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PROFESSORrevista do
>>> SAEPE 2016Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco
ALFABETIZAÇÃO
ISSN 1948-560X
entrevista
O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados
o programa
O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco
os resultados
Os resultados alcançados em 2016
Detalhe da escultura com o nome da cidade (Recife)Praça do Marco Zero - Recife - PE
ISSN 1948-560X
PROFESSORrevista do
>>> SAEPE 2016Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco
ALFABETIZAÇÃO - LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
FICHA CATALOGRÁFICA
PERNAMBUCO. Secretaria de Educação de Pernambuco.
SAEPE – 2016/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.
Conteúdo: Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática.
ISSN 1948-560X
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
Governador de PernambucoPaulo Câmara
Vice-Governador de PernambucoRaul Henry
Secretário de Educação Frederico Amancio
Secretária Executiva de Desenvolvimento da EducaçãoAna Selva
Secretário Executivo de Educação Profi ssionalPaulo Dutra
Secretário Executivo de Gestão de RedeJoão Charamba
Secretário Executivo de Planejamento e CoordenaçãoSeverino Andrade
Secretário Executivo de Administração e FinançasEdnaldo Moura
Gerente de Avaliação e Monitoramento das Políticas EducacionaisMarinaldo Alves
Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David
Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira
Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares
Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende
Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias
Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo
Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo
Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva
Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos
Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira
Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage
sumário
resultados25 Os resultados alcançados em 2016
27 Resultados da escola
29 Roteiros de leitura e análise de resultados
39 Resultados por turma
padrões de desempenho44 Padrões de desempenho
45 Língua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental
53 Matemática - 2º ano do Ensino Fundamental
sugestões pedagógicas61 Sugestões para a prática pedagógica
5 apresentação
o programa15 O Sistema de Avaliação Educacional
de Pernambuco – SAEPE
entrevista9 O trabalho focado na escola é
um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados
P rofessor, esta revista é para você. Pensada e
feita para possibilitar seu uso no cotidiano pe-
dagógico. Nela, você encontra os resultados da sua
escola no SAEPE 2016. Com esses resultados, você
obtém um diagnóstico do desempenho de seus es-
tudantes nos testes de proficiência. A partir disso, po-
tencialidades e fragilidades podem ser identificadas
no processo de ensino-aprendizagem, permitindo
uma ampla reflexão sobre as práticas pedagógicas.
Inicialmente, apresentamos o SAEPE e as infor-
mações que o constituem: os dados fornecidos pela
avaliação, bem como os dados da realidade escolar,
os quais compõem esse grande cenário que é o Sis-
tema de Avaliação Educacional de Pernambuco.
A partir de uma análise do panorama do sistema
de avaliação, desde sua criação, no ano de 2008,
até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015, apre-
sentamos os dados do programa, dando ênfase aos
ganhos experimentados pela rede estadual e pelas
redes municipais de ensino no que diz respeito aos
resultados.
Em seguida, trazemos os resultados da avaliação
de 2016. Junto às informações pertinentes aos resul-
tados – participação, proficiência média, percentual
de estudantes pelos padrões de desempenho, per-
centual de acerto por habilidade avaliada –, oferece-
mos a você um roteiro que pode ajudá-lo a ler e a
compreender as informações produzidas pelo SAE-
PE, de modo que você possa utilizá-las para sistema-
tizar estratégias para a melhora do desempenho dos
estudantes. Esse roteiro propõe algumas atividades,
cujo objetivo é fornecer ferramentas que permitam
a interpretação pedagógica dos resultados.
Além dos resultados obtidos nos testes realizados
pelos estudantes, você tem acesso a algumas infor-
mações sobre o contexto da sua escola, como o
Índice Socioeconômico (ISE). É importante ressaltar
que, além dos resultados apresentados nesta revis-
ta, as escolas do estado de Pernambuco possuem
o Índice de Desenvolvimento da Educação de Per-
nambuco (Idepe) como indicador de qualidade da
educação.
Por fim, apresentamos sugestões para a prática
pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-
zação dos resultados da avaliação, para que ações
pedagógicas sejam planejadas e executadas em sua
escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu intui-
to não é outro senão incentivá-lo a tratar os dados
da avaliação como parte do projeto político-peda-
gógico da escola.
Nosso compromisso é oferecer a você uma visão
geral da avaliação externa e dos resultados obtidos
por sua escola no SAEPE. Esses resultados devem
ser amplamente debatidos, com o envolvimento de
toda a comunidade escolar. Esperamos que este
material atinja esse propósito.
Boa leitura!
apresentação
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 7
Nascido em Paulo Afonso (BA), Frederico da Costa Aman-
cio é formado em Administração pela Universidade de Per-
nambuco e em Direito pela Universidade Federal de Pernam-
buco, com pós-graduação em Economia Aplicada à Gestão
Fiscal pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e
MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás pela FGV
do Rio de Janeiro. Servidor público estadual desde 1995, está
à frente da SEE desde 2014.
Frederico da Costa Amancio
Secretário de Educação
entrevista
F ocado na melhoria dos indicadores educacionais, o estado de Pernambu-
co, por meio da Secretaria de Educação, busca, a partir da gestão por re-
sultados, sistematizar a apropriação da avaliação externa pelos profi ssionais da
rede e pelas famílias. O secretário de Educação, Frederico da Costa Amancio,
comenta o trabalho, enfatizando o pacto pela aprendizagem.
O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados
Historicamente, o estado está
comprometido com a gestão por re-
sultados. Como esse trabalho vem
sendo desenvolvido na área da edu-
cação e qual a importância da avalia-
ção externa nesse contexto?
O estado de Pernambuco tomou
a decisão de adotar como política o
modelo de gestão por resultados,
para todas as áreas. A educação, es-
pecifi camente, foi tida como uma das
prioridades. Nesse contexto, na ado-
ção do que chamamos de pacto pela
aprendizagem, com a política de ges-
tão por resultados e o monitoramen-
to das escolas, a avaliação tem sido
extremamente importante para que
possamos planejar melhor não só as
ações da Secretaria, mas também as
ações de cada escola. Termos o siste-
ma de avaliação é essencial, pois rece-
bemos informações detalhadas, não
apenas o resultado geral da rede ou da
escola, mas o resultado de cada aluno,
em nível de acerto por descritor.
Pernambuco tem apresentado,
cada vez mais, melhora do indicador
de qualidade da educação brasileira,
o Ideb, atingindo, em 2015, as metas
em todas as etapas. Na sua opinião,
qual é a contribuição do SAEPE para
esse resultado?
Sem dúvida, a existência do siste-
ma e da série histórica nos permite
conhecer os pontos de avanço e os
de observação, em relação aos quais
precisamos construir estratégias para
a melhoria dos resultados. Percebe-
mos que isso trouxe, de imediato,
progressos bastante expressivos no
ensino médio e agora vem trazendo
no ensino fundamental. Isso é fruto
de um trabalho que estamos fazendo,
não só de fortalecimento da rede es-
tadual, mas de apoio às redes munici-
pais e às suas ações. Esse trabalho é
focado na escola, e tem sido um ins-
trumento poderoso rumo à melhoria,
para melhor planejamento de ações.
8 SAEPE 2016
Nascido em Paulo Afonso (BA), Frederico da Costa Aman-
cio é formado em Administração pela Universidade de Per-
nambuco e em Direito pela Universidade Federal de Pernam-
buco, com pós-graduação em Economia Aplicada à Gestão
Fiscal pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e
MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás pela FGV
do Rio de Janeiro. Servidor público estadual desde 1995, está
à frente da SEE desde 2014.
Frederico da Costa Amancio
Secretário de Educação
entrevista
F ocado na melhoria dos indicadores educacionais, o estado de Pernambu-
co, por meio da Secretaria de Educação, busca, a partir da gestão por re-
sultados, sistematizar a apropriação da avaliação externa pelos profi ssionais da
rede e pelas famílias. O secretário de Educação, Frederico da Costa Amancio,
comenta o trabalho, enfatizando o pacto pela aprendizagem.
O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados
Historicamente, o estado está
comprometido com a gestão por re-
sultados. Como esse trabalho vem
sendo desenvolvido na área da edu-
cação e qual a importância da avalia-
ção externa nesse contexto?
O estado de Pernambuco tomou
a decisão de adotar como política o
modelo de gestão por resultados,
para todas as áreas. A educação, es-
pecifi camente, foi tida como uma das
prioridades. Nesse contexto, na ado-
ção do que chamamos de pacto pela
aprendizagem, com a política de ges-
tão por resultados e o monitoramen-
to das escolas, a avaliação tem sido
extremamente importante para que
possamos planejar melhor não só as
ações da Secretaria, mas também as
ações de cada escola. Termos o siste-
ma de avaliação é essencial, pois rece-
bemos informações detalhadas, não
apenas o resultado geral da rede ou da
escola, mas o resultado de cada aluno,
em nível de acerto por descritor.
Pernambuco tem apresentado,
cada vez mais, melhora do indicador
de qualidade da educação brasileira,
o Ideb, atingindo, em 2015, as metas
em todas as etapas. Na sua opinião,
qual é a contribuição do SAEPE para
esse resultado?
Sem dúvida, a existência do siste-
ma e da série histórica nos permite
conhecer os pontos de avanço e os
de observação, em relação aos quais
precisamos construir estratégias para
a melhoria dos resultados. Percebe-
mos que isso trouxe, de imediato,
progressos bastante expressivos no
ensino médio e agora vem trazendo
no ensino fundamental. Isso é fruto
de um trabalho que estamos fazendo,
não só de fortalecimento da rede es-
tadual, mas de apoio às redes munici-
pais e às suas ações. Esse trabalho é
focado na escola, e tem sido um ins-
trumento poderoso rumo à melhoria,
para melhor planejamento de ações.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 9
Em que medida o SAEPE pode aju-
dar a administração pública a defi nir
ações adequadas e efetivas?
A partir dos resultados e excedendo
o interesse apenas no resultado geral,
o que nos permite comparação com
outros estados e comparação com os
resultados do Saeb. O nosso grande
objetivo de manter esse investimento,
a avaliação anual, inclusive aplicada às
redes municipais, serve exatamente
para termos informações mais deta-
lhadas, de cada escola, turma e estu-
dante, de forma a nos permitir o pla-
nejamento de ações. É o instrumento
que usamos para isso, e estamos, cada
vez mais, buscando maneiras de avan-
çar no seu uso.
No sistema de ensino público do
estado, temos o BDE, o Bônus de De-
sempenho Educacional. Qual é a fi na-
lidade desse bônus e a que ele serve?
O objetivo é atrelar o SAEPE à estra-
tégia de gestão por resultado. O SAEPE
nos permite, primeiramente, o conheci-
mento mais detalhado, para o aprofun-
damento e o planejamento de ações, a
partir das informações provenientes do
sistema. Assim, conseguimos fazer um
trabalho mais focado na melhoria dos
resultados de cada escola. Em segundo
lugar, a partir do SAEPE, percebemos
efetivamente a evolução para constituir
a gestão por resultados, com objetivos
e metas. Como forma de incentivo para
toda a rede, para que todos estejam en-
volvidos na melhoria dos resultados, o
BDE é um instrumento importante para
reconhecer os resultados alcançados.
Como a avaliação externa em lar-
ga escala, com vistas ao diagnóstico
da qualidade, contribui para o atendi-
mento de necessidades relacionadas
à aprendizagem de crianças e adoles-
centes estudantes da rede pública de
ensino?
A importância da avaliação externa
é fornecer informações detalhadas de
cada escola, turma, estudante. A avalia-
ção permite maior planejamento não só
do trabalho, das ações de cada escola
ao longo do ano, mas das formações
da Secretaria. A avaliação comporta,
claro, a comparação entre escolas, re-
gionais e, eventualmente, até com ou-
tros estados, inclusive com o próprio
sistema nacional.
Qual é a sua percepção acerca da
apropriação dos resultados da avalia-
ção pelos educadores do estado, para
intervenções efetivas no “chão da es-
cola”?
Nossas escolas apresentam estágios
diferenciados de apropriação. Temos
escolas em um estágio no qual perce-
bemos ser presente a cultura da avalia-
ção: não só por parte do gestor escolar,
mas por toda a escola, que dispõe de
dinâmica para se apropriar das informa-
ções e construir toda a sua estratégia, o
seu planejamento. Temos várias nesse
nível, envolvendo o gestor da escola,
os professores e os estudantes. Temos
escolas em outro estágio, no qual per-
cebemos o gestor da escola, os profes-
sores e os estudantes, reconhecendo a
importância das informações, mas não
as explorando em todas as suas possi-
Precisamos ampliar essa
ideia para todas as escolas: a
importância da avaliação e da
apropriação dos resultados.
bilidades. É, de certa forma, algo que
requer nossa atenção. Por fi m, temos
escolas em um estágio no qual acredi-
tamos ser o gestor escolar aquele mais
envolvido no processo. São escolas
nas quais precisamos avançar. Em ge-
ral, as escolas no primeiro estágio não
só têm melhores resultados como
apresentam melhor evolução. Preci-
samos ampliar essa ideia para todas as
escolas: a importância da avaliação e
da apropriação dos resultados.
Quais aspectos merecem desta-
que no cenário atual, o que inclui a
instituição da Base Nacional Comum
Curricular e a Reforma do ensino mé-
dio, quando tratamos de avaliação?
