem às eficiências  de  remoção  de  cor  aparente,  turbidez  e  partículas.  Com  relação  a  este  último  tipo  de resultados,  foram  feitas  contagens  de  partículas  de  amostras  de  água  bruta  e  tratada  em  todas  as baterias de ensaios cabíveis. 

Os coagulantes testados foram: policloreto de alumínio (PAC), sulfato de alumínio (SA) e sulfato férrico (SF). 

O objetivo principal dos testes foi obter dosagens e faixas de pH ótimos para cada tipo de coagulante testado,  assim  como  as  configurações  ótimas  de  mistura  (gradientes  de  velocidades  e  tempos correspondentes). Adicionalmente,  após  as otimizações  citadas,  foi  testado  com  cada  coagulante um auxiliar de coagulação comumente utilizado da ETA ABV (poliamina catiônica). 

Os resultados dos ensaios de jarros fornecem subsídios técnicos para os ensaios em escala piloto, porém não  devem  ser  encarados  como  diretrizes  técnicas.  O  fato  é  que  as  diferenças  existentes  entre  as escalas de bancada e laboratório para as operações de coagulação e floculação limitam a utilização dos resultados de bancada nos ensaios em escala piloto. 

55..44 QQUUAADDRROOSS--RREESSUUMMOO DDEE TTRRAATTAABBIILLIIDDAADDEE EE AANNÁÁLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

Foram preparados dois grupos de Quadros‐resumo dos testes:  

1º  grupo:  os  Quadros  5.2  a  5.4  contêm  as  configurações  de  testes mais  relevantes  e  somente  os melhores resultados de tratabilidade. 

2º grupo: os Quadros 5.6 a 5.11  (vide seção 5.5.4) mostram os ensaios de  Jar Teste com os melhores resultados de remoção de cor aparente, turbidez e partículas na faixa granulométrica de 2 a 40 micra, em função do número do Jarro e do número do teste. Assim sendo, esses quadros tem um maior rigor e são mais ricas de detalhes do que os Quadros do 1º grupo. Por isso, esses Quadros foram utilizadas na confeçcão das Figuras 5.2 a 5.7. 

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Quadro 5.2 – Resumo de Tratabilidade em Escala Laboratorial 

a.b.  caract.  coag.  dose ot.  fxa. ótima  mistura 

  típicas    (mg/L)  pH (‐‐‐)  rápida (rpm/T) 

P4‐seco  1,7 a 4 UNT  SA  10 a 30  5,7 a 6,2 (5,8)  185 a 195 / 1 min 

  25 a 50 um. Pt‐Co    15 a 30  6,6 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

  25 a 48 mil p/10 mL    10  5,8  190 a 195 / 1 min 

  pH 6,8 a 7,0  SF  10 a 20  5,7 a 6,0 (5,8)  190 a 195 / 1 min 

    PAC  4 a 7  6,6 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

P5‐seco  2 a 4 UNT  SA  17,5 a 20  6,6 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

  30 a 50 un. Pt‐Co  SF  7,5 a 20  5,7 a 6,0 (5,8)  190 a 195 / 1 min 

  25 a 35 mil p/10 mL    7,5 a 20  5,7 a 6,0 (5,8)  190 a 195 / 1 min 

  pH 6,9 a 7,0  PAC  5 a 7  6,6 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

      5 a 7  6,6 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

P6‐seco  2,3 a 3 UNT  SA  30  ~6  190 a 195 / 1 min 

  25 a 35 un. Pt‐Co    35  6,7  190 a 195 / 1 min 

  35 a 50 mil p/10 mL    10 a 35  6,4 a 6,5  190 a 195 / 1 min 

  pH 6,8 a 7,0    35  6,5 a 6,6  190 a 195 / 1 min 

      17,5  ~6,8  190 a 195 / 1 min 

      13  6,6 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

      20  6,6 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

    SF  7,5 a 10  5,6 a 5,8  190 a 195 / 1 min 

      7,5 a 10  5,6 a 5,8  190 a 195 / 1 min 

    PAC  5 a 7  6,6 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

a.b.  caract.  coag.  dose ot.  fxa. ótima  mistura 

  típicas    (mg/L)  pH (‐‐‐)  rápida (rpm/T) 

P4‐úmido  6,5 a 13 UNT  SA  25  6,7 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

  80 a 100 un. Pt‐Co    25  6,7 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

  60 a 100 mil p/10 mL    25  5,9 a 6,1  190 a 195 / 1 min 

  pH 6,7 a 7,0  SF  20  ~6,0  190 a 195 / 1 min 

      25 a 27,5  5,8 a 5,9  190 a 195 / 1 min 

    PAC  12  6,5  190 a 195 / 1 min 

      10 a 16  6,6 a 6,7  190 a 195 / 1 min 

      12 a 16  6,75  190 a 195 / 1 min 

      14 a 16  6,6 a 6,7  190 a 195 / 1 min 

      14 a 16  6,7 a 6,8  190 a 195 / 1 min 

P5‐úmido  2,0 a 5,5 UNT  SA  8 a 10 (*)  6,1 a 6,2  190 a 195 / 1 min 

  30 ‐ 35 un. Pt‐Co  SA  20 a 25 (*)  6,6 a 6,8  190 / 1 min 

  16 a 32 mil p/10 mL  SF  15 a 25  5,7 a 6,2  190 a 195 / 1 min 

  pH 6,8 a 6,9    15 a 25  ~6,2  190 a 195 / 1 min 

      18 a 20 (#)  5,7 a 6,2  190 a 195 / 1 min 

      18 a 20 (#)  5,8 a 6,0  190 a 195 / 1 min 

    PAC  10 a 14  6,5 a 6,7  190 a 195 / 1 min 

      10 a 14  6,5 a 6,7  190 a 195 / 1 min 

P6‐úmido  3,3 a 4,6 UNT  SA  20 a 25  6,6 a 6,7  190 / 1 min 

  50 a 70 un. Pt‐Co    20 a 25 (@)  6,7 a 6,8  190 / 1 min 

  50 a 90 mil p/10 mL    20 a 25  ~ 5,5 ? (baixo)  190 / 1 min 

  pH 6,8 a 7,0    20 a 25  6,5 a 6,7  190 / 1 min 

      20 a 25  6,0 a 6,1  190 / 1 min 

      20 a 25 (‐)  6,0 a 6,1  190 / 1 min 

    SF  18 a 24 ($)  ~ 6,0  190 / 1 min 

      17,5 a 30  ~ 5,8 (melhor)  190 / 1 min 

      20 (+)  6,0 a 6,1  190 / 1 min 

      27,5 a 30  ~ 5,8  190 / 1 min 

      27,5 a 30  ~ 6,0  190 / 1 min 

      27,5 a 30  ~ 6,0  190 / 1 min 

    PAC  12 a 14  6,7 a 6,8  190 / 1 min 

      14  6,7  190 / 1 min 

      12 a 16  6,6 a 6,8  190 / 1 min  PAC remove + turb e cor ap. que SA ou SF. Doses ótimas de PAC foram < dose ótimas de SA ou SF; PAC deve formar menos lodo Redução das rotações de mistura favoreceu SA mas não SF (e talvez não o PAC) A tratabilidade das a.b´s secas foi melhor que as a.b.´s de tempo úmido PAC parece ser o melhor na rem. de partículas Aplic. polímero (0,5 ppm) c/AS, pH ~ 6,0 ajudou na rem. de partículas; em pH ~ 6,7 não ajudou Aplic. de polímero com SF em pH ~ 5,8 ajudou a rem. de partículas 

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Quadro 5.3 – Resumo de Tratabilidade em Escala Laboratorial (cont.)

a.b.  coag.  mistura  Sedim.  Rem. turb  Rem. cor 

    lenta (rpm/T)  (min)  (max %)  ap. (Max %) 

P4‐seco  SA  50 a 55 / 20 min  30  ~80  ~90 

    50 / 15 min  30  80  ‐ 

    30 / 20 min  30  85  90+ 

  SF  30 / 20 min  30  84  85 

  PAC  50 a 53/ 20 min  30  85  92 

P5‐seco  SA  30 / 20 min  30  85  90 

  SF  50 a 53/ 20 min  30  84  85 

    30 / 20 min  30  ‐‐‐  75 

  PAC  50 a 53/ 20 min  30  90  90 

    30 / 20 min  30  78  70 

P6‐seco  SA  55 / 20 min  30  66  60 

    55 / 20 min  30  80  70 

    35 / 20 min  30  80  65 

    35 / 20 min  30  85  66 

    35 / 20 min  30  80  66 

    50‐30‐25/ 20 min  30  85  50 

    50‐30‐25/ 20 min  30  85  95 

  SF  50 a 53/ 20 min  30  80‐85  ~50 

    35 / 20 min  30  80  ~50 

  PAC  50 a 53/ 20 min  30  88  ‐‐‐ 

a.b.  coag.  mistura  Sedim.  Rem. turb  Rem. cor 

    lenta (rpm/T)  (min)  (max %)  ap. (Max %) 

P4‐úmido  SA  20 / t. variou de 10 a 50 min  30  92  85 

    20  30  85  90 

    20  30  < 80  80 

  SF  55 / 15 min  30  93  94 

    90‐50‐20 / 5 min cada  30  94  90 

  PAC  30 / 20 min  30  93  93 

    30 / 20 min  30  93  94 

    30 / 20 min  30  94  97 

    50‐53‐20 / 5 min cada  30  92  97 

    50‐35‐20 / 6,7 min cada  30  95  98 

P5‐úmido  SA  20 / 20 min  30  85  88 

  SA  20 / 20 min  30  86  88 

  SF  35 / 20 min  30  95  90 

    35 / 20 min  30  85  85 

    25 / 20 min  30  70+  60 

    50‐40‐30‐20 /5 min cada  30  80+  65+ 

  PAC  30 / 20 min  30  90  96 

    50‐35‐20 / 6,7 min cada  30  85  90 

P6‐úmido  SA  55‐40‐30‐20/ 7,5 min cada  30  87  86 

    55‐40‐30‐20/ 7,5 min cada  30  88  90 

    55‐40‐30‐20/ 7,5 min cada  30  88  90 

    55‐40‐30‐20/ 7,5 min cada  30  87  ‐‐‐ 

    50‐40‐30‐20/ 7,5 min cada  30  85; 90(‐)  81‐88 

    50‐40‐30‐20/ 7,5 min cada  30  85  85 

  SF  50‐40‐30‐20 /5 min cada  30  92  87 

    35 / 20 min  30  91  81 

    50‐40‐30‐20/ 7,5 min cada  30  93  84 

    35 / 20 min  30  91  81 

    50‐40‐30‐20/ 5 min cada  30  91  81 

    50‐40‐30‐20/ 7,5 min cada  30  91  81 

  PAC  30 / 20 min  30  91  90 

    30/ t. variou de 10 a 50 min  30  95 (&)  92 (&) 

    65‐55‐45‐40‐30/ 6 min cada  30  93  94 

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Quadro 5.4 – Resumo de Tratabilidade em Escala Laboratorial (cont.)

a.b.  coag.  Rem. Part. 2‐40 um OBS.:   (max %;  min num/10 mL)  

P4‐seco  SA ~80 (5250/10 mL) alcalinidade bxa (9 ppm)  93; (2000 /10 mL)    99,7: (1100/ 10 mL) dose ótima SA = 10 mg/L  SF 92; (2800/ 10 mL)    PAC 98‐95; (2000 ‐ 700 /10 mL)  

P5‐seco  SA 99,7; (2000 /10 mL) alcalinidade bxa (9 ppm)  SF 96,2; (1300/ 10 mL)    96; (1350 / 10 mL)    PAC 98‐95; (2000 ‐ 700 /10 mL)    93; (3800/ 10 mL)  

P6‐seco  SA ‐‐‐    90; (~4500/ 10 mL)    `‐‐‐; (5300/ 10 mL)    `‐‐‐; 1300 a 3300/ 10 mL    `‐‐‐; (2000 a 2100/ 10 mL)    `‐‐‐; (2800 a 3000/ 10 mL) dose ótima min SA = 13 mg/L  `‐‐‐; (2300 a 3200/ 10 mL)    SF 94; (2600/ 10 mL)    92; (2700/ 10 mL)    PAC 97; (1025/ 10 mL)  

a.b.  coag.  Rem. Part. 2‐40 um OBS.:   (max %;  min num/10 mL)  

P4‐úmido  SA 94; (3200/ 10 mL) alcalinidade mto bxa (7 ppm)  94,7; (3600/ 10 mL)    94,6; (3700/ 10 mL)    SF 95; (2300 a 3200/10 mL)    97,8; (2100/ 10 mL)    PAC 98; (2300/ 10 mL)    98,2; (1270/ 10 mL)    97,5; (1800/ 10 mL)    97,4; (1810/ 10 mL)    98,2; (1250/ 10 mL)  

P5‐úmido  SA 90; ‐‐‐ Polímero (poliamina catiônica)  SA 90; ‐‐‐‐ dose: (*) 0,05 a 0,09; (#) 0,1 mg/L  SF 98 a 96; (1100 a 1750/ 10 mL) pH ideal parece ser ~ 5,8  97,5 a 97; (1250 a 1600/ 10 mL)    94 a 92; (1400 a 2000/ 10 mL) melhor dose = 20 mg/L  97,5 a 94; (800 a 1200/ 10 mL) poli pareceu ajudar rem. part  PAC 99 a 97; (800 a 2000/ 10 mL)    98 a 97; (1500 a 1800/ 10 mL) alcalinidade mto bxa (7 ppm)

P6‐úmido  SA max 87 ; (min de 8500/10 mL) Polímero (poliamina catiônica)  max 89 ; (min de 7000/10 mL) ($) dose de 0,1 mg/L  max 90,5; (min de 6000/10 mL) (@) dose de 0,2 mg/L  90; (em torno de 5000/ 10 mL) (+) dose de 0,3 mg/L  max: 93; (3700/ 10 mL) (‐) dose de 0,5 mg/L  max: 96 (‐); (1900/ 10 mL)    SF 97,7 a 96,6; (2100 a 3100/ 10 mL) poli pareceu ajudar rem. part  97,1: (1460/ 10 mL) na coag. com SF.  96,2(+) a 95,2; (1950 (+) a 2480/10 mL)    max 97;(1450/ 10 mL)    max 98; (1200/ 10 mL)    max 97,5; (1350/ 10 mL)    PAC 97; (2200/ 10 mL)    98, 5(&);(1100 ‐ 1070/ 10 mL) (&) Para 20 e 40 min flocul.  99 a 97,5; (770 ‐ 1800/ 10 mL)    98,5 a 98; (1100 ‐ 1570/ 10 mL)  

 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

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55..55 AANNÁÁLLIISSEE DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS

5.5.1 INTRODUÇÃO

As  características principais das  três  águas brutas  (alternativas  de  captação  nos pontos  P4,  P5  e  P6) foram bastante semelhantes entre elas, e a análise detalhada dos resultados do Quadro 5.1 indica este fato. 

Inicialmente, as considerações fundamentais para cada uma das três operações de tratamento por Jar Testes foram as relatadas a seguir. 

5.5.1.1 Coagulação ou mistura rápida

Para  todos os  coagulantes  testados,  sempre  foi empregada a  rotação máxima possibilitada pelas pás (faixa de  185  a  195  rpm)  do  equipamento  e que permitia  controle do nível  de  água nos  jarros  sem “espirrar” água para fora da zona de mistura. Quanto ao tempo de mistura rápida, foi pré‐fixado valor de 1 minuto; alguns testes preliminares com 45 segundos não mostraram melhoria no desempenho do tratamento de bancada para os coagulantes testados. 

5.5.1.2 Mistura lenta

As  rotações das pás  foram variadas em alguns  testes preliminares, e verificou‐se que bons  resultados podiam ser obtidos de duas  formas: a rotação poderia ser um único valor ou escalonada ao  longo do tempo de floculação (velocidades sendo variadas para baixo a cada intervalo de tempo cujo total era o tempo  de  floculação).  O  tempo  total  de  floculação  foi  variado  de  20  a  50 minutos  e  chegou‐se  à conclusão que 30 minutos parecia ser o melhor. Tempos menores não foram tão bons e tempos maiores não fizeram diferença. 

5.5.1.3 Sedimentação

O tempo de sedimentação nos jarros foi pré‐fixado em 30 minutos, recomendável para águas brutas de baixa  turbidez e alta cor aparente. Para águas brutas com  turbidez  relativamente elevada e baixa cor aparente, o tempo de 20 minutos pode ser adequado. 

O Quadro 5.4 apresenta a conversão de rotações por minuto  (rpm) para gradientes de velocidade  (G, em segundos‐1) para o equipamento de Jar Testes. 

Quadro 5.5 – Gradientes de Velocidades (G) para Jar Testes

Rotação das Pás  (rpm) 

Velocidade  (m/s) 

Potência Efetiva  

(N x m/s = J/s) 

G (s‐1) 

Rotação das Pás  (rpm) 

Velocidade  (m/s) 

Potência Efetiva  

(N x m/s = J/s) 

G (s‐1) 

200  0,79  0,6527  571  50  0,2  0,0102  71 

190  0,75  0,5596  529  45  0,18  0,0074  61 

180  0,71  0,4758  488  40  0,16  0,0052  51 

160  0,63  0,3342  409  35  0,14  0,0035  42 

120  0,47  0,1410  266  30  0,12  0,0022  33 

100  0,39  0,0816  202  25  0,10  0,0013  25 

80  0,31  0,0418  145  20  0,08  0,0007  18 

60  0,24  0,0176  94  15  0,06  0,0003  12 

55  0,22  0,0136  82  10  0,04  0,0001  6 

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5.5.2 RESULTADOS DE TEMPO SECO

5.5.2.1 Sulfato de Alumínio (SA)

Obteve‐se  melhores  eficiências  de  remoção  de  cor  aparente  e  turbidez  (no  máximo  90%  e  85%, respectivamente) com mistura lenta escalonada (três velocidades – 50, 35 e 20 rpm ‐ em 20 minutos) do que  com  uma  única  velocidade  (55  rpm  em  20 minutos).  Adicionalmente,  a  dose  de  SA  para  bons resultados  pode  ser  substancialmente menor  (20 mg/L  ao  invés  de  30 mg/L)  com  a mistura  lenta escalonada. O floco formado não é tão resistente quanto o floco resultante formado com sal de ferro. 

Quanto à remoção de partículas na faixa granulométrica de 2 a 40 µm, para doses suficientemente altas (em torno de 20 mg/L) a remoção máxima foi de 99 % ou, alternativamente, a menor concentração de partículas ficou em torno de 2.000/10 mL. 

O pH ótimo de  coagulação esteve na  faixa 6,6 a 6,8, desde que a dose  fosse adequada. O pH ótimo teórico  (faixa de 5,8 a 6,2) não  foi  tão efetivo; uma hipótese que explica  tal  fenômeno é que em pH abaixo de 6,0 a remoção de matéria orgânica natural por incorporação ao floco formado é maximizada e isto torna o mesmo menos denso e com potencial para flotar no decantador. No entanto, a faixa ótima teórica para SA sempre pode funcionar bem na escala piloto ou em uma ETA real. 

