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PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X entrevista O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados o programa O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco os resultados Os resultados alcançados em 2016 Detalhe da escultura com o nome da cidade (Recife) Praça do Marco Zero - Recife - PE

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PROFESSORrevista do

>>> SAEPE 2016Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

ALFABETIZAÇÃO

ISSN 1948-560X

entrevista

O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados

o programa

O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

os resultados

Os resultados alcançados em 2016

Detalhe da escultura com o nome da cidade (Recife)Praça do Marco Zero - Recife - PE

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ISSN 1948-560X

PROFESSORrevista do

>>> SAEPE 2016Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

ALFABETIZAÇÃO - LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA

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FICHA CATALOGRÁFICA

PERNAMBUCO. Secretaria de Educação de Pernambuco.

SAEPE – 2016/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática.

ISSN 1948-560X

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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Governador de PernambucoPaulo Câmara

Vice-Governador de PernambucoRaul Henry

Secretário de Educação Frederico Amancio

Secretária Executiva de Desenvolvimento da EducaçãoAna Selva

Secretário Executivo de Educação Profi ssionalPaulo Dutra

Secretário Executivo de Gestão de RedeJoão Charamba

Secretário Executivo de Planejamento e CoordenaçãoSeverino Andrade

Secretário Executivo de Administração e FinançasEdnaldo Moura

Gerente de Avaliação e Monitoramento das Políticas EducacionaisMarinaldo Alves

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage

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sumário

resultados25 Os resultados alcançados em 2016

27 Resultados da escola

29 Roteiros de leitura e análise de resultados

39 Resultados por turma

padrões de desempenho44 Padrões de desempenho

45 Língua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental

53 Matemática - 2º ano do Ensino Fundamental

sugestões pedagógicas61 Sugestões para a prática pedagógica

5 apresentação

o programa15 O Sistema de Avaliação Educacional

de Pernambuco – SAEPE

entrevista9 O trabalho focado na escola é

um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados

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P rofessor, esta revista é para você. Pensada e

feita para possibilitar seu uso no cotidiano pe-

dagógico. Nela, você encontra os resultados da sua

escola no SAEPE 2016. Com esses resultados, você

obtém um diagnóstico do desempenho de seus es-

tudantes nos testes de proficiência. A partir disso, po-

tencialidades e fragilidades podem ser identificadas

no processo de ensino-aprendizagem, permitindo

uma ampla reflexão sobre as práticas pedagógicas.

Inicialmente, apresentamos o SAEPE e as infor-

mações que o constituem: os dados fornecidos pela

avaliação, bem como os dados da realidade escolar,

os quais compõem esse grande cenário que é o Sis-

tema de Avaliação Educacional de Pernambuco.

A partir de uma análise do panorama do sistema

de avaliação, desde sua criação, no ano de 2008,

até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015, apre-

sentamos os dados do programa, dando ênfase aos

ganhos experimentados pela rede estadual e pelas

redes municipais de ensino no que diz respeito aos

resultados.

Em seguida, trazemos os resultados da avaliação

de 2016. Junto às informações pertinentes aos resul-

tados – participação, proficiência média, percentual

de estudantes pelos padrões de desempenho, per-

centual de acerto por habilidade avaliada –, oferece-

mos a você um roteiro que pode ajudá-lo a ler e a

compreender as informações produzidas pelo SAE-

PE, de modo que você possa utilizá-las para sistema-

tizar estratégias para a melhora do desempenho dos

estudantes. Esse roteiro propõe algumas atividades,

cujo objetivo é fornecer ferramentas que permitam

a interpretação pedagógica dos resultados.

Além dos resultados obtidos nos testes realizados

pelos estudantes, você tem acesso a algumas infor-

mações sobre o contexto da sua escola, como o

Índice Socioeconômico (ISE). É importante ressaltar

que, além dos resultados apresentados nesta revis-

ta, as escolas do estado de Pernambuco possuem

o Índice de Desenvolvimento da Educação de Per-

nambuco (Idepe) como indicador de qualidade da

educação.

Por fim, apresentamos sugestões para a prática

pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-

zação dos resultados da avaliação, para que ações

pedagógicas sejam planejadas e executadas em sua

escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu intui-

to não é outro senão incentivá-lo a tratar os dados

da avaliação como parte do projeto político-peda-

gógico da escola.

Nosso compromisso é oferecer a você uma visão

geral da avaliação externa e dos resultados obtidos

por sua escola no SAEPE. Esses resultados devem

ser amplamente debatidos, com o envolvimento de

toda a comunidade escolar. Esperamos que este

material atinja esse propósito.

Boa leitura!

apresentação

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 7

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Nascido em Paulo Afonso (BA), Frederico da Costa Aman-

cio é formado em Administração pela Universidade de Per-

nambuco e em Direito pela Universidade Federal de Pernam-

buco, com pós-graduação em Economia Aplicada à Gestão

Fiscal pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e

MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás pela FGV

do Rio de Janeiro. Servidor público estadual desde 1995, está

à frente da SEE desde 2014.

Frederico da Costa Amancio

Secretário de Educação

entrevista

F ocado na melhoria dos indicadores educacionais, o estado de Pernambu-

co, por meio da Secretaria de Educação, busca, a partir da gestão por re-

sultados, sistematizar a apropriação da avaliação externa pelos profi ssionais da

rede e pelas famílias. O secretário de Educação, Frederico da Costa Amancio,

comenta o trabalho, enfatizando o pacto pela aprendizagem.

O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados

Historicamente, o estado está

comprometido com a gestão por re-

sultados. Como esse trabalho vem

sendo desenvolvido na área da edu-

cação e qual a importância da avalia-

ção externa nesse contexto?

O estado de Pernambuco tomou

a decisão de adotar como política o

modelo de gestão por resultados,

para todas as áreas. A educação, es-

pecifi camente, foi tida como uma das

prioridades. Nesse contexto, na ado-

ção do que chamamos de pacto pela

aprendizagem, com a política de ges-

tão por resultados e o monitoramen-

to das escolas, a avaliação tem sido

extremamente importante para que

possamos planejar melhor não só as

ações da Secretaria, mas também as

ações de cada escola. Termos o siste-

ma de avaliação é essencial, pois rece-

bemos informações detalhadas, não

apenas o resultado geral da rede ou da

escola, mas o resultado de cada aluno,

em nível de acerto por descritor.

Pernambuco tem apresentado,

cada vez mais, melhora do indicador

de qualidade da educação brasileira,

o Ideb, atingindo, em 2015, as metas

em todas as etapas. Na sua opinião,

qual é a contribuição do SAEPE para

esse resultado?

Sem dúvida, a existência do siste-

ma e da série histórica nos permite

conhecer os pontos de avanço e os

de observação, em relação aos quais

precisamos construir estratégias para

a melhoria dos resultados. Percebe-

mos que isso trouxe, de imediato,

progressos bastante expressivos no

ensino médio e agora vem trazendo

no ensino fundamental. Isso é fruto

de um trabalho que estamos fazendo,

não só de fortalecimento da rede es-

tadual, mas de apoio às redes munici-

pais e às suas ações. Esse trabalho é

focado na escola, e tem sido um ins-

trumento poderoso rumo à melhoria,

para melhor planejamento de ações.

8 SAEPE 2016

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Nascido em Paulo Afonso (BA), Frederico da Costa Aman-

cio é formado em Administração pela Universidade de Per-

nambuco e em Direito pela Universidade Federal de Pernam-

buco, com pós-graduação em Economia Aplicada à Gestão

Fiscal pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e

MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás pela FGV

do Rio de Janeiro. Servidor público estadual desde 1995, está

à frente da SEE desde 2014.

Frederico da Costa Amancio

Secretário de Educação

entrevista

F ocado na melhoria dos indicadores educacionais, o estado de Pernambu-

co, por meio da Secretaria de Educação, busca, a partir da gestão por re-

sultados, sistematizar a apropriação da avaliação externa pelos profi ssionais da

rede e pelas famílias. O secretário de Educação, Frederico da Costa Amancio,

comenta o trabalho, enfatizando o pacto pela aprendizagem.

O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados

Historicamente, o estado está

comprometido com a gestão por re-

sultados. Como esse trabalho vem

sendo desenvolvido na área da edu-

cação e qual a importância da avalia-

ção externa nesse contexto?

O estado de Pernambuco tomou

a decisão de adotar como política o

modelo de gestão por resultados,

para todas as áreas. A educação, es-

pecifi camente, foi tida como uma das

prioridades. Nesse contexto, na ado-

ção do que chamamos de pacto pela

aprendizagem, com a política de ges-

tão por resultados e o monitoramen-

to das escolas, a avaliação tem sido

extremamente importante para que

possamos planejar melhor não só as

ações da Secretaria, mas também as

ações de cada escola. Termos o siste-

ma de avaliação é essencial, pois rece-

bemos informações detalhadas, não

apenas o resultado geral da rede ou da

escola, mas o resultado de cada aluno,

em nível de acerto por descritor.

Pernambuco tem apresentado,

cada vez mais, melhora do indicador

de qualidade da educação brasileira,

o Ideb, atingindo, em 2015, as metas

em todas as etapas. Na sua opinião,

qual é a contribuição do SAEPE para

esse resultado?

Sem dúvida, a existência do siste-

ma e da série histórica nos permite

conhecer os pontos de avanço e os

de observação, em relação aos quais

precisamos construir estratégias para

a melhoria dos resultados. Percebe-

mos que isso trouxe, de imediato,

progressos bastante expressivos no

ensino médio e agora vem trazendo

no ensino fundamental. Isso é fruto

de um trabalho que estamos fazendo,

não só de fortalecimento da rede es-

tadual, mas de apoio às redes munici-

pais e às suas ações. Esse trabalho é

focado na escola, e tem sido um ins-

trumento poderoso rumo à melhoria,

para melhor planejamento de ações.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 9

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Em que medida o SAEPE pode aju-

dar a administração pública a defi nir

ações adequadas e efetivas?

A partir dos resultados e excedendo

o interesse apenas no resultado geral,

o que nos permite comparação com

outros estados e comparação com os

resultados do Saeb. O nosso grande

objetivo de manter esse investimento,

a avaliação anual, inclusive aplicada às

redes municipais, serve exatamente

para termos informações mais deta-

lhadas, de cada escola, turma e estu-

dante, de forma a nos permitir o pla-

nejamento de ações. É o instrumento

que usamos para isso, e estamos, cada

vez mais, buscando maneiras de avan-

çar no seu uso.

No sistema de ensino público do

estado, temos o BDE, o Bônus de De-

sempenho Educacional. Qual é a fi na-

lidade desse bônus e a que ele serve?

O objetivo é atrelar o SAEPE à estra-

tégia de gestão por resultado. O SAEPE

nos permite, primeiramente, o conheci-

mento mais detalhado, para o aprofun-

damento e o planejamento de ações, a

partir das informações provenientes do

sistema. Assim, conseguimos fazer um

trabalho mais focado na melhoria dos

resultados de cada escola. Em segundo

lugar, a partir do SAEPE, percebemos

efetivamente a evolução para constituir

a gestão por resultados, com objetivos

e metas. Como forma de incentivo para

toda a rede, para que todos estejam en-

volvidos na melhoria dos resultados, o

BDE é um instrumento importante para

reconhecer os resultados alcançados.

Como a avaliação externa em lar-

ga escala, com vistas ao diagnóstico

da qualidade, contribui para o atendi-

mento de necessidades relacionadas

à aprendizagem de crianças e adoles-

centes estudantes da rede pública de

ensino?

A importância da avaliação externa

é fornecer informações detalhadas de

cada escola, turma, estudante. A avalia-

ção permite maior planejamento não só

do trabalho, das ações de cada escola

ao longo do ano, mas das formações

da Secretaria. A avaliação comporta,

claro, a comparação entre escolas, re-

gionais e, eventualmente, até com ou-

tros estados, inclusive com o próprio

sistema nacional.

Qual é a sua percepção acerca da

apropriação dos resultados da avalia-

ção pelos educadores do estado, para

intervenções efetivas no “chão da es-

cola”?

Nossas escolas apresentam estágios

diferenciados de apropriação. Temos

escolas em um estágio no qual perce-

bemos ser presente a cultura da avalia-

ção: não só por parte do gestor escolar,

mas por toda a escola, que dispõe de

dinâmica para se apropriar das informa-

ções e construir toda a sua estratégia, o

seu planejamento. Temos várias nesse

nível, envolvendo o gestor da escola,

os professores e os estudantes. Temos

escolas em outro estágio, no qual per-

cebemos o gestor da escola, os profes-

sores e os estudantes, reconhecendo a

importância das informações, mas não

as explorando em todas as suas possi-

Precisamos ampliar essa

ideia para todas as escolas: a

importância da avaliação e da

apropriação dos resultados.

bilidades. É, de certa forma, algo que

requer nossa atenção. Por fi m, temos

escolas em um estágio no qual acredi-

tamos ser o gestor escolar aquele mais

envolvido no processo. São escolas

nas quais precisamos avançar. Em ge-

ral, as escolas no primeiro estágio não

só têm melhores resultados como

apresentam melhor evolução. Preci-

samos ampliar essa ideia para todas as

escolas: a importância da avaliação e

da apropriação dos resultados.

Quais aspectos merecem desta-

que no cenário atual, o que inclui a

instituição da Base Nacional Comum

Curricular e a Reforma do ensino mé-

dio, quando tratamos de avaliação?

