Salão imobiliário - 9 de novembro de 2014

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014 (92) 3090-1017 Segundo o Sindimóveis-AM, o ônus da opção acaba afastando os locadores e locatários Fiança cai em desuso em Manaus A presentar um fiador é uma das garantias que podem ser oferecidas em um contrato de aluguel, assim como o seguro- fiança e a caução financeira. No entanto, a medida vem caindo em desuso na capital. Segundo o Sindicato dos Corretores de Imóveis do Amazonas (Sindimó- veis-AM), a cada cinco contratos assinados, apenas dois usam o fiador como garantia e a caução (o depósito de até três aluguéis) ainda permanece como o mé- todo mais usado. Segundo Daniel Aragão, cor- retor e assessor da presidên- cia do Sindimóvei-AM, o ônus causado pelas consequências de se ter um fiador fez com que o proprietário prefira a caução como a forma mais se- gura. “Quando as ocorrências começavam a surgir, o nome do fiador era somente uma ilustração. No final, o prejudi- cado era o proprietário. Hoje em dia, ninguém quer assinar por outra pessoa”, explica. Aragão comenta que o segu- ro-fiança seria a opção mais adequada, porém, ainda não se constitui uma cultura nos contratos em Manaus, além de poucas empresas existen- tes que prestam o serviço. “O sindicato está em contato com empresas que facilitem esse acordo porque é o mais seguro. O seguro-fiança cobre todas as despe- sas do imóvel e as partes podem ficar tranquilas”, diz. Apesar dos contras, quem de- cidir optar por ser fiador tem que estar atento as consequências previstas em lei. O locatário também necessita apresentar um fiador que atenda aos re- quisitos que estão na nova lei do inquilinato, como possuir um imóvel quitado na mesma cidade do inquilino e compro- var renda mensal compatível com as despesas do aluguel. “O fiador responde judicialmen- te pelo imóvel, uma vez que é corresponsável do contrato. Ele vai pagar pela dívida do inquilino e seus bens podem ser usados para isso. É por essas medidas que as pessoas não querem mais emprestar seus nomes”, aponta a corretora Márcia Cohen. Por mais que a caução seja a opção mais usada, Márcia esclarece que o seguro-fiança, no qual o inquilino contrata uma companhia de seguros ou um banco, ainda é o mais re- comendado para contratos de aluguel. “As pessoas não estão acostumadas com essa opção devido ao custo adicional, que vem junto com o aluguel. A cau- ção, depositada em caderneta de poupança, não é indicada para cobrir aluguel atrasado e, sim, para os reparos que o imóvel venha precisar. Já o seguro-fiança serve para todas as despesas”, ressalta a corretora. O fiador pode lançar mão de alguns recursos quando o inquilino fica inadimplente. Um deles é o benefício de ordem, que garante ao fiador o direito de exigir que o credor acione primeiramente o deve- dor principal. Desta forma, os bens do devedor são executa- dos antes dos seus. No entanto, segundo a lei, o fiador não pode- rá se aproveitar deste benefício se, no contrato de fiança, estiver expressamente renunciado ao benefício ao ter se declarado como pagador principal ou devedor solidário, ou se o in- quilino que está devendo for insolvente ou falido. Uma vez assumida a obri- gação, o fiador não poderá alegar impenhorabilidade do imóvel, mesmo que se trate do seu único bem, ou seja, o bem de família. Caso o fiador ori- ginal também declare falência ou insolvência financeira, o locatário pode exigir a troca de fiador para que continue legítimo no contrato. Para o corretor Joaquim Ca- etano, a relação de confiança entre o locatário e o fiador é a melhor forma de evitar pro- blemas jurídicos. É preciso que haja uma garantia das duas partes. “Não tem outro jeito, o fiador vai responder pelas ações do inquilino. Então, ele tem que ter completa confian- ça de que esse inquilino terá condições e bens para arcar com o aluguel”, enfatiza. O profissional também não recomenda o uso do fiador, tan- to para o inquilino como para o locatário. Segundo Caetano, os imóveis estão cada vez mais caros e o locador tem receio de deixar a propriedade com alguém que possa não pagar. “Por isso, acredito que o segu- ro-fiança vai passar a ser uma tendência daqui a alguns anos. Apesar de ser uma opção mais cara, o prejuízo é ressarcido diretamente pela seguradora ou banco, que depois cobra o inquilino. O locador não tem prejuízo”, conclui. Leia mais na página 6 O sindica- to está em contato com empresas que facilitem esse acordo, porque é o mais seguro. O seguro- fiança cobre todas as despesas do imóvel e as partes podem ficar tranquilas”

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Salão imobiliário - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO http://www.emtempo.com.br

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014 (92) 3090-1017

Segundo o Sindimóveis-AM, o ônus da opção acaba afastando os locadores e locatários

Fiançacai em desuso em Manaus

Apresentar um fi ador é uma das garantias que podem ser oferecidas em um contrato de

aluguel, assim como o seguro-fi ança e a caução fi nanceira. No entanto, a medida vem caindo em desuso na capital. Segundo o Sindicato dos Corretores de Imóveis do Amazonas (Sindimó-veis-AM), a cada cinco contratos assinados, apenas dois usam o fi ador como garantia e a caução (o depósito de até três aluguéis) ainda permanece como o mé-todo mais usado.