5.5.2.2 Sulfato Férrico (SF)

Com este coagulante, a remoção de cor aparente é um pouco dificultada, em vista o  impacto negativo exercido pelo mesmo. As melhores remoções de cor aparente e turbidez foram ambas de 85%. 

O escalonamento da mistura lenta em duas ou três etapas ao invés de uma única pareceu proporcionar a redução da chamada dose ótima de coagulação. 

O  pH  ótimo  de  coagulação  com  as menores  doses  que  foram  efetivas  esteve  nas  faixas  5,7  a  6,0 (centrado  em  5,8)  e  6,5  a  6,7.  A  primeira  é  recomendada  normalmente  e  defendida  pela  teoria, enquanto que a segunda faixa funcionou bem na remoção de cor aparente e turbidez, porém com doses significativamente maiores que a primeira. A primeira faixa pode remover mais matéria orgânica que a segunda, porém o floco resultante é mais leve que na segunda. O fato de haver duas faixas trabalháveis de  pH  representa  uma  importante  vantagem  operacional  na  prática  do  SF  sobre  os  outros  dois coagulantes testados em bancada. 

Quanto à remoção de partículas na  faixa granulométrica de 2 a 40 µm, para doses na  faixa de 8 a 20 mg/L, a remoção máxima foi de 96% ou, alternativamente, a menor concentração de partículas ficou em torno de 1.300/10 mL. 

5.5.2.3 Policloreto de Alumínio (PAC)

Um fato digno de nota é que as doses ótimas foram as mais baixas dentre os três coagulantes testados (4 a 7 mg/L, em comparação com doses ótimas típicas na faixa de 15 a 25 mg/L para sulfato férrico e sulfato  de  alumínio).  As melhores  remoções  de  cor  aparente  e  de  turbidez  foram  de  92%  e  88%, respectivamente. 

O pH ótimo esteve na faixa estreita de 6,6 a 6,8. 

Quanto à  remoção de partículas na  faixa granulométrica de 2 a 40 µm, para doses na  faixa de 4 a 7 mg/L, a remoção máxima foi de 98% ou, alternativamente, a menor concentração de partículas ficou em torno de 1.100/10 mL. 

As Figuras 5.2 a 5.4 a seguir apresentam as médias de cinco melhores resultados de remoção obtidos com os Testes de Jarros (Jar Testes, nos Quadros 5.6 a 5.11) com as águas brutas de tempo seco. 

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Figura 5.2 – Resultados de Melhor Remoção / Água Bruta P4 - Tempo Seco

Comparação da eficiência dos coagulantes para P4 seco

85%82%

94%

73%

97%

93%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

      PAC       6,6<pH<6,8  

5<mg/L<6

        SF        5,8<pH<6,3

10<mg/L<30

        SA        6,6<pH<6,8

15<mg/L<30

Rem

oção relativa

Turbidez Cor Partículas 

Obs.: A deficiência de dados para este ponto é devido à falta de equipamento e erro experimental 

Figura 5.3 – Resultados de Melhor Remoção / Água Bruta P5 – Tempo Seco

Comparação da eficiência dos coagulantes para P5 seco

89%

81%

89%

95%

83%

93%

57%

93%

88%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

      PAC       6,6<pH<6,8  

5<mg/L<6

        SF        5,8<pH<6,3

10<mg/L<30

        SA        6,6<pH<6,8

15<mg/L<30

Rem

oção relativa

Turbidez Cor Partículas 

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Figura 5.4 – Resultados de Melhor Remoção / Água Bruta P6 – Tempo Seco

Comparação da eficiência dos coagulantes para P6 seco

84%84%85%

92%

98%

76%

82%

92%95%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

      PAC       6,6<pH<6,8  

5<mg/L<7,5

        SF        5,8<pH<6,3

7,5<mg/L<10

        SA        6,6<pH<6,8

13<mg/L<30

Rem

oção relativa

Turbidez Cor Partículas 

As  Figuras  5.2  a  5.4 mostram  que  PAC  normalmente  foi  o  coagulante  com melhores  resultados  de eficiências de remoção de turbidez, cor aparente e partículas dentre os testados. 

PAC  foi o melhor em dois dos  três quesitos para P5 e P6  (eficiências de  remoção de  cor e  turbidez), tendo sido o SF o coagulante de melhor eficiência de remoção de partículas. Com relação à tratabilidade de P4, o  coagulante de melhor eficiência de  remoção de  turbidez  foi SA e o de melhor eficiência de remoção de partículas foi SF. 

Cabe ainda notar que as dosagens ótimas de PAC  foram  substancialmente menores que as dosagens ótimas dos outros coagulantes. 

5.5.3 RESULTADOS DE TEMPO ÚMIDO

5.5.3.1 Sulfato de Alumínio (SA)

As  doses  de  coagulante  tenderam  a  aumentar  em  relação  às  doses  de  tempo  seco,  o  que  é normalmente esperado. O escalonamento da mistura lenta em três a quatro etapas (rotações desde 55 a  20  rpm)  foi  benéfico  (particularmente  na  remoção  de  cor  aparente),  porém  uma  única  rotação reduzida de mistura lenta (20 rpm) também foi benéfica (particularmente na remoção de turbidez).  

As melhores eficiências de remoção de cor aparente e turbidez foram de 90% e 92%, respectivamente. As doses ótimas foram tipicamente a partir de 20 mg/L. 

Duas faixas ótimas de pH foram verificadas: 6,6 a 6,8 (parece ser a melhor para remoção de turbidez) e 5,8  a  6,1  (parece  ser  a  melhor  para  remoção  de  cor  aparente,  quando  a  dose  de  coagulante  é adequada). 

Quanto à remoção de partículas na faixa granulométrica de 2 a 40 µm, para dose de 25 mg/L, a remoção foi de 95% e a concentração de partículas ficou em torno de 3.600/10 mL. Os resultados de contagens para este coagulante com a adição de um auxiliar  (0,1 mg/L de poliamina catiônica)  infelizmente não puderam ser obtidos devido a problema com o contador de partículas. 

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Obs.:  doses  de  8  a  20 mg/L  na  coagulação  de  água  bruta  do  ponto  P5  com  a  adição  de  poliamina catiônica  como  auxiliar  de  coagulação  conduziram  a  bons  resultados  de  remoção  de  cor  aparente  e turbidez. 

5.5.3.2 Sulfato Férrico (SF)

O  escalonamento  da mistura  lenta  pode  conduzir  a  bons  resultados  de  remoção  de  cor  aparente  e turbidez, porém o não‐escalonamento (uma única rotação de mistura – variada de 35 a 55 rpm) também pode  conduzir a bons  resultados de  remoção. Com  relação a estes dois valores de  rotação, o menor parece  favorecer  a  remoção  de  cor  aparente,  enquanto  o  maior  parece  favorecer  a  remoção  de turbidez. 

As melhores eficiências de remoção de cor aparente e turbidez foram 94% e 95%, respectivamente. 

A faixa ótima de pH foi de 5,8 a 6,2, para dosagens ótimas de 20 a 27,5 mg/L. 

Quanto à remoção de partículas na faixa granulométrica de 2 a 40 µm, para dose de 25 mg/L a remoção máxima  foi  de  98%  ou,  alternativamente,  a  menor  concentração  de  partículas  ficou  em  torno  de 2.100/10 mL. Para dose de 18‐20 mg/L e adição de poliamina catiônica (0,1 mg/L), a remoção foi de 98% porém a concentração de partículas caiu para 1.000/10 mL. 

Obs.: a adição de auxiliar de coagulação  (poliamina catiônica)  levou a uma pequena  redução na dose ótima de coagulante, mas não influenciou a remoção de partículas. 

5.5.3.3 Policloreto de Alumínio (PAC)

As doses ótimas foram as mais baixas dentre os coagulantes testados, ficando na faixa de 12 a 16 mg/L. As maiores eficiências de  remoção de cor aparente e  turbidez  foram de 98% e 95%,  respectivamente (escalonamento da mistura lenta em três etapas). 

O escalonamento da mistura lenta (de uma para quatro e cinco etapas, com rotação decrescente de 65 a 30 rpm)  foi benéfico para as remoções de cor aparente e turbidez – a mudança de uma etapa para quatro e cinco etapas fez as eficiências subirem de 90% para 96% e de 91% para 93%, respectivamente para remoção de cor aparente e turbidez. 

Quanto à remoção de partículas na faixa de 2 a 40 µm, para doses na faixa de 12 a 16 mg/L, a remoção máxima  foi na  faixa 98,5% a 99% ou, alternativamente, a menor  concentração de partículas  ficou na faixa  de  800  a  1.100/10  mL.  A  adição  de  auxiliar  (0,1  mg/L  de  poliamina  catiônica)  melhorou ligeiramente  a  remoção  de  partículas,  que  neste  caso  foi  a mais  eficaz  dentre  os  três  coagulantes testados. 

Obs.: a adição de poliamina  catiônica  como auxiliar de  coagulação por PAC  resultou em  remoção de partículas  ligeiramente maior  do  que  na  situação  de mesma  dose  de  PAC  sem  auxiliar,  porém  não possibilitou redução da dose ótima de coagulante. 

As Figuras 5.5 a 5.7 a seguir apresentam as médias de cinco melhores resultados de remoção obtidos com os Testes de Jarros (Jar Testes, nos Quadros 5.6 a 5.11) com as águas brutas de tempo úmido. 

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Figura 5.5 – Resultados de Melhor Remoção / Água Bruta P4 – Tempo Úmido

Comparação da eficiência dos coagulantes para P4 úmido

95% 94%

91%91%

94%

98%

92%

98% 98%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

      PAC      6,6<pH<6,8

12<mg/L<16

        SF        5,8<pH<6,3

25<mg/L<30

        SA        6,6<pH<6,8

15<mg/L<30

Rem

oção relativa

Turbidez Cor Partículas 

Figura 5.6 – Resultados de Melhor Remoção / Água Bruta P5 – Tempo Úmido

Comparação da eficiência dos coagulantes para P5 úmido

89% 89%91%

93%

85%

94% 95%97%97%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

      PAC      6,6<pH<6,8

12<mg/L<16

        SF        5,8<pH<6,3

20<mg/L<25

        SA        6,6<pH<6,8

15<mg/L<30

Rem

oção relativa

Turbidez Cor Partículas 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

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Figura 5.7 – Resultados de Melhor Remoção / Água Bruta P6 - Tempo Úmido

Comparação da eficiência dos coagulantes para P6 úmido

90%

84%84% 85%

96%92% 92%

88%

98%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

      PAC      6,6<pH<6,8

14<mg/L<16

        SF        5,8<pH<6,3

16<mg/L<28

        SA        6,6<pH<6,8

20<mg/L<25

Rem

oção relativa

Turbidez Cor Partículas 

As  Figuras  5.5  a  5.7 mostram  que  PAC  normalmente  foi  o  coagulante  com melhores  resultados  de eficiências de remoção de turbidez, cor aparente e partículas dentre os testados.  

O  PAC  foi  o melhor  em  todos  os  quesitos  para  P4  e  P6  (eficiências  de  remoção  de  cor,  turbidez  e partículas).  Com  relação  à  tratabilidade  de  P5,  o  coagulante  de  melhor  eficiência  de  remoção  de turbidez e cor aparente foi SA e o de melhor eficiência de remoção de partículas foi novamente PAC. 

Cabe ainda notar que as dosagens ótimas de PAC  foram significativamente menores que as dosagens ótimas dos outros coagulantes. 

5.5.4 RESUMO DOS MELHORES RESULTADOS DE JAR TESTES – TEMPO SECO E TEMPO ÚMIDO

Os Quadros 5.6 a 5.11 apresentam os ensaios de Jar Testes com os resultados de melhor remoção em função do número do jarro. 

As lacunas nos quadros a seguir foram quase sempre devidas a não‐disponibilidade (ND) do contador de partículas por problemas  técnicos, e em alguns poucos  casos  foram oriundas de  lapsos ou descuidos experimentais com relação às determinações laboratoriais. 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     99 

Quadro 5.6 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P4, período seco

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Volume  pH  Vol. pH  Turbidez  Cor Partículas  Cor Turbidez  Partículas  Turbidez  Cor  Partículas P4  Jarro 

mg/L  mL  desejado  mL  ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU  Total  2 a 4 pH 

NTU  UC  Total  2 a 4 

SF 1  2  20,0  8,0  5,5 ‐ 6,0  3,00 5,75 0,42    1895,7  1022,7    3,2  70691  42465  7  87%  ND  97%  98% 

SF 2  2  20,0  8,0  5,5‐6,0  3,00 5,69 0,45          2,7      6,99  83%  ND  ND  ND 

SF 3  2  10,0  4,0  5,5‐6,0  0,50 5,72 0,44        2,7  6,99        94%  100%  ND  ND 

SF 3  3  15,0  6,0  5,5‐6,0  2,00 5,89 0,40        2,7  6,99        94%  100%  ND  ND 

SA 4  3  40,0  16,0  5,5‐6,0  4,50 6,12 0,48  5      28        6,87  ND  82%  ND  ND 

SA 4  6  40,0  16,0  6,5‐7,0  7,0  6,83 0,38  5      28        6,87  ND  82%  ND  ND 

PAC 5  1  5,0  1,0      6,75 0,32    5153  2614,7    1,68  42985  30219  6,7 ‐ 6,8  81%  ND  88%  91% 

PAC 5  2  8,0  1,6      6,70 0,28    701,33  398,67    1,68  42985  30219  6,7 ‐ 6,8  83%  ND  98%  99% 

PAC 6  1  6,0  1,2  5,7 ‐ 6,0  0,40 5,32 0,45    1895,7  1876,7    1,78  42985  30219  6,7 ‐ 6,8  75%  ND  96%  94% 

PAC 7  1  5,0  1,0  5,6 ‐ 6,6  0,20 5,31 0,25    1845  1041    1,78  42985  30219  6,7 ‐ 6,8  86%  ND  96%  97% 

PAC 7  2  5,0  1,0  5,6 ‐ 6,6  0,10 5,32 0,45          1,78      6,7 ‐ 6,8  75%  ND  ND  ND 

PAC 7  3  6,0  1,2  5,6 ‐ 6,6  0,20 5,31 0,30    665,33  425    1,78  42985  30219  6,7 ‐ 6,8  83%  ND  98%  99% 

PAC 7  4  6,0  1,2  5,6 ‐ 6,6  0,10 5,31 0,29    1113  615    1,78  42985  30219  6,7 ‐ 6,8  84%  ND  97%  98% 

SA 9  5  25,0  10,0  6,5 ‐ 7,0  4,5  6,95 0,31  10        2,7      6,87  89%  ND  ND  ND 

SA 9  6  30,0  12,0  6,5 ‐ 7,0  5,0  6,80 0,43  5        2,7      6,87  84%  ND  ND  ND 

PAC 10  1  6,0  1,2  5,7 ‐ 6,3  0,20 6,36 0,26  2  5291,7  2675  24  1,78  47144  34577  6,78  85%  92%  89%  92% 

PAC 10  3  6,0  1,2  5,7 ‐ 6,3  0,20 6,22 0,39  3  7162  3938  24  1,78  47144  34577  6,78  78%  88%  85%  89% 

SA 15  1  10,0  4,0  6,7 ‐ 7,0  2,0  6,59 0,41        28  1,54      6,87  73%  100%  ND  ND 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     100 

Quadro 5.7 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P5, período seco

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Vol.  pH  Vol.  pH  Turb. Cor  Partículas  Cor  Turb.  Partículas  Turb.  Cor  Partículas P5  Jarro 

mg/L  mL  alvo  mL  ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU  Total  2 a 4 pH 

NTU  UC  Total  2 a 4 

PAC 11  2  6,0  1,2  5,7 ‐ 6,2  0,00  6,57  0,33  4  3324  1605  47  3,9  59458  39929  6,83 92%  91%  94%  96% 

PAC 11  4  6,0  1,2  5,7 ‐ 6,2  0,40  6,28  0,50  8      47  3,9      6,83 87%  83%  ND  ND 

PAC 11  5  5,0  1,0  5,7 ‐ 6,2  0,30  6,36  0,50  3  5193  2536  47  3,9  59458  39929  6,83 87%  94%  91%  94% 

SA 16  3  20,0  8,0  6,3‐6,7  2,5  6,81  0,40    3911  1417  28  1,54  59458  39929  6,87 74%  ND  93%  96% 

SA 16  4  25,0  10,0  6,3‐6,7  3,6  6,87  0,45    4789  1912  28  1,54  59458  39929  6,87 71%  ND  92%  95% 

SA 16  5  30,0  12,0  6,3‐6,7  4,5  6,95  0,44    6437  2601  28  1,54  59458  39929  6,87 71%  ND  89%  93% 

PAC 18  4  6,0  1,2  5,7 ‐ 6,2  0,6  6,01  0,48  9  4520  1516  40  2,08  32812  21328  6,99 77%  78%  86%  93% 

SA 19  6  40,0  16,0  5,7 ‐ 6,2  5,0  6,76  0,40  8  5772  2701    2,04  27317  16935  6,99 80%  ND  79%  84% 

SA 20  2  15,0  6,0  5,7 ‐ 6,2  2,5  6,59  0,40  2  2559  1497    2,04  27317  16935  6,99 80%  ND  91%  91% 

SA 20  3  20,0  8,0  5,7 ‐ 6,2  4,5  6,60  0,35  2  1589  773    2,04  27317  16935  6,99 83%  ND  94%  95% 

SA 21  2  17,5  7,0  6,7 ‐ 7,1  2,5  6,68  0,47  2  4794  3036  27  2,04  27317  16935  6,99 77%  93%  82%  82% 

SA 21  3  20,0  8,0  6,7 ‐ 7,1  3,0  6,67  0,45  5  3224  1952  27  2,04  27317  16935  6,99 78%  81%  88%  88% 

SA 21  4  22,5  9,0  6,7 ‐ 7,1  3,8  6,71  0,35  5  3593  2252  27  2,04  27317  16935  6,99 83%  81%  87%  87% 

SA 21  5  27,5  11,0  6,7 ‐ 7,1  4,5  6,76  0,33  3  4064  2723  27  2,04  27317  16935  6,99 84%  89%  85%  84% 

SA 21  6  30,0  12,0  6,7 ‐ 7,1  5,0  6,66  0,36  2  3196  2062  27  2,04  27317  16935  6,99 82%  93%  88%  88% 

SA 22  2  25,0  10,0  6,50  3,5  6,38  0,46  8      27  2,04      6,99 77%  70%  ND  ND 

SA 22  3  30,0  12,0  6,50  4,4  6,47  0,46  7      27  2,04      6,99 77%  74%  ND  ND 

SA 22  4  20,0  8,0  7,00  3,5  6,69  0,36  7  3568  2345  27  2,04  27317  16935  6,99 82%  74%  87%  86% 

SA 22  5  25,0  10,0  6,70  4,2  6,67  0,47  6      27  2,04      6,99 77%  78%  ND  ND 

SA 22  6  30,0  12,0  7,00  5,0  6,56  0,37  6  2337  1431  27  2,04  27317  16935  6,99 82%  78%  91%  92% 

SF 23  1  10,0  4,0  5,7‐6,0  1,0  6,08  0,35  13  2369  1173  27  2,04  34235  20706  6,87 83%  52%  93%  94% 

SF 23  2  20,0  8,0  5,7‐6,0  4,0  5,99  0,32  11  1943  669  27  2,04  34235  20706  6,87 84%  59%  94%  97% 

SF 23  3  30,0  12,0  5,7‐6,0  8,0  6,37  0,38  10  2089  795  27  2,04  34235  20706  6,87 81%  63%  94%  96% 

SF 23  5  20,0  8,0  6,3‐6,7  5,5  6,54  0,31  9  918,7  448  27  2,04  34235  20706  6,87 85%  67%  97%  98% 

SF 23  6  30,0  12,0  6,3‐6,7  9,5  6,61  0,28  13  1301  586  27  2,04  34235  20706  6,87 86%  52%  96%  97% 

SF 24  2  10,0  4,0  5,7‐6,0  0,8  5,77  0,34  13  1381  681  27  2,04  34235  20706  6,87 83%  52%  96%  97% 

SF 24  3  15,0  6,0  5,7‐6,0  2,5  5,97  0,36  12  1191  432  27  2,04  34235  20706  6,87 82%  56%  97%  98% 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     101 

Quadro 5.7 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P5, período seco (cont.)

