Rua Cruz dos Poiais, .-Lisboa GENERA[J.:SANJURJO' t~o ... · ... e que a minha bôlsa ... sande-lhe...

4
, . N.D 120 ORGÃO DE E TURISMO DE PORTUGAL conOICÕES DE RSSlnRTURR Por trimestre (12 Dumeros).. 7 $ O O ANUNCIOS: Preços convencionais não se devolvem os originais. embora não sejam publicados. I I REDACÇÃO E MONTE ESTORIL lelefone 282 SEMANARIO DE PROPAGANDA E TURISMO I DIRECTOR, EDI'JJOR E PRpPRIETARIO- " Todos - os artigos ' nãd assinados são da ' do dlreçtor do Jornal ALVES COMPOSTO E IMPRESSO NAS "OFICINAS FERNANDES" Rua Cruz dos Poiais, .-Lisboa GENERA[ " J. : SANJURJO ' Todos os jornais da 'capital e mu.itos outros do Paiz noticiaram a chegada do valoroso Cabo de Guerra Bespanhol, .descrevendo-a com largos pormenores e interessante documentario' jotografico. « O EstolJ'il», como o?'gão de propaganda e turismo t que tem a sua sede na Costa do Sol, não podia ser insensivel a predilecção de Sanjurjo, vindo acolher-se a uma das bel'as z9nas de Portugal. Apresentados amavelmentf3 pelo ilust?'e , cirurgião e nosso amigo Dr. Alberto MadurreilJ'a ao desembarcar do auto que o conduziu ao Hotel Miramar, apresentámos-lhe as nossas saudações, com o pedido , de um aut6grajo, a que prontamente acedeu, sendo para nós muito grato constdtar que foi o primeiro .que escreveu apoz a sua chegada a terras portuguesas. Uma das notas mais cu'riosas e impressionantes, que não passou ao espírito observado?', foi a simpatia que Sanjurjo despertou O GENERAL SANJURJO F.SCRl!lVENDO o AUTÓGRAFO ' PARA "O ESTo'RILl) logo, especialmente entre os jor,nalistas que o aguardavam, apesar de se encontrarem representadas diversas tendencias politicas. Ajagados . pelo sol desta encantadora estancia teem aqui perma- necido bastantes emigrados politicos nossos visi'nhos, conquistando á estima da população e dos meios em que viveram durante longos mezes. E ao regressarem ao seu. País natal conjessam - que vlio álegres, /. -, - Casino l=storil A' hora do ' chá de hoje realisa·se uma de modelos ' da Casa Gra,11aefa, ae Lisboa f com vesti- dos tUJ:de, de «soirée.'.,. de. noite. e pijamas, por graciosissimas manequins. Para dar maior realce i\ esta demons- tração tIe arte feminilJa, a ilustre actriz e poetisa D. Ogan.do, recitará: lindas poesias portuguesas e braziJeiras, fazendo tambern a. apresentaçã.o dos lin- dos modelos com os quais a,quela acre- ditada firma inaugura a épcca de verão .. A passagem é feita no Salã.o Restau- rante, a que por certo vai afluir uma selecta assistencia de naciomds e estran- geiros, especialmente da coloDia que Re encontra nos hoteis da Costa do Sol. o inimigo invisível Subordinada ao titulo que encima esta noticia, o sr, Dr. Marques da Mata, De- . legado de Saúde nesta Concelho, real i- sou na noite da passada sexta feira, no , Casino da Praia, em Cascáis, uma 'in- teressante ,e sugestiva conferencia, que foi atentamente ouvida por uma enO.l'me assistencia, a qual enc1;tia o vasto . Salão daquela oasa de especta.culbs . . Encontravam·se representadas as cor- porações de Bombeiros desde Paço de _ Arcos, E"s c oteir os e Guides, muitas se. nhoras de representação e alguns oficiais do exercito. . A conferenci tL teve e§pecialmeute o de ifuoida aquelas humanitarias corporações na forma de actuarem para proteger a população civil contra os hor- r or es dum ataque aero-químico, à seme- hança do que em muitos paizes se vem de longa data. Embora a conferencia do estudioso médico fosse muito extensa, conseguiu tanto pela forma realista da apresenta- ção do seu bem documentado trabalho, como pela ilustração de que o revestiu, prender a atenção da enorme assisten- cis, a qual acompanhou com a maior curiosidade as diversas fases da bri- · lhante exposição, animadas com vastas e variadas projecções referentes à guerra aero-q uimi ca. O Dr. Marques da Mata, lançando o seu brado de - Alerta! - é o primeiro pioneiro em Portugal que aparece a trabalhar pela defesa da população civil em easo de guerra, incitando o «Exer- cito da a que se prepare para amanhã, que se nos apresenta com as côres mais carregadas e arripiantes. E' absolutamente necessario que o seu éco ressôe do N or\ e ao Sul do Paiz, ,não como um sinal de sobresalto, mas com o mais justificaao espirito de pre- . videncia das populayões indefezas. Ao ;Estado compete, pois, acompanhar essa cruzada pró Humanidade, dispen- Esmola aos sábados ' . A mendicidade é um problema dificiJ. Durante muitos anos, mesmo séculos, ,resolveu-se nas portadas dos conventos ', on nos páteos dllS"'C'&'Slls fitialgas. R-oje, porém, instituições de alta . pia, quer subsidiadas rwla genorisidade . almas boas, quer, outras, a expen_ sas do O problema tomeu outro aspecto, mais humano. O significado da palavra Caridade, tornou-se mais altruista, por· que vem do cérebro, do raci09ínio, em- bora passe pelo coração. . Não basta dar de comer aos que têm fome. Albergar os que não têm lar. E' preciso mais, muito mais. E' preciso também educar, corrigir, salvar das degradações. . Tem de se relacionar à luz dum cri- tério bondoso, mas firme. pobreza que sofre adentro do seu orgulho amachucado pelos revezes da. vida. E pobres que a indoléncia, os crimes, os vícios, prenderam para sem- pre, aos seus tenebrosos tentáculos e taras. Ainda outra. ordem de mendigo!:', que acompanham aquêles na sua triste marcha pelas aldeias e algumas cidades. São os que cingem ao rôsto a máscara do sofrimento, provocam feridas e usam uns trapos repelentes para iludir as al- mas boas e puras. O seu objectivo antipático, é acumular mesmo sofrendo as maiores misérias, e roubar aos verdadeiros necessitados o óbuio que ihes pertenceria. Um caso se passou directamente comi· go. Vou contá-lo. Ao meu escritório começou de apare- cer em certo sábado, um mendigo pe· dindo, como todos, uma esmola para um pedaço de pão. A primeira vez que pediu, fiz-lhe vêr que tinha os meus pobres certos aos sábados, e que a minha bôlsa não podia exceder·se em mais gastos. Disse-lhe que voltasse mais tarde, porque seria atendido. Dois meses de- pois era êle que substit.uia um que não veio mais .•• Começou a frequentar o meu gll. ui- chet» pontualíssimo, todos os sábados (Conclue na 2.' página) sande-lhe a maior assistencia moral e material. São cada vez mais . negras as nuvens que se divisam no «horisonte interna- cional J, e por isso a conferencia do Dr" Marques da Mata tem uma grande opor- . tunidade, assim o compreendendo as inumeras pessoas que asistiram ao seu valioso e bem intencionado esforço, tri- butando-lhe ao terminar uma. significa- tiva e prolongada ovação, a que since- ramente nos ' associamos. .po'rque os braços da Mãe-Pátria os e.spe'fa, e deixando-nos com a d6r da separação dos irmãos fJ.u(3?'Ídos. . ,O General Sanjurjo, que vem passar algum tempo entre n6s, não tardará tambem a sentir que, portugueses e espanhois, não pode deixa?' de existir UULa grande solidariedade fraternal, mais ajervorada ainda nas horas adver- sas. Dir-se-l.á muitas vezes, que é necessário beber o cálice até ás fezes para melh?lJ' sabO'1'earmós os parcos momentos de fugaz prazer que a vida nos pro- po?'c'tOna . .. Apoz vinte mezes de cativ(3iro, o general Sanjurjo, antigo heroi das campanhas de Mar9'Qcos, condecorado duas vezes com a lau't'eada de J S. Pe?'nand'o, vem re.pousar com Sua Ex ma Esposa e no Estoril, onde I se encontram ainda bastantes compatriotas seus. . . Na eSPQntanea simpatia com que foi. ?'ecebido pelos maiores jornais portugueses, pode esta?' certo de que fica traduzido o senti- mento hospitaleiro do povo de Portugal. Seia bemvindo. . , H c( (.) fi) -< (.)