Os aspectos são o fortalecimento

do sistema nacional e dos sistemas

estaduais, para ampliação e mesmo

avaliação de outros componentes,

como ciências, e o desenvolvimento

de um trabalho que não tenha impac-

to apenas no planejamento da esco-

la, de cada ano, mas no dia a dia, de

maneira efetiva. Outro aspecto é o

alinhamento dos sistemas com a Base

e a Reforma [ensino médio], eles pre-

cisam estar atrelados, o que inclusive

representa signifi cativo avanço para

fi ns de comparação entre estados e

de estratégia nacional para a educa-

ção. Teremos oportunidade de elevar

também a qualidade das avaliações.

Para encerrar, algum recado para

os educadores de Pernambuco?

Primeiramente, o agradecimento

a todos que contribuíram para alcan-

çarmos bons resultados. Transmito a

alegria de perceber que a nossa rede,

os nossos gestores e educadores

veem na avaliação e na gestão por

resultados não apenas números, mas

que isso efetivamente tem sentido

na melhoria da qualidade da escola;

veem que a avaliação contribui para

que continuemos a avançar. Estamos

trabalhando nisso, esperamos ter mais

novidades em 2017, para facilitar o tra-

balho de todos, para que estejamos

juntos e contribuindo, cada vez mais,

para o avanço da educação.

10 SAEPE 2016

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Em que medida o SAEPE pode aju-

dar a administração pública a defi nir

ações adequadas e efetivas?

A partir dos resultados e excedendo

o interesse apenas no resultado geral,

o que nos permite comparação com

outros estados e comparação com os

resultados do Saeb. O nosso grande

objetivo de manter esse investimento,

a avaliação anual, inclusive aplicada às

redes municipais, serve exatamente

para termos informações mais deta-

lhadas, de cada escola, turma e estu-

dante, de forma a nos permitir o pla-

nejamento de ações. É o instrumento

que usamos para isso, e estamos, cada

vez mais, buscando maneiras de avan-

çar no seu uso.

No sistema de ensino público do

estado, temos o BDE, o Bônus de De-

sempenho Educacional. Qual é a fi na-

lidade desse bônus e a que ele serve?

O objetivo é atrelar o SAEPE à estra-

tégia de gestão por resultado. O SAEPE

nos permite, primeiramente, o conheci-

mento mais detalhado, para o aprofun-

damento e o planejamento de ações, a

partir das informações provenientes do

sistema. Assim, conseguimos fazer um

trabalho mais focado na melhoria dos

resultados de cada escola. Em segundo

lugar, a partir do SAEPE, percebemos

efetivamente a evolução para constituir

a gestão por resultados, com objetivos

e metas. Como forma de incentivo para

toda a rede, para que todos estejam en-

volvidos na melhoria dos resultados, o

BDE é um instrumento importante para

reconhecer os resultados alcançados.

Como a avaliação externa em lar-

ga escala, com vistas ao diagnóstico

da qualidade, contribui para o atendi-

mento de necessidades relacionadas

à aprendizagem de crianças e adoles-

centes estudantes da rede pública de

ensino?

A importância da avaliação externa

é fornecer informações detalhadas de

cada escola, turma, estudante. A avalia-

ção permite maior planejamento não só

do trabalho, das ações de cada escola

ao longo do ano, mas das formações

da Secretaria. A avaliação comporta,

claro, a comparação entre escolas, re-

gionais e, eventualmente, até com ou-

tros estados, inclusive com o próprio

sistema nacional.

Qual é a sua percepção acerca da

apropriação dos resultados da avalia-

ção pelos educadores do estado, para

intervenções efetivas no “chão da es-

cola”?

Nossas escolas apresentam estágios

diferenciados de apropriação. Temos

escolas em um estágio no qual perce-

bemos ser presente a cultura da avalia-

ção: não só por parte do gestor escolar,

mas por toda a escola, que dispõe de

dinâmica para se apropriar das informa-

ções e construir toda a sua estratégia, o

seu planejamento. Temos várias nesse

nível, envolvendo o gestor da escola,

os professores e os estudantes. Temos

escolas em outro estágio, no qual per-

cebemos o gestor da escola, os profes-

sores e os estudantes, reconhecendo a

importância das informações, mas não

as explorando em todas as suas possi-

Precisamos ampliar essa

ideia para todas as escolas: a

importância da avaliação e da

apropriação dos resultados.

bilidades. É, de certa forma, algo que

requer nossa atenção. Por fi m, temos

escolas em um estágio no qual acredi-

tamos ser o gestor escolar aquele mais

envolvido no processo. São escolas

nas quais precisamos avançar. Em ge-

ral, as escolas no primeiro estágio não

só têm melhores resultados como

apresentam melhor evolução. Preci-

samos ampliar essa ideia para todas as

escolas: a importância da avaliação e

da apropriação dos resultados.

Quais aspectos merecem desta-

que no cenário atual, o que inclui a

instituição da Base Nacional Comum

Curricular e a Reforma do ensino mé-

dio, quando tratamos de avaliação?

Os aspectos são o fortalecimento

do sistema nacional e dos sistemas

estaduais, para ampliação e mesmo

avaliação de outros componentes,

como ciências, e o desenvolvimento

de um trabalho que não tenha impac-

to apenas no planejamento da esco-

la, de cada ano, mas no dia a dia, de

maneira efetiva. Outro aspecto é o

alinhamento dos sistemas com a Base

e a Reforma [ensino médio], eles pre-

cisam estar atrelados, o que inclusive

representa signifi cativo avanço para

fi ns de comparação entre estados e

de estratégia nacional para a educa-

ção. Teremos oportunidade de elevar

também a qualidade das avaliações.

Para encerrar, algum recado para

os educadores de Pernambuco?

Primeiramente, o agradecimento

a todos que contribuíram para alcan-

çarmos bons resultados. Transmito a

alegria de perceber que a nossa rede,

os nossos gestores e educadores

veem na avaliação e na gestão por

resultados não apenas números, mas

que isso efetivamente tem sentido

na melhoria da qualidade da escola;

veem que a avaliação contribui para

que continuemos a avançar. Estamos

trabalhando nisso, esperamos ter mais

novidades em 2017, para facilitar o tra-

balho de todos, para que estejamos

juntos e contribuindo, cada vez mais,

para o avanço da educação.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 11

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Aprender é um direito de todos. A materialização

desse direito é um enorme desafi o para professores,

gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com

objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que

são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos.

Entretanto, cabe à escola, para que esse direito seja,

de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-

res que estão relacionados à formação do ser huma-

no e à construção de uma sociedade justa, demo-

crática e solidária. Essa é a complexidade da ação

pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais

da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-

tações curriculares e a implementação do projeto

político-pedagógico no interior de cada escola são

elementos essenciais para garantir o êxito do pro-

cesso educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de

cada escola, em particular, e na rede de ensino, de

modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-

menta para que o direito de aprender seja garantido

a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é

um dos pilares para a construção de uma escola

democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse

olhar que professores e gestores devem analisar e se

apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-

la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-

ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-

textualizados, considerando vários fatores que estão

relacionados com os resultados obtidos pela escola

no processo de avaliação em larga escala. São um

ponto de partida, um convite à análise e ao plane-

jamento para promover a equidade e melhorar a

qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas

complementam o trabalho diário da escola e suas

avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-

do estudado pelas avaliações como um fator que

pode interferir nos resultados, é importante destacar

aqueles internos à vida da escola: as características

da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar

etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-

tos característicos do processo educativo e que são

importantes para um bom desenvolvimento das ati-

vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-

na, interesse e motivação, organização e seguran-

ça; uma gestão democrática comprometida com a

qualidade da educação; professores comprometi-

dos com o sucesso escolar e com a viabilização do

direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses

aspectos refl etem uma concepção de escola e de

educação, perpassando toda a dinâmica da escola,

inclusive na forma como a avaliação é concebida

e apropriada pelos agentes que a constituem. Des-

sa forma, tudo isso deve estar contido no projeto

político-pedagógico da escola, a partir de um mar-

co referencial que trabalha a formação de valores

e, portanto, a importância da educação na vida dos

estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SAEPE 2016

devem ser apropriados pela comunidade escolar,

como um diagnóstico importante para as revisões

necessárias ao processo pedagógico desenvolvido.

Devem ser analisados em conjunto com as ativida-

des curriculares e com os processos de avaliação

interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola

no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-

cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de

busca permanente pela equidade, além de transmitir

os conhecimentos historicamente acumulados. E é

com o olhar de educador que enfrenta esses desa-

fi os e mantém a esperança e a capacidade de luta

que convidamos você a acompanhar os relatos a

seguir.

Aprender - Direito de Todos

Na escola, o número reduzido de estudantes

anuncia o encerramento do ano letivo. Numa sala,

prova fi nal. Há tensão em alguns rostos, alívio em

outros. No papel, a medida do conhecimento! Mas

o professor atesta que “cobramos apenas o que da-

mos em sala...”. Sem burburinho, mas concentração,

barulho de ventilador. O turno segue nesses metros

quadrados, e também nas outras salas.

Do lado de fora, o vai e volta do “terceirão”. O

grupo do 3º ano do ensino médio se prepara para

deixar a escola. É a galera do Enem! Estão confi an-

tes na aprovação do vestibular. “Se não der, tenta de

novo”. Os professores preocupam-se em preparar

os estudantes para os conteúdos cobrados, com a

organização de “aulões”, mas também têm atenção

voltada à escolha profi ssional. “Buscamos, parale-

lamente às aulas, institucionalizar a pesquisa sobre

profi ssões, desde o 2º ano [do ensino médio]. Então,

cada um pode saber mais sobre a atuação, o mer-

cado de trabalho, a ênfase na formação, ao longo

dessa etapa”, explica o professor orientador, espécie

de conselheiro de turma, responsável por conduzir

o projeto e convidar profi ssionais para palestras de

esclarecimento.

É intervalo. Os mais novos se misturam aos mais

velhos. Funcionários distribuem sorrisos e cumpri-

mentos no corredor e organizam o serviço da me-

renda escolar. Fila nos bebedouros. Faz calor, água

gelada ninguém dispensa. Os professores dirigem-

-se à sala dos professores que também é da gesto-

ra. Pode isso? Sim, aqui pode. Aqui a gestão é tão

democrática que não tem sala própria. “Querem sa-

ber onde está minha sala, minhas gavetas? E sou lá

de ter gavetas? Faço tudo aqui, junto deles, se for

num atendimento mais particular, com um aluno ou

professor, damos um jeito”. No encontro diário dos

educadores, há troca e satisfação. Hoje tem tapioca

de queijo com coco e bolo de rolo, para o belisco.

Bom, bom. Suco de cajá. Bom, bom.

O fi m do ano letivo é o começo do planejamento

escolar, momento de olhar para trás e ver o que deu

certo e o que não deu. “Conversamos sobre tudo.

Não dá para virar o ano com rusga. Todo mundo

pode colocar tudo para fora, até os descontenta-

mentos. Começamos leve”.

Boa notícia: vem projeto novo aí. Na verdade,

apenas a reunião formal de alguns já realizados,

encampados nesse novo. Dentre eles, tem um es-

pecial, aquele que trata o aluno no centro: o Jo-

vem Protagonista nada mais é do que a atenção ao

personagem principal das ações na escola, sejam

de gestão ou pedagógicas, com ênfase também

no desenvolvimento social. “Recebemos os novos

alunos, damos conselhos, ajudamos a organizar as

atividades dos professores, até a música e a progra-

mação dos eventos escolhemos. Organizamos a

feira de ciências. Mas aula, não. Aula quem dá são

os monitores, eles sabem mais e podem começar

a exposição, passar a matéria”, explica o jovem que

é protagonista. Já o monitor, bem, o monitor pode-

ria ser o aluno com as melhores notas”, mas não.

Ele é apenas um estudante comum, ou nem tanto.

Destaca-se por ser líder nato, diplomático, sociável.

“Ajudamos o professor a dar o tempo [de aula] até

ele chegar, passando matéria e organizando as apre-

sentações de trabalho e até avaliando os colegas,

comentado se está bom e o que pode melhorar”,

conta uma monitora. “Não escolhemos o moni-

tor por desempenho, mas precisa ter perfi l, não é

o mais comunicativo, mas também não pode ser o

mais reservado”, justifi ca a professora responsável

pelo grupo.

A conversa segue boa, mas o ano está acabando.

Tudo 100% por aqui: só a biblioteca, que “poderia ter

um acervo maior”, diz uma estudante. Hum... bom

saber que vocês leem! A quadra também ainda não

está como queremos, pois “poderia ser coberta”.

Sim, sim. Como diria o mestre Luiz Gonzaga, “No

Sempre à frente - avante!

12 SAEPE 2016

Page 15: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Aprender é um direito de todos. A materialização

desse direito é um enorme desafi o para professores,

gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com

objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que

são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos.

