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Editora

Rua Major Basílio, 441 - sala 22 CEP 03181-010Fone: (11) 6605-4651 – [email protected]

Editor e Diretor de arte: Victor Rebelo

Jornalista: Érika Silveira

PROGRAMA

Música & Mensagem

Músicas espíritas

e espiritualistas,

entrevistas, auto-ajuda

e estudo das religiões

Aos sábados,

Às 16 horas

Rádio Mundial95,7 FM (SP)

Apresentação

Victor Rebelo

Nas bancas de todo Brasil

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UFOLOGIAe espiritualidade

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Índice

1 - Fotos de naves avistadas 08

2 - Pluralidade dos mundos 11

3 - Estamos sozinhos? 19

4 - A vida em Júpiter 38

5 - Eram os deuses astronautas? 55

6 - UFOS na Segunda Guerra 59

7 - Eles estão por aí 73

8 - Contatos 79

9 - Abdução 97

10 - Um caso de abdução 107

11 -Ufologia e globalização 124

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Naves avistadas

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Veja mais no site www.revistaufo.com.br

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Ao lado, podemos observar amostras de moléculas biológicasde aminoácidos recolhidas de um meteorito que caiu na Aus-trália em 1969. Existe a hipótese de que, depois das grandeschuvas que ocorreram devido ao resfriamento dos vapores ediversos gases vulcânicos que existiam no berço da formaçãodo planeta, uma grande avalanche de meteoros tenha caído nooceano original, trazendo consigo os elementos básicos da vidaorgânica

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Pluralidade dosmundos habitados

Quem ainda não se perguntou, ao consi-derar a Lua e os outros astros, se esses globossão habitados? Antes que a ciência nos hou-vesse iniciado à natureza desses astros, erapossível a dúvida. No estado atual de nossosconhecimentos, ao menos existe a probabili-dade, mas a esta idéia realmente sedutora fa-zem-se objeções tiradas da própria ciência.

Diz-se que a Lua, ao que parece, nãotem atmosfera e, possivelmente, não possuiágua. Em Mercúrio, à vista de sua proximi-dade com o Sol, a temperatura média deveser a do chumbo em fusão, de maneira quese ali houver chumbo, este deve correr comoa água de nossos rios. Em Saturno dá-se ooposto, não temos um termo de comparação

Texto extraído da Revista Espírita,de Allan Kardec, ano I, volume 3 – março/1858

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para o frio que deve ali existir. A luz do Soldeve ser muito fraca, apesar da reflexão desuas sete luas e de seu anel, pois, com aque-la distância, ele deve aparecer como uma es-trela de primeira grandeza. Em tais condições,pergunta-se se é possível a vida.

Não se compreende que semelhante ob-jeção possa ser feita por homens sérios. Se aatmosfera da Lua não foi percebida, será raci-onal inferir que não exista? Não poderá serconstituída de elementos desconhecidos oubastante rarefeitos para não produzirem refra-ção sensível? O mesmo diremos da água e doslíquidos aí existentes. Em relação aos seresvivos, não seria negar o poder divino julgarimpossível uma organização diferente da queconhecemos, quando, às nossas vistas, a pro-vidência da natureza se estende com uma so-licitude tão admirável até o menor inseto e dáa todos os seres órgãos apropriados ao meioem que devem habitar, quer seja a água, o arou a terra, quer mergulhados na escuridão,quer expostos à luz do Sol? Se jamais houvés-

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semos visto um peixe, não poderíamos con-ceber seres vivendo na água, não faríamos umaidéia de sua estrutura. Até bem pouco tempo,quem teria acreditado que um animal pudes-se viver indefinidamente no seio de uma pe-dra? Mas sem falar desses extremos, os seresque vivem sob o fogo da zona tórrida poderi-am existir nos gelos polares? Entretanto, nosgelos, há seres organizados para esse climarigoroso que não poderiam suportar a ardên-cia de um sol vertical. Por que, então, nãoadmitir que certos seres possam ser constituí-dos de maneira a viver em outros globos e emum meio completamente diverso do nosso?

Adaptação a outros mundosPor certo, sem conhecer a fundo a cons-

tituição física da Lua, nós sabemos o bastan-te para assegurar que ali não poderíamos vi-ver, como não o podemos em companhia dospeixes no seio do oceano. Pela mesma ra-zão, os habitantes da Lua, se um dia pudes-sem vir à Terra, uma vez que constituídos para

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viver sem ar ou em um muito rarefeito, tal-vez completamente diverso do nosso, seri-am asfixiados em nossa espessa atmosferacomo nós quando caimos na água. Aindauma vez, se não temos a prova material evisual da presença de seres que vivem emoutros mundos, nada prova que não possamexistir organismos apropriados a um meio ouclima qualquer. Ao contrário, diz-nos o sim-ples bom senso que assim deve ser, pois re-pugna à razão crer que esses inumeráveis glo-bos que circulam no espaço sejam simplesmassas inertes e improdutivas. A observaçãoaí nos mostra superfícies acidentadas, comoaqui, por montanhas, vales, abismos, vulcõesextintos e em atividade. Por que, então, nãohaveria aí seres orgânicos? Seja, dirão. Tal-vez haja plantas e até animais, mas seres hu-manos, homens civilizados como nós, conhe-cendo Deus, cultivando as artes e as ciênci-as, será possível?

Com certeza, nada prova matematica-mente que os seres que habitam os outros

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mundos sejam homens como nós ou que se-jam mais ou menos adiantados do ponto devista moral. Mas quando os selvagens daAmérica viram desembarcar os espanhóis,não tiveram mais dúvidas de que, além dosmares, existia um mundo cultivando artes quelhes eram desconhecidas. A Terra é pontilha-da por uma inumerável quantidade de ilhasgrandes e pequenas e tudo que é habitável éhabitado, não surge no mar um rochedo semque, imediatamente, o homem não plante aísua bandeira. Que diríamos nós se os habi-tantes de uma das menores dessas ilhas, co-nhecendo perfeitamente a existência de ou-tras ilhas e continentes, mas nunca tido rela-ções com os que as habitam, se consideras-sem os únicos seres vivos do globo? Diría-mos: “como vocês podem crer que Deus te-nha feito o mundo somente para vocês? Porqual estranha bizarria a pequena ilha de vo-cês, perdida na solidão do oceano, teria oprivilégio de ser a única habitada”?

O mesmo podemos dizer em relação às

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outras esferas. Por que a Terra, pequeno glo-bo imperceptível na imensidão do universoque não se distingue dos outros planetas nempor sua posição, nem por seu volume, nempor sua estrutura, pois nem é a maior ou me-nor, nem está no centro ou nos extremos, seriaa única residência de seres racionais? Qual ohomem sensato que poderia pensar que es-ses milhões de astros que brilham sobre nos-sas cabeças foram feitos para recreiar nossosolhos? Qual seria, então, a utilidade dessesmilhões de globos invisíveis a olho nu e quenão servem nem mesmo para nos iluminar?Não seria orgulho e impiedade pensar queassim fosse? Para aqueles a quem pouco im-porta a impiedade diremos que é ilógico.

Por um simples raciocínio que muitosoutros fizeram antes de nós, chegamos a con-cluir pela pluralidade dos mundos, raciocí-nio este confirmado pela revelação dos espí-ritos. Realmente eles nos ensinam que todosesses mundos são habitados por seres corpó-reos apropriados à constituição física de cada

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globo, que entre os habitantes desses mun-dos, uns são mais e outros menos adiantadosque nós do ponto de vista intelectual, morale mesmo físico. E mais: hoje sabemos que épossível entrar em relação com eles e obteresclarecimentos sobre seu estado. Sabemosainda que não só todos os globos são habita-dos por seres corpóreos, mas que o espaço épovoado por seres inteligentes, invisíveis paranós por causa do véu material lançado sobrenossa alma, que revelam sua existência pormeios ocultos ou patentes.

Assim, tudo é povoado no universo. Avida e a inteligência estão por toda a parte,em globos sólidos, no ar, nas entranhas daterra e até nas profundezas etéreas. Haveráem tal doutrina algo que repugne a razão?Não é, ao mesmo tempo, grandiosa e subli-me? Ela nos eleva por nossa mesma peque-nez, bem ao contrário desse pensamentoegoístico e mesquinho que nos coloca comoos únicos seres dignos de ocupar o pensa-mento de Deus.

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Caso Roswell

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A curiosidade natural com os astroscompeliu as antigas civilizações a estuda-rem o céu. Ainda na Antiguidade, quandoos homens acreditavam em uma Terra planaou jazendo nas costas de uma tartaruga, elesjá haviam efetuado uma série de observa-ções corretas visando compreender os acon-tecimentos celestes, as quais só ganhariamnovo impulso no século III a.C. com os as-trônomos gregos Pitágoras e Aristarco, en-tre outros.

A astronomia moderna surgiu no perío-do do Renascimento, quando o polonêsNicolau Copérnico propôs um sistema demundo heliocêntrico e o italiano GalileuGalilei fez as primeiras observações do céuutilizando uma luneta. O rápido avanço que

Estamos sozinhos?Maria Aparecida Romano

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foi se verificando representou a abertura depossibilidades ilimitadas no campo da ciên-cia e da tecnologia, ampliando o conheci-mento sobre os corpos celestes e abalandode certa forma a teoria que supunha a Terracomo centro do universo.

Quando Isaac Newton aplicou a me-cânica dos fenômenos celestes, revelandohaver uma “força misteriosa” que ele cha-mava de “gravitação universal”, pôde-secalcular com precisão os movimentos daLua, dos planetas e dos cometas. A mecâni-ca dos astros tornar-se-ia precisa entre osestudiosos, o que possibilitou, em 1846, adescoberta do planeta Netuno na posiçãoprevista pelos cálculos.

Na segunda metade do século XIX, o usoda fotografia e da espectroscopia para o es-tudo dos corpos celestes permitiu o desen-volvimento da astrofísica. Em 1916, AlbertEinstein renovou a cosmologia ao aplicar aTeoria da Relatividade Geral. Enquanto os ci-entistas inauguravam uma nova visão do uni-

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verso, algumas doutrinas espiritualistas jádefendiam a existência de vida em outrosplanetas, assunto que, em âmbito geral, ain-da se constituia apenas e tão somente em umareflexão filosófica.

O caso RoswellNo entanto, a vida extraterrestre deixaria

de ser apenas teoria na manhã de 05 de junhode 1947, quando uma equipe de arqueólogosdo Texas Tech University, liderados por CurryHolden, chegou à cidade de Roswell, umapequena localidade perdida no deserto doNovo México, nos Estados Unidos. Eles foramrelatar no escritório do xerife George Wilcoxque haviam testemunhado a queda de umavião sem asas e com fuselagem arredondadaàs 23h do dia anterior. Segundo as testemu-nhas, havia corpos de alienígenas com umpouco mais de um metro de altura junto aosescombros. Enquanto os arqueólogos aindaprestavam depoimento, um casal de campis-tas fez um relato semelhante. Em pouco tem-

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po, a pacata Roswell foi ocupada por milita-res do 509º Bomb Group (Grupo de Bombar-deiros), base aérea localizada a 70 km do lo-cal, que conduziriam uma investigação cer-cada de muitos mistérios.

No local da queda, milhares de fragmen-tos estavam espalhados e alguns foram leva-dos à base aérea que, na época, era a únicado mundo cujos aviões eram armados combombas atômicas. O material recolhido eraum metal extremamente resistente, que nãoderretia, não podia ser cortado e voltava aoformato original quando amassado. Além dis-so, ninguém conseguiu decifrar o que pare-ciam ser hieróglifos gravados nas placas.

O comandante da base anunciou à im-prensa que, pela primeira vez, haviam reco-lhido destroços de um disco voador, cujosavistamentos tinham se iniciado semanasantes e agitavam o país. A queda foi notíciano mundo todo, mas, imediatamente, umaversão oficial do Pentágono informou que oobjeto acidentado era um balão meteoroló-

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gico, sem registro de vítimas. O caso ficariaesquecido por cerca de 30 anos, até que, em1978, graças às persistentes investigações deum grupo de ufólogos, apurou-se que ETsteriam realmente sido vítimas de um aciden-te em Roswell, quando sua nave espacial seespatifou no solo. Na ocasião, vários corposteriam sido recuperados, além de um queteria permanecido vivo por alguns anos. AForça Aérea Norte-Americana admitiu que asconclusões anteriores não eram verdadeirase que o objeto voador envolvido no acidentenão era um balão meteorológico. O estranhomaterial, descrito por eles anteriormentecomo sendo um misto de madeira balsa ealumínio laminado, era na realidade um novotipo de liga, capaz de burlar a vigilância deradares.

