Com inverno quente e chuvas esparsas, clima favorece proliferação do mosquito transmissor; ações decontenção estariam ocorrendo de forma acanhada

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EDIÇÃO Nº 125 - ANO 4 - 18 DE JULHO DE 2015 - LENÇÓIS PAULISTA - CIRCULAÇÃO REGIONAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

SABADAO DO POVO

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Billy Mao

O Tribunal de Contas de São Paulo aprovou as contas de 2013 do ex-pre-sidente da Câmara Humberto José Pita (PR), referentes a seu primeiro manda-to. O voto do Conselheiro Alexandre Manir Figueiredo Sarquis é do dia 23 de junho e o acórdão com a aprovação foi publicado no Diário Oficial da União no dia 7 de julho. Página 3

TC aprova contas deDr. Pita

Vazios urbanospersistem no centro de Lençóis

Jd. Primavera

A FARMÁCIA DA CRUZEIRO VAI MUDAR DE ENDEREÇO!!!

Depois de dois anos de aprovadas as mudanças do Plano Diretor de Lençóis Paulista, apresentadas em audiência pública, em julho de 2013, a maioria das áreas apontadas como vazios urbanos no centro da cidade não foram preenchidas. Sabendo do trâmite e tendo votado favorável às mudanças, o vereador Gumercindo Ticianelli Jr. pretende apresentar um Projeto de Lei que crie um parque ecológico em pelo menos uma dessas áreas que se mantém desocupadas. Para o vereador, uma área no centro, seria perfeita para a criação do parque ecológico. Página 5

Denúncia mostra descarte irregular de lâmpadasfluorescentes pela diretoria de Meio Ambiente

Em silêncio, dengue se espalhae já atinge mais de 80% da cidadeEm silêncio, dengue se espalhae já atinge mais de 80% da cidade

TURI

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AÉRE

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Turismo aéreo em Lençóis Paulista deverá ser feito a partir do aeródro-mo municipal com aeronave trike em vôos agendados pre-viamente durante todos os dias da se-mana. Confira ma-téria completa sobre essa nova opção na Página 8

Um incidente no Jardim Primavera movimentou o bairro esta semana quando um caminhão sem freio desceu uma rua e acertou um muro indo parar dentro de um quintal. Foi realizada uma força tarefa no local. Página 4

Beirando as 900 notificações ape-nas nos primeiros sete meses do ano, a dengue em Lençóis Paulista pode ‘explodir’ com a chegada do Verão 2015/2016. “Com a volta do calor e das chuvas, os números podem voltar a aumentar de forma drástica”, infor-mou a diretoria de Saúde esta semana, ao confirmar que, até agora, foram 473 casos positivos, 395 negativos, com 10 exames aguardando resultado.

A afirmação foi feita através de uma resposta dada ao pedido de informa-ções feito pelo jornal Sabadão do Povo

sobre a situação da doença atualmente no município e a forma de combate.

A diretoria negou que a realiza-ção de bloqueios em regiões onde existem casos da doença havia sido suspensa, como tinha a informação o jornal. “Toda vez que é notificada uma suspeita, os agentes comunitá-rios de saúde realizam o bloqueio num raio de 200 metros do endereço de notificação”. Porém, confirmou que o município não tem usado, há alguns meses, o inseticida contra o mosquito da dengue. Página 6

Uma denúncia feita esta semana ao jornal Sabadão do Povo mostra que um descarte irregular de lâm-padas de mercúrio (aquelas fluores-centes) está ocorrendo já há algum tempo em uma área do distrito empresarial, no espaço público que compreende a Usina de Reciclagem e Compostagem de Lixo e Usina de

Asfato, que é de responsabilidade da diretoria de Meio Ambiente.

Segundo a denúncia, as fotos que comprovam o descarte foram feitas durante esta semana. As lâmpadas desprotegidas estariam se quebrando e, supostamente, contaminando o meio ambiente local pelo vazamento dos gases que compõem a lâmpada e outros materiais nocivos ao ambiente. Por lei, o descarte das lâmpadas no meio ambiente é crime ambiental.

A diretoria de Meio Ambiente in-formou que disponibilizou um contai-ner para que todas as lâmpadas recolhi-das da população sejam armazenadas de forma segura. O diretor Benedito Martins disse que iria checar porque o material estaria sendo depositado de forma incorreta. Página 5

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Foto: Leitor Sabadão

DENGUE - Lage com acúmulo de água e detalhe de criação de larvas

CRIME AMBIENTAL - Descarte irregular coloca solo e pessoas em risco de contaminação

2LENÇÓIS PAULISTA, 18 DE JULHO DE 2015

OPINIÃO

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Lençóis Paulista - Borebi - Macatuba

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Babilôniapr. antonio carlos cabral

billY Mao

railson rodrigues

Sobre bactérias e criminalidadesQuanto mais perigosa uma ativi-

dade, maior é o valor pago a quem se arrisca a praticá-la. Exemplo disso é o salário de um prático de navios, profissional responsável por mano-brar embarcações apenas na zona portuária.

Um prático, além de realizar as manobras nos portos, precisa agir, em nome do Estado, para preservar o meio ambiente e a vida das pessoas a bordo em determinado ponto do mar, definido pela Marinha. Seu salário pode chegar a 100 mil reais mensais. Porém não é pequeno o rol de qualificações e exigências para assumir tal posição.

Outro exemplo que podemos ci-tar de proporcionalidade entre riscos e lucros, é a atividade de traficante. Independente do produto traficado, quanto maior o risco ou mais grave a pena para o traficante, maiores são os lucros da atividade.

Na Indonésia, por exemplo, onde a pena é de morte para traficantes de drogas, a quantidade de cocaína que se compraria aqui por cerca de 16 mil reais, está cotada por lá em quase 8 milhões. E com um lucro desses,

percebemos que jamais conseguirão impedir o tráfico por lá.

Em um mundo ca-pitalista, onde muitos vivem para ter uma boa casa, um bom carro e para montar o próprio negócio com um bom capital de giro, parece tentador receber 8 mi-lhões de reais em menos de duas se-manas de trabalho, sem que se precise de estudo, qualificação profissional, ou qualquer especialização.

Nesse cenário, aparenta ser muito mais fácil arriscar a própria vida a troco de milhões, do que desembol-sar rios de dinheiro para conseguir estudos e qualificações que poderão render um salário de 4 mil reais ao mês. E repare que falei “poderão render”, pois você ainda pode ficar desempregado por questões de mercado e de crise, e pode acabar não utilizando tantas qualificações, ficando a mercê de qualquer coisa que apareça para lhe pagar mil reais.

O mundo é bem cruel por natu-reza, e o capitalismo vem comple-

mentar a crueldade. E isso não é uma crítica ao capitalismo, mas uma crítica aos pobres de raciocínio que não entendem que a mar-ginalidade e a crimi-nalidade são reflexos naturais de um mundo que impõe o consumo ao mesmo tempo em

que estrutura a desigualdade social.A crítica é aos que adoram vo-

ciferar pela pena de morte, como se ela fosse solução, aos que se sentem satisfeitos quando veem um linchamento na TV. Semana passada, um homem foi espanca-do e amarrado no poste após uma tentativa de assalto a um bar. Este homem morreu. Mas os bares da região do linchamento ficaram vários dias sem abrir, com medo da reação dos amigos e comparsas do homem assassinado.

Talvez apenas as perdas decorren-tes dos dias fechados por medo já superem o valor que seria perdido se o roubo tivesse se concretizado. E as próprias ameaças sofridas já provam

que o linchamento não deixou os bandidos com medo, deixou-os com mais raiva.

O cidadão tem medo de bandido, mas se muitos cidadãos se juntam, podem até matar. Entretanto, se o bandido se sentir ameaçado pelo ci-dadão quando vai agir, seu potencial de agressividade e tensão também aumentam para não se deixar ser pego ou linchado.

As bactérias ficam mais fortes conforme tomamos antibióticos em excesso, elas se adaptam e se reforçam para vencer o potencial do antibió-tico. Não precisamos de paliativos, precisamos da vacina, e as vacinas não são desenvolvidas por Sheherazades, Datenas, Bolsonaros e Cunhas. As vacinas doem quando são aplicadas e não dão votos e nem audiência. Infe-lizmente para nossas doenças sociais não há gotinhas e nem homeopatia para prevenção e se continuarmos fugindo da solução, continuaremos eternizando nosso problema.

Railson Rodrigues é estudante de Direito e pós-graduando em Direito Municipal.

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

Chargeonline.com.br - cAZO

Tudo igual e diferente napolítica

Após o grande dilúvio, no mundo havia apenas uma língua e um mesmo modo de falar. Parte desse povo que habitava na região da Mesopotâmia, decidiu cons-truir uma cidade com uma grande torre no centro de forma que alcançasse os céus e no seu topo, um templo que seria denominado “Portal dos Céus”. Os planos desse povo eram egoístas e de extremo orgulho, pois desejavam se tornar famosos de nome e não serem confundidos com outros povos da terra. Empreenderam um grande esforço conjunto e perverso para conquistar fama mundial que lhes permitisse dominar toda a criação de Deus. Todos deveriam permanecer unidos, na tentativa orgulhosa de cuidar do próprio destino, assumindo o controle da história, onde não haveria limites na liberdade de uma rebeldia de-senfreada contra Deus e seu reino.

Na sua Onisciência, Deus co-nhecendo seus planos, confundiu sua linguagem e por não se enten-derem, pararam de construir a ci-dade que recebeu o nome de Babel, que significa “Juízo de Deus”. Sua

população se espalhou por toda a face da terra como pessoas errantes e humilhadas em razão de gran-des dificuldades para se comunicar com outros semelhantes (Gen. 11.1-9).

