SAEB e PROVA BRASIL - Operação de migração para o …...... de uma cultura avaliativa que...

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O material ora apresentado foi utilizado, no ano de 2011, no evento de formação “A Prova Brasil e o trabalho docente”, o qual reuniu pedagogos, professores de Língua Portuguesa e Matemática da rede pública estadual e representantes das redes municipais em encontros descentralizados, para a discussão sobre a responsabilidade pedagógica do professor frente a essa avaliação externa.

PROVA BRASIL & SAEB

São avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo INEP/MEC, que objetivam avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro.

Por que avaliação em larga escala?

Esse tipo de avaliação é desenvolvida metodologicamente para avaliar sistemas de ensino e não alunos.

Com esse tipo de avaliação, pode-se acompanhar a evolução dos desempenhos das escolas, das redes e do sistema como um todo.

SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica

(Portaria nº 931, de 21/03/2005)Objetivos Gerais:

a) Avaliar a qualidade do ensino ministrado nas escolas e apresentar os resultados para cada unidade escolar;

b) contribuir para o desenvolvimento, em todos os níveis educativos, de uma cultura avaliativa que estimule a melhoria da qualidade e equidade da educação brasileira;

c) concorrer para a melhoria da qualidade de ensino, redução das desigualdades e democratização do ensino público nos estabelecimentos oficiais, em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da educação nacional;

d) oportunizar informações sistemáticas sobre as unidades escolares.

O SAEB é composto por dois processos:

ANEB/SAEB: Avaliação Nacional da Educação Básica.

ANRESC/Prova Brasil: Avaliação Nacional do Rendimento Escolar.

Prova Brasil e SAEB

SAEB: é realizada por amostragem e é aplicado para alunos de 5º e 9º Ano do Ensino Fundamental e 3º Ano do Ensino Médio.

Prova Brasil: Avalia todos os estudantes da rede pública matriculados no 5º e 9º Ano do Ensino Fundamental.

A Prova Brasil e o SAEB ocorrem por meio de exame bienal de proficiência em:

- Matemática (foco: Resolução de Problemas)

- Língua Portuguesa (foco: Leitura)

Prova Brasil e SAEB

Implantado em 2005, o exame é organizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), em parceria com as redes estaduais e municipais de educação.

A Prova Brasil e o SAEB constituem a base para a definição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

-IDEB O IDEB combina dois indicadores: rendimento escolar (taxa de aprovação) e desempenho dos estudantes (avaliação do Saeb e Prova Brasil).- Prova Brasil: é utilizada para o cálculo do IDEB de municípios e de escolas da rede pública.- SAEB: subsidia o cálculo do IDEB dos estados e do IDEB nacional.

-

IDEBPadrões e critérios que combinam:

Taxa de aprovação

↓Rendimento

Escolar

Resultados das avaliações de aprendizagem

↓ Prova Brasil: (5ºAno e 9º Ano

dos municípios e das escolas da rede pública) e SAEB (5ºAno e 9º Ano do Ensino Fundamental e 3ª Ano do

Ensino Médio das Unidades da Federação e do Brasil)

Diferenças entre Prova Brasil e SAEB

Como localizar os resultados e baixar materiais relacionados à Prova Brasil?

http://provabrasil.inep.gov.br/

Material disponível para download no site do MEC

Material disponível para download no site do Portal Educacional do

Estado do Paraná

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=10

Cadernos de AtividadesOs Cadernos de Atividades disponibilizados (MEC/DEB) auxiliam o professor e o aluno no entendimento dos conteúdos, pois apresentam questões que aprofundam os conhecimentos matemáticos e de Língua Portuguesa desenvolvidos em sala de aula e possibilitam uma melhoria no processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas do Estado do Paraná.

PROVA BRASIL/SAEB

As matrizes de referências estão estruturadas por anos e séries avaliadas.

Para cada um deles são definidos os descritores que indicam um determinado conhecimento que deve ter sido desenvolvido nessa fase de ensino. Esses descritores são agrupados por tema que relacionam um conjunto de objetivos educacionais.

