Sal e luz

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Introdução Para que serve o médico? Programa mais médicos – está faltando médicos. Para que serve o advogado? Defender... Para que serve o professor?Ensinar... Para que serve o cristão? Pra que servimos nós? Qual é a nossa utilidade, a nossa função? Nosso objetivo? Por que estamos aqui e ainda não fomos para o céu, que é um lugar muito melhor. Na antiguidade o sal possuía um valor muito grande. Os gregos costumavam dizer que o sal era divino. Os romanos, em uma frase que em latim era algo como uma das rimas comerciais da atualidade, diziam: “Nada é mais útil que o sol e o sal” (Nil utilis sole et sale). No tempo de Jesus, o sal (obtido às margens do mar Morto ou de pequenos lagos na beira do deserto da Síria) facilmente adquiria um gosto insosso e mofado por causa da mistura maior de gesso ou restos de plantas. Por isso não podia ficar muito tempo armazenado. Jesus disse: "Vós sois...". Lloyd-Jones comenta que "as Escrituras, ao abordarem a natureza do crente, sempre enfatizam, em primeiro lugar, aquilo que ele é, antes de começarem a falar sobre aquilo que ele faz." O perigo de tentar reverter estas coisas: devemos ser algo, antes de começarmos a agir como algo. Jesus, dá aos discípulos a orientação sobre quem eles eram e o que deveriam fazer. Vejamos um pouco sobre isto. Para que servimos nós: Caráter do cristão

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Introdução

Para que serve o médico? Programa mais médicos – está faltando médicos.

Para que serve o advogado? Defender...

Para que serve o professor?Ensinar...

Para que serve o cristão?

Pra que servimos nós? Qual é a nossa utilidade, a nossa função? Nosso objetivo? Por que estamos aqui e ainda não fomos para o céu, que é um lugar muito melhor.

Na antiguidade o sal possuía um valor muito grande. Os gregos costumavam dizer que o sal era divino. Os romanos, em uma frase que em latim era algo como uma das rimas comerciais da atualidade, diziam: “Nada é mais útil que o sol e o sal” (Nil utilis sole et sale).

No tempo de Jesus, o sal (obtido às margens do mar Morto ou de pequenos lagos na beira do deserto da Síria) facilmente adquiria um gosto insosso e mofado por causa da mistura maior de gesso ou restos de plantas. Por isso não podia ficar muito tempo armazenado.

Jesus disse: "Vós sois...". Lloyd-Jones comenta que "as Escrituras, ao abordarem a natureza do crente, sempre enfatizam, em primeiro lugar, aquilo que ele é, antes de começarem a falar sobre aquilo que ele faz." O perigo de tentar reverter estas coisas: devemos ser algo, antes de começarmos a agir como algo.

Jesus, dá aos discípulos a orientação sobre quem eles eram e o que deveriam fazer. Vejamos um pouco sobre isto.

Para que servimos nós:

Caráter do cristão

I – Integrando essência e existência

“Para Jesus, o que somos, deve “impactar” o que sabemos, temos ou fazemos”

1 – A essência – “ quem eu sou”

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• Para Jesus, o que somos, deve “impactar” o que sabemos, temos ou fazemos. A essência define a existência!

• Para Jesus, não somos “saberes humanos”, “teres humanos”, ou “fazeres humanos”, mas essencialmente, somos “seres humanos”!

Ser é o que realmente importa, e é essencial!

Vivemos num mundo que diz muita coisa sobre quem nós somos – você é alguma coisa se você tem alguma coisa – O que você vai ser quando crescer? Agora ela não é nada?

Jesus começa dizendo aos discípulos quem eles são – Vocês são luz e sal - Os romanos, em uma frase que em latim era algo como uma das rimas comerciais da atualidade, diziam: “Nada é mais útil que o sol e o sal” (Nil utilis sole et sale).

Na verdade Jesus não nos diz para sermos sal e luz, Ele simplesmente diz “Vós sois sal da terra. Vós sois a luz mundo”. É diferente buscar ser do que já ser. Power point

Jesus disse: "Vós sois...". Lloyd-Jones comenta que "as Escrituras, ao abordarem a natureza do crente, sempre enfatizam, em primeiro lugar, aquilo que ele é, antes de começarem a falar sobre aquilo que ele faz." O perigo de tentar reverter estas coisas: devemos ser algo, antes de começarmos a agir como algo.