Apesar de aban-donada e com fama de amaldiçoada por Deus, a cida-de recebeu o nome de Babilônia e se tornou capital de um grande império, se tornando o centro religioso pagão e político da Mesopotâmia. Babilônia viveu séculos de glórias e conquistas, riquezas, parcerias políticas, lu-xúrias, ostentações, admiração e reconhecimento como uma das sete maravilhas do mundo em sua época. Pela palavra do pro-feta Jeremias, Deus determinou sua destruição por conta de sua extrema maldade contra outras nações, tornando todas as suas riquezas em cinzas como de um vulcão extinto e arruinada para sempre (Jer. 51.24-26). A profe-cia se cumpriu totalmente depois

de muitas guerras externas e conflitos internos. Babilônia hoje é uma região estéril e devastada.

Refletindo sobre esse fato histórico e suas consequências, quero pensar sobre a questão da restau-ração do passado. O

mesmo profeta Jeremias, cita um oleiro que fazia um vaso de barro e o mesmo se quebrou. Então com o mesmo barro construiu outro que ficou perfeito (Jer. 18.1-6). O processo de mudança muitas vezes nos causam dores, principalmente pelo fato de termos que abrir mão de muitas coisas, entre elas, nosso orgulho. Sempre que queremos viver algo novo no presente, so-nhar novos sonhos com planos e projetos novos, mas esquecemos que se continuamos os mesmos, com as mesmas atitudes, nada vai mudar. Temos o presente nas mãos, mas ainda guardamos coisas do passado que afetam e impedem uma conclusão feliz.

O aperfeiçoamento do caráter

sugere uma mudança interior como processo de restauração que consiste na derrubada do que já passou e isso deixa clara nossa posição de barro nas mãos do oleiro que faz o vaso, que o molda dando-lhe a forma e o quebra quando precisa. O que-brar do vaso não é porque ele não presta e deve ser lançado fora, mas para ser aperfeiçoado, sem marcas ou manchas, do jeitinho que foi planejado no inicio.

Deus faz tudo perfeito, pois sua vontade é boa, perfeita e agradável (Rom. 12.2). Por isso não devemos nos amoldar aos padrões humanos que estimu-lam a buscar apenas riquezas materiais, rejeitando o padrão de Deus que no leva a viver aprova-dos pela sua graça. É Deus quem molda, cura as feridas da alma, limpa e joga fora o que não faz parte da nova criatura. Se não agirmos de maneira diferente, tudo será sempre igual.

Antônio Carlos Cabral é Ba-charel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.

Para quem assistiu a série Bra-king Bad, não foi difícil, em dado momento, torcer para o bandido. Bryan Cranston faz o papel de um fabricante de droga sintética depois de saber que tem câncer já em esta-do terminal. Um gênio da química que nunca conseguiu ir além de um professor, decide usar sua experiência no laboratório para juntar um di-nheiro para sua família, produzindo a melhor metanfetamina do país. O contexto, apresentado pelo autor da série, induz o telespectador a vê-lo por outro ângulo. O transforma no anti-herói americano. A antítese do mocinho hollywoodiano que briga contra traficantes e tal.

Jake Gyllenhaal em “O Abutre”, filme policial do ano passado, tenta se dar bem em uma trajetória de cinegrafista que busca ganhar a vida mostrando o mundo cão do

jornalismo. O filme mostra um pouco o esteriótipo de cobertu-ras policiais, quando o personagem começa a ganhar corpo e força na trama devido sua busca incansável em ganhar a vida com suas imagens perturbadoras. De fato o esteriótipo de um jor-nalismo pejorativo e inescrupuloso.

Nem de longe chego aos pés do “Abutre” do filme. Mesmo existindo essa distância enorme de realidade, o fato de estar antenado com o que acontece, tanto no âmbito policial, quando o que envolve a vida cotidia-na, me coloca na mira daqueles que não entendem o jornalismo factual e comunitário, e com isso tentam me comparar com o abutre do filme. Pode parecer pretensão, mas ouvi isso

esta semana.A publicação de

uma foto ou filmagem na internet vai muito além dos comentários, muitas vezes desca-bidos, sobre o acon-tecimento. Sempre a publicação está con-tida em um cenário muito mais amplo. E

é esse interesse, o de abranger aquilo que está além da postagem, que me impulsiona. Quem acompanha meu trabalho pode concordar e até dis-cordar da forma que ele é feito, mas precisa saber que está muito longe de ser, apenas, sensacionalismo.

Para lembrar, o abutre, o pássaro, segundo o Wikipédia, é o nome vulgar dado às aves falconiformes da família Accipitridae, de hábitos ne-crófagos, conhecidas também como

abutres-do-velho-mundo. Os abutres assemelham-se exteriormente aos urubus e condores (os abutres-do-novo-mundo), mas estes pertencem à família Cathartidae. Os abutres são aves de grande envergadura.

Fazem a limpeza de tudo que é putrefático, morto e estragado. São as principais fontes de exter-mínio daquilo que não presta e evitam a proliferação de doenças, eliminando a podridão.

Em alguns casos o jornalista age da mesma forma, buscando limpar, através de suas publicações, o que há de podre na sociedade. Nem sempre consegue, mas consegue mostrar aonde está a podridão para que outros agentes atuem na “limpeza”.

Billy Mao é jornalista repórter fotográfico

Abutres, a podridão e o jornalismo

Em meio à crise política vivida no país, é cada vez mais difícil tentar projetar como serão as eleições municipais do ano que vem, mesmo considerando a distância entre o que acontece nos municípios e em Brasília. Porém, consideradas as dimensões, talvez as diferenças não sejam assim tão grandes.

As sucessões municipais terão, além de seus ingredientes específicos – proximidade com poder e a decorrente barganha pelo voto, pressão a servidores públicos, persegui-ção à oposição de qualquer natureza e uso pesado da máquina administrativa – o incre-mento de que o país, ainda em 2016, pode não ter atravessado totalmente as crises ins-titucional, financeira e de valores morais que enfrenta agora, e que afetam diretamente a conduta de candidatos e eleitores.

A reforma política que vem sendo, supos-tamente, implementada pela Câmara de De-putados, é outro fator que deixa o futuro das eleições ainda mais nebuloso pelas incertezas que traz, ao aprovar mudanças que são derru-badas posteriormente na mesma Casa, ou que podem perfeitamente ser negadas ao chega-rem ao Senado ou ao crivo do governo federal.

Para a região próxima, os ingredientes semelhantes tendem a causar resultados dife-rentes. Nas três cidades onde circula o jornal Sabadão do Povo, as forças tradicionais e as novas propostas irão se confrontar, mas cada um em uma posição diferente para o embate.

Em Lençóis Paulista, a força conservadora e tudo de bom e ruim que pode advir com ela, a velha forma de se fazer política e seus vícios, por exemplo, irá tentar se manter no poder a qualquer custo, uma vez que o pro-jeto inicial do grupo que administra a cidade era de se manter no poder público por, no mínimo, 20 anos, o que se realizaria com a recondução de qualquer integrante do grupo, seja de novo ou velho perfil.

Para o confronto, a nova oposição come-ça a ser articular para apresentar opções à altura do município, mas ainda mais no momento vivido pelo país, de resguardo e cautela, que exige novas soluções e visões para enfrentar as dificuldades que podem persistir ou surgirem.

Em Borebi, a mesma força conservadora tentará voltar ao poder, para se garantir viva, mantendo as benesses que marcaram a história do pequeno município e que vem sendo reescrita após as eleições de 2012. O conservadorismo político e seus ranços tentarão, a todo custo, derrubar o modelo de gestão que vem sendo desenvolvido no município e a política responsável e transpa-rente que vem sendo implantada.

Para isso, as ferramentas usadas são im-previsíveis, considerando tudo o que foi re-velado após os 20 anos de dominação vivida por Borebi e que deixaram marcas relevantes, inclusive que serviram de motivação para investigações dos mais sérios órgãos de fis-calização das administrações públicas.

Já em Macatuba, até que se aponte um novo fato, a disputa deve ficar entre novas forças políticas. A que está no poder, embo-ra tenha vencido as últimas eleições com a proposta de renovação, tem esbarrado na centralização de ações e na lentidão das to-madas de decisão, entre outros obstáculos, para garantir uma reeleição natural.

Já uma oposição renovada precisa ainda de fortalecimento político e maior colisão para se garantir em um meio político altamente conservador. O caminho, até agora, está se-guro, mas há ainda muito a percorrer.

Assim, se segue, com cartas ainda não são conhecidas, mas o jogo vai sendo traçado. Os melhores lances ou blefes irão ajudar, mas não garantir uma vitória fácil.

“A virtude consiste em saber encontrar o meio-termo entre

dois extremos”

Aristóteles

POLÍTICA 3LENÇÓIS PAULISTA, 18 DE JULHO DE 2015

Defesa da Câmara demonstrou ações tomadas para controle de gastos e destinação adequada de recursos; redução de cargos em comissão no Legislativo ultrapassa 58% em três anos

Tribunal aprova contas da gestão de Humberto Pita de 2013

Aprovado contrato entre Prefeitura e OCAS

Na rede - O Facebook tem sido ferramenta para pedir de tudo. De apoio para doações até ajuda para entidades. Nesta levada, entidades que sobrevivem de apoio e repasses públicos da Prefeitura também aderiram aos pedidos via redes sociais.

Virou festa - Algumas entidades estão chegando ao extremo nos pedidos. Por outro lado, as mesmas estariam com seus quadros funcionais transbordando de “voluntários” remunerados. Ou a gestão desses locais está desconexa ou algo muito além da simples compreensão estaria ocorrendo.

Outro mundo - Moradores do Jardim Primavera relataram a revolta quanto ao poder público municipal esta semana, depois que um ca-minhão invadiu o quintal de uma residência, quando perdeu o freio em uma rua do bairro.

Excluídos - O motorista do caminhão se responsabilizou pelo ocorrido, porém, a reclamação é que não se viu sinal da municipa-lidade durante o acidente. Se quer, alguém do Paço das Palmeiras ou das pastas da administração apareceu para ver se moradores precisavam de ajuda.

Suspenso - No incidente, a ajuda apareceu de onde menos se es-perava. O empresário que disponibilizou os guindastes não mediu esforços para ajudar a remover o caminhão, juntamente com sua equipe. Moradores cooperaram na limpeza do imóvel e liberação da rua, durante a semana.