Entretanto, cabe à escola, para que esse direito seja,

de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-

res que estão relacionados à formação do ser huma-

no e à construção de uma sociedade justa, demo-

crática e solidária. Essa é a complexidade da ação

pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais

da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-

tações curriculares e a implementação do projeto

político-pedagógico no interior de cada escola são

elementos essenciais para garantir o êxito do pro-

cesso educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de

cada escola, em particular, e na rede de ensino, de

modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-

menta para que o direito de aprender seja garantido

a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é

um dos pilares para a construção de uma escola

democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse

olhar que professores e gestores devem analisar e se

apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-

la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-

ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-

textualizados, considerando vários fatores que estão

relacionados com os resultados obtidos pela escola

no processo de avaliação em larga escala. São um

ponto de partida, um convite à análise e ao plane-

jamento para promover a equidade e melhorar a

qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas

complementam o trabalho diário da escola e suas

avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-

do estudado pelas avaliações como um fator que

pode interferir nos resultados, é importante destacar

aqueles internos à vida da escola: as características

da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar

etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-

tos característicos do processo educativo e que são

importantes para um bom desenvolvimento das ati-

vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-

na, interesse e motivação, organização e seguran-

ça; uma gestão democrática comprometida com a

qualidade da educação; professores comprometi-

dos com o sucesso escolar e com a viabilização do

direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses

aspectos refl etem uma concepção de escola e de

educação, perpassando toda a dinâmica da escola,

inclusive na forma como a avaliação é concebida

e apropriada pelos agentes que a constituem. Des-

sa forma, tudo isso deve estar contido no projeto

político-pedagógico da escola, a partir de um mar-

co referencial que trabalha a formação de valores

e, portanto, a importância da educação na vida dos

estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SAEPE 2016

devem ser apropriados pela comunidade escolar,

como um diagnóstico importante para as revisões

necessárias ao processo pedagógico desenvolvido.

Devem ser analisados em conjunto com as ativida-

des curriculares e com os processos de avaliação

interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola

no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-

cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de

busca permanente pela equidade, além de transmitir

os conhecimentos historicamente acumulados. E é

com o olhar de educador que enfrenta esses desa-

fi os e mantém a esperança e a capacidade de luta

que convidamos você a acompanhar os relatos a

seguir.

Aprender - Direito de Todos

Na escola, o número reduzido de estudantes

anuncia o encerramento do ano letivo. Numa sala,

prova fi nal. Há tensão em alguns rostos, alívio em

outros. No papel, a medida do conhecimento! Mas

o professor atesta que “cobramos apenas o que da-

mos em sala...”. Sem burburinho, mas concentração,

barulho de ventilador. O turno segue nesses metros

quadrados, e também nas outras salas.

Do lado de fora, o vai e volta do “terceirão”. O

grupo do 3º ano do ensino médio se prepara para

deixar a escola. É a galera do Enem! Estão confi an-

tes na aprovação do vestibular. “Se não der, tenta de

novo”. Os professores preocupam-se em preparar

os estudantes para os conteúdos cobrados, com a

organização de “aulões”, mas também têm atenção

voltada à escolha profi ssional. “Buscamos, parale-

lamente às aulas, institucionalizar a pesquisa sobre

profi ssões, desde o 2º ano [do ensino médio]. Então,

cada um pode saber mais sobre a atuação, o mer-

cado de trabalho, a ênfase na formação, ao longo

dessa etapa”, explica o professor orientador, espécie

de conselheiro de turma, responsável por conduzir

o projeto e convidar profi ssionais para palestras de

esclarecimento.

É intervalo. Os mais novos se misturam aos mais

velhos. Funcionários distribuem sorrisos e cumpri-

mentos no corredor e organizam o serviço da me-

renda escolar. Fila nos bebedouros. Faz calor, água

gelada ninguém dispensa. Os professores dirigem-

-se à sala dos professores que também é da gesto-

ra. Pode isso? Sim, aqui pode. Aqui a gestão é tão

democrática que não tem sala própria. “Querem sa-

ber onde está minha sala, minhas gavetas? E sou lá

de ter gavetas? Faço tudo aqui, junto deles, se for

num atendimento mais particular, com um aluno ou

professor, damos um jeito”. No encontro diário dos

educadores, há troca e satisfação. Hoje tem tapioca

de queijo com coco e bolo de rolo, para o belisco.

Bom, bom. Suco de cajá. Bom, bom.

O fi m do ano letivo é o começo do planejamento

escolar, momento de olhar para trás e ver o que deu

certo e o que não deu. “Conversamos sobre tudo.

Não dá para virar o ano com rusga. Todo mundo

pode colocar tudo para fora, até os descontenta-

mentos. Começamos leve”.

Boa notícia: vem projeto novo aí. Na verdade,

apenas a reunião formal de alguns já realizados,

encampados nesse novo. Dentre eles, tem um es-

pecial, aquele que trata o aluno no centro: o Jo-

vem Protagonista nada mais é do que a atenção ao

personagem principal das ações na escola, sejam

de gestão ou pedagógicas, com ênfase também

no desenvolvimento social. “Recebemos os novos

alunos, damos conselhos, ajudamos a organizar as

atividades dos professores, até a música e a progra-

mação dos eventos escolhemos. Organizamos a

feira de ciências. Mas aula, não. Aula quem dá são

os monitores, eles sabem mais e podem começar

a exposição, passar a matéria”, explica o jovem que

é protagonista. Já o monitor, bem, o monitor pode-

ria ser o aluno com as melhores notas”, mas não.

Ele é apenas um estudante comum, ou nem tanto.

Destaca-se por ser líder nato, diplomático, sociável.

“Ajudamos o professor a dar o tempo [de aula] até

ele chegar, passando matéria e organizando as apre-

sentações de trabalho e até avaliando os colegas,

comentado se está bom e o que pode melhorar”,

conta uma monitora. “Não escolhemos o moni-

tor por desempenho, mas precisa ter perfi l, não é

o mais comunicativo, mas também não pode ser o

mais reservado”, justifi ca a professora responsável

pelo grupo.

A conversa segue boa, mas o ano está acabando.

Tudo 100% por aqui: só a biblioteca, que “poderia ter

um acervo maior”, diz uma estudante. Hum... bom

saber que vocês leem! A quadra também ainda não

está como queremos, pois “poderia ser coberta”.

Sim, sim. Como diria o mestre Luiz Gonzaga, “No

Sempre à frente - avante!

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 13

Page 16: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Nordeste imenso, quando o sol calcina a terra, não se vê uma folha

verde na baixa ou na serra”. Mais uma boa notícia: a escola vai ser

contemplada com o Programa Quadra Viva e aí vai fi car “top”. Que

beleza, não?

E a qualidade da educação ofertada? Ora, ora, sobre isso não po-

demos esquecer. A qualidade está em evidência a partir do diagnós-

tico da rede, pelo SAEPE. Na avaliação externa não dá para marcar

bobeira! Só participar não é o sufi ciente. Claro, é sim importante.

“Ah, esse ano eu vi professora chamando um menino para dentro de

sala, motivando-o a entrar, era fulano ligando para beltrano e sicrano

– ‘hoje tem SAEPE, onde você está?’ – todo mundo participando”,

lembra a gestora, que logo explica: “Precisamos garantir que todo

mundo participe, para depois nos apropriarmos dos resultados. Os

professores estudam os resultados da sua disciplina e os outros pro-

fessores também, para entender. Porque uma difi culdade em física

pode ser, na verdade, em matemática, ou em língua portuguesa, de

interpretação de texto”.

Nesse ano, na escola, fi zeram diferente, colocaram todo mundo

para ler e analisar os resultados – professor e aluno – dos boletins

do pessoal do 3º ano do ensino médio. Isso mesmo, a turma viu

“tintim por tintim” quais eram as difi culdades dos colegas formados e

conseguiu também se ver nelas. “O bacana disso é eles perceberem

a importância e a validade de avaliar para desenvolvermos um bom

trabalho”, orgulha-se um professor que complementa ser “essencial

a análise minuciosa, que observa ‘onde estamos e aonde queremos

chegar’ para melhorar”. Todo o planejamento pautado nos resultados

também passa por avaliação. “Vemos o que deu certo e o que deu

errado, durante e depois do processo. E também nos perguntamos

– ‘Por que deu errado? Por que alguém não fez a sua parte?’ – já que

todo mundo tem que fazer”, expõe a gestora.

Na escola, há o encontro geral com todos os segmentos profi s-

sionais para comentários amplos sobre o ano letivo, numa autoava-

liação institucional. O comprometimento do grupo é singular, não

à toa estamos contando para você. Não ser escola de referência,

mas reunir exemplos, ser muita dedicada, estar aberta às novidades

propostas pelo sistema de ensino têm feito a diferença para a educa-

ção pernambucana. Porque, como dizia Chico Science, “Um passo à

frente e você já não está mais no mesmo lugar”.

O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco – SAEPE

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SAEPE, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela

rede estadual e pelas redes municipais de ensino no que diz respeito aos seus

resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, prin-

cipalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças

e jovens pernambucanos.

Em 2000, o estado de Pernambuco, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade, criou o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco, o SAEPE. Seu objetivo primordial é, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir diagnósticos sobre as redes públicas do estado, permitindo a identifi cação de problemas e virtudes, subsidiando assim ações e políticas públicas que visem a enfrentar os obstáculos encontrados.

Inicialmente, o SAEPE apresentou uma periodicidade diferente da que encontramos em seu modelo atual. Em 2000, 2002 e 2005, foram aplicados testes padronizados, de língua portuguesa e matemática, aos alunos do 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio (e normal médio). Em língua portuguesa, leitura e escrita foram avaliadas. Essas três primeiras edições do SAEPE serviram para que o programa pudesse ser reconfi gurado.

2000

2002

2005

2006

2007

14 SAEPE 2016

Page 17: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco – SAEPE

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SAEPE, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela

rede estadual e pelas redes municipais de ensino no que diz respeito aos seus

resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, prin-

cipalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças

e jovens pernambucanos.

Em 2000, o estado de Pernambuco, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade, criou o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco, o SAEPE. Seu objetivo primordial é, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir diagnósticos sobre as redes públicas do estado, permitindo a identifi cação de problemas e virtudes, subsidiando assim ações e políticas públicas que visem a enfrentar os obstáculos encontrados.

Inicialmente, o SAEPE apresentou uma periodicidade diferente da que encontramos em seu modelo atual. Em 2000, 2002 e 2005, foram aplicados testes padronizados, de língua portuguesa e matemática, aos alunos do 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio (e normal médio). Em língua portuguesa, leitura e escrita foram avaliadas. Essas três primeiras edições do SAEPE serviram para que o programa pudesse ser reconfi gurado.

2000

2002

2005

2006

2007

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 15

Page 18: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

A partir de 2008, o SAEPE tornou-se um sistema de avaliação com periodicidade anual. Dessa maneira, os diagnósticos produzidos a partir dos instrumentos avaliativos passaram a possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas de forma mais célere e contínua. Língua portuguesa e matemática permaneceram sendo os componentes curriculares avaliados no sistema de avaliação e as etapas de escolaridade avaliadas na primeira avaliação, em 2000, também foram mantidas.

Desde 2010, o SAEPE tem avaliado cerca de 380 mil estudantes, das redes municipais e estadual. Ao longo do período, entre 2010 e 2015, o percentual de participação geral da rede estadual passou de 73% para 92%, um valor muito expressivo. Isso signifi ca que os estudantes com participação prevista na avaliação estão, de fato, realizando os testes.

Em 2016, uma mudança signifi cativa ocorreu no SAEPE, no que diz respeito aos anos avaliados. O 2º ano do ensino fundamental, e não o 3º, passou a ser avaliado. O intuito é produzir informações sobre o desenvolvimento do processo de alfabetização, em língua portuguesa e em matemática, a tempo de desenvolver ações capazes de ajustar eventuais problemas identifi cados ao longo desse processo.

Uma participação signifi cativa, como a do SAEPE em 2015, dá maior solidez à mensuração do desempenho estudantil. Em relação às redes municipais, para o mesmo período, o percentual de participação geral variou entre 81% e 87%.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Percentual de Participação

ESTADUAL MUNICIPAL

2008

2013

2009

2014

2010

2015

2011

2016

2012

O que mostram os resultados do SAEPE em relação ao desempenho estudantil?

Para todos os anos avaliados, com exceção do 9º ano do ensino fundamental, observamos melhoria dos

resultados, nas redes municipais e estadual e nos componentes curriculares avaliados.

Os resultados gerais para o 3º ano do ensino fundamental mostram um aumento signifi cativo da profi -

ciência nos quatro últimos ciclos, particularmente quando observamos os ciclos de 2014 e 2015.

No 5º ano do ensino fundamental, a melhora apresenta-se contínua em língua portuguesa, desde 2010,

ao passo que, em matemática, a melhora volta a ser signifi cativa entre 2014 e 2015, visto que, entre 2011 e

2014, os resultados não sofreram mudanças signifi cativas.

O 3º ano do ensino médio apresenta avanços na profi ciência ainda mais expressivos. Para os compo-

nentes curriculares avaliados, as profi ciências médias mostraram melhoras contínuas entre 2010 e 2015,

tanto na rede estadual quanto nas redes municipais. É o que apresentam os gráfi cos a seguir, relativos aos

resultados do ensino médio.

240 248 250 255 259 266

229 234 240 245 251 255

100

150

200

250

300

350

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2010 2011 2012 2013 2014 2015

Pro

ficiê

nc

ia e

m L

íng

ua

Po

rtu

gu

esa

LÍNGUA PORTUGUESA - 3EM

ESTADUAL MUNICIPAL

246 252 256 258 265 267

234 237 242 243 254 258

100

150

200

250

300

350

400

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Pro

ficiê

ncia

em

Mat

em

átic

a

MATEMÁTICA - 3EM

ESTADUAL MUNICIPAL

16 SAEPE 2016

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A partir de 2008, o SAEPE tornou-se um sistema de avaliação com periodicidade anual. Dessa maneira, os diagnósticos produzidos a partir dos instrumentos avaliativos passaram a possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas de forma mais célere e contínua. Língua portuguesa e matemática permaneceram sendo os componentes curriculares avaliados no sistema de avaliação e as etapas de escolaridade avaliadas na primeira avaliação, em 2000, também foram mantidas.

