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ISSN 2359-5426 SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Professor | Matemática | 2º e 3º anos do ensino fundamental

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Sistema de AvaliaçãoEducacional de Teresina

A P R E S E N T A Ç Ã O L I N H A D O T E M P O R E S U LT A D O S D A S U A E S C O L A

R O T E I R O D E L E I T U R A E A N Á L I S E C O M O U T I L I Z A R O S R E S U LT A D O S

P E R F I S D E A L F A B E T I Z A Ç Ã O E L E T R A M E N T O

A N E X O

P E R C U R S O D A AVA L I A Ç Ã O

C O L O C A N D O E M P R Á T I C A

ISSN 2359-5426

SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

Revista do Professor | Matemática | 2º e 3º anos do ensino fundamental

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SAETHE

Revista do Professor

Matemática2º e 3º anos do ensino fundamental

2017

Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

ISSN 2359-5426

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FICHA CATALOGRÁFICA

TERESINA. Secretaria Municipal de Educação.

SAETHE - 2017 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 ( jan./dez. 2017), Juiz de Fora, 2017 - Anual.

Conteúdo: Revista do Professor - Matemática - 2º e 3º anos do ensino fundamental.

ISSN 2359-5426

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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PREFEITO DE TERESINA

Firmino da Silveira Soares Filho

VICE-PREFEITO DE TERESINA

Luiz de Sousa Santos Júnior

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Kleber Montezuma Fagundes dos Santos

SECRETÁRIA EXECUTIVA MUNICIPAL DE GESTÃO

Kátia Luciana Noleto de Araújo Dantas

SECRETÁRIA EXECUTIVA MUNICIPAL DE ENSINO

Irene Nunes Lustosa

DIVISÃO DE AVALIAÇÃO

Giovanna Saraiva Bezerra Barbosa

Maria Salete Linhares Boakari

Daniela Bandeira de Carvalho

Vivian Veloso Chaves

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Sumário

6 APRESENTAÇÃO

8 LINHA DO TEMPO

10 RESULTADOS DA SUA ESCOLA EM MATEMÁTICA

13 ROTEIRO DE LEITURA E ANÁLISE

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23 COMO UTILIZAR OS RESULTADOS

26 PERFIS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

30 PERCURSO DA AVALIAÇÃO

32 COLOCANDO EM PRÁTICA

40 ANEXO

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Apresentação

Monitorar para avançarAVALIAÇÃO EXPRESSA COMPROMISSO COM O DIREITO DE APRENDER E PERMITE

A CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM BASE EM EVIDÊNCIAS

Pesquisar a qualidade da educação da rede pública de ensino, a fim de

que políticas públicas sejam elaboradas com base em evidências, expres-

sa o compromisso com o direito de aprender de toda criança e todo jovem

brasileiros em idade escolar. Esse direito está sustentado em dispositivos

legais, como a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação – Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (LDB/96), e repre-

senta não apenas esforços voltados ao acesso e à permanência de es-

tudantes na escola, mas a garantia de padrões que combinem qualidade

com equidade na oferta educacional.

O direito de aprender tem natureza social e é dever do Estado e da fa-

mília, sendo promovido e incentivado com a colaboração da sociedade,

visando ao pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidada-

nia e a sua qualificação ao trabalho. Mas como saber se esse direito vem

sendo atendido na prática?

A avaliação educacional externa em larga escala produz informação que

viabiliza o monitoramento do direito à educação nas escolas de Teresi-

na, permitindo um acompanhamento periódico de indicadores referentes

às instituições e aos estudantes individualmente. O Sistema de Avaliação

Educacional de Teresina – SAETHE busca, então, observar o desempenho

de estudantes por meio de testes padronizados, cujo objetivo é aferir o

que eles sabem e são capazes de fazer, a partir da identificação do de-

senvolvimento de habilidades e competências consideradas essenciais

para que avancem no processo de escolarização.

6 SAETHE 2017

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“O SAETHE pretende observar o desempenho de estudantes por meiode testes padronizados,com o objetivo de verificar o que eles sabem e são capazes de fazer

Para conhecer melhor o SAETHE, acompanhe a linha do tempo que abre

este volume. Em seguida, você pode conferir os resultados gerais da sua

escola em matemática, bem como um roteiro para apoiar a leitura e a aná-

lise dos dados, com algumas orientações em relação aos usos possíveis e

adequados dos resultados.

Além dos resultados gerais, um novo indicador está sendo divulgado nas

revistas de língua portuguesa: os perfis de alfabetização e letramento para

o 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental. Esse indicador auxilia na com-

preensão do desenvolvimento dos estudantes no que se refere ao domínio

da leitura e da escrita e de seus usos sociais, fundamental para a formação

escolar e o prosseguimento dos estudos no ensino médio.

O percurso da avaliação e uma sugestão para atividade pedagógica tam-

bém integram esta publicação, que apresenta, em seu Anexo, as descri-

ções dos níveis de desempenho referentes à disciplina em foco, acompa-

nhadas por exemplos de itens.

Boa leitura!

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 7

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2014ENTRADA 2015

2014SAÍDA

88,2%Participação

Previstos: 18709 estudantesEfetivos: 16506 estudantes

Etapas

2º ano EF/4º ano EF/8º ano EF

Disciplinas

Língua Portuguesa (leitura, escrita, produção de texto) e Matemática.

93,3%Participação

Previstos: 34082 estudantesEfetivos: 31803 estudantes

Etapas

2º período - Educação infantil/ 2º ano EF/ 3º ano EF/ 4º ano EF/ Se liga/ Acelera/ 8º ano EF

Disciplinas

Língua Portuguesa (leitura, escrita, produção de texto) e Matemática.

94,3%Participação

Previstos: 26130 estudantesEfetivos: 24633 estudantes

Etapas

2º período - Educação infantil/ 2º ano EF/ 3º ano EF/ 7º ano EF

Disciplinas

Língua Portuguesa (leitura, escrita, produção de texto) e Matemática.

Linha do tempo

Trajetória evidencia avanços e desafi osINFORMAÇÕES DÃO SUPORTE À ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

COERENTES COM A REALIDADE PERCEBIDA POR MEIO DA AVALIAÇÃO

O Sistema de Avaliação Educacional de Teresina – SAETHE foi criado em

2014 pela Secretaria Municipal de Educação de Teresina, com o objetivo

de fornecer dados relevantes sobre o ensino ofertado, identifi cando avan-

ços e desafi os na rede e em cada unidade escolar.

Linha do tempo

8 SAETHE 2017

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2016

93,2%Participação

Previstos: 25497 estudantesEfetivos: 23769 estudantes

Etapas

2º período - Educação infantil/ 2º ano EF/ 4º ano EF/ 8º ano EF

Disciplinas

Língua Portuguesa (leitura, escrita, produção de texto) e Matemática.

2017

94,2%Participação

Previstos: 28198 estudantesEfetivos: 26569 estudantes

Etapas

2º período - Educação infantil/ 2º ano EF/ 3º ano EF/ 7º ano EF

Disciplinas

Língua Portuguesa (leitura, escrita) e Matemática.

Em 2017, o SAETHE aplicou testes de profi ciência em duas disciplinas – lín-

gua portuguesa (leitura) e matemática – aos estudantes do 2º, 3º e 7º anos

do ensino fundamental. Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de

leitura, também realizaram testes de escrita. Já o 2º período da educação

infantil foi avaliado apenas em língua portuguesa (leitura e escrita).

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 9

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Nesta seção, você conhece os resultados alcan-

çados pela sua escola em matemática. Os dados

apresentados a seguir são provenientes dos tes-

tes de desempenho aplicados aos estudantes de

cada etapa avaliada no SAETHE 2017.

Os resultados informam a qualidade e a equi-

dade da oferta educacional, de acordo com o

aferido pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), em

que se avalia o desenvolvimento de habilidades

e competências por meio de testes padronizados

de proficiência, e pela Teoria Clássica dos Tes-

tes (TCT), que aponta o percentual de acertos de

itens no teste.

Com o intuito de orientá-lo na apropriação de

todas as informações apresentadas, estão pre-

sentes neste volume um roteiro de leitura e

análise dos resultados e instruções para seus

melhores usos.

Os resultados da sua escola também estão dis-

poníveis no endereço:

www.saethe.caedufjf.net

Conheça e divulgue!

Resultados da sua escola em matemática

Desempenho revela qualidade da oferta INDICADORES DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO NA AVALIAÇÃO

SÃO DIVULGADOS POR ETAPA DE ESCOLARIDADE

A interpretação pedagógica dos resultados

As proficiências obtidas pelos estudantes nos testes aplicados precisam

ser interpretadas à luz da escala de proficiência. Para analisá-la, acesse

www.saethe.caedufjf.net. A escala é um instrumento que contém a des-

crição pedagógica das habilidades avaliadas. Ela orienta o trabalho do

professor, apresentando os resultados em uma espécie de régua na qual

os valores obtidos são categorizados em intervalos que indicam o grau

de desenvolvimento das habilidades pelos estudantes que alcançaram

determinado padrão de desempenho. No site, você também encontrará

as matrizes de referência da avaliação, que apresentam as habilidades e

competências esperadas para cada etapa avaliada e orientam a produção

dos itens que compõem os testes.

10 SAETHE 2017

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RESULTADO

S

PÁGIN

AS VARIÁ

VEIS

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RESULTADO

S

PÁGIN

AS VARIÁ

VEIS

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04-----

Roteiro de leitura e análise

Orientações auxiliam na interpretação de resultados INFORMAÇÕES CONTEXTUAIS, PROJETO PEDAGÓGICO E RESULTADOS

DA AVALIAÇÃO INTERNA DEVEM SER CONSIDERADOS

A avaliação externa é ferramenta valiosa para a melhoria do ensino e da aprendiza-

gem na escola, podendo servir de apoio ao planejamento pedagógico dos professo-

res em sala de aula.

Para a efetivação do trabalho comprometido com a garantia do direito a uma educa-

ção de qualidade, é necessário saber ler e analisar os resultados dessa avaliação, a

fim de construir um diagnóstico substantivo da aprendizagem na escola. Lembre-se:

os resultados devem ser analisados em conjunto com as informações contextuais da

escola e, principalmente, com o projeto pedagógico e os resultados da avaliação in-

terna, de aprendizagem, conduzida por você e seus pares durante o ano letivo.

As orientações quanto à leitura e à análise dos resultados da avaliação externa, no

âmbito da sua escola, apresentadas a seguir, vão ajudá-lo a compreender melhor

como utilizá-los, de maneira que você possa organizar seu trabalho, considerando as

informações ora produzidas.