Empurra - A lei sobre o tráfego de bicicletas motorizadas foi aprova-da há pelo menos dois meses em Lençóis Paulista. Para utilizar seu veículo o condutor deverá fazer um registro na Prefeitura. Isso era para estar ocorrendo desde a aprovação da lei.

Pedala - Embora a fiscalização tenha dado um prazo para que os donos das bikes se adequem, uma fonte no Paço informa que até o momento a Prefeitura não teria comprado os lacres que oficializarão o registro.

Solidários - Esta semana o Solidariedade reuniu membros do partido e simpatizantes da sigla para um encontro político em Macatuba. O assunto foram as diretrizes que o partido deverá tomar na pró-xima eleição.

Parceiro - Branco Grecco foi o idealizador da reunião que contou com algumas figuras da política macatubense. Evandro ‘Presuntinho’ quis saber o que tem de bom no Solidariedade e Edílio Guirotti quer levantar a bandeira dos salários no Legislativo.

A meio pau - Guirotti questionou os presentes sobre se achavam certo o valor de quase R$ 5 mil de salário no Legislativo macatubense. Edílio, que já foi vereador, pretende levanar essa bandeira durante a próxima campanha e quer contar com o apoio do Solidariedade, segundo disse na reunião.

Hum, sei não - Há quem concorde com Edílio, que os salários deveriam baixar na Câmara, entretanto, para um político da cidade, quando foi vereador, Guirotti se quer tocou no assunto de reduzir salário ou as cifras pagas pelo labor legislativo.

Embate - O Solidariedade terá uma tarefa difícil em Lençóis Paulista. Acontece que o representante do partido como vereador é o presiden-te da ASP, Jonadabe José de Souza, que carrega a sigla em todos os seus discursos. Ao mesmo tempo, o presidente do partido em Lençóis Paulista é o diretor de Emprego e Renda, Altair Toniolo.

Tamo Junto - Toniolo representa, deliberadamente, as diretrizes do tucanato lençoense, como diria no linguajar caipira: come no mesmo prato. O Solidariedade se encontra como base do governador tucano devido ter sob sua guarda uma das 27 secretarias de Alckmim.

De que lado - Caso o vereador Jonas, que carrega a sigla, não comun-gue com a mesma ideia daquilo que prega o PSDB em Lençóis, a coisa poderá ficar complicada.

Quem pode mais... - Para que lado o diretório estadual irá pesar? Para o lado que prega o PSDB, e com isso, preterir uma candidatura natural à reeleição do vereador Jonas, ou, simplesmente, mudará o diretório provisório e dará, de fato, a presidência ao vereador, que poderia reivindicá-la como seu direito?

Fantasmagórico - O gasto com publicidade e assessoria prestada por supostas empresas de fachada teria virado a maior ‘farra do boi’ na administração pública. Seriam tantos esquemas de pagamentos sem uma pasta específica que, se quer, o cidadão comum, que batalha de sol a sol, sonha, e que surpreenderiam até as autoridades que revelam os escândalos federais.

Front - Em Lençóis Paulista existiria um plano de pagamento para fornecimento de ‘publicidade institucional’ que alimentaria uma ala do exército tucano. Esses alimentados “produziriam” material que nunca aparece. Bem devagar os pontos vão aparecendo, as linhas vão se cru-zando e o desenho vai se formando claramente. Vamos ver até quando!

Moscou - A coluna publicou de forma diferente a informação que recebeu de uma fonte. O valor repassado para a realização de uma festa apoiada pela Casa da Cultura seria de R$55 mil e não R$550mil.

Em promoção - Porém, a Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista, através da assessoria, informou que foram gastos apenas R$5,9 mil, com pagamento de uma banda. A nota da assessoria aponta que , além deste custo, uma empresa particular foi contratada para promover a festa. Cerca de mil pessoas participaram do evento, segundo informações.

Tá - Mesmo pagando a fatura, a Prefeitura teria arcado com outros gastos do evento: energia, pessoal, palco, som entre outros, bancados pelo município, o que levaria aos mais de R$50 mil apontados pela fonte e negado pela Prefeitura.

Fotos: Billy Mao

DR. PITA | Ex-presidente pregou gestão transparente em seu mandato

A FARMÁCIA DA CRUZEIRO VAI MUDAR DE ENDEREÇO!!!

TANIA MORBI

Tânia MorbiO Tribunal de Contas de

São Paulo aprovou as contas de 2013 do ex-presidente da Câmara Humberto José Pita (PR), referentes a seu primeiro mandato. O voto do Conselhei-ro Alexandre Manir Figueiredo Sarquis é do dia 23 de junho e o acórdão com a aprovação foi publicado no Diário Oficial da União no dia 7 de julho.

A fiscalização apontou ocor-rências que foram rejeitadas pelas assessorias Técnica e Ju-rídica. O sistema de controle interno não regulamentado, gastos de combustíveis, quadro de pessoal e falha em prazos para envio de informações, en-tre outros apontamentos foram feitos pela fiscalização, porém a defesa da Câmara, apresentada pelo procurador jurídico da Casa Antonio Carlos Rocha foi suficiente para que o conse-lheiro avaliasse positivamente as contas. A defesa, segundo o relator, mostrou que medidas corretivas já haviam sido ado-tadas e justificadas a contento demonstrando a legalidade dos procedimentos, e “que não houve qualquer prejuízo ao erá-rio”, de acordo com a avaliação.

Segundo o voto de Alexan-dre Manir, as principais despe-sas da Câmara ficaram abaixo do limite, sendo que a folha de pagamento, que poderia chegar a 70% do orçamento do Legislativo, fechou 2013 em 52,90%, e as despesas de pessoal que poderia ser de até

6%, ficou em 1,45%.

Respeitado limiteDe acordo com o relator, a

aprovação considerou o cum-primento dos limites de gastos existentes, bem como a situação econômico-financeira adequada da Câmara. “No quadro geral, observo que o gasto total do Le-gislativo manteve-se dentro das metas estabelecidas pelo artigo 29-A, inciso I, da Constituição Federal, pois correspondeu a 3,37% da receita efetivamente arrecadada pelo município no exercício anterior. A Câmara também atendeu ao limite estabelecido no artigo 20, inciso III, alínea “a”, da Lei Complementar nº101/00, pois destinou 1,45% da re-ceita corrente l íquida do município às despesas com pessoal e reflexos. Da mesma forma, foi respeitado o limite imposto pelo §1º do já citado artigo, eis que o dispêndio com a folha de pagamento (52,90%) foi inferior a 70% da receita realizada. A remu-neração dos agentes políticos atendeu à lei de fixação e às determinações estabelecidas no inciso XI do artigo 37 e no artigo 29, VI, “a”, e VII, ambos da Constituição Fede-ral”, opinou o relator.

Para todos os apontamen-tos feitos pela fiscalização do TC, a defesa da Câmara comprovou as medidas ado-tadas, através da aprovação de leis, resoluções e alterações no

regimento interno, que garan-tiram maior controle de gastos e economia dos recursos.

Como, por exemplo, no caso da falta de controle interno, apontada pela fiscalização, a Câ-mara publicou resolução criando o sistema, assim como resolução que garantiu controle efetivo nos gastos com combustíveis.

Cargos

Um dos apontamentos feitos pelo Tribunal foi em relação ao número de cargos de confiança, para a qual a defesa do Legislativo compro-vou redução de 27% do total, em relação à gestão anterior, passando inicialmente de 26, em 2012, para 19 cargos, che-gando a 17, em 2013.

Porém, a redução vem sen-

do mantida, e atualmente, sob a presidência de Anderson Prado de Lima (PV), a Câ-mara tem em seu quadro de servidores 11 ocupantes em cargos de comissão, o que re-presenta uma redução de cerca de 58% do total em menos de três anos.

“Nesse sentido, penso que, de certo modo, medidas fo-ram adotadas, as quais, como é sabido, demandam certo lapso temporal para que sejam implementadas”, ponderou o conselheiro, e concluiu “Voto, assim, pela regularidade das contas da Câmara Municipal de Lençóis Paulista, relativas ao exercício de 2013”, pon-tuando em seguida as reco-mendações a serem seguidas pelo Legislativo lençoense.

O Tribunal de Contas também divulgou recente-mente a aprovação dos re-passes feitos pela Prefeitura de Lençóis Paulista à OCAS (Organização Cristã de Ação Social), em 2006, que che-garam a R$ 2,300 milhões, para administrar e dispo-nibilizar profissionais para o atendimento pelo SUS no hospital Nossa Senhora Piedade. O acórdão, com a

aprovação dos repasses foi publicado no Diário Oficial no dia 8 de julho.

“A Organização Socia l apresentou o relatório acerca das atividades desenvolvidas no gerenciamento da entidade pública com recursos repassa-dos por meio do Contrato de Gestão em vigor no exercício examinado, destacando que foi realizado um trabalho de aprimoramento, dando

sequência ao que está sendo feito desde 2001. O parecer conclusivo emitido pelo ór-gão concessor, por sua vez, atestou a regularidade dos gastos efetuados, bem como a economicidade dos resultados alcançados, comprovados por meio do cumprimento das metas acima do proposto, assinalando que, com a racio-nalização dos recursos, foram realizados em média 38,33% a

mais dos procedimentos con-tratados. As impropriedades apontadas pela Fiscalização foram adequadamente justifi-cadas pelos interessados, sen-do aceitas pelo órgão técnico da Casa. Em face do exposto e acompanhando as mani-festações da ATJ, voto pela regularidade da prestação de contas em exame”, concluiu o conselheiro Sidney Estanislau Beraldo, em seu voto.

AGRUPADO - Branco Grecco organizou um encontro com mem-bros do Solidariedade, pardido do qual é presidente e lideranças política de Macatuba na noite de terça-feira, dia 15. O coordenador regional do Sd, Sandro Donísio, também esteve presente para falar sobre as diretrizes do partido no interior paulista. O Solidarieda-de está afinado com as prerroga-tivas do governo estadual e forma a base de apoio aos caciques do PSDB. Em Macatuba, busca força junto às bases menores.