Os aspectos são o fortalecimento
do sistema nacional e dos sistemas
estaduais, para ampliação e mesmo
avaliação de outros componentes,
como ciências, e o desenvolvimento
de um trabalho que não tenha impac-
to apenas no planejamento da esco-
la, de cada ano, mas no dia a dia, de
maneira efetiva. Outro aspecto é o
alinhamento dos sistemas com a Base
e a Reforma [ensino médio], eles pre-
cisam estar atrelados, o que inclusive
representa signifi cativo avanço para
fi ns de comparação entre estados e
de estratégia nacional para a educa-
ção. Teremos oportunidade de elevar
também a qualidade das avaliações.
Para encerrar, algum recado para
os educadores de Pernambuco?
Primeiramente, o agradecimento
a todos que contribuíram para alcan-
çarmos bons resultados. Transmito a
alegria de perceber que a nossa rede,
os nossos gestores e educadores
veem na avaliação e na gestão por
resultados não apenas números, mas
que isso efetivamente tem sentido
na melhoria da qualidade da escola;
veem que a avaliação contribui para
que continuemos a avançar. Estamos
trabalhando nisso, esperamos ter mais
novidades em 2017, para facilitar o tra-
balho de todos, para que estejamos
juntos e contribuindo, cada vez mais,
para o avanço da educação.
10 SAEPE 2016
Em que medida o SAEPE pode aju-
dar a administração pública a defi nir
ações adequadas e efetivas?
A partir dos resultados e excedendo
o interesse apenas no resultado geral,
o que nos permite comparação com
outros estados e comparação com os
resultados do Saeb. O nosso grande
objetivo de manter esse investimento,
a avaliação anual, inclusive aplicada às
redes municipais, serve exatamente
para termos informações mais deta-
lhadas, de cada escola, turma e estu-
dante, de forma a nos permitir o pla-
nejamento de ações. É o instrumento
que usamos para isso, e estamos, cada
vez mais, buscando maneiras de avan-
çar no seu uso.
No sistema de ensino público do
estado, temos o BDE, o Bônus de De-
sempenho Educacional. Qual é a fi na-
lidade desse bônus e a que ele serve?
O objetivo é atrelar o SAEPE à estra-
tégia de gestão por resultado. O SAEPE
nos permite, primeiramente, o conheci-
mento mais detalhado, para o aprofun-
damento e o planejamento de ações, a
partir das informações provenientes do
sistema. Assim, conseguimos fazer um
trabalho mais focado na melhoria dos
resultados de cada escola. Em segundo
lugar, a partir do SAEPE, percebemos
efetivamente a evolução para constituir
a gestão por resultados, com objetivos
e metas. Como forma de incentivo para
toda a rede, para que todos estejam en-
volvidos na melhoria dos resultados, o
BDE é um instrumento importante para
reconhecer os resultados alcançados.
Como a avaliação externa em lar-
ga escala, com vistas ao diagnóstico
da qualidade, contribui para o atendi-
mento de necessidades relacionadas
à aprendizagem de crianças e adoles-
centes estudantes da rede pública de
ensino?
A importância da avaliação externa
é fornecer informações detalhadas de
cada escola, turma, estudante. A avalia-
ção permite maior planejamento não só
do trabalho, das ações de cada escola
ao longo do ano, mas das formações
da Secretaria. A avaliação comporta,
claro, a comparação entre escolas, re-
gionais e, eventualmente, até com ou-
tros estados, inclusive com o próprio
sistema nacional.
Qual é a sua percepção acerca da
apropriação dos resultados da avalia-
ção pelos educadores do estado, para
intervenções efetivas no “chão da es-
cola”?
Nossas escolas apresentam estágios
diferenciados de apropriação. Temos
escolas em um estágio no qual perce-
bemos ser presente a cultura da avalia-
ção: não só por parte do gestor escolar,
mas por toda a escola, que dispõe de
dinâmica para se apropriar das informa-
ções e construir toda a sua estratégia, o
seu planejamento. Temos várias nesse
nível, envolvendo o gestor da escola,
os professores e os estudantes. Temos
escolas em outro estágio, no qual per-
cebemos o gestor da escola, os profes-
sores e os estudantes, reconhecendo a
importância das informações, mas não
as explorando em todas as suas possi-
Precisamos ampliar essa
ideia para todas as escolas: a
importância da avaliação e da
apropriação dos resultados.
bilidades. É, de certa forma, algo que
requer nossa atenção. Por fi m, temos
escolas em um estágio no qual acredi-
tamos ser o gestor escolar aquele mais
envolvido no processo. São escolas
nas quais precisamos avançar. Em ge-
ral, as escolas no primeiro estágio não
só têm melhores resultados como
apresentam melhor evolução. Preci-
samos ampliar essa ideia para todas as
escolas: a importância da avaliação e
da apropriação dos resultados.
Quais aspectos merecem desta-
que no cenário atual, o que inclui a
instituição da Base Nacional Comum
Curricular e a Reforma do ensino mé-
dio, quando tratamos de avaliação?
Os aspectos são o fortalecimento
do sistema nacional e dos sistemas
estaduais, para ampliação e mesmo
avaliação de outros componentes,
como ciências, e o desenvolvimento
de um trabalho que não tenha impac-
to apenas no planejamento da esco-
la, de cada ano, mas no dia a dia, de
maneira efetiva. Outro aspecto é o
alinhamento dos sistemas com a Base
e a Reforma [ensino médio], eles pre-
cisam estar atrelados, o que inclusive
representa signifi cativo avanço para
fi ns de comparação entre estados e
de estratégia nacional para a educa-
ção. Teremos oportunidade de elevar
também a qualidade das avaliações.
Para encerrar, algum recado para
os educadores de Pernambuco?
Primeiramente, o agradecimento
a todos que contribuíram para alcan-
çarmos bons resultados. Transmito a
alegria de perceber que a nossa rede,
os nossos gestores e educadores
veem na avaliação e na gestão por
resultados não apenas números, mas
que isso efetivamente tem sentido
na melhoria da qualidade da escola;
veem que a avaliação contribui para
que continuemos a avançar. Estamos
trabalhando nisso, esperamos ter mais
novidades em 2017, para facilitar o tra-
balho de todos, para que estejamos
juntos e contribuindo, cada vez mais,
para o avanço da educação.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 11
Aprender é um direito de todos. A materialização
desse direito é um enorme desafi o para professores,
gestores e toda a comunidade escolar.
O direito à aprendizagem está relacionado com
objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que
são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos.
Entretanto, cabe à escola, para que esse direito seja,
de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-
res que estão relacionados à formação do ser huma-
no e à construção de uma sociedade justa, demo-
crática e solidária. Essa é a complexidade da ação
pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais
da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-
tações curriculares e a implementação do projeto
político-pedagógico no interior de cada escola são
elementos essenciais para garantir o êxito do pro-
cesso educativo.
A avaliação em larga escala se situa no interior de
cada escola, em particular, e na rede de ensino, de
modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-
menta para que o direito de aprender seja garantido
a todos os estudantes.
A igualdade de oportunidades educacionais é
um dos pilares para a construção de uma escola
democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse
olhar que professores e gestores devem analisar e se
apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-
la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-
ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.
Os dados não falam por si. Eles devem ser con-
textualizados, considerando vários fatores que estão
relacionados com os resultados obtidos pela escola
no processo de avaliação em larga escala. São um
ponto de partida, um convite à análise e ao plane-
jamento para promover a equidade e melhorar a
qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas
complementam o trabalho diário da escola e suas
avaliações internas, jamais as substituem.
Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-
do estudado pelas avaliações como um fator que
pode interferir nos resultados, é importante destacar
aqueles internos à vida da escola: as características
da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar
etc.
O clima escolar está relacionado a vários aspec-
tos característicos do processo educativo e que são
importantes para um bom desenvolvimento das ati-
vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-
na, interesse e motivação, organização e seguran-
ça; uma gestão democrática comprometida com a
qualidade da educação; professores comprometi-
dos com o sucesso escolar e com a viabilização do
direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses
aspectos refl etem uma concepção de escola e de
educação, perpassando toda a dinâmica da escola,
inclusive na forma como a avaliação é concebida
e apropriada pelos agentes que a constituem. Des-
sa forma, tudo isso deve estar contido no projeto
político-pedagógico da escola, a partir de um mar-
co referencial que trabalha a formação de valores
e, portanto, a importância da educação na vida dos
estudantes.
É nesse sentido que os resultados do SAEPE 2016
devem ser apropriados pela comunidade escolar,
como um diagnóstico importante para as revisões
necessárias ao processo pedagógico desenvolvido.
Devem ser analisados em conjunto com as ativida-
des curriculares e com os processos de avaliação
interna previstos no cotidiano da escola.
Sabemos que são muitos os desafi os da escola
no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-
cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de
busca permanente pela equidade, além de transmitir
os conhecimentos historicamente acumulados. E é
com o olhar de educador que enfrenta esses desa-
fi os e mantém a esperança e a capacidade de luta
que convidamos você a acompanhar os relatos a
seguir.
Aprender - Direito de Todos
Na escola, o número reduzido de estudantes
anuncia o encerramento do ano letivo. Numa sala,
prova fi nal. Há tensão em alguns rostos, alívio em
outros. No papel, a medida do conhecimento! Mas
o professor atesta que “cobramos apenas o que da-
mos em sala...”. Sem burburinho, mas concentração,
barulho de ventilador. O turno segue nesses metros
quadrados, e também nas outras salas.
Do lado de fora, o vai e volta do “terceirão”. O
grupo do 3º ano do ensino médio se prepara para
deixar a escola. É a galera do Enem! Estão confi an-
tes na aprovação do vestibular. “Se não der, tenta de
novo”. Os professores preocupam-se em preparar
os estudantes para os conteúdos cobrados, com a
organização de “aulões”, mas também têm atenção
voltada à escolha profi ssional. “Buscamos, parale-
lamente às aulas, institucionalizar a pesquisa sobre
profi ssões, desde o 2º ano [do ensino médio]. Então,
cada um pode saber mais sobre a atuação, o mer-
cado de trabalho, a ênfase na formação, ao longo
dessa etapa”, explica o professor orientador, espécie
de conselheiro de turma, responsável por conduzir
o projeto e convidar profi ssionais para palestras de
esclarecimento.
É intervalo. Os mais novos se misturam aos mais
velhos. Funcionários distribuem sorrisos e cumpri-
mentos no corredor e organizam o serviço da me-
renda escolar. Fila nos bebedouros. Faz calor, água
gelada ninguém dispensa. Os professores dirigem-
-se à sala dos professores que também é da gesto-
ra. Pode isso? Sim, aqui pode. Aqui a gestão é tão
democrática que não tem sala própria. “Querem sa-
ber onde está minha sala, minhas gavetas? E sou lá
de ter gavetas? Faço tudo aqui, junto deles, se for
num atendimento mais particular, com um aluno ou
professor, damos um jeito”. No encontro diário dos
educadores, há troca e satisfação. Hoje tem tapioca
de queijo com coco e bolo de rolo, para o belisco.
Bom, bom. Suco de cajá. Bom, bom.
O fi m do ano letivo é o começo do planejamento
escolar, momento de olhar para trás e ver o que deu
certo e o que não deu. “Conversamos sobre tudo.
Não dá para virar o ano com rusga. Todo mundo
pode colocar tudo para fora, até os descontenta-
mentos. Começamos leve”.
Boa notícia: vem projeto novo aí. Na verdade,
apenas a reunião formal de alguns já realizados,
encampados nesse novo. Dentre eles, tem um es-
pecial, aquele que trata o aluno no centro: o Jo-
vem Protagonista nada mais é do que a atenção ao
personagem principal das ações na escola, sejam
de gestão ou pedagógicas, com ênfase também
no desenvolvimento social. “Recebemos os novos
alunos, damos conselhos, ajudamos a organizar as
atividades dos professores, até a música e a progra-
mação dos eventos escolhemos. Organizamos a
feira de ciências. Mas aula, não. Aula quem dá são
os monitores, eles sabem mais e podem começar
a exposição, passar a matéria”, explica o jovem que
é protagonista. Já o monitor, bem, o monitor pode-
ria ser o aluno com as melhores notas”, mas não.
Ele é apenas um estudante comum, ou nem tanto.
Destaca-se por ser líder nato, diplomático, sociável.
“Ajudamos o professor a dar o tempo [de aula] até
ele chegar, passando matéria e organizando as apre-
sentações de trabalho e até avaliando os colegas,
comentado se está bom e o que pode melhorar”,
conta uma monitora. “Não escolhemos o moni-
tor por desempenho, mas precisa ter perfi l, não é
o mais comunicativo, mas também não pode ser o
mais reservado”, justifi ca a professora responsável
pelo grupo.
A conversa segue boa, mas o ano está acabando.
Tudo 100% por aqui: só a biblioteca, que “poderia ter
um acervo maior”, diz uma estudante. Hum... bom
saber que vocês leem! A quadra também ainda não
está como queremos, pois “poderia ser coberta”.
Sim, sim. Como diria o mestre Luiz Gonzaga, “No
Sempre à frente - avante!
12 SAEPE 2016
Aprender é um direito de todos. A materialização
desse direito é um enorme desafi o para professores,
gestores e toda a comunidade escolar.
O direito à aprendizagem está relacionado com
objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que
são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos.
Entretanto, cabe à escola, para que esse direito seja,
de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-
res que estão relacionados à formação do ser huma-
no e à construção de uma sociedade justa, demo-
crática e solidária. Essa é a complexidade da ação
pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais
da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-
tações curriculares e a implementação do projeto
político-pedagógico no interior de cada escola são
elementos essenciais para garantir o êxito do pro-
cesso educativo.