O exercício proposto neste roteiro deve ser realizado por etapa de escolaridade ava-

liada nesta disciplina. Ao final, sugere-se a sistematização da sua análise com o olhar

para todas as etapas desta disciplina oferecidas por sua escola.

Indicador de participação

Indicadores de desempenho estudantil

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 13

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Observe os resultados da sua escola na etapa em foco e organize sua leitura e análise.

Nesta edição, a participação registrada é de: ______%.

Esse indicador de participação retrata a média de frequência de estudantes no

decorrer do ano letivo?

Sim Não

O percentual de participação, ao longo do tempo:

aumentou. diminuiu. manteve-se estável. oscilou.

A avaliação em Teresina é censitária, logo, deve incluir todos os estudantes matriculados

na rede de ensino. Cada escola deve certificar-se de que os estudantes previstos

estejam presentes no momento da aplicação e respondam aos testes de proficiência

e questionários, quando houver. Importa destacar que os indicadores de desempenho

da escola só podem ser generalizados quando o percentual de participação for igual

ou maior do que 80%1.

Liste algumas hipóteses para explicar a participação da sua escola na avaliação

externa.

Indicador de participação

Identifique, neste quadro, os resultados escolhidos para o exercício a seguir.

Repita esse exercício para cada etapa de escolaridade avaliada nesta disciplina.

Disciplina: Matemática

Etapa:

1 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) divulgou recentemente

a adoção desse percentual para divulgação dos resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). O

percentual foi adotado para a representatividade dos resultados.

14 SAETHE 2017

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Observe os resultados da sua escola nesta disciplina e organize sua

leitura e análise.

Importa, nesse momento, que você faça reflexões de ordem qualitativa

sobre os resultados da avaliação.

Proficiência média

Considere agora a proficiência média nesta disciplina.

Identifique a média de proficiência dos estudantes e localize em que

padrão de desempenho ela está alocada:

Esse padrão é o mesmo em que se encontra o maior percentual de

estudantes?

Sim Não

Indicadores de desempenho estudantil

Considerando as hipóteses levantadas, quais estratégias podem ser

adotadas, para aumentar ou manter (se acima de 80%) o indicador de

participação de estudantes na avaliação externa?

Proficiência refere-se

ao conhecimento ou à

aptidão demonstrados por

estudantes avaliados em

determinada disciplina e

etapa de escolaridade.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 15

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Em geral, a proficiência média retrata o desempenho da maioria dos es-

tudantes, mas nem sempre essas informações coincidem. A divergência

sinaliza os riscos de se adotar única e exclusivamente a proficiência mé-

dia da escola para informar a qualidade da oferta educacional. Essa profi-

ciência média pode mascarar uma situação de desigualdade educacional

entre os estudantes, pois aqueles com maior desempenho, embora em

menor quantitativo, elevam a média da escola. O contrário também é pos-

sível: estudantes com proficiência muito baixa podem diminuir essa média.

É importante observar, na série histórica da avaliação, se a média vem

aumentando a ponto de avançar nos padrões de desempenho, ou se está

ocorrendo estagnação, queda ou oscilação desses padrões.

O grande desafio é garantir que todos os estudantes alcancem padrões

de desempenho adequados à etapa de escolaridade em que se encon-

tram. Isso demonstra que a escola está conseguindo melhorar a qualida-

de da educação que oferece com garantia de equidade: todos os estu-

dantes aprendendo.

Observe se isso ocorre e reflita sobre as principais razões para o

cenário identificado.

Utilize os espaços das

margens para suas

reflexões e anotações.

16 SAETHE 2017

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Padrões de desempenho estudantil

Você agora será convidado a olhar a distribuição dos estudantes por

padrão de desempenho, uma vez que a análise isolada da proficiência

média pode direcionar o seu olhar a comparações inadequadas em rela-

ção aos resultados de edições anteriores.

Identifique o padrão de desempenho estudantil em que se encontra o

maior percentual de estudantes dessa etapa de escolaridade:

Abaixo do básico.

Básico.

Adequado.

Avançado.

Qual é a sua percepção sobre a distribuição dos estudantes por

padrão de desempenho?

Observe se há concentração de estudantes em um ou mais padrões e se

esses padrões são aqueles que denotam maiores dificuldades de apren-

dizagem.

Idealmente, espera-se que todos os estudantes alcancem os padrões

mais avançados de aprendizagem, ou seja, os padrões de desempenho

Adequado e Avançado, aqueles considerados adequados para sua etapa

de escolaridade.

Padrões de desempenho

estudantil são definidos

a partir de intervalos da

escala de proficiência em

que há estudantes com

desempenho semelhante,

compondo agrupamentos

com desenvolvimento

similar de habilidades e

competências.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 17

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Reflita e liste as possíveis causas desses resultados, que demonstram

um quadro de estabilidade ou de crescimento/queda/oscilação.

Considere o trabalho docente, o projeto político-pedagógico, os progra-

mas e os projetos institucionais presentes no cotidiano escolar.

Informe o quantitativo de estudantes, em números absolutos, em

cada padrão de desempenho, nas últimas edições da avaliação:

EDIÇÃOAbaixo do

básicoBásico Adequado Avançado

2015

2016

2017

É possível afirmar que a distribuição dos estudantes por padrão de

desempenho no ciclo 2017, com relação às edições anteriores, é:

semelhante. diferente.

Se a distribuição é semelhante, o quadro é de estabilidade.

Se a distribuição é diferente, o quadro pode ser de crescimento, queda ou oscilação.

18 SAETHE 2017

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Quais estratégias podem ser adotadas para melhorar o desempenho

dos estudantes alocados nos padrões que caracterizam maiores

dificuldades de aprendizagem?

Reflita sobre o desenvolvimento da proposta curricular, sua implementa-

ção na escola, o projeto político-pedagógico, os programas e os projetos

institucionais presentes no cotidiano escolar.

Para estudantes com maiores dificuldades, a intervenção pedagógica

deve ser orientada no sentido de auxiliá-los no desenvolvimento das ha-

bilidades e competências esperadas e ainda não desenvolvidas até a

etapa de escolaridade avaliada. Já para os estudantes com melhor de-

sempenho, os esforços podem ser dirigidos ao aprofundamento dessas

habilidades e competências.

Consulte a seção Como

utilizar os resultados

para complementar a

análise dos indicadores

apresentados até aqui.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 19

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Percentuais de acerto por tema

Observe agora os percentuais de acerto por tema.

Atenção: esses resultados são provenientes da Teoria Clássica dos Testes

(TCT) e, por isso, não são dados comparáveis ano a ano.

Identifique os temas com maiores percentuais de acerto. Esses temas

estão concentrados nos padrões de desempenho mais baixos ou mais

altos?

TemaPercentual total(Abaixo do básico e Básico)

Percentual total(Adequado e Avançado)

Faça um amplo exame em relação aos temas identificando os descritores

contidos neles, ou seja, as habilidades e competências detalhadas. Para

isso, tenha em mãos a matriz de referência da etapa escolhida.

Caso os descritores com maiores percentuais de acerto sejam aqueles

relacionados aos dois padrões mais baixos, isso significa dizer que os es-

tudantes ainda não desenvolveram as habilidades esperadas para a eta-

pa avaliada. Verifique se essas habilidades fazem parte dos objetivos de

aprendizagem previstos no seu planejamento.

Sugestão: reveja seu planejamento, discuta com seus colegas e

registre suas observações.

20 SAETHE 2017

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Conclusão

Com os seus pares, discuta a percepção geral a respeito dos resultados

da sua escola em matemática.

Sistematize suas análises, indicando os destaques positivos e/ou

negativos em relação a esses resultados, nesta disciplina.

Com base em suas análises, quais são os principais desafios a serem

superados durante este ano letivo (2018)?

A participação da escola.

O número de estudantes nos padrões de desempenho considera-

dos adequados para a etapa.

A média de proficiência da escola.

O desenvolvimento das habilidades mínimas esperadas para a

etapa de escolaridade avaliada.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 21

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As demandas priorizadas devem ser compartilhadas coletivamente, para

que possam compor o plano de ação da escola, que deve ser de respon-

sabilidade de todos.

Para aprofundar as análises iniciadas por este roteiro, consulte, no Anexo,

a descrição pedagógica dos padrões/níveis de desempenho e os exem-

plos de itens referentes a cada um.

Neste volume, são apresentadas, ainda, sugestões para a prática peda-

gógica pautadas nos resultados da avaliação.

Para refletir:

Leia mais sobre “A avaliação de desempenho e a proposta de competências

na organização da aprendizagem dos estudantes”, no site do SAETHE.

22 SAETHE 2017

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Como utilizar os resultados

Atenção aos usos possíveis e adequados dos dadosTCT IDENTIFICA PERCENTUAIS DE ACERTO NO TESTE E TRI POSSIBILITA

COMPARABILIDADE DE RESULTADOS AO LONGO DO TEMPO.

Na avaliação educacional externa em larga escala de Teresina, os dados

são produzidos por metodologia específi ca – utilizando-se a Teoria Clás-

sica dos Testes (TCT) e a Teoria de Resposta ao Item (TRI).

Os resultados baseados na Teoria Clássica dos Testes (TCT) apresentam

o percentual de acertos em relação ao total de itens do teste, bem como

a relação de acerto para cada descritor avaliado.

A Teoria de Resposta ao Item (TRI), por sua vez, atribui ao desempenho

dos estudantes uma profi ciência (e não uma nota). Essa metodologia leva

em consideração uma modelagem estatística capaz de determinar um va-

lor/peso diferenciado para cada item que o estudante respondeu no teste

de profi ciência; desse modo, é possível estimar o que o estudante é capaz

de fazer, de acordo com os itens respondidos corretamente.

A profi ciência é determinada considerando o padrão de respostas dos

estudantes, de acordo com o grau de difi culdade e demais parâmetros

dos itens. Cada item possui um grau de difi culdade próprio e parâmetros

diferenciados, atribuídos por meio do processo de calibração dos itens, o

que permite a comparabilidade ao longo do tempo.

Os itens que compõem os testes da avaliação educacional em larga es-

cala são elaborados a partir das matrizes de referência. Cabe destacar

que as matrizes não englobam todo o currículo. A partir de um recorte

das diretrizes curriculares, são defi nidas as habilidades passíveis de se-

rem avaliadas em testes padronizados de desempenho, constituindo as

referidas matrizes de referência para a avaliação.

Tendo em vista essas características da avalição, é necessário ter atenção

aos usos possíveis e adequados de seus resultados.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 23

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O que não fazer

• Entender que a melhora de profi ciência média corresponde imediatamente à melhora de pa-drão de desempenho.