Desde 2010, o SAEPE tem avaliado cerca de 380 mil estudantes, das redes municipais e estadual. Ao longo do período, entre 2010 e 2015, o percentual de participação geral da rede estadual passou de 73% para 92%, um valor muito expressivo. Isso signifi ca que os estudantes com participação prevista na avaliação estão, de fato, realizando os testes.

Em 2016, uma mudança signifi cativa ocorreu no SAEPE, no que diz respeito aos anos avaliados. O 2º ano do ensino fundamental, e não o 3º, passou a ser avaliado. O intuito é produzir informações sobre o desenvolvimento do processo de alfabetização, em língua portuguesa e em matemática, a tempo de desenvolver ações capazes de ajustar eventuais problemas identifi cados ao longo desse processo.

Uma participação signifi cativa, como a do SAEPE em 2015, dá maior solidez à mensuração do desempenho estudantil. Em relação às redes municipais, para o mesmo período, o percentual de participação geral variou entre 81% e 87%.

0%

10%

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30%

40%

50%

60%

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80%

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2010 2011 2012 2013 2014 2015

Percentual de Participação

ESTADUAL MUNICIPAL

2008

2013

2009

2014

2010

2015

2011

2016

2012

O que mostram os resultados do SAEPE em relação ao desempenho estudantil?

Para todos os anos avaliados, com exceção do 9º ano do ensino fundamental, observamos melhoria dos

resultados, nas redes municipais e estadual e nos componentes curriculares avaliados.

Os resultados gerais para o 3º ano do ensino fundamental mostram um aumento signifi cativo da profi -

ciência nos quatro últimos ciclos, particularmente quando observamos os ciclos de 2014 e 2015.

No 5º ano do ensino fundamental, a melhora apresenta-se contínua em língua portuguesa, desde 2010,

ao passo que, em matemática, a melhora volta a ser signifi cativa entre 2014 e 2015, visto que, entre 2011 e

2014, os resultados não sofreram mudanças signifi cativas.

O 3º ano do ensino médio apresenta avanços na profi ciência ainda mais expressivos. Para os compo-

nentes curriculares avaliados, as profi ciências médias mostraram melhoras contínuas entre 2010 e 2015,

tanto na rede estadual quanto nas redes municipais. É o que apresentam os gráfi cos a seguir, relativos aos

resultados do ensino médio.

240 248 250 255 259 266

229 234 240 245 251 255

100

150

200

250

300

350

400

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Pro

ficiê

nc

ia e

m L

íng

ua

Po

rtu

gu

esa

LÍNGUA PORTUGUESA - 3EM

ESTADUAL MUNICIPAL

246 252 256 258 265 267

234 237 242 243 254 258

100

150

200

250

300

350

400

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Pro

ficiê

ncia

em

Mat

em

átic

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MATEMÁTICA - 3EM

ESTADUAL MUNICIPAL

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 17

Page 20: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Outro ponto que merece destaque para todos os anos avaliados – exceção mais uma vez feita ao

9º ano do ensino fundamental, cujos resultados permanecem estáveis ao longo do tempo –, no período

compreendido entre 2010 e 2015, é que o percentual de estudantes nos padrões de desempenho elemen-

tar I e elementar II diminuiu, ao passo que o percentual no padrão desejável aumentou. Isso ocorreu para

ambos os componentes curriculares e ambas as redes, de forma mais discreta em matemática. A seguir, os

exemplos do 3º ano do ensino fundamental, para a rede estadual.

37%44% 40% 38% 41%

27%27% 29% 35% 35% 34%

46%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015

LÍNGUA PORTUGUESA 3EF - Rede Estadual

Elementares Desejável

62% 58% 59% 57%

45%

16% 17% 15% 19%27%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2011 2012 2013 2014 2015

MATEMÁTICA 3EF - Rede Estadual

Elementares Desejável

Os dados de fl uxo e rendimento também são extremamente importantes para que possamos traçar um

perfi l da rede de ensino. Os gráfi cos 1 e 2, por exemplo, que compreende a série histórica de 2010 a 2015,

apresentam o número de matrículas das redes estadual e municipais do estado do Pernambuco. Esses

dados são apresentados para cada segmento: anos iniciais do ensino fundamental, anos fi nais do ensino

fundamental e ensino médio.

Na rede estadual, percebe-se uma queda no número de matrículas no decorrer da série histórica, para os

dois segmentos do ensino fundamental, o que pode ser explicado pela expansão do processo de munici-

palização dessa etapa da educação básica. No ensino médio, há uma diminuição do número de matrículas

entre os anos de 2010 e 2013, elevando-se em 2014 e voltando a declinar no ano de 2015.

Gráfi co 1:

Número de matrículas na Rede Estadual

Gráfico 1: Número de matrículas na Rede Estadual

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

59.935 49.239

32.131 21.367 15.283 11.875

299.051 293.935

268.060

240.246

204.683

177.871

367.813 350.531

334.449 331780 332017316036

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Nas redes municipais, encontramos uma queda do número de matrículas nos anos iniciais do ensino fun-

damental e no ensino médio, no decorrer da série histórica avaliada. Nos anos fi nais do ensino fundamental,

por outro lado, percebemos aumento no número de estudantes matriculados a partir do ano de 2013.

Gráfi co 2:

Número de matrículas nas Redes Municipais

Gráfico 2: Número de matrículas nas Redes Municipais

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

585.214 570.999 568.247 563.720 555.713

538.661

288.705 281.817 280.754 285.155 290.365 297.597

5.663 4.138 3.369 2135 1374 971

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

500.000

550.000

600.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

18 SAEPE 2016

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Outro ponto que merece destaque para todos os anos avaliados – exceção mais uma vez feita ao

9º ano do ensino fundamental, cujos resultados permanecem estáveis ao longo do tempo –, no período

compreendido entre 2010 e 2015, é que o percentual de estudantes nos padrões de desempenho elemen-

tar I e elementar II diminuiu, ao passo que o percentual no padrão desejável aumentou. Isso ocorreu para

ambos os componentes curriculares e ambas as redes, de forma mais discreta em matemática. A seguir, os

exemplos do 3º ano do ensino fundamental, para a rede estadual.

37%44% 40% 38% 41%

27%27% 29% 35% 35% 34%

46%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015

LÍNGUA PORTUGUESA 3EF - Rede Estadual

Elementares Desejável

62% 58% 59% 57%

45%

16% 17% 15% 19%27%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2011 2012 2013 2014 2015

MATEMÁTICA 3EF - Rede Estadual

Elementares Desejável

Os dados de fl uxo e rendimento também são extremamente importantes para que possamos traçar um

perfi l da rede de ensino. Os gráfi cos 1 e 2, por exemplo, que compreende a série histórica de 2010 a 2015,

apresentam o número de matrículas das redes estadual e municipais do estado do Pernambuco. Esses

dados são apresentados para cada segmento: anos iniciais do ensino fundamental, anos fi nais do ensino

fundamental e ensino médio.

Na rede estadual, percebe-se uma queda no número de matrículas no decorrer da série histórica, para os

dois segmentos do ensino fundamental, o que pode ser explicado pela expansão do processo de munici-

palização dessa etapa da educação básica. No ensino médio, há uma diminuição do número de matrículas

entre os anos de 2010 e 2013, elevando-se em 2014 e voltando a declinar no ano de 2015.

Gráfi co 1:

Número de matrículas na Rede Estadual

Gráfico 1: Número de matrículas na Rede Estadual

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

59.935 49.239

32.131 21.367 15.283 11.875

299.051 293.935

268.060

240.246

204.683

177.871

367.813 350.531

334.449 331780 332017316036

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Nas redes municipais, encontramos uma queda do número de matrículas nos anos iniciais do ensino fun-

damental e no ensino médio, no decorrer da série histórica avaliada. Nos anos fi nais do ensino fundamental,

por outro lado, percebemos aumento no número de estudantes matriculados a partir do ano de 2013.

Gráfi co 2:

Número de matrículas nas Redes Municipais

Gráfico 2: Número de matrículas nas Redes Municipais

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

585.214 570.999 568.247 563.720 555.713

538.661

288.705 281.817 280.754 285.155 290.365 297.597

5.663 4.138 3.369 2135 1374 971

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

500.000

550.000

600.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 19

Page 22: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Os dados referentes às taxas de aprovação no período compreendido entre 2010 e 2015, para as redes

estadual e municipais, estão representados nos gráfi cos 3 e 4. Conforme pode ser observado no gráfi co 3, a

taxa de aprovação dos anos fi nais do ensino fundamental e do ensino médio da rede estadual possui grande

oscilação entre os anos de 2010 e 2012. A partir de 2013, essas taxas crescem continuamente, sem apresen-

tar infl exões. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a taxa de aprovação mantém-se estável, praticamente

sem alterações, no período analisado.

Gráfi co 3:

Taxa de Aprovação – Rede EstadualGráfico 3: Taxa de Aprovação – Rede Estadual

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

87,5 86,9 86,9 86,7

86,686,9

77,4

93,5

8081,4

84,985,9

78,5

71,6

81,784

87,288,1

60

70

80

90

100

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Nas redes municipais, a taxa de aprovação dos anos iniciais do ensino fundamental é signifi cativamente

maior que as das demais etapas da educação básica. Apesar de apresentar pequenas oscilações no período,

a taxa de aprovação aumenta e alcança, em 2015, seu maior valor: 88,1%. Nos anos fi nais do ensino funda-

mental, a taxa de aprovação também aumenta ao longo do tempo, alcançando em 2015 o valor de 78,8%.

Já no ensino médio, a taxa de aprovação sofre algumas oscilações no período analisado, atingindo em 2015

o valor de 71,5% – ou seja, 5,9% menor em relação a taxa de 2010. Isso signifi ca que mais alunos foram apro-

vados em 2010 do que em 2015.

Gráfi co 4:

Taxa de Aprovação - Redes Municipais

Gráfico 4: Taxa de Aprovação - Redes Municipais

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

85,486,5 86,2

87,8 87,388,1

74,2

74,3 74,576,3 76,2

78,877,4

73,172,1

74,7 74,1

71,5

60

70

80

90

100

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

O gráfi co 5 apresenta os dados referentes às taxas de rendimento publicadas pelo Inep. Essas taxas são

geradas a partir da soma da quantidade de alunos aprovados, reprovados e que abandonaram a escola ao

fi nal de um ano letivo. Elas são importantes porque geram o Indicador de Rendimento, utilizado no cálculo

do Ideb.

Os dados do gráfi co referem-se apenas à rede estadual, tratando-se de um dado disponibilizado pelo

Inep. Conforme podemos observar, a taxa de rendimento do ensino fundamental – anos fi nais e ensino

médio vem crescendo signifi cativamente no período compreendido entre 2009 e 2015, o que indica que há

cada vez menos alunos sendo reprovados e abandonando os estudos. Por outro lado, a taxa de rendimento

do ensino fundamental – anos iniciais mantém-se estável, praticamente inalterada, no período.

20 SAEPE 2016

Page 23: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Os dados referentes às taxas de aprovação no período compreendido entre 2010 e 2015, para as redes

estadual e municipais, estão representados nos gráfi cos 3 e 4. Conforme pode ser observado no gráfi co 3, a

taxa de aprovação dos anos fi nais do ensino fundamental e do ensino médio da rede estadual possui grande

oscilação entre os anos de 2010 e 2012. A partir de 2013, essas taxas crescem continuamente, sem apresen-

tar infl exões. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a taxa de aprovação mantém-se estável, praticamente

sem alterações, no período analisado.

Gráfi co 3:

Taxa de Aprovação – Rede EstadualGráfico 3: Taxa de Aprovação – Rede Estadual

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

87,5 86,9 86,9 86,7

86,686,9

77,4

93,5

8081,4

84,985,9

78,5

71,6

81,784

87,288,1

60

70

80

90

100

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Nas redes municipais, a taxa de aprovação dos anos iniciais do ensino fundamental é signifi cativamente

maior que as das demais etapas da educação básica. Apesar de apresentar pequenas oscilações no período,

a taxa de aprovação aumenta e alcança, em 2015, seu maior valor: 88,1%. Nos anos fi nais do ensino funda-

mental, a taxa de aprovação também aumenta ao longo do tempo, alcançando em 2015 o valor de 78,8%.

Já no ensino médio, a taxa de aprovação sofre algumas oscilações no período analisado, atingindo em 2015

o valor de 71,5% – ou seja, 5,9% menor em relação a taxa de 2010. Isso signifi ca que mais alunos foram apro-

vados em 2010 do que em 2015.

Gráfi co 4:

Taxa de Aprovação - Redes Municipais

Gráfico 4: Taxa de Aprovação - Redes Municipais

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

85,486,5 86,2

87,8 87,388,1

74,2

74,3 74,576,3 76,2

78,877,4

73,172,1

74,7 74,1

71,5

60

70

80

90

100

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

O gráfi co 5 apresenta os dados referentes às taxas de rendimento publicadas pelo Inep. Essas taxas são

geradas a partir da soma da quantidade de alunos aprovados, reprovados e que abandonaram a escola ao

fi nal de um ano letivo. Elas são importantes porque geram o Indicador de Rendimento, utilizado no cálculo

do Ideb.