A avaliação em larga escala se situa no interior de
cada escola, em particular, e na rede de ensino, de
modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-
menta para que o direito de aprender seja garantido
a todos os estudantes.
A igualdade de oportunidades educacionais é
um dos pilares para a construção de uma escola
democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse
olhar que professores e gestores devem analisar e se
apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-
la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-
ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.
Os dados não falam por si. Eles devem ser con-
textualizados, considerando vários fatores que estão
relacionados com os resultados obtidos pela escola
no processo de avaliação em larga escala. São um
ponto de partida, um convite à análise e ao plane-
jamento para promover a equidade e melhorar a
qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas
complementam o trabalho diário da escola e suas
avaliações internas, jamais as substituem.
Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-
do estudado pelas avaliações como um fator que
pode interferir nos resultados, é importante destacar
aqueles internos à vida da escola: as características
da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar
etc.
O clima escolar está relacionado a vários aspec-
tos característicos do processo educativo e que são
importantes para um bom desenvolvimento das ati-
vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-
na, interesse e motivação, organização e seguran-
ça; uma gestão democrática comprometida com a
qualidade da educação; professores comprometi-
dos com o sucesso escolar e com a viabilização do
direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses
aspectos refl etem uma concepção de escola e de
educação, perpassando toda a dinâmica da escola,
inclusive na forma como a avaliação é concebida
e apropriada pelos agentes que a constituem. Des-
sa forma, tudo isso deve estar contido no projeto
político-pedagógico da escola, a partir de um mar-
co referencial que trabalha a formação de valores
e, portanto, a importância da educação na vida dos
estudantes.
É nesse sentido que os resultados do SAEPE 2016
devem ser apropriados pela comunidade escolar,
como um diagnóstico importante para as revisões
necessárias ao processo pedagógico desenvolvido.
Devem ser analisados em conjunto com as ativida-
des curriculares e com os processos de avaliação
interna previstos no cotidiano da escola.
Sabemos que são muitos os desafi os da escola
no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-
cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de
busca permanente pela equidade, além de transmitir
os conhecimentos historicamente acumulados. E é
com o olhar de educador que enfrenta esses desa-
fi os e mantém a esperança e a capacidade de luta
que convidamos você a acompanhar os relatos a
seguir.
Aprender - Direito de Todos
Na escola, o número reduzido de estudantes
anuncia o encerramento do ano letivo. Numa sala,
prova fi nal. Há tensão em alguns rostos, alívio em
outros. No papel, a medida do conhecimento! Mas
o professor atesta que “cobramos apenas o que da-
mos em sala...”. Sem burburinho, mas concentração,
barulho de ventilador. O turno segue nesses metros
quadrados, e também nas outras salas.
Do lado de fora, o vai e volta do “terceirão”. O
grupo do 3º ano do ensino médio se prepara para
deixar a escola. É a galera do Enem! Estão confi an-
tes na aprovação do vestibular. “Se não der, tenta de
novo”. Os professores preocupam-se em preparar
os estudantes para os conteúdos cobrados, com a
organização de “aulões”, mas também têm atenção
voltada à escolha profi ssional. “Buscamos, parale-
lamente às aulas, institucionalizar a pesquisa sobre
profi ssões, desde o 2º ano [do ensino médio]. Então,
cada um pode saber mais sobre a atuação, o mer-
cado de trabalho, a ênfase na formação, ao longo
dessa etapa”, explica o professor orientador, espécie
de conselheiro de turma, responsável por conduzir
o projeto e convidar profi ssionais para palestras de
esclarecimento.
É intervalo. Os mais novos se misturam aos mais
velhos. Funcionários distribuem sorrisos e cumpri-
mentos no corredor e organizam o serviço da me-
renda escolar. Fila nos bebedouros. Faz calor, água
gelada ninguém dispensa. Os professores dirigem-
-se à sala dos professores que também é da gesto-
ra. Pode isso? Sim, aqui pode. Aqui a gestão é tão
democrática que não tem sala própria. “Querem sa-
ber onde está minha sala, minhas gavetas? E sou lá
de ter gavetas? Faço tudo aqui, junto deles, se for
num atendimento mais particular, com um aluno ou
professor, damos um jeito”. No encontro diário dos
educadores, há troca e satisfação. Hoje tem tapioca
de queijo com coco e bolo de rolo, para o belisco.
Bom, bom. Suco de cajá. Bom, bom.
O fi m do ano letivo é o começo do planejamento
escolar, momento de olhar para trás e ver o que deu
certo e o que não deu. “Conversamos sobre tudo.
Não dá para virar o ano com rusga. Todo mundo
pode colocar tudo para fora, até os descontenta-
mentos. Começamos leve”.
Boa notícia: vem projeto novo aí. Na verdade,
apenas a reunião formal de alguns já realizados,
encampados nesse novo. Dentre eles, tem um es-
pecial, aquele que trata o aluno no centro: o Jo-
vem Protagonista nada mais é do que a atenção ao
personagem principal das ações na escola, sejam
de gestão ou pedagógicas, com ênfase também
no desenvolvimento social. “Recebemos os novos
alunos, damos conselhos, ajudamos a organizar as
atividades dos professores, até a música e a progra-
mação dos eventos escolhemos. Organizamos a
feira de ciências. Mas aula, não. Aula quem dá são
os monitores, eles sabem mais e podem começar
a exposição, passar a matéria”, explica o jovem que
é protagonista. Já o monitor, bem, o monitor pode-
ria ser o aluno com as melhores notas”, mas não.
Ele é apenas um estudante comum, ou nem tanto.
Destaca-se por ser líder nato, diplomático, sociável.
“Ajudamos o professor a dar o tempo [de aula] até
ele chegar, passando matéria e organizando as apre-
sentações de trabalho e até avaliando os colegas,
comentado se está bom e o que pode melhorar”,
conta uma monitora. “Não escolhemos o moni-
tor por desempenho, mas precisa ter perfi l, não é
o mais comunicativo, mas também não pode ser o
mais reservado”, justifi ca a professora responsável
pelo grupo.
A conversa segue boa, mas o ano está acabando.
Tudo 100% por aqui: só a biblioteca, que “poderia ter
um acervo maior”, diz uma estudante. Hum... bom
saber que vocês leem! A quadra também ainda não
está como queremos, pois “poderia ser coberta”.
Sim, sim. Como diria o mestre Luiz Gonzaga, “No
Sempre à frente - avante!
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 13
Nordeste imenso, quando o sol calcina a terra, não se vê uma folha
verde na baixa ou na serra”. Mais uma boa notícia: a escola vai ser
contemplada com o Programa Quadra Viva e aí vai fi car “top”. Que
beleza, não?
E a qualidade da educação ofertada? Ora, ora, sobre isso não po-
demos esquecer. A qualidade está em evidência a partir do diagnós-
tico da rede, pelo SAEPE. Na avaliação externa não dá para marcar
bobeira! Só participar não é o sufi ciente. Claro, é sim importante.
“Ah, esse ano eu vi professora chamando um menino para dentro de
sala, motivando-o a entrar, era fulano ligando para beltrano e sicrano
– ‘hoje tem SAEPE, onde você está?’ – todo mundo participando”,
lembra a gestora, que logo explica: “Precisamos garantir que todo
mundo participe, para depois nos apropriarmos dos resultados. Os
professores estudam os resultados da sua disciplina e os outros pro-
fessores também, para entender. Porque uma difi culdade em física
pode ser, na verdade, em matemática, ou em língua portuguesa, de
interpretação de texto”.
Nesse ano, na escola, fi zeram diferente, colocaram todo mundo
para ler e analisar os resultados – professor e aluno – dos boletins
do pessoal do 3º ano do ensino médio. Isso mesmo, a turma viu
“tintim por tintim” quais eram as difi culdades dos colegas formados e
conseguiu também se ver nelas. “O bacana disso é eles perceberem
a importância e a validade de avaliar para desenvolvermos um bom
trabalho”, orgulha-se um professor que complementa ser “essencial
a análise minuciosa, que observa ‘onde estamos e aonde queremos
chegar’ para melhorar”. Todo o planejamento pautado nos resultados
também passa por avaliação. “Vemos o que deu certo e o que deu
errado, durante e depois do processo. E também nos perguntamos
– ‘Por que deu errado? Por que alguém não fez a sua parte?’ – já que
todo mundo tem que fazer”, expõe a gestora.
Na escola, há o encontro geral com todos os segmentos profi s-
sionais para comentários amplos sobre o ano letivo, numa autoava-
liação institucional. O comprometimento do grupo é singular, não
à toa estamos contando para você. Não ser escola de referência,
mas reunir exemplos, ser muita dedicada, estar aberta às novidades
propostas pelo sistema de ensino têm feito a diferença para a educa-
ção pernambucana. Porque, como dizia Chico Science, “Um passo à
frente e você já não está mais no mesmo lugar”.
O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco – SAEPE
o programa
A qui, você encontra um pouco da história do SAEPE, das principais mu-
danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela
rede estadual e pelas redes municipais de ensino no que diz respeito aos seus
resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, prin-
cipalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças
e jovens pernambucanos.
Em 2000, o estado de Pernambuco, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade, criou o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco, o SAEPE. Seu objetivo primordial é, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir diagnósticos sobre as redes públicas do estado, permitindo a identifi cação de problemas e virtudes, subsidiando assim ações e políticas públicas que visem a enfrentar os obstáculos encontrados.
Inicialmente, o SAEPE apresentou uma periodicidade diferente da que encontramos em seu modelo atual. Em 2000, 2002 e 2005, foram aplicados testes padronizados, de língua portuguesa e matemática, aos alunos do 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio (e normal médio). Em língua portuguesa, leitura e escrita foram avaliadas. Essas três primeiras edições do SAEPE serviram para que o programa pudesse ser reconfi gurado.
2000
2002
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2006
2007
14 SAEPE 2016
O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco – SAEPE
o programa
A qui, você encontra um pouco da história do SAEPE, das principais mu-
danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela
rede estadual e pelas redes municipais de ensino no que diz respeito aos seus
resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, prin-
cipalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças
e jovens pernambucanos.
Em 2000, o estado de Pernambuco, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade, criou o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco, o SAEPE. Seu objetivo primordial é, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir diagnósticos sobre as redes públicas do estado, permitindo a identifi cação de problemas e virtudes, subsidiando assim ações e políticas públicas que visem a enfrentar os obstáculos encontrados.
Inicialmente, o SAEPE apresentou uma periodicidade diferente da que encontramos em seu modelo atual. Em 2000, 2002 e 2005, foram aplicados testes padronizados, de língua portuguesa e matemática, aos alunos do 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio (e normal médio). Em língua portuguesa, leitura e escrita foram avaliadas. Essas três primeiras edições do SAEPE serviram para que o programa pudesse ser reconfi gurado.
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Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 15
A partir de 2008, o SAEPE tornou-se um sistema de avaliação com periodicidade anual. Dessa maneira, os diagnósticos produzidos a partir dos instrumentos avaliativos passaram a possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas de forma mais célere e contínua. Língua portuguesa e matemática permaneceram sendo os componentes curriculares avaliados no sistema de avaliação e as etapas de escolaridade avaliadas na primeira avaliação, em 2000, também foram mantidas.
Desde 2010, o SAEPE tem avaliado cerca de 380 mil estudantes, das redes municipais e estadual. Ao longo do período, entre 2010 e 2015, o percentual de participação geral da rede estadual passou de 73% para 92%, um valor muito expressivo. Isso signifi ca que os estudantes com participação prevista na avaliação estão, de fato, realizando os testes.
Em 2016, uma mudança signifi cativa ocorreu no SAEPE, no que diz respeito aos anos avaliados. O 2º ano do ensino fundamental, e não o 3º, passou a ser avaliado. O intuito é produzir informações sobre o desenvolvimento do processo de alfabetização, em língua portuguesa e em matemática, a tempo de desenvolver ações capazes de ajustar eventuais problemas identifi cados ao longo desse processo.
Uma participação signifi cativa, como a do SAEPE em 2015, dá maior solidez à mensuração do desempenho estudantil. Em relação às redes municipais, para o mesmo período, o percentual de participação geral variou entre 81% e 87%.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
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2010 2011 2012 2013 2014 2015
Percentual de Participação
ESTADUAL MUNICIPAL
2008
2013
2009
2014
2010
2015
2011
2016
2012
O que mostram os resultados do SAEPE em relação ao desempenho estudantil?
Para todos os anos avaliados, com exceção do 9º ano do ensino fundamental, observamos melhoria dos
resultados, nas redes municipais e estadual e nos componentes curriculares avaliados.
Os resultados gerais para o 3º ano do ensino fundamental mostram um aumento signifi cativo da profi -
ciência nos quatro últimos ciclos, particularmente quando observamos os ciclos de 2014 e 2015.
No 5º ano do ensino fundamental, a melhora apresenta-se contínua em língua portuguesa, desde 2010,
ao passo que, em matemática, a melhora volta a ser signifi cativa entre 2014 e 2015, visto que, entre 2011 e
2014, os resultados não sofreram mudanças signifi cativas.
O 3º ano do ensino médio apresenta avanços na profi ciência ainda mais expressivos. Para os compo-
nentes curriculares avaliados, as profi ciências médias mostraram melhoras contínuas entre 2010 e 2015,
tanto na rede estadual quanto nas redes municipais. É o que apresentam os gráfi cos a seguir, relativos aos
resultados do ensino médio.