• Entender que os estudantes alocados em um padrão de desempenho em uma disciplina estão no mesmo padrão em outra disciplina.

• Entender que os intervalos dos padrões são os mesmos para cada etapa e disciplina avaliadas.

• Supor que estudantes alocados em padrões de desempenho cujos intervalos estão no início da escala de profi ciência não são capazes de aprender e, por isso, têm baixo desempenho.

• Ignorar as demandas de estudantes alocados nos intervalos mais altos da escala, pressupon-do que eles não requerem atenção docente.

O que não fazer

• Atribuir a difi culdade na melhoria dos resultados apenas às ações de gestores e professores.

• Comparar os próprios resultados com os de outras escolas, ignorando os contextos.

Padrões de desempenho estudantil

Metas de aprendizagem

O que fazer

• Identifi car, em cada etapa e disciplina, os estudantes com mais difi culdades de aprendi-zagem.

• Reconhecer que cada padrão de desempenho corresponde a diferentes níveis de aprendi-zagem, o que requer planejamento específi co para cada um deles.

• Acompanhar, a cada ano, se a escola apresen-ta resultados semelhantes para cada etapa e disciplina (se a sua profi ciência média está alocada no mesmo padrão de desempenho).

O que fazer

• Entender que o estabelecimento de metas au-xilia no monitoramento da oferta educacional e, consequentemente, dos resultados alcançados a cada ano.

• Orientar-se a partir das metas pactuadas para defi nir ações pedagógicas e de gestão capazes de provocar mudanças positivas e substantivas.

O que fazer

• Acompanhar o percentual de participação, ano a ano, com o objetivo de atingir a participação total, visto que a avaliação é censitária.

• Entender que uma participação maior ou igual a 80% contribui para mensurar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem.

O que não fazer

• Ler os resultados como dados longitudinais, quando a avaliação não tiver essa fi nalidade.

• Comparar os resultados da escola em diferen-tes disciplinas.

• Considerar a profi ciência média isoladamente, sem analisá-la com a ajuda da escala.

O que não fazer

• Supor que, uma vez elevado o percentual de par-ticipação, não se faz necessário promover ações que possam aumentar esse percentual.

• Generalizar os resultados da avaliação se o percentual de participação não for representativo, ou seja, maior ou igual a 80%.

Profi ciência média

Participação

O que fazer

• Comparar os resultados da escola ano a ano, para a mesma etapa.

• Comparar os resultados de diferentes etapas, com a mesma escala de profi ciência, para a mesma disciplina.

• Analisar os resultados a partir da leitura e inter-pretação pedagógica da escala de profi ciência, observando o desenvolvimento de habilidades e competências.

24 SAETHE 2017

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05----

O que não fazer

• Entender que a melhora de profi ciência média corresponde imediatamente à melhora de pa-drão de desempenho.

• Entender que os estudantes alocados em um padrão de desempenho em uma disciplina estão no mesmo padrão em outra disciplina.

• Entender que os intervalos dos padrões são os mesmos para cada etapa e disciplina avaliadas.

• Supor que estudantes alocados em padrões de desempenho cujos intervalos estão no início da escala de profi ciência não são capazes de aprender e, por isso, têm baixo desempenho.

• Ignorar as demandas de estudantes alocados nos intervalos mais altos da escala, pressupon-do que eles não requerem atenção docente.

O que não fazer

• Atribuir a difi culdade na melhoria dos resultados apenas às ações de gestores e professores.

• Comparar os próprios resultados com os de outras escolas, ignorando os contextos.

Padrões de desempenho estudantil

Metas de aprendizagem

O que fazer

• Identifi car, em cada etapa e disciplina, os estudantes com mais difi culdades de aprendi-zagem.

• Reconhecer que cada padrão de desempenho corresponde a diferentes níveis de aprendi-zagem, o que requer planejamento específi co para cada um deles.

• Acompanhar, a cada ano, se a escola apresen-ta resultados semelhantes para cada etapa e disciplina (se a sua profi ciência média está alocada no mesmo padrão de desempenho).

O que fazer

• Entender que o estabelecimento de metas au-xilia no monitoramento da oferta educacional e, consequentemente, dos resultados alcançados a cada ano.

• Orientar-se a partir das metas pactuadas para defi nir ações pedagógicas e de gestão capazes de provocar mudanças positivas e substantivas.

O que fazer

• Acompanhar o percentual de participação, ano a ano, com o objetivo de atingir a participação total, visto que a avaliação é censitária.

• Entender que uma participação maior ou igual a 80% contribui para mensurar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem.

O que não fazer

• Ler os resultados como dados longitudinais, quando a avaliação não tiver essa fi nalidade.

• Comparar os resultados da escola em diferen-tes disciplinas.

• Considerar a profi ciência média isoladamente, sem analisá-la com a ajuda da escala.

O que não fazer

• Supor que, uma vez elevado o percentual de par-ticipação, não se faz necessário promover ações que possam aumentar esse percentual.

• Generalizar os resultados da avaliação se o percentual de participação não for representativo, ou seja, maior ou igual a 80%.

Profi ciência média

Participação

O que fazer

• Comparar os resultados da escola ano a ano, para a mesma etapa.

• Comparar os resultados de diferentes etapas, com a mesma escala de profi ciência, para a mesma disciplina.

• Analisar os resultados a partir da leitura e inter-pretação pedagógica da escala de profi ciência, observando o desenvolvimento de habilidades e competências.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 25

Page 28: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

O perfi l de alfabetização e letramento é uma informação que ajuda

a compreender o desenvolvimento dos estudantes com relação ao

domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, habilidades

importantes em toda a formação escolar – do ensino fundamental

ao ensino médio.

Nos últimos anos, os resultados das avaliações da educação bá-

sica têm apontado, de modo geral, para a baixa qualidade do en-

sino oferecido nas escolas brasileiras. Observa-se, além do baixo

desempenho demonstrado pelos alunos nas competências básicas

necessárias para a continuidade dos estudos, a existência de gran-

des contingentes de crianças e adolescentes que, em decorrência

das difi culdades de aprendizagem e do pouco incentivo para os

estudos, terminam por desistir da escola, abandonando a sala de

aula por motivos variados. Para enfrentar esse problema, é preciso

corrigir a tempo as difi culdades de aprendizagem, especialmente

nos anos iniciais.

Os perfi s de alfabetização e letramento identifi cam os estudantes

com desempenho inadequado nos três anos escolares considera-

dos conclusivos de etapas importantes da educação básica: 3º, 5º

e 9º anos do ensino fundamental.

Esses perfi s identifi cam estudantes ainda:

não alfabetizados

no 3º ano do ensino fundamental;

com alfabetização incompleta

no 5º ano do ensino fundamental;

com letramento insufi ciente

no 9º ano do ensino fundamental.

Perfi s de alfabetização e letramento

Novo indicador evidencia desafi o CORREÇÃO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS

É NECESSÁRIA PARA ENFRENTAR ABANDONO DA SALA DE AULA

Os resultados do SAETHE são divulgados com o uso de indicadores

específi cos, sendo eles a profi ciência média, a taxa de participação

na avaliação, a distribuição de estudantes por padrão de desempe-

nho e o percentual médio de acerto por descritor.

No ciclo 2017, um novo indicador está sendo apresentado: o perfi l

de alfabetização e letramento, para o 3º, 5º e 9º anos do ensino

fundamental, em língua portuguesa. A intenção é divulgar um dado

que sintetize o tamanho do desafi o a ser enfrentado no ensino fun-

damental brasileiro, assim como fez o Inep/MEC na última edição

da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA 2016).

ATÉ 2016 A PARTIR DE 2017

D1 D2 D3100% 33% 90%

Profi ciênciamédia

Participação Distribuição de estudantes por padrão de desempenho

Percentual médio de acerto por descritor

Perfi s de alfabetizaçãoe letramento

26 SAETHE 2017

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06---

O perfi l de alfabetização e letramento é uma informação que ajuda

a compreender o desenvolvimento dos estudantes com relação ao

domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, habilidades

importantes em toda a formação escolar – do ensino fundamental

ao ensino médio.

Nos últimos anos, os resultados das avaliações da educação bá-

sica têm apontado, de modo geral, para a baixa qualidade do en-

sino oferecido nas escolas brasileiras. Observa-se, além do baixo

desempenho demonstrado pelos alunos nas competências básicas

necessárias para a continuidade dos estudos, a existência de gran-

des contingentes de crianças e adolescentes que, em decorrência

das difi culdades de aprendizagem e do pouco incentivo para os

estudos, terminam por desistir da escola, abandonando a sala de

aula por motivos variados. Para enfrentar esse problema, é preciso

corrigir a tempo as difi culdades de aprendizagem, especialmente

nos anos iniciais.

Os perfi s de alfabetização e letramento identifi cam os estudantes

com desempenho inadequado nos três anos escolares considera-

dos conclusivos de etapas importantes da educação básica: 3º, 5º

e 9º anos do ensino fundamental.

Esses perfi s identifi cam estudantes ainda:

não alfabetizados

no 3º ano do ensino fundamental;

com alfabetização incompleta

no 5º ano do ensino fundamental;

com letramento insufi ciente

no 9º ano do ensino fundamental.

Perfi s de alfabetização e letramento

Novo indicador evidencia desafi o CORREÇÃO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS

É NECESSÁRIA PARA ENFRENTAR ABANDONO DA SALA DE AULA

Os resultados do SAETHE são divulgados com o uso de indicadores

específi cos, sendo eles a profi ciência média, a taxa de participação

na avaliação, a distribuição de estudantes por padrão de desempe-

nho e o percentual médio de acerto por descritor.

No ciclo 2017, um novo indicador está sendo apresentado: o perfi l

de alfabetização e letramento, para o 3º, 5º e 9º anos do ensino

fundamental, em língua portuguesa. A intenção é divulgar um dado

que sintetize o tamanho do desafi o a ser enfrentado no ensino fun-

damental brasileiro, assim como fez o Inep/MEC na última edição

da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA 2016).

