Rui Vinhas da Silva - ISCTE / University of Manchester

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ENCONTRO LIVING LAB sobre o Tema: Reabilitação Sustentável e Eficiência como Motores da Internacionalização das Empresas O SUSTAINABLE CONSTRUCTION LIVING LAB é uma organização transversalmente representativa do sector da construção, integrando gradualmente todos os atores, desde as Instituições Europeias ao Utilizador Final, com o objectivo de tornar a construção sustentável a prática comum. Constitui-se como estrutura que facilita a cooperação entre os atores relevantes deste sector, com o objectivo de promover a eficácia das soluções construtivas e a inovação, nomeadamente na área da reabilitação do edificado. O TEMA: O SUSTAINABLE CONSTRCTION LIVING LAB (membro da Rede Europeia de Living Labs) apresenta os resultados dos seus Grupos de Trabalho transdisciplinares, dedicados à definição de soluções construtivas robustas para a reabilitação de coberturas, fachadas, sistemas e revestimentos interiores, com o objectivo de alargar boas práticas, melhorar salubridade e conforto e incrementar a robustez do edificado existente. Dada a atual conjuntura, torna-se importante comunicar quais os critérios para a internacionalização das boas práticas identificadas, no sentido de virem acrescentar valor noutros locais do planeta.

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A  Economia  Portuguesa:  Criação  de  Riqueza,  Produ:vidade  e  Sustentabilidade  Compe::va  em  Estratégias  de  Exportação  

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Portugal   2037  França   2029  

Alemanha   2028  Grécia   2031  EUA   2033  

Bélgica   2035  

Se  em  2015,  os  Países  Equilibrarem  os  Orçamentos,    A:ngirão  o  Rácio  Dívida  Pública/PIB  DE  60%  em:  

 

Fonte:  IMD-­‐World  Compe//veness  Centre  (2010)  

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Ranking  do  Top  20  da  Compe::vidade,  Exportações  e  Inves:mento  Directo  Externo  (FDI)  

Ranking   Competitividade1   Exportações2*   Atracção de FDI4 Exportações (% PIB)1   Atracção de FDI (% PIB)3  

1º   Suíça   China   EUA Hong Kong   Hong Kong  2º   Singapura   EUA   França Singapura   Bélgica  3º   Finlândia   Alemanha   China Luxemburgo   Singapura  4º   Suécia   Japão   Reino Unido Bélgica   Luxemburgo  5º   Holanda   Holanda   Fed. Russa Irlanda   Irlanda  6º   Alemanha   França   Espanha Seychelles*   Chile  7º   EUA   Rep. Coreia   Hong Kong Estónia   Cazaquistão  8º   Reino Unido   Itália   Bélgica Malta   Mongólia  9º   Hong Kong   Fed. Russa   Austrália Hungria   Turquemenistão  

10º   Japão   Bélgica   Brasil Malásia   Líbano  11º   Qatar   Reino Unido   Canadá Holanda   Congo  12º   Dinamarca   Hong Kong   Suécia Eslováquia   -  13º   Taiwan, China   Canadá   Alemanha Brunei   -  14º   Canadá   Singapura   Japão Vietname   -  15º   Noruega   Arábia Saudita   Singapura Rep. Checa   -  16º   Áustria   México   - Bahrain*   -  17º   Bélgica   Espanha   - Eslovénia   -  18º   Arábia Saudita   Taiwan, China   - Porto Rico   -  19º   Rep. Coreia   Índia   - Tailândia   -  20º   Austrália   Est. Emirados Unidos   - Est. Emirados Unidos*   -  

Fonte: 1World Economic Forum (2012); 2World Trade Organization (2012); 3World Investment Report (2012); 4 UNCTAD (2008) * Valores de 2010

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§  Economias competitivas

§  Economias mais exportadoras

§  Economias que atraem mais FDI

§  Economias com melhores indicadores de

desenvolvimento social e humano

§  Sustentabilidade de níveis de vida

Requisitos  de  Compe::vidade:    O  Modelo  de  Compe::vidade  Nacional  

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Evolução  da  Compe::vidade  Global  de  Portugal  (2000  –  2012)  