Vão até o dia 20 de ju-lho as inscrições para o concurso público do SAAE de Lençóis Paulista, para preenchimento de 11car-gos. As inscrições devem ser feitas pelo site www.consesp.com.br. O recolhi-mento da taxa de inscrição deve ser feito até o primeiro dia útil após a data de en-cerramento das inscrições.

A taxa de inscrição varia entre R$ 30,00 e R$ 50,00, de acordo com o cargo pre-tendido. Para se inscrever, acesse o site www.consesp.com.br, clicar em inscrições

abertas sobre a cidade que dese ja se inscrever. Em seguida clicar, inscreva-se já, digitar o número de seu CPF e clicar em continuar. Escolher o cargo, preencher todos os campos correta-mente e clicar em finalizar inscrição. Na próxima pá-gina conferir seus dados e ler a Declaração e Termo de Aceitação e, em seguida, clicar em Concordo e Efeti-var Inscrição. Na sequência, imprimir o boleto bancário para pagamento e recolher o valor correspondente em qualquer banco. Não serão

Inscrição para concurso do SAAE vai até 20 de julhoaceitos recolhimentos em caixas eletrônicos, postos bancários, transferências e por agendamento.

Os cargos a serem preen-chidos e respectivos salários são, para candidatos com níve l de ens ino funda-mental incompleto: agen-te de serviços gerais (R$ 1.182,00); agente de apoio operacional (R$ 1.182,00); motorista (R$ 1.421,67); operador de máquinas (R$ 1.832,38); pedreiro (R$ 1.421,67), e encanador (R$ 1.421,67).

Para candidatos com en-

sino médio completo, as vagas são agente admi-nistrativo (R$ 1.182,00); técnico em informát ica (R$ 1 .998,22) ; técnico em cole ta , a fa s tamento e tratamento de esgotos (R$ 1.998,22); técnico em produção e distribuição de água (R$ 1.998,22).

Para candidatos com en-sino superior completo, nas áreas de administração de empresas, direito, eco-nomia ou contabilidade, a vaga é de assistente técnico administrativo, com venci-mento de R$ 1.913,24.

4LENÇÓIS PAULISTA, 18 DE JULHO DE 2015GERAL

Fotos: Billy Mao

DERRUBOU | Algumas cenas do incidente ocorrido no Jardim Primavera com o caminhão que derrubou um muro

EXEMPLO | Moradores fizeram um mutirão para efetuar a limpeza do local

SOFRIDO | Moradora vive situação difícil no Primavera

Uau, uau | Cão mau tratado: abandono

Ajuste ocorre em momento crítico da economia quando Lençóis Paulista começa a sentir efeitos do desemprego

Caminhão perde o freio, bate em muroe invade uma casa em Lençóis Paulista

Muro derrubado escondia dificuldades familiarBilly MaoUma mulher assustada e ner-

vosa. Uma jovem sem entender direito o que estava aconte-cendo e uma outra mulher, de cama, chorando compulsiva-mente. Esse foi o cenário que a reportagem do jornal Sabadão do Povo encontrou na residên-cia onde um caminhão, sem freios, atingiu um muro e caiu no quintal, no Jardim Primave-ra. O que parecia um acidente, desses que podem acontecer a qualquer momento, reve-lou uma situação de exclusão, tristeza e pobreza em um dos bairros mais carentes da cidade.

Maria Joana Rodrigues Ve-nâncio, de 70 anos, mora com três filhos em uma casa do Jardim Primavera. Desde que se mudou para o conjunto, há mais de 20 anos, não conseguiu implantar as infraestruturas que uma residência precisa. A casa aonde mora ainda permanece sem o reboco que protege das infiltrações e não tem forro interno, nem lage.

A casa de Maria Joana é uma das pouquíssimas residências que não tiveram nenhuma melhoria desde que o bairro se formou, nem foi ampliada, e nem recebeu manutenção ao longo do tempo.

Com um portão improvisa-do por tábuas de uma porta, a família passa por dificuldades constantes. O filho de dona Maria, único homem na resi-

dência, está desempregado. As outras duas filhas também estão em dificuldades. Uma delas, frequenta as aulas de reabili-tação na APAE e outra, Maria Patrícia Venâncio, de 34 anos está de cama devido sequelas de um atropelamento que sofreu na entrada do bairro.

Dona Maria Joana conta que a dificultade aumentou depois que seu esposo facele-ceu. Vivendo de parte de um benefício deixado pelo marido e aposentadoria, a mulher e seus filhos vivem às custas de apoio da Ação da Cidadania Contra

a Fome e a Miséria, que fornece uma cesta básica mensal, e da ajuda de amigos.

Patrícia, depois do acidente que sofreu, desenvolveu depres-são e pouco sai de casa. Segundo sua mãe, a filha fica grande parte do dia na cama. Além dos proble-mas deixados pelo atropelamento e da depressão, uma desilusão amorosa cooperou com a baixa autoestima da jovem.

A mãe, apreensiva quanto aos problemas que a cerca, contou à reportagem que Pa-trícia recebera atenção de um homem, bem mais velho que

ela e que a encheu de esperanças de formar uma família e seguir em frente em uma vida normal.

Entretanto, pouco afeita em sair de casa, Patrícia relutava em frequentar lanchonetes e festas. “Ela não gostava muito de sair mas esse homem que ela conheceu vinha aqui e dizia que a levaria para lanchar, que ela precisava sair de casa, essas coisas. Devagar ela foi saindo, mas eu sempre desconfiava das más intenções dele”

Segundo a mãe, de um mo-mento para outro o homem se ausentou e nunca mais deu sa-

tisfação sobre seu paradeiro (em-bora ainda morasse em Lençóis Paulista, segundo Maria Joana), desmoronando uma imagem que Patrícia havia criado e que causava desconfiança na mãe.

Patrícia Venâncio estaria com exames relativos ao aci-dente, onde fora atropelada, ainda parados na rede pública de Saúde e além do coração partido pela desilusão amorosa, fortes dores nas pernas, devido ao grave ferimento, acometem a mulher diariamente.

O que preocupa a família que se sente desassistida pela Assistência Social e pelos pro-gramas municipais é a falta de atenção constante. Segundo a família, desde que foram morar no Jardim Primavera, apenas uma vez foram visitados pela assistência social do municí-pio. “Fizemos todos os cadas-tros necessários para sermos atendidos. O que fizeram foi colocar vidros em uma janela que ainda não tinha. Fora isso, não fizeram mais nada. Até prometeram, mas ninguém fez nada”, desabafa Joana.

A mulher de 70 anos conta que seus móveis estão muito velhos e que não tem condição de comprar nada (e estaria precisando de doações). As roupas são gardadas em caixas de papelão para não ficarem amontoadas nos cantos, já que estaria sem móveis.

A dona de casa conta que

muitas vezes chorou por não ter alimento para fazer no almoço ou jantar e que são privados de frutas e legumes. “Vivemos a mercê da sorte, da ajuda das pessoas e do pouco que recebe-mos de benefício. Como não vivo na casa dos vizinhos e nem fico pedindo nada, as pessoas não sabem o que a gente passa. É uma tristeza muito grande. Eu sei que isso contribui com o desespero da minha filha”, disse entre lágrimas.

O muroDona Maria Joana conta que

não estava em casa no momen-to que o caminhão derrubou seu muro, construído com a ajuda de amigos. Quando foi avisada, voltou para a casa e presenciou o veículo dentro de seu quintal.

“Disse: meu Deus, o que que aconteceu? Fui ver se minhas filhas estavam bem e encontrei Patrícia em estado de choque. Ela chorava muito. O barulho foi muito forte e alto, me con-taram”, esclareceu.

Patrícia, depois de se acal-mar, contou que estava deitada quando o caminhão invadiu o quintal. Já fragilizada pelos acontecimentos anteriores, a mulher disse que se desesperou justamente por não receber apoio em nada. “Eu não con-segui me manter calma. Já vi-vemos em uma situação difícil, como vamos fazer para conser-tar mais isso?”, perguntou.

Billy Mao O caminhão que bateu em

um muro e invadiu o quintal de uma casa, por volta de 12h, da terça-feira, dia 14, na Rua Palmiro Diegoli, no Jardim Pri-mavera, em Lençóis Paulista, foi retirado na tarde de quarta-feira, depois que dois guindastes da Empresa Galli Guinchos içou o veículo de dentro do quintal.

Segundo informação do mo-torista do caminhão, os freios do veículo falharam quando ele tentava dar um tranco no motor e dar partida no veículo,

descendo a Rua Palmiro Die-goli, cruzamento com a Carlos Romani, no bairro.

O freio do caminhão falhou e desceu ladeira abaixo, acer-tando um Monza e uma perua Kombi que estavam estaciona-dos. Ninguém ficou ferido. A documentação do caminhão, com placas de Itajobi-SP, estava devidamente regularizada e um boletim de ocorrência de danos foi registrado na Polícia Civil de Lençóis Paulista.

No momento do acidente havia algumas pessoas pela cal-

çada próximas ao local e o mo-torista contou que se esforçou para fazer a curva, na esquina, porém, não teria dado tempo de desviar do muro. “Se tivesse decido direto, poderia atraves-sar o quintal da residência e parar só lá na avenida. Por sorte, ninguém ficou ferido”, contou.

Vizinhos ao fato contaram que o barulho da batida foi alto e devido a derrubada do muro, saiu muita poeira do local. “Estavamos aqui soltando pipa quando ouvimos o barulhão e a poeira, corremos para ver o que tinha acontecido e vimos o caminhão no quintal”, contou um garoto do bairro.

A açãoSegundo informações do

motorista, conhecido no bairro como “seo” Manoel, uma ação entre amigos deverá ser feita para reconstruir o muro derru-bado. Na tarde de quinta-feira, dia 16, voluntários já faziam a limpeza do local e preparavam para a reconstrução do muro.