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Vol.  pH  Vol.  pH  Turb. Cor  Partículas  Cor  Turb.  Partículas  Turb.  Cor  Partículas P5  Jarro 

mg/L  mL  alvo  mL  ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU  Total  2 a 4 pH 

NTU  UC  Total  2 a 4 

SF 25  3  10,0  4,0  5,5‐6,0  0,7  5,92  0,35  11  1591  804  27  2,04  34235  20706  6,87 83%  59%  95%  96% 

SF 26  3  10,0  4,0  5,7‐6,0  0,6  5,67  0,46  19  2772  2131  36  2,22  34235  20706  6,87 79%  47%  92%  90% 

SF 27  2  15,0  6,0  5,7‐6,3  3,0  6,04  0,32  14  1007  392  32  2  30576  18106  6,88 84%  56%  97%  98% 

SF 27  3  20,0  8,0  5,7‐6,3  4,0  5,80  0,38  15  1293  519  32  2  30576  18106  6,88 81%  53%  96%  97% 

SF 27  5  15,0  6,0  6,3‐6,8  3,5  6,41  0,43  14  872,3  420  32  2  30576  18106  6,88 79%  56%  97%  98% 

SF 27  6  20,0  8,0  6,3‐6,8  5,0  6,38  0,36  10  818,7  300  32  2  30576  18106  6,88 82%  69%  97%  98% 

SF 28  5  6,0  1,2  5,7‐6,2  3,5  6,10  0,36  11  2479  1453  20  1,82  30576  18106  6,95 80%  45%  92%  92% 

SF 28  6  6,5  1,3  5,7‐6,2  5,0  6,11  0,42  4  3111  1798  20  1,82  30576  18106  6,95 77%  80%  90%  90% 

PAC 29  3  6,0  1,2  6,6 ‐ 6,8  0,0  6,68  0,45  8      28  2,1      7  79%  71%  ND  ND 

PAC 30  1  6,0  1,2  6,6 ‐ 6,8  0,0  6,81  0,35  11      33  2,8      6,95 88%  67%  100%  ND 

PAC 30  2  6,5  1,3  6,6 ‐ 6,8  0,0  6,74  0,36  8      33  2,8      6,95 87%  76%  100%  ND 

PAC 30  3  7,0  1,4  6,6 ‐ 6,8  0,0  6,78  0,42  8      33  2,8      6,95 85%  76%  100%  ND 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     102 

Quadro 5.8 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P6, período seco

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Volume  pH  Volume pH  Turbidez Cor  Partículas  Cor  Turbidez Partículas  Turbidez Cor  Partículas P6  Jarro

mg/L  mL  desejado  mL  ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU pH 

Total  2 a 4  NTU  UC  Total  2 a 4 

SF 31  5  7,5  3,0  ‐  ‐  5,87  0,35  5  1944,3  865,6  26  2,56  7,2  52251  34560  86%  81%  96%  97% 

SF 31  6  8,8  3,5  ‐  ‐  5,16  0,41  8  2087  1241,7  26  2,56  7,2  52251  34560  84%  69%  96%  96% 

SF 33  5  8,8  3,5  5,6 ‐ 5,7  0,6  5,78  0,44  9  2575,3  1538,6  31  2,3  6,67  47179  28461  81%  71%  95%  95% 

SF 34  3  7,5  3,0  5,70  0,2  5,82  0,49  15  2654,3  1132,3  31  2,3  6,67  47179  28461  79%  ND  94%  96% 

SF 34  4  8,8  3,5  5,60  0,4  5,50  0,41  12  2315,3  1223  31  2,3  6,67  47179  28461  82%  ND  95%  96% 

SF 34  5  8,8  3,5  5,70  0,5  5,73  0,45  14  4470,7  2066,7  31  2,3  6,67  47179  28461  80%  ND  91%  93% 

SF 34  6  10,0  4,0  5,70  1,1  5,74  0,41  11  2590,3  1181,6  31  2,3  6,67  47179  28461  82%  65%  95%  96% 

SF 35  2  7,5  3,0  5,6 ‐ 5,8  0,2  5,81  0,48  15  2754  123  31  2,3  6,67  47179  28461  79%  52%  94%  100% 

SF 35  4  8,8  3,5  5,6 ‐ 5,8  0,5  5,73  0,46  14  2631  1926,7  31  2,3  6,67  47179  28461  80%  55%  94%  93% 

SF 35  5  10,0  4,0  5,6 ‐ 5,8  1,0  5,78  0,49  14  2987,7  2151,7  31  2,3  6,67  47179  28461  79%  55%  94%  92% 

SF 35  6  10,0  4,0  5,6 ‐ 5,8  1,1  5,80  0,49  17  2867  2119,7  31  2,3  6,67  47179  28461  79%  45%  94%  93% 

SA 36  6  30,0  12,0  5,6 ‐ 5,8  4,0  6,40  0,47  13      32  2,07  6,92      77%  59%  ND  ND 

SA 37  6  35,0  14,0  5,6 ‐ 5,8  5,0  6,68  0,41  10      32  2,07  6,92      80%  69%  ND  ND 

PAC 38 1  5,0  1,0  6,6 ‐ 6,8  ‐  6,71  0,35  0  5083,7  3922,7  20  2,48  7,07  30269  18488  86%  100% 83%  79% 

PAC 38 2  7,0  1,4  6,6 ‐ 6,8  ‐  6,72  0,39  1  5895,3  4247,6  20  2,48  7,07  30269  18488  84%  95%  81%  77% 

PAC 39 1  7,5  1,5  6,6 ‐ 6,8  ‐  6,79  0,39  13  1540  1138,3  20  2,48  7,07  30269  18488  84%  35%  95%  94% 

PAC 39 2  7,0  1,4  6,6 ‐ 6,8  ‐  6,72  0,34  10  1025,7  749,37  20  2,48  7,07  30269  18488  86%  50%  97%  96% 

PAC 39 3  6,5  1,3  6,6 ‐ 6,8  ‐  6,73  0,34  15  1152,3  852,3  20  2,48  7,07  30269  18488  86%  25%  96%  95% 

PAC 39 4  6,0  1,2  6,6 ‐ 6,8  ‐  6,78  0,31  13  1927,7  1400,4  20  2,48  7,07  30269  18488  88%  35%  94%  92% 

PAC 39 5  5,5  1,1  6,6 ‐ 6,8  ‐  6,79  0,33  14  2949  2138,3  20  2,48  7,07  30269  18488  87%  30%  90%  88% 

PAC 39 6  5,0  1,0  6,6 ‐ 6,8  ‐  6,76  0,37  14  3938,3  3010,3  20  2,48  7,07  30269  18488  85%  30%  87%  84% 

SA 41  4  25,0  10,0  6,6‐6,8  3,8  6,38  0,49  13  5277,7  3378,4  37  2,25  6,59  35234  22195  78%  65%  85%  85% 

SA 41  5  30,0  12,0  6,6‐6,8  4,5  6,44  0,46  14      37  2,25  6,59      80%  62%  ND  ND 

SA 42  2  15,0  6,0  6,5 ‐ 6,7  2,5  6,74  0,38  14  3291,7  2311  37  2,25  6,59  35234  22195  83%  62%  91%  90% 

SA 42  3  20,0  8,0  6,5 ‐ 6,7  3,5  6,82  0,39  14  3336  2413,7  37  2,25  6,59  35234  22195  83%  62%  91%  89% 

SA 42  4  25,0  10,0  6,5 ‐ 6,7  4,3  6,73  0,36  13  2282,7  1156,4  37  2,25  6,59  35234  22195  84%  65%  94%  95% 

SA 42  5  30,0  12,0  6,5 ‐ 6,7  5,0  6,69  0,36  13  2455,7  1239,7  37  2,25  6,59  35234  22195  84%  65%  93%  94% 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     103 

Quadro 5.8 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P6, período seco (continuação)

Coagulante Alcalinizante

NaOH 0,1 M Água Decantada Água Bruta Remoção Relativa

Conc. Volume pH Volume pH Turbidez Cor Partículas Cor Turbidez Partículas Turbidez Cor Partículas P6 Jarro

mg/L mL desejado mL - NTU UC Total 2 a 4 UC NTU pH

Total 2 a 4 NTU UC Total 2 a 4

SA 42  6  35,0  14,0  6,5 ‐ 6,7  5,5  6,53  0,37  12  1332,7  689,03  37  2,25  6,59  35234  22195  84%  68%  96%  97% 

SA 43  4  12,5  5,0  6,5‐6,7  1,7  6,61  0,45  14  2416,3  1451  37  2,25  6,59  35234  22195  80%  62%  93%  93% 

SA 43  5  15,0  6,0  6,5‐6,7  2,3  6,73  0,40  14  2129,3  1465,3  37  2,25  6,59  35234  22195  82%  62%  94%  93% 

SA 43  6  17,5  7,0  6,5‐6,7  3,0  6,78  0,45  12  1956,7  1343  37  2,25  6,59  35234  22195  80%  68%  94%  94% 

SA 44  1  17,5  7,0  6,6‐6,8  2,7  6,96  0,40  14  3160,7  1891  37  2,25  6,59  37559  23612  82%  62%  92%  92% 

SA 44  2  20,0  8,0  6,6‐6,8  3,2  6,86  0,41  14  3324,3  1620,3  37  2,25  6,59  37559  23612  82%  62%  91%  93% 

SA 44  3  22,5  9,0  6,6‐6,8  3,8  6,83  0,37  16  2456  1471,3  37  2,25  6,59  37559  23612  84%  57%  93%  94% 

SA 44  4  25,0  10,0  6,6‐6,8  4,3  6,85  0,44  14  2197,7  1088,4  37  2,25  6,59  37559  23612  80%  62%  94%  95% 

SA 44  5  27,5  11,0  6,6‐6,8  4,8  6,81  0,37  13  2146,3  1141,6  37  2,25  6,59  37559  23612  84%  65%  94%  95% 

SA 44  6  30,0  12,0  6,6‐6,8  5,2  6,72  0,30  14  1898  897  37  2,25  6,59  37559  23612  87%  62%  95%  96% 

SA 45  3  13,0  5,2  6,6‐6,8  2,3  6,72  0,42  2  2841,3  2000  26  2,85  6,58  37559  23612  85%  92%  92%  92% 

SA 45  4  13,0  5,2  6,6‐6,8  2,3  6,50  0,38  8  2228,7  1354  26  2,85  6,58  37559  23612  87%  69%  94%  94% 

SA 45  5  13,0  5,2  6,6‐6,8  2,3  6,81  0,40  14  1789,3  1288,6  26  2,85  6,58  37559  23612  86%  46%  95%  95% 

SA 45  6  13,0  5,2  6,6‐6,8  2,3  6,84  0,33  13  3038  2209,3  26  2,85  6,58  37559  23612  88%  50%  92%  91% 

SA 46  5  20,0  8,0  6,7‐6,8  3,2  6,79  0,48  2  3180  1505  26  2,85  6,58  37559  23612  83%  92%  92%  94% 

SA 46  6  20,0  8,0  6,7‐6,8  3,2  6,74  0,42  0  2350,7  896,4  26  2,85  6,58  37559  23612  85%  100% 94%  96% 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     104 

Quadro 5.9 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P4, período úmido

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Volume  pH  Volume  pH  Turbidez  Cor Partículas  Cor  Turbidez  Partículas  Turbidez  Cor  Partículas P4  Jarro 

mg/L  mL  desejado  mL  ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU pH 

Total  2 a 4  NTU  UC  Total  2 a 4 

PAC 49  2  10,0  2,0  6,6 ‐ 6,8  0,5  6,58 0,65  9  3646  1552,3 80  9,51  7,09 69783  38976  93%  89%  95%  96% 

PAC 50  2  10,0  2,0  6,6 ‐ 6,8  0,7  6,65 0,62  8  3329  1643,7 97  9,67  6,65 69783  38976  94%  92%  95%  96% 

PAC 50  3  12,0  2,4  6,6 ‐ 6,8  0,8  6,62 0,60  7  2356,7 1136  97  9,67  6,65 69783  38976  94%  93%  97%  97% 

PAC 50  5  16,0  3,2  6,6 ‐ 6,8  1,1  6,55 0,60  4  1273  800,33 97  9,67  6,65 69783  38976  94%  96%  98%  98% 

PAC 51  2  12,0  2,4  6,6 ‐ 6,8  1,0  6,65 0,61  5  3075,3 1483,3 97  9,67  6,65 69783  38976  94%  95%  96%  96% 

PAC 51  3  14,0  2,8  6,6 ‐ 6,8  1,2  6,69 0,60  5  2661,3 1362,6 97  9,67  6,65 69783  38976  94%  95%  96%  97% 

PAC 51  4  16,0  3,2  6,6 ‐ 6,8  1,4  6,75 0,65  3  1800  1007,7 97  9,67  6,65 69783  38976  93%  97%  97%  97% 

SF 52  3  30,0  12,0  5,6 ‐ 5,8  6,8  5,97 0,68  7      81  10,06  6,99     93%  91%  ND  ND 

SF 52  6  30,0  12,0  6,5 ‐ 6,8  8,5  6,44 0,57  6      81  10,06  6,99     94%  93%  ND  ND 

SF 53  4  25,0  10,0  5,6 ‐ 5,8  5,3  5,52 0,70  10      81  10,06  6,99     93%  88%  ND  ND 

SF 53  5  27,5  11,0  5,6 ‐ 5,8  5,9  5,59 0,59  8      81  10,06  6,99     94%  90%  ND  ND 

SF 53  6  30,0  12,0  5,6 ‐ 5,8  6,5  5,25 0,68  9      81  10,06  6,99     93%  89%  ND  ND 

SF 54  1  25,0  10,0  5,70  5,5  5,94 0,66  7      81  10,06  6,99     93%  91%  ND  ND 

SF 54  2  27,5  11,0  5,70  6,0  5,79 0,58  10      81  10,06  6,99     94%  88%  ND  ND 

SF 54  3  25,0  10,0  6,00  5,8  5,95 0,61  8      81  10,06  6,99     94%  90%  ND  ND 

SF 54  5  25,0  10,0  6,30  6,1  6,05 0,68  12      81  10,06  6,99     93%  85%  ND  ND 

SF 54  6  27,5  11,0  6,30  6,5  5,90 0,60  7      81  10,06  6,99     94%  91%  ND  ND 

SF 55  3  30,0  12,0  5,7 ‐ 5,8  6,8  6,31 0,52  7      81  10,06  6,99     95%  91%  ND  ND 

SF 55  5  25,0  10,0  6,2 ‐ 6,3  6,5  6,38 0,57  8      81  10,06  6,99     94%  90%  ND  ND 

SF 55  6  30,0  12,0  6,2 ‐ 6,3  8,0  6,39 0,57  7      81  10,06  6,99     94%  91%  ND  ND 

PAC 56  1  12,0  2,4  6,6 ‐ 6,8  1,2  6,63 0,59  2  1215,7 805,03 80  9,51  6,94 77882  45451  94%  98%  98%  98% 

PAC 56  5  14,0  2,8  6,6 ‐ 6,8  1,4  6,68 0,69  1  1810,7 989,37 80  9,51  6,94 77882  45451  93%  99%  98%  98% 

PAC 56  6  16,0  3,2  6,6 ‐ 6,8  1,6  6,62 0,70  2  1902  1080,7 80  9,51  6,94 77882  45451  93%  98%  98%  98% 

PAC 57  3  12,0  2,4  6,7 ‐ 6,8  1,4  6,83 0,40  1  2080  1242  80  9,51  7,09 77882  45451  96%  99%  97%  97% 

PAC 57  4  14,0  2,8  6,7 ‐ 6,8  1,5  6,80 0,46  2  1517,3 853,63 80  9,51  7,09 77882  45451  95%  98%  98%  98% 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     105 

Quadro 5.9 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P4, período úmido (cont.)