Matriz de Referência de Avaliação e Matriz Curricular:

Diferenças Fundamentais

Matriz Curricular é constituída por várias dimensões que direcionam o trabalho em

sala de aula:

A Matriz Curricular é um documento prescritivo, que direciona o ensino, insere-se no Projeto Pedagógico da instituição e é construído coletivamente pela comunidade escolar, com base em orientações curriculares da área indicadas por órgãos oficiais e na realidade escolar.

Matriz de Referência de Avaliação é um documento descritivo, no geral escrito por técnicos, e que leva em consideração documentos curriculares oficiais. É um “recorte” de uma Matriz Curricular que não direciona o ensino, mas que delimita o que vai ser avaliado na prova a ser realizada em um programa de avaliação em larga escala.

ESCALA DE PROFICIÊNCIA

Os resultados da avaliação de Matemática e Língua Portuguesa são organizados em uma escala de proficiência. A escala é numérica e varia de 0 a 500. Como os números indicam apenas uma posição, é feita uma interpretação pedagógica dos resultados por meio da descrição, em cada nível, do grupo de conceitos que os alunos demonstraram ter desenvolvido, ao responderem às provas.

ESCALA DE PROFICIÊNCIA

É possível saber, pela localização numérica do desempenho na escala, quais conceitos os alunos já construíram, quais eles estão desenvolvendo e quais ainda faltam ser alcançados.

Apresentação dos resultados para cada uma das escolas participantes

Resultados da minha escola por edição

Lendo o desempenho da minha escola na penúltima edição da Prova Brasil

Como minha escola está situada num contexto educacional mais amplo?

Lendo o desempenho da minha escola na última edição da Prova Brasil

Como minha escola está situada numcontexto educacional mais amplo?

MATEMÁTICA

Escala de ProficiênciaOs resultados da avaliação de Matemática são organizados em uma escala de proficiência.

A escala é numérica e varia de 0 a 500. Conhecimentos: 5º EF < 9º EF < 3º EM

Ao analisar o resultado de uma escola com a escala de proficiência de Matemática, é possível identificar quais conceitos os alunos já construíram, quais eles estão desenvolvendo e quais ainda faltam ser alcançados.Ao fazer essa análise, é possível concluir quais estratégias aplicar para atingir os conceitos ainda em desenvolvimento.

As matrizes da Prova Brasil e SAEB não englobam todo o currículo escolar e não podem ser confundidas com procedimentos, estratégias de ensino ou orientações metodológicas. É composta por unidades chamadas Descritores, que estão sempre associados a um conteúdo que o estudante deve dominar na etapa de ensino em análise.

Matrizes de Referência da Prova Brasil

Matriz de Referência de Matemática

A Matriz de Referência de Matemática para o SAEB/Prova Brasil, da maneira como está elaborada, apresenta um conjunto de conhecimentos básicos que se deseja ver desenvolvidas em estudantes no fim de cada etapa escolar, mas destaca apenas a dimensão conceitual (noções e conceitos matemáticos).

Matrizes Curriculares/DCE de Matemática destacam, no processo de ensino e aprendizagem de matemática, a resolução de problemas como eixo norteador.

Os descritores da Matriz de Referência também apontam que as questões presentes na avaliação do SAEB/Prova Brasil tenham como foco a resolução de problemas.

MATRIZ DE REFERÊNCIA x DCE

Aspectos como: observação, estabelecimento de relações, comunicação (diferentes linguagens), argumentação e validação de processos, além de estimular formas de raciocínio como intuição, indução, dedução e estimativa são abordados através da Resolução de Problemas.

(Folador, 2011).

O Enunciado- A questão é proposta de modo que o aluno

possa formular uma resposta sem ler previamente as alternativas. Ele deverá encontrar sua resposta entre as alternativas apresentadas.

-Deve ter linguagem e abordagem adequada para a faixa etária do aluno e deve envolver conhecimentos previstos para aquele nível (ano) e abordados nos Descritores;

- Os enunciados devem ser claros e curtos envolvendo conhecimentos integrados à situação matemática apresentada.

Os Distratores

Quatro são as opções de resposta de cada item nas avaliações do SAEB/Prova Brasil. Uma delas é a correta, denominada alternativa; as outras três são denominadas distratores.