“Vamos fazer uma força tarefa e entre amigos vamos re-construir o muro da residência .

Já pedi para um amigo pedreiro fazer um orçamento e, com a ajuda dos irmãos, dos amigos e de pessoas aqui do bairro vamos reverter a situação. Quanto à Kombi, vamos estudar a melhor forma de resolver, mas vou con-tar com ajuda também. O que me tranquiliza, apesar do trans-torno, é saber que ninguém se

feriu e, também, a compreensão do pessoal do guindaste, que não mediu esforços para me ajudar”, contou.

Quanto ao caminhão, que é veículo de trabalho do mo-torista, ele disse que quando puder fará uma manutenção. “A prioridade agora é consertar o estrago do muro e o outro

veículo”, disse.Moradores do bairro acom-

panharam todo o desfecho do ocorrido, desde a batida no muro até a retirada do caminhão do quintal. A Polícia Militar deu apoio logístico e funcionários do setor de Trânsito sinalizaram o local, delimitando o espaço de tráfego de pedestres.

A Associação Protetora dos Animais questionou a infor-mação da Prefeitura de Lençóis Paulista, dada ao jornal Sabadão do Povo, na semana passada, so-bre a ocorrência de denúncias relacionadas aos maus tratos de animais no município. Embora a Prefeitura tenha afirmado que não existem denúncias regis-tradas, a associação afirma que várias são feitas diariamente, inclusive pela entidade. A falta de um talonário de multas, que deveria ter sido confeccionado pela diretoria de Saúde, estaria impedindo, conforme apurou o jornal, que as acusações de maus tratos e a efetiva punição a seus autores sejam efetivadas.

Na semana passada, a repor-tagem do jornal pediu informa-ções à administração pública municipal sobre a lei de maus tratos, que foi aprovada pela Câmara, em 2011, e regula-mentada pela Prefeitura apenas em dezembro do ano passado. “Até o presente momento não há denúncias. Isso pode ocorrer por conta da dificuldade de identificar o autor dos maus tratos ou mesmo o temor em denunciar. A denúncia de maus tratos tem o ser humano como autor do fato e a denúncia pode ser feita tanto com um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e também na Prefeitura”, infor-mou a Prefeitura, por e-mail,

através de sua assessoria de imprensa.

Sobre as denúncias, a presi-dente da Associação Protetora, Milena Mileski, entrou em contato com a reportagem e afirmou que diariamente são várias as queixas de abandono e maus tratos contra animais, quase todas, segundo elas, podendo ser confirmadas nas postagens de sua página pessoal e da própria associação, no Facebook. “Existem denúncias sim, que chegam à Associação todos os dias e são mais de uma diariamente”, afirmou.

Os registros não estariam sendo feitos, segundo apurou o jornal, pela falta de impressão

de um talonário específico para lavrar a multa, quando identi-ficado o autor das agressões ou do abandono. A competência para averiguar a veracidade do anunciado, pela lei municipal, é da diretoria de Saúde, mas condicionada à apresentação da denúncia formal. Em caso de denúncia informal, caberia aos agentes comunitários de Saúde e aos supervisores de Saúde Comunitária a averiguação.

O talonário, semelhante ao utilizado pela Vigilância Sa-nitária, deve ser a ferramenta efetiva para multar donos ou pessoas identificadas como transgressores da lei contra maus tratos e crueldade, após

confirmadas as denúncias. A legislação prevê, na primeira infração, advertência por escri-to e em caso de reincidência, multa de 2 Ufesps (R$ 42,50), podendo este valor dobrar, em caso de nova reincidência.

Para aplicação da pena de multa, de acordo com a lei, um veterinário da Prefeitura deverá configurar a prática de crueldade, com emissão de laudo técnico.

A diretoria de Saúde confir-mou que houve atraso na elabo-ração do auto de infração que irá servir como instrumento para aplicação de multas, já que o documento foi elaborado em conjunto entre várias diretorias

e a Associação. A Saúde afirmou que o documento está pronto e que deve começar a ser utilizado em breve, após a impressão.

Município não multa maus tratos animal por falta de auto de infração

5LENÇÓIS PAULISTA, 18 DE JULHO DE 2015

Foto: Leitor Sabadão

Imagens da internet: Google Maps

GERAL

ANDA | Pista contornando o lago

PARA | Vazio no centro de Lençóis Paulista: parado no tempo

POLUI | Milhares de lâmpadas descartadas irregularmente oferecem risco de contaminação do solo e de pessoas em área pública

A FARMÁCIA DA CRUZEIRO VAI MUDAR DE ENDEREÇO!!!

Produtos químicos das lâmpadas podem contaminar o solo e causar doenças graves em seres humanos

Vazios urbanos permanecem sem ocupaçãodesde mudanças do Plano Diretor de 2013

Billy MaoDepois de dois anos de apro-

vadas as mudanças do Plano Diretor de Lençóis Paulista, apresentadas em audiência públi-ca, em julho de 2013, a maioria das áreas apontadas como vazios urbanos no centro da cida não foram preenchidas. Numa terça-feira chuvosa, o Conselho Muni-cipal de Política Urbana realizou Audiência Pública para discutir alterações do Plano Diretor criado pela Lei Complementar Municipal 35/2006.

Das quase 100 pessoas que estiveram reunidas no Auditório da diretoria de Educação, para votar as propostas de modifica-ção, nenhuma delas viu a mu-dança na prática nos principais pontos de vazios urbanos, com excessão das decorrentes da ex-ploração imobiliária as margens dos bairros da cidade.

Na época, o presidente do Conselho de Política Urbana, Rafael Augusto Barbosa de Souza, falou com a imprensa sobre as correções do mapa, constituído ainda em 2006, que seriam feitas naquele mo-mento, como necessárias para adequação do município. “A proposta visa à ocupação dos vazios urbanos, áreas dentro do município que permane-cem livres, basicamente com a construção de residências e instalação de indústrias que possibilitem atividades co-merciais dentro do perímetro urbano, de forma que haja a preservação ambiental do

solo. Por esse motivo, existe a necessidade de alteração tanto no mapa como na Lei do Plano Diretor”, contou aos jornalistas. Ainda disse, na época, que o centro da cidade também seria beneficiado com a mudança.

Durante a audiência, muito foi falado sobre as áreas centrais de Lençóis Paulista, com ênfase nos vazios que compreendem o Jardim Alvorada e a linha férrea. As mudanças, esperando essa ação do Executivo, foram votadas na Câmara e aprovadas pelos vereadores. Entretanto, as diretrizes apontadas foram feitas apenas em áreas com forte características para a expansão imobiliária, ficando os vazios urbanos no centro da cidade, de fora das ações.

PreocupadoSabendo do trâmite e tendo

votado favorável às mudan-ças, o vereador Gumercindo Ticianelli Jr. pretende fazer um Projeto de Lei que crie um parque ecológico em pelo menos em uma dessas áreas que se mantém desocupadas.

Para Ticianelli, a área que compreende o Jardim Alvo-rada, Cruzeiro, Contente e o final da Rua São Pedro, seria perfeito para a criação do parque ecológico.

“Lençóis Paulista está des-provido de um parque que agre-gue opção de lazer abrangente. Nesta área, poderiam ser cons-truído quiosques, lago, canteiro

de mudas, entre tantas outras coisas. Praticamente todas as cidades têm um local assim, que oferece opção aos cidadãos. E esta área fica no centro da ci-dade sem utilização”, explicou.

Ticianelli ainda aponta que poderia ser feito uma passagem para quem mora na parte alta daquela região. Uma passarela por cima da linha férrea que ligaria o parque até a Rua Prin-cesa Izabel e sairia próximo a Rua Pedro Natálio Lorenzetti.

“Além de modificar a paisa-gem, valorizaria as residência ao redor e beneficiaria toda a cidade, ainda, fazendo valer a lei sobre vazios urbanos.

Se não cobrarmos, não nos mobilizarmos para mudar

a cidade, continuarão essas áreas no centro da cidade sem

que sejam preenchidas”, disse.

Outros parquesO Parque do Paradão é um

dos locais mais conservados da cidade em quesito de cui-dados e manutenção. O Par-que do Povo, carinhosamente chamado de “Guarujá”, tam-bém é um local agradável para a população. Porém, para o vereador, o Parque do Povo poderia ser melhorado. Ti-cianelli Jr. diz que um projeto de revitalização do parque é necessário para beneficiar ainda mais a população que utiliza o local.

“Penso que seja necessário fazer uma ligação entre os dois lados do Lago da Prata. Já propus essa melhoria em outra ocasião. Minha ideia é fazer uma passarela por cima do rio e fazer uma pista de caminhada margeando o outro lado do lago. Assim, quem vai fazer caminhada poderia começar de um lado do lago e contorná-lo inteiro e voltar no mesmo lugar. Além de beneficiar o usuário do Parque, a melhoria deixaria ainda mais bonito o lugar”, justifica o vereador.

Em nota, a Prefeitura in-formou que vazios urbanos deram orígem a vários bair-ros desde a criação do Plano Diretor, entre eles o Jardim Carolina e Maria Luiza. Áreas que também eram particula-res e por força da lei, se trans-formaram em áreas ocupadas.

Descarte irregular de lâmpadas fluorescentes está ocorrendo em área pública do município

Billy MaoUma denúncia feita esta

semana ao jornal Sabadão do Povo aponta que um descarte irregular de lâmpadas de mer-cúrio (aquelas fluorescentes) está ocorrendo já há algum tempo em uma área do distrito empresarial, no espaço público que compreende a Usina de Reciclagem e Compostagem de Lixo e Usina de Asfato, que é de responsabilidade da diretoria de Meio Ambiente.

Segundo a denúncia, as fotos que comprovam o descarte fo-ram feitas durante esta semana. As lâmpadas desprotegidas estariam se quebrando e, supos-tamente, contaminando o meio ambiente local pelo vazamento dos gases que compõem a lâm-pada e outros materiais pesados nocivos ao ambientes.