240 248 250 255 259 266
229 234 240 245 251 255
100
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Pro
ficiê
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ia e
m L
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ua
Po
rtu
gu
esa
LÍNGUA PORTUGUESA - 3EM
ESTADUAL MUNICIPAL
246 252 256 258 265 267
234 237 242 243 254 258
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Pro
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Mat
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átic
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MATEMÁTICA - 3EM
ESTADUAL MUNICIPAL
16 SAEPE 2016
A partir de 2008, o SAEPE tornou-se um sistema de avaliação com periodicidade anual. Dessa maneira, os diagnósticos produzidos a partir dos instrumentos avaliativos passaram a possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas de forma mais célere e contínua. Língua portuguesa e matemática permaneceram sendo os componentes curriculares avaliados no sistema de avaliação e as etapas de escolaridade avaliadas na primeira avaliação, em 2000, também foram mantidas.
Desde 2010, o SAEPE tem avaliado cerca de 380 mil estudantes, das redes municipais e estadual. Ao longo do período, entre 2010 e 2015, o percentual de participação geral da rede estadual passou de 73% para 92%, um valor muito expressivo. Isso signifi ca que os estudantes com participação prevista na avaliação estão, de fato, realizando os testes.
Em 2016, uma mudança signifi cativa ocorreu no SAEPE, no que diz respeito aos anos avaliados. O 2º ano do ensino fundamental, e não o 3º, passou a ser avaliado. O intuito é produzir informações sobre o desenvolvimento do processo de alfabetização, em língua portuguesa e em matemática, a tempo de desenvolver ações capazes de ajustar eventuais problemas identifi cados ao longo desse processo.
Uma participação signifi cativa, como a do SAEPE em 2015, dá maior solidez à mensuração do desempenho estudantil. Em relação às redes municipais, para o mesmo período, o percentual de participação geral variou entre 81% e 87%.
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Percentual de Participação
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O que mostram os resultados do SAEPE em relação ao desempenho estudantil?
Para todos os anos avaliados, com exceção do 9º ano do ensino fundamental, observamos melhoria dos
resultados, nas redes municipais e estadual e nos componentes curriculares avaliados.
Os resultados gerais para o 3º ano do ensino fundamental mostram um aumento signifi cativo da profi -
ciência nos quatro últimos ciclos, particularmente quando observamos os ciclos de 2014 e 2015.
No 5º ano do ensino fundamental, a melhora apresenta-se contínua em língua portuguesa, desde 2010,
ao passo que, em matemática, a melhora volta a ser signifi cativa entre 2014 e 2015, visto que, entre 2011 e
2014, os resultados não sofreram mudanças signifi cativas.
O 3º ano do ensino médio apresenta avanços na profi ciência ainda mais expressivos. Para os compo-
nentes curriculares avaliados, as profi ciências médias mostraram melhoras contínuas entre 2010 e 2015,
tanto na rede estadual quanto nas redes municipais. É o que apresentam os gráfi cos a seguir, relativos aos
resultados do ensino médio.
240 248 250 255 259 266
229 234 240 245 251 255
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ESTADUAL MUNICIPAL
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Outro ponto que merece destaque para todos os anos avaliados – exceção mais uma vez feita ao
9º ano do ensino fundamental, cujos resultados permanecem estáveis ao longo do tempo –, no período
compreendido entre 2010 e 2015, é que o percentual de estudantes nos padrões de desempenho elemen-
tar I e elementar II diminuiu, ao passo que o percentual no padrão desejável aumentou. Isso ocorreu para
ambos os componentes curriculares e ambas as redes, de forma mais discreta em matemática. A seguir, os
exemplos do 3º ano do ensino fundamental, para a rede estadual.
37%44% 40% 38% 41%
27%27% 29% 35% 35% 34%
46%
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
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LÍNGUA PORTUGUESA 3EF - Rede Estadual
Elementares Desejável
62% 58% 59% 57%
45%
16% 17% 15% 19%27%
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
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2011 2012 2013 2014 2015
MATEMÁTICA 3EF - Rede Estadual
Elementares Desejável
Os dados de fl uxo e rendimento também são extremamente importantes para que possamos traçar um
perfi l da rede de ensino. Os gráfi cos 1 e 2, por exemplo, que compreende a série histórica de 2010 a 2015,
apresentam o número de matrículas das redes estadual e municipais do estado do Pernambuco. Esses
dados são apresentados para cada segmento: anos iniciais do ensino fundamental, anos fi nais do ensino
fundamental e ensino médio.
Na rede estadual, percebe-se uma queda no número de matrículas no decorrer da série histórica, para os
dois segmentos do ensino fundamental, o que pode ser explicado pela expansão do processo de munici-
palização dessa etapa da educação básica. No ensino médio, há uma diminuição do número de matrículas
entre os anos de 2010 e 2013, elevando-se em 2014 e voltando a declinar no ano de 2015.
Gráfi co 1:
Número de matrículas na Rede Estadual
Gráfico 1: Número de matrículas na Rede Estadual
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
59.935 49.239
32.131 21.367 15.283 11.875
299.051 293.935
268.060
240.246
204.683
177.871
367.813 350.531
334.449 331780 332017316036
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
Nas redes municipais, encontramos uma queda do número de matrículas nos anos iniciais do ensino fun-
damental e no ensino médio, no decorrer da série histórica avaliada. Nos anos fi nais do ensino fundamental,
por outro lado, percebemos aumento no número de estudantes matriculados a partir do ano de 2013.
Gráfi co 2:
Número de matrículas nas Redes Municipais
Gráfico 2: Número de matrículas nas Redes Municipais
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
585.214 570.999 568.247 563.720 555.713
538.661
288.705 281.817 280.754 285.155 290.365 297.597
5.663 4.138 3.369 2135 1374 971
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
500.000
550.000
600.000
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
18 SAEPE 2016
Outro ponto que merece destaque para todos os anos avaliados – exceção mais uma vez feita ao
9º ano do ensino fundamental, cujos resultados permanecem estáveis ao longo do tempo –, no período
compreendido entre 2010 e 2015, é que o percentual de estudantes nos padrões de desempenho elemen-
tar I e elementar II diminuiu, ao passo que o percentual no padrão desejável aumentou. Isso ocorreu para
ambos os componentes curriculares e ambas as redes, de forma mais discreta em matemática. A seguir, os
exemplos do 3º ano do ensino fundamental, para a rede estadual.
37%44% 40% 38% 41%
27%27% 29% 35% 35% 34%
46%
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
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2010 2011 2012 2013 2014 2015
LÍNGUA PORTUGUESA 3EF - Rede Estadual
Elementares Desejável
62% 58% 59% 57%
45%
16% 17% 15% 19%27%
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
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MATEMÁTICA 3EF - Rede Estadual
Elementares Desejável
Os dados de fl uxo e rendimento também são extremamente importantes para que possamos traçar um
perfi l da rede de ensino. Os gráfi cos 1 e 2, por exemplo, que compreende a série histórica de 2010 a 2015,
apresentam o número de matrículas das redes estadual e municipais do estado do Pernambuco. Esses
dados são apresentados para cada segmento: anos iniciais do ensino fundamental, anos fi nais do ensino
fundamental e ensino médio.
Na rede estadual, percebe-se uma queda no número de matrículas no decorrer da série histórica, para os
dois segmentos do ensino fundamental, o que pode ser explicado pela expansão do processo de munici-
palização dessa etapa da educação básica. No ensino médio, há uma diminuição do número de matrículas
entre os anos de 2010 e 2013, elevando-se em 2014 e voltando a declinar no ano de 2015.
Gráfi co 1:
Número de matrículas na Rede Estadual
Gráfico 1: Número de matrículas na Rede Estadual
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
59.935 49.239
32.131 21.367 15.283 11.875
299.051 293.935
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177.871
367.813 350.531
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Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
Nas redes municipais, encontramos uma queda do número de matrículas nos anos iniciais do ensino fun-
damental e no ensino médio, no decorrer da série histórica avaliada. Nos anos fi nais do ensino fundamental,
por outro lado, percebemos aumento no número de estudantes matriculados a partir do ano de 2013.
Gráfi co 2:
Número de matrículas nas Redes Municipais
Gráfico 2: Número de matrículas nas Redes Municipais
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
585.214 570.999 568.247 563.720 555.713
538.661
288.705 281.817 280.754 285.155 290.365 297.597
5.663 4.138 3.369 2135 1374 971
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
500.000
550.000
600.000
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 19
Os dados referentes às taxas de aprovação no período compreendido entre 2010 e 2015, para as redes
estadual e municipais, estão representados nos gráfi cos 3 e 4. Conforme pode ser observado no gráfi co 3, a
taxa de aprovação dos anos fi nais do ensino fundamental e do ensino médio da rede estadual possui grande
oscilação entre os anos de 2010 e 2012. A partir de 2013, essas taxas crescem continuamente, sem apresen-
tar infl exões. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a taxa de aprovação mantém-se estável, praticamente
sem alterações, no período analisado.
Gráfi co 3:
Taxa de Aprovação – Rede EstadualGráfico 3: Taxa de Aprovação – Rede Estadual
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
87,5 86,9 86,9 86,7
86,686,9
77,4
93,5
8081,4
84,985,9
78,5
71,6
81,784
87,288,1
60
70
80
90
100
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
Nas redes municipais, a taxa de aprovação dos anos iniciais do ensino fundamental é signifi cativamente
maior que as das demais etapas da educação básica. Apesar de apresentar pequenas oscilações no período,
a taxa de aprovação aumenta e alcança, em 2015, seu maior valor: 88,1%. Nos anos fi nais do ensino funda-
mental, a taxa de aprovação também aumenta ao longo do tempo, alcançando em 2015 o valor de 78,8%.
Já no ensino médio, a taxa de aprovação sofre algumas oscilações no período analisado, atingindo em 2015
o valor de 71,5% – ou seja, 5,9% menor em relação a taxa de 2010. Isso signifi ca que mais alunos foram apro-
vados em 2010 do que em 2015.
Gráfi co 4:
Taxa de Aprovação - Redes Municipais
Gráfico 4: Taxa de Aprovação - Redes Municipais
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
85,486,5 86,2
87,8 87,388,1
74,2
74,3 74,576,3 76,2
78,877,4
73,172,1
74,7 74,1
71,5
60
70
80
90
100
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
O gráfi co 5 apresenta os dados referentes às taxas de rendimento publicadas pelo Inep. Essas taxas são
geradas a partir da soma da quantidade de alunos aprovados, reprovados e que abandonaram a escola ao
fi nal de um ano letivo. Elas são importantes porque geram o Indicador de Rendimento, utilizado no cálculo
do Ideb.
Os dados do gráfi co referem-se apenas à rede estadual, tratando-se de um dado disponibilizado pelo
Inep. Conforme podemos observar, a taxa de rendimento do ensino fundamental – anos fi nais e ensino
médio vem crescendo signifi cativamente no período compreendido entre 2009 e 2015, o que indica que há
cada vez menos alunos sendo reprovados e abandonando os estudos. Por outro lado, a taxa de rendimento
do ensino fundamental – anos iniciais mantém-se estável, praticamente inalterada, no período.
20 SAEPE 2016
Os dados referentes às taxas de aprovação no período compreendido entre 2010 e 2015, para as redes
estadual e municipais, estão representados nos gráfi cos 3 e 4. Conforme pode ser observado no gráfi co 3, a
taxa de aprovação dos anos fi nais do ensino fundamental e do ensino médio da rede estadual possui grande
oscilação entre os anos de 2010 e 2012. A partir de 2013, essas taxas crescem continuamente, sem apresen-
tar infl exões. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a taxa de aprovação mantém-se estável, praticamente
sem alterações, no período analisado.
Gráfi co 3:
Taxa de Aprovação – Rede EstadualGráfico 3: Taxa de Aprovação – Rede Estadual
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
87,5 86,9 86,9 86,7
86,686,9
77,4
93,5
8081,4
84,985,9
78,5
71,6
81,784
87,288,1
60
70
80
90
100
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
Nas redes municipais, a taxa de aprovação dos anos iniciais do ensino fundamental é signifi cativamente
maior que as das demais etapas da educação básica. Apesar de apresentar pequenas oscilações no período,
a taxa de aprovação aumenta e alcança, em 2015, seu maior valor: 88,1%. Nos anos fi nais do ensino funda-
mental, a taxa de aprovação também aumenta ao longo do tempo, alcançando em 2015 o valor de 78,8%.
Já no ensino médio, a taxa de aprovação sofre algumas oscilações no período analisado, atingindo em 2015
o valor de 71,5% – ou seja, 5,9% menor em relação a taxa de 2010. Isso signifi ca que mais alunos foram apro-
vados em 2010 do que em 2015.
Gráfi co 4:
Taxa de Aprovação - Redes Municipais
Gráfico 4: Taxa de Aprovação - Redes Municipais
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
85,486,5 86,2
87,8 87,388,1
74,2
74,3 74,576,3 76,2
78,877,4
73,172,1
74,7 74,1
71,5
60
70
80
90
100
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
O gráfi co 5 apresenta os dados referentes às taxas de rendimento publicadas pelo Inep. Essas taxas são
geradas a partir da soma da quantidade de alunos aprovados, reprovados e que abandonaram a escola ao
fi nal de um ano letivo. Elas são importantes porque geram o Indicador de Rendimento, utilizado no cálculo
do Ideb.