As implicações desse acontecimento fo-ram enormes. Coincidência ou não, os epi-sódios mais marcantes da exploração espa-cial tiveram início na década de 50, com afundação da Federação Internacional de As-

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tronomia. Em 1957, a antiga União Soviéticaenviou ao espaço o primeiro satélite artifici-al, o Sputinik 1, seguindo-se sucessivos e bemsucedidos lançamentos de foguetes espaci-ais. Em 21 de junho de 1969, ocorreu o pri-meiro desembarque humano na Lua, com amissão Apolo 11. No satélite natural da Ter-ra, os astronautas norte-americanos EdwinEugene Aldrin e Neil Armstrong fizeram umpasseio e coletaram material (27 kg de pe-dras e poeira). Embora a esterilidade do sololunar não oferecesse condições para afirmarou negar sua habitabilidade humana, os pio-neiros deixaram uma mensagem histórica:“Aqui, os homens do planeta Terra pisarampela primeira vez na Lua. Viemos em missãode paz, em nome da humanidade”. Paraquem ficariam dirigidas essas palavras?

Visões e contatos extraterrestresParalelamente às grandes explorações ci-

entíficas, as últimas cinco décadas do séculoXX foram marcadas por mais de seis milhões

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de depoimentos de pessoas de todos os seg-mentos sociais admitindo publicamente queavistaram OVNIs (Objetos Voadores Não-Identificados) e tiveram contato com seus tri-pulantes. Alguns depoimentos claramentevisavam publicidade, porém, outros maisqualificados foram oficialmente registradospelas forças armadas de todo o mundo.

O astronauta russo Alexander Balandinedisse que se defrontou por duas vezes comOVNIs durante missões especiais, experiên-cia igual à vivenciada por astronautas norte-americanos. Na década de 90, uma esqua-drilha de OVNIs foi vista no céu de Paris, oca-sião em que o primeiro-ministro francês fezum alerta para todas as nações do planeta.Na mesma época, a Direção Geral da Aero-náutica do Chile declarou que três OVNIsforam detectados pelo Aeroporto Internacio-nal de Arica viajando a 13 mil km/h.

Aqui no Brasil, em 1982, o comandanteGerson Maciel de Brito, pilotando um Boeing727 da Vasp rumo ao sul do país, presenciou

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junto com seus passageiros um OVNI de corazulada fazendo evoluções. Em 19 de maiode 1986, o aeroporto de São José dos Cam-pos (SP) foi sobrevoado por 21 OVNIs,registrados nas telas dos radares do CentroIntegrado da Defesa e Controle do TráfegoAéreo. Seis aviões supersônicos da ForçaAérea Brasileira (FAB) tentaram interceptá-los,mas fracassaram ante a velocidade incom-patível. Na noite de 08 de agosto de 1997,três grandes objetos luminosos, acompanha-dos por dezenas de outros menores, foramvistos em 35 cidades à sudoeste de Salvador,na Bahia.

Além dos relatos registrados oficialmen-te, a quantidade de fotos e filmagens em ví-deo em plena luz do dia é tão grande ediversificada que se torna impossível umafalsificação, pois seria cara e nada convin-cente. Para os incrédulos, existem ainda ou-tros tipos de provas, como fragmentos de umOVNI que explodiu em 1957 na cidade deUbatuba (SP). Um deles foi exibido no Mu-

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seu da Aeronáutica, na capital paulista, e hojeestá em poder da FAB.

Mas a ocorrência mais evidente e, atécerto ponto, chocante aconteceu em 20 dejaneiro de 1996 na cidade de Varginha, sulde Minas Gerais, que contou com mais de100 testemunhas oculares. Militares captu-raram seis estranhas criaturas com poucomais de um metro de altura, franzinas, comtrês protuberâncias na cabeça, pele marrommuito oleosa e exalando forte odor de amo-níaco, grandes olhos vermelhos e olharimpactado. Na noite anterior, na zona ruralda cidade, um nave foi vista voando em bai-xa velocidade, aparentando problemas. Osufólogos que investigaram o caso consegui-ram depoimentos secretos junto aos milita-res e divulgaram para a imprensa como ascriaturas teriam sido capturadas e levadaspara hospitais de Varginha. Em seguida, elasforam encaminhadas para o Instituto de Es-tudos da Força Aérea Brasileira, que se tor-nou responsável pelo caso. Posteriormente,

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as criaturas teriam sido enviadas aos EstadosUnidos, para que fossem pesquisadas pelomesmo grupo do caso Roswell.

A polêmica dos OVNIsMuitos cientistas já partilham a idéia de

que há vida no universo além da Terra, masdiscutem a vinda de alienígenas devido à dis-tância, talvez querendo limitá-los à atual tec-nologia terrena. Com base nos depoimentosdas testemunhas, dezenas de raças e tiposdiversos visitam constantemente nosso pla-neta. A existência de OVNIs é incontestável,pois eles são vistos diariamente em todo oglobo, sendo mais comum durante o dia.Muitas vezes, surgem como esferas, triângu-los e naves em forma de charuto ou cilindro,além de outras formas menos comuns.

Não importa qual seja sua origem, a hi-pótese extraterrena é a que melhor se susten-ta. Muitos acreditam que os OVNIs venhamde mundos sob os mares ou de dimensõesparalelas, utilizando-se, ao que tudo indica,

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de portais ou buracos negros que ligam dife-rentes regiões do universo, com a propulsãobaseada em campos gravitacionais ou deantimatéria. Outros defendem a teoria de queuma pequena parte deles podem ser navessecretas daqui mesmo, empregando técnicasalienígenas. Investigações recentes revelaramque, durante o regime nazista, foram criadasfábricas subterrâneas para desenvolver “avi-ões voadores” nas proximidades de Praga,capital da antiga Checoslováquia. Com o fimda 2ª Guerra Mundial, as fábricas foramdestruídas e os técnicos recambiados para osEstados Unidos e a Inglaterra.

O assunto é delicado, polêmico e vemassumindo sérias proporções. Talvez por si-gilo, não há uma posição oficial das entida-des governamentais ou das comunidades ci-entíficas. É mais difícil calar do que falar e,no fundo, todos buscam notoriedade. Assim,tudo indica que tamanho segredo pode tersido imposto pelos governos por medida deprecaução, para evitar um possível colapso

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na sociedade diante de implicações religio-sas, filosóficas, econômicas etc. Já os cientis-tas, facilitados por uma postura conservado-ra e racionalista, fazem um pacto de silênciosimplesmente porque não existem bases só-lidas nas quais as conjecturas possam se apoi-ar. A ciência é racional, portanto, para emitiralgum julgamento sobre formas de vida emoutros planetas, é necessário dispor de umabase com princípios absolutos e irrefutáveis.

No entanto, a cada dia, torna-se maisdifícil continuar ignorando as evidências. Asorganizações ufológicas crescem sensivel-mente no mundo inteiro, investindo recursosnão só para chegar à verdade do casoRoswell, que acreditam ser “a história do se-gundo milênio”, mas buscando investigar mi-nuciosamente os novos acontecimentos. En-tre os dias 07 e 14 de dezembro de 1997, o1º Fórum Mundial de Ufologia reuniu 70 es-pecialistas de 20 países, entre eles 30 brasi-leiros e o astronauta russo Alexander Balan-dine, um entusiasmado ufólogo. Alguns go-

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vernos, como da Itália, da França e do Chile,já reconheceram oficialmente as pesquisas eaté militares brasileiros, no passado, admiti-ram publicamente que estudaram os fatos.Pesquisas de opinião sérias indicam que cer-ca de 75% da população norte-americanaacredita em OVNIs, proporção muito expres-siva na América Latina e em quase toda aÁsia, inclusive na China, em contraponto aoíndice relativamente baixo na Europa.

No meio artístico, o cinema é quem temtrabalhado melhor o tema, sobretudo com aobra do norte-americano Steven Spielberg.Além de consagrado cineasta, ele é um no-tório membro da comunidade ufológica in-ternacional e tem se ocupado intensamentepara evidenciar provas da existência de vidaextraterrestre. Em 1994, Spielberg manifes-tou seu interesse em realizar uma grande pro-dução sobre o caso Roswell, tendo recebidototal apoio do então presidente Bill Clinton,que, inclusive, cederia imagens confidenci-ais do governo. Essa produção se somaria aos

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dois filmes famosos do cineasta no assunto:Contatos Imediatos de 3º Grau e E.T. – O Ex-traterrestre. Este último, lançado em 1982,conta a comovente estória da amizade de umgaroto com uma criança alienígena abando-nada por descuido de uma nave espacial quevisitava o planeta. Ao sensibilizar adultos ecrianças, Spielberg eternizou aquele perso-nagem que queria voltar “para casa”, fazen-do do filme uma das maiores bilheterias detodos os tempos. E apesar dos 20 anos quese passaram e da nova versão que recente-mente entrou em cartaz nos cinemas de todoo mundo, a mensagem de E.T. – O Extrater-restre continua atual, acompanhando o ama-durecimento dos humanos com relação aosseres de outros planetas.

Humanidades planetáriasA ciência responsável e esclarecida vem

oferecendo novas e reais concepções sobrea grandeza comparativa do universo e a dis-tância dos astros, para que os seres humanos

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possam trilhar a jornada do terceiro milêniocom passos firmes e conscientes da exigüi-dade da Terra. Ao contrário do que se supu-nha, ela não está isolada no centro da imen-sa criação, mas faz parte de um conjunto denove planetas que giram em torno do Sol,que está integrado a uma constelação deaproximadamente 100 bilhões de estrelas si-tuadas na denominada Via Láctea, uma dasdez bilhões de galáxias existentes no univer-so. Na universalidade dos mundos, o plane-ta Terra não representa mais do que um áto-mo insignificante.

A natureza apresenta grande diversidadenas moradas do infinito. As forças que estive-ram em ação na origem das coisas deram nas-cimento a essa grande diversidade tanto nosreinos inorgânicos quanto nos orgânicos. As-sim, o gênero humano não provém somentede uma Terra, mas de inúmeras delas, forman-do as humanidades planetárias.

Com o advento das grandes civilizações,os seres humanos foram se organizando e as

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religiões propiciaram um sentido fundamen-tal para a existência do homem. Ciência ereligião, duas alavancas da inteligência hu-mana, encontraram um traço de união aoconcluirem que o universo é completo por simesmo e tudo que nele existe não é obra doacaso. Reconhecido como Inteligência Supre-ma e base onde repousa o edifício da cria-ção, Deus foi proclamado eixo de todas ascrenças, cuja onipotência é reconhecida nasleis eternas e imutáveis que foramestabelecidas para reger os mundos criadospor Ele. Na criação, a Terra não recebeu ne-nhum privilégio sobre os outros planetas, quesão, em aparência, tão próprios e tão habitá-veis quanto ela.

Para povoar essas terras celestes, foi cri-ada uma grande família de espíritos. Revesti-dos de corpos adequados, faz-se necessárioque nasçam em mundos pouco adiantados,nos quais iniciam a caminhada evolutiva comsimplicidade e ignorância, mas com obraselementares. Com a somatória de conheci-

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mentos obtidos nas sucessivas encarnações,aprenderão a valorizar a sabedoria e o amordo Pai criador, ganhando condições de al-cançar um mundo mais elevado e usufruin-do da almejada felicidade como justo prê-mio pelo labor desenvolvido.

Diversidade dos mundosSe a Terra fosse a única natureza e a úni-

ca morada da potência criadora, seria um fatoincompatível com o esplendor eterno da cria-ção. A grande dificuldade para os habitantesterrenos assimilarem essa diversidade prende-se, única e exclusivamente, ao hábito de sejulgar qualquer acontecimento sob a ótica dapequena habitação terrestre, pretendendo de-finir a natureza dos seres que habitam ainfinitude do universo como se tivessem omesmo corpo e o mesmo comportamento dosterrenos. O Princípio Inteligente ocupa todosos mundos do cosmos e se apresenta em to-dos os graus de evolução. Assim como, naTerra, nenhum rosto se assemelha ao outro,

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os seres de outras moradas diferem entre siconforme a constituição dos mundos.

Desde os tempos remotos de sua civili-zação, a Terra vem sendo visitada freqüente-mente por seres de outras civilizações. Combase nos depoimentos, existem dezenas deraças que apresentam, além do aspecto físi-co, um comportamento muito variado. Os ex-traterrestres ou alienígenas, como são cha-mados, muitas vezes são considerados comoinimigos, mas são habitantes das diversasmoradas do Pai, cuja existência foi reveladapor Jesus em sua passagem terrena. Emboradiferentes, como parte integrante da grandefamília universal, partilham do mesmo desti-no dos terrenos, interligados pela lei da uni-versalidade e solidariedade. Muitos deles, in-cansáveis missionários, partem de seus mun-dos de origem, que já passaram pelo cicloevolutivo que a Terra está passando, e pene-tram aqui e em outros mundos trevosos paralevar sua parcela de luz, enquanto outros che-gam com o objetivo de observar ou pesquisar.