Transcript of Rua Cruz dos Poiais, .-Lisboa GENERA[J.:SANJURJO' t~o ... · ... e que a minha bôlsa ... sande-lhe...

Page 1: Rua Cruz dos Poiais, .-Lisboa GENERA[J.:SANJURJO' t~o ... · ... e que a minha bôlsa ... sande-lhe a maior assistencia moral e material. São cada vez mais ... ramos em arco e deitamos

, . N.D 120

ORGÃO DE PRO~AGANDA E TURISMO DE PORTUGAL

conOICÕES DE RSSlnRTURR Por trimestre (12 Dumeros).. 7 $ O O ANUNCIOS: Preços convencionais

não se devolvem os originais. embora não sejam publicados.

I I

REDACÇÃO E ~DMINISTRAÇÃO MONTE ESTORIL ~ lelefone 282

SEMANARIO DE PROPAGANDA E TURISMO I DIRECTOR, EDI'JJOR E PRpPRIETARIO- AN~ONIO " Todos - os artigos ' nãd assinados são da ' elclusl,~ re~ponsabilldade , do dlreçtor do Jornal

ALVES COMPOSTO E IMPRESSO NAS "OFICINAS FERNANDES"

Rua Cruz dos Poiais, ~03 .-Lisboa

GENERA["J.:SANJURJO' Todos os jornais da 'capital e mu.itos outros do Paiz noticiaram

a chegada do valoroso Cabo de Guerra Bespanhol, .descrevendo-a com largos pormenores e interessante documentario' jotografico.

« O EstolJ'il», como o?'gão de propaganda e turismo t que tem a sua sede na Costa do Sol, não podia ser insensivel a predilecção de Sanjurjo, vindo acolher-se a uma das mai~ bel'as z9nas de Portugal.

Apresentados amavelmentf3 pelo ilust?'e , cirurgião e nosso amigo Dr. Alberto MadurreilJ'a ao desembarcar do auto que o conduziu ao Hotel Miramar, apresentámos-lhe as nossas saudações, com o pedido , de um aut6grajo, a que prontamente acedeu, sendo para nós muito grato constdtar que foi o primeiro .que escreveu apoz a sua chegada a terras portuguesas.

Uma das notas mais cu'riosas e impressionantes, que não passou ao n~sso espírito observado?', foi a simpatia que Sanjurjo despertou

O GENERAL SANJURJO F.SCRl!lVENDO o AUTÓGRAFO

' PARA "O ESTo'RILl)

logo, especialmente entre os jor,nalistas que o aguardavam, apesar de se encontrarem representadas diversas tendencias politicas.

Ajagados . pelo sol desta encantadora estancia teem aqui perma­necido bastantes emigrados politicos nossos visi'nhos, conquistando á estima da população e dos meios em que viveram durante longos mezes.

E ao regressarem ao seu. País natal conjessam - que vlio álegres,

/. -, -t~o Casino l=storil A' hora do 'chá de hoje realisa·se uma

interes~ânte pas~agem de modelos ' da Casa Gra,11aefa, ae Lisboa f com vesti­dos ~t; tUJ:de, de «soirée.'.,. de. noite. e ~ambeJD pijamas, por graciosissimas manequins.

Para dar maior realce i\ esta demons­tração tIe arte feminilJa, a ilustre actriz e poetisa D. AI~ce Ogan.do, recitará: lindas poesias portuguesas e braziJeiras, fazendo tambern a. apresentaçã.o dos lin­dos modelos com os quais a,quela acre­ditada firma inaugura a épcca de verão . .

A passagem é feita no Salã.o Restau­rante, a que por certo vai afluir uma selecta assistencia de naciomds e estran­geiros, especialmente da coloDia que Re encontra nos hoteis da Costa do Sol.

o inimigo invisível Subordinada ao titulo que encima esta

noticia, o sr, Dr. Marques da Mata, De-. legado de Saúde nesta Concelho, real i­

sou na noite da passada sexta feira, no , Casino da Praia, em Cascáis, uma 'in­teressante ,e sugestiva conferencia, que foi atentamente ouvida por uma enO.l'me assis tenci a, a qual enc1;tia o vasto . Salão daquela oasa de especta.culbs . .

Encontravam·se representadas as cor­porações de Bombeiros desde Paço de _ Arcos, E"scoteiros e Guides, muitas se. nhoras pe~soas de representação e alguns oficiai s do exercito. .

A conferenci tL teve e§pecialmeute o de ifuoida aquelas humanitarias

corporações na forma de actuarem para proteger a população civil contra os hor­rores dum at aque aero-químico, à seme-hança do que em muitos paizes se vem prat icand~Lde de longa data.

Embora a conferencia do estudioso médico fosse muito extensa, conseguiu tanto pela forma realista da apresenta­ção do seu bem documentado trabalho, como pela ilustração de que o revestiu, prender a atenção da enorme assisten­cis, a qual acompanhou com a maior curiosidade as diversas fases da bri-

· lhante exposição, animadas com vastas e variadas projecções referentes à guerra aero- q uimi ca.

O Dr. Marques da Mata, lançando o seu brado de - Alerta! - é o primeiro pioneiro em Portugal que aparece a trabalhar pela defesa da população civil em easo de guerra, incitando o «Exer­cito da Paz~ a que se prepare para amanhã, que se nos apresenta com as côres mais carregadas e arripiantes.