Os dados do gráfi co referem-se apenas à rede estadual, tratando-se de um dado disponibilizado pelo
Inep. Conforme podemos observar, a taxa de rendimento do ensino fundamental – anos fi nais e ensino
médio vem crescendo signifi cativamente no período compreendido entre 2009 e 2015, o que indica que há
cada vez menos alunos sendo reprovados e abandonando os estudos. Por outro lado, a taxa de rendimento
do ensino fundamental – anos iniciais mantém-se estável, praticamente inalterada, no período.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 21
Gráfi co 5:
Taxa de Rendimento
Gráfico 5: Taxa de Rendimento
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
0,870,88
0,870,87
0,72
0,78
0,81
0,86
0,78
0,81
0,86
0,89
0,60
0,65
0,70
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
2009 2011 2013 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
Os gráfi cos a seguir retratam algumas informações socioeconômicas dos professores da rede estadual
e das redes municipais de ensino do estado de Pernambuco. Podemos notar, no gráfi co 6, que ambas as
redes apresentam alta participação de professores com pós-graduação, na modalidade de especialização,
bem como baixo percentual de professores com mestrado e doutorado. No que se refere à experiência, as
diferenças entre as redes de ensino não são substanciais, como mostra o gráfi co 7.
Gráfi co 6:
Escolaridade dos ProfessoresGráfico 6: Escolaridade dos Professores
0,7%
1,4%
24,1%
2,9%
66,9%
3,7%
13,0%
18,6%
18,9%
3,3%
44,5%
1,6%
0,1%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
Ensino Médio - Magistério.
Ensino Superior - Pedagogia ou Normal Superior.
Ensino Superior - Licenciatura.
Ensino Superior - Outros.
Especialização (mínimo de 360 horas).
Mestrado.
Doutorado ou posterior.
MUNICIPAIS ESTADUAL
Gráfi co 7:
Experiência dos Professores
Gráfico 7: Experiência dos Professores
0%2%
8%
16%
12%
18%
48%
43%
24%22%
25%
18%
23%
19%
8% 9%
16%18%
4%7%
25%22%
6% 6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
ESTADUAL MUNICIPAIS ESTADUAL MUNICIPAIS
Experiência Total Experiência na Escola
Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos.
Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.
22 SAEPE 2016
Gráfi co 5:
Taxa de Rendimento
Gráfico 5: Taxa de Rendimento
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
0,870,88
0,870,87
0,72
0,78
0,81
0,86
0,78
0,81
0,86
0,89
0,60
0,65
0,70
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
2009 2011 2013 2015
Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio
Fonte: Brasília: Inep, 2016.
Os gráfi cos a seguir retratam algumas informações socioeconômicas dos professores da rede estadual
e das redes municipais de ensino do estado de Pernambuco. Podemos notar, no gráfi co 6, que ambas as
redes apresentam alta participação de professores com pós-graduação, na modalidade de especialização,
bem como baixo percentual de professores com mestrado e doutorado. No que se refere à experiência, as
diferenças entre as redes de ensino não são substanciais, como mostra o gráfi co 7.
Gráfi co 6:
Escolaridade dos ProfessoresGráfico 6: Escolaridade dos Professores
0,7%
1,4%
24,1%
2,9%
66,9%
3,7%
13,0%
18,6%
18,9%
3,3%
44,5%
1,6%
0,1%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
Ensino Médio - Magistério.
Ensino Superior - Pedagogia ou Normal Superior.
Ensino Superior - Licenciatura.
Ensino Superior - Outros.
Especialização (mínimo de 360 horas).
Mestrado.
Doutorado ou posterior.
MUNICIPAIS ESTADUAL
Gráfi co 7:
Experiência dos Professores
Gráfico 7: Experiência dos Professores
0%2%
8%
16%
12%
18%
48%
43%
24%22%
25%
18%
23%
19%
8% 9%
16%18%
4%7%
25%22%
6% 6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
ESTADUAL MUNICIPAIS ESTADUAL MUNICIPAIS
Experiência Total Experiência na Escola
Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos.
Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 23
Os dados da avaliação possuem informações mais amplas do que as expostas
neste breve resumo sobre o SAEPE. De todo modo, a partir dessas informações,
tendo em vista a melhora diagnosticada, podemos levantar hipóteses sobre os mo-
tivos pelos os quais ela foi obtida. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes
fontes.
Esse é um exercício que cabe a todos os profi ssionais envolvidos com a educa-
ção no estado de Pernambuco. Os resultados da avaliação podem ser o ponto de
partida para uma série de refl exões acerca das políticas públicas educacionais e das
ações, pedagógicas e de gestão, no interior de cada escola, pois os resultados do
SAEPE são, na verdade, um dos muitos, aspectos que envolvem a realidade edu-
cacional das redes de ensino. Debruçar-se sobre os resultados e analisá-los é uma
ação essencial para que os mesmos cumpram um importante papel na garantia do
direito que toda criança tem de aprender!
24 SAEPE 2016
Os resultados alcançados em 2016resultados
Professor, apresentamos os resultados alcançados
pela sua escola na avaliação de língua portugue-
sa e matemática do SAEPE 2016. É importante que
você leia, analise e compreenda as informações.
Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-
prescindível que toda a escola seja envolvida na
discussão desses dados. Acreditamos que a escola
capaz de fazer a diferença é, também, aquela que
consegue garantir a aprendizagem dos seus estu-
dantes, interpretando, analisando e utilizando as
informações da avaliação educacional – externa e
interna –, com vistas à melhoria permanente dos re-
sultados.
Nesta seção você encontra os resultados de cada
etapa de escolaridade avaliada, seguidos de um ro-
teiro de leitura e interpretação das informações dis-
poníveis. Em primeiro lugar, são apresentados os
resultados de proficiência média, a distribuição dos
estudantes pelos padrões de desempenho e a parti-
cipação. Em seguida, estão dispostos os percentuais
de acerto em relação às habilidades avaliadas nos
testes. Cada tipo de resultado conta com roteiro es-
pecífico.
Além disso, são apresentadas informações acerca
do contexto de sua escola, como o Índice Socioe-
conômico (ISE). É importante ressaltar que, além dos
resultados apresentados nesta revista, as escolas do
estado de Pernambuco possuem o Idepe como in-
dicador de qualidade da educação.
O que é o Idepe?
O Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco
(Idepe) é um índice que reúne dois elementos importantes para
a qualidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas
avaliações em larga escala. O índice é calculado com base nos
dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Escolar, e nos
dados de desempenho, obtidos através dos testes padroniza-
dos do SAEPE. Dessa forma, o Idepe, calculado de modo seme-
lhante ao Ideb, apresenta resultados sintéticos, permitindo traçar
metas de qualidade para os sistemas de ensino, específicos para
cada escola.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 25
O que é o ISE – Índice Socioeconômico?
O Índice Socioeconômico (ISE) reúne infor-
mações sobre as condições sociais, culturais e
econômicas dos estudantes e de suas famílias.
Levando em conta uma série de aspectos, como
a escolaridade dos pais e a posse de bens (ma-
teriais e culturais), o ISE é uma importante infor-
mação para a compreensão do desempenho es-
colar, tendo em vista que ele é influenciado por
diversos fatores, entre eles, o contexto social da
escola e as condições econômicas e sociais das
famílias dos alunos.
» Ter um ou mais banheiros
» Ter uma ou mais geladeiras
» Ter de 1 a 20 livros
» Ter mãe com os anos iniciais do ensino fundamental completo
» Ter pai com os anos iniciais do ensino fundamental completo
» Ter coleta de lixo no domicílio
» Ter uma ou mais máquinas de lavar roupa
» Ter um smartphone
» Ter acesso à internet
» Morar em rua com calçamento
» Ter pai com os anos finais do ensino fundamental completo
» Ter mãe com os anos finais do ensino fundamental completo
» Ter um ou mais micro-ondas
» Ter um ou mais computadores
» Ter um ou mais automóveis
» Ter um quarto próprio
» Ter mãe com ensino médio completo
» Ter pai com ensino médio completo
» Ter dois ou mais smartphones
» Não ter familiar que receba Bolsa Família
» Ter um ou mais videogames
» Ter um ou mais ares-condicionados
» Ter pai com ensino superior completo
» Ter mãe com ensino superior completo
» Ter mais de 21 livros
Nível
Os níveis de ISE calculados para o SAEPE são:
Nível
Nível 1
+Nível 1
+Nível 1 e 2
+Nível 1, 2 e 3
+Nível 1, 2,3 e 4
+
Nível Nível Nível1 2 3 4 5
26 SAEPE 2016
Resu
ltado
s da
esc
ola
Resultados da escola
Resu
ltado
s da
esc
ola
Roteiros de leitura e análise de resultados
Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-
ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros
com orientações, passo a passo, de como deve ser
feita a leitura e a interpretação dos resultados do
SAEPE 2016, em cada etapa de escolaridade ava-
liada. Para isso, você deve reproduzir as atividades
para cada uma das etapas.
Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-
tados da avaliação em larga escala, é importante,
ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Lar-
ga Escala, disponível em www.saepe.caedufjf.net,
bem como os padrões de desempenho estudan-
til, os quais descrevem, pedagogicamente, o sig-
nificado das médias alcançadas pelos estudantes
da rede estadual e das redes municipais de Per-
nambuco que participaram do SAEPE 2016. Essas
descrições estão disponíveis na seção Padrões de
desempenho desta revista e ilustrados com itens
representativos de cada padrão.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 29
Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do SAEPE em língua portuguesa e matemática.
Esta é a primeira informação sobre o desem-
penho dos estudantes de sua escola: a média de
proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas
edições do SAEPE, na disciplina língua portuguesa
e matemática, em cada etapa avaliada. A observa-
ção da média nos ajuda a verificar a melhoria da
qualidade da educação ofertada, a partir da evolu-
ção do desempenho da escola ao longo do tem-
po.
1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.
O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os
alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina
avaliada pelos testes cognitivos.
Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.
1
30 SAEPE 2016
Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas
edições do SAEPE, em uma determinada etapa, e preencha o quadro a seguir.
EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE
2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?
( ) Está aumentando
( ) Está estável
( ) Está diminuindo
OBS.:
2015
2016
Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a
evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso
pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do SAEPE.
Repita o processo para todas as etapas avaliadas.
ATIVIDADE 1
Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do SAEPE.
Depois de observar a proficiência da escola,
vamos verificar como os estudantes estão distri-
buídos pelos padrões de desempenho. De acordo
com a proficiência alcançada no teste, um estu-
dante demonstra determinado perfil ou padrão de
desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência
desse estudante, mais elevado é o seu padrão de
desempenho.
Entretanto, em uma turma ou em uma escola,
os estudantes apresentam diferentes padrões de
desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar
para que haja menos estudantes nos padrões mais
baixos, aumentando o percentual nos padrões
mais elevados, pois almejamos uma educação que
seja de qualidade e para todos. Por isso, essa aná-
lise é tão importante, professor. Ela lhe dará infor-
mações fundamentais para o seu planejamento,
para a construção permanente do projeto políti-
co-pedagógico e para a definição de metas, estra-
tégias e metodologias adequadas às necessidades
dos seus alunos.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 31
Observe o segundo gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o per-
centual de estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida,
acrescente o número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.
EDIÇÃO ELEMENTAR I ELEMENTAR II BÁSICO DESEJÁVEL
2014
2015
2016% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos
C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-
tiveram-se estáveis ao longo do tempo?
C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?
C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer
que os estudantes da sua escola apresentaram:
( ) Melhora gradativa
( ) Estabilidade no desempenho
( ) Queda no desempenho
C Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-
tados.
C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais
baixos?
Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os
estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito à
aprendizagem garantido.
2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no padrão básico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.
ATIVIDADE 2
32 SAEPE 2016
Dados de participação nas avaliações do SAEPE nas três últimas edições
Depois de observar o desempenho alcançado
pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar
como foi a participação no teste. O indicador de
participação revela o nível de adesão à avaliação e
é uma informação muito importante para que os
resultados alcançados possam ser generalizados.
Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-
dantes nos testes, mais consistente é o resultado
de desempenho alcançado. Consideramos como
percentual mínimo para a generalização dos resul-
tados da escola uma participação acima de 75%.
Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola
para a etapa de escolaridade que você está analisando.
EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO ANÁLISE
2014
Ao longo do tempo a participação
( ) cresceu;
( ) ficou estável;
( ) diminuiu.
Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola em relação aos anos anteriores.
Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do SAEPE?
Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste com a sua frequência às aulas.
2015
2016
ATIVIDADE 3
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 33
Agora que você identificou os resultados da sua escola, já pode avançar um pouco mais nas
suas reflexões, respondendo, junto com seus pares, aos seguintes questionamentos:
C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?
C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou
houve mudança? Caso tenha ocorrido mudança, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?
ATIVIDADE 4
Outra interpretação pedagógica dos resultados é identificar as habilidades desenvolvidas, ou
não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se encontram.
Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá à seção
Padrões de desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas por cada grupo
de estudantes.
ELEMENTAR I ELEMENTAR II BÁSICO DESEJÁVEL
Nº de estudantes
Habilidades desenvolvidas
C Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes
desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que
os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-
dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.
ATIVIDADE 5
34 SAEPE 2016
ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS
Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados
longitudinais.
Comparar os resultados das diferentes disciplinas.
Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a
ajuda da escala.
Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.
Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.