Os dados do gráfi co referem-se apenas à rede estadual, tratando-se de um dado disponibilizado pelo

Inep. Conforme podemos observar, a taxa de rendimento do ensino fundamental – anos fi nais e ensino

médio vem crescendo signifi cativamente no período compreendido entre 2009 e 2015, o que indica que há

cada vez menos alunos sendo reprovados e abandonando os estudos. Por outro lado, a taxa de rendimento

do ensino fundamental – anos iniciais mantém-se estável, praticamente inalterada, no período.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 21

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Gráfi co 5:

Taxa de Rendimento

Gráfico 5: Taxa de Rendimento

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

0,870,88

0,870,87

0,72

0,78

0,81

0,86

0,78

0,81

0,86

0,89

0,60

0,65

0,70

0,75

0,80

0,85

0,90

0,95

2009 2011 2013 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Os gráfi cos a seguir retratam algumas informações socioeconômicas dos professores da rede estadual

e das redes municipais de ensino do estado de Pernambuco. Podemos notar, no gráfi co 6, que ambas as

redes apresentam alta participação de professores com pós-graduação, na modalidade de especialização,

bem como baixo percentual de professores com mestrado e doutorado. No que se refere à experiência, as

diferenças entre as redes de ensino não são substanciais, como mostra o gráfi co 7.

Gráfi co 6:

Escolaridade dos ProfessoresGráfico 6: Escolaridade dos Professores

0,7%

1,4%

24,1%

2,9%

66,9%

3,7%

13,0%

18,6%

18,9%

3,3%

44,5%

1,6%

0,1%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%

Ensino Médio - Magistério.

Ensino Superior - Pedagogia ou Normal Superior.

Ensino Superior - Licenciatura.

Ensino Superior - Outros.

Especialização (mínimo de 360 horas).

Mestrado.

Doutorado ou posterior.

MUNICIPAIS ESTADUAL

Gráfi co 7:

Experiência dos Professores

Gráfico 7: Experiência dos Professores

0%2%

8%

16%

12%

18%

48%

43%

24%22%

25%

18%

23%

19%

8% 9%

16%18%

4%7%

25%22%

6% 6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

ESTADUAL MUNICIPAIS ESTADUAL MUNICIPAIS

Experiência Total Experiência na Escola

Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.

22 SAEPE 2016

Page 25: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Gráfi co 5:

Taxa de Rendimento

Gráfico 5: Taxa de Rendimento

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

0,870,88

0,870,87

0,72

0,78

0,81

0,86

0,78

0,81

0,86

0,89

0,60

0,65

0,70

0,75

0,80

0,85

0,90

0,95

2009 2011 2013 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Os gráfi cos a seguir retratam algumas informações socioeconômicas dos professores da rede estadual

e das redes municipais de ensino do estado de Pernambuco. Podemos notar, no gráfi co 6, que ambas as

redes apresentam alta participação de professores com pós-graduação, na modalidade de especialização,

bem como baixo percentual de professores com mestrado e doutorado. No que se refere à experiência, as

diferenças entre as redes de ensino não são substanciais, como mostra o gráfi co 7.

Gráfi co 6:

Escolaridade dos ProfessoresGráfico 6: Escolaridade dos Professores

0,7%

1,4%

24,1%

2,9%

66,9%

3,7%

13,0%

18,6%

18,9%

3,3%

44,5%

1,6%

0,1%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%

Ensino Médio - Magistério.

Ensino Superior - Pedagogia ou Normal Superior.

Ensino Superior - Licenciatura.

Ensino Superior - Outros.

Especialização (mínimo de 360 horas).

Mestrado.

Doutorado ou posterior.

MUNICIPAIS ESTADUAL

Gráfi co 7:

Experiência dos Professores

Gráfico 7: Experiência dos Professores

0%2%

8%

16%

12%

18%

48%

43%

24%22%

25%

18%

23%

19%

8% 9%

16%18%

4%7%

25%22%

6% 6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

ESTADUAL MUNICIPAIS ESTADUAL MUNICIPAIS

Experiência Total Experiência na Escola

Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 23

Page 26: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Os dados da avaliação possuem informações mais amplas do que as expostas

neste breve resumo sobre o SAEPE. De todo modo, a partir dessas informações,

tendo em vista a melhora diagnosticada, podemos levantar hipóteses sobre os mo-

tivos pelos os quais ela foi obtida. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes

fontes.

Esse é um exercício que cabe a todos os profi ssionais envolvidos com a educa-

ção no estado de Pernambuco. Os resultados da avaliação podem ser o ponto de

partida para uma série de refl exões acerca das políticas públicas educacionais e das

ações, pedagógicas e de gestão, no interior de cada escola, pois os resultados do

SAEPE são, na verdade, um dos muitos, aspectos que envolvem a realidade edu-

cacional das redes de ensino. Debruçar-se sobre os resultados e analisá-los é uma

ação essencial para que os mesmos cumpram um importante papel na garantia do

direito que toda criança tem de aprender!

24 SAEPE 2016

Page 27: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Os resultados alcançados em 2016resultados

Professor, apresentamos os resultados alcançados

pela sua escola na avaliação de língua portugue-

sa e matemática do SAEPE 2016. É importante que

você leia, analise e compreenda as informações.

Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-

prescindível que toda a escola seja envolvida na

discussão desses dados. Acreditamos que a escola

capaz de fazer a diferença é, também, aquela que

consegue garantir a aprendizagem dos seus estu-

dantes, interpretando, analisando e utilizando as

informações da avaliação educacional – externa e

interna –, com vistas à melhoria permanente dos re-

sultados.

Nesta seção você encontra os resultados de cada

etapa de escolaridade avaliada, seguidos de um ro-

teiro de leitura e interpretação das informações dis-

poníveis. Em primeiro lugar, são apresentados os

resultados de proficiência média, a distribuição dos

estudantes pelos padrões de desempenho e a parti-

cipação. Em seguida, estão dispostos os percentuais

de acerto em relação às habilidades avaliadas nos

testes. Cada tipo de resultado conta com roteiro es-

pecífico.

Além disso, são apresentadas informações acerca

do contexto de sua escola, como o Índice Socioe-

conômico (ISE). É importante ressaltar que, além dos

resultados apresentados nesta revista, as escolas do

estado de Pernambuco possuem o Idepe como in-

dicador de qualidade da educação.

O que é o Idepe?

O Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco

(Idepe) é um índice que reúne dois elementos importantes para

a qualidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas

avaliações em larga escala. O índice é calculado com base nos

dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Escolar, e nos

dados de desempenho, obtidos através dos testes padroniza-

dos do SAEPE. Dessa forma, o Idepe, calculado de modo seme-

lhante ao Ideb, apresenta resultados sintéticos, permitindo traçar

metas de qualidade para os sistemas de ensino, específicos para

cada escola.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 25

Page 28: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

O que é o ISE – Índice Socioeconômico?

O Índice Socioeconômico (ISE) reúne infor-

mações sobre as condições sociais, culturais e

econômicas dos estudantes e de suas famílias.

Levando em conta uma série de aspectos, como

a escolaridade dos pais e a posse de bens (ma-

teriais e culturais), o ISE é uma importante infor-

mação para a compreensão do desempenho es-

colar, tendo em vista que ele é influenciado por

diversos fatores, entre eles, o contexto social da

escola e as condições econômicas e sociais das

famílias dos alunos.

» Ter um ou mais banheiros

» Ter uma ou mais geladeiras

» Ter de 1 a 20 livros

» Ter mãe com os anos iniciais do ensino fundamental completo

» Ter pai com os anos iniciais do ensino fundamental completo

» Ter coleta de lixo no domicílio

» Ter uma ou mais máquinas de lavar roupa

» Ter um smartphone

» Ter acesso à internet

» Morar em rua com calçamento

» Ter pai com os anos finais do ensino fundamental completo

» Ter mãe com os anos finais do ensino fundamental completo

» Ter um ou mais micro-ondas

» Ter um ou mais computadores

» Ter um ou mais automóveis

» Ter um quarto próprio

» Ter mãe com ensino médio completo

» Ter pai com ensino médio completo

» Ter dois ou mais smartphones

» Não ter familiar que receba Bolsa Família

» Ter um ou mais videogames

» Ter um ou mais ares-condicionados

» Ter pai com ensino superior completo

» Ter mãe com ensino superior completo

» Ter mais de 21 livros

Nível

Os níveis de ISE calculados para o SAEPE são:

Nível

Nível 1

+Nível 1

+Nível 1 e 2

+Nível 1, 2 e 3

+Nível 1, 2,3 e 4

+

Nível Nível Nível1 2 3 4 5

26 SAEPE 2016

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Resu

ltado

s da

esc

ola

Resultados da escola

Page 30: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Resu

ltado

s da

esc

ola

Page 31: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Roteiros de leitura e análise de resultados

Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-

ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros

com orientações, passo a passo, de como deve ser

feita a leitura e a interpretação dos resultados do

SAEPE 2016, em cada etapa de escolaridade ava-

liada. Para isso, você deve reproduzir as atividades

para cada uma das etapas.

Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-

tados da avaliação em larga escala, é importante,

ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Lar-

ga Escala, disponível em www.saepe.caedufjf.net,

bem como os padrões de desempenho estudan-

til, os quais descrevem, pedagogicamente, o sig-

nificado das médias alcançadas pelos estudantes

da rede estadual e das redes municipais de Per-

nambuco que participaram do SAEPE 2016. Essas

descrições estão disponíveis na seção Padrões de

desempenho desta revista e ilustrados com itens

representativos de cada padrão.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 29

Page 32: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do SAEPE em língua portuguesa e matemática.

Esta é a primeira informação sobre o desem-

penho dos estudantes de sua escola: a média de

proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas

edições do SAEPE, na disciplina língua portuguesa

e matemática, em cada etapa avaliada. A observa-

ção da média nos ajuda a verificar a melhoria da

qualidade da educação ofertada, a partir da evolu-

ção do desempenho da escola ao longo do tem-

po.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os

alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos.

Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.

1

30 SAEPE 2016

Page 33: SAEPE Sistema de Avaliação revista do Educacional de … … · PROFESSOR revista do >>> SAEPE 2016 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ALFABETIZAÇÃO ISSN 1948-560X

Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas

edições do SAEPE, em uma determinada etapa, e preencha o quadro a seguir.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE

2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?

( ) Está aumentando

( ) Está estável

( ) Está diminuindo

OBS.:

2015

2016

Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a

evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso

pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do SAEPE.

Repita o processo para todas as etapas avaliadas.

ATIVIDADE 1

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do SAEPE.

Depois de observar a proficiência da escola,

vamos verificar como os estudantes estão distri-

buídos pelos padrões de desempenho. De acordo

com a proficiência alcançada no teste, um estu-

dante demonstra determinado perfil ou padrão de

desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência

desse estudante, mais elevado é o seu padrão de

desempenho.

Entretanto, em uma turma ou em uma escola,

os estudantes apresentam diferentes padrões de

desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar

para que haja menos estudantes nos padrões mais

baixos, aumentando o percentual nos padrões

mais elevados, pois almejamos uma educação que

seja de qualidade e para todos. Por isso, essa aná-

lise é tão importante, professor. Ela lhe dará infor-

mações fundamentais para o seu planejamento,

para a construção permanente do projeto políti-

co-pedagógico e para a definição de metas, estra-

tégias e metodologias adequadas às necessidades

dos seus alunos.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 31

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Observe o segundo gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o per-

centual de estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida,

acrescente o número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO ELEMENTAR I ELEMENTAR II BÁSICO DESEJÁVEL

2014

2015

2016% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos

C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer

que os estudantes da sua escola apresentaram:

( ) Melhora gradativa

( ) Estabilidade no desempenho

( ) Queda no desempenho

C Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-

tados.

C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais

baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os

estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito à

aprendizagem garantido.

2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no padrão básico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

ATIVIDADE 2

32 SAEPE 2016

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Dados de participação nas avaliações do SAEPE nas três últimas edições

Depois de observar o desempenho alcançado

pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar

como foi a participação no teste. O indicador de

participação revela o nível de adesão à avaliação e

é uma informação muito importante para que os

resultados alcançados possam ser generalizados.

Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-

dantes nos testes, mais consistente é o resultado

de desempenho alcançado. Consideramos como

percentual mínimo para a generalização dos resul-

tados da escola uma participação acima de 75%.

Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola

para a etapa de escolaridade que você está analisando.

EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO ANÁLISE

2014

Ao longo do tempo a participação

( ) cresceu;

( ) ficou estável;

( ) diminuiu.

Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola em relação aos anos anteriores.

Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do SAEPE?

Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste com a sua frequência às aulas.

2015

2016

ATIVIDADE 3

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 33

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Agora que você identificou os resultados da sua escola, já pode avançar um pouco mais nas

suas reflexões, respondendo, junto com seus pares, aos seguintes questionamentos:

C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?

C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou

houve mudança? Caso tenha ocorrido mudança, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?

ATIVIDADE 4

Outra interpretação pedagógica dos resultados é identificar as habilidades desenvolvidas, ou

não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se encontram.

Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá à seção

Padrões de desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas por cada grupo

de estudantes.

ELEMENTAR I ELEMENTAR II BÁSICO DESEJÁVEL

Nº de estudantes

Habilidades desenvolvidas

C Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes

desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que

os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-

dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.