E' absolutamente necessario que o seu éco ressôe do N or\ e ao Sul do Paiz, ,não como um sinal de sobresalto, mas com o mais justificaao espirito de pre­.videncia das populayões indefezas.

Ao ;Estado compete, pois, acompanhar essa cruzada pró Humanidade, dispen-

Esmola aos sábados ' . A mendicidade é um problema dificiJ. Durante muitos anos, mesmo séculos, ,resolveu-se nas portadas dos conventos ', on nos páteos dllS"'C'&'Slls fitialgas. R-oje, porém, há instituições de alta filiLDtro-~ . pia, quer subsidiadas rwla genorisidade . d~s almas boas, quer, outras, a expen_ sas do E~·tado.

O problema tomeu outro aspecto, mais humano. O significado da palavra Caridade, tornou-se mais altruista, por· que vem do cérebro, do raci09ínio, em-bora passe pelo coração. .

Não basta dar de comer aos que têm fome. Albergar os que não têm lar. E' preciso mais, muito mais.

E' preciso também educar, corrigir, salvar das degradações. .

Tem de se relacionar à luz dum cri­tério bondoso, mas firme.

Há pobreza que sofre adentro do seu orgulho amachucado pelos revezes da. vida. E há pobres que a indoléncia, os crimes, os vícios, prenderam para sem­pre, aos seus tenebrosos tentáculos e taras.

Ainda há outra. ordem de mendigo!:', que acompanham aquêles na sua triste marcha pelas aldeias e algumas cidades. São os que cingem ao rôsto a máscara do sofrimento, provocam feridas e usam uns trapos repelentes para iludir as al­mas boas e puras.

O seu objectivo antipático, é acumular mesmo sofrendo as maiores misérias, e roubar aos verdadeiros necessitados o óbuio que ihes pertenceria.

Um caso se passou directamente comi· go. Vou contá-lo.

Ao meu escritório começou de apare­cer em certo sábado, um mendigo pe· dindo, como todos, uma esmola para um pedaço de pão.

A primeira vez que pediu, fiz-lhe vêr que já tinha os meus pobres certos aos sábados, e que a minha bôlsa não podia exceder·se em mais gastos.

Disse-lhe que voltasse mais tarde, porque seria atendido. Dois meses de­pois era êle que substit.uia um que não veio mais .••

Começou a frequentar o meu gll. ui­chet» pontualíssimo, todos os sábados

(Conclue na 2.' página)

sande-lhe a maior assistencia moral e material.

São cada vez mais .negras as nuvens que se divisam no «horisonte interna­cional J, e por isso a conferencia do Dr" Marques da Mata tem uma grande opor-

. tunidade, assim o compreendendo as inumeras pessoas que asistiram ao seu valioso e bem intencionado esforço, tri­butando-lhe ao terminar uma. significa­tiva e prolongada ovação, a que since­ramente nos ' associamos.

.po'rque os braços da Mãe-Pátria os e.spe'fa, e deixando-nos com a d6r da separação dos irmãos fJ.u(3?'Ídos. . , O General Sanjurjo, que vem passar algum tempo entre n6s, não tardará tambem a sentir que, ent~'e portugueses e espanhois, não pode deixa?' de existir UULa grande solidariedade fraternal, mais ajervorada ainda nas horas adver­sas. Dir-se-l.á muitas vezes, que é necessário beber o cálice até ás fezes para melh?lJ' sabO'1'earmós os parcos momentos de fugaz prazer que a vida nos pro­po?'c'tOna . ..

Apoz vinte mezes de cativ(3iro, o general Sanjurjo, antigo heroi das campanhas de Mar9'Qcos, condecorado duas vezes com a c~'uz lau't'eada de

J S. Pe?'nand'o, vem re.pousar com Sua Ex ma Esposa e l!~lho no Estoril, onde

I

se encontram ainda bastantes compatriotas seus. . . Na eSPQntanea simpatia com que foi. ?'ecebido pelos repr~sentantes do~

maiores jornais portugueses, pode esta?' certo de que fica traduzido o senti­mento hospitaleiro do povo de Portugal.

Seia bemvindo. . ,

H c(

(.)

fi)

-< (.)

Page 2: Rua Cruz dos Poiais, .-Lisboa GENERA[J.:SANJURJO' t~o ... · ... e que a minha bôlsa ... sande-lhe a maior assistencia moral e material. São cada vez mais ... ramos em arco e deitamos

Pág'. 2 o ESTORIL

Mll~~ll O~~an~Rráli~~ n. Carl~~ I Ridendo •.• Por falta de tempo, o nosso pre­

sado amigo e dedicado colaborador sr. José Tainha, não pôde enviar-nos para êste número o seu ccRidendo .•. », o qual conquistou um grande contin­gente de adeptos, pela graça infinita e elevação com que tem focado vá­rios assuntos de interesse para esta estância.

Em resposta à nossa notícia do último mímero de ccO Estoril», rece­bemos a carta que segue, acompa­nhada de um comunicado que foi enviado já a outros jornais, e ao qual damos hoje publicidade.

Lisboa, 26 de Abril de 1934:

Ex.mo Sr. Direotor do Semanário (O Estoril» :

Convindo esolarecer a opinião pú­blica, àcêrca do assunto versado no in­teressante semanário de que V. Ex.a é digno Redactor, foi pedido por este Conselho aos grandes diários de Lisboa a publicação duma exposição com que se ilucidasse o grande público.

Junto temos a honra de euviar a V. Ex. a um exemplar da referida exposi­ção pedindo o favor! de a publicar no vosso semanário e pedimos a V. Ex.a

se digne notar que o facto de ter sido enviada a notícia aos outros jornais, foi consequência unicamenté da urgência que havia em esclarecer o assunto e da necessidade de divulgação entre um maior público, não significando menos consideração pelo vosso interessante e conceituado jornal, que muito presa­mos.

Pelo Conselho Geral

Olule Gomes de Amorim Loureiro

Museu Oceanográfico Il!. Carlos I

A Presidência do Conselho Geral da Liga Naval, pede-nos a publicação do seguinte esclarecim~nto :

O semanário de propaganda e turismo «O Estoril», n.O 119 de 22 do corrente, referindo·se a uma diligência da Asso­ciação Industrial Portuguêsa junto do Ex.mo Ministro da Marinha, para tratar de um melhor aproveitamento da Colec· ção Oceanográfica D. Carlos I, afirma que esta foi em tempos cedida pelo Se­nhor D. Manuel de Bragança, à Co­missão Administrativa do Museu Cástro Guimarãis em Cascais, a-fim-de neste ficar instalada.

Certamente por insuficiência de in­formações! não é rigorossmente exacta esta afirmação.

A referida Colecção desde 19tO, es· teve entregue à guarda da Liga Naval, que cumprindo compromis30s tomados com o Senhor D. Manuel II, a manteve exposta ao público até 1929, no edifício em que estava instalada, no Calhariz.