O QUE FAZER COM OS DADOS
O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS
MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 35
Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.
Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.
Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.
Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos
padrões de desempenho.
Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não
são capazes de aprender.
Entender que os alunos que se encontram em um padrão de
desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em
outra.
Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte
do professor e da escola.
Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para
todas as etapas e disciplinas avaliadas.
PADRÕES DE DESEMPENHO
36 SAEPE 2016
Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.
Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.
Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para
que o percentual aumente ainda mais.
PARTICIPAÇÃO
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 37
DADOS CONTEXTUAIS
Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.
Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.
Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.
Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.
Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.
Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.
Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da
aprendizagem dos alunos.
METAS
ISE
38 SAEPE 2016
Resu
ltado
s po
r tur
ma
Resu
ltado
s po
r tur
ma
Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso aos resultados de cada turma da escola.
2
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 41
Proficiência alcançada por cada turma na avaliação do SAEPE 2016, em língua portuguesa e matemática.
Para cada turma, apresentamos os resultados
de proficiência, padrão de desempenho e parti-
cipação com base na Teoria da Resposta ao Item
(TRI) e o percentual de acerto por habilidade com
base na Teoria Clássica dos Testes (TCT). É impor-
tante conhecer e refletir sobre cada um.
C Analise a proficiência média das turmas e o padrão em que elas estão localizadas. Há gran-
des diferenças de desempenho entre as turmas?
C E entre os turnos, há diferenças?
C Como foi a participação das turmas?
C Dialogue com seus pares e levante possíveis hipóteses para esses resultados.
TURMA3 PROFICIÊNCIA MÉDIA
PADRÃO DE DESEMPENHO (DE ACORDO COM A MÉDIA) PARTICIPAÇÃO
3 Caso haja mais turmas avaliadas, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todas as turmas.
ATIVIDADE 1
42 SAEPE 2016
Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo SAEPE 2016
Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação
das turmas é hora de analisar as habilidades avaliadas no SAEPE 2016 e verificar quais apresentaram
maiores dificuldades para os alunos. Analise a proficiência média das turmas e o padrão em que
elas estão localizadas. Há grandes diferenças de desempenho entre as turmas?
C Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.
C Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto
referente a ela4 .
C No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada
descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
4 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.
ATIVIDADE 2
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 43
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO
Padrões de desempenho
Para caracterizar o desenvolvimento de habilida-
des e competências, são definidos padrões de
desempenho estudantil. A partir deles, você, profes-
sor, pode enriquecer sua prática docente e organi-
zar melhor as intervenções pedagógicas, seja de re-
cuperação, reforço ou aprofundamento, de acordo
com o perfil cognitivo dos estudantes identificado
pela avaliação.
Esta seção contém informações sobre os pa-
drões de desempenho e as habilidades e competên-
cias alocadas nos intervalos menores da escala. Um
conjunto de níveis constitui um padrão de desem-
penho.
Além disso, apresentamos item exemplar para
cada padrão. Esse item corresponde à avaliação
de uma das habilidades compreendidas nesse in-
tervalo. As descrições das habilidades relativas aos
padrões de desempenho de língua portuguesa e
matemática estão de acordo com a descrição pe-
dagógica apresentada pelo CAEd, na análise dos
resultados do SAEPE 2016.
/// Elementar I
Padrão de desempenho muito abaixo do mínimo esperado para a etapa de escolaridade e área do conhecimento avaliadas. Para os alunos que se encontram neste padrão, deve ser dada atenção especial, exigindo uma ação pedagógica intensiva por parte da instituição escolar.
/// Elementar II
Padrão de desempenho considerado básico para a etapa e área de conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão caracterizam-se por um processo inicial de desenvolvimento das competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade em que estão situados.
/// Básico
Padrão de desempenho considerado adequado para a etapa e área do
conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão demonstram
ter desenvolvido as habilidades essenciais referentes à etapa de escolaridade em que
se encontram.
/// Desejável
Padrão de desempenho desejável para a etapa e área de conhecimento avaliadas.
Os alunos que se encontram neste padrão demonstram desempenho além do esperado para a etapa de escolaridade em
que se encontram.
44 SAEPE 2016
Elementar ILíngua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental
ATÉ 350 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Os estudantes cuja proficiência localiza-se até o ponto 350 da escala de proficiência fazem distinção en-
tre a escrita e outras formas de representação, como desenhos, garatujas, formas geométricas e/ou outros
símbolos e reconhecem as direções da escrita (da direita para a esquerda e de cima para baixo).
Aqueles que estão no limite da passagem deste padrão ao subsequente, além das habilidades descritas
anteriormente, conseguem identificar sílabas iniciais e finais em palavras canônicas dissílabas ou trissílabas.
Tais estudantes identificam em um poema de pequena extensão e vocabulário simples palavras que rimam.
Dado o perfil iniciante dos estudantes nas experiências com o sistema alfabético, necessitam de uma
intervenção pedagógica sistematizada para o desenvolvimento da consciência fonológica e domínio das
convenções do sistema alfabético. Trata-se de elementos fundamentais para a compreensão leitora de tex-
tos de diferentes gêneros.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 45
Esse item avalia a habilidade de identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos. O
desenvolvimento dessa habilidade é importante, pois contribui para a percepção de que a letra possui um
traçado específico, diferenciando-se, assim, de outras representações gráficas que circulam socialmente.
Para acertar o item, o estudante precisa analisar as placas apresentadas nas alternativas e localizar aquela
que apresenta somente letras, distinguindo-a das demais, que apresentam a combinação de sinais gráficos
com significados específicos.
Os estudantes que marcaram a alternativa A, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada pelo item,
uma vez que identificaram, dentre as alternativas, a placa “AVENIDA SÃO PAULO” como aquela em que apa-
recem somente letras.
(P020073G5) Faça um X no quadradinho da placa onde aparecem somente letras.
46 SAEPE 2016
Elementar IILíngua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental
DE 350 A 450 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Os estudantes pertencentes ao padrão de desempenho elementar II situam-se na faixa de 350 a 450
pontos da escala de proficiência. Nesse padrão, os estudantes reconhecem as letras do alfabeto. Quan-
to à Apropriação do sistema alfabético, esses estudantes leem palavras, especialmente as paroxítonas, e
leem frases com estrutura sintática simples (sujeito/verbo/complemento). Conseguem ainda identificar o
número de sílabas de palavras canônicas e não canônicas. Tais constatações indicam que esses estudantes
desenvolveram habilidades iniciais de leitura de palavras, sendo um marco importante em seu processo de
alfabetização.
Esses estudantes também identificam uma mesma palavra escrita em diferentes padrões gráficos (de
imprensa ou cursiva representada na letra maiúscula ou minúscula) e interpretam textos que articulam ele-
mentos verbais e não verbais, como histórias em quadrinhos e tirinhas.
Os estudantes, que se encontram mais ao final desse intervalo de escala, reconhecem gêneros textuais
que circulam em diferentes instâncias sociais, em contextos mais familiares, como por exemplo: receita,
convite e bilhete.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 47
Esse item avalia a habilidade de ler palavras formadas por sílabas canônicas. O suporte
apresenta a imagem de uma palavra paroxítona, composta por duas sílabas no padrão ca-
nônico, ou seja, formadas por consoante e vogal, o que pode ter contribuído para facilitar
a resolução da tarefa.
Para acertar o item, o estudante precisa ler integralmente as palavras apresentadas nas
alternativas e atribuir sentido às mesmas, observando semelhanças e diferenças silábicas e
fonéticas entre elas para, então, identificar aquela que nomeia a figura.
Os estudantes que optaram pela alternativa C, o gabarito, desenvolveram a habilidade
avaliada, identificando corretamente que a palavra que dá nome à figura é “VACA”.
(P030499G5) Veja a figura abaixo.
Qual é o nome dessa figura?
FACA
PAGA
VACA
VAGA
48 SAEPE 2016
BásicoLíngua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Os estudantes cuja proficiência localiza-se entre 450 e 525 pontos da escala de proficiência encon-
tram-se no padrão de desempenho básico. Com relação à Apropriação do sistema alfabético, ampliam sua
habilidade de identificar rimas, localizando as que aparecem distantes em um texto. Além disso, ampliam a
habilidade de identificar as sílabas de uma palavra, nesse caso, reconhecem a sílaba medial de um par de
palavras apresentadas entre outras com semelhança sonora, demonstrando o desenvolvimento da cons-
ciência fonológica. Esses estudantes reconhecem a função dos espaços em branco na segmentação da
escrita e leem palavras compostas por diferentes padrões silábicos, assim como frases. Também resolvem
tarefas que envolvem a habilidade de localizar informação explícita (que se encontra na superfície textual)
em textos de gêneros que circulam em diferentes instâncias sociais.
Aqueles com proficiência alocada nesse padrão também identificam as variações de som dos grafemas
em palavras iniciadas por uma letra com uma única realização sonora/fonética.
Outro traço distintivo deste padrão de desempenho é o fato de os estudantes interpretarem textos que
conjugam linguagem verbal e não verbal, como histórias em quadrinhos, e textos exclusivamente verbais de
pequena extensão, realizando inferências.
DE 450 A 525 PONTOS
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 49
Esse item avalia a habilidade de ler frases. A leitura de frases exige
que o estudante não apenas decodifique as palavras que as compõem,
mas que as retome ao final da leitura para produzir um sentido global à
sentença.
Para acertar o item, o estudante precisa ler as frases apresentadas nas
alternativas e associá-las à cena utilizada como suporte. O fato de todas
as frases apresentarem o mesmo sujeito e serem escritas com palavras
finais que rimam requer que o estudante leia as alternativas integralmente
para identificar qual é a frase que corresponde à cena apresentada como
suporte ao item.
Os estudantes que optaram pela alternativa A como resposta, o gaba-
rito, identificaram corretamente a frase “A MENINA ANDA DE PATINETE”
como aquela que descreve a cena retratada no item.
(P020165G5) Veja a cena abaixo.
Faça um X na frase que conta o que acontece nessa cena.
A MENINA ANDA DE PATINETE.
A MENINA COME A CIGARRETE.
A MENINA GOSTA DE CHARRETE.
A MENINA PEGA O COTONETE.
50 SAEPE 2016
DesejávelLíngua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental
ACIMA DE 525 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
Os estudantes do padrão de desempenho desejável situam-se na faixa acima de 525 pontos da escala
de proficiência. Eles reconhecem a função comunicativa de gêneros textuais presentes nas práticas de letra-
mento escolar. É possível encontrar, nesse grupo, estudantes que não apenas já alcançaram as expectativas
de aprendizagem em leitura previstas para esta etapa de escolarização, como já se encontram em processo
de consolidação de outras mais sofisticadas.
Esses estudantes são capazes de interagir satisfatoriamente com textos mais extensos, localizando in-
formações que se encontram na superfície textual e produzindo inferências a partir da conjugação dessas
informações, mesmo quando os textos são exclusivamente verbais. Além disso, identificam o assunto de
um texto e o efeito de sentido decorrente de recursos gráficos, seleção lexical e repetição. Esses estudantes
também já identificam elementos de narrativas, como personagens, tempo e lugar onde os fatos aconte-
cem.
Leitores com desempenho acima do desejado além de serem considerados alfabetizados, conseguem
interagir com autonomia diante de diferentes gêneros textuais, demonstrando compreensão leitora. Isso por
conseguirem acionar estratégias de leitura diversificadas como: a relação entre título e texto e a observação
da fonte e das características que definem um determinado gênero textual apresentado em sua forma ca-
nônica tanto para reconhecimento do gênero quanto da finalidade.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 51
Esse item avalia a habilidade de reconhecer o assunto de um texto
lido. Nesse caso, o gênero escolhido para avaliar a tarefa proposta pelo
item é um texto, que circula socialmente com o propósito comunicativo
de informar, é de curta extensão e um vocabulário específico do proces-
so de fabricação industrial.
Para identificar o assunto do texto, o estudante precisa relacionar as
diversas informações apresentadas e, então, identificar que o tema abor-
dado é a fabricação do espelho. O fato de o gabarito ser uma paráfrase
do título “Como é feito o espelho?” – “A fabricação do espelho”, pode
ter contribuído para dificultar a realização da tarefa, pois esse processo
cognitivo é inferencial.
Os estudantes que marcaram a alternativa B, o gabarito, demonstra-
ram ter desenvolvido a habilidade avaliada, pois reconheceram correta-
mente o tema central do texto.
Leia o texto abaixo.
Como é feito o espelho?
O espelho é formado por três camadas: uma de vidro, uma de metal e outra escura. Na fabricação, primeiro se fazem a limpeza e o polimento do vidro. Então, vem uma camada de metal, normalmente prata, junto com um produto que o faz aderir ao vidro. Depois, aplica-se tinta preta atrás da superfície de metal para absorver a luz e evitar que ela “vaze”. Por último, o espelho vai para uma estufa, para que a tinta seque.
Disponível em: <mundoestranho.abril.com.br>. Acesso em: 10 maio 2014. (P030585G5_SUP)
(P030586G5) Qual é o assunto desse texto?
A cor da camada de vidro.
A fabricação do espelho.
A forma de cuidar do vidro.
A superfície de metal.
52 SAEPE 2016
Elementar IMatemática - 2º ano do Ensino Fundamental
ATÉ 425 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
No domínio Espaço e Forma, no trabalho referente a figuras geométricas, o estudante com desempenho
alocado nesse padrão relaciona objetos do cotidiano à forma do cilindro e da pirâmide e, no que se refere
à localização no espaço, identifica a localização de pessoas ou objetos utilizando o conceito “em cima”.