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O progresso é uma lei natural. As mora-das celestes progridem à medida que os indi-víduos que compõem as humanidades plane-tárias evoluem e se esclarecem, mas a trans-formação não é súbita. Há milênios, os habi-tantes do minúsculo planeta Terra buscam fór-mulas para vencer as dificuldades da comu-nicação entre si. Da mesma forma, para havercomunicação interplanetária, muito mais doque evolução científica e intelectual, é indis-pensável a integração no campo ético e mo-ral, mentes vibrando harmoniosamente nocosmos. Não existe sabedoria real sem humil-dade vivida. À medida que os habitantes daTerra e do infinito ampliarem naturalmenteseus laços de fraternidade, mensagens comoaquela que os astronautas norte-americanosdeixaram na Lua serão facilmente captadas eas comoventes, porém fictícias, cenas de E.T.– O Extraterrestre tornar-se-ão uma realidademaravilhosa nas esferas habitadas.

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Por evocações anteriores, sabíamos queBernard Palissy, o célebre oleiro do séculoXVI, habita Júpiter. As respostas que se se-guem confirmam em todos os pontos quantonos foi dito sobre esse planeta, em váriasocasiões, por outros espíritos e através dediferentes médiuns. Pensamos que serão li-das com interesse, como complemento doquadro que traçamos em nosso último nú-mero. A identidade que apresentam com asdescrições anteriores é um fato notável e, pelomenos, uma presunção de exatidão.

Onde te encontraste ao deixar a Terra?Bernard Palissy – Ainda me demorei aí.

Em que condições aqui estavas?

A vida em JúpiterRevista Espírita, ano I, volume 4 – abril/1858

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Bernard Palissy – Sob o aspecto de uma mu-lher amorosa e dedicada. Era uma simplesmissão.

Essa missão durou muito?Bernard Palissy – Trinta anos.

Lembra-se do nome dessa mulher?Bernard Palissy – Era obscuro.

Agrada-te a estima em que são tidas as tuasobras? Isto te compensa os sofrimentos quesuportaste?Bernard Palissy – Que me importam as obrasmateriais de minhas mãos? O que me impor-ta é o sofrimento que me elevou.

Com que fim traçaste, pela mão do sr.Victorien Sardou, os admiráveis desenhosque nos deste sobre o planeta Júpiter, ondehabitas?Bernard Palissy – Com o fito de vos inspiraro desejo de vos tornardes melhores.

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Uma vez que vens com freqüência a esta Terra,que habitaste várias vezes, deves conhecer bas-tante o estado físico e moral para estabeleceruma comparação entre ela e Júpiter. Pediría-mos que nos elucidasse sobre diversos pontos.Bernard Palissy – Em vosso globo, venhoapenas como espírito e este não tem maissensações materiais.

Pode se comparar a temperatura de Júpitera uma de nossas latitudes?Bernard Palissy – Não. Ela é suave e tempe-rada, é sempre igual, enquanto a vossa varia.Lembrai-vos dos Campos Elíseos, cuja des-crição já vos foi dada.

O quadro que os antigos nos deram dos Cam-pos Elíseos seria resultado do conhecimentointuitivo que tinham de mundo superior, talcomo Júpiter, por exemplo?Bernard Palissy – Do conhecimento positi-vo. A evocação tinha ficado nas mãos dossacerdotes.

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A temperatura varia conforme a latitude?Bernard Palissy – Não.

Segundo nossos cálculos, o Sol deve apareceraos habitantes de Júpiter em um ângulo muitopequeno e, conseqüentemente, dar muito pou-ca luz. Podes nos dizer se a intensidade da luzali é igual à da Terra ou se é menos forte?Bernard Palissy – Júpiter é cercado de umaespécie de luz espiritual ligada à essência deseus habitantes. A luz grosseira de vosso Solnão foi feita para eles.

Há uma atmosfera?Bernard Palissy – Sim.

Essa atmosfera é formada dos mesmos ele-mentos que a terrestre?Bernard Palissy – Não, os homens não sãoos mesmos, suas necessidades mudaram.

Lá existem água e mares?Bernard Palissy – Sim.

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Ela é formada pelos mesmos elementos danossa?Bernard Palissy – Mais etérea.

Há vulcões?Bernard Palissy – Não, nosso globo não é ator-mentado como o vosso. Lá, a natureza não tevesuas grandes crises, é a morada dos bem-aven-turados. A matéria apenas permite o tato.

As plantas têm analogia com as nossas?Bernard Palissy – Sim, porém, mais belas.

A conformação do corpo dos seus habitan-tes tem relação com a nossa?Bernard Palissy – Sim, é a mesma.

Pode nos dar uma idéia de sua estatura, com-parada com a dos habitantes da Terra?Bernard Palissy – Grandes e bem proporcio-nados, maiores que vossos homens mais al-tos. O corpo é como a impressão de seu es-pírito: belo onde é bom. O invólucro é digno

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dele, não mais uma prisão.

Os corpos são opacos, diáfanos ou translú-cidos?Palissy – Há uns e outros. Uns têm tal propri-edade, outros, outra, conforme seu destino.

Compreendemos isto no que se relaciona aoscorpos inertes, mas nossa pergunta se refe-re aos corpos humanos.Bernard Palissy – O corpo envolve o espírito semo ocultar, assim como um tênue véu lançadosobre uma estátua. Nos mundos inferiores, oenvoltório grosseiro oculta o espírito aos seussemelhantes, mas os bons nada mais têm parase ocultarem, podem ler reciprocamente em seuscorações. Que aconteceria se assim fosse aqui?

Lá existe diferença de sexo?Bernard Palissy – Sim, há por toda a parteonde existe a matéria.

Qual a base da alimentação dos habitantes?

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É animal e vegetal como aqui?Bernard Palissy – Puramente vegetal. O ho-mem é o protetor dos animais.

Disseram-nos que parte de sua alimentaçãoé extraída do meio ambiente, cujas emana-ções eles aspiram. É verdade?Bernard Palissy – Sim.

Comparada com a nossa, a duração de vidaé mais longa ou mais curta?Bernard Palissy – Mais longa.

Qual é a duração média da vida?Bernard Palissy – Como medir o tempo?

Não podes tomar um dos nossos séculoscomo termo de comparação?Palissy – Creio que cerca de cinco séculos.O desenvolvimento da infância é proporci-onalmente mais rápido que o nosso?Bernard Palissy – O homem conserva sua su-perioridade. A infância não comprime a in-

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teligência nem a velhice a extingue.

Os homens são sujeitos a doenças?Bernard Palissy – Não estão absolutamentesujeitos aos males.

A vida está dividida entre o sono e a vigília?Bernard Palissy – Entre a ação e o repouso.

Poderia nos dar alguma idéia das várias ocu-pações dos homens?Bernard Palissy – Teria que falar muito. Suasprincipais ocupações são o encorajamentodos espíritos que habitam os mundos inferi-ores, a fim de que perseverem no bom cami-nho. Não havendo infortúnios a serem alivi-ados entre eles, vão procurá-los onde essesexistem. São os bons espíritos que vos ampa-ram e vos atraem para o bom caminho.

Lá são cultivadas certas artes?Bernard Palissy – Lá, elas são inúteis. Vossasartes são futilidades que distraem vossas dores.

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O peso específico do corpo humano permi-te que se transporte de um a outro pontosem ficar, como aqui, preso ao solo?Bernard Palissy – Sim.

Existem lá o tédio e o desgosto da vida?Bernard Palissy – Não. O desgosto da vidase origina do desprezo de si próprio.

Sendo os corpos dos habitantes de Júpiter me-nos densos que os nossos, são formados dematéria compacta e condensada ou vaporosa?Bernard Palissy – Compacta para nós, masnão o seria para vós, ela é menos condensada.

A gente tem, como nós, uma linguagem arti-culada?Bernard Palissy – Não, há entre eles a comu-nicação pelo pensamento.

A segunda vista é, segundo nos informa-ram, uma faculdade normal e permanenteentre vós?

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Bernard Palissy – Sim, o espírito não conhe-ce entraves, nada lhe é oculto.

Se nada é oculto ao espírito, ele conheceo futuro? Referimo-nos aos encarnados emJúpiter.Bernard Palissy – O conhecimento do futurodepende do grau de perfeição do espírito. Istotem menos inconvenientes para nós do que paravós, pois nos é necessário, até certo ponto, paraa realização de missões que nos incumbem.Mas dizer que conhecemos o futuro sem restri-ções seria nos nivelar com Deus.

Pode nos revelar tudo que sabe sobre ofuturo?Bernard Palissy – Não. Esperem até que me-reçam sabê-lo.

Comunicai-vos com uma facilidade maior doque a nossa com os outros espíritos?Bernard Palissy – Sim, sempre. Não existemais a matéria entre eles e nós.

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A morte inspira o mesmo assombro que en-tre nós?Palissy – Por que ela seria apavorante? Já en-tre nós não existe o mal. Só o mau se apavo-ra ante o seu último instante, teme o seu juiz.

Em que se transformam os habitantes deJúpiter depois da morte?Bernard Palissy – Crescem sempre em per-feição, sem passar por provas.

Não haverá em Júpiter espíritos que se sub-metam a provas a fim de cumprir uma mis-são?Bernard Palissy – Sim, mas não é uma prova.Só o amor do bem os leva ao sofrimento.

Podem eles falir em sua missão?Bernard Palissy – Não, porque são bons. Sóexiste fraqueza onde haja defeitos.

Poderias nomear alguns dos espíritos habi-tantes de Júpiter que tenham desempenha-

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do uma grande missão na Terra?Bernard Palissy – São Luís.

Não poderias nomear outros?Bernard Palissy – Que vos importa? Há mis-sões desconhecidas cuja finalidade é apenasa felicidade de um só. Por vezes, estas sãomaiores e mais dolorosas.

As habitações de que nos deste um modelonos teus desenhos estão reunidas em cida-des como aqui?Bernard Palissy – Sim. Aqueles que se amamse reúnem, só as paixões criam a solidão emtorno do homem. Se este, ainda mau, procu-ra seu semelhante, que não lhe é mais doque instrumento de dor, por que o homempuro e virtuoso deveria fugir de seu irmão?

Os espíritos são iguais ou de várias gradua-ções?Bernard Palissy – Eles são de diversos graus,mas da mesma ordem.

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Pedimos que te reportes especialmente à es-cala espírita que demos no segundo númeroda Revista e nos diga a que ordem perten-cem os espíritos encarnados em Júpiter.Bernard Palissy – Todos bons, todos superio-res. Por vezes, o bem desce até o mal, entre-tanto, o mal jamais se mistura com o bem.

Os habitantes formam diferentes povoscomo aqui?Bernard Palissy – Sim, mas todos unidos en-tre si pelos laços do amor.

Sendo assim, aí as guerras são desconhecidas?Bernard Palissy – É uma pergunta ociosa.

Poderia chegar o homem na Terra a um talgrau de perfeição que a guerra fosse desne-cessária?Bernard Palissy – Ele chegará a isto sem a me-nor dúvida. A guerra desaparecerá juntamentecom o egoísmo dos povos e à medida quemelhor seja compreendida a fraternidade.

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Os povos são governados por chefes?Bernard Palissy – Sim.

Em que consiste a autoridade deles?Bernard Palissy – No seu superior grau deperfeição.

Em que consiste a superioridade e a inferio-ridade dos espíritos em Júpiter, já que todossão bons?Bernard Palissy – Ter maior ou menor somade conhecimentos e de experiência. Eles sedepuram à medida que se esclarecem.

Como aqui na Terra, lá existem povos maisou menos avançados do que outros?Bernard Palissy – Não. Porém, entre os po-vos, existem diversos graus.

Se o povo mais adiantado da Terra fosse trans-portado para Júpiter, que posição ocuparia?Bernard Palissy – Aquela que, entre vós, éocupada pelos macacos.

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Os povos se regem por leis?Bernard Palissy – Sim.

Há leis penais?Bernard Palissy – Não há mais crimes.

Quem faz as leis?Bernard Palissy – Deus as fez.

Há ricos e pobres? Por outras palavras: háhomens que vivem na abundância e no su-pérfluo e outros a quem falta o necessário?Bernard Palissy – Não, são todos irmãos. Seum possuísse mais que o outro, com este re-partiria, pois não gozaria quando seu irmãofosse necessitado.

Em conseqüência disso, as fortunas de to-dos ali seriam iguais?Bernard Palissy – Eu não disse que todos se-jam igualmente ricos. Perguntastes se have-ria gente com o supérfluo enquanto a outrosfaltasse o necessário.

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As duas respostas nos afiguram contraditóri-as. Pedimos que estabeleças a concordância.Bernard Palissy – A ninguém falta o necessá-rio, ninguém tem o supérfluo. Por outras pa-lavras, a fortuna de cada um está relaciona-da com sua condição. Estão satisfeitos?