Coagulante Alcalinizante

NaOH 0,1 M Água Decantada Água Bruta Remoção Relativa

Conc. Volume pH Volume pH Turbidez Cor Partículas Cor Turbidez Partículas Turbidez Cor Partículas P4 Jarro

mg/L mL desejado mL - NTU UC Total 2 a 4 UC NTU pH

Total 2 a 4 NTU UC Total 2 a 4

PAC 57  5  16,0  3,2  6,7 ‐ 6,8  1,7  6,77 0,35  2  1247  548  80  9,51  7,09 77882  45451  96%  98%  98%  99% 

SA 62 5 25,0 10,0 6,6 - 6,7 4,2 6,81 0,54 8 76 8,55 6,95 94% ND ND ND

SA 62 6 25,0 10,0 6,6 - 6,7 4,2 6,79 0,53 5 76 8,55 6,95 94% ND ND ND

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     106 

Quadro 5.10 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P5, período úmido

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Volume  pH  Volume  pH  Turbidez  Cor Partículas  Cor  Turbidez  Partículas  Turbidez  Cor  Partículas P5  Jarro

mg/L  mL  desejado  mL  ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU pH 

Total  2 a 4  NTU  UC  Total 2 a 4 

SA 69  6  25,0  10,0  6,70  4,4  6,65 0,63  5  4081,3  2293  61  6,72  6,78 76154  51191  91%  92% 95%  96% 

SA 70  6  30,0  12,0  6,70  5,0  6,95 0,54  2  3038  1288  61  6,72  6,78 76154  51191  92%  97% 96%  97% 

PAC 71  1  10,0  2,0  6,6 ‐ 6,7  ‐  6,42 0,58  2  1638,3  1062,63  50  5,07  6,94 62365  40823  89%  96% 97%  97% 

PAC 71  2  14,0  2,8  6,6 ‐ 6,7  1,3  6,48 0,56  2  808,67  523,67  50  5,07  6,94 62365  40823  89%  96% 99%  99% 

PAC 72  4  14,0  2,8  6,6 ‐ 6,7  1,5  6,67 0,53  5  2897,3  1532  50  5,07  6,94 62365  40823  90%  90% 95%  96% 

PAC 73  6  14,0  2,8  6,70  1,2  6,79 0,48  5  2077,3  1028,3  48  4,24  6,63 56711  36327  89%  90% 96%  97% 

SF 74  1  15,0  6,0  5,70  2,4  5,71 0,54  8  1530,3  869,97  48  4,48  6,7  50979  32616  88%  83% 97%  97% 

SF 74  2  20,0  8,0  5,70  3,6  5,60 0,61  10      48  4,48  6,7      86%  79% ND  ND 

SF 74  3  25,0  10,0  5,70  5,0  5,49 0,55  7  1748  812,67  48  4,48  6,7  50979  32616  88%  85% 97%  98% 

SF 74  5  20,0  8,0  6,30  4,8  6,10 0,52  10  1707  983,33  48  4,48  6,7  50979  32616  88%  79% 97%  97% 

SF 74  6  25,0  10,0  6,30  6,2  6,15 0,48  5  1277,3  657,97  48  4,48  6,7  50979  32616  89%  90% 97%  98% 

SF 75  4  20,0  8,0  6,30  4,8  6,22 0,53  11  1410,7  871,7  48  4,48  6,7  50979  32616  88%  77% 97%  97% 

SF 75  5  25,0  10,0  6,30  6,2  6,18 0,51  8  1078,3  563,97  48  4,48  6,7  50979  32616  89%  83% 98%  98% 

SF 75  6  30,0  12,0  6,30  7,2  6,17 0,49  8  1572  836  48  4,48  6,7  50979  32616  89%  83% 97%  97% 

SF POLI 77  1  20,0  8,0  6,00  3,6  5,72 0,65  19  1945,7  1442,03  33  1,96  6,9  16219  10673,7  67%  42% 88%  86% 

SF 77  2  20,0  8,0  6,00  3,8  5,77 0,60  15  1425,3  893,3  33  1,96  6,9  16219  10673,7  69%  55% 91%  92% 

SF 77  3  20,0  8,0  6,00  4,0  5,90 0,58  12  1714  1072  33  1,96  6,9  16219  10673,7  70%  64% 89%  90% 

SF POLI 77  4  18,0  7,2  6,00  3,8  6,12 0,61  13  1844,7  1233,37  33  1,96  6,9  16219  10673,7  69%  61% 89%  88% 

SF 77  5  18,0  7,2  6,00  4,0  6,27 0,59  16  1994  1442,33  33  1,96  6,9  16219  10673,7  70%  52% 88%  86% 

SF POLI 78  1  20,0  8,0  5,8 ‐ 6,0  3,8  5,86 0,50  10  995,33  604,66  33  1,96  6,9  33237  19407  74%  70% 97%  97% 

SF 78  2  20,0  8,0  5,8 ‐ 6,0  3,9  5,90 0,36  11  817,33  420,33  33  1,96  6,9  33237  19407  82%  67% 98%  98% 

SF 78  3  20,0  8,0  5,8 ‐ 6,0  4,0  6,00 0,34  11  934,33  465,66  33  1,96  6,9  33237  19407  83%  67% 97%  98% 

SF POLI 78  4  18,0  7,2  5,8 ‐ 6,0  3,6  6,07 0,38  10  1219,7  661,37  33  1,96  6,9  33237  19407  81%  70% 96%  97% 

SF 78  5  18,0  7,2  5,8 ‐ 6,0  3,8  6,15 0,45  9  932,33  491,33  33  1,96  6,9  33237  19407  77%  73% 97%  97% 

SF 78  6  18,0  7,2  5,8 ‐ 6,0  4,0  6,30 0,50  7  971  615,33  33  1,96  6,9  33237  19407  74%  79% 97%  97% 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     107 

Quadro 5.11 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P6, período úmido

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Vol. pH  Vol pH  Turb. Cor Partículas  Cor  Turb. Partículas  Turb. Cor  Partículas P6  Jarro 

mg/L  mL  alvo  mL ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU pH 

Total  2 a 4  NTU  UC  Tot. 2 a 4 

SF POLI 79  1  18  7,2  5,8 ‐ 6,0 3,4 6,1  0,39  8  3307  853  60  4,6  6,99 94978  56105  92%  87% 97% 98% 

SF 79  2  18  7,2  5,8 ‐ 6,0 3,5 6,04 0,5  8  3918  977  60  4,6  6,99 94978  56105  89%  87% 96% 98% 

SF POLI 79  3  20  8  5,8 ‐ 6,0 3,9 5,93 0,44  8  2803  860  60  4,6  6,99 94978  56105  90%  87% 97% 98% 

SF POLI 79  4  20  8  5,8 ‐ 6,0 4  5,96 0,42  10  3749  1120  60  4,6  6,99 94978  56105  91%  83% 96% 98% 

SF 79  5  24  9,6  5,8 ‐ 6,0 5,4 6  0,37  9  2901  882  60  4,6  6,99 94978  56105  92%  85% 97% 98% 

SF POLI 79  6  24  9,6  5,8 ‐ 6,0 5,5 5,96 0,39  9  2101  914  60  4,6  6,99 94978  56105  92%  85% 98% 98% 

SF POLI 80  1  20,0  8,0  6,00  3,8 5,49 0,52  11  1396  793  60  4,6  6,99 90418  53418  89%  82% 98% 99% 

SF POLI 80  2  20,0  8,0  6,00  3,9 5,52 0,62  10  2678  745  60  4,6  6,99 90418  53418  87%  83% 97% 99% 

SF POLI 80  3  20,0  8,0  6,00  4,0 5,42 0,61  12  1798  830  60  4,6  6,99 90418  53418  87%  80% 98% 98% 

SF 80  4  20,0  8,0  6,00  3,8 5,39 0,48  11  2690  987  60  4,6  6,99 90418  53418  90%  82% 97% 98% 

PAC 81  2  12,0  2,4  6,70  0,6 6,77 0,43  5  6132  1500  51  3,85  6,81 67346  41546  89%  90% 91% 96% 

PAC 81  3  14,0  2,8  6,70  0,6 6,73 0,32  6  2194  864  51  3,85  6,81 67346  41546  92%  88% 97% 98% 

PAC 81  4  10,0  2,0  6,70  0,8 6,91 0,88  17      51  3,85  6,81     77%  67% ND  ND 

PAC 81  5  12,0  2,4  6,70  0,8 6,70 0,38  8  7315  2058  51  3,85  6,81 67346  41546  90%  84% 89% 95% 

PAC 81  6  14,0  2,8  6,70  0,8 6,81 0,44  7  4041  1031  51  3,85  6,81 67346  41546  89%  86% 94% 98% 

PAC 82  1  14,0  2,8  6,70  0,6 6,76 0,52  8  3716  1561  51  3,85  6,81 67346  41546  86%  84% 94% 96% 

PAC 82  2  14,0  2,8  6,70  0,6 6,69 0,44  8  2284  1128  51  3,85  6,81 67346  41546  89%  84% 97% 97% 

PAC 82  3  14,0  2,8  6,70  0,6 6,60 0,36  5  1109  618  51  3,85  6,81 67346  41546  91%  90% 98% 99% 

PAC 82  4  14,0  2,8  6,70  0,6 6,55 0,30  4  1534  892  51  3,85  6,81 67346  41546  92%  92% 98% 98% 

PAC 82  5  14,0  2,8  6,70  0,6   0,22  8  1069  555  51  3,85  6,81 67346  41546  94%  84% 98% 99% 

PAC 82  6  14,0  2,8  6,70  0,6 6,70 0,25  3  1486  710  51  3,85  6,81 67346  41546  94%  94% 98% 98% 

PAC 83  1  12,0  2,4  6,70  0,6 6,90 0,31  7  4879  1047  51  3,85  6,81 67346  41546  92%  86% 93% 97% 

PAC 83  2  13,0  2,6  6,70  0,6 6,77 0,32  7  4917  1181  51  3,85  6,81 67346  41546  92%  86% 93% 97% 

PAC 83  3  14,0  2,8  6,70  0,6 6,70 0,28  6  1778  989  51  3,85  6,81 67346  41546  93%  88% 97% 98% 

PAC 83  4  15,0  3,0  6,70  0,7 6,65 0,30  5  1204  588  51  3,85  6,81 67346  41546  92%  90% 98% 99% 

PAC 83  5  16,0  3,2  6,70  0,7 6,66 0,35  3  768,3  407  51  3,85  6,81 67346  41546  91%  94% 99% 99% 

PAC 83  6  18,0  3,6  6,70  0,8 6,52 0,50  11      51  3,85  6,81     87%  78% ND  ND 

PAC 84  1  12,0  2,4  6,70  0,5 6,67 0,38  3  5222  1204  51  3,85  6,81 67346  41546  90%  94% 92% 97% 

PAC 84  2  13,0  2,6  6,70  0,6 6,65 0,34  5  4720  1503  51  3,85  6,81 67346  41546  91%  90% 93% 96% 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     108 

Quadro 5.11 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P6, período úmido (cont.)

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Vol. pH  Vol pH  Turb. Cor Partículas  Cor  Turb. Partículas  Turb. Cor  Partículas P6  Jarro 

mg/L  mL  alvo  mL ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU pH 

Total  2 a 4  NTU  UC  Tot. 2 a 4 

PAC 84  3  14,0  2,8  6,70  0,6 6,70 0,22  2  1569  764  51  3,85  6,81 67346  41546  94%  96% 98% 98% 

PAC 84  4  15,0  3,0  6,70  0,7 6,80 0,28  4  1130  645  51  3,85  6,81 67346  41546  93%  92% 98% 98% 

PAC 84  5  16,0  3,2  6,70  0,7   0,51  8      51  3,85  6,81     87%  84% ND  ND 

PAC 84  6  18,0  3,6  6,70  0,9   0,50  8      51  3,85  6,81     87%  84% ND  ND 

SA 85  4  19,0  7,6  6,70  2,8 6,52 0,52  11  8612  3572  50  3,27  6,91 63381  40294  84%  78% 86% 91% 

SA 85  5  22,0  8,8  6,70  3,5 6,56 0,56  9      50  3,27  6,91     83%  82% ND  ND 

SA 85  6  25,0  10,0 6,70  4,0 6,54 0,56  6      50  3,27  6,91     83%  88% ND  ND 

SA 86  1  20,0  8,0  6,70  3,2 6,70 0,54  7  7571  2740  50  3,27  6,91 63381  40294  83%  86% 88% 93% 

SA 86  2  22,5  9,0  6,70  3,7 6,66 0,61  8  10044 3713  50  3,27  6,91 63381  40294  81%  84% 84% 91% 

SA 86  3  25,0  10,0 6,70  4,2 6,67 0,44  9  8479  2781  50  3,27  6,91 63381  40294  87%  82% 87% 93% 

SA 86  6  25,0  10,0 6,00  2,6 5,82 0,83  9      50  3,27  6,91     75%  82% ND  ND 

SA POLI 87  1  20,0  8,0  6,00  2,0 6,09 0,62  6  6003  2494  50  3,27  6,91 62724  39342  81%  88% 90% 94% 

SA POLI 87  2  22,5  9,0  6,00  2,4 6,10 0,60  8  6586  2677  50  3,27  6,91 62724  39342  82%  84% 90% 93% 

SA POLI 87  3  25,0  10,0 6,00  2,8 6,09 0,68  8      50  3,27  6,91     79%  84% ND  ND 

SA 87  4  20,0  8,0  6,70  3,2 6,62 0,57  7  8142  2744  50  3,27  6,91 62724  39342  83%  86% 87% 93% 

SA 87  5  22,5  9,0  6,70  3,7 6,58 0,59  5  7583  2592  50  3,27  6,91 62724  39342  82%  90% 88% 93% 

SA 87  6  25,0  10,0 6,70  4,2 6,58 0,42  5  7037  2346  50  3,27  6,91 62724  39342  87%  90% 89% 94% 

SA 88  1  20,0  8,0  6,00  2,0 6,09 0,62  6  5754  2313  50  3,27  6,91 51184  32300  81%  88% 89% 93% 

SA 88  2  22,5  9,0  6,00  2,4 6,10 0,60  8  6697  2523  50  3,27  6,91 51184  32300  82%  84% 87% 92% 

SA 88  3  25,0  10,0 6,00  2,8 6,09 0,68  8  5439  1852  50  3,27  6,91 51184  32300  79%  84% 89% 94% 

SA POLI 88  4  20,0  8,0  6,70  3,2 6,62 0,57  7  6746  2756  50  3,27  6,91 51184  32300  83%  86% 87% 91% 

SA POLI 88  5  22,5  9,0  6,70  3,7 6,58 0,59  5  5032  1783  50  3,27  6,91 51184  32300  82%  90% 90% 94% 

SA POLI 88  6  25,0  10,0 6,70  4,2 6,58 0,42  5  5776  2018  50  3,27  6,91 51184  32300  87%  90% 89% 94% 

SA 89  1  20,0  8,0  6,00  2,0 6,16 0,63  7  4659  1995  42  4,22  6,85 51184  32300  85%  83% 91% 94% 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1 – RTF sabesp

0814.C.01.HID.RTF‐02     109 

Quadro 5.11 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P6, período úmido (cont.)

Coagulante   Alcalinizante 

   NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Vol. pH  Vol  pH  Turb. Cor Partículas  Cor  Turb. Partículas  Turb. Cor  Partículas P6  Jarro 

mg/L  mL  alvo  mL  ‐  NTU  UC  Total  2 a 4  UC  NTU pH 

Total  2 a 4   NTU  UC  Tot. 2 a 4 

SA 89  2  22,5  9,0  6,00  2,4  6,23 0,41  5  5682  2337  42  4,22  6,85 51184  32300  90%  88% 89% 93% 

SA POLI 89  4  20,0  8,0  6,00  2,0  6,06 0,45  7  2255  1097  42  4,22  6,85 51184  32300  89%  83% 96% 97% 

SA POLI 89  5  22,5  9,0  6,00  2,4  6,13 0,45  7  3374  1584  42  4,22  6,85 51184  32300  89%  83% 93% 95% 

SA POLI 89  6  25,0  10,0 6,00  2,8  6,14 0,47  5  1962  951  42  4,22  6,85 51184  32300  89%  88% 96% 97% 

PAC 90  1  20,0  4,0  6,00  4,0  6,08 0,30  7  2473  743  42  4,22  6,85 51184  32300  93%  83% 95% 98% 

PAC 90  2  20,0  4,0  6,00  4,2  6,19 0,33  8  2562  785  42  4,22  6,85 51184  32300  92%  81% 95% 98% 

PAC 90  3  20,0  4,0  6,00  4,0  5,95 0,33  8  2375  839  42  4,22  6,85 51184  32300  92%  81% 95% 97% 

PAC 90  4  20,0  4,0  6,00  4,2  6,02 0,31  7  1944  617  42  4,22  6,85 51184  32300  93%  83% 96% 98% 

PAC 91  1  12,0  2,4  6,70  0,6  6,90 0,31  7  2914  1017  51  3,85  6,81 51184  32300  92%  86% 94% 97% 

PAC 91  2  13,0  2,6  6,70  0,6  6,77 0,32  7  2499  822  51  3,85  6,81 51184  32300  92%  86% 95% 97% 

PAC 91  3  14,0  2,8  6,70  0,6  6,70 0,28  6  1914  800  51  3,85  6,81 51184  32300  93%  88% 96% 98% 

PAC 91  4  15,0  3,0  6,70  0,7  6,65 0,30  5  4069  2293  51  3,85  6,81 51184  32300  92%  90% 92% 93% 

PAC 91  5  16,0  3,2  6,70  0,7  6,66 0,35  3  1457  614  51  3,85  6,81 51184  32300  91%  94% 97% 98% 

PAC 91  6  18,0  3,6  6,70  0,8  6,52 0,50  11  1596  674  51  3,85  6,81 51184  32300  87%  78% 97% 98% 

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Quadro 5.11 – Resumo dos Resultados de Melhor Remoção/ água bruta P6, período úmido (cont.)

Coagulante  Alcalinizante 

  NaOH 0,1 M Água Decantada  Água Bruta  Remoção Relativa 

Conc.  Vol.  pH  Vol  pH  Turb.  Cor  Partículas  Cor  Turb.  Partículas  Turb.  Cor  Partículas P6  Jarro

mg/L  mL  alvo  mL  ‐  NTU  UC  Total 2 a 4  UC  NTU pH 

Total  2 a 4  NTU  UC  Tot.  2 a 4 

SF 92  1  12,0  2,4  6,70  0,5  6,67  0,38  3      51  3,85  6,81      90%  94%  ND  ND 

SF 92  2  13,0  2,6  6,70  0,6  6,65  0,34  5  2231 912  51  3,85  6,81  35513 24372 91%  90%  94%  96% 

SF 92  3  14,0  2,8  6,70  0,6  6,70  0,22  2  2008 773  51  3,85  6,81  35513 24372 94%  96%  94%  97% 

SF 92  4  15,0  3,0  6,70  0,7  6,80  0,28  4  2166 754  51  3,85  6,81  35513 24372 93%  92%  94%  97% 

SF 92  5  16,0  3,2  6,70  0,7    0,51  8  2574 975  51  3,85  6,81  35513 24372 87%  84%  93%  96% 

SF 92  6  18,0  3,6  6,70  0,9    0,50  8  2898 997  51  3,85  6,81  35513 24372 87%  84%  92%  96% 

SF 93  2  17,5  7,0  5,8‐6,0  2,2  5,97  0,45  11  1883 727  44  3,21  6,84  35513 24372 86%  75%  95%  97% 

SF 93  3  20,0  8,0  5,8‐6,0  4,0  5,94  0,37  10  1469 592  44  3,21  6,84  35513 24372 88%  77%  96%  98% 

SF 93  4  22,5  9,0  5,8‐6,0  4,6  5,96  0,43  9  1747 661  44  3,21  6,84  35513 24372 87%  80%  95%  97% 

SF 93  5  25,0  10,0  5,8‐6,0  5,3  6,02  0,36  11  1785 698  44  3,21  6,84  35513 24372 89%  75%  95%  97% 

SF 93  6  27,5  11,0  5,8‐6,0  6,0  5,98  0,36  9  1227 485  44  3,21  6,84  35513 24372 89%  80%  97%  98% 

SF 94  1  15,0  6,0  5,8‐6,0  2,4  6,03  0,38  9  1914 800  44  3,21  6,84  35513 24372 88%  80%  95%  97% 

SF 94  2  17,5  7,0  5,8‐6,0  3,2  6,05  0,33  8  1841 678  44  3,21  6,84  35513 24372 90%  82%  95%  97% 

SF 94  3  20,0  8,0  5,8‐6,0  4,0  6,08  0,35  8  2015 749  44  3,21  6,84  35513 24372 89%  82%  94%  97% 

SF 94  4  22,5  9,0  5,8‐6,0  4,6  6,04  0,29  7  1350 615  44  3,21  6,84  35513 24372 91%  84%  96%  97% 

SF 94  5  25,0  10,0  5,8‐6,0  5,2  6,02  0,30  8  1452 593  44  3,21  6,84  35513 24372 91%  82%  96%  98% 

SF 94  6  27,5  11,0  5,8‐6,0  6,0  6,09  0,29  8  1483 660  44  3,21  6,84  35513 24372 91%  82%  96%  97% 

SF 95  2  20,0  8,0  6,00  5,0  6,15  0,50  8  873  402  45  3,27  6,87  38914 20965 85%  82%  98%  98% 

SF 95  3  20,0  8,0  6,00  5,2  6,45  0,63  19  971,7 640  45  3,27  6,87  38914 20965 81%  58%  98%  97% 

SF 95  4  20,0  8,0  6,00  5,0  6,40  0,45  12  1276 777  45  3,27  6,87  38914 20965 86%  73%  97%  96% 

SF 95  5  20,0  8,0  6,00  5,2  6,48  0,60  17  1023 652  45  3,27  6,87  38914 20965 82%  62%  97%  97% 

SF 96  2  20,0  8,0  6,00  4,5  6,20  0,46  8  1032 501  41  3,4  6,92  43640 24673 86%  80%  98%  98% 

SF 96  3  20,0  8,0  6,00  4,6  6,20  0,50  10  1151 581  41  3,4  6,92  43640 24673 85%  76%  97%  98% 

SF 96  4  20,0  8,0  6,00  4,5  6,17  0,41  10  1293 646  41  3,4  6,92  43640 24673 88%  76%  97%  97% 

SF 96  5  20,0  8,0  6,00  4,6  6,21  0,41  9  857,7 450  41  3,4  6,92  43640 24673 88%  78%  98%  98% 

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55..66 AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDAASS RREELLAAÇÇÕÕEESS EENNTTRREE CCOONNTTAAGGEEMM DDEE PPAARRTTÍÍCCUULLAASS EE TTUURRBBIIDDEEZZ

As Figuras 5.8 e 5.9 mostram graficamente os dados de contagens de partículas de água bruta versus turbidez para tempo seco e para tempo úmido, respectivamente. Valores obtidos para todas as águas brutas  trazidas em galões de 50 e 100  litros ao Laboratório de Pesquisas da SABESP/ETA Alto da Boa Vista foram utilizados na confecção dos gráficos. 