Nesse ano, por motivos e dificuldades diversas, foi auctorisaria a Liga N ava.l pelo Senhor D. Manuel e Senhora D. Amélia, a transferir o depósito da Colecção para O Museu Castro Guima­ritis para nele ser e.JJpo.~ta, ficando sob a guarda da Câmara Municipal de Cas­cais, com obrigações identicas áquelas em que tinha sido confiada à mesma Liga, e nessas condições foi enviada para aquela vila no mesmo auo.

É certo porém que até hoje tal expo­siçl10 não se fez, por não haver espaço disponivel no Museu Castro Guimarãis, em cujos sotãos a Colecção se encontra arrumada, tornando-se necessária a construcçã.o dispendiosa de um pavilhão para essa exposiçl1o, além das despezas de pessoal competente para a sua ma­nutenção.

Ora actualmente a referiria Colecção é propriedade da Liga Naval, à qual foi

Dr.- Laurinda de f\lambre Doenças uterinas Partos

CLINICA GERAL DE SENHORAS Rua Garrett, 74. 1.0 - Das 15 ás 18 horas Largo do Campo Pequeno. 19. r/c. - Das l~, 30

ás 14.30. - TELEFONE N. 5423

Muito bem! Já foi ajardinado O miradouro junto

à Escadaria do Monte Estoril, tornando o local mais aprazivel, e s~ndo por isso indispensavel um policiamento cuida­doso, a·fim-de evitarem a destruição das plantas, mantendo-o devidamente limpo e tratado.

E quando se volvem os olhos mise· ricordiosos das entidades oficiais para o passeio entre o Monte e as cancelas de Cascais?

Se chegamos a ver essa arteria devi­damente saneada e alindada, embandei­ramos em arco e deitamos uma grande girandola de estrondosos foguetes •.•

A falta de espaço impede-nos de fazer algumas considerações sôbre a

. nota daquela colectividade, o que fa­remos no pr6ximo número, anima­dos, como sempre, do maior espírito de justiça.

legada, como é sabido, pelo Senhor D. Manuel II, oompetindo portanto à mesma Liga resolver sôbre o destino definitivo a dar· lhe.

E sabido é também que desde 1929 a esta parte, nos meios oficiais e scienti­ficos, se tem firmado sôbre esse assunto orientação muito diversa e que aliás jJ~ existia: os verdadeiros interesses da Sciência, impõem a entrega dessa Co­leoção ao Aquário Vasco da Gama,ltul­tituto Oceanográfico actualmedte o'UD1CO . em Portugal, que veio continuar os es­tudos scientificos tão brilhantemente iniciados entre nós pelo Senhor D_ Gar­los 1.

E nesse Instituto, existem salas já. ooncJuídas, que bom dinheiro custaram, perfeitamente adaptadas. à exposição da Colecçl10, e s6 nesse Instituto existe pessoal scientitico especializado e com­petentissimo para garantir o S9U melhor aprqveitamento. '

Melhor aprov~itamento dizemos, por­que essa Colecção com a sua biblioteca, não é um conj unto de meras curiosi­dades para examinar de passagem, maS constitue sobretudo um precioso mate­rial de estudo para o pessoal scientifico do Aquário e para todos os nacionais e estrangeiros que o frequentam ou visi· tam com intuitos de cultura oceanográ­fica.

A dispersão desses elementos de es­tudo por regiões distan.tes é um contra­senso; a sua concentração n um organis­mo único, impõe·se, e tanto mais que esses elementos escasseiam e são difici­limos de obter.

Mas mesmo sob o ponto de vista de recreio útil para o público em g eral também se impõe a sua instalação no Aquário, um dos estabeleoimentos mais visitados do país, por nacionais () es­trangeiros, cêrca de quare ta mil visi­tantes por ano,

A orientação que fica exposta e hoje predominante nos meios q ue se jnte­ressam pelo progresso scielltifico do país, é também a do Conselho Geral da Liga Naval, com assentimento das Se- ' nhoras D. Amélia e D. Augusta Vitó­ria, devidamente oonsultadas sôbre o assunto, após O falecimento do Senhor D. Manuel II.

Pelo que fica exposto, se vê quanto tem de patriótica a diligência da Asso­ciação Industrial Portugnêsa, e como seria da maior oportunidade a interven­ção do Estado no sentido de se pôr um termo à inacreditavel situação que há. longo tempo se vem arrastando apezar das diligências em contrário: por um lado o Museu Castro Guimarãis, Museu artistico, com uma colecção scientifica há 4 anós arrumada em soUoa, sem sa­las para a expôr, sem pessoal para a tratar :e estudar, e apenas escassos vi­sitantes para a vêr; por outro lado o Aquário Vasco da Gama, Instituto e Museu scientificos, sem a colecção tam­bém scientifica, mas com salas vazias para a receber, pessoal competentissimo para a aproveitar, e dezenas de milhares de ;visitantes para a apreciar 1 ,

E - inverosimil, mas verdadeiro! ....

Jardim Visconpe da Luz Passámos por ali , ha dias e fi.cámos

surpreéndidos oom o estado lastimoso em qúe se encontra, pois julgávamos

. que já estivesse ao menos devidamente .limpo e livre, da estrumeira' em que foi ha tempo transformado.

No centro da séde do Concelho, junto de habitações e passagem bastante con­corrida, não está certo, apelando para a Camara, a·fim-de dar as suas providen­cias, corno é de inteira justiça.

.Monte 'Estoril

neleaa~ão de Oeiras da Liua dos Combatentes da Grande Guerra

A Direcção dêste Núcleo informa, para conhecimento dos seus Ex.mos cons6cios e de todas as entidades, q~e de futuro todos os assuntos da Delegação de Oeiras da Liga dos C. ,G. G. são tratados na Rua Candido dos Reis, 82-0eil'as, continuand<> a funcional' na Avenida da República 109 em Algés o curso jnfantil que esta Delegação ali mantém.

Dr. matos Taquenho Faleceu há dias no Alto Estoril, onde

há muitos anos residia, o Ex.mo Sr. Dr. Matos Taquenho, cujo funeral se reali­zou p.ara a Vila de Cuba, sua terra na­tal, constituindo a sua morte grande sentimento entre a população daquela localidade, onde o finado disfrutava a geral estima dos seus hJibitantes.

Muito culto 6 primoroso conversador, dedicava-se à cultura das suas proprie­dades agrícolas, ramo de actividade sô­bre o qual dissertava com largos co­nhecimentos . .

A' Ex.ma. família enlutada, e em espe­cial a seu filho, o ilustre clinico sr. dr. Taquenho, enviamos os nossos senti­mentos.

Banhos de sol Temos em nosso poder algumas car­

tas de estrangeiros, queixando-se con­tra o excesso de zêlo de algllDs mari­nheiros encarregados do policiamento das praias, não lhes consentindo que recebam o sol no peito e nas costas, a descoberto.

Algumas vezes verberámos o prooe­dimento de certos exagerados moder­nistas e cultores do nú integral, mas daí a impedir que, especialmente os ho­mens, possam tomar os seus banhos de sol com a oompostura que a moral da época exige, vai uma grande diferença.