ATÉ 2016 A PARTIR DE 2017

D1 D2 D3100% 33% 90%

Profi ciênciamédia

Participação Distribuição de estudantes por padrão de desempenho

Percentual médio de acerto por descritor

Perfi s de alfabetizaçãoe letramento

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 27

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Estudantes com alfabetização incompleta

demonstram domínio em relação às

habilidades descritas no perfi l anterior; porém,

ainda apresentam difi culdade para ler, com

autonomia, textos comuns às situações

cotidianas externas ao ambiente escolar,

como notícias, cartas ou mesmo textos

literários. Alguns desses estudantes são

capazes de ler frases e localizar informações

em textos curtos, ao passo que outros já

conseguem realizar inferências, mas em

tirinhas ou histórias em quadrinhos. Isto é,

as operações de leitura que são capazes

de realizar são pautadas em processos

cognitivos principalmente relacionadas ao

lembrar, orientadas por textos frequentes

no contexto escolar. Os estudantes devem,

ainda, consolidar os processos associados

ao reconhecimento de palavras, pois a leitura

hesitante decorre dessa difi culdade e o

esforço para a decodifi cação compromete

a compreensão de textos mais longos e,

consequentemente, de inferências mais

complexas. Esse perfi l é delineado ao se

analisar o desempenho de estudantes do

5º ano do ensino fundamental nos testes de

profi ciência.

Para caracterizar o letramento insufi ciente,

considera-se o desempenho de estudantes

do 9º ano do ensino fundamental. É

esperada, minimamente, desses estudantes,

a alfabetização plena, visto que as

aprendizagens em curso não prescindem

da leitura e da escrita, e busca-se identifi car

se estão inseridos na sociedade, gozando

com legitimidade direitos e exercendo com

responsabilidades deveres, a partir dos

usos sociais inerentes à capacidade de ler

e escrever. Porém, a insufi ciência é notada

porque não há domínio de habilidades que

permitem o desenvolvimento de estratégias

reguladoras da leitura. Há, nesse perfi l,

estudantes que conseguem realizar leitura,

localização de informações e inferências,

bem como retomadas por meio de pronomes

e relações lógico-discursivas em texto

predominantemente narrativos, em sua

maioria, com temas familiares e estruturas

linguísticas mais simples e familiares.

Alfabetização incompleta Letramento insufi ciente

No perfi l não alfabetizado, encontram-

se estudantes que conseguem identifi car

que as letras representam sons da fala,

reconhecendo letras ou mesmo lendo

palavras em diferentes padrões silábicos, sem,

todavia, conseguirem ler textos, mesmo os de

pequena extensão e com vocabulário pouco

complexo. Nesse mesmo perfi l, também,

estão estudantes que começam a localizar

informações em textos curtos e comuns no

ambiente escolar, além de reconhecer a

fi nalidade de textos como receitas, convites e

bilhetes. Apesar disso, esses estudantes ainda

não podem ser considerados alfabetizados,

pois mesmo em se tratando de habilidades

tão básicas, elas exigem desses alunos um

grande esforço para a decodifi cação.

Não alfabetizados

Para entender

Entendendo que a avaliação externa tem o pro-

pósito de investigar o que os estudantes apren-

deram, com base na aplicação de conhecimen-

tos a situações reais e resolução de problemas

cotidianos, o desempenho adequado pode ser

traduzido, por exemplo, na capacidade de usar

as habilidades de leitura desenvolvidas para

compreensão de informações encontradas em

diferentes gêneros e, posteriormente, para ex-

pressão e posicionamentos perante o mundo.

Estudantes com o perfi l de desempenho consi-

derado inadequado evidenciam, portanto, o des-

cumprimento do que está pactuado para a quali-

dade da oferta educacional.

Com a sistematização do quantitativo de estu-

dantes não alfabetizados no 3º ano, com alfabe-

tização incompleta no 5º ano e com letramento

insufi ciente no 9º ano do ensino fundamental,

busca-se tratar das difi culdades de aprendiza-

gem dos estudantes das escolas públicas, re-

gistradas a cada etapa escolar avaliada, a fi m

de desvendar os caminhos necessários para a

melhoria das habilidades requeridas por esses

perfi s. Os perfi s de desempenho para a alfabe-

tização e o letramento, descritos a seguir, foram

construídos com essa intenção.

Em linhas gerais, são considerados estudantes

com alfabetização e letramento inadequados

aqueles que não atingiram determinada profi -

ciência, representativa do desenvolvimento de

habilidades e competências esperadas para a

etapa, sintetizadas no domínio da leitura e da es-

crita e de seus usos sociais.

28 SAETHE 2017

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06---

Estudantes com alfabetização incompleta

demonstram domínio em relação às

habilidades descritas no perfi l anterior; porém,

ainda apresentam difi culdade para ler, com

autonomia, textos comuns às situações

cotidianas externas ao ambiente escolar,

como notícias, cartas ou mesmo textos

literários. Alguns desses estudantes são

capazes de ler frases e localizar informações

em textos curtos, ao passo que outros já

conseguem realizar inferências, mas em

tirinhas ou histórias em quadrinhos. Isto é,

as operações de leitura que são capazes

de realizar são pautadas em processos

cognitivos principalmente relacionadas ao

lembrar, orientadas por textos frequentes

no contexto escolar. Os estudantes devem,

ainda, consolidar os processos associados

ao reconhecimento de palavras, pois a leitura

hesitante decorre dessa difi culdade e o

esforço para a decodifi cação compromete

a compreensão de textos mais longos e,

consequentemente, de inferências mais

complexas. Esse perfi l é delineado ao se

analisar o desempenho de estudantes do

5º ano do ensino fundamental nos testes de

profi ciência.

Para caracterizar o letramento insufi ciente,

considera-se o desempenho de estudantes

do 9º ano do ensino fundamental. É

esperada, minimamente, desses estudantes,

a alfabetização plena, visto que as

aprendizagens em curso não prescindem

da leitura e da escrita, e busca-se identifi car

se estão inseridos na sociedade, gozando

com legitimidade direitos e exercendo com

responsabilidades deveres, a partir dos

usos sociais inerentes à capacidade de ler

e escrever. Porém, a insufi ciência é notada

porque não há domínio de habilidades que

permitem o desenvolvimento de estratégias

reguladoras da leitura. Há, nesse perfi l,

estudantes que conseguem realizar leitura,

localização de informações e inferências,

bem como retomadas por meio de pronomes

e relações lógico-discursivas em texto

predominantemente narrativos, em sua

maioria, com temas familiares e estruturas

linguísticas mais simples e familiares.

Alfabetização incompleta Letramento insufi ciente

No perfi l não alfabetizado, encontram-

se estudantes que conseguem identifi car

que as letras representam sons da fala,

reconhecendo letras ou mesmo lendo

palavras em diferentes padrões silábicos, sem,

todavia, conseguirem ler textos, mesmo os de

pequena extensão e com vocabulário pouco

complexo. Nesse mesmo perfi l, também,

estão estudantes que começam a localizar

informações em textos curtos e comuns no

ambiente escolar, além de reconhecer a

fi nalidade de textos como receitas, convites e

bilhetes. Apesar disso, esses estudantes ainda

não podem ser considerados alfabetizados,

pois mesmo em se tratando de habilidades

tão básicas, elas exigem desses alunos um

grande esforço para a decodifi cação.

Não alfabetizados

Para entender

Entendendo que a avaliação externa tem o pro-

pósito de investigar o que os estudantes apren-

deram, com base na aplicação de conhecimen-

tos a situações reais e resolução de problemas

cotidianos, o desempenho adequado pode ser

traduzido, por exemplo, na capacidade de usar

as habilidades de leitura desenvolvidas para

compreensão de informações encontradas em

diferentes gêneros e, posteriormente, para ex-

pressão e posicionamentos perante o mundo.

Estudantes com o perfi l de desempenho consi-

derado inadequado evidenciam, portanto, o des-

cumprimento do que está pactuado para a quali-

dade da oferta educacional.

Com a sistematização do quantitativo de estu-

dantes não alfabetizados no 3º ano, com alfabe-

tização incompleta no 5º ano e com letramento

insufi ciente no 9º ano do ensino fundamental,

busca-se tratar das difi culdades de aprendiza-

gem dos estudantes das escolas públicas, re-

gistradas a cada etapa escolar avaliada, a fi m

de desvendar os caminhos necessários para a

melhoria das habilidades requeridas por esses

perfi s. Os perfi s de desempenho para a alfabe-

tização e o letramento, descritos a seguir, foram

construídos com essa intenção.

Em linhas gerais, são considerados estudantes

com alfabetização e letramento inadequados

aqueles que não atingiram determinada profi -

ciência, representativa do desenvolvimento de

habilidades e competências esperadas para a

etapa, sintetizadas no domínio da leitura e da es-

crita e de seus usos sociais.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 29

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Percurso da avaliação

Confira as principais etapas da avaliação externaRESULTADOS POSSIBILITAM DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO E

CONTRIBUEM PARA REDEFINIÇÃO DE RUMOS NA GESTÃO PEDAGÓGICA

Nesta etapa, é realizado o planejamento

da avaliação, quando são definidos

passos importantes para que ela cumpra

seu objetivo. De acordo com a finalidade,

são definidos: público-alvo a ser avaliado

(estudantes e etapas); o que será

avaliado (disciplinas); data e logística da

aplicação; resultados a serem produzidos;

forma de divulgação e estratégias de

apropriação dos resultados (materiais

impressos e/ou on-line, capacitação

de gestores, professores etc.). Cada

um desses passos respeita técnicas de

segurança e qualidade, requeridas pela

avaliação externa, com o objetivo de

garantir a isonomia e a responsabilidade

necessárias para que as informações

produzidas sejam relevantes e

representem a realidade.

A segunda etapa consiste na definição

da matriz de referência e na montagem

de testes de proficiência e questionários

contextuais. As matrizes organizam

as habilidades e competências a

serem avaliadas por meio dos testes,

compostos por itens elaborados a partir

dos descritores da matriz. Também são

produzidos questionários para capturar

informações do contexto dos estudantes,

a fim de complementar as informações

produzidas pelos testes cognitivos. Os

testes são montados de acordo com

metodologia específica – a Teoria

da Resposta ao Item (TRI). Após sua

montagem, os instrumentos impressos são

distribuídos para aplicação nas escolas.

Os testes podem ser disponibilizados,

ainda, em formato digital.

Planejamento da avaliação

Construção de instrumentos

30 SAETHE 2017

Page 33: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

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07--

A avaliação educacional em larga escala é uma importante ferramenta para gestores, de rede e das escolas, e para os

profissionais da educação em geral, pois, a partir das informações por ela produzidas, é possível obter um diagnóstico

sobre a qualidade da educação ofertada e, com isso, realizar intervenções no processo de ensino, implementar políticas

educacionais e redefinir rumos na gestão pedagógica, de acordo com as necessidades dos estudantes de uma escola,

de uma rede ou de todo um país. Entretanto, para que os resultados da avaliação cheguem a todas as escolas de todo o

país e ela cumpra o seu papel, há um longo caminho percorrido, desde a definição do que será avaliado até o momento

em que os resultados se traduzem em informações úteis para gestores, professores, famílias e estudantes. A seguir, são

apresentadas, de forma sucinta, as principais etapas desse processo.