Ano   Ranking  2000   22º  2001   25º  2002   23º  2003   25º  2004   24º  2005   31º  2006   34º  2007   40º  2008   43º  2009   43º  2010   46º  2011   45º  2012   49º  

Fonte:  World  Economic  Forum  (2000-­‐2012)  

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Evolução  da  Compe::vidade  dos  Países    

País   Ranking de Competitividade  2008   2009   2010   2011   2012  

Suíça   2º   1º   1º   1º   1º  Singapura   5º   3º   3º   2º   2º  Finlândia   6º   6º   7º   4º   3º  

Suécia   4º   4º   2º   3º   4º  Holanda   8º   10º   8º   7º   5º  

Alemanha   7º   7º   5º   6º   6º  EUA   1º   2º   4º   5º   7º  

Reino Unido   12º   13º   12º   10º   8º  Hong Kong   11º   11º   11º   11º   9º  

Japão   9º   8º   6º   9º   10º  Qatar   26º   22º   17º   14º   11º  

Dinamarca   3º   5º   9º   8º   12º  Taiwan, China   17º   12º   13º   13º   13º  

Canadá   10º   9º   10º   12º   14º  Noruega   15º   14º   14º   16º   15º  Áustria   14º   17º   18º   19º   16º  Bélgica   19º   18º   19º   15º   17º  

Arábia Saudita   27º   28º   21º   17º   18º  Rep. Coreia   13º   19º   22º   24º   19º  

Austrália   18º   15º   16º   20º   20º  Irlanda   22º   25º   29º   29º   27º  Grécia   67º   71º   83º   90º   96º  

Portugal   43º   43º   46º   45º   49º  Espanha   29º   33º   42º   36º   36º  Fonte: World Economic Forum (2008-2012)

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Roadmap  para  Portugal:    Ambiente  Macroeconómico  

FACTORES DOMÉSTICOS  

Situação Actual   Prazo de Actuação  

Capacidade de Mudança  Ambiente Macroeconómico  

•  Rácio de Dívida Pública/PIB -3   LP   Média  

•  Evolução PIB per capita -1   LP   Média  

•  Endividamento dos Particulares -3   LP   Alta  

•  Níveis de Poupança -1   MP   Alta  

•  O Rating da Dívida Pública -2   MP/LP   Nula  

•  Dimensão da Dívida e Capacidade da sua Absorção -3   LP   Média  

•  Política Económica -1   LP   Média  

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Roadmap  para  Portugal:      Ambiente  de  Negócios  

FACTORES DOMÉSTICOS   Situação Actual  

Prazo de Actuação  

Capacidade de Mudança  Ambiente de Negócios  

•  Quantidade e Qualidade dos Fornecedores -1   MP   Alta  •  Nível de desenvolvimento de clusters -1   LP   Alta  •  Legislação Concorrencial e Eficácia de Política Anti- Monopolística -2   CP/MP   Alta  •  Cooperação nas Relações Laborais -2   MP/LP   Média  •  Delegação de Autoridade nas Empresas -3   MP/LP   Baixa  •  Flexibilidade da Legislação Laboral -3   MP   Média  •  Disponibilidade de Prontidão da Tecnologia +3   MP/LP   Alta  •  Formação e Desenvolvimento de Competências dos Colaboradores -1   CP/MP   Alta  •  Absorção de Novas Tecnologias +2   MP   Alta  •  Disponibilidade de Tecnologia Recente +3   MP/LP   Alta  •  Investimento em I&D +1   MP/LP   Média  •  Sofisticação dos Processos Produtivos -1   MP   Média  •  Accountability da Gestão aos Investidores e CA -3   MP   Média  •  Capacidade de Inovação das Empresas +1   MP/LP   Média  •  Capacidade de Financiamento de Projectos Inovadores e de Risco -2   MP   Baixa  •  Disponibilidade de Produtos e Serviços Financeiros para as Empresas +1   CP   Média  •  Intensidade Concorrencial dos Mercados Domésticos -3   LP   Baixa  •  Relação Salário/Produtividade em Portugal -3   LP   Baixa  

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Roadmap  para  Portugal:      Sofis:cação  dos  Mercados  e  Cosmopoli:smo  