Nesse caso, teriamos também que nos insu'rgir contra os espectáculos de luta e trajos dos dançarinos, geralmente exibidos na presença de milhares de pes!;ôas, onde se encontram muitas orianças.

Lá isso não. Nem tanto ao mar, nem tanto() à terra; e já que os homens en­carregados do policiamento não têm o bom senso de contemporisar, aplicando a lei sem trair o espirito do legislador, esperamos do ex.mo Comandante do Pôrto as necessárias providências, para que os seus subordinados procedam com mais acerto.

Também nos parece dispensavel que os marinheiros se apresentem armados, pois um lIimples caoetête é mais do que suficiente para se impô rem e fazer cum­prir a lei.

Para essas e outras pequenas coisas devia ter olhado há muito à Comissão de Turismo, que é a entidade mais lO­

dicada nestes assuntos.

Manoczl da Cruz Construtor Civil

Executam-se todos os trabalhos da especialidade, fornecendo­

-se projectos, orçamentos e todas as indicações que

solicitem.

ESCRITORIO NO PARQUE ESTORIL

Telefone 66 Estoril Ala elquerda

The most plcturesque resort of the sun·coast -­good accomodations at dlfferent prlces ln up-to-date hotels. MONTE ESTORil Is well pro-

Hotel f'tlântico Grand Hotel D'ltalie Hotel Mira-Mar 6rand Hotel éstrade tected agalnst lhe wlnds.

N.O I 2 O

A "Semana da r ubercalose" { . .

Estão decorrendo com grande acti­vidade em todo o Paiz os trabalhos de organisação para a (C Semana da Tuberculose», tendo já começado a propaganda contra o terrivel flagelo.

O concelho de Cascais que tem sempre acompanhado todos os actos de solidariedade humana, decerto prestará a sna colaboração a essa cruzada generosa.

o Salão Aufomovel Abriu a Exposição · de automoveis

no Pala cio do Parque Eduardo Vil, onde está afluindo uma grande mul­tidão a apreciar os modernos mode­los das mais variadas marcas ali ex­postos.

Este certame está constituindo um verdadeiro triu!lÍo para os seus orga­nisa~ores, que foram incansáveis na sua organjsação.

O Salão' AutomoveI, onde se reali­sam sessões cinematograficas, abre todos os dias às 14 horas e fecha às 24, apenas com o ~ntervalo das 19,30 às 21, reabrindo a ,esta hora.

Esmola , aos sabados· .' (Continuaçl1.o)

I

Um dia o meu amigo Facio, convi­dou-me para uma partida de Bridge, em sua Casa. Hora marcada, aí vou eu, à noite, bater' às portas da rua A, . pro­curando 8 casa do meu amigo, cujo nú­mero me havia esquecido.

Rua escurh, na parte alta da cidade_ Uns frouxos de luz indecisos e insufi­ciente, não cumpriam bem a sua missão. Não se via nada.

Bati a várias portas de vários prédios com muitos andares. E já. pensava re­gressar. '. ~em partida.

Estava, agora, em frente duma cha- • mada. m.ox.a.dia...oA..nda~, lU~4e azulajo do Rato. Ba.ti. Quem é? Responde-me uma voz de cristalino timbre. Inquiri. E' aqui que mora o Sr. F.? Ah. Não, não sei, mas espere um pouco que tal­vez meu pai saiba quem é êsse Senhor.

E então a porta abre-se toda. Um ho­mem de longas barbas brancas, olbar inquieto, invEJstigador, surge na. minha frente, ali no limiar da sua própria mo­radia.

E quem era êssa homem? O meu po­bre dos sábados. Olhámo-no.!!. Eu, con­fesso, fiquei vexado por ter sido d manta alguns anos o bemfditor dê.3te proprie­tário .••

A. C.

Cobrança estamos preparando a co­

brança da primeira e segun­da série, para enviarmos os recibos para o correio, es­perando por isso dos exce­lentlssimos assinantes o seu pagamento logo que lhes se­jam apresentados pelo res­pectivo empregJdo, a-fim-de nos evitarem duplicação de despesas e outros transtor­nos fáceis de calcular.

Este numero foi visado pela

Comissão de Censura

TRABALHOS TIPOGRÁFICOS EM TODOS OS GÉNEROS

Oficinas Fernandes Rua da Cruz dos Polals, 103 - LISBOA

TELEFONE 27784

Page 3: Rua Cruz dos Poiais, .-Lisboa GENERA[J.:SANJURJO' t~o ... · ... e que a minha bôlsa ... sande-lhe a maior assistencia moral e material. São cada vez mais ... ramos em arco e deitamos

. ..

. ·Instanlaneos ue férias I Tàntus fotografias deliciosas que podereis dbter facilmente com um ~Kodak» Six-20

- elegante e prático - e que no próximo in­verno vos farão reviver ainda estas férias t

. E para que os vossos negativos reproduzam. ne lmente o original, em todas as. s uas gra-, dações e detalhes, carregai com Película

~ V erichrome» o vosso

"Kodak'l Six-20 Podeis adquirir o vosso «([{odak", a prOftto . ou em pequenas mensolida· .eles peto Sis tema [(odak de Pagamentos por Alu­guel, em qualquer boa casa de artigos lotogrtí­ficos. A li encontrareis tambem «Verichrome. a super-pelícuta de grande rapidez, rabricadà ex clu-8wamente por • [(odak • •

t OOAK LTD. - Rlla Garrett. SS-Lisboa.

~ESTORIL~ 5UNNY COR5.T PORTUG~L

-' l I

SUMMER AND WINTER SEASIDE RESORT 14 MILES FROM LISBON

ELEOTRIO TRAINS EVERY HALF HOUR

THE BEST CLIMATE lN EUROPE AVERAGE TEMPERATURES {Winter - 53,6

Summer - 62,6

EVERY KlnO OF SPORT Golf- Polo-Tennis-Yachting- Swimming- Riding, etc.

ESTORIL-PALACIO-HOTEL Confortable and luxuriouB

HOTEL DO PARQUE Modern comfort

ESTORIL-THERMAL -ESTABLISHMENT Hydro-mineral and , Physioterapy - MAGNIF 1 CENT SWIMMING-POOL

, : Natural tepid water

II TA M A R I Z" The children 's Paradise-W onderful esplanade over the sea

RESTAURANT - AMERIOAN BAR - THEATRE -OINRMA - OONOERTS - DANOING - GAMING

(ROULErrTE AND BACOARA) AT THE . ,

CASinO-ESTORIL

o~ Gran~~~ Armaz~n~ Gran~~lla COMEMOR"N DO A

ABERTURA DA ESTA~AO DE VERAU P .. omovem inte .. essantes Festas da P .. lmave .. a di .. igidas

a .. tisticamente po .. AN.BAL CONTREIRAS com a colabo .. ação da notável esc .. ito .. a

Ex.ma Senho .. a O. ALICE OGANOO.

n Programa da apresentação de lindos modelos de pijamas

de praia e vestidos de' tarde e de noite.