Figura 5.8 – Contagem vs Turbidez para Água Bruta – Tempo Seco

y = 13524x + 9235,4

R2 = 0,4143

y = 8174,9x + 7020

R2 = 0,3296

y = 4973,3x + 586,28

R2 = 0,3205

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Turbidez (NTU)

Partículas (Cont/10m

l)

Contagem_2a4 Contagem_4a10 Contagem_total

Linear (Contagem_total) Linear (Contagem_2a4) Linear (Contagem_4a10) Figura 5.9 – Contagem vs Turbidez para Água Bruta - Tempo Úmido

y = 6432,8x + 23214

R2 = 0,753

y = 3403,1x + 16896

R2 = 0,5925

y = 2325,7x + 5960,9

R2 = 0,7261

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

0 2 4 6 8 10 12 14

Turbidez (NTU)

Partículas (Cont/10ml)

Contagem_2a4 Contagem_4a10 Contagem_total

Linear (Contagem_total) Linear (Contagem_2a4) Linear (Contagem_4a10) O que se observou,  independentemente do  tipo de água bruta  (dos pontos P4 ou P5 ou P6),  foi uma correlação fraca entre a turbidez da amostra e as três faixas de contagens selecionadas (total, de 2 a 4 micra  e  de  4  a  10 micra),  no  caso  de  dados  de  tempo  úmido. Os  coeficientes  de  correlação  (R²  de Pearson) ficaram na faixa de 0,59 a 0,75. No  caso  de  tempo  seco,  os  coeficientes  de  correlação  ficaram  na  faixa  0,32  a  0,41,  portanto  uma correlação muito fraca. 

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O mesmo procedimento  foi  tentado para as águas decantadas obtidas a partir de  cada uma das  três águas brutas. Em nenhum destes  casos  foi obtida  correlação. Os pontos  ficaram muito dispersos e o melhor índice de correlação dentre todos eles foi de 0,35. 

As faixas granulométricas de contagens de partículas são fixadas arbitrariamente – tipicamente nos EUA desde 1 micron até 300 micras,e permitem uma melhor avaliação da capacidade de coletar sólidos dos filtros.  A  questão  é  que  não  há  ainda  um  procedimento  padrão  de  avaliação,  desde  o  início  das pesquisas sobre o assunto no final dos anos 80. 

Desde os  anos 70  sabe‐se que  cistos de protozoários  tais  como Giárdia e Criptosporídio  apresentam tamanho  típico  na  faixa  de  4  a  10 micra. A  contagem  de  partículas  em  tal  faixa  granulométrica  é  a maneira mais rápida e segura de monitoria de tais cistos na ETA. 

Desde  o  início  dos  anos  90,  a  EPA  americana  pensa  em  estabelecer  um  padrão  de  contagens  de partículas  para  otimizar  o  período  de  maturação  de  filtros  (o  qual  é  avaliado  simplesmente  pela turbidez),  assim  como  um  padrão  de  contagens  para  estabelecimento mais  seguro  do  término  das carreiras de filtração. 

55..77 CCOOMMEENNTTÁÁRRIIOOSS CCOONNCCLLUUSSIIVVOOSS

5.7.1 REMOÇÃO DE TURBIDEZ E COR APARENTE

Em tempo seco, as três águas foram de boa qualidade geral, com turbidez baixa (em torno de 3 NTU) e cor aparente relativamente baixa (em torno de 30 UC). 

Em  tempo úmido, a  turbidez  subiu apreciavelmente, mas não do mesmo modo para as  três águas. A água do ponto P4 apresentou turbidez em torno de 10 NTU, enquanto que as águas dos pontos P5 e P6 apresentaram turbidez em torno de 5 NTU. A cor aparente máxima chegou a quase 100 unidades para as três águas brutas, mas situando‐se tipicamente entre 50 e 80 UC. 

Em  águas  com baixas  concentrações de  sólidos  suspensos  e baixa  turbidez,  a  remoção  eficaz de  cor aparente  foi normalmente mais difícil que a remoção de  turbidez. Eficiências de remoção de  turbidez chegaram a 98%  (sulfato férrico e PAC  foram os melhores em geral), enquanto que a remoção de cor aparente não ultrapassou 94% (melhor coagulante foi em geral PAC). 

5.7.2 ALCALINIDADE E COAGULAÇÃO-FLOCULAÇÃO

A alcalinidade foi muito baixa para as três águas, tanto em tempo seco quanto em tempo úmido. Com a baixa alcalinidade, as interações de ordem físico‐química com a adição química (coagulação‐floculação) ficavam dificultadas, tornando difícil a formação de flocos grandes e densos. Adicionalmente,  a  presença  certamente  significativa  de matéria  orgânica  nas  águas  brutas  testadas tende a interferir negativamente em características dos flocos formados (densidade e formato) quando há incorporação eficaz nos mesmos. 

5.7.3 REMOÇÃO DA CONCENTRAÇÃO NUMÉRICA DE PARTÍCULAS

O número de partículas na faixa granulométrica de 2 a 40 micra por unidade de volume (10 mL) esteve em torno de 30‐40 mil em tempo seco para as três águas brutas e se elevou para acima de 60 mil (águas de P4 e P5) a quase 100 mil (água de P6) em tempo úmido. Apesar da grande alteração em número, as maiores eficiências de remoção de partículas obtidas nos ensaios laboratoriais aumentaram de cerca de 94% para 98% quando da mudança de tempo seco para tempo úmido. 

5.7.4 PH DE COAGULAÇÃO E REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA VS SÓLIDOS SUSPENSOS

O pH de coagulação abaixo de 6,0 favorece remoção de matéria orgânica e pH de coagulação acima de 6,0 favorece remoção de sólidos e turbidez. 

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5.7.5 MISTURA RÁPIDA E MISTURA LENTA

Para a mistura rápida, o tempo 1 minuto pareceu ser mais efetivo do que 30 segundos sobre a qualidade da coagulação e floculação, refletida na turbidez e cor aparente dos sobrenadantes. Para a floculação, tempos de 20 a 30 minutos foram os mais efetivos. Tempos menores não o foram e tempos maiores não representaram benefícios muito mais significativos. A  floculação  foi melhorada com o escalonamento dos gradientes de velocidade ao  invés de um único gradiente  de  velocidade  ocupando  o  tempo  total  de  floculação,  particularmente  na  coagulação  com sulfato de alumínio. 

5.7.6 TRATABILIDADE DAS ÁGUAS BRUTAS EM TEMPO SECO E ÚMIDO

A tratabilidade em escala de Jar Test da água bruta de P4 pareceu a melhor em tempo seco. Em tempo úmido, a tratabilidade dos pontos P4 e P6 foi marginalmente superior à da água do ponto P5. 

5.7.6.1 Em condições de tempo seco O PAC normalmente foi o coagulante com melhores resultados de eficiências de remoção de turbidez, cor aparente e partículas dentre os testados. PAC foi o melhor em dois dos três quesitos para P5 e P6 (eficiências de remoção de cor e turbidez), tendo sido SF o coagulante de melhor eficiência de remoção de partículas. Com relação à tratabilidade do ponto P4, o coagulante de melhor eficiência de remoção de turbidez foi SA e o de melhor eficiência de remoção de partículas foi SF. Cabe ainda notar que as dosagens ótimas de PAC  foram  substancialmente menores que as dosagens ótimas dos outros coagulantes. 

5.7.6.2 Em condições de tempo úmido

O PAC normalmente foi o coagulante com melhores resultados de eficiências de remoção de turbidez, cor aparente e partículas dentre os testados. 

O PAC foi o melhor em todos os três quesitos para os pontos P4 e P6 (eficiências de remoção de cor, turbidez e partículas). Com relação à tratabilidade de P5, o coagulante de melhor eficiência de remoção de turbidez e cor aparente foi SA e o de melhor eficiência de remoção de partículas foi novamente PAC. 

Cabe ainda notar que as dosagens ótimas de PAC  foram significativamente menores que as dosagens ótimas dos outros coagulantes. 

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66 TTRRAATTAABBIILLIIDDAADDEE DDAASS ÁÁGGUUAASS BBRRUUTTAASS DDOO RRIIOO JJUUQQUUIIÁÁ:: EENNSSAAIIOOSS PPIILLOOTTOO

66..11 IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

Três  pontos  alternativos  de  captação  de  água  bruta  no  reservatório  Cachoeira  do  França  foram escolhidos antes dos ensaios de tratabilidade e foram denominados P4, P5 e P6. Um dos pontos (P5) foi descartado por motivos logísticos e de acessibilidade logo no início dos ensaios piloto de tempo úmido. Foi acrescentada uma alternativa de coagulante para os ensaios: cloreto férrico. 

O texto a seguir delineia o procedimento básico dos ensaios de tratabilidade em escala piloto para água bruta dos pontos P6 e P4, apresenta os principais resultados dos mesmos, comenta‐os e tira conclusões a  nível  piloto.  Além  de  proporcionar  uma  visão  geral  e  conclusiva  relativa  às  carreiras  de  filtração conduzidas com água bruta destes pontos de captação. 

Os  principais  critérios  de  avaliação  dos  resultados  em  escala  piloto  foram  a  formação  de  flocos  na coagulação‐floculação, o tempo de maturação, a remoção de turbidez e a cor aparente pela filtração, a produção de lodo (qualitativa) pelo decantador e a evolução da perda de carga com o tempo de carreira de filtração. 

66..22 EENNSSAAIIOOSS PPIILLOOTTOO:: VVIISSÃÃOO GGLLOOBBAALL

6.2.1 INTRODUÇÃO

Inicialmente cabe comentar diferenças naturais entre os ensaios de bancada e os ensaios piloto, assim como as  limitações naturais associadas ou que tiveram que ser  impostas a operações unitárias da ETA Piloto. 

A  coagulação  ou mistura  rápida  pode  ser mais  enérgica  (maior  gradiente  de  velocidades)  do  que  a praticada  em  escala  piloto.  O  gradiente  de  velocidades  na  mistura  rápida  em  uma  Estação  de Tratamento em escala  real ainda é  tipicamente maior, de modo a permitir a mistura homogênea de produtos  químicos  o  mais  rapidamente  possível  e  de  modo  a  minimizar  o  grau  de  hidrólise  do coagulante antes que tal operação unitária seja completada. O gradiente em todos os ensaios foi cerca de 430 s‐1, correspondendo a uma rotação de 360 rpm das pás de mistura. 

Quanto ao tempo de mistura rápida, as dimensões da câmara piloto e a vazão de água bruta pré‐fixada para atender às taxas de filtração dos filtros piloto não permitem a sua variação. O tempo de mistura rápida foi de cerca de 45 segundos nos ensaios piloto. 

A  floculação  ou mistura  lenta  foi  testada  em  quatro  câmaras  em  série  que  permitiam  escalonar  os gradientes  de  velocidade.  Em  diversos  ensaios  houve  acúmulo  de  lodo  significativo  na  4ª  e  última câmara; assim sendo, optou‐se por igualar os gradientes de velocidade das 2ª e 3ª câmaras. Com isto, o acúmulo  de  lodo  na  4ª  câmara  foi  minimizado,  de  modo  que  o  decantador  passou  a  receber virtualmente todo o material floculado. As rotações das pás nas quatro câmaras foram respectivamente cerca  de  105‐110  rpm,  70‐75  rpm,  70‐75  rpm  e  35‐45  rpm. Os  valores  inferiores  foram  tipicamente empregados na coagulação com sulfato de alumínio, porque este coagulante produz flocos mais leves e frágeis  ao  cisalhamento  que  os  outros  coagulantes  testados  (sulfato  e  cloreto  férrico  e  PAC).  Os gradientes de velocidade correspondentes ficaram nas faixas 105‐112 s‐1, 62‐68 s‐1, 62‐68 s‐1 e 17‐30 s‐1, respectivamente. 

O  tempo de  floculação por  câmara piloto  foi de  cerca de 6,3 minutos  sem possibilidade de variação, pelos mesmos motivos apontados para a coagulação. 

Decantação 

Novamente,  a  vazão de entrada da estação piloto  condicionou  a operação do decantador  lamelar, o qual seria  teoricamente de alta  taxa  (taxa de aplicação de até cerca de 120 m³/m² x dia). A vazão de 

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entrada  foi  aproximadamente  8,73  L/minuto,  a  qual  proporcionou  tempo  de  detenção  hidráulica  de cerca de 90 minutos no decantador e acarretou uma taxa de aplicação de cerca de 30 m³/m² x dia, típica de decantadores convencionais. 

De qualquer modo, a observação da formação dos flocos, dos flocos formados resultantes na 4ª câmara e do comportamento dos mesmos dentro do decantador permitiu: (a) fazer ajustes conscientes e com propriedade da dose de coagulante e pH de coagulação para cada ensaio piloto no início do mesmo, de modo a se atingir condições ótimas de operação piloto para os filtros antes que estes fossem postos em operação; e (b) uma avaliação comparativa eficaz do que cada coagulante era capaz de proporcionar em escala piloto e também de avaliar comparativamente a operação do decantador em termos de turbidez na saída e tempo para obtenção de turbidez desejável da água decantada. 

A  relevância  das  observações  foi  aumentada  pelo  fato  de  que,  normalmente,  as  características  de sólidos  e  turbidez  da  água  bruta  de  tempo  úmido  para  os  ensaios  piloto  não  variou muito  de  uma semana para outra ou mesmo de um ponto alternativo de captação para outro (pontos P4 e P6). 

Filtração 

Foram testados quatro filtros piloto. Dois de leito profundo (1,2 m) com taxa de 500 m³/m² x dia, um de antracito de diâmetro efetivo na  faixa 1,2 a 1,4 mm  (filtro  F2) e outro de areia de mesmo diâmetro efetivo (filtro F4). Dois outros filtros  idênticos do tipo convencional (camada de 0,6 m de antracito de diâmetro efetivo 1,0 mm sobre 0,2 m de areia de diâmetro efetivo 0,5 mm). Destes, um  (filtro F1) foi operado com taxa de convencional de 240 m³/m² x dia, e o outro (filtro F3) com taxa de 360 m³/m² x dia. 

As configurações dos filtros e as taxas de filtração foram selecionadas de acordo com o que se desejava avaliar  para  uma  ETA  em  escala  real.  Como  as  configurações  e  as  taxas  de  filtração  podem  ser reproduzidas exatamente em escala real, então os resultados da filtração em escala piloto são válidos para balizar e estabelecer a filtração em escala real. 

Os seguintes tipos de comparações puderam ser feitas: 

comparar  filtros  convencionais  em  termos  de  taxa  de  filtração  (taxa  normal  versus  1,5  a  taxa normal) e comparar filtração convencional com filtração em leito profundo em termos de remoção de  turbidez  e  cor  aparente,  tempo  de  maturação,  duração  da  carreira,  qualidade  da  carreira, evolução  da  perda  de  carga  com  o  tempo  de  operação,  freqüência  e  duração  de  eventos  de trespasse; 

comparar meios filtrantes de mesmo diâmetro efetivo na filtração em  leito profundo: areia versus antracito,  em  termos  convencionais  com  filtração  em  leito profundo,  em  termos de  remoção de turbidez e cor aparente, tempo de maturação, duração da carreira, qualidade da carreira, evolução da perda de carga com o tempo de operação e frequência e duração de ventos de trespasse. 

6.2.2 ESTRATÉGIA DE EXECUÇÃO

Para  cada  coagulante  pré‐selecionado,  foram  conduzidos  dois  ensaios  piloto.  O  primeiro  de  curta duração, de natureza exploratória, de modo a nortear a dosagem do coagulante e o ajuste do pH de coagulação e a configuração das pás de mistura para a coagulação e floculação, e o ensaio subsequente de longa duração, com as carreiras de filtração normalmente ultrapassando 24 horas de duração. Assim era possível avaliar todas as etapas de uma carreira: tempo de maturação, eficácia de remoção durante operação em regime, a perda de carga, a freqüência e duração de fenômenos de trespasse e queda de eficiência dos filtros por ocasião das últimas horas de carreira. 