ATIVIDADE 5

34 SAEPE 2016

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ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados

longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes disciplinas.

Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a

ajuda da escala.

Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.

Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.

O QUE FAZER COM OS DADOS

O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 35

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Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.

Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.

Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.

Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos

padrões de desempenho.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não

são capazes de aprender.

Entender que os alunos que se encontram em um padrão de

desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em

outra.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte

do professor e da escola.

Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para

todas as etapas e disciplinas avaliadas.

PADRÕES DE DESEMPENHO

36 SAEPE 2016

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Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.

Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.

Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para

que o percentual aumente ainda mais.

PARTICIPAÇÃO

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 37

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DADOS CONTEXTUAIS

Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.

Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.

Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.

Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.

Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.

Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da

aprendizagem dos alunos.

METAS

ISE

38 SAEPE 2016

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Resu

ltado

s po

r tur

ma

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Resu

ltado

s po

r tur

ma

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Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso aos resultados de cada turma da escola.

2

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 41

Proficiência alcançada por cada turma na avaliação do SAEPE 2016, em língua portuguesa e matemática.

Para cada turma, apresentamos os resultados

de proficiência, padrão de desempenho e parti-

cipação com base na Teoria da Resposta ao Item

(TRI) e o percentual de acerto por habilidade com

base na Teoria Clássica dos Testes (TCT). É impor-

tante conhecer e refletir sobre cada um.

C Analise a proficiência média das turmas e o padrão em que elas estão localizadas. Há gran-

des diferenças de desempenho entre as turmas?

C E entre os turnos, há diferenças?

C Como foi a participação das turmas?

C Dialogue com seus pares e levante possíveis hipóteses para esses resultados.

TURMA3 PROFICIÊNCIA MÉDIA

PADRÃO DE DESEMPENHO (DE ACORDO COM A MÉDIA) PARTICIPAÇÃO

3 Caso haja mais turmas avaliadas, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todas as turmas.

ATIVIDADE 1

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42 SAEPE 2016

Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo SAEPE 2016

Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação

das turmas é hora de analisar as habilidades avaliadas no SAEPE 2016 e verificar quais apresentaram

maiores dificuldades para os alunos. Analise a proficiência média das turmas e o padrão em que

elas estão localizadas. Há grandes diferenças de desempenho entre as turmas?

C Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

C Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto

referente a ela4 .

C No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada

descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

4 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

ATIVIDADE 2

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Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 43

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Padrões de desempenho

Para caracterizar o desenvolvimento de habilida-

des e competências, são definidos padrões de

desempenho estudantil. A partir deles, você, profes-

sor, pode enriquecer sua prática docente e organi-

zar melhor as intervenções pedagógicas, seja de re-

cuperação, reforço ou aprofundamento, de acordo

com o perfil cognitivo dos estudantes identificado

pela avaliação.

Esta seção contém informações sobre os pa-

drões de desempenho e as habilidades e competên-

cias alocadas nos intervalos menores da escala. Um

conjunto de níveis constitui um padrão de desem-

penho.

Além disso, apresentamos item exemplar para

cada padrão. Esse item corresponde à avaliação

de uma das habilidades compreendidas nesse in-

tervalo. As descrições das habilidades relativas aos

padrões de desempenho de língua portuguesa e

matemática estão de acordo com a descrição pe-

dagógica apresentada pelo CAEd, na análise dos

resultados do SAEPE 2016.

/// Elementar I

Padrão de desempenho muito abaixo do mínimo esperado para a etapa de escolaridade e área do conhecimento avaliadas. Para os alunos que se encontram neste padrão, deve ser dada atenção especial, exigindo uma ação pedagógica intensiva por parte da instituição escolar.

/// Elementar II

Padrão de desempenho considerado básico para a etapa e área de conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão caracterizam-se por um processo inicial de desenvolvimento das competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade em que estão situados.

/// Básico

Padrão de desempenho considerado adequado para a etapa e área do

conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão demonstram

ter desenvolvido as habilidades essenciais referentes à etapa de escolaridade em que

se encontram.

/// Desejável

Padrão de desempenho desejável para a etapa e área de conhecimento avaliadas.

Os alunos que se encontram neste padrão demonstram desempenho além do esperado para a etapa de escolaridade em

que se encontram.

44 SAEPE 2016

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Elementar ILíngua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental

ATÉ 350 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

Os estudantes cuja proficiência localiza-se até o ponto 350 da escala de proficiência fazem distinção en-

tre a escrita e outras formas de representação, como desenhos, garatujas, formas geométricas e/ou outros

símbolos e reconhecem as direções da escrita (da direita para a esquerda e de cima para baixo).

Aqueles que estão no limite da passagem deste padrão ao subsequente, além das habilidades descritas

anteriormente, conseguem identificar sílabas iniciais e finais em palavras canônicas dissílabas ou trissílabas.

Tais estudantes identificam em um poema de pequena extensão e vocabulário simples palavras que rimam.

Dado o perfil iniciante dos estudantes nas experiências com o sistema alfabético, necessitam de uma

intervenção pedagógica sistematizada para o desenvolvimento da consciência fonológica e domínio das

convenções do sistema alfabético. Trata-se de elementos fundamentais para a compreensão leitora de tex-

tos de diferentes gêneros.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 45

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Esse item avalia a habilidade de identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos. O

desenvolvimento dessa habilidade é importante, pois contribui para a percepção de que a letra possui um

traçado específico, diferenciando-se, assim, de outras representações gráficas que circulam socialmente.

Para acertar o item, o estudante precisa analisar as placas apresentadas nas alternativas e localizar aquela

que apresenta somente letras, distinguindo-a das demais, que apresentam a combinação de sinais gráficos

com significados específicos.

Os estudantes que marcaram a alternativa A, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada pelo item,

uma vez que identificaram, dentre as alternativas, a placa “AVENIDA SÃO PAULO” como aquela em que apa-

recem somente letras.

(P020073G5) Faça um X no quadradinho da placa onde aparecem somente letras.

46 SAEPE 2016

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Elementar IILíngua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental

DE 350 A 450 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

Os estudantes pertencentes ao padrão de desempenho elementar II situam-se na faixa de 350 a 450

pontos da escala de proficiência. Nesse padrão, os estudantes reconhecem as letras do alfabeto. Quan-

to à Apropriação do sistema alfabético, esses estudantes leem palavras, especialmente as paroxítonas, e

leem frases com estrutura sintática simples (sujeito/verbo/complemento). Conseguem ainda identificar o

número de sílabas de palavras canônicas e não canônicas. Tais constatações indicam que esses estudantes

desenvolveram habilidades iniciais de leitura de palavras, sendo um marco importante em seu processo de

alfabetização.

Esses estudantes também identificam uma mesma palavra escrita em diferentes padrões gráficos (de

imprensa ou cursiva representada na letra maiúscula ou minúscula) e interpretam textos que articulam ele-

mentos verbais e não verbais, como histórias em quadrinhos e tirinhas.

Os estudantes, que se encontram mais ao final desse intervalo de escala, reconhecem gêneros textuais

que circulam em diferentes instâncias sociais, em contextos mais familiares, como por exemplo: receita,

convite e bilhete.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 47

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Esse item avalia a habilidade de ler palavras formadas por sílabas canônicas. O suporte

apresenta a imagem de uma palavra paroxítona, composta por duas sílabas no padrão ca-

nônico, ou seja, formadas por consoante e vogal, o que pode ter contribuído para facilitar

a resolução da tarefa.

Para acertar o item, o estudante precisa ler integralmente as palavras apresentadas nas

alternativas e atribuir sentido às mesmas, observando semelhanças e diferenças silábicas e

fonéticas entre elas para, então, identificar aquela que nomeia a figura.

Os estudantes que optaram pela alternativa C, o gabarito, desenvolveram a habilidade

avaliada, identificando corretamente que a palavra que dá nome à figura é “VACA”.

(P030499G5) Veja a figura abaixo.

Qual é o nome dessa figura?

FACA

PAGA

VACA

VAGA

48 SAEPE 2016

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BásicoLíngua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

Os estudantes cuja proficiência localiza-se entre 450 e 525 pontos da escala de proficiência encon-

tram-se no padrão de desempenho básico. Com relação à Apropriação do sistema alfabético, ampliam sua

habilidade de identificar rimas, localizando as que aparecem distantes em um texto. Além disso, ampliam a

habilidade de identificar as sílabas de uma palavra, nesse caso, reconhecem a sílaba medial de um par de

palavras apresentadas entre outras com semelhança sonora, demonstrando o desenvolvimento da cons-

ciência fonológica. Esses estudantes reconhecem a função dos espaços em branco na segmentação da

escrita e leem palavras compostas por diferentes padrões silábicos, assim como frases. Também resolvem

tarefas que envolvem a habilidade de localizar informação explícita (que se encontra na superfície textual)

em textos de gêneros que circulam em diferentes instâncias sociais.

Aqueles com proficiência alocada nesse padrão também identificam as variações de som dos grafemas

em palavras iniciadas por uma letra com uma única realização sonora/fonética.

Outro traço distintivo deste padrão de desempenho é o fato de os estudantes interpretarem textos que

conjugam linguagem verbal e não verbal, como histórias em quadrinhos, e textos exclusivamente verbais de

pequena extensão, realizando inferências.

DE 450 A 525 PONTOS

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 49

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Esse item avalia a habilidade de ler frases. A leitura de frases exige

que o estudante não apenas decodifique as palavras que as compõem,

mas que as retome ao final da leitura para produzir um sentido global à

sentença.

Para acertar o item, o estudante precisa ler as frases apresentadas nas

alternativas e associá-las à cena utilizada como suporte. O fato de todas

as frases apresentarem o mesmo sujeito e serem escritas com palavras

finais que rimam requer que o estudante leia as alternativas integralmente

para identificar qual é a frase que corresponde à cena apresentada como

suporte ao item.

Os estudantes que optaram pela alternativa A como resposta, o gaba-

rito, identificaram corretamente a frase “A MENINA ANDA DE PATINETE”

como aquela que descreve a cena retratada no item.

(P020165G5) Veja a cena abaixo.

Faça um X na frase que conta o que acontece nessa cena.

A MENINA ANDA DE PATINETE.

A MENINA COME A CIGARRETE.

A MENINA GOSTA DE CHARRETE.

A MENINA PEGA O COTONETE.

50 SAEPE 2016

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DesejávelLíngua Portuguesa - 2º ano do Ensino Fundamental

ACIMA DE 525 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

Os estudantes do padrão de desempenho desejável situam-se na faixa acima de 525 pontos da escala

de proficiência. Eles reconhecem a função comunicativa de gêneros textuais presentes nas práticas de letra-

mento escolar. É possível encontrar, nesse grupo, estudantes que não apenas já alcançaram as expectativas

de aprendizagem em leitura previstas para esta etapa de escolarização, como já se encontram em processo

de consolidação de outras mais sofisticadas.

Esses estudantes são capazes de interagir satisfatoriamente com textos mais extensos, localizando in-

formações que se encontram na superfície textual e produzindo inferências a partir da conjugação dessas

informações, mesmo quando os textos são exclusivamente verbais. Além disso, identificam o assunto de

um texto e o efeito de sentido decorrente de recursos gráficos, seleção lexical e repetição. Esses estudantes

também já identificam elementos de narrativas, como personagens, tempo e lugar onde os fatos aconte-

cem.

Leitores com desempenho acima do desejado além de serem considerados alfabetizados, conseguem

interagir com autonomia diante de diferentes gêneros textuais, demonstrando compreensão leitora. Isso por

conseguirem acionar estratégias de leitura diversificadas como: a relação entre título e texto e a observação

da fonte e das características que definem um determinado gênero textual apresentado em sua forma ca-

nônica tanto para reconhecimento do gênero quanto da finalidade.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 51

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Esse item avalia a habilidade de reconhecer o assunto de um texto

lido. Nesse caso, o gênero escolhido para avaliar a tarefa proposta pelo

item é um texto, que circula socialmente com o propósito comunicativo

de informar, é de curta extensão e um vocabulário específico do proces-

so de fabricação industrial.

Para identificar o assunto do texto, o estudante precisa relacionar as

diversas informações apresentadas e, então, identificar que o tema abor-

dado é a fabricação do espelho. O fato de o gabarito ser uma paráfrase

do título “Como é feito o espelho?” – “A fabricação do espelho”, pode

ter contribuído para dificultar a realização da tarefa, pois esse processo

cognitivo é inferencial.

Os estudantes que marcaram a alternativa B, o gabarito, demonstra-

ram ter desenvolvido a habilidade avaliada, pois reconheceram correta-

mente o tema central do texto.

Leia o texto abaixo.

Como é feito o espelho?

O espelho é formado por três camadas: uma de vidro, uma de metal e outra escura. Na fabricação, primeiro se fazem a limpeza e o polimento do vidro. Então, vem uma camada de metal, normalmente prata, junto com um produto que o faz aderir ao vidro. Depois, aplica-se tinta preta atrás da superfície de metal para absorver a luz e evitar que ela “vaze”. Por último, o espelho vai para uma estufa, para que a tinta seque.

Disponível em: <mundoestranho.abril.com.br>. Acesso em: 10 maio 2014. (P030585G5_SUP)

(P030586G5) Qual é o assunto desse texto?

A cor da camada de vidro.

A fabricação do espelho.

A forma de cuidar do vidro.

A superfície de metal.