Por lei, o descarte irregular de lâmpadas, principalmente as do tipo fluorescentes, é con-siderado crime ambiental. O produto contém mercúrio, que, em contato com o corpo, vai direto para os alvéolos pulmora-res, podendo causar intoxicação grave. Além disso, o produto ainda pode contaminar o solo e o ar, por conta da concentração de material tóxico.

Para o descarte desse tipo de lâmpada, o fabricante do produto precisaria disponibili-zar postos de coleta, para que o consumidor tenha onde descar-tar o material, através das lojas que comercializam o produto. No caso desse descarte, segun-do o denunciante que pediu anonimato, as lâmpadas serias todas provenientes de prédios públicos municipais e, também, da população, mantendo assim o descarte irregular constante.

As lâmpadas fluorescentes contêm ainda, outros elemen-

tos tóxicos que quando descar-tados no ambiente de forma deliberada, contaminam solo, água, animais, plantas e podem causar riscos à saúde humana.

As lâmpadas fluorescentes queimadas devem ser entre-gues nos estabelecimentos que as comercializam, pre-ferencialmente onde foram adquiridas. A Lei Federal 12.305/2010, aponta que as empresas e redes comerciais são obrigadas e implementar o sistema de logística reversa mediante retorno do produto pelo consumidor. O gerencia-mento e a destinação correta das lâmpadas é responsabili-dade de todos: do fabricante ao consumidor. E, mais ain-da, quando o descarte é feito sob a responsabilidade do ór-gão fiscalizador. O descarte em locais inapropriado feito pelo cidadão ou por comer-ciantes pode gerar multa de até R$ 5 mil.

ContainerA diretoria de Meio Ambien-

te informou que disponibilizou um container para que todas as lâmpadas recolhidas da po-pulação sejam armazenadas de forma segura.

O diretor Benedito Martins disse que a recomendação já tem algum tempo e por isso iria checar porque o material estaria sendo depositado de forma incorreta, uma vez que a Pre-fitura estaria aceitando apenas as lâmpadas descartadas pela população e não de empresas da cidade, que teriam seus pró-prios locais de armazenamento.

Porém, o diretor também informou que permanece o impasse entre os fabricantes do produto e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, que não chegaram à um consenso sobre a melhor forma de recolher e destinar o material.

Um dos pontos que estaria impedindo o acordo, seria o

retorno de lâmpadas de origem clandestina, como vindas da China e Paraguai, que não são aceitas pela indústria.

Enquanto o problema não é resolvido entre as duas esfe-ras, segundo o diretor, tanto prefeituras como comerciantes não conseguem dar a destinação mais adequada, que seria de re-torno ao fabricante, através das empresas que vendem o produ-to, dentro do que estabelece a política de logística reversa, que prevê ações, procedimentos e meios que viabilizem a coleta e a restituição de resíduos sólidos ao setor empresarial, para rea-proveitamento do próprio pro-duto ou com outra destinação.

De cordo com Benedito, é possível que até a solução do impasse, a Prefeitura contrate uma empresa para recuperar as lâmpadas, dentro de um pro-cesso que separa e reaproveita os gases, o vidro e o alumínio usado na fabricação.

A diretoria de Meio Am-biente vai investir R$ 430 mil em melhorias na unidade de serviços localizada no distrito empresarial. Os recursos são destinados pelo Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), do governo estadual, que apro-vou projeto apresentado em fevereiro do ano passado pela diretoria. Na unidade de serviço funcionam a usina de compos-tagem de lixo, usina de asfalto e a fábrica de tubos, as duas últimas unidades, as principais beneficiadas pelos recursos.

Segundo o diretor de Meio Ambiente, Benedito Martins, as obras compreendem o en-cerramento do aterro antigo (de 1992), construção de canais de desvio de águas pluviais e ins-talação de sistemas de captação de água da chuva para reutili-zação nas unidades do local. Também devem ser trocadas as fossas sépticas, construídas em 1993, e que são de um sistema antigo, de acordo com o diretor. Outro sistema que já existe, e de acordo com o diretor, será melhorado é o que separa a água do óleo, resultante do funciona-mento da usina de asfalto.

Sobre as instalações da usina de compostagem de lixo, mos-tradas recentemente pelo jornal

Sabadão do Povo, o diretor afirmou que vem promovendo melhorias no local, como troca de vigas, telhas e lâmpadas. Mas, com os recursos do Fehi-dro serão destinados apenas para o sistema de captação de água da chuva para reuso.

Em maio deste ano o jornal SdP mostrou as condições pre-cárias das instalações da usina de reciclagem e compostagem de lixo. Telhas furadas, fiação elétrica precária, iluminação insuficiente, caixa de energia enferrujada e equipamentos sucateados foram alguns dos problemas mostrados. Esta semana, o diretor afirmou que três funcionários da Prefeitura fazem a manutenção do local, mas que a falta de recursos prejudica as melhorias.

No entanto, em breve, ainda na unidade de serviços, deve iniciar a construção da estru-tura física para instalação da máquina que tritura resíduos da construção civil. O contrato com a empresa vencedora da licitação dos serviços, IF Cruz Construções Ltda, foi assinado no mês passado. A obra, que tinha valor inicial de cerca de R$ 55 mil, foi fechada em R$ 46 mil, com prazo de um ano para ser concluída.(TM)

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6LENÇÓIS PAULISTA, 18 DE JULHO DE 2015SAÚDE

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Com quase 900 casos até agora,dengue pode ‘explodir” no Verão

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ESPERA | Poça com centenas de larvas em lage de prédio comercial; Saúde já teria sido avisada mas nada foi feito

Fotos: Billy MaoTania MorbiBeirando as 900 notificações

apenas nos primeiros sete meses do ano, a dengue em Lençóis Paulista pode ‘explodir’ com a chegada do Verão 2015/2016. “Com a volta do calor e das chuvas, os números podem voltar a aumentar de forma drástica”, informou a diretoria esta semana, ao confirmar que, até agora, foram 473 casos po-sitivos, 395 negativos, com 10 exames aguardando resultado.

A afirmação foi feita durante uma resposta dada ao pedido de informações feito pelo jor-nal Sabadão do Povo sobre a situação da doença atualmente no município e a forma de combate.

A diretoria negou que a rea-lização de bloqueios em regiões onde existem casos da doença havia sido suspensa, como tinha a informação o jornal. “Toda vez que é notificada uma sus-peita, os agentes comunitários de saúde realizam o bloqueio num raio de 200 metros do en-dereço de notificação”, Porém, confirmou que o município não tem usado, há alguns meses, o inseticida contra o mosquito da dengue. “O inseticida não foi liberado pelo governo do Estado e a Prefeitura não tem como realizar compra direta deste produto”, informou a assessoria da Saúde.

Atualmente, a dengue está presente em cerca de 53 bair-ros da cidade, o que representa cerca de 80% das regiões da cidade, sendo que o maior nú-mero de casos está no Centro, com total de 73 confirmados. Cinco bairros têm apenas um caso confirmado – Jardim Ma-rimbondo, Parque Antártica, Athenas, Parque Elizabeth e

Jardim Nelli. A última notificação de den-

gue ocorreu no dia 9 de julho. Trata-se de morador da Vila Irerê, que trabalha em Marília. Uma gestante foi internada com suspeita da doença, mas segundo a Saúde, embora o estado de saúde da mulher não

Distribuição de casosBairros Nº de

casosBairros Nº de

casosBairros Nº de

casosCentro 73 Irerê 8 J. Caju 9Morumbi 6 V. Paccola 3 Ibaté 2Marimbondo 1 Júlio Ferrari 40 Núcleo 28J. Village 28 Santa Cecília 7 Pq. Rondon 16V. Antonieta 11 Virgílio Capoani 5 Jd. América 6Prata 13 Maria Cristina 4 Contente 7São Judas Tadeu 6 J. Primavera 2 Jd. Açaí 7N. Sra. Aparecida 2 J. Nações 5 Vila Éden 6Pq. Antártica 1 J. Nova Lençóis 11 J. Itamaraty 15J. Grajaú 3 J. Príncipe 2 Pq. Elizabeth 1Jd. Europa 2 Sta Terezinha 7 Jardim Nelli 1

Bela Vista 9 Athenas 1 J. Ubirama 15

Cachoeirinha 3 Zona rural 4 Jardim Ypê 2Mamedina 12 Alfredo Guedes 4 Monte Azul 10Maria Luiza I, II e III 13 Vila Cruzeiro 11 João Paccola 4Pq. São José 2 Vila São João 6 Jd. Carolina 2Cecap 29 Jd. Alvorada 4 Maria Luiza IV 4

esteja comprometido, o proto-colo de registro da suspeita foi mantido.

A diretoria de Saúde ressalta a importância de se manter alerta no combate ao mosquito durante o inverno. “Diferente-mente do que ocorreu em anos anteriores, a previsão é de que

a transmissão ocorra durante o ano todo, sem interrupção. Desde o mês de maio, houve queda no número de notifica-ções e, consequentemente, de casos positivos da doença. Com a volta do calor e das chuvas, os números podem voltar a aumentar de forma drástica”.

Quem sente muito ciúmes do parceiro ou da parceira pode ser mais propenso a afogar as mágoas na bebida, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos. Pesqui-sadores da Universidade de Houston explicam que este é um dos poucos trabalhos que analisam como o ciúme e baixa autoestima podem levar uma pessoa a ter problemas com o álcool. E os especialis-

tas já sabem que indivíduos que bebem com o objetivo de lidar com emoções negativas têm um risco maior de se tornar alcoólatras.

A equipe, liderada pelo médi-co Angelo DiBello, entrevistou 277 estudantes universitários – 87% do sexo feminino. O estudo foi publicado na revista Addictive Behaviors e divulgado no jornal britânico Daily Mail.

O grupo descobriu que,

quando a autoes t ima da pessoa está vinculada ao re-lacionamento, a tendência a usar o álcool para lidar com o ciúme é mais forte. E isso é ainda mais frequente entre os menos satisfeitos ou me-nos comprometidos com o relacionamento.