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66..33 EENNSSAAIIOOSS PPIILLOOTTOO CCOOMM ÁÁGGUUAA BBRRUUTTAA DDEE TTEEMMPPOO ÚÚMMIIDDOO DDEE PP44 EE PP66

6.3.1 TRATABILIDADE DA ÁGUA BRUTA DE P6 DE TEMPO ÚMIDO

6.3.1.1 Ensaios piloto de longa duração

a) Carreira com dose otimizada de 20 mg/L de PAC (carreira com cerca de 30 horas, filtros com ótimo desempenho até final da água bruta) e pH de coagulação na faixa ótima de 6,6 a 6,8. A turbidez da água bruta esteve na faixa de 13 a 10,5 NTU, bastante alta. 

b) Carreira de 29 horas com coagulação por SF (dose inicial de 18 mg/L, aumentada para 24 mg/L após algumas  horas  de  coagulação‐floculação),  com  turbidez  da  água  bruta  oscilando  bastante,  mas tipicamente na faixa de 9 a 11 NTU. A oscilação da turbidez obrigou ao aumento da dose de coagulante após algumas horas do início do ensaio. 

c) Carreira de 21 horas com coagulação por SA (dose de 30 mg/L), com turbidez da água bruta em torno de 5 NTU; 

Para os casos  (b) e  (c), a  faixa‐alvo de pH de coagulação  foi 5,8 a 6,3. O  tamanho dos  flocos é muito sensível ao pH, conforme pode ser observado nas câmaras de floculação. Acredita‐se que a dose de SA em (b) poderia ter sido um pouco menor, talvez 25 mg/L (a turbidez não estava tão alta) e que a dose de SF poderia ter sido um pouco maior, próxima de 30 mg/L, porque a turbidez esteve muito elevada e os tempos de maturação dos filtros foram muito longos. 

d) Carreira de 34 horas com coagulação por cloreto férrico (CF) (dose de 27 mg/L), com turbidez da água bruta variando de cerca de 14 a 5 NTU ao longo da mesma, o que dificultou a tratabilidade. 

As  Figuras 6.1  a 6.4 mostram  as primeiras 10  a 16 horas da evolução da  turbidez  com o  tempo das carreiras de filtração para os ensaios de longa duração com PAC e sulfato férrico (SF), respectivamente. A carreira com sulfato de alumínio não pode ser representada por problemas operacionais ocasionais que impediram coleta contínua de dados. 

Comparando‐se a Figura 6.1 com a Figura 6.2, pode‐se observar que a  turbidez da água na saída dos filtros  foi mais baixa no  caso de  coagulação  com  PAC.  Por outro  lado, observa‐se que os  valores de turbidez da água filtrada oscilaram mais no caso da coagulação com PAC, indicando liberação de finos na água filtrada mais freqüente com este coagulante do que com SF. 

A redução da turbidez da água decantada foi semelhante nos dois casos. As eficiências de remoção de turbidez pelos  filtros  foram muito  semelhantes nos dois  casos. Cabe mencionar que houve oscilação significativa da turbidez da água bruta com o tempo, dificultando a otimização da dose de coagulante. Foi o único grupo de carreiras de filtração com tal situação, e a otimização da dosagem (que acredita‐se que não foi alcançada) teria baixado a turbidez da água filtrada. 

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Figura 6.1 – Carreira Longa com Água do P6 (Coagulante: PAC, dose = 20 ppm)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Tempo (horas)

Turbide

z (N

TU)

F1 F2 F3 F4 a. decantada Figura 6.2 – Carreira Longa com Água do P6 (Coagulante: SF, dose = 18>24 ppm)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Tempo (horas)

Turbide

z (N

TU)

F1 F2 F3 F4 água decantada

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Figura 6.3 – Carreira Longa com Água do P6 (Coagulante: SA, dose = 30 ppm)

0

1

2

3

4

5

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Tempo (horas)

Turdidez (N

TU)

F1 F2 F3 F4 água decantada Figura 6.4 – Carreira Longa com Água do P6 (Coagulante: CF,

dose = 30 depois reduzida para 27 ppm)

0

1

2

3

4

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Tempo (horas)

Turbidez (NTU

)

F1 F2 F3 F4 água decantada Comparando‐se  a  Figura  6.3  com  a  Figura  6.4,  pode‐se  observar  baixa  turbidez  da  água  filtrada  em ambos os casos. O comportamento da turbidez da água decantada foi semelhante nestes casos, exceto pelo pico apresentado entre 11 e 15 horas das carreiras com coagulação por CF, que ocorreu durante a madrugada  por  entupimento  da  linha  de  alimentação  de  leite  de  cal  e  coagulante  e  que  ocasionou 

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reflexos negativos na turbidez do filtro F1 apenas. Este  incidente mostrou a robustez ou resiliência da operação de três dos quatro filtros a partir da coagulação com o CF. 

6.3.1.2 Avaliação da Tratabilidade da Água de P6 de Tempo Úmido

Formação dos flocos 

Os flocos de CF e SF foram maiores que os de SA e PAC (este aparentemente ligeiramente menor ainda que os de SA). Sabe‐se que, para uma mesma dosagem de coagulante e em pH ótimo de coagulação, flocos de sais de ferro tendem a ser maiores e mais densos que os de sais de alumínio. 

Influência do pH de coagulação 

No caso do PAC, o  tamanho dos  flocos e o desempenho subsequente do decantador na remoção dos mesmos  foram mais  sensíveis  ao  pH  do  que  no  caso  do  SF. Dos  quatro  coagulantes  testados,  o  CF mostrou ser o que menos afetou temporariamente a turbidez da água decantada quando ocorre a saída do pH de coagulação (e/ou da dosagem de coagulante) da faixa ótima. Aparentemente a  influência do pH na coagulação com SA e SF é menor do que para o PAC, nos termos de uma maior amplitude das faixas de valores adequados de pH. 

Aparentemente, nos casos de SA e SF, o pH ótimo deve ser respectivamente: abaixo de 6,3 em direção a 6,0 e na faixa de 5,8 a 6,2. Para CF, a faixa ótima parece ser de 5,7 a 6,3. Para PAC, a faixa ótima foi de 6,6 a 6,8, a mais estreita delas. O ajuste de pH por meio de ácidos e bases  fortes é certamente  fácil, porém o ajuste com leite de cal é o comumente praticado pela SABESP nas ETAs e, por este motivo é o método utilizado no estudo piloto. 

Influência da turbidez na saída do decantador  

Aparentemente,  nos  casos  de  coagulação  com  PAC  e  SA,  a  turbidez  na  saída  dos  filtros  sobe muito rapidamente  quando  a  turbidez  na  saída  do  decantador  começa  a  subir  significativamente,  por problemas de quebra de flocos e/ou pH de coagulação flutuante. Aparentemente, isso não é possível no caso de SF (ver Figuras 8.1 a 8.4). A operação do decantador e dos filtros foi mais robusta, com menos e menores oscilações de turbidez, nos casos de coagulação com CF, e talvez em menor grau nos casos de coagulação com SF. 

Tempo de maturação dos filtros 

É definido como o tempo necessário para que a turbidez na saída dos filtros caia abaixo de 0,5 NTU. 

Para os  coagulantes  testados SA, CF, SF e PAC, este  tempo  foi menor ou  igual a 20 minutos para os quatro filtros. Não se pode afirmar o mesmo para o caso de coagulação com SA. O tempo de maturação foi maior para este coagulante. 

Quando  a  dose  de  coagulante  é  inferior  à  necessária,  o  tempo  de  maturação  podia  se  estender bastante,  independentemente do tipo de coagulante, e podia chegar a ser bem mais de uma hora. Ao que tudo indica, o tempo de maturação dependia somente da qualidade da água decantada. 

Quando  a  turbidez  da  água  decantada  aumentava  durante  um  ensaio‐piloto,  os  filtros  de  camada profunda eram bem mais  sensíveis  (com  reflexo no aumento da  turbidez da água  filtrada) do que os filtros convencionais F1 e F3. 

Tipicamente o filtro F3 (filtração convencional com taxa 50 % acima da convencional de 240 m³/m² x dia) maturava  primeiro,  seguido  ora  pelo  filtro  F1  (convencional  com  taxa  convencional)  ou  pelo  filtroF2 (leito profundo com antracito), sendo o filtro F4 (leito profundo com areia) o último a maturar. 

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Remoção de turbidez e cor aparente pelo decantador e filtros 

Os resultados relatados foram obtidos nas melhores condições de operação em regime estacionário da ETA Piloto, e  com o pH de  coagulação na  faixa ótima para  cada  coagulante. Dosagens de  coagulante foram:  PAC:  20mg/L;  SF:  24mg/L;  SA  e  CF:  30mg/L.  Sendo  assim  os  resultados  de  turbidez  estão  no Quadro 6.1 abaixo. 

Quadro 6.1 – Resultados de Turbidez em Regime Estacionário da ETA Piloto

Coagulante Turbidez da Água 

Decantada (NTU) (*)Turbidez F1

(NTU) Turbidez F2

(NTU) Turbidez F3 

(NTU) Turbidez F4

(NTU) 

SA  1,2  0,099  0,085  0,088  0,111 

SF  0,6  0,07  0,08  0,09  0,08 

PAC (**)  0,6  0,1  0,3  0,2  0,3 

CF  0,3‐0,4  0,04  0,04  0,05  0,07 

(*) Após 1 hr do início: 1,6 NUT (com SF), 3,8 NTU (com PAC). (**) A turbidez da água filtrada caiu pata abaixo de 0,06 após 10h de filtração. 

A remoção de cor aparente foi eficaz em todos os casos. Os valores estiveram abaixo de 10 UC em todos os  casos.  Cabe  lembrar  que  os  sais  de  ferro  podem  impactar  negativamente  na  cor  aparente  se  a dosagem e o pH de coagulação não forem corretos. 

A turbidez média da carreira e a eficiência média de remoção de turbidez da carreira  foram avaliadas para cada carreira de longa duração, como se segue: 

para cada filtro, foi calculada a integral numérica da curva da turbidez da água em função do tempo de carreira (ou seja, a área sob a curva da turbidez da água filtrada versus o tempo de carreira); 

para  cada  filtro,  de  posse  dos  dados  de  turbidez  da  saída  do  mesmo  e  da  água  decantada correspondente  em  função  do  tempo  de  carreira,  foi  calculada  ponto  a  ponto  a  eficiência  de remoção de turbidez; 

de posse dos dados de eficiência ao longo do tempo, foi plotada a curva de eficiência em função do tempo de carreira e calculada a área sob tal curva, representando a eficiência média de remoção de turbidez pelo filtro na carreira toda; e 

o primeiro critério é totalmente baseado no desempenho do filtro, enquanto que o segundo critério depende,  além  do  desempenho  do  filtro,  também  do  desempenho  do  decantador,  sendo  um critério com maior subjetividade que o primeiro. 

A seguir o Quadro 6.2 mostra os resultados obtidos a partir do procedimento precedente. 

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Quadro 6.2 – Resumo dos Melhores e Piores Filtros por Tipo de Carreira no P6

F1 F2 F3 F4 F1 F2 F3 F4

0,196 0,236 0,130 0,296 91,20% 93,50% 94,40% 81,50%

0,137 0,144 0,142 0,228 87,90% 88,00% 86,80% 74,70%

0,228 0,179 0,141 0,181 92,00% 96,10% 97,60% 92,10%

0,782 0,796 0,711 0,875 79,10% 77,30% 81,70% 74,70%

Legenda: Filtros com melhor desempenho

Filtros com pior desempenho

Melhor Eficiência Média de Remoção de Turbidez

CF (30)

PAC (20)

SA (30)

SF (20)

Coagulante

(dosagem mg/L)

Menor Turbidez Média

Observação: quando, para determinado critério e tipo de carreira, mais de um filtro é citado no Quadro 6.2, isto significa que basicamente a diferença entre eles é nula ou não‐significativa. 

 

Nota‐se  a  superioridade  de  um  dos  filtros  de  configuração  convencional  (F3),  nas  colunas  “melhor filtro”. Por outro lado, nota‐se que, dos dois filtros convencionais, F3 nunca apareceu como “pior filtro”, porém F1 apareceu como “pior filtro” 2 vezes em 8 possíveis. Cabe lembrar que o filtro F3 foi operado com taxa de filtração 1,5 vezes a taxa de filtração de F1 (360 versus 240 m³/m² x dia). 

No tocante à qualificação de “pior filtro”, o filtro de camada profunda de areia F4 aparece 7 vezes em 8 possíveis.  Porém  o  filtro  de  camada  profunda  de  antracito  F2  foi melhor  6  vezes  em  8  possíveis  e nenhuma vez foi o “pior filtro”. 

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Remoção de partículas pelo decantador e filtros 

O Quadro 6.3 apresenta os valores de contagem de partículas efetuadas após a estabilidade (abaixo de 0,1 NTU) da turbidez da água filtrada, após a 4ª e 5ª hora de carreira, para os coagulantes PAC 20mg/L, SF 24mg/L, SA e CF 30 mg/L. 

Quadro 6.3 – Resultado de Contagem de Partícula em Regime Estacionário da ETA Piloto

Eficiência de Remoção de Partículas (nº/100mL) 

Coagulante Água Bruta Coagulada 

Água Decantada

F1  F2  F3  F4 

SA  63.810  15.868  1.070  1.604  1.632  1.300 

SF  76.520  2.650  374  493  225  327 

PAC  73.526  4.063  364  936  321  1.060 

CF (*)  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

Eficiência de Remoção em relação à Água Decantada (%) 

SA  ‐  75,4 (**)  93,1  89,8  89,6  91,7 

SF  ‐  96,5 (**)  85,9  81,4  91,5  87,7 

PAC  ‐  94,5 (**)  91  77  92  73,9 

CF (*)  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

(*) Contador de partículas com problemas técnicos (**) Valores de remoção relativos à água bruta 

O Quadro 6.3 permitiu calcular (a partir das médias globais de eficiência de remoção pelos filtros, para cada  coagulante) que  as  coagulações  com  SF e PAC  conduziram em média  a  remoções de partículas pelos filtros ligeiramente maiores que a coagulação com SA. 

Quando a remoção de partículas pelo decantador não foi muito boa, os filtros ficaram sobrecarregados. Nesta  situação,  a  princípio  a  eficiência  de  remoção  de  partículas  pelos  filtros  aumenta,  porém  em números  absolutos  os  números  de  partículas  por  100 mL  de  efluente  aumentam  bastante  com  tal sobrecarga de sólidos. 

Os  resultados do Quadro  6.3  indicam que o  filtro  F3  seguido pelo  filtro  F1  foram  em média os dois melhores em  termos de  remoção de partículas. Outros quesitos  tais como a  redução de  turbidez e a eficiência de remoção de turbidez pelos filtros também apontaram para os filtros convencionais F1 e F3 como de melhor desempenho que os  filtros de  leito profundo  F2 e  F4. Há  várias evidências que, na tratabilidade de uma água bruta como a do reservatório Cachoeira do França, de baixa turbidez, alta cor aparente e alta contagem de partículas, o aumento da taxa de filtração (de 240 para 360 m³/m² x dia para  F1  e  F3,  respectivamente)  na  filtração  convencional  favoreceu  o  desempenho  do  filtro convencional (F3 sobre F1). 

Conforme indicado no Quadro 6.3, não foi possível contar partículas de amostras coletadas por ocasião das carreiras com CF. Ainda assim, os resultados de remoção de turbidez das águas filtradas e da água decantada obtidos com a coagulação com CF indicaram que as eficiências correspondentes de remoção de partículas pela decantação e filtração podem ter sido tão boas, senão melhores que as obtidas com a coagulação por PAC. 

A Figura 6.5 a seguir mostra as médias de remoção para os filtros e o decantador, por coagulante. 

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Figura 6.5 – Médias de Remoção de Partículas – Coagulação da Água Bruta de P6, Tempo Úmido

91,0%

99,1% 96,6% 98,6%

65,0%

93,0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

SF SA PAC

Coagulante

Eficiência de Remoção

Pelo Decantador Média dos Filtros Observações:  ‐ Valores‐base de contagem da água bruta na entrada da coagulação, com faixa de variação de 40.780 a 48.330 por 100 mL. ‐ Não estava no escopo ensaios‐piloto com cloreto férrico (CF) para esta água. ‐ Valores obtidos a partir da operação dos filtros e decantador em regime estacionário, a pós 4 a 6 horas de operação. 

Perdas de carga nos filtros 

Os medidores  de  perda  de  carga  funcionaram  esporadicamente.  Dentro  do  possível  e  do  que  fazia sentido, pode‐se inferir o seguinte: 

para carreira longa (com PAC), para as últimas 3 horas de carreira dos filtros (que foram de cerca de 29 horas), os filtros F1 a F4 apresentaram as seguintes taxas, respectivamente: 4,5 cm/hr, 6,1 cm/hr, 4,9 cm/hr e 4,2 cm/hr.; 

carreira longa com SF: para os filtros F1 a F4, os valores médios foram de, respectivamente: 5.3, 4.1, 3.9 e 5.9 cm/hr; 

carreira longa com SA: para os filtros F1 a F4, os valores médios foram de, respectivamente: 5.6, 6.1, 2.7 e 7.4 cm/h;r 

carreira  longa  com CF: para os  filtros  F1,  F3 e  F4, os  valores médios  foram de,  respectivamente: 6,44, 7,48 e 6,53 cm/hr. O medidor do filtro F2 não funcionou durante a carreira. 

Foi possível preparar um Quadro‐Resumo (Quadro 6.4) de Resultados de Taxa de Perda de Carga, como se segue. 

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Quadro 6.4 – Resumo das Taxas de Perda de Carga (em coluna H2O/hora)

Ensaios Filtro 

Taxa de Filtração(m³/m² x dia)  PAC  SF  SA  CF 

Média 

F1 ‐ Convencional  240  4,50  5,30  5,60  6,44  5,46 

F2 – Camada Profunda  500  6,10  4,10  6,10  ‐ (**)  5,43 

F3 ‐ Convencional  360  4,90  3,90  2,70 (*)  7,48  4,75 

F4 – Camada Profunda  500  4,20  5,90  7,40  6,53  6,00 

(*) Valor muito baixo; não‐confiável. (**) Valor não disponível por problemas com o equipamento de medição. 

Nota‐se que normalmente os coagulantes à base de ferro originaram maiores taxas de perda de carga. Não se observou um padrão bem estabelecido no tocante ao tipo de filtro (convencional versus camada profunda), porém as taxas de perda de carga para os filtros convencionais foram um pouco menores do que  as  taxas  para  filtros  de  camada  profunda.  Em média,  as  taxas  de  perda  de  carga  estiveram  no intervalo de 4,8 a 6,0 cm coluna H2O)/hora. 

Produção de lodo (avaliação superficial) 

Foi relativamente elevada para 3 casos de coagulante  (SA, SF e PAC), mas não para CF. Após algumas horas de operação e para dosagens numericamente muito próximas de PAC, SF ou SA como coagulante, não se observou diferença significativa no decantador com relação aos volumes aparentes  acumulados de lodo. 

Cabe mencionar  que  uma maior  produção  de  lodo  normalmente  não  é  explicada  somente  por  uma maior  dose  de  coagulante,  mas  também  pela  quantidade  bem  maior  de  sólidos  sedimentáveis  e material particulado na água bruta durante a carreira. Quanto maior a  turbidez da água bruta, maior tende a ser a dosagem de coagulante e ambos implicam em maior produção de lodo. 

6.3.2 EFICIÊNCIA DO DECANTADOR PARA CADA COAGULANTE

Após  a  discussão  dos  resultados  dos  ensaios  piloto  de  tempo  úmido,  sentiu‐se  que  a  operação  do decantador não havia  sido  totalmente analisada e por  isso buscou‐se uma maneira de avaliação que fosse  independente do  tipo de água bruta utilizada. Por este motivo, esta  seção não  foi apresentada antes que se esgotassem as análises da tratabilidade da água bruta dos pontos P4 e P6. 