Agora compreendemos. Mas te pergunta-mos, entretanto: aquele que tem menos nãoé infeliz diante daquele que tem mais?Bernard Palissy – Aquele não pode se sentirinfeliz, já que nem é invejoso, nem ciumen-to. A inveja e o ciúme produzem mais infeli-zes do que a miséria.

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Eram os deusesastronautas?

O homem tem registrado a presença denaves e seres extraterrestres desde a pré-his-tória. Imagens como a que vemos ao lado,com cerca de 10 mil anos, podem ser en-contradas em diversas regiões da Austráliae da Nova Zelândia. Abaixo, uma imagempré-histórica de seres com capacetes trans-parentes.

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Entre abril de 1561 e setembro de 1571,muitas pessoas testemunharam um enormegrupo de esferas e discos, próximo ao hori-zonte, na cidade de Nuremberg, na Alema-nha. A mesma cena pôde ser vista na cidade

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de Basiléia, na Suíça, em 07 de agosto de1566. Ainda nesta localidade, em 1571, ojornal Neue Zeitung registrou a presença deuma enorme esfera preta no céu, que chega-va a cobrir o Sol por completo

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Os vários modelos de naves espaciais que teriam sidoconstruídas pelos alemães. Em algumas delas, pode-sever o símbolo da SS. Em outras, é possível observar ar-mamentos na parte inferior

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Com o término da 2ª Guerra Mundial,diversas citações surgiram informando quenaves V-8 teriam participado do conflito.William L. Moore tem esta opinião e diz queo V-8 teria efetuado um único vôo de com-bate, cujo resultado não se conhece.

As primeiras referências à existência dediscos voadores alemães surgiram a partir dadécada de 1950 em várias revistas alemãs,como a Der Spiegel e a Luftfart Internacio-nal. Existem outras citações muito interessan-tes, como a da Author’s Notes, em cuja se-ção da W.A Harbinson’s Genesis (Nova York,1980) encontramos o seguinte: “O Kugelblitzvoou com sucesso poucas semanas antes dofinal da guerra”. Em outra citação, de nota

Ufos na Segunda Guerra Mundial

Por Rodolfo Heltai – Grupo Andrômeda

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enviada para o Duce e datada de 03 de abrilde 1945, lê-se: “A nossa contra-espionageminterceptou um relatório sobre os últimos de-senvolvimentos da indústria aeronáutica ale-mã. Um diplomata francês teria recebido in-formações de um agente duplo, apoiado porHimmler e Goebbels”.

Estas poucas linhas me intrigaram bas-tante, resolvi pesquisar e acabei encontran-do coisas fascinantes. Alguns relatos, duran-te a guerra, nos dão conta de que diversosobjetos voadores, chamados foo fighters fo-ram observados no front. Os aliados acha-vam que se tratavam de armas de guerra ger-mânicas e estes, por sua vez, imaginavam sernaves aliadas. Mas por que este tipo de infor-mação? Seria uma forma de acobertamento?Alguns desses modelos certamente eram ar-mas alemãs, desenvolvidas para funcionarpor controle remoto.

Em uma conversa com James Hurtak en-quanto voávamos para Brasília (DF), tive a opor-tunidade de abordar esse assunto, ou seja, os

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modelos Haunebu e Vrill, os projetos de VictorSchauberger, Rudolf Schriever, Richard Miethee Andreas Epp. Ele me confirmou que os ale-mães tinham construído o que os aliados cha-mavam de “sistema de armas milagrosas”.Hurtak teve em suas mãos documentos quemencionam a construção de Peenemunde, ci-dade utilizada para fazer experiências comengenhos teleguiados, bem como vários catá-logos de discos voadores germânicos.

Disse a ele que não havia o que discutir,pois a indústria aeronáutica, na época, pos-suía recursos para, de certo modo, realizartodas essas concepções. Nem há como es-conder o interesse demonstrado pelos norte-americanos e russos, logo após a vitória so-bre Hitler, em recolher todos os planos deSaenger e Zborowski. Merece ser menciona-do que o engenheiro alemão H. de Zborow-ski, antigo diretor do departamento de fogue-tes da BMW, foi o responsável por criar o pro-tótipo de um charuto voador.

Virgil Armstrong, ex-membro da CIA,

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deu-me uma declaração sobre os discos voa-dores alemães, que poderiam aterrissar e de-colar em vertical e voar em ângulo reto, alémde atingirem a velocidade de 3000 km/h eestarem armados com canhões laser tipo KSK,que poderiam atravessar uma blindagem de10 cm de espessura. Estes canhões substituí-ram os do tanque Panzer montados na parteinferior do disco, que, por serem muito pesa-dos, desestabilizavam a nave.

Tive a oportunidade de conversarlongamente com Virgil, que gentilmente me deuuma entrevista de 50 minutos durante um Con-gresso Internacional na cidade de Curitiba (PR).Na ocasião, tivemos a companhia de VanderleiD’Agostino, que nos ajudou muito como intér-prete. Fizemos amizade e tive a chance de fa-zer uma palestra em conjunto com ele na cida-de de São Roque, em São Paulo.

Disco alemãoA CIA e os serviços secretos britânicos

já estavam a par, em 1942, da construção e

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do emprego de tais objetos voadores, fabri-cados pelos alemães. Uma das máquinasmais perfeitas fabricadas pela sociedade Vrildurante a 2ª Guerra Mundial foi o VRIL-7,um grande objeto em forma de disco muitosemelhante ao Haunebu III, porém, com cer-ca de 120m de diâmetro. O primeiro testecom o VRIL-7 foi feito sobre o mar Báltico noinverno de 1944. Alguns segredos sobre es-tes aparelhos foram vedados à própria hie-rarquia militar alemã.

A redação da notícia foi decifrada peloCentro di Castiglione delle Stiviere e foi trans-mitida pelo chefe do Departamento Políticode Investigação do partido fascista republi-cano, Adolfo Belgieri. Eis a notícia propria-mente dita: “O caça alemão redondo, semasas nem leme, alcançou subitamente os qua-drimotores Liberator, cruzando-os de proa aenorme velocidade e, ao passar pela coluna,emitiu algumas nuvens de fumaça azulada.Passado um instante, bombardeiros america-nos incendiavam-se misteriosamente, explo-

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dindo no ar, quando o foguete alemão já ti-nha desaparecido no horizonte”. A notícia éassinada por Vittorio Foschini, que dirigiu oServiço de Informações de Defesa da Repú-blica Social Italiana. Em conversa com o físi-co Salvatore de Salvo, fui informado de queos problemas nos aviões norte-americanoseram causados pela soltura de gás pentano,que penetrava nos carburadores dos aviões,ocasionando a explosão dos mesmos.

O cientista Stephen Hawking, uma dasmaiores inteligências da atualidade, diga-sede passagem, foi um dos palestrantes em umaconferência denominada “Imaginação e Mu-dança - A Ciência no Próximo Milênio”, ocor-rida no dia 06 de março de 1998 na CasaBranca, sede do governo norte-americano,sob a gestão de Bill Clinton. Entre outras co-locações, Hawking falou muito sobre OVNIse alienígenas. Em um dos momentos, disseque, entre os cientistas, existe uma certa di-visão de pensamentos, no sentido de que arazão de ainda não termos sido visitados por

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extraterrestres é que, quando uma civiliza-ção atinge um estado de desenvolvimento se-melhante ao nosso atual, fica instável, aca-bando por se autodestruir (a civilização tipo1 que é citada pelo físico Michio Kaku e éconhecida de alguns estudiosos da ufologia).

Em outro instante, intrigou ainda maisos presentes ao fazer a seguinte citação: “Cla-ro que é possível os OVNIs também seremde procedência extraterrestre e conterem alie-nígenas, como muitos acreditam, e que o Go-verno esteja encobrindo estes fatos. Não gos-taria de comentar sobre isto. Pessoalmente,creio que existe uma explicação diferentepara compreender o porquê de ainda não ter-mos sido contactados, mas não vou entrarnesta questão aqui”. Foi realmente um even-to muito significativo para o estudo científi-co sobre o tema.

Uma coisa nos chama atenção: o catá-logo foi publicado em alguns livros de formamaquiada, ou seja, sem as insígnias da SS.Por quê? Se ele fosse falso, por que não re-

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clamaram? Por que foi publicado como sen-do extraterrestre?

Uma combinação de formas de OVNIsbaseada em fotografias publicadas foi prepa-rada pelo dr. Shepard, um psicólogo e pes-quisador da Universidade de Stanford (EUA),como ajuda para identificação e incluída emum documento enviado à Comissão de Ci-ência e Astronáutica do Congresso em julhode 1968.

Agitação em WashingtonNo livro Discos Voadores - Relatório so-

bre os Objetos Aéreos não Identificados, docapitão Edward J. Ruppelt, encontramos o tre-cho que transcrevemos a seguir: “Poucos diasantes dos acontecimentos, um cientista de umórgão que não posso revelar e eu estávamosfalando sobre os comunicados da costa lestedos Estados Unidos. Conversamos duranteduas horas e eu já me apresentava para partirquando ele disse que tinha um último co-mentário a fazer, isto é, uma predição. De

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seus estudos a respeito de OVNIs, cujos rela-tórios vinha obtendo do quartel da ForçaAérea e das discussões com seus colegas, erade opinião que estávamos sobre um barril depólvora, denominado disco voador. ‘Dentrodos próximos dias, o barril explodirá e a For-ça Aérea terá a mais sensacional observaçãode UFOS’. Lembro-me de que ao dizer isto,o cientista pontilhava sua declaração baten-do com o punho cerrado na mesa. E conti-nuou: ‘A observação ocorrerá em Washing-ton ou Nova York, provavelmente em Wa-shington’”.

Se este fato realmente ocorreu, pergun-tamos: Como seria possível detectar umapossível invasão de OVNIs extraterrestres?Seriam realmente extraterrestres? Poderia seruma resposta intimidatória dos alemães emresposta ao ataque à base da Antártida, ocor-rida nos anos de 1946 e 1952? Reflitam!

Devo lembrar que Richard Evelyn Byrd,no pós-guerra, foi à Antártida e teve uma durabatalha, tendo enormes baixas. Levou 4 mil

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homens e perdeu 1500. Foi uma tentativa de-sesperada de desalojar tropas alemãs que láse encontravam com seus U-Boats (submari-nos) e tentar capturar os discos voadoresconstruídos pelos alemães. Estes fatos podemser comprovados, pois há recortes de jornaisde época e filmes, como OVNIs do III Reich.Há indícios fortes de que Hitler e MartinBomann teriam conseguido se refugiar nolocal. Devo lembrar que seus corpos nuncaforam encontrados.

Há relatos bastante interessantes de ex-periências desenvolvidas com teletransportede átomos e que oficiais iniciados faziam ex-periências para abandonar o corpo no Cas-telo de Wewelsburg, na Westfália. Este localera usado pelos alemães para os rituais demagia e iniciação. Diversos soldados que seencontravam presos neste castelo faziam tra-balhos forçados de tratorar a terra quando,em 1942, viram um disco levantar vôo portrás das árvores. Essa ocorrência se repetiudiversas vezes. Os aparelhos eram dirigidos

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por pilotos especiais da Lutwaffe, que usa-vam um broche ovalado para diferenciá-los.

Com o bombardeio de Pennemunde emagosto de 1943, a fábrica foi transferida paraa antiga fábrica da Skoda, em Praga, ex-Tche-coslováquia. Ali foram fabricadas várias uni-dades de teste que foram levadas para a No-ruega e algumas unidades se acidentaramdurante os mesmos. Foi nesta fábrica queAndreas Epp trabalhou e fotografou algunsde seus modelos de discos.

Com a invasão de Praga, estes materiaisforam enviados, depois de desmontados, paraa base na Antártida. Não fosse este fato, pro-vavelmente os alemães teriam tido tempo deconcluir a fabricação destes discos e conse-guiriam ganhar a guerra. É importante sali-entar que faltavam peças e dinheiro, pois aprioridade era para armamentos pesados deguerra e ainda faltava petróleo, obrigando osalemães a fabricar álcool extraído da batata.

Esta é apenas uma pequena parte daguerra que veio a público, graças aos relatos

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de alguns militares aposentados. Pode-se no-tar que existe a possibilidade de se construirestes tipos de aeronaves com finalidades bé-licas. Esse é um dos motivos do acobertamen-to, ou seja, guardar segredo e fazer uso mili-tar dos mesmos. Muitos desses técnicos ale-mães, inclusive o próprio Victor Schauberger,trabalharam para os norte-americanos no pós-guerra, existem muitas experiências na área51. Os aliados capturaram planos do que vi-ria a ser o Jumbo 747. Cabe aqui salientarque os alemães desenvolveram uma aerona-ve em forma de asa delta e trabalhavam tam-bém na tecnologia stealth.