Após a aplicação dos instrumentos

da avaliação externa e o seu

recolhimento em cada escola,

é iniciada a etapa que culmina

com a produção dos resultados.

Diferentes ações estão envolvidas

nessa etapa, cada uma delas

executadas com critérios técnicos

e metodologia adequados.

Essa etapa inclui a triagem e

o processamento dos testes:

separação e processamento dos

instrumentos; constituição de

base de respostas dos estudantes

e demais respondentes dos

questionários; análise das respostas

e produção de medidas; análise

e produção dos resultados,

propriamente – proficiência dos

estudantes, das turmas, das escolas

e das redes.

Os resultados da avaliação externa e

as informações necessárias para sua

leitura e interpretação são divulgados

no portal do SAETHE e em revistas

destinadas aos professores e gestores.

Nessas publicações, é possível conferir

dados sobre o programa e indicadores

de participação e desempenho da

escola, por disciplina e etapa. No

portal, também estão disponíveis

materiais de apoio – matrizes de

referência, padrões e níveis de

desempenho, oficinas de resultados

etc. Nas revistas, são disponibilizados,

ainda, conteúdos de suporte para

a interpretação dos resultados e

para a prática pedagógica. A equipe

gestora da rede de ensino conta

com apresentações específicas dos

resultados.

O percurso da avaliação externa

não se encerra na apropriação dos

resultados, mas em seus usos na

prática cotidiana da escola e/ou

da rede. A melhoria da qualidade

da oferta educacional depende da

ação de professores e gestores e,

para auxiliá-los, são disponibilizadas

ferramentas de desenvolvimento

profissional: cursos on-line e oficinas

de apropriação de resultados,

que apresentam os conceitos

básicos da avaliação externa e

discutem os resultados dos testes

e dos questionários contextuais; e

protocolos de gestão, que consistem

em uma orientação de trabalho

direcionado aos gestores.

Produção de resultados

Materiais de divulgação de resultados

Desenvolvimento profissional

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 31

Page 34: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

Colocando em prática

Atividades pedagógicas baseadas nos resultadosHABILIDADES E COMPETÊNCIAS DA MATRIZ DE REFERÊNCIA

DEVEM DIALOGAR COM PLANEJAMENTO ESCOLAR

Para que os dados da avaliação externa sejam utilizados no dia a dia da

sua escola, é imprescindível que você conheça melhor as características

desse tipo de avaliação. Ao chegar a este ponto, você pôde perceber as

particularidades de cada indicador e se preparar para a apropriação cor-

reta das informações.

Após sistematizar o diagnóstico sobre a aprendizagem dos estudantes da

sua escola, por meio do Roteiro de leitura e análise, é preciso relacioná-

-lo aos materiais de orientação para o trabalho em sala de aula, como as

diretrizes curriculares e os recursos didáticos, e verificar as possíveis asso-

ciações entre esses materiais e as competências e habilidades elencadas

nas matrizes de referência da avaliação externa.

Realizado esse processo, é hora de rever o plano de curso e os planos de

aula, verificando se o planejamento escolar estabelece um diálogo efeti-

vo com as questões levantadas pela análise dos resultados da avaliação.

A seguir, você encontra sugestões para a prática pedagógica pautadas

nesses resultados.

32 SAETHE 2017

Page 35: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

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08-

Depois de estudar os materiais de orientação disponíveis, retome as análises sobre as habi-

lidades que os estudantes ainda não desenvolveram, considerando os resultados das ava-

liações externa e interna, identificando se há semelhanças ou divergências entre eles. O ob-

jetivo é verificar se as habilidades e competências detalhadas na matriz de referência fazem

parte daquelas abordadas na prática pedagógica em sala de aula, ou seja, se os estudantes

estão aptos a responder com êxito ao teste de proficiência de cada etapa de escolaridade.

EM AÇÃO

Estudo dos materiais de orientação para a sala de aula

Reflita sobre os tópicos abaixo, de modo que o estudo seja dirigido ao aprimora-

mento do instrumento avaliativo interno e às percepções apontadas pelo instru-

mento externo.

C Há currículo próprio ou em elaboração na rede de ensino?

C O currículo é amplamente conhecido e divulgado? Está acessível?

C Como e quando são previstas as atividades em sala para o ano letivo? Ou seja,

como e quando é elaborado o plano de curso?

C Há clareza nos objetivos gerais e específicos do plano de curso?

C Os conteúdos e procedimentos detalhados no plano de curso dialogam com os

planos de aula definidos para esta disciplina?

C Qual é a orientação compartilhada para a avaliação na sua escola,

especialmente, nesta disciplina?

Matriz de referência

da avaliação

Orientações

curriculares

Recursos

didáticos

Plano de curso

e plano de aula

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 33

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Não existe uma resposta apenas para essa pergunta. Além da aná-

lise dos resultados da avaliação à luz das orientações curriculares

e dos materiais didáticos, sugerimos algumas atividades que pode-

rão ser desenvolvidas em sala de aula, a fim que você possa lidar

com os dados da avaliação como parte do projeto pedagógico da

escola e para que, com o tempo, esse exercício possa fazer parte

do cotidiano escolar.

EM AÇÃO

Atividade para desenvolvimento em sala de aula

As atividades apresentadas a seguir podem ser desenvolvidas com os alunos, traba-

lhando em pequenos grupos de dois ou três estudantes.

Essas atividades abordam conceitos e conteúdos que podem auxiliar os estudantes a

desenvolverem as habilidades relacionadas à identificação de figuras planas, como

os triângulos e os quadriláteros, inclusive nos sólidos geométricos.

E agora, como posso fazer uso dos resultados em sala de aula para que os estudantes alcancem o desempenho esperado?

34 SAETHE 2017

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08-

ATIVIDADE 1

A. Desenhar os contornos das faces de uma pirâmide quadrangular.

B. Fazer o mesmo com as faces dos outros sólidos geométricos.

A primeira atividade desta sequência consiste na tarefa de pedir que os alunos, em

grupos, desenhem, em folhas de papel, os contornos de alguns sólidos geométricos:

O professor pode distribuir os sólidos geométricos para que os alunos os utilizem para

fazer os contornos, como também pode pedir que eles desenhem as figuras sem esse

auxílio.

Por exemplo, se houver uma pirâmide de base quadrada, pode-se solicitar aos estu-

dantes que analisem como são as faces desse sólido, fazendo o contorno delas.

Figura 1: Sólido geométrico – Pirâmide de base quadrada

Fonte: <br.images.search.yahoo.com>

Embora existam diferentes concepções do que seja um polígono, foi adotada aquela

que considera como um polígono uma superfície plana e contínua, cujo contorno é

uma curva plana, fechada e simples, formada apenas por segmentos de reta.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 35

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ATIVIDADE 2

A. Identificar triângulos a partir de um conjunto de figuras planas.

B. Construir triângulos a partir de conjuntos de três varetas ou canudinhos.

A segunda atividade consiste em apresentar os mais variados tipos de triângulos, as-

sim como identificá-los em um conjunto com várias figuras.

Pares de triângulos congruentes, apresentados em diferentes disposições, podem am-

pliar a compreensão sobre essa figura geométrica.

Poderão ser propostas tarefas aos alunos para que construam triângulos a partir de

conjuntos de três varetas ou canudinhos. Essas três varetas ou canudinhos devem ter

tamanhos adequados para que os alunos percebam a condição entre as medidas dos

três lados, para a obtenção de um triângulo.

Atividades que permitem que os alunos classifiquem essas figuras, segundo diversos

critérios (lados, ângulos), possibilitam, gradualmente, trabalhar conceitos e proprieda-

des, visando à distinção dos tipos de triângulos.

ATIVIDADE 3

A. Classificar um conjunto de quadriláteros segundo algum critério ou atributo.

B. Construir, em um geoplano, os mais diversos tipos de quadriláteros, ressaltando

seus atributos definidores.

uma terceira atividade consiste em apresentar aos alunos uma coleção de quadrilá-

teros desenhados em uma folha de papel. Os alunos podem classificá-los segundo

critérios de lados paralelos ou perpendiculares.

O geoplano é um excelente material manipulável para o ensino da geometria, pois

permite que os estudantes se arrisquem, “desenhando” com elásticos e “apagando”,

sem indicação de que foi cometido algum erro. Alunos dos primeiros anos do ensi-

no fundamental geralmente não possuem, ainda, a motricidade fina necessária para

desenhar ou escrever com precisão, e esse material auxilia bastante nesse tipo de

tarefa.

36 SAETHE 2017

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08-

Figura 2: Geoplano

Fonte: <www.utfpr.edu.br>

Além do geoplano, outros materiais manipuláveis contribuem para que sejam feitas com-

posições com figuras geométricas, tais como recorte e colagem, dobragem e tangram.

Tangram é um antigo jogo chinês, que consiste na formação de figuras e desenhos

por meio de sete peças (cinco triângulos, um quadrado e um paralelogramo). Durante

o jogo, todas as peças devem ser utilizadas; além disso, não é permitido sobrepor ne-

nhuma peça. O tangram exige paciência e tempo, assim como criatividade e raciocínio

lógico.

Figura 3: Tangram

Fonte: <www.espacoeducar.net>

Deve-se ressaltar, inicialmente, que as figuras planas (duas dimensões) também são

figuras abstratas (que estão na mente), embora possam ser representadas, por exem-

plo, em uma folha de papel.

Se as figuras não formarem bons desenhos (e isso pode acontecer), o professor pode

trazer alguns desenhos ou até alguns modelos de figuras planas, para que os alunos

possam identificá-las com as faces dos sólidos. Embora uma folha de sulfite possa ser

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 37

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identificada como um retângulo, isso não é totalmente adequado. Esse é apenas um

recurso para ilustrar uma face de um paralelepípedo, embora a própria folha seja um

paralelepípedo, mas com arestas muito estreitas. Cabe lembrar que as figuras planas

são figuras abstratas, só existem idealmente.

ATIVIDADE 4

A. Ampliar (o dobro) um determinado triângulo desenhado em um papel quadricu-

lado.

B. Reduzir (pela metade) um determinado triângulo desenhado em um papel qua-

driculado.

uma quarta atividade, que está relacionada às ampliações ou reduções de figuras

planas, pode ser realizada e facilitada também com a utilização de papel quadricula-

do. A orientação para a ampliação ou redução se dará a partir de desenhos em malha

quadriculada, com a mediação do professor.