Já no domínio Grandezas e Medidas, o estudante desse nível é capaz de identificar instrumentos de
medida de massa e de comprimento, além de identificar objetos por meio dos atributos de tamanho e es-
pessura.
No domínio Números e Operações/Álgebra e Funções, o estudante relaciona números de um algarismo
à sua escrita por extenso e associa quantidades de até 12 objetos à representação numérica.
Já no domínio Tratamento da Informação, o estudante demonstra ser capaz de ler e selecionar informa-
ções de maior frequência de dados apresentados em gráficos de quatro e cinco colunas.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 53
Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a representação de figuras tridimensionais.
Para acertá-lo, os estudantes devem associar o copo apresentado no suporte do item à representação
geométrica do cilindro entre as figuras tridimensionais apresentadas nas alternativas. Os estudantes devem
perceber as semelhanças entre as características do copo e a representação geométrica do cilindro, enten-
dendo que ambos são corpos redondos e que possuem duas bases opostas e paralelas com forma circular.
Portanto, os estudantes que marcaram a alternativa A, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada
por esse item.
Questão ## M020138H6
Observe abaixo o desenho de um copo.
A forma desse copo se assemelha a qual sólido geométrico?
54 SAEPE 2016
Elementar IIMatemática - 2º ano do Ensino Fundamental
DE 425 A 500 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
No domínio Espaço e Forma, no trabalho referente a figuras geométricas, o estudante com desempenho
alocado nesse padrão, além de identificar triângulos e círculos, levando em consideração suas caracterís-
ticas, é capaz de identificar em objetos do cotidiano a forma do triângulo e do círculo. No campo da loca-
lização no espaço, o estudante identifica a localização de pessoas ou objetos, utilizando os conceitos de
direcionalidade: mais distante, entre e embaixo de.
Já no domínio Grandezas e Medidas, o estudante desse nível é capaz de ler horas exatas em relógio
digital e reconhecer que um mês tem 30 dias. No que corresponde às medidas de valor, ele reconhece o
valor de um agrupamento de cédulas ou de cédulas e moedas e realiza trocas de moedas e cédulas por uma
cédula com valor até 10 reais, evidenciando saber determinar equivalências de um mesmo valor, utilizando
diferentes cédulas e moedas.
O estudante, no domínio Números e Operações/Álgebra e Funções, alocado no padrão elementar II, é
capaz de relacionar números de 2 algarismos a diferentes representações escritas, comparar números na-
turais, identificando o maior número natural de até 2 algarismos, reconhecer o segundo elemento de uma
fila e os quatro primeiros termos de uma sequência de números naturais de até 2 algarismos. Esse estudante
também compara quantidades pela contagem. No trabalho com as operações, ele consegue calcular o re-
sultado da adição de dois números naturais formados por até 2 algarismos sem reagrupamento, e da adição
de três números naturais de 1 algarismo. Além disso, resolve problemas que requerem a compreensão do
significado de retirar da subtração com números de até 2 algarismos, com resultado menor que 20.
No domínio Tratamento da Informação, o estudante identifica informações e dados apresentados em
tabelas de até quatro linhas, com ou sem o apoio de imagens, envolvendo números naturais de até 2 alga-
rismos e demonstra ser capaz de ler e selecionar informações de menor frequência de dados apresentados
em gráficos de quatro e cinco colunas.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 55
Esse item avalia a habilidade de calcular o resultado da
adição entre números naturais formados por 1 algarismo.
Para resolver o item, os estudantes precisam reco-
nhecer que o sinal operatório apresentado no item traz
consigo a ideia de adição. Em seguida, devem somar os 3
números apresentados, encontrando como resultado 20.
Os estudantes que optaram pela alternativa C, o gaba-
rito, provavelmente, desenvolveram a habilidade avaliada
pelo item.
Questão ## M020168E4
Resolva a operação abaixo.
3 8+ 9____
Qual é o resultado dessa operação?
14
19
20
21
56 SAEPE 2016
BásicoMatemática - 2º ano do Ensino Fundamental
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
No domínio Espaço e Forma, no que se refere ao trabalho de localização no espaço, o estudante desse
nível, além de possuir as habilidades descritas no padrão anterior, demonstra identificar a localização de
pessoas ou objetos tendo como referência a posição do estudante (esquerda).
No domínio Grandezas e Medidas, o estudante consegue, em relação ao trabalho com as medidas de
tempo, identificar o relógio analógico que marca a hora exata descrita em um contexto. Além disso, reco-
nhece e utiliza as unidades usuais de medidas de tempo, convertendo dias em semanas.
No domínio Números e Operações/Álgebra e Funções, o estudante com desempenho alocado nesse
padrão demonstra, no trabalho com números, saber comparar números naturais, identificando o maior nú-
mero dentre números naturais de até 2 algarismos e identifica o antecessor de um número natural de até 2
algarismos. Já no campo das operações, o estudante é capaz de calcular o resultado da adição ou subtração
de números naturais, formados por até 2 algarismos com reagrupamento, resolve problema envolvendo o
significado de juntar/acrescentar da adição com números de até 2 algarismos, com ou sem apoio de ima-
gem. O estudante consegue, também, resolver problemas envolvendo multiplicação com significado de
soma de parcelas iguais e com significado comparativo (dobro).
No domínio Tratamento da Informação, quanto ao trabalho com representação de dados, é capaz de
identificar informações em tabelas de cinco linhas de dados numéricos limitados a números de 2 algarismos.
Consegue também ler gráfico de colunas identificando informações e dados associando as informações
dos eixos.
DE 500 A 575 PONTOS
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 57
Esse item avalia a habilidade de os estudantes lerem informações e
dados apresentados em gráficos.
Para resolver esse item, os estudantes devem observar que o gráfico
apresenta cinco colunas e que cada uma indica a quantidade de estu-
dantes das diferentes turmas de uma escola. O comando solicita que os
estudantes identifiquem a quantidade de alunos que pertencem ao 4º
ano, logo, eles precisam identificar no eixo horizontal qual coluna indica
essa quantidade e, em seguida, observar sua correspondência no eixo
vertical. Aqueles estudantes que optaram pela alternativa C possivelmen-
te desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
Questão ## M020499E4
Observe abaixo o gráfico com a quantidade de estudantes por turma de uma escola.
Qua
ntid
ade
de e
stud
ante
s
Turmas
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
33302724211815129630
De acordo com esse gráfi co, a quantidade de estudantes do 4º ano é
A) 21
B) 24
C) 27
D) 30
58 SAEPE 2016
DesejávelMatemática - 2º ano do Ensino Fundamental
ACIMA DE 575 PONTOS
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000
No domínio Espaço e Forma, no padrão desejável, o estudante amplia suas habilidades, demonstrando
ser capaz de identificar a localização de pessoas ou objetos tendo como referência a posição do aluno e a
posição de outro objeto (direita).
No domínio Grandezas e Medidas, expandida a habilidade de agrupar moedas e notas, manifestada no
padrão elementar II, o estudante é capaz de, em um problema, estabelecer trocas de um agrupamento de
moedas por cédulas de um mesmo valor. Já no campo das medidas de tempo, além das habilidades apre-
sentadas no padrão anterior, o estudante é capaz de ler horas exatas em relógio analógico e, além disso, já
consegue, em um problema, reconhecer e utilizar as unidades usuais de medidas de tempo: meses e anos.
No domínio Números e Operações/Álgebra e Funções, no campo dos números, o estudante demonstra
ser capaz de ordenar crescentemente uma sequência de números naturais de até 2 algarismos. Além disso,
agora, nesse padrão, o estudante avança um pouco mais e resolve problemas com números naturais envol-
vendo subtração de números naturais formados por até 2 algarismos com sentido de comparar, utilizando
reagrupamento. Consegue, também, resolver problema envolvendo divisão com significado de partilha,
com ou sem apoio de imagens, de números naturais formados por até 2 algarismos.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 59
Esse item avalia a habilidade de ordenar crescente-
mente uma sequência de números naturais de até 2 al-
garismos.
Para resolvê-lo, o estudante deve analisar os números
apresentados no quadro e organizá-los de forma cres-
cente, ou seja, do menor número para o maior.
A escolha da alternativa D demonstra que esses es-
tudantes desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.
Questão ## M020117H6
Observe os números no quadro abaixo.
18 – 20 – 15 – 31 – 27
Qual é a ordem crescente desses números?
31 – 27 – 15 – 20 – 18
18 – 20 – 15 – 31 – 27
15 – 20 – 18 – 27 – 31
15 – 18 – 20 – 27 – 31
60 SAEPE 2016
5
4
3
2
1
Sugestões para a prática pedagógica
Comparar descritores/habilidades avaliadas nos testes do SAEPE 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.
Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.
Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.
Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das avaliações externas.
Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.
Depois de conhecer e analisar os resultados
da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar
em metas e estratégias que visem à melhoria dos
resultados alcançados, tendo como referência o
projeto político-pedagógico da escola.
Esta seção apresenta algumas sugestões pe-
dagógicas que podem contribuir para aprimorar a
qualidade do trabalho docente.
Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-
pendente da fase em que estamos, devemos estar
sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo
foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-
tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-
de do projeto político-pedagógico e a possibilida-
de de mudanças no planejamento escolar sempre
que for necessário.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 61
D1
D2
D3
D4
D5
D6
D7
D8
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.1
Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:
É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho peda-
gógico na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes da
avaliação em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho em
sala de aula.
Orientações curriculares
Livros e outros materiais didáticos
Matriz(es) de referência da avaliação
62 SAEPE 2016
Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SAEPE 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.2
Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações cur-
riculares de seu estado:
ORIENTAÇÕES CURRICULARES
1. Compreender as diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas.
2. Dominar convenções gráficas:
M Compreender a orientação e o alinhamento da escrita da língua portuguesa.
M Compreender a função da segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase.
3. Conhecer o alfabeto:
M Compreender a categorização gráfica e funcional das letras.
M Conhecer e utilizar diferentes tipos de letras (de forma e cursiva).
4. Consciência fonológica.
M Contar sílabas de uma palavra ouvida ou com base em uma imagem (canônica ou não canônica).
M Identificar a sílaba inicial, final ou medial de uma palavra (canônica ou não canônica).
M Identificar palavra iniciada por uma letra com uma única realização sonora/fonética.
M Identificar palavra ou figura que tenha mais de uma realização sonora/fonética.
5. Ler palavras compostas por sílabas no padrão consoante/vogal e/ou outros padrões silábicos como vogal, consoante, consoante, vogal; consoante, vogal, vogal.
M Relacionar palavra à figura ou vice-versa. M Associação de textos formados por uma única frase
à imagem que os representem.
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO
Reconhecer as letras do alfabeto.
Identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos.
Identificar as direções da escrita.
Reconhecer as diferentes formas de grafar uma mesma letra ou palavra.
Identificar a unidade palavra em frases.
Identificar o número de sílabas de uma palavra.
Identificar sílabas de uma palavra.
Identificar variações de sons de grafemas.
Ler palavras formadas por diferentes padrões silábicos.
Ler frases.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 63
PLANO DE CURSO
1. Identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos.
• Identificar letras quando misturadas a rabiscos e desenhos.
• Identificar letras quando misturadas a números ou outros símbolos gráficos também utilizados na linguagem escrita.
2. Reconhecer as letras do alfabeto.
• • Reconhecer as letras isoladamente .
• • Reconhecer as letras em uma sequência de letras.
• • Reconhecer a letra em uma determinada palavra.
3. Identificar as direções da escrita.
• Reconhecer a primeira ou última palavra de um texto de circulação social (poemas, parlendas, narrativas curtas).
4. Identificar a unidade palavra em frases.
• Identificar, entre frases, aquela que apresenta segmentação correta das palavras que a compõem.
• Identificar o número de palavras que compõem uma frase .
5. Identificar o número de sílabas de uma palavra.
• Contar sílabas de uma palavra ouvida (canônica ou não canônica).
• Contar sílabas de uma palavra com base em uma imagem (canônica ou não canônica).
6. Identificar sílabas de uma palavra.
• Identificar a sílaba inicial ou a sílaba final de uma palavra (canônica ou não canônica).
• Identificar a sílaba medial de uma palavra (canônica ou não canônica).
7. Identificar variações de sons de grafemas.
• Identificar palavra iniciada por uma letra com uma única realização sonora/fonética.
• Identificar palavra ou figura que tenha mais de uma realização sonora/fonética.
8. Ler palavras formadas por diferentes padrões silábicos.
• Relacionar palavra à figura ou vice-versa.
• Relacionar palavra dissílaba ouvida (pouco usual) à palavra escrita.
9. Ler frases.
• Ler frase com estrutura sintática simples (sujeito, verbo, complemento).
• Ler frase com estrutura sintática complexa (sujeito, verbo, complemento, adjuntos adnominais e adverbiais).
Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)3
Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abor-
dados em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteúdos
considerados importantes para o desenvolvimento das habilidades destacadas:
64 SAEPE 2016
Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas, parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).
4
C Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de aula?
C Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor desenvol-
vimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?
Para isso, recorra aos resultados das avaliações.
AVALIAÇÃO EXTERNA
RESULTADOS DA ESCOLA NO SAEPE 2016
Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na seção Resultados alcançados em 2016. Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.
A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.
QUAIS RESULTADOS?
QUAIS AVALIAÇÕES?