Outra fonte nos dá referência de que, nosanos 30 do século passado, Marconi tinhabase secreta de discos voadores na Venezuela,situada em uma cratera de vulcão extinto nosul do país. Ele trabalhou com energia solar,energia cósmica e anti-gravidade. Este assuntofoi abordado no livro The Misteries of theAndes, do francês Robert Charroux, sem men-cionar o famoso Nicola Tesla, que teve parti-

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cipação no evento de Tunguska e trabalhouno Projeto Filadélfia.

No Brasil, temos vários nomes de espe-cialistas no assunto, como Ernesto Bono,Salvatore de Salvo, O. D. Lavine, entre ou-tros. No exterior, temos dezenas de nomes ecitarei apenas alguns: James Hurtak, VirgilArmstrong, Miguel Serrano, Renato Vesco,Vladimir Terzesky, Shinichiro Nakami,Marcello Coppetti, Nuno de Ataíde, ErnestZündel , entre tantos outros.

Chaplin e os discosCharles Chaplin e Hitler nasceram no

mesmo ano,1889, com apenas quatro diasde diferença. No filme O Grande Ditador,uma curiosa cena surpreende. Num grandedesfile militar, o ministro de Hitler fala dosequipamentos de guerra de seu país e men-ciona os encouraçados voadores, que, naverdade, são os discos voadores do III Reich.Devemos salientar que, naquela época, o ter-mo “disco voador” não era conhecido. A fala,

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feita de modo sutil, teria passado desperce-bida pelos mais destraídos.

A grande pergunta que fazemos é: comoCharles Chaplin, um judeu, poderia saber deum segredo militar? O roteiro do filme foi es-crito no começo de 1939 e, em junho, teveinício a construção dos cenários e os testesde som. Três meses depois, quando Chaplinrodava as primeiras cenas do filme, Hitler in-vadia a Polônia e dava início à 2ª GuerraMundial. Mais uma vez, Chaplin soube daro recado. Mas como ele teria descoberto isso?

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Desde o início da era moderna da pes-quisa ufológica, a partir de 1947, a quantida-de de avistamentos de objetos voadores estra-nhos e não-identificados nos céus tem sidomuito grande. Se estimarmos as ocorrênciasnão relatadas, aliadas ao fato de que a maio-ria delas acontecem durante a noite, chegarí-amos a um cálculo surpreendente, podendoatingir, sem exageros, a casa dos milhões.

Para os que procuram uma explicação fí-sica para o fenômeno ufológico, esse cálculopode parecer absurdo. Mesmo sendo opiniãogeral de que outros sistemas, em nossa galá-xia ou em outros pontos do universo, sejamcapazes de abrigar vida e que uma parceladela estaria a milhares ou milhões de anos ànossa frente, ainda que considerando a velo-

Por Luiz Ricardo da Luz

Eles estão por aí

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cidade da luz como finita, isto nos levaria aimplicações bastante interessantes.

Se imaginarmos que uma espaçonave dosistema solar mais próximo ao nosso - Alfado Centauro - pudesse atingir a impressio-nante velocidade de 112 milhões de quilô-metros por hora, seria necessário quase umséculo para uma viagem de ida e volta à Ter-ra. Some-se a isso a suposição de que hajaum planeta que abrigue uma civilização avan-çada orbitando ao redor dessa mesma estre-la Alfa do Centauro e que consiga construirespaçonaves capazes de viajar a essa veloci-dade. Portanto, mesmo que exista vida inte-ligente relativamente próxima de nós e ad-mitindo-se que estes seres vivam por longosperíodos de tempo, talvez séculos, isto nãotornaria uma viagem dessas fácil.

Colocando a situação de uma outra for-ma, imaginemos que exista um milhão deoutras civilizações na galáxia e que todassejam capazes de lançar naves ao espaço ex-terior. Como devem haver alguns bilhões de

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lugares que despertam o interesse e possamser visitados, isto nos levaria a supor que cadacivilização precisaria lançar milhares de as-tronaves por ano e, mesmo assim, apenasuma chegaria até nós anualmente. Se cadacivilização lançar um número de espaçona-ves tão grande quanto esse, seríamos visita-dos somente uma vez a cada dez mil anos.

Alta velocidadeSão improbabilidades numéricas como

essas que afastam os céticos daqueles quecrêem na existência dos OVNIs. Além disso,outro fator em que se apóiam os que negama existência deles é a extrema velocidade esurpreendente capacidade de manobra des-ses veículos espaciais, cuja concepção e de-senvolvimento iria requerer, de acordo comos mais descrentes, um nível tecnológicomuito superior, em todos os níveis, ao alcan-çado atualmente na Terra.

Tanto a incrível velocidade dos OVNIsquanto a capacidade de manobra ainda são

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tidas como incompreensíveis para nossa tec-nologia convencional e estão detalhadamentedocumentadas. Testemunhas fidedignas rela-tam velocidades em nossa atmosfera de até28 mil quilômetros por hora, além de acele-rações e desacelerações elevadíssimas. Essastestemunhas também falam de manobras emângulo reto e inversões bruscas de rumo emvelocidades nunca vistas.

Quanto aos sistemas de propulsão des-sas espaçonaves, algumas parecem utilizaralgo semelhante aos nossos motores à rea-ção, como os dos foguetes, enquanto outrasempregam métodos de propulsão que aindanão teriam sido possíveis de determinar.

A Ufologia transcende, e muito, nossosconceitos de realidade, além de nossas con-cepções filosóficas, científicas e religiosas.Somente um observador atento e aberto a no-vas possibilidades poderá pesquisar e acei-tar conceitos nunca antes imaginados deoutras realidades, como supõe a físicaquântica. Com naves espaciais, veículos de

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outras dimensões, máquinas do tempo ou sejalá o que for, eles estão por aí e, ao que pare-ce, são bastante indiferentes aos ceticismos,descréditos, controvérsias, preconceitos oumistificações.

Conhecemos apenas uma pequena par-cela da grande variedade de formas incríveisque já foram observadas em nossos céus ouna proximidade da órbita terrestre. Objetosde formato indefinido ou variável, sólidos ousemimateriais são também os mais freqüen-temente observados.

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Acima, os “círculos”,como são chamados, quepodem ser mensagensem código de algumacivilização não-terrestre

Ao lado e acima, algumasespécies de extraterrestresvistas nos EUA, Brasil, Françae outros países

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Luiz Ricardo da Luz é economista, massempre teve grande curiosidade pela ufologia,tanto que pesquisa o assunto há exatos 34anos e é apresentador do programa “Fenô-meno UFO”, que vai ao ar todos os sábados,às 14h, com reprise aos domingos, às 19h,na Rede Boa Nova de Rádio (1450 AM).

Segundo ele, o tema tem despertadomuito interesse no público. Cartas ao seu pro-grama chegam de todas as partes do Brasil eaté de países como Japão e Canadá, muitasdelas de pessoas que buscam informaçõessobre como iniciar o estudo ufológico. “Ain-da existe muito preconceito com os esotéricospor parte dos ufólogos tradicionais, emboraeu ache que seja obrigatório abordar o lado

ContatosEntrevista realizada por Érika Silveira

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científico e o espiritual se quisermos ter umconhecimento mais complexo do fenômeno.A ufologia não é uma ciência, é uma para-ciência, pois lida com física, astronomia, quí-mica, astrologia, eletromagnetismo e muitomais”, afirma Luiz Ricardo.

O estudo de OVNIs começou após umavistamento ocorrido no bairro de Santana,zona norte de São Paulo, em uma noite dofinal dos anos 60. “Vi luzes muito altas, emvelocidade extremamente grande, fazendocurvas em ângulo de 90 graus. Pela física,sabemos que qualquer aeronave não pode-ria fazer esse movimento. Depois, eu e mi-nha avó vimos a materialização e adesmaterialização de um cilindro no ar. Naépoca, conversei com professores de ciên-cia, mas nenhum me deu uma respostasatisfatória”, explicou.

Nesta entrevista, Luiz Ricardo fala maissobre os casos, as características dos seresextraterrestres e os motivos de suas visitas aonosso planeta.

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Existe uma época em que se tenha ou-vido falar mais sobre casos de avistamentosextraterrestres?

Luiz Ricardo da Luz – Sim, esta fase vaidos anos 40 até o final da década de 90,quando o assunto começou a rarear na im-prensa, embora o número de avistamentostenha até sofrido um incremento. Para se teruma idéia, a ONU requisitou uma pesquisasobre o número de avistamentos dos chama-dos OVNIs em todo o mundo no períodoentre 1947 e 1978 e o total chegou a 63144,o que dá uma média de 2037 avistamentospor ano, 170 por mês, seis por dia. Neste mes-mo período, foram 33233 observações nosEstados Unidos, 5792 na Inglaterra, 1827 naAlemanha e 621 no Japão. Apesar de assom-brosos, os números não correspondem a 10%do total. Outra curiosidade é que o Brasil estáem segundo lugar no número de avistamen-tos, logo atrás dos EUA. A força aérea norte-americana (USAF) pesquisou 1147 casos noperíodo entre 1948 e 1952, sendo que 25%

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destes (287) foram classificados como“inexplicáveis”. Pessoalmente, considerocomo período áureo da ufologia a épocacompreendida entre a década de 40 até ofinal da década de 70, quer pelo número depublicações dedicadas ao assunto, quer pelaquantidade de eventos, palestras e congres-sos, bem como a divulgação na mídia. Gos-taria também de destacar três fatos da déca-da de 40 que considero marcantes naufologia. O primeiro foi a presença de OVNIsem uma das fases mais críticas da humani-dade, que foi a 2ª Guerra Mundial, quandoestranhos objetos acompanhavam as missõesde ataque aéreo tanto dos aliados como dasforças do Eixo. Os pilotos aliados apelida-ram esses objetos de “foo fighters” ou “com-batentes fantasmas”. O segundo fato foi oavistamento de uma esquadrilha de OVNIspelo piloto privado Kenneth Arnold quandosobrevoava a região próxima ao MonteRainier, no estado de Washington, em 24 dejunho de 1947, data adotada mundialmente

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como o “dia dos discos voadores”. Este casotambém popularizou o nome “disco voador”,embora o termo, pelo que eu saiba, tenhasido usado pela primeira vez em 24 de janei-ro de 1878 pelo rancheiro texano John Martin,ao descrever um objeto visto por ele que cru-zava o céu em alta velocidade. Por fim, res-salto o caso Roswell, ocorrido em julho de1947, quando teria ocorrido a queda de umadestas naves nos Estados Unidos. Tanto o ve-ículo como os corpos dos tripulantes, sendoque um deles ainda estava vivo, teriam sidoapresados pelo exército norte-americano.

Qual seria o maior interesse dos extra-terrestres com relação à Terra?

Luiz Ricardo da Luz – Como existemmuitas raças de ETs nos visitando, os interes-ses também variam, como investigar os re-cursos naturais do planeta, a fauna, a flora.Mas, curiosamente, cerca de 10% desses se-res que nos visitam têm um forte interesseem acompanhar o desenvolvimento do ser

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humano, principalmente o espiritual. Algunsestudiosos acreditam que seres extraterrestresavançados sejam os responsáveis pelosurgimento do Homo sapiens na Terra.

Existem lugares ou regiões com maiorpropensão para se avistar naves extraterrestres?

Luiz Ricardo da Luz – Não. O que ocor-re periodicamente é que certos locais, emdeterminadas épocas, passam a receber fre-qüentes visitas destas aeronaves por perío-dos que variam de alguns dias a anos, as cha-madas ondas. A França teve a sua em 1954,os Estados Unidos teve no período pós-2ªGuerra Mundial, o México teve entre os anos80 e 90. O Brasil também teve suas ondas devisitas, a última ocorrida na primeira metadeda década de 90. Descrevendo mais detida-mente uma onda, OVNIs são avistados qua-se que diariamente. São vistas naves solitári-as ou em grupos de três ou mais delas, po-dendo chegar a um surpreendente númerode 30 a 40 objetos voadores, como ocorreu

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na Cidade do México na década de 90. Mui-tas vezes, também são observadas as chama-das “naves-mãe”, equivalentes aos nossosnavios porta-aviões. Elas realizam a partemais longa da viagem, transportando as na-ves menores, como discos, cilindros, esferasem formato ovóide, entre outras, em seu in-terior, liberando-as na chegada ao destino.Normalmente, a forma que predomina nanave-mãe é a cilíndrica, como um charuto, eseu tamanho varia de algumas centenas demetros até 1km de comprimento ou a extre-mos, como aquela nave fotografada na órbi-ta de Marte pela sonda soviética Fobos, quetinha 20km de extensão. Alguns estudiosostentaram associar as ondas a locais ricos emrecursos naturais, como cristais, minérios ouágua, mas nunca se conseguiu provas con-clusivas que apoiassem tais teorias. Curiosa-mente, estranhos objetos não-identificadostêm sido vistos em vôo e, em seguida, aden-trando em nossos oceanos, mares, rios e la-gos ou simplesmente navegando por eles, os

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chamados OSNIs – Objetos Submarinos Não-Identificados. Outra curiosidade é que umadas regiões que apresenta alta incidência deavistamentos de OVNIs e OSNIs é o Triângu-lo das Bermudas, podendo incluir também aregião amazônica nesta categoria. Em mui-tos casos, acredita-se que estas civilizaçõespossuam bases submarinas e subterrâneas emnosso planeta.