FACTORES DOMÉSTICOS  Situação Actual   Prazo de

Actuação  Capacidade de

Mudança  Sofisticação dos Mercados e Cosmopolitismo  

•  Natureza das Vantagens Competitivas das Empresas -2   LP   Alta  

•  Controlo da Distribuição Internacional e do Marketing -3   MP/LP   Média  

•  Sofisticação do Consumidor Doméstico -2   LP   Baixa  

•  Existência de Marcas Valiosas de Notoriedade Global

-3   LP   Baixa  

•  Utilização de Ferramentas de Marketing Sofisticadas pelas Empresas

-1   MP   Média  

•  Grau de Orientação para o Cliente -1   LP   Média  

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Roadmap  para  Portugal:      Liderança  e  Elites  

FACTORES DOMÉSTICOS  

Situação Actual   Prazo de Actuação  

Capacidade de Mudança  Liderança e Elites  

•  Retenção e Atracção de Talento -3   LP   Baixa  

•  Formação em Gestão e Qualidade das Business Schools

+2   MP   Alta  

•  Disponibilidade de Cientistas, Engenheiros e Experts Altamente Qualificados

+2   LP   Alta  

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Roadmap  para  Portugal:      Infra-­‐estruturas  e  Logís:ca  

FACTORES DOMÉSTICOS  

Situação Actual   Prazo de Actuação  

Capacidade de Mudança   Infra-estruturas e Logística  

•  Qualidade das Infra-Estruturas Gerais do País +3   LP   N/A  

•  Qualidade da Infra-Estruturas Rodoviárias +3   MP   N/A  

•  Qualidade do Fornecimento de Energia Eléctrica +2   LP   N/A  

•  Qualidade da Infra-Estrutura Ferroviária +2   MP/LP   N/A  

•  Qualidade da Infra-Estrutura Portuária +1   MP/LP   Baixa  

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Roadmap  para  Portugal:      Pessoas,  Inovação    e  Conhecimento  Aplicado  

FACTORES DOMÉSTICOS  Situação Actual   Prazo de

Actuação  Capacidade de

Mudança  Pessoas, Inovação e Conhecimento Aplicado  •  Invenções Patenteadas e

Conhecimento Aplicado 0   MP/LP   Alta  

•  Disponibilidade de Treino e Formação Especializados 0   CP   Alta  

•  Investimento Efectuado pelas Empresa na Formação dos seus Colaboradores

-2   CP   Baixo  

•  Ligação entre Universidade e Indústria +2   MP/LP   Alta  

•  Nível de Sistema Educativo como Impulsionador de Competitividade

-1   LP   Média  

•  Acesso à Internet nas Escolas +2   CP   Alta  

•  Qualidade das Instituições de Investigação Científica +2   MP/LP   Alta  

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Roadmap  para  Portugal:      Transparência,  É:ca  e  Enforcement  da  Lei  

FACTORES DOMÉSTICOS   Situação Actual  

Prazo de Actuação  

Capacidade de Mudança  Transparência, Ética e Enforcement da Lei  

•  Enforcement da Legislação -3   MP/LP   Média  •  Enforcement de Direitos de Propriedade e de Protecção

de Activos Financeiros 0   CP/MP   Alta  

•  Enforcement de Propriedade Intelectual e de Medidas Anti-Contrafacção +1   CP   Alta  

•  Corrupção e Desvio de Fundos Públicos 0   MP/LP   Média  •  Ética Empresarial, Ligações Dúbias ao Poder e Conluio 0   MP/LP   Média  

•  Transparência e Mérito versus Nepotismo na Ascensão da Gestão de Topo -2   MP/LP   Baixa  

•  Favorecimento de Empresas e Indivíduos pelo Decisor -1   MP   Média  •  Independência do Sistema Judicial do Poder Político,

Cidadãos ou Empresas -1   LP   Média  

•  Eficiência do Sistema Jurídico e Relação com o Sector Empresarial -2   LP   Média  

•  Eficiência do Sistema Judicial na Resolução de Disputas Laborais -3   LP   Média  

•  Pagamentos e Subornos na Obtenção de Decisões Judiciais Favoráveis +1   LP   Média  

•  Capacidade das Forças Policiais em Garantir o Cumprimento da Lei e a Manutenção da Ordem +1   MP   Alta  