52 SAEPE 2016

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Elementar IMatemática - 2º ano do Ensino Fundamental

ATÉ 425 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

No domínio Espaço e Forma, no trabalho referente a figuras geométricas, o estudante com desempenho

alocado nesse padrão relaciona objetos do cotidiano à forma do cilindro e da pirâmide e, no que se refere

à localização no espaço, identifica a localização de pessoas ou objetos utilizando o conceito “em cima”.

Já no domínio Grandezas e Medidas, o estudante desse nível é capaz de identificar instrumentos de

medida de massa e de comprimento, além de identificar objetos por meio dos atributos de tamanho e es-

pessura.

No domínio Números e Operações/Álgebra e Funções, o estudante relaciona números de um algarismo

à sua escrita por extenso e associa quantidades de até 12 objetos à representação numérica.

Já no domínio Tratamento da Informação, o estudante demonstra ser capaz de ler e selecionar informa-

ções de maior frequência de dados apresentados em gráficos de quatro e cinco colunas.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 53

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a representação de figuras tridimensionais.

Para acertá-lo, os estudantes devem associar o copo apresentado no suporte do item à representação

geométrica do cilindro entre as figuras tridimensionais apresentadas nas alternativas. Os estudantes devem

perceber as semelhanças entre as características do copo e a representação geométrica do cilindro, enten-

dendo que ambos são corpos redondos e que possuem duas bases opostas e paralelas com forma circular.

Portanto, os estudantes que marcaram a alternativa A, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

por esse item.

Questão ## M020138H6

Observe abaixo o desenho de um copo.

A forma desse copo se assemelha a qual sólido geométrico?

54 SAEPE 2016

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Elementar IIMatemática - 2º ano do Ensino Fundamental

DE 425 A 500 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

No domínio Espaço e Forma, no trabalho referente a figuras geométricas, o estudante com desempenho

alocado nesse padrão, além de identificar triângulos e círculos, levando em consideração suas caracterís-

ticas, é capaz de identificar em objetos do cotidiano a forma do triângulo e do círculo. No campo da loca-

lização no espaço, o estudante identifica a localização de pessoas ou objetos, utilizando os conceitos de

direcionalidade: mais distante, entre e embaixo de.

Já no domínio Grandezas e Medidas, o estudante desse nível é capaz de ler horas exatas em relógio

digital e reconhecer que um mês tem 30 dias. No que corresponde às medidas de valor, ele reconhece o

valor de um agrupamento de cédulas ou de cédulas e moedas e realiza trocas de moedas e cédulas por uma

cédula com valor até 10 reais, evidenciando saber determinar equivalências de um mesmo valor, utilizando

diferentes cédulas e moedas.

O estudante, no domínio Números e Operações/Álgebra e Funções, alocado no padrão elementar II, é

capaz de relacionar números de 2 algarismos a diferentes representações escritas, comparar números na-

turais, identificando o maior número natural de até 2 algarismos, reconhecer o segundo elemento de uma

fila e os quatro primeiros termos de uma sequência de números naturais de até 2 algarismos. Esse estudante

também compara quantidades pela contagem. No trabalho com as operações, ele consegue calcular o re-

sultado da adição de dois números naturais formados por até 2 algarismos sem reagrupamento, e da adição

de três números naturais de 1 algarismo. Além disso, resolve problemas que requerem a compreensão do

significado de retirar da subtração com números de até 2 algarismos, com resultado menor que 20.

No domínio Tratamento da Informação, o estudante identifica informações e dados apresentados em

tabelas de até quatro linhas, com ou sem o apoio de imagens, envolvendo números naturais de até 2 alga-

rismos e demonstra ser capaz de ler e selecionar informações de menor frequência de dados apresentados

em gráficos de quatro e cinco colunas.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 55

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Esse item avalia a habilidade de calcular o resultado da

adição entre números naturais formados por 1 algarismo.

Para resolver o item, os estudantes precisam reco-

nhecer que o sinal operatório apresentado no item traz

consigo a ideia de adição. Em seguida, devem somar os 3

números apresentados, encontrando como resultado 20.

Os estudantes que optaram pela alternativa C, o gaba-

rito, provavelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

pelo item.

Questão ## M020168E4

Resolva a operação abaixo.

3 8+ 9____

Qual é o resultado dessa operação?

14

19

20

21

56 SAEPE 2016

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BásicoMatemática - 2º ano do Ensino Fundamental

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

No domínio Espaço e Forma, no que se refere ao trabalho de localização no espaço, o estudante desse

nível, além de possuir as habilidades descritas no padrão anterior, demonstra identificar a localização de

pessoas ou objetos tendo como referência a posição do estudante (esquerda).

No domínio Grandezas e Medidas, o estudante consegue, em relação ao trabalho com as medidas de

tempo, identificar o relógio analógico que marca a hora exata descrita em um contexto. Além disso, reco-

nhece e utiliza as unidades usuais de medidas de tempo, convertendo dias em semanas.

No domínio Números e Operações/Álgebra e Funções, o estudante com desempenho alocado nesse

padrão demonstra, no trabalho com números, saber comparar números naturais, identificando o maior nú-

mero dentre números naturais de até 2 algarismos e identifica o antecessor de um número natural de até 2

algarismos. Já no campo das operações, o estudante é capaz de calcular o resultado da adição ou subtração

de números naturais, formados por até 2 algarismos com reagrupamento, resolve problema envolvendo o

significado de juntar/acrescentar da adição com números de até 2 algarismos, com ou sem apoio de ima-

gem. O estudante consegue, também, resolver problemas envolvendo multiplicação com significado de

soma de parcelas iguais e com significado comparativo (dobro).

No domínio Tratamento da Informação, quanto ao trabalho com representação de dados, é capaz de

identificar informações em tabelas de cinco linhas de dados numéricos limitados a números de 2 algarismos.

Consegue também ler gráfico de colunas identificando informações e dados associando as informações

dos eixos.

DE 500 A 575 PONTOS

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 57

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes lerem informações e

dados apresentados em gráficos.

Para resolver esse item, os estudantes devem observar que o gráfico

apresenta cinco colunas e que cada uma indica a quantidade de estu-

dantes das diferentes turmas de uma escola. O comando solicita que os

estudantes identifiquem a quantidade de alunos que pertencem ao 4º

ano, logo, eles precisam identificar no eixo horizontal qual coluna indica

essa quantidade e, em seguida, observar sua correspondência no eixo

vertical. Aqueles estudantes que optaram pela alternativa C possivelmen-

te desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

Questão ## M020499E4

Observe abaixo o gráfico com a quantidade de estudantes por turma de uma escola.

Qua

ntid

ade

de e

stud

ante

s

Turmas

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano

33302724211815129630

De acordo com esse gráfi co, a quantidade de estudantes do 4º ano é

A) 21

B) 24

C) 27

D) 30

58 SAEPE 2016

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DesejávelMatemática - 2º ano do Ensino Fundamental

ACIMA DE 575 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

No domínio Espaço e Forma, no padrão desejável, o estudante amplia suas habilidades, demonstrando

ser capaz de identificar a localização de pessoas ou objetos tendo como referência a posição do aluno e a

posição de outro objeto (direita).

No domínio Grandezas e Medidas, expandida a habilidade de agrupar moedas e notas, manifestada no

padrão elementar II, o estudante é capaz de, em um problema, estabelecer trocas de um agrupamento de

moedas por cédulas de um mesmo valor. Já no campo das medidas de tempo, além das habilidades apre-

sentadas no padrão anterior, o estudante é capaz de ler horas exatas em relógio analógico e, além disso, já

consegue, em um problema, reconhecer e utilizar as unidades usuais de medidas de tempo: meses e anos.

No domínio Números e Operações/Álgebra e Funções, no campo dos números, o estudante demonstra

ser capaz de ordenar crescentemente uma sequência de números naturais de até 2 algarismos. Além disso,

agora, nesse padrão, o estudante avança um pouco mais e resolve problemas com números naturais envol-

vendo subtração de números naturais formados por até 2 algarismos com sentido de comparar, utilizando

reagrupamento. Consegue, também, resolver problema envolvendo divisão com significado de partilha,

com ou sem apoio de imagens, de números naturais formados por até 2 algarismos.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 59

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Esse item avalia a habilidade de ordenar crescente-

mente uma sequência de números naturais de até 2 al-

garismos.

Para resolvê-lo, o estudante deve analisar os números

apresentados no quadro e organizá-los de forma cres-

cente, ou seja, do menor número para o maior.

A escolha da alternativa D demonstra que esses es-

tudantes desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

Questão ## M020117H6

Observe os números no quadro abaixo.

18 – 20 – 15 – 31 – 27

Qual é a ordem crescente desses números?

31 – 27 – 15 – 20 – 18

18 – 20 – 15 – 31 – 27

15 – 20 – 18 – 27 – 31

15 – 18 – 20 – 27 – 31

60 SAEPE 2016

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5

4

3

2

1

Sugestões para a prática pedagógica

Comparar descritores/habilidades avaliadas nos testes do SAEPE 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.

Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das avaliações externas.

Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.

Depois de conhecer e analisar os resultados

da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar

em metas e estratégias que visem à melhoria dos

resultados alcançados, tendo como referência o

projeto político-pedagógico da escola.

Esta seção apresenta algumas sugestões pe-

dagógicas que podem contribuir para aprimorar a

qualidade do trabalho docente.

Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-

pendente da fase em que estamos, devemos estar

sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo

foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-

tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-

de do projeto político-pedagógico e a possibilida-

de de mudanças no planejamento escolar sempre

que for necessário.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 61

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D1

D2

D3

D4

D5

D6

D7

D8

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.1

Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:

É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho peda-

gógico na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes da

avaliação em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho em

sala de aula.

Orientações curriculares

Livros e outros materiais didáticos

Matriz(es) de referência da avaliação

62 SAEPE 2016

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Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SAEPE 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.2

Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações cur-

riculares de seu estado:

ORIENTAÇÕES CURRICULARES

1. Compreender as diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas.

2. Dominar convenções gráficas:

M Compreender a orientação e o alinhamento da escrita da língua portuguesa.

M Compreender a função da segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase.

3. Conhecer o alfabeto:

M Compreender a categorização gráfica e funcional das letras.

M Conhecer e utilizar diferentes tipos de letras (de forma e cursiva).

4. Consciência fonológica.

M Contar sílabas de uma palavra ouvida ou com base em uma imagem (canônica ou não canônica).

M Identificar a sílaba inicial, final ou medial de uma palavra (canônica ou não canônica).

M Identificar palavra iniciada por uma letra com uma única realização sonora/fonética.

M Identificar palavra ou figura que tenha mais de uma realização sonora/fonética.

5. Ler palavras compostas por sílabas no padrão consoante/vogal e/ou outros padrões silábicos como vogal, consoante, consoante, vogal; consoante, vogal, vogal.

M Relacionar palavra à figura ou vice-versa. M Associação de textos formados por uma única frase

à imagem que os representem.

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO

Reconhecer as letras do alfabeto.

Identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos.

Identificar as direções da escrita.

Reconhecer as diferentes formas de grafar uma mesma letra ou palavra.

Identificar a unidade palavra em frases.

Identificar o número de sílabas de uma palavra.

Identificar sílabas de uma palavra.

Identificar variações de sons de grafemas.

Ler palavras formadas por diferentes padrões silábicos.

Ler frases.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 63

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PLANO DE CURSO

1. Identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos.

• Identificar letras quando misturadas a rabiscos e desenhos.

• Identificar letras quando misturadas a números ou outros símbolos gráficos também utilizados na linguagem escrita.

2. Reconhecer as letras do alfabeto.

• • Reconhecer as letras isoladamente .

• • Reconhecer as letras em uma sequência de letras.

• • Reconhecer a letra em uma determinada palavra.

3. Identificar as direções da escrita.

• Reconhecer a primeira ou última palavra de um texto de circulação social (poemas, parlendas, narrativas curtas).

4. Identificar a unidade palavra em frases.

• Identificar, entre frases, aquela que apresenta segmentação correta das palavras que a compõem.

• Identificar o número de palavras que compõem uma frase .

5. Identificar o número de sílabas de uma palavra.

• Contar sílabas de uma palavra ouvida (canônica ou não canônica).

• Contar sílabas de uma palavra com base em uma imagem (canônica ou não canônica).

6. Identificar sílabas de uma palavra.

• Identificar a sílaba inicial ou a sílaba final de uma palavra (canônica ou não canônica).

• Identificar a sílaba medial de uma palavra (canônica ou não canônica).

7. Identificar variações de sons de grafemas.

• Identificar palavra iniciada por uma letra com uma única realização sonora/fonética.

• Identificar palavra ou figura que tenha mais de uma realização sonora/fonética.

8. Ler palavras formadas por diferentes padrões silábicos.

• Relacionar palavra à figura ou vice-versa.

• Relacionar palavra dissílaba ouvida (pouco usual) à palavra escrita.

9. Ler frases.

• Ler frase com estrutura sintática simples (sujeito, verbo, complemento).

• Ler frase com estrutura sintática complexa (sujeito, verbo, complemento, adjuntos adnominais e adverbiais).

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)3

Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abor-

dados em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteúdos

considerados importantes para o desenvolvimento das habilidades destacadas:

64 SAEPE 2016

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Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas, parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).

4

C Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de aula?

C Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor desenvol-

vimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?

Para isso, recorra aos resultados das avaliações.

AVALIAÇÃO EXTERNA

RESULTADOS DA ESCOLA NO SAEPE 2016

Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na seção Resultados alcançados em 2016. Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.