As naves são captadas por radares?Luiz Ricardo da Luz – Sim, inclusive, isto

não ocorre apenas em radares no solo, mastambém nos de aviões e navios. Em muitoscasos de detecções destas aeronaves, caçasarmados decolam na tentativa de obrigá-lasa pousar ou até mesmo abatê-las.

Nós, espíritas, falamos muito sobre oaerobus, veículo de locomoção dos espíri-tos. É possível haver uma confusão entre elee uma nave extraterrestre?

Luiz Ricardo da Luz – É muito difícil de-

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terminar isso. Normalmente, trabalho maiscom a hipótese de extraterrestres, pois sem-pre lemos na literatura espírita que esses veí-culos não costumam se materializar, atuam emoutra esfera vibratória. O aerobus, ou ônibusdo espaço, serve tanto como veículo de des-locamento como de auxílio. Quanto aosOVNIs, estes sim se materializam. No livroObreiros da Vida Eterna, de André Luiz, há orelato sobre a Casa Transitória de Fabiano eesta se assemelha muito a uma espaçonave. Avida extraterrestre é abordada nas questões 55a 58 e 172 a 188 de O Livro dos Espíritos, nocapítulo III de O Evangelho Segundo o Espiri-tismo e no capítulo VI de A Gênese, todos deAllan Kardec, bem como no livro OConsolador, de Emmanuel, na Revista Espíritae em livros de Camille Flammarion.

Como é o trabalho de hipnose feito comas pessoas que foram abduzidas?

Luiz Ricardo da Luz – Vamos supor queuma pessoa esteja andando pela rua e os se-res extraterrestres se interessem por ela, jo-

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gando um feixe de luz para levá-la à nave.Então, eles a colocam em uma mesa, fazemuma série de procedimentos médicos e, nocaso da mulher, retiram óvulos, amostras desangue e de cabelo. Tudo é analisado por-que há um grande interesse pelo sistemareprodutor humano. Antes de ser devolvida,os extraterrestres apagam o fato da memóriaconsciente da pessoa, mas, com o tempo,algumas passam a ter pequenos flashes doocorrido, são os primeiros indícios. É claroque existem pessoas que são abduzidas e nãose recordam disso e a hipnose age na recu-peração dessa memória. Primeiro se faz umaentrevista e, caso se chegue à conclusão deque essa pessoa passou realmente por umaexperiência de abdução, é feita uma hipno-se regressiva. É como se a pessoa estivessepassando por tudo novamente, portanto, asreações são terríveis.

E com relação ao contato sexual citadoem alguns relatos?

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Luiz Ricardo da Luz – Alguns dos seresque nos visitam demonstram um grande in-teresse na genética humana, existe uma gran-de quantidade de casos envolvendo esse tipode contato. Experiências como essa atingemhomens e mulheres e vão desde a retirada emanipulação de óvulos femininos e espermamasculino até, em alguns casos, relações se-xuais normais entre homens terráqueos emulheres extraterrestres dentro das naves,com o mesmo propósito de pesquisa. Foi oque ocorreu no caso de Antônio Vilas Boas,que não é parente dos famosos irmãossertanistas, capturado quando arava a terracom seu trator durante a madrugada paraevitar o forte calor do período diurno. Ele foilevado à força para a nave, despido e teveseu sangue coletado. Em seguida, um dosseres, com 1m40 de altura e trajando umaroupa pressurizada fechada hermeticamenteda cabeça aos pés, com apenas dois peque-nos visores redondos na altura dos olhos,esfregou todo o corpo de Antônio com um

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líquido oleoso e inodoro, que secou rapida-mente. Depois, ele foi levado para um com-partimento que possuía apenas um grandealmofadão como mobília, onde foi deixadosó. Passado alguns instantes, um forte e de-sagradável odor invadiu esse compartimen-to, fazendo com que Antônio passasse mal.Esse cheiro, ele descobriria depois, provinhade quatro pequenos tubos salientes na pare-de. Então, após uma longa espera, um pe-queno ruído chamou a atenção de Antônio,que viu uma pequena mulher, também nua,entrar no compartimento. Ela era loira, olhosazuis muito amendoados, lembrando os dasantigas princesas egípcias, com um rosto deformato quase triangular, bochechas muitosalientes e uma boca finamente desenhada,que mal era visível. A mulher se aproximoude Antônio mostrando claramente suas inten-ções e, sem que se soubesse como, teve umarelação sexual normal com ele. Ao términodo ato, ela o empurrou para o lado e, com amão direita, olhando para Antônio, apontou

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o ventre, depois o alto e sorriu. Em seguida,uma porta se abriu, os seres entraram e leva-ram a mulher, devolvendo as roupas de An-tônio. Antes de enviá-lo de volta ao local deonde havia sido capturado, um dos seres olevou para um tour pela nave. Na época, ocaso foi investigado por um dos maiores pes-quisadores brasileiros, o médico Olavo Fon-tes, que também providenciou a hipnose re-gressiva. Infelizmente, tanto Antônio VilasBoas como o dr. Fontes já desencarnaram.

Por que os extraterrestres são descritospor todos aqueles que lhes tentam retratarcomo seres de formas monstruosas, olhosgrandes, baixinhos etc?

Luiz Ricardo da Luz – Apesar de ser otipo mais comum, o chamado “gray” (cinza)– descrito como tendo uma estatura varian-do entre 1m e 1m20, cabeça em forma depêra invertida, olhos pretos e grandes, corpofrágil, nariz e orelhas simplificados a dois pe-quenos orifícios sobre uma boca de lábios

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extremamente finos e um orifício de cadalado da cabeça, respectivamente, e peleacinzentada – não corresponde à totalidadedos seres já observados. A ufologia possuicatalogadas dezenas de raças que nos visi-tam, divididas em dois tipos básicos: os “alfa”,cuja altura varia entre 80cm e 1m50, e os“beta”, com estatura oscilando entre 1m60 e3m50. Nos dois casos, a aparência deles va-ria. Podemos citar seres calvos ou com cabe-los, com orelhas normais, semelhantes àsnossas, pontiagudas ou apenas um orifício.Os olhos podem ser muito parecidos com osnossos, amendoados como dos orientais ouciclópico, ou seja, apenas um olho no cen-tro da face. A pele pode ser muito pálida emsua coloração, bronzeada, acinzentada ounegra, podendo ter uma textura suave ou gros-seira. O nariz pode ser pequeno, proeminenteou se resumir a dois orifícios. A boca podeter lábios extremamente finos como um tra-ço, um formato semelhante ao nosso ou ape-nas um orifício redondo. A comunicação com

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os humanos pode ser feita em idiomas des-conhecidos ou locais, como inglês, espanhol,português, entre outros, bem como em níveltelepático. Um detalhe importante é que to-dos são humanóides, ou seja, possuem umacabeça, tronco e membros como nós, o quejá nos é ensinado pela doutrina espírita. Aforma humana ou humanóide é a que pre-domina no universo e as variações ocorremconforme as características de cada mundo,embora seja possível que existam planetasmuito semelhantes ao nosso. Na tipologia dosseres, há algumas espécies que guardam umasemelhança tão grande conosco que poderi-am viver e trabalhar entre nós passando to-talmente despercebidos, enquanto outras quedesembarcam em nosso mundo são obriga-das a usar trajes pressurizados, capacetes emochilas com reservas de ar, como nossosastronautas. Outro dado curioso é que robôssão observados em alguns contatos. Agora,no caso dos seres do tipo gray, estes sempreagem sob o controle de seres muito pareci-

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dos conosco. Alguns pesquisadores teorizamque os grays poderiam ser uma espécie derobô biológico.

E por que geralmente se relaciona os ex-traterrestres com os “marcianos”?

Luiz Ricardo da Luz – Se nos lembrar-mos bem, o planeta Marte foi um dos primei-ros a ser considerado habitado por nossa as-tronomia e a gerar um conto de ficção cientí-fica, A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells,no qual seus habitantes invadiam a Terra. Creioque, ao lembrarmos desse conto e do filme,podemos atribuir aos seres da história de Wellso termo “homenzinhos verdes de Marte”, uti-lizado por aqueles que procuram ridiculari-zar a ufologia. Agora, é interessante notar queas sondas da série Mariner, que sobrevoaramMarte na década de 70, e as duas sondas Vi-king, na década de 80, mostraram estranhasconstruções aparentemente artificiais na regiãomarciana denominada Eydonia, na forma depirâmides com a altura próxima a 1km e um

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rosto esculpido olhando em direção ao céu,com 1,6km de extensão entre a testa e o quei-xo, largura de 1,6km e altura de 800m do ní-vel do solo à ponta do nariz.

Na ufologia, há alguma informação so-bre seres de outros planetas que adaptariamsua roupagem de corpo e viveriam entre nós?

Luiz Ricardo da Luz – Do ponto de vistacientífico, não é possível afirmar que exis-tem espíritos de extraterrestres encarnandoentre nós, mas há uma obra na literatura es-pírita que nos relata este fato, o livro Os Exi-lados da Capela, de Edgard Armond.

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Ao lado, podemosobservar o Raio X domaxilar de umabduzido ondeobservamos um corpoestranho. Acima, fotodo mesmo implantebiológico extraterrestre

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O hipnólogo e escritor Mário NogueiraRangel despertou o interesse pela hipnoseainda menino, quando começou a ler livrospertencentes ao pai, que era médico e far-macêutico. Desde então, não parou mais deestudar o assunto.

Após um certo tempo, começou a surgircasos relacionados à ufologia quando se uti-lizava da hipnose, porém, foi o terceiro de-les, uma dramática abdução, que o fez en-trar de verdade neste universo ufológico, es-tudando a ligação entre extraterrestres e se-res humanos. Em 23 anos de trabalho, o nú-mero de informações obtidas se tornou tãogrande que Rangel reuniu tudo no livro Se-qüestros Alienígenas: Investigando Ufologiacom e sem Hipnose, editado pelo Centro Bra-

AbduçãoEntrevista realizada por Érika Silveira

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sileiro de Pesquisas de Discos Voadores(CBPDV).

Para Mário Rangel, a ufologia é mais res-peitada atualmente e estimula um interessemaior no estudo da hipnose pelos ufólogos,por se tratar de um importante instrumentode investigação. No entanto, ele lembra queé fundamental um trabalho desenvolvido comética e seriedade. “Quem afirmasse ter vistodisco voador tempos atrás era tido como lou-co, mas, hoje, a pessoa que disser não acre-ditar é um mal informado”, afirmou.

Nesta entrevista, Mário Rangel fala so-bre os indícios da ocorrência de abduções, acolocação de implantes e a importância dahipnose na investigação de casos e na recu-peração memorial das vítimas.

Que indícios podem ajudar uma pessoaleiga a identificar se realmente teve contatocom OVNIs?

Mário Rangel – Eu, por exemplo, vi umdisco voador em baixa altitude durante o dia,

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parado no ar apesar do vento. Era um obje-to discoidal metálico e absolutamente níti-do. Nosso planeta ainda não possui conhe-cimentos para produzir um objeto desse gê-nero, que fique parado no ar sem a ajuda deturbinas, hélices ou asas e que não emitanenhum som. Meu depoimento não é tãoimportante quanto outros, como da escrito-ra Rachel de Queiroz, que publicou artigocontando seu avistamento, e do desenhistae famoso empresário Maurício de Sousa, quecolocou dois artigos ilustrados com dese-nhos autobiográficos sobre seus avistamen-tos de OVNIs no site da Turma da Mônica.Bastaria um caso autêntico para confirmara existência dos discos voadores, mas sãomilhares de pessoas que já os viram no mun-do inteiro. As aparições estão ocorrendohoje, muitas na cidade de São Paulo (SP), eprecisamos ficar atentos, pois é uma reali-dade muito incômoda, estão seqüestrandopessoas e não sabemos exatamente com queobjetivo.

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De que forma seria feita a escolha daspessoas a serem abduzidas?