Nessas transformações, a figura conserva o formato, mas não o tamanho. As figuras

são semelhantes (mesmo formato), mas diferentes (variou o tamanho).

ATIVIDADE 5

C Identificar e nomear polígonos com mais de quatro lados.

uma quinta atividade pode ser desenvolvida, identificando outros polígonos, por

exemplo: pentágono, hexágono etc. Figuras planas a partir de cinco lados, como os

exemplos citados, são sempre regulares (lados congruentes).

O professor poderá solicitar aos alunos que desenhem figuras poligonais, utilizando

régua, e, a partir dessa produção, caracterizar e nomear esses polígonos.

É possível observar que, à medida que o número de lados da figura plana aumenta,

ela se aproxima de um círculo; então, o círculo seria um polígono de infinitos lados.

38 SAETHE 2017

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08-

No momento dos trabalhos em grupo, o professor pode percorrer os grupos de

estudantes para verificar o desenvolvimento das atividades. Nessa etapa, o professor

não tem o papel de transmitir conhecimentos. Ele observa, analisa o comportamento,

estimula o trabalho colaborativo e leva os alunos a pensar, dando tempo e

incentivando a troca de ideias entre eles.

Cada grupo pode produzir um material, como um texto, relatando as atividades

realizadas. Desenhos devem ser incentivados para descrever as atividades

desenvolvidas.

Depois de sanadas as dúvidas e analisadas as produções, o professor deve auxiliar

os estudantes a chegarem ao entendimento matemático sobre os conhecimentos

geométricos que foram estudados. É o momento de formalização do conteúdo.

Como você pôde perceber, as atividades sugeridas podem apoiar o desenvolvimento de dife-

rentes habilidades.

É importante observar o desempenho de cada um dos estudantes, para que se possa, inclu-

sive, trabalhar atividades como as exemplificadas nesta seção, levando em conta a heteroge-

neidade das turmas.

Neste momento, é importante perceber se os resultados estão de acordo com as expectativas

de aprendizagem para a etapa avaliada. Também é importante entender que os instrumentos

de avaliação devem sempre servir ao propósito da formação escolar, e não ao contrário. Tão

importante quanto alinhar os instrumentos internos e externos entre si é alinhá-los aos proces-

sos de ensino e de aprendizagem.

Garantir a qualidade da educação exige compromissos de ação. Bom trabalho!

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 39

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Anexo

Níveis de desempenho e seus itensINTERPRETAÇÃO PEDAGÓGICA DOS ITENS É NECESSÁRIA PARA ENTENDER

O QUE SIGNIFICA ESTAR ALOCADO EM DETERMINADO PADRÃO DE DESEMPENHO

Sentença descritora do item: operação mental associada ao objeto do conhecimento con-

textualizado. Exemplo: “Resolver problema envolvendo o cálculo de áreas de figuras planas”,

habilidade presente na matriz de referência, corresponde à operação mental de resolução de

problemas associada à área de conhecimento de Grandezas e Medidas. A sentença descrito-

ra “Determinar a área de um trapézio a partir das medidas de seus lados informados em uma

malha quadriculada, na resolução de problemas“ também corresponde à operação mental de

resolução de problemas na área de Grandezas e Medidas, porém especifica a grandeza abor-

dada e a figura plana, no caso, o trapézio, utilizada para avaliar a habilidade requerida, além de

deixar claro o uso da imagem como apoio para a interpretação do problema pelos estudantes..

As devolutivas pedagógicas correspondentes aos resultados decor-

rem da análise do teste de proficiência. Os itens que compõem os

cadernos buscam medir o que os estudantes são capazes de fazer;

logo, para entender o que significa estar alocado em dado padrão

de desempenho estudantil, é preciso interpretar pedagogicamente

os itens da avaliação. Essa interpretação está contida nas senten-

ças descritoras dos itens que, por sua vez, estão reunidas nos inter-

valos de níveis de desempenho, ou seja, agrupamentos menores do

que os de padrões, que podem ser encontrados nesta seção.

A análise pedagógica dos resultados da avaliação cabe a você

e a seus pares, a partir da leitura dos níveis de desempenho e da

autoavaliação do processo de ensino e aprendizagem.

40 SAETHE 2017

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Abaixo do básico2º ano do ensino fundamental

ATÉ 350 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

As habilidades matemáticas que se evidenciam neste padrão de desempenho são elementares para

este período de escolarização. No campo geométrico, os estudantes identificam a localização de ob-

jetos em representações do espaço, por meio dos conceitos em cima/embaixo e perto/longe, reconhe-

cendo também a palavra distante. Esses estudantes associam objetos do mundo físico à forma da pirâ-

mide, do cubo, do cilindro, do cone e do paralelepípedo (ou bloco retangular), associam também figuras

bidimensionais presentes em objetos do cotidiano à nomenclatura do círculo e do quadrado, além de

reconhecer o quadrado e o círculo em uma coleção de figuras bidimensionais, representadas em malhas

quadriculadas ou não.

No campo numérico, associam números de 1 algarismo à sua escrita por extenso, quantidades de até 20

objetos, dispostos de forma organizada, ou quantidades até 10 objetos, dispostos de forma desorganiza-

da, à representação numérica e reconhecem o primeiro elemento de uma fila.

No campo de grandezas e medidas, os estudantes comparam atributos como altura, tamanho, espessu-

ra e comprimento, reconhecem as cédulas de 10, 20 ou 50 reais e moedas de 50 centavos do Sistema

Monetário Brasileiro e identificam diferentes modelos de balança como instrumento utilizado para medir

massa.

Devido à presença ainda incipiente de habilidades matemáticas neste padrão de desempenho, torna-se

necessário que a escola amplie o contato com atividades que sejam significativas, de forma a possibilitar

o desenvolvimento de habilidades relativas a grandezas e medidas e tratamento da informação, além

de ampliar os campos numérico e geométrico.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 41

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09

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Esse item avalia a habilidade de associar quantidades de objetos à sua representação numérica.

Os estudantes que assinalaram a alternativa C, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

pelo item, pois associaram corretamente os 9 doces à sua representação numérica.

Questão ## M010542E4

Observe abaixo a quantidade de doces que Jade ganhou.

Quantos doces Jade ganhou ao todo?

7

8

9

10

42 SAETHE 2017

Page 45: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

Básico2º ano do ensino fundamental

DE 350 A 450 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

Os estudantes que apresentam o padrão de desempenho básico desenvolveram todas as habilidades

descritas no padrão de desempenho abaixo do básico. Além dessas habilidades, os estudantes com

nível de proficiência entre 350 e 450 pontos, no campo geométrico, identificam a localização de objetos

em representações do espaço, por meio dos conceitos na frente/atrás e entre; associam figuras bidimen-

sionais presentes em objetos do cotidiano à nomenclatura do triângulo; além de reconhecê-lo em uma

coleção de figuras bidimensionais, representadas em malhas quadriculadas ou não.

No campo numérico, associam números de 2 algarismos à sua escrita por extenso e quantidades de 11

a 20 objetos, dispostos de forma desorganizada, à representação numérica; reconhecem o segundo, o

terceiro e o último elemento de uma fila; identificam, por meio da contagem, a coleção com a maior/me-

nor quantidade de objetos; completam uma sequência de intervalos unitários com esses números; além

identificar o número que vem depois de um número natural de 1 algarismo, porém sem reconhecer a pa-

lavra sucessor. Ainda nesse campo, os estudantes executam o cálculo de adição de um número natural

de até 2 algarismos por outro de 1 algarismo, sem reagrupamento; e o cálculo de adição de 3 números

naturais de 1 algarismo, sem reagrupamento, dada a sentença matemática e com resultado menor que

10. Resolvem problemas envolvendo o significado de juntar/acrescentar da adição com números de 1 al-

garismo, com ou sem apoio de imagem; resolvem problemas que requerem a compreensão do significa-

do de retirar da subtração com números de até 2 algarismos, sem reagrupamento, com resultado menor

que 10, com ou sem apoio de imagem; e resolvem problemas de divisão exata de números naturais de 1

algarismo com apoio de imagem e ideia de partilha.

No que se refere a grandezas e medidas, os estudantes identificam instrumentos utilizados para medir

tempo, comprimento e temperatura. No eixo tratamento da informação, localizam informações relativas à

categoria de maior/menor frequência em gráficos de coluna ou pictóricos, identificam dados apresenta-

dos em gráficos de colunas, associando as informações dos eixos, e identificam informações numéricas

apresentadas em tabelas simples e com até 4 linhas.

Ao considerar esse conjunto de habilidades, evidencia-se a necessidade de continuar a desenvolvê-las,

sobretudo, as que dizem respeito aos campos geométrico e grandezas e medidas, que necessitam de

uma intervenção mais efetiva da escola em diálogo com outras áreas do conhecimento.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 43

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Esse item avalia a habilidade de identificar informações apresentadas em gráficos de colunas.

Os estudantes que assinalaram a alternativa C, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

pelo item, uma vez que identificaram no gráfico apresentado no suporte o amigo que fez a menor

quantidade de gols.

Questão ## M010597E4

O gráfi co abaixo mostra a quantidade de gols que quatro amigos fi zeram em um campeonato.

16

14

12

10

8

6

4

2

0

Qua

ntid

ade

de g

ols

MARCELO LUÍS ADRIANO FELIPE

Amigos

De acordo com esse gráfi co, qual desses amigos fez a menor quantidade de gols?

ADRIANO.

FELIPE.

LUÍS.

MARCELO.

44 SAETHE 2017

Page 47: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

Adequado2º ano do ensino fundamental

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

DE 450 A 550 PONTOS

Neste padrão de desempenho, é perceptível um aumento do grau de complexidade das habilidades. No

campo geométrico, isso pode ser verificado quando esses estudantes demonstram localizar um objeto

em uma malha quadriculada, a partir de duas coordenadas ou referências, e identificar a localização

de objetos em representações do espaço, tendo como referência a posição do estudante por meio dos

conceitos direita/esquerda. Os estudantes, ainda, associam objetos do mundo físico à nomenclatura do

paralelepípedo, do cubo, da pirâmide, da esfera, do cilindro e do cone; associam a esfera ao seu nome;

identificam, em uma coleção de sólidos geométricos, aqueles que têm superfícies arredondadas; reco-

nhecem o retângulo representado em uma malha quadriculada e a nomenclatura do triângulo como

figura geométrica de 3 lados, sem apoio de imagem.