A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.

QUAIS RESULTADOS?

QUAIS AVALIAÇÕES?

AVALIAÇÃO INTERNA Frequência, provas, testes, observação

Por etapa e turma

Língua Portuguesa – 2º ano EF Turma A1

Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:

• Estudante 1: 4,9• Estudante 2: 6,0• Estudante 3: 8,5• ...

Relatório geral da turma:

• Uma proposta de intervenção didática que explora o desenvolvimento do sistema de apropriação da escrita, assim como a leitura de palavras, frases com diferentes níveis de complexidade e de textos literários próximos ao universo infantil , contribui para a alfabetização quaisquer que sejam os níveis de proficiência da turma.

Relatório por estudante:

• Estudante 1: Aos estudantes com proficiência mais baixa, essa proposta possibilita o contato com atividades indispensáveis à formação leitora, o que requer sistematização.

• Estudante 2: Àqueles que já começaram a compreender o processo de alfabetização, representa uma forma de ampliarem suas experiências leitoras, pois colocam em conflito aprendizagens já adquiridas sobre o processo de formação da consciência silábica.

• Estudante 3: O mesmo ocorre entre os estudantes que já apresentam uma proficiência mais à direita da Escala, uma vez que a leitura é a base das tarefas propostas.

DADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA

SAEPE

DADOS DA AVALIAÇÃO

INTERNA

ESCOLA

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 65

1 Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.

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Plano de ação da EscolaOs conteúdos podem ser relacionados às habilidades não desenvolvidas?

SIM! Então vamos pensar em planos de ação para o desenvolvimento conjunto desses conteúdos, competências e habilidades.

NÃO! Os planos de ação devem ser elaborados para cada conteúdo. Vamos ficar atentos para não desenvolver planos de ação para uma única habilidade, mas para um conjunto delas, relacionadas a um determinado conteúdo proposto nas orientações curriculares.

Lembre-se de que todo o planejamento da escola é coletivo e tem como refe-rência o projeto político-pedagógico!

É importante compreender a relação entre as orientações curriculares e as habilidades avaliadas pelo SAEPE. As hipóteses levantadas no diagnós-tico poderão ajudá-lo nessa tarefa.

Parecer da Escola. Escola e Turmas .

Com base nos resultados das avalia-ções internas, identifique, junto com seus pares, as principais dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o ano letivo. Para isso, utilize as notas e relatórios.

De acordo com a proficência média da escola e o percentual de acerto por descritor/habilidade das turmas, identifique em quais habilidades os estudantes demonstraram maiores dificuldades.

Relacione as informações coletadas nas duas avaliações:

M São resultados similares? M As dificuldades apresentadas em

sala de aula são as mesmas que aquelas apresentadas na avaliação do SAEPE 2016?

M Junto com os seus colegas, levante hipóteses para o que vocês identificaram.

Retome o Plano de curso e relacione conteúdos e habilidades que não foram desenvolvidos de modo apropriado:- Conteúdo 1 Habilidade A - resultados Habilidade B - resultados ...- Conteúdo 2 ...

/// PARTE A C Resultados da Escola

Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,

com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico

interno (escola e turmas).

UM OLHAR PARA OS DIFERENTES DADOS

DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5

66 SAEPE 2016

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Agora é possível elaborar um planeja-mento pedagógico com base no Plano de Ação da Escola e no PPP, obser-vando as competências e habilidades ainda não desenvolvidas pelos estu-dantes.

Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de habilidades, relacionadas às respectivas competências, acom-panhadas por atividades pedagógicas e itens de avaliações em larga escala que abordam essas habilidades. É im-portante ressaltar que o trabalho com os conteúdos curriculares pode ser reformulado durante o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento pleno das habilidades esperadas para cada eta-pa de escolaridade.

O próximo passo será elaborar um pla-no de ação de acordo com o desem-penho dos estudantes. Para isso, uti-lize o diagnóstico já realizado por você nas Atividades 1 e 2 dos resultados das turmas.

De acordo com o padrão de desem-penho em que se encontram, os es-tudantes apresentam dificuldades que requerem intervenções de Recupera-ção, Reforço ou Aprofundamento.

Ao pensar na sua sala de aula, você deve propor um plano de ação que contemple intervenções orientadas para estudantes com diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades e competências.

/// PARTE B C Resultados dos estudantes

Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da

escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto

dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.

EXEMPLODIAGNÓSTICO DOS ESTUDANTES

PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR

Esses dados já estão

prontos. Basta você

consultar as atividades

propostas nos roteiros de leitura

e interpretação dos resultados

alcançados.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 67

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Professor (a), as atividades sugeridas para desenvolver as habilidades apresentadas anteriormente

estão relacionadas aos eixos da oralidade, análise linguística (leitura) e escrita. Através desses eixos

pretende-se desenvolver habilidades elementares ao processo de alfabetização.

A proposta é que as tarefas sugeridas não sejam desenvolvidas em um bimestre apenas, mas sim

retomadas a partir de textos de diferentes gêneros ao longo do ano.

I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

OS BICHOS TAMBÉM SONHAM

O TAMANDUÁ SONHA COM UM BICHO DE ORELHAS COMPRIDAS.

O COELHO SONHA COM UM BICHO QUE TEM O NARIZ EM FORMA DE TROMBA.

O ELEFANTE SONHA COM UM BICHO QUE FICA MERGULHADO COM AS ORELHAS, OS OLHOS E

O NARIZ FORA D’ÁGUA.

O HIPOPÓTAMO SONHA COM UM BICHO DE PESCOÇO COMPRIDO.

A GIRAFA SONHA COM UM BICHO QUE SÓ TEM DUAS PATAS E DOIS DEDOS EM CADA UMA.

O AVESTRUZ SONHA COM UM BICHO QUE TEM UMA BOLSA NA BARRIGA.

O CANGURU SONHA COM UM BICHO COM UMA BOCA EM FORMA DE TROMBA.

A ANTA SONHA COM UM BICHO CASCUDO.

O TATU SONHA COM UM BICHO DE LÍNGUA COMPRIDA.

E O TAMANDUÁ TAMBÉM É UM SONHO.

Autora: Andréa Daher

Ilustrador: Zaven Paré

Editora: Martins Fontes

O livro “Os bichos também sonham” compõe o acervo dos livros disponibilizados pelo Ministério da Educação pelo Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE).

68 SAEPE 2016

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1º Momento: Preparando-se para a leitura, mobilizando estratégias de antecipação.

ORALIDADE

Professor(a), essa atividade explora a oralidade, observando o conhecimento extralinguístico do estudan-

te sobre os sonhos a partir de seu imaginário, relacionando realidade e fantasia por meio da ideia de que “Os

bichos também sonham”. Nesse caso, atente para os conhecimentos prévios do estudante sobre o tema e

também sobre questões relacionadas à forma do suporte livro de literatura (capa, contracapa, autor, ilustra-

dor, editora, título).

1.1 CONVERSANDO SOBRE SONHO

» Você sabe o que é um sonho?

» Você se lembra de algum sonho que teve? Conte-o para a turma.

» Às vezes a gente pode sonhar acordado? Isso já aconteceu com você?

» Para você, os bichos podem sonhar como a gente sonha?

» Com o que os bichos podem sonhar?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham suas hipóteses sobre o conteúdo do livro.

Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

1.2 OBSERVANDO A ILUSTRAÇÃO DA CAPA DO LIVRO “OS BICHOS TAMBÉM SONHAM”

» Do que você acha que esse livro vai tratar?

» Que bicho você acha que é esse?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham suas hipóteses sobre o conteúdo do livro.

Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

1.3 OBSERVANDO OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

» Na capa, aparecem alguns nomes além do título. Você sabe que nomes são esses?

M Neste caso, é importante que os estudantes observem que, na capa, além do título, aparecem os nomes do autor, do ilustrador e da editora.

Após a conversa sobre esses pontos e outros que porventura surgirem, realize uma leitura oral do texto e

atente aos elementos que permitem sua fluidez (a entonação da voz, o uso adequado dos sinais de pontua-

ção, o tom de voz). Também é importante criar um ambiente favorável à leitura: reservar um momento do

dia especialmente para este fim, de preferência que não seja nos minutos finais da aula; preparar os estudan-

tes para receberem a história, motivando-os para isso; criar um ambiente confortável para ouvir a história.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 69

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2º Momento: Lendo uma história

LEITURA ORAL DO LIVRO DE LITERATURA

M Explore as ilustrações, envolvendo os estudantes durante o momento de contação, criando expectativas que seduzam o leitor.

3º Momento: Retomando a leitura

3.1 ATIVIDADE DE RECONTO

Após a leitura oral do livro, proponha que os estudantes retomem suas hipóteses iniciais sobre a história,

principalmente as relacionadas aos sonhos dos bichos. A ideia central aqui é a de que os estudantes possam

confirmar ou refutar suas hipóteses iniciais após conhecerem o conteúdo do livro.

Reconte a história, se os estudantes solicitarem, ou convide-os a recontá-la. Esse movimento de reconto

costuma agradar aos estudantes, que continuam estabelecendo relações de sentido com o texto literário.

Essa atividade possibilita a apropriação da linguagem escrita, auxiliando na formulação de sínteses e desen-

volvendo inclusive uma escuta atenta ao outro e a ampliação do repertório linguístico dos estudantes. O

reconto pode provocar o mesmo fascínio de quando a história foi ouvida pela primeira vez. Trata-se de uma

estratégia que forma leitores contadores de histórias e mediadores de leituras.

Ofereça o livro para que os estudantes façam esse reconto e esclareça que, mesmo sem saber ler o tex-

to sozinhos ainda, eles podem se apoiar nas imagens para recontar o que lembram da história. Essa é uma

estratégia importante para que os estudantes possam se apropriar do vocabulário da história, fazendo uso,

em seu reconto, de palavras que muitas vezes não conhecem ou usam pouco.

3.2 ATIVIDADE ORAL

» O que você entendeu da leitura desse texto?

» O que mais chamou sua atenção?

» De que parte mais gostou? Por quê?

» Teve alguma parte do texto de que não gostou? Por quê?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham sua síntese sobre o conteúdo do livro. Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

3.3 ATIVIDADE ESCRITA 1

A atividade proposta aqui é a de registrar por escrito as interações orais dos estudantes sobre o que en-

tenderam da leitura. Sugerimos que essa escrita seja registrada em um papel pardo e que você, professor (a),

convide os estudantes, em pequenos grupos, para desenharem tanto nas margens quanto ao final do cartaz.

Explore oralmente as respostas dadas às duas últimas perguntas propostas: de que parte mais gostou e

de qual não gostou. Atente para as explicações, mediando as discussões para que os estudantes percebam

70 SAEPE 2016

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se gostaram dos mesmos sonhos ou de sonhos diferentes. Crie outro quadro no qual possam exprimir suas

opiniões sobre a história ouvida e outras contadas ao longo da Unidade.

GOSTEI MUITO! GOSTEI! NÃO GOSTEI!

3.4 ATIVIDADE ESCRITA 2

Escrita coletiva de frase.

Professor (a), proponha à turma a escrita coletiva de uma frase em que apareça um dos bichos da história

“Os bichos também sonham”. Durante essa escrita coletiva, solicite que os estudantes falem as frases em

voz alta. Na sequência, peça que soletrem as palavras que irão compor a frase e, enquanto forem soletran-

do, questione-os sobre quais letras ou sílabas usar. Anote no quadro, realizando a leitura com os estudantes

à medida que a frase for sendo construída. Ao final, proponha que todos registrem no caderno a frase e a

ilustrem.

Sugerimos que cada estudante da turma tenha um caderno de anotações sobre as histórias que ouvem.

3.5 ATIVIDADES DE ANÁLISE LINGUÍSTICA

Leia a frase abaixo:

A ANTA SONHA COM UM BICHO CASCUDO.

Peça que os estudantes leiam a frase em voz alta. Em seguida, pergunte:

» Quantas palavras formam a frase?

M A frase é formada por sete palavras. Em geral, os estudantes tendem a não considerar os artigos como palavras, especialmente quando têm apenas uma letra, como no caso da frase apresentada.

» Quantas letras formam cada uma das palavras?

M Para realizar esta atividade, faça uma lista das palavras no quadro e registre o total de letras à frente de cada uma.

» Pergunte qual das palavras é formada por três sílabas e peça que os estudantes a registrem no caderno. Em seguida, peça que localizem, na frase, a palavra trissílaba – CASCUDO – e que circulem a sílaba medial dessa palavra.

» Agrupe, juntamente com os estudantes, as palavras que possuem o mesmo número de letras (5): sonha e bicho.

» Depois, peça que os estudantes observem as outras palavras e que identifiquem quais delas têm mais do que cinco letras, e quais têm menos de cinco letras. Organize-as para que eles possam visualizar as diferenças e as semelhanças.

Professor(a), essas atividades contribuem para o desenvolvimento das habilidades de ler palavras e

frases com estrutura sintática simples, que os estudantes que se encontram nos padrões mais elemen-

tares ainda não desenvolveram. Trata-se de uma tarefa desafiadora para os estudantes alocados nesses

padrões, mas que pode também trazer contribuições para aqueles que se encontram nos demais padrões

de desempenho.

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

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entrevista

O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados

o programa

O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

os resultados

Os resultados alcançados em 2016

Detalhe da escultura com o nome da cidade (Recife)Praça do Marco Zero - Recife - PE