AVALIAÇÃO INTERNA Frequência, provas, testes, observação
Por etapa e turma
Língua Portuguesa – 2º ano EF Turma A1
Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:
• Estudante 1: 4,9• Estudante 2: 6,0• Estudante 3: 8,5• ...
Relatório geral da turma:
• Uma proposta de intervenção didática que explora o desenvolvimento do sistema de apropriação da escrita, assim como a leitura de palavras, frases com diferentes níveis de complexidade e de textos literários próximos ao universo infantil , contribui para a alfabetização quaisquer que sejam os níveis de proficiência da turma.
Relatório por estudante:
• Estudante 1: Aos estudantes com proficiência mais baixa, essa proposta possibilita o contato com atividades indispensáveis à formação leitora, o que requer sistematização.
• Estudante 2: Àqueles que já começaram a compreender o processo de alfabetização, representa uma forma de ampliarem suas experiências leitoras, pois colocam em conflito aprendizagens já adquiridas sobre o processo de formação da consciência silábica.
• Estudante 3: O mesmo ocorre entre os estudantes que já apresentam uma proficiência mais à direita da Escala, uma vez que a leitura é a base das tarefas propostas.
DADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA
SAEPE
DADOS DA AVALIAÇÃO
INTERNA
ESCOLA
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 65
1 Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.
Plano de ação da EscolaOs conteúdos podem ser relacionados às habilidades não desenvolvidas?
SIM! Então vamos pensar em planos de ação para o desenvolvimento conjunto desses conteúdos, competências e habilidades.
NÃO! Os planos de ação devem ser elaborados para cada conteúdo. Vamos ficar atentos para não desenvolver planos de ação para uma única habilidade, mas para um conjunto delas, relacionadas a um determinado conteúdo proposto nas orientações curriculares.
Lembre-se de que todo o planejamento da escola é coletivo e tem como refe-rência o projeto político-pedagógico!
É importante compreender a relação entre as orientações curriculares e as habilidades avaliadas pelo SAEPE. As hipóteses levantadas no diagnós-tico poderão ajudá-lo nessa tarefa.
Parecer da Escola. Escola e Turmas .
Com base nos resultados das avalia-ções internas, identifique, junto com seus pares, as principais dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o ano letivo. Para isso, utilize as notas e relatórios.
De acordo com a proficência média da escola e o percentual de acerto por descritor/habilidade das turmas, identifique em quais habilidades os estudantes demonstraram maiores dificuldades.
Relacione as informações coletadas nas duas avaliações:
M São resultados similares? M As dificuldades apresentadas em
sala de aula são as mesmas que aquelas apresentadas na avaliação do SAEPE 2016?
M Junto com os seus colegas, levante hipóteses para o que vocês identificaram.
Retome o Plano de curso e relacione conteúdos e habilidades que não foram desenvolvidos de modo apropriado:- Conteúdo 1 Habilidade A - resultados Habilidade B - resultados ...- Conteúdo 2 ...
/// PARTE A C Resultados da Escola
Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,
com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico
interno (escola e turmas).
UM OLHAR PARA OS DIFERENTES DADOS
DIAGNÓSTICO DA ESCOLA
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5
66 SAEPE 2016
Agora é possível elaborar um planeja-mento pedagógico com base no Plano de Ação da Escola e no PPP, obser-vando as competências e habilidades ainda não desenvolvidas pelos estu-dantes.
Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de habilidades, relacionadas às respectivas competências, acom-panhadas por atividades pedagógicas e itens de avaliações em larga escala que abordam essas habilidades. É im-portante ressaltar que o trabalho com os conteúdos curriculares pode ser reformulado durante o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento pleno das habilidades esperadas para cada eta-pa de escolaridade.
O próximo passo será elaborar um pla-no de ação de acordo com o desem-penho dos estudantes. Para isso, uti-lize o diagnóstico já realizado por você nas Atividades 1 e 2 dos resultados das turmas.
De acordo com o padrão de desem-penho em que se encontram, os es-tudantes apresentam dificuldades que requerem intervenções de Recupera-ção, Reforço ou Aprofundamento.
Ao pensar na sua sala de aula, você deve propor um plano de ação que contemple intervenções orientadas para estudantes com diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades e competências.
/// PARTE B C Resultados dos estudantes
Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da
escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto
dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.
EXEMPLODIAGNÓSTICO DOS ESTUDANTES
PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR
Esses dados já estão
prontos. Basta você
consultar as atividades
propostas nos roteiros de leitura
e interpretação dos resultados
alcançados.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 67
Professor (a), as atividades sugeridas para desenvolver as habilidades apresentadas anteriormente
estão relacionadas aos eixos da oralidade, análise linguística (leitura) e escrita. Através desses eixos
pretende-se desenvolver habilidades elementares ao processo de alfabetização.
A proposta é que as tarefas sugeridas não sejam desenvolvidas em um bimestre apenas, mas sim
retomadas a partir de textos de diferentes gêneros ao longo do ano.
I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA
OS BICHOS TAMBÉM SONHAM
O TAMANDUÁ SONHA COM UM BICHO DE ORELHAS COMPRIDAS.
O COELHO SONHA COM UM BICHO QUE TEM O NARIZ EM FORMA DE TROMBA.
O ELEFANTE SONHA COM UM BICHO QUE FICA MERGULHADO COM AS ORELHAS, OS OLHOS E
O NARIZ FORA D’ÁGUA.
O HIPOPÓTAMO SONHA COM UM BICHO DE PESCOÇO COMPRIDO.
A GIRAFA SONHA COM UM BICHO QUE SÓ TEM DUAS PATAS E DOIS DEDOS EM CADA UMA.
O AVESTRUZ SONHA COM UM BICHO QUE TEM UMA BOLSA NA BARRIGA.
O CANGURU SONHA COM UM BICHO COM UMA BOCA EM FORMA DE TROMBA.
A ANTA SONHA COM UM BICHO CASCUDO.
O TATU SONHA COM UM BICHO DE LÍNGUA COMPRIDA.
E O TAMANDUÁ TAMBÉM É UM SONHO.
Autora: Andréa Daher
Ilustrador: Zaven Paré
Editora: Martins Fontes
O livro “Os bichos também sonham” compõe o acervo dos livros disponibilizados pelo Ministério da Educação pelo Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE).
68 SAEPE 2016
1º Momento: Preparando-se para a leitura, mobilizando estratégias de antecipação.
ORALIDADE
Professor(a), essa atividade explora a oralidade, observando o conhecimento extralinguístico do estudan-
te sobre os sonhos a partir de seu imaginário, relacionando realidade e fantasia por meio da ideia de que “Os
bichos também sonham”. Nesse caso, atente para os conhecimentos prévios do estudante sobre o tema e
também sobre questões relacionadas à forma do suporte livro de literatura (capa, contracapa, autor, ilustra-
dor, editora, título).
1.1 CONVERSANDO SOBRE SONHO
» Você sabe o que é um sonho?
» Você se lembra de algum sonho que teve? Conte-o para a turma.
» Às vezes a gente pode sonhar acordado? Isso já aconteceu com você?
» Para você, os bichos podem sonhar como a gente sonha?
» Com o que os bichos podem sonhar?
M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham suas hipóteses sobre o conteúdo do livro.
Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.
1.2 OBSERVANDO A ILUSTRAÇÃO DA CAPA DO LIVRO “OS BICHOS TAMBÉM SONHAM”
» Do que você acha que esse livro vai tratar?
» Que bicho você acha que é esse?
M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham suas hipóteses sobre o conteúdo do livro.
Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.
1.3 OBSERVANDO OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
» Na capa, aparecem alguns nomes além do título. Você sabe que nomes são esses?
M Neste caso, é importante que os estudantes observem que, na capa, além do título, aparecem os nomes do autor, do ilustrador e da editora.
Após a conversa sobre esses pontos e outros que porventura surgirem, realize uma leitura oral do texto e
atente aos elementos que permitem sua fluidez (a entonação da voz, o uso adequado dos sinais de pontua-
ção, o tom de voz). Também é importante criar um ambiente favorável à leitura: reservar um momento do
dia especialmente para este fim, de preferência que não seja nos minutos finais da aula; preparar os estudan-
tes para receberem a história, motivando-os para isso; criar um ambiente confortável para ouvir a história.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 69
2º Momento: Lendo uma história
LEITURA ORAL DO LIVRO DE LITERATURA
M Explore as ilustrações, envolvendo os estudantes durante o momento de contação, criando expectativas que seduzam o leitor.
3º Momento: Retomando a leitura
3.1 ATIVIDADE DE RECONTO
Após a leitura oral do livro, proponha que os estudantes retomem suas hipóteses iniciais sobre a história,
principalmente as relacionadas aos sonhos dos bichos. A ideia central aqui é a de que os estudantes possam
confirmar ou refutar suas hipóteses iniciais após conhecerem o conteúdo do livro.
Reconte a história, se os estudantes solicitarem, ou convide-os a recontá-la. Esse movimento de reconto
costuma agradar aos estudantes, que continuam estabelecendo relações de sentido com o texto literário.
Essa atividade possibilita a apropriação da linguagem escrita, auxiliando na formulação de sínteses e desen-
volvendo inclusive uma escuta atenta ao outro e a ampliação do repertório linguístico dos estudantes. O
reconto pode provocar o mesmo fascínio de quando a história foi ouvida pela primeira vez. Trata-se de uma
estratégia que forma leitores contadores de histórias e mediadores de leituras.
Ofereça o livro para que os estudantes façam esse reconto e esclareça que, mesmo sem saber ler o tex-
to sozinhos ainda, eles podem se apoiar nas imagens para recontar o que lembram da história. Essa é uma
estratégia importante para que os estudantes possam se apropriar do vocabulário da história, fazendo uso,
em seu reconto, de palavras que muitas vezes não conhecem ou usam pouco.
3.2 ATIVIDADE ORAL
» O que você entendeu da leitura desse texto?
» O que mais chamou sua atenção?
» De que parte mais gostou? Por quê?
» Teve alguma parte do texto de que não gostou? Por quê?
M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham sua síntese sobre o conteúdo do livro. Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.
3.3 ATIVIDADE ESCRITA 1
A atividade proposta aqui é a de registrar por escrito as interações orais dos estudantes sobre o que en-
tenderam da leitura. Sugerimos que essa escrita seja registrada em um papel pardo e que você, professor (a),
convide os estudantes, em pequenos grupos, para desenharem tanto nas margens quanto ao final do cartaz.
Explore oralmente as respostas dadas às duas últimas perguntas propostas: de que parte mais gostou e
de qual não gostou. Atente para as explicações, mediando as discussões para que os estudantes percebam
70 SAEPE 2016
se gostaram dos mesmos sonhos ou de sonhos diferentes. Crie outro quadro no qual possam exprimir suas
opiniões sobre a história ouvida e outras contadas ao longo da Unidade.
GOSTEI MUITO! GOSTEI! NÃO GOSTEI!
3.4 ATIVIDADE ESCRITA 2
Escrita coletiva de frase.
Professor (a), proponha à turma a escrita coletiva de uma frase em que apareça um dos bichos da história
“Os bichos também sonham”. Durante essa escrita coletiva, solicite que os estudantes falem as frases em
voz alta. Na sequência, peça que soletrem as palavras que irão compor a frase e, enquanto forem soletran-
do, questione-os sobre quais letras ou sílabas usar. Anote no quadro, realizando a leitura com os estudantes
à medida que a frase for sendo construída. Ao final, proponha que todos registrem no caderno a frase e a
ilustrem.
Sugerimos que cada estudante da turma tenha um caderno de anotações sobre as histórias que ouvem.
3.5 ATIVIDADES DE ANÁLISE LINGUÍSTICA
Leia a frase abaixo:
A ANTA SONHA COM UM BICHO CASCUDO.
Peça que os estudantes leiam a frase em voz alta. Em seguida, pergunte:
» Quantas palavras formam a frase?
M A frase é formada por sete palavras. Em geral, os estudantes tendem a não considerar os artigos como palavras, especialmente quando têm apenas uma letra, como no caso da frase apresentada.
» Quantas letras formam cada uma das palavras?
M Para realizar esta atividade, faça uma lista das palavras no quadro e registre o total de letras à frente de cada uma.
» Pergunte qual das palavras é formada por três sílabas e peça que os estudantes a registrem no caderno. Em seguida, peça que localizem, na frase, a palavra trissílaba – CASCUDO – e que circulem a sílaba medial dessa palavra.
» Agrupe, juntamente com os estudantes, as palavras que possuem o mesmo número de letras (5): sonha e bicho.
» Depois, peça que os estudantes observem as outras palavras e que identifiquem quais delas têm mais do que cinco letras, e quais têm menos de cinco letras. Organize-as para que eles possam visualizar as diferenças e as semelhanças.
Professor(a), essas atividades contribuem para o desenvolvimento das habilidades de ler palavras e
frases com estrutura sintática simples, que os estudantes que se encontram nos padrões mais elemen-
tares ainda não desenvolveram. Trata-se de uma tarefa desafiadora para os estudantes alocados nesses
padrões, mas que pode também trazer contribuições para aqueles que se encontram nos demais padrões
de desempenho.
Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 71
II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES
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PROFESSORrevista do
>>> SAEPE 2016Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco
ALFABETIZAÇÃO
ISSN 1948-560X
entrevista
O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados
o programa
O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco
os resultados
Os resultados alcançados em 2016
Detalhe da escultura com o nome da cidade (Recife)Praça do Marco Zero - Recife - PE