Os distratores dão informações para a análise dos níveis de proficiência, na medida em que se procura focalizar erros comuns nessa etapa de escolarização. As respostas previstas nos distratores de um item devem ser capazes de dar informações acerca do raciocínio desenvolvido pelo estudante na busca da solução para a tarefa proposta. A análise das respostas dos alunos permite identificar os erros mais comuns nos diversos níveis de proficiência.

Exemplo de Atividades Propostas no caderno da Prova Brasil

- 5º Ano do E. F. -

- A quadra de futebol de salão de uma escola possui 22 m de largura e 42 m de comprimento. Um aluno que dá uma volta completa nessa quadra percorre:

A) 64 m B) 84 m C) 106 m D) 128 m

O que se pretende avaliar nessa questão?

- O cálculo do perímetro de uma figura plana, cujo contorno é uma

única linha poligonal fechada.

- Qual Descritor, Conteúdo Estruturante e Expectativa de Aprendizagem da questão?

-Descritor 12: Resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.

-Conteúdo Estruturante: Grandezas e Medidas.

-Expectativa de Aprendizagem: Calcular o perímetro usando unidades de medida padronizadas;

O que esse resultado sugere?

- Um conceito básico como o cálculo do perímetro de um retângulo teve apenas 38% de acerto. O resultado mostra claramente que, praticamente, metade dos alunos entende perímetro de um retângulo como a soma de suas duas medidas.

Os 13% que apontaram as alternativas “B” e “C” simplesmente manipularam os valores dados.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver esse

conceito? - O desenvolvimento desse conceito é

fundamental na construção da capacidade de medir. O professor deve utilizar vivências do cotidiano do aluno para desenvolvê-la.

Atividades práticas, como calcular o perímetro da sala de aula, da quadra de esportes ou de polígonos com outras formas, devem ser executadas.

Exemplo de Atividades Propostas no caderno da Prova Brasil

- 9º Ano do E. F. --Uma caixa d’água, com a forma de um paralelepípedo, mede 2 m de comprimento por 3 m de largura e 1,5 m de altura. A figura abaixo ilustra essa caixa.O volume da caixa d’água, em m³, é:

A) 6,5 B) 6,0 C) 9,0 D) 7,5

O que se pretende avaliar nessa questão?

- O cálculo do volume ou a capacidade de sólidos geométricos simples (paralelepípedos e cilindros, principalmente).

- Qual Descritor, Conteúdo Estruturante e Expectativa de Aprendizagem da questão?

-Descritor 14: Resolver problema envolvendo noções de volume.

-Conteúdo Estruturante: Grandezas e Medidas.

-Expectativa de Aprendizagem: Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.

O que o resultado sugere?

- Mais de 70% dos alunos erraram o item, indicando o completo desconhecimento da noção de volume de um paralelepípedo. Observa-se que a terça parte dos alunos assinalou “A”, somando as medidas dadas. Os 22% que optaram por “B”, calcularam a área da base do sólido.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa

habilidade? - Mostrar que para sólidos, tais como

paralelepípedos reto-retângulos e cilindros, o cálculo do volume sempre é obtido pelo produto da área da base pela altura. A partir daí, deduzir as fórmulas das áreas.

Como aprofundamento, fazer o mesmo com prismas de bases triangulares e hexagonais.

Exemplo de Atividades Propostas no caderno da Prova Brasil

- 3º Ano do Ensino Médio --Um bloco de formato retangular ABCDEFGH, representado pela figura abaixo, tem as arestas que medem 3 cm, 4 cm e 6 cm. A medida da diagonal FC do bloco retangular, em centímetros, é A) 3 B) 5 C) 4 √6 D) 2 √13 E) √61

O que se pretende avaliar nessa questão?

- Pretende-se medir a capacidade do aluno de trabalhar com as relações métricas do triângulo retângulo, principalmente o Teorema de Pitágoras.

Qual Descritor, Conteúdo Estruturante e Expectativa de Aprendizagem da questão?

-Descritor 2 – Reconhecer aplicações das relações métricas do triângulo retângulo em um problema que envolva figuras planas ou espaciais

-Conteúdo Estruturante: Geometrias

-Expectativa de Aprendizagem: Opere com as propriedades fundamentais dos poliedros.