Sa. ca.do - 29 de ..A cril L

A's J5 horas no SALÃO DE FESTAS GRANDELL.A

D~:rl:'l.in~o - ~e de ~ cril A' hora do Chá Elegante no CASINO PO ESTORIL

S~8'unda-feira - 30 de ..A. cril

Inauguração da Estação de Verão' . A's 15 horas no SAL.ÃO DE FESTAS GRANDELLA

T erça.-feira. - :1..0 de l>..<ta.io A's 21,30 hlJras no CINEMA S. LUIZ

Quarta-feira - 2 de :b.I.ta.io A' Hora do Chá na PASTELARIA GARRETT.

Quinta-feira. - 3 de lMta.io A's 15 horas no SALÃO DE FESTAS GR ~N DELLA

. Extraordinária Matinée Inf~ntn Organisação oa Escola do Papá Natal

Sexta.-feixa - 4: de ~a.io

'.

A' hora do Chá Elegante no SALÃO AUTOMOVEL-PARQUE EDUAllDD VII

S e. b a d o - 5 de :t:va:a.io . A's 15 horas-TARDE DE ARTE no SALÃO DE FESTAS GRANDELLA

08 moderos, durante a passagem, distribuirão lindal raus e interessa ates brindes às senhoras e creancas.

Algum s gentis discípulas da "M,ME BlITTON" abrilhantarãl) as tardes no Salão de F ~shs Grandella com interessantes bailados. CONVITES ESPECIAIS

~OTBL PARIS ESTORIL

The Hotel Paris is a new and modern building, -surro~nded by

a large garden. From its windows

one en joys a wonderful view

of the who 1e of the Portuguese Riviera. Ir. is fitted with every

modern comfort, central heating, . lift and hot and cold water in

every bedroom, has private sui­tes, private bathrooms, ~tc.

The Chapel of the Church of England is in the Hotel garden

and during the winter months

there is a Chaplain in residence. Excellent cuisine a n d e ver y

attention.

s ·

HOTEL · ATL1\NTICO o

'The only Hotel of the "Sun-coasttt situated .right on th4Z occzan

" . with private entrance to the beach.

Tea-room-Bar-Restaurant-Beautiful terraces & gards'o.

EV~RY SUNDAY CONCfRT

Page 4: Rua Cruz dos Poiais, .-Lisboa GENERA[J.:SANJURJO' t~o ... · ... e que a minha bôlsa ... sande-lhe a maior assistencia moral e material. São cada vez mais ... ramos em arco e deitamos

IL N.o 120 ' ~~t~,t~i '~~~==~~~~~~~~~~?=\~10==E=S=T~O~R~~============~~================~'"

• J

[1ST OF ~OTE[ V1S1TO~S Estorll-Palaclo-Hotel

Consul a'Arg"entina. esposa e fi lhas, D. Ca­simiro Gomoz Cobae e esposa, Antonio de Li­ma Mayer, esposa e f;ilhoB, mr. \V. R ebert R. ' Paten, mrs. Lllian C. Paten . mr . . R, C. Long, mr. W. F. Smith mr. Charl~s H. Hewett, mrs. Winifred W. Hewett, mise Marguet Ilsmond, mr. William H. Bisbop. D. Ireno àe Vl'scon­celos, mIS. Catherine M. L. Priday, mr. Les­lie M. Priday. mr. Frederick P. p. GIlspar, mI'. Tancki Kumabe, The Rlgbt Hon. Lady Brownl"w, mI'. Johp ~Ilson. Sir Dunclln H&y, mrs. Flora Wilson, mr. Jobn\Hug"h V. B "ktor MiIl, The HClD. ·Mtlry S. N. V. Buk~r Mill, miss Eveline Mc Cullagh, sr. Ministro M. Nascimento, majer Demetrius William~, mrs. G. S. E. Williams, mr. J hn I. Wood, mr~. Grace A. Wood, miss Phillis J. 8bephard, mr. Gordon Norm bnby Br~pdon. mrs. Elsa Maria Brandon, miss Edna Ruth Bichard; No­har Singh, Shov& Kanw'ar Baiji, mrs. Muriel Hendirc k Deuchar, n.rs. ZHa lJ,uchar, mrs. Olive Gaze, mrs. Cecilia Beatric;e OSItlond, Rao Reja NArpatSingh, Kaevar Naendra Sl(j~. mr. John WilIio."'l D. BealE'S, mru. Sopnla L. Huddart, mr. Mauriee Bau s te in, mrs. Mar­garet BausteiD, mr. Isaac Collins, mrs. Leo­nora Collins, major Gen. ~lr Frederj · k W . B. Landon, Lady Ethel M. Landon,. The Hon. Dorothy Lcw&her, mrs, Frances T.ylor Tru­bridftE', mr. <irthur James 'Lllyland, mrs. Be­ryl M. y Maclecd, mr. George W. Richard~, Lieut. Com. John Bertram A. M. Smedl. y, mrs. Agatba H. Marnsen Smedlt y. mr. U. W. Alpssl.',mre. C. W. Alpass,L .. dyD.B;,y Gen. Sir Donctin. ,'Lady Doneao,- mI'. G~ralu Bensted, mrs. Ethel E. B ensted, mr. Cha­dwich H. Mcorp, mr. :\1yetle M. 1. TAnnent, mrs. EIsie M. Wllgg, mr. Harcold Beench, mrs. Dorotby A. Freneh, qeut. CoI. A~thur H. C. Sutherland. mrF, Ruth M. M. J. Su­therland, ~r. captain Hogh Ellis D. CoUen, Sr. AutlJD10 Ferro.

"

Hotel do Parque

Mrs. Lydia Grace Asbinghtcrn, Ladye Admi­raI Sir J. Chamber!l, Dr. João Santiago e fa­milia, mI'. George Wilfred Bickhy M. me !lae Mayer Eekut, Miss Edna Petr0!liJ!a Ta.mlY,n, Miss Leilah Belknap, Mrs. MarJone Churcblll Allen, Miss Joyce Kathléen Forfiett, ~~P. Berthe B!anche Villaine, Sr. Guilherme Flll~P, misi! Elisabet Mander, mr. John Angelo Barr, mrs. Rut Nibkck Davinson Maclean, miss Diana Ceoilia Humphrya, 180'1 ~ertrude M8y Humphr1s, mr. Howard Alexander SIIIythe, mr. Don\lld Ab~rcrombie Forbe~, lDr~. Violet poris Wood, miss Roth Lecbmere Fraser, miss Marjorie Alison Hutchios, miss Anas­j;asia Mabyn Tam)yn. mr. Percival Thomas H~ttl( .. eH, mr. Henry George Cbristian Mead, :J\.ieut. CoI. ltarold Corbatt D _wning, mrs. Mona Smith U,,-#'ning, Mre, Nora Myfanmy »ickey, D. Lydla Emll da Conceição. D. 'l'efE'za J>into da Conceição, Mr. John Fort, Mrs. Ianthe rortb• ' , . Hotel Miramar