No campo numérico, identificam igualdades de quantidades por meio da contagem, reconhecem os

números ordinais do 4º ao 9º, associam um número natural de 3 algarismos à sua escrita por extenso,

reconhecem o menor número em uma coleção de números naturais de 2 algarismos e identificam uma

sequência de números naturais formados por 1 algarismo ordenada crescentemente. Ainda nesse cam-

po, os estudantes executam o cálculo de adição de até 3 números naturais de até 3 algarismos, com um

reagrupamento; de subtração de números naturais de até 2 algarismos, com ou sem reagrupamento; e

de números naturais de até 3 algarismos, sem reagrupamento, dada a sentença matemática e o algorit-

mo da multiplicação de fatos fundamentais. São capazes, também, de resolver problemas envolvendo:

reagrupamento e sem apoio de imagem; o significado de juntar/acrescentar da adição com números

naturais de até 2 algarismos; o significado de juntar/acrescentar da adição com 3 valores monetários

inteiros de 1 algarismo, com resultado menor que 10, sem apoio de imagem; o significado de retirar da

subtração com números de até 2 algarismos, sem reagrupamento, com resultados maiores que 10 e sem

apoio de imagem; e o significado de completar da subtração com resultado menor ou igual a 10, com ou

sem apoio de imagem. O aumento do grau de complexidade das habilidades também pode ser eviden-

ciado nesse campo quando os estudantes resolvem problemas de multiplicação de números naturais de

1 algarismo com ideia de soma de parcelas iguais, proporcionalidade ou dobro, com ou sem apoio de

imagem; de multiplicação de um número natural de 1 algarismo por 10, com ideia de soma de parcelas

iguais e com apoio de imagem; de divisão exata entre 1 número natural de 2 algarismos por outro de 1 al-

garismo, com apoio de imagem e ideia de partilha ou metade; e de divisão exata entre números naturais

de 1 algarismo sem apoio de imagem com ideia de partilha.

No campo de grandezas e medidas, ordenam objetos pelo atributo tamanho e altura, associam a data

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 45

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09

Page 48: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

Esse item avalia a habilidade de identificar a representação de figuras tridimensionais.

Os estudantes que assinalaram a alternativa B, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

pelo item, pois associaram a forma do chapéu apresentado no suporte à nomenclatura do cone.

Questão ## M040103BH

Ana comprou alguns chapéus para a festa de aniversário de seu filho, como o representado abaixo.

Esse chapéu lembra a forma de um

cilindro.

cone.

cubo.

pirâmide.

de determinado evento ao dia da semana com apoio do calendário, leem hora exata em relógio digital,

reconhecem o valor de um agrupamento de cédulas e de moedas do Sistema Monetário Brasileiro e

realizam a troca de uma cédula de 2 reais por 4 moedas de 50 centavos. No campo de tratamento da in-

formação, os estudantes localizam informações numéricas apresentadas em diferentes gêneros textuais,

como lista de compras, receitas, convites, cartazes, ingressos, entre outros, e identificam informações

numéricas apresentadas em tabelas simples de 5 linhas ou mais ou tabelas de dupla entrada.

Ao observar o conjunto de habilidades que estão localizadas neste padrão de desempenho, consta-

tam-se marcos cognitivos significativos no campo numérico, geométrico e no campo das medidas. Esses

estudantes, possivelmente, percebem a relação existente entre a matemática e o mundo.

46 SAETHE 2017

Page 49: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

Avançado2º ano do ensino fundamental

ACIMA DE 550 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

A principal característica dos estudantes que apresentam proficiência compatível com o padrão de de-

sempenho avançado é o fato de terem desenvolvido habilidades matemáticas além daquelas esperadas

para a etapa de escolarização em que se encontram. Os estudantes que possuem proficiência acima de

550 pontos desenvolveram as habilidades dos níveis anteriores. Além disso, demonstram ampliar o co-

nhecimento no campo geométrico e identificam a localização de objetos em representações do espaço

tendo como referência uma posição diferente da do estudante por meio dos conceitos direita/esquerda

e associam figuras bidimensionais presentes em objetos do cotidiano à nomenclatura do retângulo.

No campo numérico, identificam uma sequência de números naturais formados por 2 ou 3 algarismos

ordenada crescentemente e uma sequência de números naturais formados por até 2 algarismos orde-

nada decrescentemente; completam sequências de números naturais de 2 algarismos com intervalos de

2, 3 ou 10 unidades e sequências de números naturais de 3 algarismos com intervalos de 5 unidades.

Executam o cálculo de adição de 2 números naturais de 3 algarismos, com 2 reagrupamentos; o cálculo

de subtração de 2 números naturais de até 2 ou 3 algarismos, com dois reagrupamentos e o algoritmo da

divisão (fatos fundamentais). Esses estudantes, ainda, resolvem problemas envolvendo: as 4 operações

de maneira mais complexa; o significado de juntar/acrescentar da adição com números naturais de 3

algarismos, com reagrupamento; o significado de comparar da subtração com números naturais de até

3 algarismos, com ou sem reagrupamento; o significado de completar da subtração com resultado maior

que 10 sem apoio de imagem. Resolvem, ainda, problema de multiplicação de um número natural de 1

algarismo por outro de 2 algarismos (diferente de 10), sem apoio de imagem, com ou sem reagrupamen-

to; de multiplicação de números naturais de 1 algarismo, com ideia de proporcionalidade, com resultado

maior que 10, sem apoio de imagem; de multiplicação de números naturais de 1 algarismo, com ideia de

combinação, com apoio de imagem; de divisão exata de 1 número natural de até 2 algarismos por outro

de 1 algarismo com ideia de medida e de divisão exata de um número natural de até 3 algarismos por

outro de 1 algarismo com ideia de partilha.

No campo de grandezas e medidas, reconhecem duas coleções de moedas que somam o mesmo valor,

estabelecem trocas entre cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro, leem horas exatas e meia

hora em relógio analógico, reconhecem um relógio analógico e um digital que marcam o mesmo horário,

fazem a conversão de semanas para dias e dias para semanas e reconhecem que um mês tem 30 dias

e que um ano tem 12 meses.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 47

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09

Page 50: SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina · Os estudantes do 2º e 3º anos, além de testes de leitura, também realizaram testes de escrita. ... as matrizes de

Esse item avalia a habilidade de estabelecer relações entre unidades de medidas de tempo.

Os estudantes que assinalaram a alternativa A, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

pelo item, pois converteram corretamente 21 dias em 3 semanas.

Questão M041462E4

Carlos fi cou 21 dias de suas férias na casa de seu avô.Quantas semanas Carlos fi cou na casa de seu avô nessas férias?

A) 3

B) 4

C) 7

D) 21

48 SAETHE 2017

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Abaixo do básico3º ano do ensino fundamental

ATÉ 400 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

As habilidades matemáticas que se evidenciam neste padrão de desempenho são elementares para

este período de escolarização. No campo geométrico, os estudantes identificam a localização de objetos

em representações do espaço, por meio dos conceitos em cima/embaixo, na frente/atrás e perto/longe,

reconhecendo também a palavra distante. Esses estudantes associam objetos do mundo físico à forma

da pirâmide, do cubo, do cilindro, do cone e do paralelepípedo (ou bloco retangular); associam, também,

figuras bidimensionais presentes em objetos do cotidiano à nomenclatura do círculo, do quadrado e do

triângulo; além de reconhecer essas figuras em uma coleção de figuras bidimensionais, representadas

em malhas quadriculadas ou não.

No campo numérico, associam números de 1 algarismo à sua escrita por extenso e quantidades de até

20 objetos, dispostos de forma organizada ou desorganizada, à representação numérica; reconhecem

o primeiro e o último elemento de uma fila; e identificam, por meio da contagem, a coleção com a maior

quantidade de objetos. Reconhecem o maior/menor número em uma coleção de números naturais de 1

algarismo; completam sequências de números naturais de 1 algarismo com intervalos unitários; e identi-

ficam o número que vem depois de um número natural de 1 algarismo, porém sem reconhecer a palavra

sucessor. Esses estudantes, ainda, resolvem problemas envolvendo o significado de juntar/acrescentar

da adição com quantidades menores que 10 e com apoio de imagem; e problemas que requerem a com-

preensão do significado de retirar da subtração com resultado menor que 10 e com apoio de imagem.

No campo de grandezas e medidas, os estudantes comparam altura, tamanho, espessura e compri-

mento; reconhecem as cédulas de 10, 20 ou 50 reais e moedas de 50 centavos do Sistema Monetário

Brasileiro; e identificam instrumentos utilizados para medir massa, comprimento e temperatura. No eixo

tratamento da informação, localizam informações relativas à categoria de maior frequência em gráficos

de coluna.

Devido à presença ainda incipiente de habilidades matemáticas neste padrão de desempenho, torna-se

necessário que a escola amplie o contato com atividades que sejam significativas, de forma a possibilitar

o desenvolvimento de habilidades relativas a grandezas e medidas e tratamento da informação, além

de ampliar os campos numérico e geométrico.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 49

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Esse item avalia a habilidade de associar a representação de figuras bidimensionais presentes em obje-

tos do cotidiano à nomenclatura do círculo.

Os estudantes que assinalaram a alternativa A, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

pelo item.

Questão ## M020059H6

Observe abaixo o novo prato que Rita comprou para sua casa.

A forma desse prato lembra qual fi gura geométrica?

CÍRCULO.

QUADRADO.

RETÂNGULO.

TRIÂNGULO.

50 SAETHE 2017

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Básico3º ano do ensino fundamental

DE 400 A 500 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

Os estudantes que apresentam o padrão de desempenho básico desenvolveram todas as habilidades

descritas no padrão de desempenho abaixo do básico. Além dessas habilidades, os estudantes com ní-

vel de proficiência entre 400 e 500 pontos, no campo geométrico, localizam objetos em representações

do espaço, por meio do conceito entre; localizam um objeto em uma malha quadriculada a partir de duas

coordenadas ou referências; associam objetos do mundo físico à nomenclatura do paralelepípedo, do

cubo, da pirâmide e da esfera; associam a esfera ao seu nome; e identificam, em uma coleção de sólidos

geométricos, aqueles que têm superfícies arredondadas.

No campo numérico, esses estudantes identificam, por meio da contagem, a coleção com a menor quan-

tidade de objetos e igualdades de quantidades. Reconhecem o maior número em uma coleção de nú-

meros naturais de até 2 algarismos e completam sequências de intervalos unitários com esses números.