O que o resultado sugere?

-Primeiramente, é necessário reconhecer que, na figura apresentada, existe um triângulo formado pelos vértices A, C e F. A partir desse reconhecimento, para calcular a diagonal FC, que é a hipotenusa do triângulo ACF, é necessário conhecer os valores dos catetos AC e AF.O cateto AC do triângulo ADC também é a hipotenusa do triângulo ABC, com lados AB = 6 e BC = 3.

Através do Teorema de Pitágoras o aluno poderá obter a solução do problema. Esse conteúdo vem sendo trabalhado com o aluno desde as séries finais do Ensino Fundamental.O aluno deverá aplicar essa fórmula em dois momentos: para encontrar a diagonal AC, hipotenusa do triângulo ABC e, posteriormente, encontrar a diagonal FC, hipotenusa do triângulo AFC.Exige visão espacial e reconhecimento dos elementos dos poliedros.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver esse

conceito?- É necessário trabalhar com os alunos

atividades em que seja possível desenvolver sua visão espacial e as diversas relações entre os elementos de um sólido.

Uma forma de fazer isso é utilizar os exemplos do dia-a-dia para que os alunos verifiquem as diversas situações em que as relações métricas do triângulo retângulo são utilizadas na resolução de problemas.

“Ensinar matemática na escola só faz sentido quando se proporcionam aos estudantes, de qualquer nível de ensino, ferramentas matemáticas básicas para o desenvolvimento de seu pensamento matemático sempre apoiadas em suas práticas sociais, tendo em vista uma qualificação adequada que promova a inclusão social do estudante e o capacite para atuar no mundo social, político, econômico e tecnológico que caracteriza a sociedade do século XXI” (INEP, 2009)

LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: http://sistemasprovabrasil2.inep.gov.br/

Localizando a Escala de Referência de Língua Portuguesa

FALANDO SOBRE A PROVA BRASIL

Currículo de uma disciplina dentro do Projeto Pedagógico de uma instituição de ensino. Organiza os conteúdos que asseguram ao aluno estar no mundo de forma participativa e crítica.

Matriz Curricular

Matriz Curricular de Língua Portuguesa

Domínio do uso da língua materna, nas suas manifestações orais e escritas, tanto para leitura de textos quanto para sua produção;

Reflexão analítica e crítica sobre a linguagem como fenômeno social, histórico, político, cultural etc.;

Visão crítica dos fenômenos linguísticos no uso dos recursos gramaticais a serviço dos propósitos comunicativos do produtor do texto.

Matriz de Referência

Recorta os conteúdos da matriz curricular para definir os tópicos que compõem a matriz de uma dada disciplina em avaliações de larga escala.

Avaliação em Língua Portuguesana Prova Brasil

A matriz de referência de Língua Portuguesa para a Prova Brasil tem foco específico em leitura, faz um recorte do ensino, avaliando apenas a capacidade de leitura do estudante.

A Prova Brasil de Língua Portuguesa evidencia três pilares fundamentais na sua constituição:

A presença do texto; Os descritores, reunidos em seis tópicos, que apresentam as habilidades em leitura a serem avaliadas; Estratégias de perguntas que compõem um determinado item de leitura.

Constituição da Prova Brasil

A Matriz de Referência de Língua Portuguesa apresenta 6 Tópicos e 21 Descritores da disciplina, ressaltando os conteúdos de leitura que são avaliados na prova.

Tópicos e Descritores

Tópico I. Procedimentos de LeituraEste tópico agrega um conjunto de 5 descritores que indicam as habilidades linguísticas necessárias à leitura de textos de gêneros variados. O leitor competente/proficiente deve saber localizar informações explícitas e fazer inferências sobre informações que extrapolam o texto. Deve identificar a ideia central de um texto, ou seja, apreender o sentido global do texto e fazer abstrações a respeito dele. Deve, também, perceber a intenção do autor, saber ler as entrelinhas e fazer a distinção entre opinião e fato. Deve, ainda, saber o sentido de uma palavra ou expressão, pela inferência contextual.