Pedro – Você é um deles, não sou. Você é sim. Tudo bem pastor. Nunca vi o homem na minha vida.

2 – A existência “ para que eu sou”

Para que eu fui criado?

• Para Jesus, o que somos, deve “impactar” o que sabemos, temos ou fazemos. A essência define a existência!

Em muitos textos Jesus usou figuras de linguagem dizendo quem ele era:

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Eu sou a porta...

Eu sou o bom pastor...

Eu sou o caminho, a verdade e a vida...

Eu sou a luz do mundo e vós sois a luz do mundo. Ele nunca disse que era o sal do mundo, mas disse que nós somos o sal.

Sal – Salário - O sal era tão valioso na época do Novo Testamento que os soldados romanos frequentemente recebiam os seus salários em sal

Pobres, choram, perseguidos – pessoas simples, com tantas limitações vão impactar o mundo, vão dar sabor neste mundo, vão iluminar este mundo.

• Quando diz que somos luz, Ele compartilha de Sua natureza e Sua missão, e reconstitui a Sua imagem e torna possível que nós a reflitamos no mundo.

Eu sou e vocês são também – privilégio e responsabilidade

II – Integrando santidade e serviço

“Uma comunidade de Jesus que procura se esconder, deixou de seguí-lo.”

1 – Uma mistura necessária – “Saltidade”

Fariseus – separados – não se misturavam com os outros.

Monges tentaram se santificar se afastando - Monges que se afastaram da comunidade para serem mais santos. Não queriam ter contato com o mundo.

O que é santidade? Colocar a bíblia em baixo do braço e vir para o culto domingo a noite?

Nossa santificação é somente pela presença de Cristo em nós. Toda auto-santificação é farisaísmo". Shedd

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Não é separação do mundo – me afastar para ser mais santo – Sal da terra – Luz do mundo.

O mundo está cada vez pior – a carne está podre. O mundo está em trevas.

A corrupção tomou rumos assustadores, a prostituição, as drogas, a criminalidade.

Quem é o culpado por isto. A carne ou o sal?

Os cristãos foram colocados por Deus em uma sociedade secular para retardar o processo de putrefação. Deus pretende que estejamos no mundo. O sal não deve ficar nas dispensas eclesiásticas, nosso papel é sermos esfregados na comunidade secular, como o sal é esfregado na carne, para impedir que apodreça. Quando o mundo apodrece nós os cristãos temos a tendência de levantar as mãos para o céu, piedosamente horrorizados, reprovando o mundo não cristão. Antes deveríamos reprovar a nós mesmos. Onde está o sal?

2 – Uma mistura silenciosa

O sal precisa salgar e a luz precisa brilhar. Como isto acontece?

Ação silenciosa - presença e ausência são percebidos. A luz está acesa ou apagada - A comida está salgada ou sem sal.

a luz não precisa dizer que está acesa ou apagada O sal não precisa dizer que está presente ou ausente. Precisa ser visto e diluído – Não precisa se tornar uma

estátua de sal, para ser aplaudido, homenageado. A mulher de Ló – Estátua de sal, não presta para nada.

O sal é colocado na panela – a gente não sabe onde ele está, mas sabemos que ele está lá.

Quando é uma pedra não presta para nada.

Aquela luz que está lá em cima sabe para onde ela vai? Para o lixo, não está mais fazendo o trabalho pelo qual ela foi designada. Ruim né?

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III - Integrando humano e divino

1 – Vejam as vossas boas obras Vs 16

O mundo vai ver o que nós fazemos e também quem nós somos, muito mais do que aquilo que nós falamos. Vejam o sal e vejam a luz. Percebem que existe uma comunidade que se importa com este mundo.

Grupo de lixeiros, são cerca de 35. Vamos levar para eles um chocolate quente, um sanduiche, um cd com músicas evangélicas e uma mensagem, um novo testamento e um folheto. Tenho certeza que aquela noite será diferente na vida deles. Vejam as vossas boas obras. Alguém viu a gente. As pessoas invisíveis.

2 – Glorifiquem ao vosso Pai

Não é para trazer glória para mim. Vejam como eu sou bom,

bendito seja eu. Glória ao nome de Deus- louvar, adorar a Deus,

agradecer a Deus pelas nossas vidas.

Glorifiquem ao vosso pai celeste. Este povo é diferente, são os crentes, os evangélicos. É o sal que saiu do saleiro, e a luz que foi para o mundo.

Glorifiquem ao vosso pai

Conclusão – Grupo logos