Como sentir ciúme e ter problemas de autoestima é algo extremamente comum, dá para ter uma ideia no impacto que

isso pode ter no consumo de bebida alcoólica. Da próxima vez que você decidir encher a cara para deixar de pensar tanto no que seu parceiro ou parceira está fazendo longe de você, lembre-se que existem formas mais saudáveis de lidar com emoções negati-vas, como conversar com os amigos, sair para correr ou até mesmo fazer uma terapia.(Blog do Jairo Bouer)

O ciúme pode transformar você em um alcóolatra

GERAL 7LENÇÓIS PAULISTA, 18 DE JULHO DE 2015

CMDCA diz que inscrições foram ajustadase manterá processo para eleição do CT

Grupos usam prédios depredados e abandonados, na Cecap e Vila Bacili, para desenvolver ações e projetos para as comunidades locais

A C A S A C A I UCOLUNA POLICIAL

Comerciante é esfaqueado e polícia procura culpados

CMDC | Fachada do prédio, em Lençóis

OCUPANDO ESPAÇO | Lucas Fernandes e Bruna Abade, na Cecap

A FARMÁCIA DA CRUZEIRO VAI MUDAR DE ENDEREÇO!!!

Tania Morbi

Tania MorbiO Conselho Municipal

dos Direitos da Criança e do Adolescente deve man-ter as inscrições, que foram apontadas como irregulares, ao concurso para escolha de novos conselheiros tutelares, segundo adiantou seu pre-sidente Jorge Langona, na quarta-feira. A decisão seria referendada em reunião do CMDCA na quinta-feira, dia 16, já que de acordo com Jorge, os candidatos que tiveram suas inscrições ques-tionadas teriam apresentado documentos posteriormente atendendo ás exigências do edital do concurso.

O pedido de impugnação de sete das 12 inscrições foi protocolizado diretamente ao CMDCA na terça-feira, dia 7, por Rogério Gomes, que é atualmente conselheiro, mas não concorre à reeleição. Se-gundo ele, a maior parte das inscrições não atendeu dois artigos do edital, especialmen-te o que exige comprovação de que o candidato tenha expe-riência anterior na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.

“Poderia ser apresentada uma declaração que demons-trasse que a pessoa trabalhou em algum órgão ligado a crianças e adolescentes e nenhum destes casos aponta-dos, infelizmente, apresentou qualquer documento. Não é absolutamente nada contra

os candidatos, mas eles não atenderam ao edital, então as inscrições não poderiam prosseguir. Se alguns apre-sentaram a documentação, a regra deve ser para todos”, es-clareceu Rogério, que está em seu segundo mandato como conselheiro e não irá concor-rer novamente à função.

De acordo com Jorge Lan-gona, o CMDC já havia fecha-do questão sobre a exigência de experiência para os candi-datos inscritos e que tornaria o processo o menos restritivo possível. “São pessoas co-nhecidas, que sabemos que tinham experiência”, afirmou. De acordo com o presidente, o edital prevê que, em caso de irregularidades, os candidatos inscritos fossem chamados para regularizar situação. “E todos foram chamados”, disse.

Agora, o CMDCA pretende

dar continuidade ao processo de eleição do Conselho Tu-telar, com lançamento ainda este mês para a prova escrita, que deve acontecer entre a primeira e segunda semana de agosto, para que os candidatos tenham o mês de setembro para fazer a campanha, antes da eleição, em outubro.

Direta No final de junho, o juiz

José Luís Pereira Andrade con-cedeu liminar a um mandado de segurança interposto pelos atuais conselheiros tutelares, que questionaram a legalidade da forma como o CMDCA pretendia realizar a eleição para novos conselheiros, de forma indireta, sem a partici-pação da população.

O formato indireto da eleição, conforme defendia o CMDCA, segundo o enten-

dimento do grupo, acatado pelo juiz, contrariava o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente, após as alterações de 2012, que estabeleceram o prazo de três anos para que os municípios se adequassem e realizassem as eleições diretas, em todo país, no dia 4 de outubro deste ano.

A Justiça então anulou apenas a parte do edital em que constava a forma indireta da eleição.

Esta semana, o presidente do CMDCA afirmou que não vê dificuldades financeiras em realizar a eleição de for-ma direta, e ponderou que o processo pode ser terceirizado pela administração, a pedido do Conselho, uma vez que o órgão não pode utilizar recur-sos do Fundo de Assistência a Crianças e Adolescentes para arcar com as despesas.

De acordo com Jorge , o custo inicial projetado pela administração foi sen-sivelmente reduzido, após o CMDCA ident i f i car a existência de uma empresa que faria todo o processo da eleição com a cobrança de um valor que ficaria abaixo da exigência legal de reali-zação de licitações para sua contratação.

O presidente não con-firmou a contratação, mas disse acreditar que este é um bom caminho para solucio-nar o impasse.

Ocupações de espaços públicos buscama transformação social e cultural do povo

Tânia MorbiDois exemplos vindos de

pontos distantes da cidade, os bairros Cecap e Bacili, mostram como são possíveis e importan-tes as ações que interferem na vida da comunidade, ocupando espaços públicos abandonados para a promoção de cultura e ação social efetiva.

O primeiro exemplo vem da Cecap onde os atores Lucas Fernandes e Bruna Abade, do grupo independente Tertúlia, desde o ano passado utilizam o prédio do centro comunitá-rio dos altos da Cecap, antes depredado, sujo e subutilizado pela comunidade.

Com isso, provocaram a ad-ministração municipal, que re-formou o local e estão atraindo os moradores para sua proposta de preencher o espaço com manifestações culturais além do teatro, como a dança, música e outras diversas atividades.

Entre fevereiro e dezembro do ano passado eles se con-centraram nos ensaios da peça “Quando as máquinas param”, de Plínio Marcos. O espetáculo que foi apresentado no prédio ainda sem reforma, foi encena-do para os moradores e alunos da escola estadual Vera Braga Franco Giacomini.

“Este espaço precisava de vida e está perto de uma co-munidade que pode não ter tanto interesse em ir até o centro da cidade, mas temos a ideia de incluí-los onde estão. Mesmo que não reconheçam o espaço como uma potência cultural, acreditamos que com o tempo isso vá acon-tecer, e vemos o espetáculo como uma mostra de que isso é possível”, disse Bruna.

Até a reforma do local, o uso do espaço era dividido entre um gru-po de dança e de hip hop, mas sem uma intervenção benéfica para o próprio prédio, e por famílias do bairro para festas eventuais. Usado

há vários anos pela Associação de Moradores de Bairro, o local acabou sendo subutilizado devido a uma disputa judicial pela presi-dência da entidade. Por isso, para utilizá-lo, os atores informaram aos antigos responsáveis e à dire-toria de Cultura.

“Nós ficamos um ano pen-sando e montando a peça e an-tes de reivindicar o uso oferece-mos a peça para a comunidade e pretendemos oferecer ainda muito mais”, disse Lucas.

A proposta é que o prédio possa ser atraente para o pú-blico, mas ofereça projetos e ações culturais que apresentem bons repertórios, conteúdo e informação cultural.

Os atores acreditam que através desta proposta irão conseguir transformar a forma como a comunidade percebe os espaços que são usados para a promoção de cultura, propor-cionando maior interatividade, estando mais próximos do público que querem alcançar.

O início da proposta poderá ser visto no mês de agosto, que tem uma programação especial sendo preparada.

“Queremos ser um espaço que recebe atrações, as mes-mas que estiverem no centro da cidade, mas também um espaço para produzir cultura e estar aberto à comunidade”, contou Bruna.

TransformarO significado da palavra

transformar continua sendo o foco do trabalho que Marcelo Aparecido de Souza realiza há cerca de um ano e meio em um espaço conhecido como ‘casa de lata’ na Vila Bacili, que foi recuperado por ele e um grupo de amigos, dispostos a oferecer no espaço público ações que promovam a transformação so-cial, que muitas vezes, o poder público não consegue.

Com doações, o grupo me-lhorou o aspecto do local e o mantém adequado para uso de

jovens e crianças, e disponível para voluntários interessados em desenvolver projetos bené-ficos para a comunidade local. Ele próprio dá aulas de aero-grafia a crianças e jovens, aos sábados. Um grupo de capoeira também oferece aulas gratuitas no espaço. “A gente consegue mais rápido, chegar mais perto das pessoas, falar o mesmo idioma e mantendo o respeito a todos”, disse Marcelo.

A dificuldade em oferecer um número maior de projetos, como as aulas gratuitas de silks-creen, que ainda não conseguiu implantar, segundo Marcelo, é o recurso para que a proposta se mantenha. “A gente idealiza um curso, economiza recursos para comprar o material e oferece, mas a dificuldade é em manter, como o curso de pintura em tecido, que a gente ofereceu mas parou”, lamentou. Hoje o grupo também oferece aulas de pintura em camisetas.

Enquanto não consegue

ampliar a oferta de cursos in-ternos, o grupo Transformar promove ações diretamente nas ruas dos bairros próximos, como a que acontece no próxi-mo domingo, dia 26, na praça Welthes Repik, na vila Repik, a partir das 14h, e que vai re-unir apresentações de teatro, música, dança e evangelização, com oferta de pintura infantil, balas, doces, algodão doce e sorteio de brindes.

“O projeto também tem esta cara, esticar os braços direta-mente na rua, alertando sobre as drogas e a criminalidade. Quando a gente vai para a rua, leva junto tudo o que a gente acredita e prega”.

Quem quiser desenvolver projetos no local pode procurar por Marcelo ou a diretoria de Assistência Social.

A Polícia Civil de Lençóis Paulista investiga uma ten-tativa de assalto ocorrida na última quarta-feira, dia 15, em uma lan house localiza-da na Rua Itália, no Jardim das Nações, quando um comerciante de 52 anos foi esfaqueado no abdômen. Ele não corre risco de morte.