DESCRITORES 9º/8ª

Localizar informações explícitas no texto D1

Inferir o sentido de uma palavra ou expressão D3

Inferir uma informação implícita em um texto D4

Identificar o tema de um texto D6

Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato D14

Descritores referentes ao Tópico I

Tópico II. Implicações do Suporte, do Gênero e/ou Enunciador na Compreensão do Texto

Este tópico é composto de dois descritores. Indicando habilidades linguísticas necessárias à interpretação de textos que conjugam as linguagens verbal e não-verbal ou com auxílio de material gráfico diverso. Exigindo assim do leitor conhecimento de gêneros textuais variados para que possa reconhecer a função social dos diferentes textos.

DESCRITORES 9º/8ª

Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

D5

Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

D12

Descritores referentes ao Tópico II

Tópico III. Relação entre Textos

Este tópico contempla dois descritores. Requer que o aluno assuma uma atitude crítica e reflexiva ao reconhecer as diferentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema em um único texto ou em textos diferentes. O tema se traduz em proposições que se cruzam no interior dos textos lidos ou naquelas encontradas em textos diferentes, mas que apresentam a mesma ideia. Assim, o aluno pode ter maior compreensão das intenções de quem escreve, sendo capaz de identificar posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema.

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Tópico III. Relação entre Textos

As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação dos textos. Essas atividades podem envolver a comparação de textos de diversos gêneros, como os produzidos pelos alunos, os textos extraídos da Internet, de jornais, revistas, livros e textos publicitários, entre outros. É importante evidenciarmos que, nos itens relacionados a este tema, ocorre muitas vezes um diálogo entre os textos, quando, por exemplo, um autor satiriza outro.

Descritores referentes ao Tópico III

DESCRITORES 9º/8ª

Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido D5

Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema

D12

Tópico IV. Coerência e Coesão no Processamento do Texto

A competência indicada neste tópico vai exigir do aluno habilidades que o levem a identificar a linha de coerência do texto. A coerência e a coesão ocorrem nos diversos tipos de texto. Cada tipo de texto tem uma estrutura própria, por isso, os mecanismos de coerência e de coesão também vão se manifestar de forma diferente, conforme se trate por exemplo em um texto narrativo. Com este item, pretendemos avaliar a habilidade do aluno em reconhecer as relações coesivas do texto, mais especificamente as repetições ou substituições, que servem para estabelecer a continuidade textual, capaz de reconhecer as relações coesivas do texto que servem para estabelecer a continuidade textual, como os pronomes, por exemplo, que substituem nomes ou se referem a eles.

DESCRITORES 9º/8ª

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto

D2

Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa D10

Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto D11

Descritores referentes ao Tópico IV

DESCRITORES 9º/8ª

Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

D15

Identificar a tese de um texto. D7

Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

D8

Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

D9

Descritores referentes ao Tópico IV

Este tópico aborda 4 descritores. Do ponto de vista linguístico, os sentidos expressos em um texto resultam do uso de certos recursos gramaticais ou lexicais. Ou seja, os efeitos de sentido conseguidos (como o da ironia, ou do humor, por exemplo), decorrem de como se explora a polissemia de uma expressão, de como se inverte a ordem em que as coisas são ditas, para citar apenas esses dois recursos. Na verdade, as escolhas linguísticas respondem à intenção do interlocutor de produzir certos efeitos de sentido.

Tópico V. Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido

Vale destacar que os sinais de pontuação e outros mecanismos de notação como o itálico, o negrito, a caixa alta e o tamanho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exemplo, nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao explorar o texto, perceba como esses elementos constroem a significação, na situação comunicativa em que se apresentam.

Tópico V. Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido

DESCRITORES 9º/8ª

Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados

D16

Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações

D17

Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão

D18

Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos

D19

Descritores referentes ao Tópico V

Este tópico avalia a habilidade do aluno de perceber as marcas linguísticas identificadoras do locutor e do interlocutor, assim como situações de interlocução do texto e as possíveis variações da fala. As variações linguísticas, evidentemente, manifestam-se por formas, marcas, estruturas que revelam características (regionais ou sociais) do locutor e, por vezes, do interlocutor a quem o texto se destina. Essas variações são, portanto, resultado do empenho dos interlocutores para se ajustarem às condições de produção e de circulação do discurso. Um item relacionado a essa habilidade deve, portanto, centrar-se no reconhecimento das variações (gramaticais ou lexicais) que, mais especificamente, revelam as características dos locutores e dos interlocutores.