Mário Rangel – Resolvi fazer uma pes-quisa sobre os tipos sangüíneos das vítimas etive uma surpresa, pois, entre 28 abduzidos,72% possuem sangue tipo O, quando a mé-dia brasileira é de 45%. Além disso, a maio-ria é formada por mulheres, brancas e jovens.Recentemente, o IBGE divulgou dados preli-minares indicando que, no Brasil, a popula-ção é formada por 53,8% de brancos, 6,2%de negros, 39,1% de pardos e o restante deoutras raças. Esse percentual de negros e par-dos somados deveria constar entre os abdu-zidos, mas, nas pesquisas que fiz, a quasetotalidade das vítimas é de brancos. Porém,pode estar ocorrendo que negros e pardosnão queiram revelar seus casos por já sofre-rem um grande preconceito da sociedade.

Como identificar se a abdução é verda-deira ou apenas uma fantasia?

Mário Rangel – A fantasia deve existir

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na quase totalidade dos casos, pois os ETsintroduzem falsas memórias para confundir,talvez prevendo que, um dia, alguém pode-ria se lembrar dos fatos. Quando realizamosa hipnose, não conseguimos recuperar todasas informações perdidas, o que ocorre comtodos os hipnólogos do mundo. Não se podeforçar o abduzido a contar o que não se lem-bra, já que há uma tendência do hipnotiza-do a agradar o hipnotizador e ele pode in-ventar uma história.

E quanto aos possíveis implantes feitosem pessoas abduzidas?

Mário Rangel – O cirurgião norte-ame-ricano Roger K. Leir se aliou a um hipnólogodo Texas a quem alguns pacientes tinhamcontado sobre esses implantes, oferecendo-se para extraí-los gratuitamente. Até o mo-mento, ele realizou cirurgias em dez pesso-as, das quais retirou 11 objetos estranhoscolocados em locais previamente indicadose documentados por raios X, trabalho este

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que serviu de base para ele escrever o livroImplantes Alienígenas: Somos cobaias deETs?, recém-publicado no Brasil pelo CentroBrasileiro de Pesquisas de Discos Voadores(CBPDV). Esses objetos implantados não so-frem rejeição. Curiosamente, ocorre rigoro-samente o contrário, pois os implantes criamnervos e a impressão que o médico tem é deque se trata de um neurônio fora do lugar. Opaciente tem uma reação quando o bisturi éencostado no implante, apesar de estar sobanestesia química e hipnótica.

De que maneira a hipnose foi descober-ta como uma ferramenta útil para auxiliar ainvestigação de casos ufológicos?

Mário Rangel – É quase uma coisa intui-tiva. No mundo inteiro, os hipnólogos sãodestacados pesquisadores de ufologia porquefazem a regressão de idade, que possibilitarecordar coisas esquecidas e retirar parte daamnésia costumeiramente imposta pelos ETsaos abduzidos. No Brasil, existem poucos

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hipnólogos nessa área. É fácil procurar umdesses peritos se a pessoa mora em São Pau-lo, mas em grandes áreas do país não háquem saiba fazer esse trabalho.

Existem pessoas que foram abduzidasmais de uma vez?

Mário Rangel – Isso é relativamente fre-qüente, algumas pessoas são abduzidas vári-as vezes. Pelo que é relatado em livros estran-geiros, alguns extraterrestres seqüestram pes-soas de várias gerações de uma família, umaespécie de perseguição, infelizmente. Em meulivro, também há casos de duplas abduções,com seqüestros simultâneos de mais de umapessoa, como irmãos ou parentes.

Há alguma recomendação especial paraquando uma pessoa procurar a hipnose?

Mário Rangel – Deve-se fazer semprecom alguém que tenha estudado muito a hip-nose e pesquisado ufologia. É necessário queo hipnólogo faça perguntas que não sugiram

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as respostas, como, por exemplo, perguntarse há um emblema na blusa do ET, pois aíestão implícitas as sugestões de que existemum emblema e uma blusa. Se a resposta forsim, ela não poderá ser considerada, por cau-sa da tendência do hipnotizado a querer agra-dar o hipnotizador.

Há algum indício que leve uma pessoaa pensar que possa ter sido abduzida?

Mário Rangel – Muitas vezes, uma parteé consciente. Por exemplo: a pessoa viaja emuma estrada, vê uma luz, o motor do carropára de funcionar e, no momento seguinte,passaram-se várias horas, caracterizando-seo tempo perdido ou “missing time”, em in-glês. A pessoa tem certeza de que algo anor-mal ocorreu, que pode ser de naturezaufológica. Há também aqueles que têm fu-gazes lembranças com ETs e naves, chama-dos de “flashes de memória”. Em outros, apa-recem marcas no corpo que ficam fluores-centes sob luz negra e há aqueles que so-

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frem sangramentos sem nenhuma razão, es-pecialmente pelo nariz. Eu sempre digo aoabduzido que, após se eliminar a amnésiade uma abdução, ele passará a conviver comessas lembranças a vida toda, o que é prefe-rível do que desconhecer uma parte impor-tante da própria existência.

Qual é a posição da NASA em relação àdivulgação de provas sobre OVNIs?

Mário Rangel – Recentemente, em umaentrevista para uma revista brasileira, o pre-sidente da NASA divulgou um desmentidoquanto à autenticidade de provas fotográfi-cas sobre a existência de OVNIs. É o que sechama de “política de acobertamento”. Pra-ticamente todos os lançamentos espaciais sãoacompanhados por OVNIs, todos ou quasetodos os astronautas e cosmonautas os viram,mas eles são proibidos de relatar os casos.

Para encerrar, que mensagem você gos-taria de deixar aos nossos leitores para ajudá-

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los a compreender uma questão tão impor-tante como é a ufologia?

Mário Rangel – Atualmente, a ufologianão envolve uma questão de crença, mas deinformação, que existe em grande quantida-de e qualidade, além de um expressivo nú-mero de pessoas sérias que declaram ter avis-tado OVNIs. Duvidar delas é duvidar da hu-manidade. Os OVNIs existem, estão por aí eenvolvem uma questão muito desagradável,que é a descoberta de que nós, humanos, nãosomos os seres mais importantes deste imen-so universo. Essa é uma realidade que temosde encarar.

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Na madrugada de 19 para 20 de setem-bro de 1961, na estrada nacional US-3 queatravessa as montanhas brancas de NewHampshire, Estados Unidos, um carro trafe-gava normalmente. Em seu interior estava ocasal Barney e Betty Hill, retornando paracasa depois das férias no Canadá. A estradaestava deserta e a viagem seguia tranqüilaaté que, repentinamente, a atenção de Bettyfoi atraída para uma luz brilhante, parecidacom a de uma estrela. A diferença era que aluminosidade se movimentava e parecia apro-ximar-se do carro. Betty alertou o marido, queolhando rapidamente pelo pára-brisas acre-ditou tratar-se de um satélite artificial.

Junto com o casal estava a cadelinha

A jornada interrompidaUm caso de abdução

Por Luiz Ricardo da Luz

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Delsey que, até aquele momento, dormia nobanco de trás do automóvel. Mas súbita einexplicavelmente, o animal despertou e foitomado por muita agitação e medo. Barneyparou o carro para observar melhor a luzbranca no céu. Depois de algum tempo ob-servando a luz, o casal resolveu retomar aviagem, parando algumas vezes para obser-var o estranho objeto luminoso que pareciaacompanhá-los, sempre mantendo um pa-drão de vôo errático, fato que excluía a pos-sibilidade de ser um satélite. Betty imaginouque talvez pudesse tratar-se de um avião, hi-pótese logo descartada, já que nenhum ruí-do era ouvido.

Barney fez uma nova parada, desta vezpara observar o objeto voador através de bi-nóculos que lembrara estar levando no car-ro. Então pode perceber um objeto alonga-do, tendo na fuselagem luzes pulsantes quepassavam alternadamente do vermelho ao la-ranja, depois do verde ao azul. EnquantoBarney tentava entender o que poderia ser

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aquela aeronave, Betty aproximou-se com acachorrinha Delsey nos braços. Para a sur-presa do casal, Delsey gania sem parar.

A perseguiçãoOs dois entraram novamente no auto-

móvel e a viagem recomeçou, mas com oobjeto voador acompanhando de uma dis-tância ainda menor. As luzes multicoloridasdesapareceram e agora aquele engenho mos-trava a sua real aparência de um disco espes-so, iluminado de branco. Betty, apavorada,gritou que nunca havia visto nada igual. Con-trariando a esposa, Barney novamente dete-ve a marcha do automóvel, pegou seus binó-culos e saiu do carro, deixando o motor emfuncionamento. Desta vez pode ver a aero-nave parar em um lugar próximo, poucos me-tros acima do chão. Tinha dimensões enor-mes e em todo o seu contorno via-se umacarreira dupla de painéis transparentes, se-melhantes a janelas de vidro. Inesperadamen-te, uma luz vermelha foi acesa em cada uma

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das extremidades do objeto.O medo foi tomando conta de Barney.

Mas no entanto, quase contra sua vontade,foi levado por um impulso inexplicável aatravessar a estrada e caminhar pelo vale emdireção ao objeto luminoso. Betty, aindadentro do carro, entrou em desespero ao vera atitude do marido e começou a gritar paraque ele voltasse. Barney parecia não ouvi-la. À sua frente, a apenas alguns metros, anave oscilava suavemente um pouco acimado solo. Barney agora conseguia distinguirdiversas silhuetas no interior do objeto, queaparentavam usar uniformes e olhavam aten-tamente para ele. Em seguida, todos os ocu-pantes da nave voltaram-se e deram início aalgum tipo de atividade, com exceção deum deles, que parecia ser o líder e aindaolhava fixamente para Barney. Ele continu-ava observando aqueles seres estranhos, atéo momento em que um tremor atravessouseu corpo. Barney, graças a uma grande for-ça de vontade, conseguiu romper a fascina-

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ção daquele olhar e, cedendo ao pânico,correu de volta ao carro o mais rapidamen-te possível. Entrou no carro sem dizer umapalavra e arrancou em alta velocidade. Foientão que um estranho som, parecido ao deum aparelho elétrico se fez ouvir dentro doveículo, que passou a vibrar. Em seguida,uma densa névoa dominou a mente do ca-sal e tudo se apagou.

Quando o ruído se desvaneceu, Barneye Betty começaram a voltar a si de modo len-to e penoso, como se estivessem acordandode um pesadelo. Retomando novamente aconsciência plena do mundo à sua volta,ambos se deram conta de que estavam pró-ximos de sua casa, na cidade de Ports Mouth.Lá chegando, o casal reparou que seus reló-gios de pulso estavam parados e que o reló-gio da cozinha marcava poucos minutos alémdas cinco da manhã. Eles haviam levado duashoras a mais que o previsto, embora não re-cordassem a possível causa que os levou atal atraso.

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Memória apagadaAlgum tempo depois, ao arrumar suas

coisas, Barney verificou, para sua surpresa,que a parte superior de seus sapatos estavatoda arranhada, sem que ele lembrasse por-que isto havia acontecido. A sensação de mal-estar sentida pelos Hill algumas horas antesainda não os deixara. Barney queria esque-cer a história o mais rapidamente possível,mas Betty não pode deixar de contar tudopara a irmã, que a aconselhou a procurar aForça Aérea Norte-Americana (Usaf). Os mi-litares anotaram os depoimentos do casal Hill,que também encaminhou o caso a um orga-nismo privado de pesquisa ufológica, oNational Investigations Commitee on AerialPhenomena (Nicap).

Somente dois meses mais tarde, duranteuma reunião com os investigadores do Nicap,os Hill tiveram consciência do fato extraordi-nário acontecido naquelas duas horas desa-parecidas de suas memórias. Pela primeira vez,

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Barney e Betty ficaram frente a frente com suaestranha amnésia. Teriam sido vítimas de umdelírio ou alucinação? A pergunta tornou-seum grande incômodo e eles acabaram por re-fazer o percurso esperando reavivar a memó-ria, mas em vão. Depois do incidente, a saú-de de Barney sofreu uma reviravolta. Ele pas-sou a sofrer de úlcera e teve um esgotamentogeneralizado, causados por uma tensão psí-quica. Além disso, estranhas verrugas come-çaram a surgir na região do baixo-ventre, for-mando um padrão circular. Seu médico tra-tou da úlcera, mas aconselhou-o a seguir tam-bém um tratamento psicoterápico.

Juntos, Barney e Betty foram ao consul-tório do doutor Benjamin Simon, numa ma-nhã de dezembro de 1963. Supondo que aamnésia constituía o fator principal dos pro-blemas psicológicos de Barney, o dr. Simondecidiu romper o véu de esquecimento pormeio de hipnose. A primeira sessão aconte-ceu em 22 de fevereiro de 1964. Outras ses-sões se seguiram, durante as quais o casal foi

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interrogado separadamente. Hipnotizado,Barney passou a reviver o que aconteceunaquela noite de setembro, desde o trajetofeito com o automóvel até a aproximação doobjeto, o olhar penetrante do ser alienígenae a mensagem, que ecoava em seu cérebro,de que ele não deveria ter receio de conti-nuar ali olhando para ele. O dr. Simon per-guntou a Barney se teria ouvido o ser dizen-do isso a ele. Barney negou, afirmando queaquela entidade em nenhum momento mo-vera os lábios.