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Modelo  de  Compe::vidade  Nacional  

 Gap    

Minimizar  o  diferencial  melhorando  os  Factores  

Domés:cos        

Modelo  de  Compe::vidade  

Nacional  Sustentável  

     

FACTORES  EXTERNOS    

Cosmopoli:smo  e  Globalização  Natureza  e  Determinantes  da  

Procura  

Esté:ca  e  Estruturas  de  preferências  

Natureza  e  Determinantes  de  FDI  

Ambiente  Macroeconómico  

Inovação  e  Tecnologia        

             

FACTORES  DOMÉSTICOS                                        

Ambiente  Macroeconómico  

Liderança  e    Elites  

Infra-­‐Estruturas  e  Logís:ca  

Pessoas,  Inovação    e  Conhecimento  Aplicado  

Transparência,  É:ca  e  Enforcement  da  Lei  

COMPETITIVIDADE  

Indicadores  de  Desenvolvimento  Humano  e  

Bem-­‐Estar  Social    

Criação  de  Riqueza  

Legenda  para  Factores  Domés:cos:  Mau                                                                                        Bom  

Ambiente  de  Negócios  

Sofis:cação  e  Cosmopoli:smo  

FDI,  Agregação  de  Valor  e  Exportações  

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§  Produtividade pode ser definida como: “A term that refers to the ratio of outputs and inputs in an economy. … Changes in labour productivity occur when technology and worker competence improve” (Samuelson e Nordhaus, 1999).

§  A produtividade é um rácio entre output e inputs numa economia. Níveis de produtividade mais elevados sugerem combinações mais eficientes de inputs no processo produtivo, traduzidas em quantidade e qualidade de unidades de output, sujeita a restrições que decorrem do threshold tecnológico de produção.

Produ:vidade    

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Marcas  Portuguesas  Globais?  

•  Finlândia - Nokia; Suécia - Ericsson, IKEA e

Volvo, Tetra Pak, Astra Zeneca (Suécia, Grã

Bretanha); Asea Brown Bovery (Suécia e Suíça)

•  Holanda - Shell, Phillips, ABN Amro, a própria

ligação com a KPMG (Peat Marwick e Klynfeld),

Endemol, DAF (camiões), Heineken, Ahold.

•  A marca de produto, a marca organizacional e a

marca-país são muito difíceis de imitar.

•  Poucas marcas Portuguesas com notoriedade

internacional (Mateus Rosé e turismo da Madeira,

vinho do Porto)

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Abandono  do  Paradigma  Funcional  de  Produto  por  um  Modelo  de  Agregação  de  Valor  

•  Aceitação de um lugar na cadeia de valor a

montante quando é a jusante próximo do

consumidor que estão os elos da cadeia que

geram efectivamente valor

•  Ausência de posicionamento distinto e valioso do

país no mundo

•  Modelo house of brands (Japão, Alemanha e

Coreia) por oposição a campanhas tipo West

coast e Allgarve (branded house)

•  Japão, Malásia e Coreia do Sul com

direccionamento do estado (MITI)

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Nova  Ideia  de  Empreendedorismo  

•  Política cambial de décadas criou almofada

artificial com impacto psicológico sobre o que

erradamente se julgam ser os determinantes de

competitividade real

•  Aprender urgentemente a competir através dos

determinantes reais de competitividade

•  Enfoque na produtividade que deve ser medida a

preços de mercado e não a custo de factores

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Nova  Ideia  de  Empreendedorismo  

•  Política cambial de décadas criou almofada

artificial com impacto psicológico sobre o que

erradamente se julgam ser os determinantes de

competitividade real

•  Aprender urgentemente a competir através dos

determinantes reais de competitividade

•  Enfoque na produtividade que deve ser medida a

preços de mercado e não a custo de factores

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Metodologia  do  Estudo  §  Banco de Portugal §  Eurostat §  Fundo Monetário Internacional §  IMD-World Competitiveness Centre §  Instituto Nacional de Estatística §  Interbrand §  New York Times §  World Bank §  World Economic Forum §  World Investment Report §  World Trade Organization

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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,

que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos

caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o

tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado,

para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa, escritor