'; Mr. & Mr!'. M. Eleanor Macvay, Mr. Erik Arentz, Mrs. L. A. Rogers, MI'. & Mrs. Ja­'mes HI"oper, Mr. & l\{rs. E. Hooper, Mi~s L. Mary Dennis, Miss Gertruds Morley, Mrs. K. Helep Johnston, Miss Barbau Margaret .lobnston, Mr. & Mrs.' Patticb Cooper, Mr. )Iossack. Mr. Walter Shute, Miss Maud May~rs, Dr. & Mrs. R. PO\4lter, Mr. Mr. E. P. G. - Carron. Mr. S. Falconcr. Miss Mary S. Fale'oner, Mrs. Mary A. Harrison, Mr. C. H., H. MolI, Mr. Percy B. Josepb. Mrs. Mary Luisa Adams, Sr. A. Gomes de Carvalho, Cap. !.Irs •• Tohn Morrison, Mr. Charles Walter, 'Major Henry Du-Buisson, Mrs. Isma M. Du­Buisson, Mr. &: Mrs. Percy E. Dcwson, Miss Christina M. E. Dowson. Miss L. M. Ti)ler, Mrs. Louise Simmons, Mr. Frader Vital Sim~ mons, Miss Flora m. Mac Lean, Mrs. Anne­marie Schelelter, mrs. e mI'. E. Dunand, .IlUS. e mias Heale, van der H. M. Hoog, mrs. Hoog, mr. e mrs. C. J. Newbold, miss A. HuneU. mrs. H. L. Johnson, mr!!. M. D. Co­bbod, Mrs. & Mr. John Vivian B. Molyneux, mrs. e mr. Hugo Sa\'ardly, mr~. B, A. Gaun t ,

mra. L. Singer, mrs. e mr. H. Williams, mr. e mrs. C. A. Seabrock, mr. A. L • . Fulrker, mr. M. Coinbe, H • .a,aul d" Oliveira, m. Ranl de Oliveira, D. Maria Isabel Alves Machado, mrs. e mr. E. a. G. ROp'er, mr. W. H. Dencer, mrs. A. E. F. StaDford, mr. G"E. Stanford, mrs. e mr. G. R. Hart, miss R. E. Ht w JtRon, Miss G. M. Brown, Miss M. Y. Siau, MI'. Alfred Mtiyer. Misa L. A. Warwick, Mlss S . .A. Musson, Mr. fi Mrl'. H. E. Gar­oiner M~ . ~. Wei~ht, Mi8s M. W. Rrigb~ flllsS t., Copley, ,mias ;EI:.' Turner, mrs. , ,, mr: F G. SimonR, miss J. H. SI " onF, mrs. e mr. D. R. Wmter, miss M. N. K6nnedpy, ' miss J. R. Phillips. miss Phillips, mr. G. " M. Sterang, mr. F. O. ,Brown, miss M. N. Pultvon, Vicente Rodriguez Prie~o, Dr;. Hans Lissin~, João Illtzemnn, Dr: Carlos . Meades, miss G. E. M. Procter, miss V. M. de Pu­trO no Mr. H, S. Chandler, Miss de Pbillips. Mills .,.. A. Craing. Miss M. Wqlie, D. Luis ~raqa e Sr.· D. P"tra Sssso de Goizuete, 8rt.· Rosa­lia Goizueta Sasso, D, Jo é Brujó Alvarez.

'. ' I

GENERAL: J ..

Sanjujo's arrival at Estoril

On Friday Jast, at II o: clock iIr the morning, the distinguished General of the Spanish Army, J. S anjurjo, who has benefited by the l'ecent amnesty, arrived at the Hotel Miramar, at Monte Estoril.

The hero of the Afrioau campaign9, during which he was t ice decor'\ted with the highy estimated medal of St. Ferdinand, found, awaitinghi ith their famílie!'!, some of his old feIlow­officiers, now exiles, who b estowed o him a . very warm and significant -we~­come.

The newspapers representatives heard from Sanjujo's li ps very flattering appre­ciations concerning the portuguesa peo­plewhom he professes to greatly admire' He wrote severa] autographs for the newspapers; the first to be presented with one Was the week]y CIO Estoril» ",ho greets this illustrious and winning visitar who, having come to seek for rest under the blua and blessed sky of Portugal, finds a shelter and a protec­tion iu the privilegad climate of the Sunny Coast were he intends to remain for some time with his wife alld son.

VISIT 'PORTUGAL ANO SPAIN Motor ears (Reo)

GRANDE HOTEL ESTRADE 5ervice Teleph. 9-Estoril

MONTE ESTOR IL C . ALVAREZ

Excursions in comfoi'table CARS to different places whlch are worth seeing. Passenger can be called at the Hotels where they are staying If they book thelr seats at GRANDE HOTEL eST~ADE where they will be attend~d by an Engllsh speaking person. For the conveyance of passengers and baggage to the embarcation quays ln LlSBON or vlce-

versa we charge 90 escudos. Ask for tariffs of excurslons.

Our chautfeurs speak fre-nch and english

A t the Casino Estoril To-day, whilst tea is being served, an

interesting exhi bition of modeIs from Grandela's Establishment, in Lisboo, wiU take plaoe. Gracefal aod dainty live mannequins wiU show off the 1atesG fashions in w.alking·dresses, evening dresses and pyjamas.

T.o render more attractive this display of f~minine art, t he distinguished actresSl and poetesa, D. Alice Ogando, shall recite some portuguese and brazilian poetry, presenting likewise the beau_ tifal costumes w ,th which this well­known firm ahall inaugurate the sum­mer season.

The mannequins wil! file off in the Restaurant-Safoon whe're, most 'assu­redly, a great maDy and most seleot portuguesé and foreign onlookers Sh811 be present, especially those who are at the present moment living at the hotels oí the Sunny Coast.

i ( ...

l'ortuguese r estival An attractive and picturesque feasb is

being organi.zed for a.n early date, ~n which tha Fisher·Folk of Portugal Wll1

take part, with their typical costumes, music and danoes. This feast which will be in the Estoril-Park at night, promises to be, due to its originality, as great a success as the one which took place on Sunday 15 th.