Assim  sendo,  o  intuito  desta  análise  foi  de  estudar  a  resposta  do  decantador  para  cada  tipo  de coagulante independentemente da origem da água bruta. 

Analisando  todas  as  carreiras  longas,  foram  selecionadas  aquelas  pertencentes  a  ensaios  piloto  que apresentaram maior estabilidade de turbidez por tempo e dos parâmetros operacionais, tais como faixa de pH e dosagem de coagulante. Os ensaios piloto selecionadas estão no Quadro 6.5. 

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Quadro 6.5 – Carreiras Selecionadas para Análise da Eficiência do Decantador

Coagulante  Ponto de Origem  Dosagem (mg/L) 

CF  P6  30 

SF  P6  20 

SA   P6  30 

PAC  P4  14 

A partir dos dados das carreiras selecionadas,  foi  fixado um período de aproximadamente 3 horas de funcionamento  dos  filtros,  e  gerado  então  um  gráfico  de  turbidez  por  tempo,  juntamente  com  sua respectiva linha de tendência, para que assim fosse possível chegar a uma equação da reta (Y). 

A eficiência do decantador é analisada a partir da velocidade de decaimento da turbidez pelo tempo, ou seja: quanto mais rápido a turbidez diminuir no decantador, mais rápida é a resposta do mesmo. Esta velocidade pode ser obtida a partir do coeficiente angular da reta (Y’) obtida pela derivação da linha de tendência (Y). Quanto maior este coeficiente maior a velocidade e melhor será a resposta. 

Figura 6.10 – Gráfico da Eficiência do Decantador para cada Coagulante

y = 0,6363x2 ‐ 3,5529x + 7,523

y' = 1,2726x ‐ 3,5529

y = 1,2873x2 ‐ 6,0452x + 8,0288

y' = 2,5746x ‐ 6,0452

y = 0,3592x2 ‐ 1,7157x + 3,4593

y' = 0,7184x ‐ 1,7157

y = 0,2595x2 ‐ 1,6905x + 4,0024

y' = 0,519x ‐ 1,69050

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0 1 2 3 4

Tempo (horas)

Turbidez (NTU)

SF [20mg/L] CF [30mgL] SA [14mgL] PAC [14mgL]

O  gráfico  da  Figura  6.10  mostra  as  curvas  de  decaimento  da  turbidez  no  decantador  para  cada coagulante. O  coeficiente  angular  está destacado  em negrito  itálico  e  representa  a  velocidade deste decaimento (NTU/hr). 

Sendo assim, nota‐se que os coagulantes CF (2,5746 NTU/hr) e SF (1,2726 NTU/hr) apresentaram uma resposta mais rápida do decantador do que os coagulantes SA (0,7184 NTU/hr) e PAC (0,519 NTU/hr). Por outro  lado, a dosagem de PAC do ensaio piloto considerado  foi bem menor que as dosagens dos demais  coagulantes; acredita‐se que uma maior dosagem de PAC poderia  levar a uma  resposta mais rápida do decantador do que a obtida. 

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66..44 CCOONNCCLLUUSSÕÕEESS GGLLOOBBAAIISS –– TTEEMMPPOO ÚÚMMIIDDOO

As seguintes conclusões são válidas para as águas dos pontos P6 e para P4, para tempo úmido: 

a coagulação com sais de ferro (SF, CF) gerou flocos maiores e mais densos que no caso dos outros coagulantes  (SA e PAC)  testados, com  reflexos altamente positivos na operação e estabilidade de operação do decantador; 

a  coagulação  com  sais  de  ferro  permitiu  que  a  qualidade  da  água  decantada  atingisse  nível adequado para o  início das carreiras de  filtração em menor  tempo do que no caso de coagulação com SA ou PAC; 

excelentes  remoções de  turbidez e cor aparente  foram obtidas para  todos os quatro coagulantes testados, na água decantada e na filtrada. A questão é por quanto tempo esta situação  ideal pode ser mantida? A resposta deve estar na avaliação da estabilidade de operação do decantador e filtros ao longo do tempo de operação dos mesmos; 

a estabilidade da operação do decantador, assim como das carreiras de filtração, foi maior a partir da coagulação com sais de ferro do que com PAC ou SA; 

dos quatro coagulantes testados, sulfato de alumínio (SA) foi inferior aos demais no que concerne a remoção de partículas pelos filtros (ensaios com água do ponto P6 somente); 

a princípio, os filtros convencionais parecem ter sido superiores aos filtros de camada profunda no que  concerne  manter  ao  longo  do  tempo  uma  elevada  remoção  de  turbidez  sem  que  ocorra trespasse ou saída de finos; 

os filtros de camada convencional foram ligeiramente superiores aos filtros de camada profunda no que concerne eficiência de remoção de turbidez e cor. Aparentemente tal afirmação não depende do tipo de coagulante empregado. Os resultados de taxas de perda de carga a rigor não  indicaram superioridade de nenhum  filtros  sobre os demais, pois  foram  semelhantes para os quatro  filtros testados; 

o  filtro  convencional F3  foi nitidamente o melhor em  termos de desempenho  (remoção de  cor, turbidez e partículas) do que os demais. O filtro F4 foi nitidamente  inferior aos demais filtros em termos de desempenho.  Isto pode ser verificado  tanto na condução dos ensaios piloto como na execução das operações de retro‐lavagem dos filtros: o exame visual da água de  lavagem  indicou que F3 era o que havia retido mais impurezas, seguido por F2 ou F1. 

66..55 EENNSSAAIIOOSS PPIILLOOTTOO CCOOMM ÁÁGGUUAA BBRRUUTTAA DDEE TTEEMMPPOO SSEECCOO DDEE PPOONNTTOO PP77

6.5.1 INTRODUÇÃO

O texto a seguir apresenta e comenta os resultados dos ensaios de tratabilidade em escala piloto com coagulação utilizando  sais de alumínio: policloreto de alumínio  (PAC) e  sulfato de alumínio  (SA) para água bruta do ponto P7, finalizando com conclusões a nível piloto. Não foram conduzidos ensaios piloto com sais de  ferro  (sulfato  férrico e cloreto  férrico) por causa da  impossibilidade de se conseguir água bruta em quantidade suficiente para os mesmos. 

Os  principais  critérios  de  avaliação  dos  resultados  em  escala  piloto  foram  a  formação  de  flocos  na coagulação‐floculação, o tempo de maturação dos filtros, a remoção de turbidez e a cor aparente pela filtração,  a evolução da perda de  carga  com o  tempo de  carreira de  filtração e  as  concentrações de determinados metais nos efluentes dos filtros. 

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6.5.2 ENSAIOS PILOTO: VISÃO GLOBAL

6.5.2.1 Introdução

Mistura rápida e mistura lenta: 

Inicialmente cabe comentar diferenças naturais entre os ensaios de bancada e os ensaios piloto, assim como as  limitações naturais associadas ou que tiveram que ser  impostas a operações unitárias da ETA Piloto. 

A  coagulação  ou mistura  rápida  pode  ser mais  enérgica  (maior  gradiente  de  velocidades)  do  que  a praticada  em  escala  piloto.  O  gradiente  de  velocidades  na  mistura  rápida  em  uma  Estação  de Tratamento em escala  real ainda é  tipicamente maior, de modo a permitir a mistura homogênea de produtos  químicos  o  mais  rapidamente  possível  e  de  modo  a  minimizar  o  grau  de  hidrólise  do coagulante  antes  que  tal  operação  unitária  seja  completada. O  gradiente  de  velocidades  na mistura rápida foi cerca de 440 s‐1, correspondendo a uma rotação de 345 rpm das pás de mistura. 

Quanto ao tempo de mistura rápida, as dimensões da câmara piloto e a vazão de água bruta pré‐fixada para atender às taxas de filtração dos filtros piloto não permitem a sua variação. O tempo de mistura rápida foi de aproximadamente 45 segundos nos ensaios piloto. 

A  floculação  ou mistura  lenta  foi  testada  em  quatro  câmaras  em  série  que  permitiam  escalonar  os gradientes  de  velocidade.  Em  diversos  ensaios  houve  acúmulo  de  lodo  significativo  na  4ª  e  última câmara; assim sendo, optou‐se por igualar os gradientes de velocidade das 2ª e 3ª câmaras. Com isto, o acúmulo  de  lodo  na  4ª  câmara  foi  minimizado,  de  modo  que  o  decantador  passou  a  receber virtualmente todo o material floculado. Os gradientes de velocidade correspondentes ficaram nas faixas 115‐105  s‐1,  70‐62  s‐1,  70‐62  s‐1  e  30‐17  s‐1,  respectivamente. O  limite  superior  foi  empregado  na coagulação com PAC e o limite inferior na coagulação com Sulfato de Alumínio. Os flocos formados com Sulfato de Alumínio são fracos ao cizalhamento em comparação com flocos formados a partir de PAC, daí  a  utilização  de  rotações  menores  nas  câmaras  de  floculação  para  coagulação  com  Sulfato  de Alumínio. 

O  tempo  de  floculação  por  câmara  piloto  foi  de  6,3 minutos  sem  possibilidade  de  variação,  pelos mesmos motivos apontados para a coagulação. 

Decantação 

A  vazão  de  entrada  da  estação  piloto  condicionou  a  operação  do  decantador  lamelar,  o  qual  seria teoricamente de alta taxa (taxa de aplicação de até cerca de 120 m³/m² x dia). A vazão de entrada foi aproximadamente 8,73  L/minuto, a qual proporcionou  tempo de detenção hidráulica de  cerca de 90 minutos  no  decantador  e  acarretou  uma  taxa  de  aplicação  de  cerca  de  30 m³/m²  x  dia,  típica  de decantadores convencionais. 

De qualquer modo, a observação da formação dos flocos, dos flocos formados resultantes na 4ª câmara e do comportamento dos mesmos dentro do decantador permitiu: (a) fazer ajustes conscientes e com propriedade da dose de coagulante e pH de coagulação para cada ensaio piloto no início do mesmo, de modo a se atingir condições ótimas de operação piloto para os filtros antes que estes fossem postos em operação; e (b) uma avaliação comparativa eficaz do que cada coagulante era capaz de proporcionar em escala piloto e também de avaliar comparativamente a operação do decantador em termos de turbidez na saída e tempo para obtenção de turbidez desejável da água decantada. 

A  relevância  das  observações  foi  aumentada  pelo  fato  de  que,  normalmente,  as  características  de sólidos e turbidez da água bruta do ponto P7 para os ensaios piloto pouco variou de uma semana para outra. 

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Filtração 

Foram testados quatro filtros piloto. Dois de leito profundo (1,2 m) com taxa de 500 m³/m² x dia, um de antracito de diâmetro efetivo na  faixa 1,2 a 1,4 mm  (filtro  F2) e outro de areia de mesmo diâmetro efetivo (filtro F4). Dois outros filtros  idênticos do tipo convencional (camada de 0,2 m de antracito de diâmetro efetivo 1,0 mm sobre 0,2 m de areia de diâmetro efetivo 0,5 mm). Destes, um  (filtro F1) foi operado com taxa de convencional de 240 m³/m² x dia, e o outro (filtro F3) com taxa de 360 m³/m² x dia. 

As configurações dos filtros e as taxas de filtração foram selecionadas de acordo com o que se desejava avaliar  para  uma  ETA  em  escala  real.  Como  as  configurações  e  as  taxas  de  filtração  podem  ser reproduzidas exatamente em escala real, então os resultados da filtração em escala piloto são válidos para balizar e estabelecer a filtração em escala real. 

Os seguintes tipos de comparações puderam ser feitas: 

Comparar filtros convencionais em termos de taxa de filtração (taxa normal versus 1,5 vezes a taxa normal) e comparar filtração convencional com filtração em leito profundo em termos de remoção de  turbidez  e  cor  aparente,  tempo  de  maturação,  duração  da  carreira,  qualidade  da  carreira, evolução  da  perda  de  carga  com  o  tempo  de  operação,  freqüência  e  duração  de  eventos  de trespasse. 

Comparar meios filtrantes de mesmo diâmetro efetivo na filtração em  leito profundo: areia versus antracito,  em  termos  convencionais  com  filtração  em  leito profundo,  em  termos de  remoção de turbidez e cor aparente, tempo de maturação, duração da carreira, qualidade da carreira, evolução da perda de carga com o tempo de operação e freqüência e duração de ventos de trespasse. 

6.5.2.2 Estratégia de Execução

Para  cada  coagulante  pré‐selecionado,  foram  conduzidos  dois  ensaios  piloto.  O  primeiro  de  curta duração, de natureza exploratória, de modo a nortear a dosagem do coagulante e o ajuste do pH de coagulação e a configuração das pás de mistura para a coagulação e floculação, e o ensaio subsequente de longa duração, com as carreiras de filtração normalmente ultrapassando 24 horas de duração. Assim era possível avaliar todas as etapas de uma carreira: tempo de maturação, eficácia de remoção durante operação em regime, a perda de carga, a freqüência e duração de fenômenos de trespasse e queda de eficiência dos filtros por ocasião das últimas horas de carreira. 

6.5.3 RESULTADOS DOS ENSAIOS PILOTO

6.5.3.1 Carreiras de filtração

a) Carreiras com dose otimizada de 16 mg/L de Sulfato de Alumínio com cerca de 27,5 horas, e pH de coagulação na  faixa ótima de  6,6  a  6,8. A  turbidez  da  água bruta  esteve na  faixa de  3,9  a  4,9 UNT, considerada média. As carreiras foram encerradas por falta de água bruta para a continuidade. 

b) Carreiras com dose otimizada de 12 mg/L de PAC com cerca de 26 horas e pH de coagulação na faixa ótima de 6,6 a 6,8 (igual á de Sulfato de Alumínio). A turbidez da água bruta esteve na faixa de 0,8 a 2,7 UNT, considerada baixa. As carreiras foram encerradas por falta de água bruta para a continuidade. 

As Figuras 6.11 e 6.12 mostram a evolução da turbidez com o tempo das carreiras de filtração para os ensaios de longa duração com sulfato de alumínio e PAC, respectivamente. 

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Figura 6.11 – Carreira Longa com Água do P7 (Coagulante: PAC, dose = 12 ppm)

Figura 6.12 – Carreira Longa com Água do P7 (Coagulante: SA, dose = 16 ppm)

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Comparando‐se a Figura 6.11 com a Figura 6.12, pode‐se observar que a turbidez da água na saída dos filtros foi ligeiramente mais baixa no caso de coagulação com PAC. 

Em ambos os ensaios a turbidez da água decantada apresentou alguma oscilação ao longo dos mesmos, indicando alguma instabilidade de operação do decantador para ambos os coagulantes testados. 

6.5.3.2 Critérios de Tratabilidade

Formação de flocos e Influência da turbidez na saída do decantador  

Aparentemente houve quebra e diminuição do tamanho resultante de flocos formados ocasionalmente no decantador, quando o pH de coagulação saia da faixa ótima. As poucas oscilações no pH se deveram a problemas ocasionais com o misturador de leite de cal, na entrada da coagulação. A referida quebra e redução  de  tamanho  dos  flocos  ocasionou  elevações  repentinas  na  turbidez  da  água  decantada.  A estabilidade  de  operação  do  decantador  era  maior  quando  se  empregava  sais  de  ferro  como coagulantes,  por  causa  da  formação  de  flocos maiores  e/ou mais  densos  e mais  resistentes  que  os formados a partir de sais de alumínio. 

Tempo de maturação dos filtros 

Foi definido como o tempo necessário para que a turbidez na saída dos filtros caia abaixo de 0,1 NTU. 

Para os coagulantes testados SA e PAC, este tempo foi o menor para os filtros F2 e F3 (faixa de 10 a 30 minutos), seguido pelos filtros F4 (da ordem de 60 minutos) e F1 (da ordem de 90 minutos). Tipicamente o filtro F3 (filtração convencional com taxa 50 % acima da convencional de 240 m³/m² x dia) maturava primeiro, seguido ora pelo filtro F2 (leito profundo com antracito). 

Quando  a  turbidez  da  água  decantada  aumentava  durante  um  ensaio‐piloto,  os  filtros  de  camada profunda F2 e F4 eram mais sensíveis (com reflexo no aumento da turbidez da água filtrada) do que os filtros convencionais F1 e F3. 

Remoção de turbidez e cor aparente pelo decantador e filtros 

Os resultados  indicados no Quadro 6.6 foram obtidos nas melhores condições de operação em regime estacionário da ETA Piloto, e com o pH de coagulação na faixa ótima para cada coagulante.  

Quadro 6.6 – Resultados de Turbidez em Regime Estacionário da ETA Piloto

Coagulante Turbidez média da Água Decantada 

(NTU)  

Turbidez F1(NTU) 

Turbidez F2(NTU) 

Turbidez F3 (NTU) 

Turbidez F4(NTU) 

SA  0,87  0,055  0,075  0,045  0,090 

PAC   0,72  0,050  0,068  0,042  0,110 

A remoção de cor aparente foi avaliada através de determinações ocasionais para todos os filtros. Não houve diferença significativa entre os resultados dos ensaios com coagulação por sulfato de alumínio e PAC. Os valores de cor aparente das águas filtradas estiveram na faixa de 2 a 10 para ambos os casos. 

Remoção de partículas pelo decantador e filtros 

O Quadro 6.7 apresenta os valores de contagem de partículas efetuadas após a estabilidade (abaixo de 0,1 NTU) da turbidez da água filtrada, após a 4ª e 5ª hora de carreira, para as carreiras com coagulação com PAC. Infelizmente, por motivos alheios à nossa vontade, o contador de partículas esteve inoperante durante  a  condução  das  carreiras  com  coagulação  por  sulfato  de  alumínio.  Todos  os  resultados  de contagens obtidos para as carreiras com PAC estão ao final deste relatório, no Anexo 1. 

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Quadro 6.7 – Resultados de Contagem de Partícula em Regime Estacionário da ETA Piloto

Contagem Média de Partículas (nº/100mL, faixa de 2 a 40 micra) 

Coagulante Água Bruta Coagulada 

Água Decantada

F1  F2  F3  F4 

PAC  92664  12096  2467  1676     1023  4312 

Eficiência Média de Remoção em relação à Água Decantada (%) 

PAC  ‐  86,9 (*)  79,6  86,1  91,5  64,3 

(*) Eficiência em relação á água bruta. 

Os resultados do Quadro 6.7 apontaram a maior eficiência de remoção de F3 seguido pelo filtro F2. Esta é uma evidência de que, na tratabilidade de uma água bruta com tipicamente baixa turbidez, alta cor aparente e alta contagem de partículas, o aumento da taxa de filtração convencional de 240 m³/m² x dia em F1 para 360 m³/m² x dia em F3 favoreceu o desempenho na remoção de partículas de F3. 