Sempre sob hipnose, Barney recordou-se da segunda parte oculta da incrível expe-riência. Voltou ao momento em que retornoucorrendo ao carro, arrancando em alta velo-cidade. Depois de percorrer alguns quilôme-tros, Barney, inexplicavelmente, deixou a es-trada principal e seguiu por um caminho se-cundário que cortava um bosque. Ali, viu umgrupo de homens que lhe faziam insistentessinais para parar. Barney viu um trecho à fren-te da estrada vivamente iluminado e pensou

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tratar-se de um acidente. Também sob hip-nose, Betty foi confirmando as declaraçõesdo marido.

O casal continua o relato afirmando que,nesse momento, o motor do automóvel mor-reu e ele não conseguia fazê-lo pegar. Oshomens na beira da estrada começaram a ca-minhar em direção ao carro. Betty pensousair do veículo para esconder-se no bosque.Mas quando abriu a porta, os homens já es-tavam em volta do automóvel. Antes quepudessem esboçar algum tipo de reação,aqueles seres vestidos de negro retiraramBetty e Barney do carro. Enquanto Betty foisegura firmemente pelos braços por dois ho-mens, Barney, aparentemente inconsciente,foi arrastado por duas outras criaturas e umquinto ser os acompanhava mais atrás.

Dentro da naveApavorada, Betty perguntou, aos gritos,

quem eram aqueles seres e o que queriam.Depois chamou Barney e pediu que ele acor-

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dasse. Nesse momento, um dos seres dirigiu-se a ela num inglês de estranho sotaque e,aparentando curiosidade disse: “Então onome dele é Barney”. Enquanto isso, a navepairava próxima ao chão, só que agora umaespécie de rampa estendeu-se para dar aces-so ao seu interior. O casal foi arrastado paradentro da nave, enquanto um dos seres pro-curava acalmar Betty, dizendo que ela nadatinha a recear, pois eles queriam apenas fa-zer alguns testes para depois deixá-los nova-mente em seu carro. Durante a seção de hip-nose, Barney comentou que sentiu-se muitoenfraquecido enquanto os dois eram levadospara a nave. Teve uma sensação de flutuar,como se estivesse num sonho, embora acre-ditasse que haviam entrado na nave espaci-al. E afirmou ter tido muito medo de abrir osolhos, depois que um dos seres aconselhou-o a mantê-los fechados.

O hipnólogo perguntou se Barney sen-tiu a sensação de ter sido operado. Ele res-pondeu negativamente, mas disse que seu

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corpo e sua boca teriam sido examinados. JáBetty, que havia sido levada para outra sala,teria sido colocada sentada sobre um bancoe que amostras da pele de seu braço foramcoletadas por meio de um aparelho seme-lhante a um microscópio. Em seguida, os alie-nígenas examinaram seus olhos, ouvidos eboca. Uma mecha de cabelo foi cortada,depois deitaram-na sobre uma pequena mesae, com duas finas agulhas ligadas por fios aum aparelho parecido com uma televisão,disseram que iriam fazer exames em seu sis-tema nervoso. Novamente uma outra agulhaé apontada na direção do umbigo dela, des-ta vez para um teste de gravidez. Betty gritade dor, mas o indivíduo que aparentava ser ocomandante da nave colocou a mão sobreos olhos dela e a dor desapareceu. Curiosa-mente, a medicina humana viria a criar, mui-tos anos depois do “caso Barney e Betty Hill”,procedimentos que guardam grande seme-lhança com os exames realizados pelos ex-traterrestres em Betty, hoje conhecidos como

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laparoscopia e amniocentese.Depois que Betty vestiu-se, os seres

alienígenas se afastaram e ela voltou a ficarapenas em companhia da entidade que pa-recia ser o comandante. Betty comentou comele que ninguém iria acreditar na experiên-cia vivida pelo casal, por isso gostaria de le-var uma prova. O comandante perguntou quetipo de prova ela desejaria. Betty viu um li-vro sobre um painel. A escrita era de um tipodesconhecido e parecia que a maneira cor-reta de ler era de cima para baixo. Argumen-tou que se pudesse levar o livro, serviria comoprova de que tudo o que o casal passou erareal e o alienígena aceitou. Ainda em hipno-se, Betty revelou que teria perguntado ao co-mandante a respeito de sua origem. Depoisde fazer várias perguntas a ela sobre seus co-nhecimentos do universo, ele abriu um mapae perguntou a Betty se já havia visto um igual.Betty questionou o que significariam os pon-tos e as linhas tracejadas no mapa. O coman-dante explicou que as linhas mais grossas

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eram rotas comerciais e as mais finas se refe-riam a regiões que recebem visitas ocasio-nais. Já as linhas tracejadas representariamrotas de expedições.

Outra divisão do tempoEm seguida, o alienígena pediu a Betty

que indicasse, no mapa, o planeta Terra, masela não sabia. Ele disse, então, que não ha-veria interesse em mostrar de onde sua naveteria vindo. Depois dobrou o mapa e o guar-dou. Betty disse ter se sentido estúpida pornão saber onde ficava nosso planeta. Nesseinstante, outros seres entraram na sala visi-velmente agitados e ela julgou que fosse algorelacionado com seu marido. Tudo devia-seao fato de que haviam retirado a dentadurade Barney durante os exames. Betty tentouexplicar que seu mariado havia perdido osdentes em um acidente e, por isso, usava umadentadura postiça, como fazem muitas pes-soas que envelhecem na Terra. Mas os alie-nígenas não sabiam o que era “envelhecer”,

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nem sequer entendiam o que eram “anos”.O ser que falava com Betty parecia não terqualquer noção de desgaste físico.

Com a ajuda de seu relógio de pulso,Betty tentou explicar como era a divisão dotempo na Terra, falando da rotação, das esta-ções do ano e respondendo a um grande nú-mero de perguntas, mas eles não compreen-diam. Betty argumentou que outras pessoaspoderiam explicar melhor sobre esses assun-tos, se eles decidissem voltar ao planeta. Ocomandante afirmou que se voltassem, sabe-riam onde encontrá-la novamente, porquesempre encontram as pessoas com quem que-rem se comunicar. Nesse momento Barney foitrazido à sala, ainda com os olhos fechados.O comandante disse que iria acompanhá-losaté o carro deixado na estrada. Eles caminha-ram em direção à saída da nave por um corre-dor circular que contornava o aparelho.

No momento em que iriam deixar a nave,o alienígena retirou das mãos de Betty o livroque seria a prova da aventura. Betty protes-

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tou, mas ele revelou que os demais tripulan-tes recomendaram não permitir a entrega dolivro. Também queriam que o casal não recor-dasse a experiência, ainda que Betty dissesseque nunca a fariam esquecer. O comandantealertou que não lhes faria bem relembrar oepisódio. Ela se despediu e regressou ao auto-móvel onde Barney já se encontrava, juntocom a cadela Delsey. O casal acompanhou apartida da astronave. A luminosidade aumen-tou a tal ponto que a nave parecia um imensosol avermelhado elevando-se devagar acimados montes, enquanto os Hill retomam a suajornada interrompida. Para o hipnólogo Ben-jamin Simon, Barney e Betty não são neuróti-cos. No relato sob hipnose do que aconteceunaquelas duas horas esquecidas não revelouqualquer indício de que ambos pudessem terinventado a história.

Zeta 1 e 2O mapa mostrado a Betty pelo coman-

dante alienígena foi desvendado pela astrô-

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noma Marjorie Fish. Depois de um minucio-so estudo que levou vários anos, a astrônomadescobriu que a nave e seus tripulantes eramprovenientes de sistemas denominados Zeta1 e Zeta 2, na constelação do Retículo. Estasduas estrelas estão localizadas a 37 anos-luzde nosso Sol e a 0,05 ano-luz distante uma daoutra. As linhas grossas mostradas a Betty in-dicam uma ligação regular. A distância de 0,05 ano-luz é distante o suficiente para que osplanetas que orbitam essas estrelas sofram al-gum tipo de interferência em suas órbitas, maspróxima o bastante para que uma civilizaçãoavançada possa estabelecer rotas comerciaisentre ambas.

Durante os trabalhos de Marjorie Fishforam introduzidas importantes correções noscatálogos astronômicos em relação à distân-cia entre as estrelas. Portanto, em 1964, eraimpossível a um habitante da Terra desenharcorretamente aquele mapa com os dados dis-poníveis. Outro fato que confirma o episó-dio vivido pelos Hill vem da base área de

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Phase. Esta base da Usaf captou em seus ra-dares um objeto voador não identificado naregião, no mesmo instante em que o casalBarney e Betty iniciaram sua observação. Evoltaram a detectar o OVNI deixando a re-gião, justamente no momento em que o ca-sal presenciava a partida da nave.

Betty e Barney se esqueceram de tudo o que aconteceu quandoestiveram no interior da nave alienígena

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Já não era sem tempo. Demorou um pou-co, mas finalmente chegou à Ufologia a tãoaguardada globalização planetária que járege o funcionamento de tantos outros seg-mentos da sociedade humana. Hoje, pode-se encontrar num mesmo supermercado pro-dutos de dezenas de países. Os automóveisque rodam nas estradas brasileiras vêm depelo menos sete nações diferentes. Os pro-gramas de televisão que assistimos – especi-almente via cabo – são produzidos por pes-soas das mais diversas nacionalidades. En-fim, não há como fugir a isso: a globalizaçãochegou, irreversível e definitivamente.

É evidente que os resultados disso são

Ufologia e globalização

Por A. J. GevaerdEditor da Revista UFO

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positivos para todos nós. E agora, quando talprocesso chega também à pesquisa ufológi-ca, resta-nos apenas descobrir uma forma deusá-lo em nosso benefício, para o crescimen-to e modernização da Ufologia Brasileira. Aforma mais visível dessa globalização come-çou a ser observada já há alguns anos, atra-vés da Internet. Pela rede mundial que ligamilhões de computadores em mais de 200países, ufólogos vêm intercambiando infor-mações com muito mais velocidade, rapideze qualidade. Embora o uso da Internet pelosufólogos brasileiros começasse ainda tímida,hoje, em 1999, expressiva maioria dessesestudiosos já têm neste veículo sua mais im-portante ferramenta de trabalho.

Com a Internet não se realizam apenaspesquisas e intercâmbio. Mas se estruturamamizades sólidas – ainda que virtuais – e seencurtam distâncias. Há 10 anos, se um casoufológico expressivo ou uma conferência ocor-resse na Europa, por exemplo, nós, ufólogosbrasileiros, só conheceríamos os detalhes me-

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ses depois, graças a notícias eventualmentepublicadas em algum boletim mimeografadoque chegasse às nossas mãos. Hoje, felizmen-te, dias depois de ocorridos, tais fatos já po-dem ser pesquisados na rede. Há casos extre-mos, como de congressos sendo transmitidosonline pela Internet, em tempo real. Outroexemplo de tal agilidade é a possibilidade, hojegarantida, de acompanharmos uma pesquisaufológica em andamento, graças às notícias queseus investigadores publicam na Internet a cadanovo lance descoberto.

Enfim, a Internet é o grande veículo daglobalização e está irremediavelmente ultra-passado aquele ufólogo que ainda não temacesso à ela. Mas a globalização é mais am-pla ainda do que a rede mundial. Ela repre-senta a verdadeira integração da Ufologia emescala planetária. Os congressos ufológicosque se realizam em qualquer lugar do mun-do são multinacionais. Ou seja: é impossívelrealizar um bom evento sem a presença deestudiosos de várias nacionalidades. Hoje,

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graças a um sólido trabalho de divulgaçãoda Ufologia, é praticamente impensável or-ganizar um congresso em qualquer país sema participação de um conferencista brasilei-ro. Outras nações da América do Sul não têm,ainda, a mesma representatividade. Mas es-tão caminhando para isso, pois deverão so-frer a globalização que já nos atinge.

Graças a esse fato, hoje temos comoabsolutamente certo e inquestionável um fatosobre algo que antes apenas desconfiávamos,quando tínhamos acesso à casuística mundi-al somente através da literatura especializa-da. Atualmente, por conta da globalização,sabemos que a Fenômeno UFO está igual-mente presente em todos os países da Terra.Os ETs que nos visitam vão a todos os rincõesdo planeta. Seu interesse pelo gênero huma-no inclui todas as mais diversas raças e etniasque o compõe. Assim, é óbvio que, para en-tender as razões de nossos visitantes, temostambém que pensar em termos globalizados.

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