De acordo com o relato de J.A.C.D., quatro homens chegaram ao local por volta das 20h. Dois deles teriam fi-cado do lado de fora enquanto outros dois teriam entrado e anunciado o assalto. O pro-prietário da lan house alega que, mesmo sem qualquer reação de sua parte, um dos ladrões desferiu uma facada em seu abdômen, na altura do umbigo. O grupo fugiu sem levar nada.

O comerciante foi socorrido

Um homem foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Len-çóis Paulista, na quarta-feira, dia 15, acusado de ser o responsável por uma quantidade de droga apreendida no Jardim Ubirama.

A droga, um quilo de maconha e duas pedras brutas de crack, foi localizada em um imóvel em construção. Segundo informa-ções, a polícia vinha investigando denúncias de que E.C.D., de 64 anos, morador do bairro, estava guardando entorpecente para traficantes na casa em construção, que seria vigiada por ele.

Equipes da delegacia foram até o endereço e flagraram o suspeito sentado na calçada em frente ao imóvel apontado nas denúncias. Na casa, os policiais encontraram tijolo de maconha pesando cerca de um quilo, duas pedras brutas de crack e uma faca, que provavelmente era utilizada para fracionar a droga.

O idoso foi autuado em flagrante pelo delegado Renzo Santi Barbin por tráfico de drogas e encaminhado ao Centro de De-tenção Provisória (CDP) de Bauru.

consciente e levado por viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à UPA, onde ficou internado em observação.

O delegado Renzo Santi Barbin é responsável pelo caso e espera restabelecimen-to da vítima para ouvir seu depoimento.

Até esta sexta-feira, dia 17, nenhum dos envolvidos havia sido preso.

A Polícia Ambiental de Barra Bonita apreendeu uma espingarda e apetrechos utili-zados para a caça de animais silvestres, na quinta-feira, dia 16, em um sítio da zona rural de Macatuba. A apreensão foi feita quando os policiais realizavam policiamento os-tensivo e ouviram disparos de arma de fogo nas proximida-des de um sítio.

Em busca, o caseiro de uma propriedade foi visto em atitude considerada suspeita e, após ser indagado, confirmou

a existência de armas no interior do local. Durante vistoria na casa, foram loca-lizadas uma carabina calibre 38, uma rede giral para es-pera e duas fisgas de aço. Os materiais são usados em caça de animais silvestres.

O caseiro foi conduzido à Delegacia de Polícia de Ma-catuba, onde foi autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. Após registro da ocorrência o infra-tor foi liberado para responder processo em liberdade.

Apreendido material de caça em Macatuba

Idoso guardava tijolo de maconha em construção

LENÇÓIS PAULISTA, 18 DE JULHO DE 2015SUA IMAGEM8

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NO AR - Vôos poderão atingir um raio de 80 km para que o passageiro conheça, do alto, as belezas da nossa zona rural e até da região. As saídas acontecerão no aeródromo municipal; passeio precisa ser agendado

Lions Club de Lençóis Paulista promove tradicional bacalhoada no dia 25

em prol à Rede de Combate ao CâncerO presidente do Lions Club de Lençóis Paulista, Nilson Pagan, convida a populaçãopara uma deliciosa bacalhoada que será realizada no dia 25 de julho e terá início às

20h30. Toda a renda será revertida para a Rede de Combate ao Cancêr de Lençóis Paulista. O convite pode ser retirado diretamente no Lions.

Informações pelo telefone 3263.1933

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Vôo de trike é opção de lazer e turismo rural em Lençóis Paulista

Billy MaoO sonho do homem de voar

pelos céus remonta aos séculos. No século passado, o homem realizou seu sonho quando foram inventados os balões. Depois, Santos Dumont, ir-mãos Wright, entre outros, conceberam aparelhos voado-res que elevaram dirigidos a vontade do condutor.

Em Lençóis Paulista, desde a década de 1900, os lençoen-ses estão acostumados com máquinas voadoras sobre a cidade. O fascínio e a admi-ração, bem como o gosto de voar aumentaram quando José Ângelo Simioni praticava suas manobras com os mais variados aviões nos céus.

Ademir Donizeti Rebellato, de 50 anos, cresceu entusiama-do com os aparelhos voadores e além de se habilitar para efetuar vôos, se especializou em saltos de paraquedas. Paraquedista de aventura, Ademir fez parceria com Paulo Assis, renomado paraquedista de aventura que mantinha um programa tele-visivo denominado “Homem Aventura”. Rebellato era par-ceiro das aventuras nos saltos noturnos ou nos takes de rapel.

Turismo aéreoHoje, pilotando uma aeronave

trike com motor Rotax, Rebellato propõe fazer de sua experiência com a aeronave uma opção de lazer para a população. “Percebo a quantidade de gente que gosta de aeronaves e até frequenta o aeroporto e olha de longe. Muitas dessas pessoas se quer conhecem nossa região e pensei em oferecer essa opção e levar as pessoas para um passeio aéreo”, contou.

Ademir explica que a aero-nave é muito segura e oferece

a possibilidade de “curtir” me-lhor o passeio. “A pessoa pode escolher entre um roteiro pre-viamente preparado, que pode atingir um raio de 80 km ou indicar uma área onde queira conhecer do alto”. Segundo o piloto, os vôos podem durar cerca de 45 minutos ou mais.

Voar em um trike é bem diferente de voar em um avião convencional. Para quem não experimentou, a sensação é indescritível. Rebellato conta que o acompanhante fica de-vidamente confortável e pode registrar todo o percurso com fotografias. “É como se você tivesse em uma moto de alta cilindrada que voa. É muito tranquilo”, garante.

A aeronaveNo Brasil, o trike chegou

no início dos anos 80, sendo inicialmente montado de for-ma amadora. Em 1986 após pelo Ministério da Aeronáu-tica nasceu a primeira fábrica da aeronave, a Trike Ícaros, com um projeto inteiro bra-sileiro. Hoje, após vários anos da criação dos primeiros mo-delos e várias horas voadas, o conceito de construção e operação evoluiu, contudo, o trike nunca perdeu sua característica principal, que é a de realmente proporcionar a liberdade do vôo aos seus praticantes.

O trike é uma aeronave de conceito operacional bastante simples, constituído por três partes: triciclo, asa e motor. Comandado por deslocamen-to de peso, de forma similar a uma asa-delta, manobra

com extrema agilidade e se-gurança, mesmo com o mo-tor desligado e a velocidades muito reduzidas. Com um vôo muito versátil, os dois ocupantes têm uma visão de praticamente 360 graus, transmitindo uma sensação de liberdade incrível e facili-tando o registro de imagens. Sua autonomia de vôo é de 4 - 5 hrs. voando a velocidades de cruzeiro que variam de 75 a 125 km/hr. Nos vôos propostos por Rebellato, a aeronave deverá voar na al-titude de aproximadamente 200 metros de altitude.

Serviço - Para agendamen-to de vôos basta ligar para Ademir Rebellato, no telefone 997-952694. Valores dos vôos e roteiro poder ser tratados direto com o piloto.

A FARMÁCIA DA CRUZEIRO VAI MUDAR DE ENDEREÇO!!!

O Centro Cultural Orlan-do Bozan, em Macatuba, abre no dia 20 as inscrições para os cursos oferecidos gratui-tamente à população. São 12 cursos com vagas limitadas de orquestra, violão, percussão, teclado, balé, coral, pintura em tela, pintura em tecido, biscuit, decupagem, desenho e grafite.

Informações complemen-tares podem ser obtidas dire-tamente no Centro Cultural, que fica na avenida Coronel Vergílio Rocha, 5-25, ao lado do teatro municipal ou pelo telefone (14) 3268-1821.

Férias tem inscriçãopara cursos e cinemade graça em Macatuba

Já o teatro municipal de Macatuba apresenta uma série de filmes gratuitos na próxima semana, aquecendo o período das férias escolares. Desde a segunda-feira, dia 20, até o sábado, dia 25, serão exibidos filmes de classifica-ção livre em sessões de manhã e à tarde. No domingo, dia 26, a sessão será apenas no período da tarde.

A programação de filmes ainda está sendo montada pela equipe do Centro Cultu-ral Orlando Bozan, mas toda a população está convidada a prestigiar esta oportunidade.

ARRAIÁ NA RUA - A Associação dos Moradores do Jardim Pri-mavera irá realizar no próximo dia 25 de julho a Festa Julina do bairro. Para isso, a diretoria da Associação está arrecadando produtos típicos que serão ofe-recidos aos moradores do bairro e da região, segundo a presidente Daniele Regina da Silva

O morador de Boreb i Paulo Beraldo irá representar o município durante a Con-ferência Nacional da Saúde, que será realizada em Brasí-lia, ainda sem data definida.

O evento vem sendo de-senhado, após os municípios e Estados promoverem os seus encontros, onde são definidas as propostas que serão debatidas e definidas na reunião nacional.

Em Borebi, a Conferên-cia Municipal de Saúde foi realizada pela primeira vez este ano, no dia 26 de junho, organizada pelo Conselho Municipal de Saúde, atra-vés de uma comissão criada justamente para este fim, determinação expressa em lei municipal.

Após o evento local, um grupo de delegados eleitos no município, formado por representantes da comuni-

dade (usuários do sistema público), administração pú-blica e trabalhadores da Saú-de, participou esta semana, nos dias 14 e 15 de julho, da 7ª Conferência Estadual de São Paulo - Etapa Regional, em Bauru.

Nesta etapa foram apro-vadas 20 propostas para a melhoria da Saúde, segundo informou a gestora de Saúde de Borebi, Francine Sandri.

A próxima etapa estadual das conferências, antes da nacional , será na c idade de Águas de Lindóia, entre os dias 21 e 24 de julho. Nesta fase, o representan-te de Borebi irá se reunir com outros nove delegados, usuários do sistema de Saú-de, representando a região de Bauru. Na etapa nacio-nal serão dois delegados representando o Estado de São Paulo.

Usuário da Saúde de Borebi participará de evento nacional