Perdas de carga nos filtros 

Os medidores  de  perda  de  carga  funcionaram  esporadicamente.  Dentro  do  possível  e  do  que  fazia sentido, pode‐se preparar um Quadro‐Resumo (Quadro 6.8) de Resultados de Taxa de Perda de Carga, como se segue. 

Quadro 6.8 – Resumo das Taxas de Perda de Carga (cm coluna H2O/hora)

                Ensaios‐Piloto (cm/hr)  Média (cm/hr) Filtro 

Taxa de Filtração(m³/m² x dia)  PAC    SA     

F1 ‐ Convencional  240  6,0    2,8    4,2 

F2 – Camada Profunda  500  6,0    6,2    6,1 

F3 ‐ Convencional  360  4,1    6,7    5,4 

F4 – Camada Profunda  500  5,4    10,3    7,8 

Os poucos valores obtidos  (apenas dois ensaios por  filtro) e a variabilidade dos mesmos não permite muita análises, exceto que: 

‐ os dois filtros convencionais (F1 e F3) tenderam a apresentar menores taxas médias de perda de carga que os dois filtros de camada profunda (F2 e F4); 

‐ o filtro F3, tipicamente o melhor dos quatro na remoção de turbidez, foi o mais consistente em termos de taxa de perda de carga para ambos os coagulantes testados. 

Produção de lodo (avaliação superficial) 

Foi observada uma diferença  significativa nos volumes acumulados de  lodo no decantador durante a condução dos ensaios‐piloto com sulfato de alumínio e PAC, com volumes maiores no caso de sulfato de alumínio. Este  fato pode ser  facilmente explicado por: 9ª) uma maior dose de sulfato de alumínio  (16 mg/L versus 12 mg/L) e (b) pela quantidade bem maior de sólidos sedimentáveis e material particulado na água bruta durante a carreira com sulfato de alumínio, claramente demonstrada pela turbidez bem maior da água bruta durante tal ensaio‐piloto. 

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Remoção de metais e Carbono Orgânico Total (COT) pelos filtros 

Os Quadros 6.9 e 6.10 apresentam os  resultados de metais e COT para a água bruta de P7 e para os efluentes dos filtros F1 a F4. Os resultados de 22/7 se referem aos ensaios‐piloto com coagulação por sulfato de alumínio, e os ensaios de 15/7 se referem aos ensaios piloto com coagulação por PAC. 

Quadro 6.9 – Resumo dos Resultados de Metais

22/7/2009 Ponto P7 F1 F2 F3 F4

Alumínio Dissolvido mg Al/L 0,02 <0,02 0,05 <0,02 0,02

Chumbo mg Pb/L < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005

Cromo mg Cr/L < 0,003 < 0,003 < 0,003 0,003 < 0,003

Cromo Hexavalente mg Cr6/L < 0,003 < 0,003 < 0,003 < 0,003 < 0,003

Ferro Total mg Fe/L 0,62 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03

Ferro Dissolvido mg Fe/L 0,21 < 0,03 < 0,03 < 0,03 0,41

15/7/2009

Alumínio Dissolvido mg Al/L <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0,06

Chumbo mg Pb/L < 0,005 0,008 < 0,005 < 0,005 < 0,005

Cromo mg Cr/L < 0,003 < 0,003 < 0,003 < 0,003 < 0,003

Cromo Hexavalente mg Cr6/L < 0,003 < 0,003 < 0,003 < 0,003 < 0,003

Ferro Total mg Fe/L 0,46 0,03 < 0,03 < 0,03 0,14

Ferro Dissolvido mg Fe/L 0,18 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03

Quadro 6.10 – Resumo dos Resultados de COT

Data Ponto P7 F1 F2 F3 F4

15/7/2009 mg C/L 3,53 1,77 1,73 1,84 1,76

22/7/2009 mg C/L 1,76 2,20 1,12 1,36 1,13  

Os resultados de metais no Quadro 6.9  indicam que houve tendência dos filtros F3 e F2 apresentarem menores concentrações  totais dos metais analisados do que  filtros F1 e F4. Cabe acrescentar que por ocasião das coletas de amostras de água filtrada, para tais análises a turbidez não diferiu por mais do que 0,04 UNT entre elas (em torno de 0,04 UNT para F3 a em torno de 0,08 UNT para F4). 

Os resultados de COT de 15/7 não mostram diferença significativa entre os filtros; quanto aos resultados de  22/7,  a  concentração  de  COT  no  efluente  do  filtro  F1  foi  significativamente  maior  que  as concentrações de COT nos demais efluentes. No entanto, estamos falando de apenas um resultado de uma  amostra,  o  que  não  é  por  si  só muito  significativo. A  principio  pensa‐se  em  erro  analítico,  por ocasião das coletas de amostras de águas filtradas, todos os filtros estavam apresentando remoções de cor e turbidez, o que é  indicativo de remoção de COT. Tipicamente o COT da água filtrada foi cerca de 50% menor que o COT da água bruta para os ensaios piloto de 15/7 com coagulação por PAC, enquanto que  nos  ensaios  piloto  de  22/7  com  coagulação  por  Sulfato  de  alumínio  a  redução  de  COT  na  água filtrada (exceto para F1) foi tipicamente da ordem de 30 %. 

O  resultado de COT para o  filtro F1 em 22/7  (Quadro 6.10) não é confiável, pois não  faz  sentido em relação aos resultados para os outros filtros. 

6.5.4 CONCLUSÕES PARA A ÁGUA DE P7

‐ Coagulação com PAC  levou a melhores  resultados de  turbidez e COT da água  filtrada, assim como a uma melhor  remoção  de  turbidez  na  água  decantada  e  a  uma maior  estabilidade  de  operação  do decantador que a coagulação por sulfato de alumínio. 

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‐ Os filtros F2 e F3 foram consistentemente os de melhor desempenho no que se refere à remoção de turbidez e cor aparente, seguidos pelo filtro F1. Reforçando tal conclusão, os resultados de contagens de partículas indicaram, para coagulação com PAC, o melhor desempenho dos filtros F2 e F3. 

‐  O  filtro  F4  foi  consistentemente  o menos  eficiente  dos  quatro  filtros,  em  basicamente  todos  os critérios já mencionados nesta seção. 

‐ Os  resultados de evolução da perda de  carga não permitiram a obtenção de  conclusões quanto ao desempenho  dos  filtros.  Entretanto,  aparentemente  os  filtros  convencionais  (F1  e  F3)  tenderam  a apresentar taxas de perda de carga ligeiramente menores que os filtros de leito profundo (F2 e F4). 

66..66 IINNTTEEGGRRAAÇÇÃÃOO DDOOSS EESSTTUUDDOOSS DDEE TTRRAATTAABBIILLIIDDAADDEE -- PPEERRÍÍOODDOO SSEECCOO EE ÚÚMMIIDDOO

6.6.1 INTRODUÇÃO

Os estudos de  tratabilidade  foram conduzidos a partir de amostras de água bruta coletadas de vários pontos representativos da Bacia do Juquiá. 

As águas dos pontos P4, P5 e P6 foram utilizadas em período úmido e seco. Ensaios de tratabilidade na escalas de bancada sob a forma de Jar Tests foram conduzidos com águas brutas dos pontos P4, P5 e P6. 

Considerações posteriores de ordem técnica, econômica e ambiental sobre a melhor localização de uma futura Estação de Tratamento de Águas (ETA) levaram ao descarte da alternativa de captação no ponto P5 por motivos logísticos e de acessibilidade. Tais considerações também conduziram à inclusão de uma alternativa extra de ponto de captação, denominado P7. 

Assim  sendo,  os  ensaios  posteriores  de  tratabilidade  em  escala  piloto  foram  conduzidos  com  águas brutas dos pontos P4, P6 e P7. 

Este item trata da integração dos estudos de tratabilidade a partir de ensaios nas escalas de bancada e piloto  conduzidos  em  período  seco  e  úmido,  assim  como  de  consolidação  das  conclusões  de tratabilidade. Todas as informações técnicas pertinentes estão no relatório RTP. 

6.6.2 ENSAIOS EM ESCALA DE BANCADA

A  tratabilidade em escala de bancada da água bruta de P4 pareceu ser a melhor em  tempo seco. Em tempo  úmido,  a  tratabilidade  das  águas  brutas  dos  pontos  P4  e  P6  foi marginalmente  superior  à tratabilidade da água bruta de P5. 

Três  coagulantes  foram  testados  em  escala  de  bancada:  Policloreto  de  Alumínio  (PAC),  Sulfato  de Alumínio (SA) e Sulfato Férrico (SF). A coagulação ótima foi obtida com tempo de 45 a 60 segundos e o gradiente  de  velocidades  foi  o máximo  proporcionado  pelo  equipamento  (em  torno  de  570  s‐1).  A floculação ótima foi com escalonamento em 3 ou 4 gradientes decrescentes de velocidades (de 80 s‐1 a 20 s‐1). O tempo de sedimentação foi de 20 minutos. 

O Quadro 6.11 a seguir é um resumo tabular das conclusões de tratabilidade em escala de bancada com relação  aos  principais  parâmetros  de  avaliação:  eficiências  de  remoção  de  cor  aparente,  turbidez  e partículas na faixa 2‐40 micra. 

Quadro 6.11 – Resumo de Tratabilidade em Escala de Bancada

Rem. de cor aparente  Rem. de Turbidez  Rem. de partículas O melhor coagulante 

P4        P5        P6  P4        P5        P6  P4        P5        P6 

Em tempo seco  PAC       PAC       PAC  SA       PAC       PAC  SF        SF         SF 

Em tempo úmido  PAC        SA         PAC  PAC       SA       PAC  PAC     PAC       PAC 

 

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Pode‐se  observar  que  em  termos  globais  o  coagulante  PAC  apresentou  os melhores  resultados  de tratabilidade. Adicionalmente, tanto em tempo seco como em tempo úmido, as dosagens ótimas de PAC foram substancialmente menores que as dosagens ótimas correspondentes de SF ou SA para a mesma água  bruta.  Por  outro  lado,  cabe  comentar  que  sais  de  ferro  (Sulfato  Férrico,  Cloreto  Férrico  –  este testado  somente  em  escala piloto)  levaram  à  formação de  flocos mais densos  e mais  resistentes  ao cisalhamento  no  decantador  e  filtros  que  sais  de  alumínio  (Policloreto  de  Alumínio  ou  Sulfato  de Alumínio). 

As diferenças percentuais (eficiências de remoção) entre o melhor e o pior coagulante ficaram na faixa de  1  a  10 %  para  remoção  de  partículas  e  na  faixa  de  11  a  36 %  para  remoção  de  cor  aparente  e turbidez. 

O tempo ótimo de floculação deve estar compreendido na faixa entre 20 e 30 minutos, com tendência de melhora para valores superiores e de piora para valores inferiores. 

Investigação de correlações com contagens de partículas: Foram também investigadas as possibilidades de se obter correlações entre contagens de partículas e turbidez e entre cor aparente e contagens de partículas no tocante às águas brutas e tratadas. O Quadro 6.12 mostra os resultados para correlações entre  turbidez e contagens de partículas. Os  resultados de cor aparente e  turbidez ou cor aparente e contagens mostraram a impossibilidade de se obter correlações. 

Quadro 6.12 – Coeficientes de Correlação r2 de tempo seco e tempo úmido

Tempo Seco  Tempo Úmido Tipo de água e Faixas de Tamanho  2‐4 µm     4‐10 µm    2‐40 µm  2‐4 µm     4‐10 µm    2‐40 µm 

Bruta de P4, P5 e P6 

Tratada de P4, P5 e P6 

0,33          0,32          0,41 

Sem correlação (r2 < 0,1) 

0,59          0,73          0,75 

Sem correlação (r2 < 0,1) 

Observações: Contagem total na faixa 2 a 40 micra. Um mícron (1 µm) = 0,001 mm. 

O  Quadro  6.12  permitiu  concluir  que,  quanto  mais  ampla  a  faixa  granulométrica  de  tamanho  de partículas considerada, melhor a correlação entre a turbidez e a contagem de partículas. Os valores de coeficiente de  correlação de Pearson  (r2) mostram  correlações bastante  razoáveis para  tempo úmido (r2≥0,6) e correlações muito  fracas para  tempo  seco. Boas correlações  são associadas normalmente a valores r2>0,9. 

6.6.3 ENSAIOS EM ESCALA PILOTO

O  regime  pluviométrico  vigente  em  2009  (até  o  último  ensaio  piloto  em  setembro)  caracterizou unicamente  tempo úmido, mesmo durante os meses  considerados  secos de  abril  a  setembro. Deste modo, os resultados são associados unicamente a tempo úmido. 

A vazão de trabalho da estação‐piloto foi fixada em função das taxas de filtração pré‐estabelecidas para os filtros. Deste modo, não houve possibilidade de se alterar as configurações de trabalho das operações unitárias  precedentes.  A  coagulação  teve  gradiente  de  velocidades  o  máximo  proporcionado  pelo equipamento  (cerca de 440 s‐1) e  tempo de contato de 45 segundos. A  floculação  foi escalonada em quatro câmaras (tempo de contato de 6,25 minutos cada um) e gradientes de velocidades em torno de 110, 66 e 24 s‐1. Os gradientes da 2ª e 3ª câmaras foram iguais. O decantador teve tempo de contato de 90 minutos e a taxa correspondente foi de 32 m³/m² x dia. 

O ciclo de operação da ETA piloto para cada ensaio de tratabilidade foi dividido em 2 partes: um ensaio curto de 4 horas para estabelecimento das condições ótimas de coagulação‐floculação da água bruta recebida, seguido por ensaio ininterrupto da ETA piloto de cerca de 32 horas, até o final da água bruta, com cerca de 30 horas de operação dos filtros. 

As seguintes conclusões foram obtidas: 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02    135 

 Comparação entre os coagulantes testados: para ensaios com águas de P4, P6 e P7 a Coagulação com PAC ou cloreto férrico (CF) levou a melhores resultados de turbidez e COT da água filtrada, assim como a uma melhor  remoção  de  turbidez  na  água  decantada  e  a  uma maior  estabilidade  de  operação  do decantador  do  que  a  coagulação  por  sulfato  de  alumínio.  A  coagulação  com  sulfato  férrico  (SF) apresentou bons resultados de remoção de turbidez (mas não cor aparente) com água de P4 e P6, mas não foi testada com água de P7. 

 Os filtros F2 e F3 foram consistentemente os de melhor desempenho no que se refere à remoção de turbidez e cor aparente, seguidos pelo filtro F1. Reforçando tal conclusão, os resultados de contagens de partículas indicaram, para coagulação com PAC, o melhor desempenho dos filtros F2 e F3. O filtro F4 foi consistentemente o menos eficiente dos quatro filtros, em basicamente todos os critérios de remoção considerados (cor aparente, turbidez, partículas). 

 Perda de carga com o tempo de operação dos filtros: Os resultados de evolução da perda de carga não permitiram a obtenção de conclusões quanto ao desempenho dos filtros. Entretanto, aparentemente os filtros convencionais (F1 e F3) tenderam a apresentar taxas de perda de carga ligeiramente menores que os filtros de leito profundo (F2 e F4). 

Os resultados de metais no Quadro 6.13 indicam que houve tendência dos filtros F3 e F2 apresentarem menores concentrações totais dos metais analisados do que os filtros F1 e F4. 

Tipicamente o COT da água filtrada ficou na faixa de 30 % (coagulação com SA) a 50 % (coagulação com PAC) menor  que  o  COT  da  água  bruta.  A  conclusão  não  é  robusta  porque  apenas  duas  baterias  de ensaios  (2 resultados por  filtro, uma por coagulante)  foram obtidas. Não houve diferença significativa entre os quatro filtros testados. 

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO FRENTE 1-RTF sabesp 

0814.C.01.HID.RTF‐02    136 

CONCLUSÕES GLOBAIS DE TRATABILIDADE EM ESCALA PILOTO

 Coagulação‐floculação 

Operação com PAC ou CF conduziu a excelentes resultados de remoção de turbidez e partículas. Com relação  à  remoção  de  cor  aparente,  coagulação  com  sal  de  alumínio  foi  ligeiramente  superior  à coagulação com sal de ferro em escala piloto, em termos da água filtrada produzida. 

 Decantação 

Produção aparente de  lodo:  foi  função direta da dosagem de  coagulante e do  tamanho e densidade resultante dos flocos formados. Não foi observada uma relação entre o tipo de coagulante e a produção aparente de  lodo, quando houve diferença significativa na turbidez da água bruta em alguns ensaios – notadamente  maior  para  carreiras  com  sal  de  ferro  do  que  para  sal  de  alumínio,  quando  houve diferença significativa na turbidez da água bruta em alguns ensaios notadamente maior para carreiras com sal de ferro do que para sal de alumínio. 

Estabilidade de operação do decantador: a coagulação com  sal de  ferro  conduziu a uma estabilidade superior á obtida com coagulação por sal de alumínio. 

 Filtração 

As diferenças entre os  filtros com relação à  turbidez e cor aparente da água  filtrada  foram pequenas, particularmente com relação à turbidez. 

As maiores diferenças observadas entre os filtros foram relativas ao tempo de maturação e estabilidade de operação (F3 e F2 sendo os melhores em ambos os quesitos, nesta ordem). 

Estabilidade  de  operação  dos  filtros  sem  ocorrência  de  trespasse:  os  filtros  convencionais  F1  e  F3 (particularmente este último) foram claramente superiores aos filtros de camada profunda (F2 e F4). 

Evolução da perda de carga com o tempo de operação dos filtros: resultados inconclusivos, exceto que nenhum filtro foi superior aos demais. Pode‐se, no entanto, afirmar que na grande maioria dos ensaios as perdas de carga por unidade de tempo não foram elevadas. 

As  águas  testadas  apresentaram  baixas  concentrações  de  partículas,  de modo  que  a maturação  de filtros com taxa mais elevada de filtração foi mais rápida e o desempenho de tais filtros melhor que o desempenho de filtro com taxa de filtração convencional (neste caso, F1). 

A avaliação da produção de água filtrada por filtro, em termos de vazão x tempo de operação estável (até encerramento da carreira por perda de carga excessiva ou deterioração da qualidade da água) não foi possível, porque nenhum filtro teve sua carreira terminado por motivo que não fosse a falta de água bruta para prosseguimento dos ensaios. 

O melhor  filtro em  termo de desempenho global  foi claramente o  filtro F3 convencional com  taxa de filtração de 360 m³/m² x dia, seguido pelo filtro F2 de camada profunda com antracito e taxa de filtração de 500 m³/m² x dia, seguido de perto pelo filtro F1 convencional com taxa de filtração de 240 m³/m² x dia. 

Oxidação como auxiliar de coagulação e de filtração: a aplicação de pré‐oxidante (antes da coagulação) ou de inter‐oxidante (na água decantada antes da filtração) não foi testada, porém pode‐se afirmar com segurança  para  ambos  os  casos  que  uma  dosagem  otimizada  de  oxidante  (particularmente  cloro  ou ozônio)  teria  certamente  melhorado  o  desempenho  das  operações  unitárias  de  tratamento subseqüentes ao ponto de aplicação do mesmo, independentemente do tipo de coagulante utilizado.