Tópico VI. Variação Linguística

Este item vai exigir do aluno a habilidade em identificar as variações linguisticas resultantes da influência de diversos fatores, como o grupo social a que o falante pertence, o lugar e a época em que ele nasceu e vive, bem como verificar quem fala no texto e a quem este se destina, reconhecendo as marcas linguísticas expressas por meio de registros usados, vocabulário empregado, uso de gírias ou expressões ou níveis de linguagem.

Tópico VI. Variação Linguística

Descritores referentes ao Tópico VI

DESCRITOR 9º/8ª

Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto

D13

Exemplos de questões:

Questão ITópico I: Procedimentos de Leitura.D6: Identificar o tema de um texto.Escala de LP (225): Identificar o tema de textos narrativos, argumentativos e poéticos de conteúdo complexo; e identificar a tese e os argumentos que a defendem em textos argumentativos.

O ouro da biotecnologia

Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica - ou o que restou dela - são invejadas no mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista (“Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas.

Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte “potencial” de alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato - e de forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas.

Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros - que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão.

Gênero: Artigo de Opinião - Daniel Piza - O Estado de São Paulo

Uma frase que resume a ideia principal do texto é

a Amazônia deixará de ser fonte potencial de alimento.

(B) o Brasil não transforma riqueza natural em financeira.

(C) os índios deixam animais e plantas serem levados.

(D) os estrangeiros registraram diversos produtos.

8%10%49%31%

DCBA

Percentual de respostas às alternativas

8%10%49%31%

DCBA

Percentual de respostas às alternativas

Relação entre: descritor da Prova Brasil, DCE e versão preliminar do Caderno de Expectativas de Aprendizagem

Prova Brasil: (D6) Identificar o tema de uma texto.

DCE [conteúdos]: Conteúdo temático.

Expectativas de Aprendizagem: Identifique o tema/tese do texto.

Segunda questão:

Tópico II: Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto.

D5: Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)

5%66%21%6%

DCBA

Percentual de respostas às alternativas

5%66%21%6%

DCBA

Percentual de respostas às alternativas

Prova Brasil: (D5) Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)

DCE [abordagem teórico-metodológica]: Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros.

Expectativas de Aprendizagem: Compreenda o efeito de sentido proveniente do uso de elementos gráficos (não verbais), recursos gráficos (aspas, negrito, travessão...) e linguísticos no texto.

Relação entre: descritor da Prova Brasil, DCE e versão preliminar do Caderno de Expectativas de Aprendizagem

Terceira QuestãoTópico IV: Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto.D7: Identificar a tese de um texto.Escala de LP (225): Identificar o tema de textos narrativos, argumentativos e poéticos de conteúdo complexo; e identificar a tese e os argumentos que a defendem em textos argumentativos.

O mercúrio onipresente (Fragmento)

Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...].

Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes sugere que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita.

Jeffrey Kluger. IstoÉ. no 1927, 27/06/2006, p.114-115.

A tese defendida no texto está expressa no trecho

(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.

(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.

(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.

(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.

35%33%8%24%

DCBA

Percentual de respostas às alternativas

35%33%8%24%

DCBA

Percentual de respostas às alternativas

Relação entre: descritor da Prova Brasil, DCE e versão preliminar do Caderno de Expectativas de Aprendizagem

Prova Brasil: (D7) Identificar a tese de um texto.

DCE [conteúdos]: Argumentos do texto (relacionados à tese)

Expectativas de Aprendizagem: Identifica o tema/tese do texto.

Referências BibliográficasSaberes e práticas da inclusão : avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. - Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.

Língua portuguesa: orientações para o professor, Saeb/Prova Brasil, 4ª série/5º ano, ensino fundamental. – Brasília : Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2009.

Brasil. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília : MEC, SEB; Inep, 2008.

Site consultado: http://provabrasil.inep.gov.br/ (Acesso em 29/agosto/2011)