CHALtT Rua do Lido

OSTtNDI: Monte Estoril

Luxurious Private Boarding House t Beautiful Rooms alI with private

, verandas and nice S~loons Healthy Situation and big garden

Telefone ESTORIL 305

All friends of the COSTADO SOL sh'ould 'be subscribers to this paper

[1ST OF ' ~OTE[ V1S1TORS' Hotel Paris

·MISR .A nna ~ria Ligbtfoot, miss T . ulinson , miss F. W ebb· Warp, Miss R. Webb-Ware, Mr. William Hlirdy, Mrs. Alice BonnaHe, Mr_' H. GIlIston, :\1:r9. Dorothy S. B. Gelston, Mr_ William AllAn Ogletborpe, Mrs. Margat'l<t Annie Oglethorpe, mrs. Fvrysth, mr. Joseph R_ Brooks, mrs. D ,ris GWBudoline Brooks, .\IIr. Jel)n Brcker, ror. E. Wolff, Sr. Antonio da. Amaral SilVA, Mr Radford, Mrs. b'ox MIS~ ' Woo Iforde, Me. Roberston, Mrs. Robenton", Mrs. Gardiner, Miss Gardiner, Miss GI'8Ctt Louil'A Bilbnm, Mlss Gladys Bilham. Mr. Fliot. Mr. H.rbert Miobael Carmiohael, Mrs. ElizlÍ­beth Cftrmichael, Miss Carmithacl, Mrs. Goo­dr.!l, Miss Klmptob, Mr. BOrpnSlE'yn, Mrs. Teresa Ines, Fl'aulein Maria Homelstpr- Sf' ~ mrs. Mabel Senior, mr. " mrs. Harvard, mrB. e miss Romeas, Mrs. 8esslons mr~ . Ge -trude Havard, mr. John H~vard, mr. & Mrs_ I

Maltwnod, mr., mr!!. e midS Hardy, mr. e mrs. Ratcl1ft'", mrs. e mrs. Goodman, mr. Byrnel!. mrs. Moiree, mr. I'!mrs. Johnson, mrs. K-thl'­leen llrokar, mr. G,.or~e E dwards, mi ll s Mary Mllef:1, ~rs. Jesllie Nock:01ds, mr. F. Bairst~w. mr. tiimpsoD, mrs. 1!:ug.me Romeas, mlu Catherine Roweap, sr. Alvaro Torrds Con8~ madame Fernandes Costa, madame Cal I ila Rousseau, mr. Pieter BIISt, mrs. Best, miss Ilns WRf:obrum miss Olga Warmbrum, mr_, Daviel Warmbrum. mrs. Lil :}' Warbrum. mrA. Gladetonp, mr.Yo~Dg, mr. FUlher, miss Mir~am Marston, miss Bnwór, :01'. e mrs. Do(kID~~ miss Sandl!ands, mi!!, Millar, mrs. Ledsam" mrs. Bartlete, mr. Ison.

Grande Hotel de Italia Coi. Robert R. Whittwell, Maj'lr Henry 'Ne­

bster Inghs, C . p. & Mrs. John Owen, Corr­mandAr Ernest C. :Miller, Mrs. Charlotte Shaw, Mr. & Mrs. Ricbard Nosworthy. Mr. & MrM. Tbomas James DenDv, Dr. e mrs. Allie Phil­lip, mrs. Margaret Jane Abercrombie, Miss Louise ruargaret Quarmby, Miss IsabeUaMary

Maclachlan, Mr. James Edward Coombes, MI'. George Parham Levis, Sr. ~erafim Reis e Es­pou, D. Antoni& Franco, Sr. Barros e Sá, Mies Mollie Rped, major Georges John Forbés, mr. Oscar Brt woe, mr. e mr!'. Norman GilbPJt MI-' tchell-Innes, miss Ellen Rob~rts, mr. I' mn. Leslie Nl.rman Watt s, Dr. e mr. Herbert.. Harrison, mr. W.lson, D. Joaé Mor" Chaus,. Grouo Cap. V. O. Rees, mra. V. O. RE'e., Mr. & Mrs. G. Ro!:krow mrs. Eiizabath Wil­liams. mrs. M. E. Freeman Dr. e mrs. Duff Mitche ll. master Duff MitcheJl. D. Juan Ruiz, mr. H Jory C. Hali, miss Nellie Hame~. Kenion, miRs V. Kenion, mr. e mrs - .Jackson Mr. J. Ro~krow, Mr. & Mrs. F. Bobins, Mr • .b Mrp. Mundford, Mrs. E. B. Tress, Mr. & Mrs D. R. WlDter, hlrs. Dupe, Mrs. Blak ', Mr. &;., lIrs. W. AlIse.

Grande Hotel Estrade Sr. D. José Sanchez Fadraque. Mrs. Violet:

Isabel Iveson, miss I. Close, mI'. Gecrge Bailey Beak, mr. Norman Linds~y, miss Eleonor Cu­roline Aliso .. Lindssy. mr. e mrs. G. S. To· vey, mrs. IJ:lizabeth Barter Barcl>y Gwynnt', mlsl! W. E. ~lIycock, mr. H. C. Rorne, mrs. Horne, mr. W. G. Cbylpy, mrs. E. B. Cay­lty, mrs. A. M. Greathed, mr. N. K~y. Sir­Ernest Hotson, L'ldy Hotstn, Sr.· D. l'urifi­caoion Ctlinobillo, mrs. E. M. Rankine. mr. J. 8. Rankir.e, miss A. Lloyd, mrs. E. Wol­feo, R l'v. J. H aron A mrs. H"ron, miss Dorotby R oulie L'n 1I'8Y Bloxan, Canto Cbarles Lalld Willats, Me. William Arthur Whitmarsb, Mrs. D orott,y Ane Me. Lean, Mr. Peter Mc. Lean e filhos, Mr. WIlliam LAk3. miss M. lCitttw, Dr. R. Dixon, mra. a ... U I! m, Editt J)ixon" mr. George Orai Beak.

Hotel Atlântico Sr. Bluett, Miss B1uett, Sr.· J. M. Forber,.

Sr.· Evelyn, Sr.' J . C. Broadwood, Sr. e Sr.­H. O Leon"" , dt, Sr. Baron Rudbeck, Sr. e Sr.­Perkins, Sr. e Sr." P. Stapel, Sr.· Wasserfall, Sr" vau Eiawga, The Ron. t< Qderio Hendersen. Sr. D. H. Toller.Bond, Sr. e Sr.· Buma, Sr. Al­mirante Ivens Ferraz e eaposa; Sr.· Mitohel, Sr. C. V. Dllrell, tr. Cap. G. J. Veldkamp,. major Brook Webb, Sr J. O. Smith, Sr. H. MI Smith, Sr. e Sr" W. F. Robe ' ts, Lady V. C., Bendeano, Sr. F. gorn, Sr. T . Horn, Baron J. 1vV. J. 'l8n Haersolte, Sr. e Sr. a J A. De Ko­ning, ~r. Ministro Chang Hain Hai e familia.

Pensão Panorama D. Stella Melo Geraldes, madame H eartl, A.

C. Moran, ErnE'sto Moran, Carlos A!oran, D., Tenz<\ Jourdaic, Pi. Jourtlaln A,ntonlo Jgle­sias, Douglas Prentin, ~. F. Mane, Elizabeth Scott. Ila Soott, qladame S. Michy menln~ João Micby, mademoiseile Fernanda Quintela.

Pensão Zenith ' Mis'8 Gladya Hilda Gilbert, Mr. George Herr

bert Gltldstone, Mills Frances lIplen Mile. Bridges, Mrs. Elizabelh A. Smitb, Miss Busl, Smith, ~r.· D. Ana Ferreira !Ilonteiro, MenioQ Artur J OS& Ferreir4' Monteiro, Sr. Gerardo Lo> blic, miss Lllian Mabel Elliott, miss ]L Mae­callum, mrs. Margaret Tvmas, Mr. M. Burna. e familia.