Além disso, associam um número de 2 algarismos à sua escrita por extenso e reconhecem os números

ordinais do 2º ao 9º. Nesse campo, os estudantes, ainda, executam o cálculo de adição de um número

natural de até 2 algarismos com outro de 1 algarismo, com ou sem reagrupamento; o cálculo de adição

de 3 números naturais de 1 algarismo e o cálculo de subtração de 2 números naturais de até 3 algaris-

mos, sem reagrupamento, dada a sentença matemática. Resolvem problemas envolvendo o significado

de: juntar/acrescentar da adição com números de até 2 algarismos, com ou sem reagrupamento e sem

apoio de imagem; juntar/acrescentar da adição com 3 valores monetários inteiros de 1 algarismo, com re-

sultado menor que 10, sem apoio de imagem; retirar da subtração com números de até 2 algarismos, sem

reagrupamento e sem apoio de imagem; completar da subtração com resultado menor que 10 e apoio

de imagem. Eles resolvem, também, problemas de multiplicação de números naturais de 1 algarismo com

ideia de soma de parcelas iguais ou dobro, com resultado menor que 10, com ou sem apoio de imagem,

e problemas de divisão exata entre números naturais de 1 algarismo ou de 2 algarismos por 2 com apoio

de imagem e ideia de partilha ou metade.

No que se refere a grandezas e medidas, os estudantes identificam instrumento utilizado para medir

tempo, associam a data de determinado evento ao dia da semana com apoio do calendário, leem hora

exata em relógio digital e reconhecem o valor de um agrupamento de cédulas e de moedas do Sistema

Monetário Brasileiro. No campo tratamento da informação, localizam informações relativas à categoria

de menor frequência em gráficos de coluna, identificam dados apresentados em gráficos de colunas, as-

sociando as informações dos eixos, identificam informações numéricas apresentadas em tabelas simples

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 51

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Esse item avalia a habilidade de identificar informações apresentadas no gênero textual convite.

Os estudantes que assinalaram a alternativa D, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

pelo item, pois identificaram corretamente o horário do aniversário apresentado no convite.

Questão ## M010142E4

Observe abaixo o convite de aniversário de Marina.

4 anosData: 10 de fevereiro de 2013Horário: 17 horasLocal: Rua Salvador, número 8

Marina

Qual é o horário do aniversário de Marina?

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17

ou de dupla entrada e localizam informações numéricas apresentadas em diferentes gêneros textuais,

como lista de compras, receitas, convites, cartazes, ingressos, entre outros.

Ao considerar esse conjunto de habilidades, evidencia-se a necessidade de continuar a desenvolvê-las,

sobretudo, as que dizem respeito aos campos geométrico e grandezas e medidas, que necessitam de

uma intervenção mais efetiva da escola em diálogo com outras áreas do conhecimento.

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Adequado3º ano do ensino fundamental

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

DE 500 A 600 PONTOS

Neste padrão de desempenho, é perceptível um aumento do grau de complexidade das habilidades.

No campo geométrico, isso pode ser verificado quando esses estudantes demonstram localizar objetos

em representações do espaço tendo como referência a posição do estudante por meio dos conceitos

direita/esquerda; localizar objetos tendo como referência a posição diferente da do estudante por meio

do conceito esquerda; associar sólidos geométricos à nomenclatura do cilindro e do cone; reconhecer o

retângulo representado em uma malha quadriculada e a nomenclatura do triângulo como figura geomé-

trica de 3 lados, sem apoio de imagem.

No campo numérico, os estudantes associam número de 3 algarismos à sua escrita por extenso, re-

conhecem o menor número em uma coleção de números naturais de 2 algarismos, identificam uma

sequência de números naturais formados por até 2 algarismos ordenada crescentemente e completam

uma sequência de números naturais de 2 algarismos com intervalos de 2, 3 ou 10 unidades. Executam

o cálculo de adição de até 3 números naturais de 2 ou 3 algarismos, com reagrupamentos; cálculo de

subtração de 2 números naturais de até 3 algarismos, com reagrupamentos, dada a sentença matemá-

tica e o cálculo da multiplicação e da divisão de fatos fundamentais. No que se refere à resolução de

problemas, os estudantes resolvem problemas envolvendo o significado de: juntar/acrescentar da adi-

ção com números naturais de 3 algarismos, com reagrupamento; comparar da subtração com resultado

menor que 10; completar da subtração, sem apoio de imagem; multiplicação de números naturais de um

número de 1 algarismo por outro de 2 algarismos (diferente de 10), com ou sem apoio de imagem, sem

reagrupamento; multiplicação de números naturais de 1 algarismo, com ideia de proporcionalidade, sem

apoio de imagem; multiplicação de um número natural de 1 algarismo por 10, com apoio de imagem; di-

visão exata entre números naturais de 1 algarismo sem apoio de imagem com ideia de partilha; e divisão

exata entre um número natural de 2 algarismos por outro de 1 algarismo (diferente de 2), com apoio de

imagem e ideia de partilha.

No campo de grandezas e medidas, esses estudantes ordenam objetos pelo atributo tamanho e altura,

reconhecem duas coleções de moedas que somam o mesmo valor, realizam trocas de moedas por cé-

dulas do Sistema Monetário Brasileiro e a troca de uma cédula de 2 reais por 4 moedas de 50 centavos,

leem horas exatas em relógio analógico, reconhecem um relógio analógico e um digital que marcam o

mesmo horário, fazem a conversão de semanas para dias e reconhecem que um mês tem 30 dias e que

um ano tem 12 meses.

Ao observar o conjunto de habilidades que estão localizadas neste padrão de desempenho, constatam-

-se marcos cognitivos significativos nos campos numérico, geométrico e das medidas. Esses estudantes,

possivelmente, percebem a relação existente entre a matemática e o mundo.

REVISTA DO PROFESSOR - MATEMáTICA 2º E 3º ANOS DO ENSINO FuNDAMENTAL 53

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Esse item avalia a habilidade de relacionar cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro.

Os estudantes que assinalaram a alternativa B, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada

pelo item, pois realizaram corretamente a troca das 10 moedas de 50 centavos apresentadas no suporte

pela cédula de 5 reais.

(M010132E4) Observe abaixo as moedas que Tamires usou para comprar algumas pulseiras.

Quantos reais Tamires usou para comprar essas pulseiras?

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Avançado3º ano do ensino fundamental

ACIMA DE 600 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

A principal característica dos estudantes que apresentam proficiência compatível com o padrão de de-

sempenho avançado é o fato de terem desenvolvido habilidades matemáticas além daquelas espe-

radas para a etapa de escolarização em que se encontram. Os estudantes que possuem proficiência

acima de 600 pontos desenvolveram as habilidades dos níveis anteriores. Além disso, localizam objetos

tendo como referência a posição diferente da do estudante, por meio do conceito direita, e associam

figuras bidimensionais presentes em objetos do cotidiano à nomenclatura do retângulo.

No campo numérico, os estudantes completam sequências de números naturais de 3 algarismos com

intervalos de 5 unidades, identificam uma sequência de números naturais formados por 3 algarismos

ordenada crescentemente e uma sequência de números naturais formados por até 2 algarismos orde-

nada decrescentemente. Resolvem problemas envolvendo o significado de: comparar da subtração com

números naturais de até 3 algarismos, com reagrupamento e resultado maior que 10; multiplicação de

um número natural de 1 algarismo por outro de 2 algarismos, sem apoio de imagem, com reagrupamen-

to; multiplicação de números naturais de 1 algarismo, com ideia de combinação, com apoio de imagem;

divisão exata de 1 número natural de até 2 algarismos por outro de 1 algarismo com ideia de medida; e

divisão exata de 1 número natural de 2 ou 3 algarismos por outro de 1 algarismo com ideia de partilha

sem apoio de imagem.

No campo de grandezas e medidas, os estudantes leem hora e meia em relógio analógico, estabelecem

trocas de cédulas por cédulas ou por moedas do Sistema Monetário Brasileiro, fazem a conversão de

dias para semanas e reconhecem que 3 anos equivalem a um período de 36 meses.

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Esse item avalia a habilidade de comparar ou ordenar números naturais.

Os estudantes que optaram pela alternativa D, o gabarito, possivelmente desenvolveram a habilidade

avaliada pelo item, uma vez que ordenaram decrescentemente os números apresentados no suporte.

APLICADOR

MOSTRAR o cartaz com a questão.

LER a(s) informação(ões) abaixo que apresenta(m) o desenho de um megafone .

Observe os números no quadro abaixo.

A ordem decrescente dos números desse quadro é

Questão M030519E4

Observe os números no quadro abaixo.

48 - 92 - 39 - 81 - 63 - 75 - 54

A ordem decrescente dos números desse quadro é

39 - 48 - 54 - 63 - 75 - 81 - 92.

48 - 92 - 39 - 81 - 63 - 75 - 54.

54 - 75 - 63 - 81 - 39 - 92 - 48.

92 - 81 - 75 - 63 - 54 - 48 - 39.

56 SAETHE 2017

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora

Marcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEd

Lina Kátia Mesquita de Oliveira

Manuel Palácios da Cunha e Melo

Eleuza Maria Rodrigues Barboza

Coordenação da Pesquisa de Avaliação 2016-2019

Manuel Palácios da Cunha e Melo

Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e Tecnologias da Comunicação

Edna Rezende Silveira de Alcântara

Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento de Instrumentos de Avaliação

Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello

Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública

Eliane Medeiros Borges

Supervisão de Construção de Instrumentos e Produção de Dados

Rafael de Oliveira

Supervisão de Entregas de Resultados e Desenvolvimento Profi ssional

Wagner Silveira Rezende

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora

Marcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEd

Lina Kátia Mesquita de Oliveira

Manuel Palácios da Cunha e Melo

Eleuza Maria Rodrigues Barboza

Coordenação da Pesquisa de Avaliação 2016-2019

Manuel Palácios da Cunha e Melo

Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e Tecnologias da Comunicação

Edna Rezende Silveira de Alcântara

Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento de Instrumentos de Avaliação

Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello

Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública

Eliane Medeiros Borges

Supervisão de Construção de Instrumentos e Produção de Dados

Rafael de Oliveira

Supervisão de Entregas de Resultados e Desenvolvimento Profi ssional

Wagner Silveira Rezende

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Sistema de AvaliaçãoEducacional de Teresina

A P R E S E N T A Ç Ã O L I N H A D O T E M P O R E S U LT A D O S D A S U A E S C O L A

R O T E I R O D E L E I T U R A E A N Á L I S E C O M O U T I L I Z A R O S R E S U LT A D O S

P E R F I S D E A L F A B E T I Z A Ç Ã O E L E T R A M E N T O

A N E X O

P E R C U R S O D A AVA L I A Ç Ã O

C O L O C A N D O E M P R Á T I C A

ISSN 2359-5426

SAETHE 2017 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

Revista do Professor | Matemática | 2º e 3º anos do ensino fundamental