Segundo Daniel Aragão, cor-retor e assessor da presidên-cia do Sindimóvei-AM, o ônus causado pelas consequências de se ter um fi ador fez com que o proprietário prefi ra a caução como a forma mais se-gura. “Quando as ocorrências começavam a surgir, o nome do fi ador era somente uma ilustração. No fi nal, o prejudi-cado era o proprietário. Hoje em dia, ninguém quer assinar por outra pessoa”, explica.

Aragão comenta que o segu-ro-fi ança seria a opção mais adequada, porém, ainda não se constitui uma cultura nos contratos em Manaus, além de poucas empresas existen-tes que prestam o serviço. “O sindicato está em contato com empresas que facilitem esse acordo porque é o mais seguro. O seguro-fi ança cobre todas as despe-sas do imóvel e as partes podem fi car tranquilas”, diz.

Apesar dos contras, quem de-cidir optar por ser fi ador tem que estar atento as consequências previstas em lei. O locatário também necessita apresentar um fi ador que atenda aos re-quisitos que estão na nova lei do inquilinato, como possuir um imóvel quitado na mesma cidade do inquilino e compro-var renda mensal compatível com as despesas do aluguel. “O fi ador responde judicialmen-te pelo imóvel, uma vez que é corresponsável do contrato. Ele vai pagar pela dívida do inquilino e seus bens podem ser usados para isso. É por essas medidas que as pessoas não querem mais emprestar seus nomes”, aponta a corretora Márcia Cohen.

Por mais que a caução seja a opção mais usada, Márcia esclarece que o seguro-fi ança, no qual o inquilino contrata uma companhia de seguros ou um banco, ainda é o mais re-comendado para contratos de aluguel. “As pessoas não estão acostumadas com essa opção devido ao custo adicional, que vem junto com o aluguel. A cau-ção, depositada em caderneta de poupança, não é indicada para cobrir aluguel atrasado e, sim, para os reparos que o imóvel venha precisar. Já o seguro-fi ança serve para todas as despesas”, ressalta a corretora.

O fi ador pode lançar mão de alguns recursos quando o inquilino fi ca inadimplente. Um deles é o benefício de ordem, que garante ao fi ador

o direito de exigir que o credor acione primeiramente o deve-dor principal. Desta forma, os bens do devedor são executa-dos antes dos seus. No entanto, segundo a lei, o fi ador não pode-rá se aproveitar deste benefício se, no contrato de fi ança, estiver expressamente renunciado ao benefício ao ter se declarado como pagador principal ou devedor solidário, ou se o in-quilino que está devendo for insolvente ou falido.

Uma vez assumida a obri-gação, o fi ador não poderá alegar impenhorabilidade do imóvel, mesmo que se trate do seu único bem, ou seja, o bem de família. Caso o fi ador ori-ginal também declare falência ou insolvência fi nanceira, o locatário pode exigir a troca de fi ador para que continue legítimo no contrato.

Para o corretor Joaquim Ca-etano, a relação de confi ança entre o locatário e o fi ador é a melhor forma de evitar pro-blemas jurídicos. É preciso que haja uma garantia das duas partes. “Não tem outro jeito,

o fi ador vai responder pelas ações do inquilino. Então, ele tem que ter completa confi an-ça de que esse inquilino terá condições e bens para arcar com o aluguel”, enfatiza.

O profi ssional também não recomenda o uso do fi ador, tan-to para o inquilino como para o locatário. Segundo Caetano, os imóveis estão cada vez mais caros e o locador tem receio de deixar a propriedade com alguém que possa não pagar. “Por isso, acredito que o segu-ro-fi ança vai passar a ser uma tendência daqui a alguns anos. Apesar de ser uma opção mais cara, o prejuízo é ressarcido diretamente pela seguradora ou banco, que depois cobra o inquilino. O locador não tem prejuízo”, conclui.

Leia mais na página 6

O sindica-to está em contato com empresas que facilitem esse acordo, porque é o mais seguro. O seguro-fi ança cobre todas as despesas do imóvel e as partes podem fi car tranquilas”

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2 MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014

EXPEDIENTE

EDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriSérgio Victor

FOTOSArquivo EM TEMPO

REVISÃODernando Monteiro Gracicleide Drumond eJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Cresce consumo de energia no paísO consumo de energia elé-

trica segue crescendo a níveis mais altos que a expansão da economia do país. Nos 12 meses compreendidos entre outubro de 2013 e setembro de 2014, houve aumento de 2,9% no consumo, com desta-que para o setor de comércio, com 7,3%. A indústria, ao contrário, apresentou queda, o consumo diminuiu 1,7%.

Em termos gerais, no perío-do, o país consumiu 458.459 gigawatts-hora (Gwh), em

2013, e 471.751 GWh em 2014, um aumento de 13.292 GWh. Os números foram divul-gados hoje (30), na Resenha Mensal de Energia Elétrica, publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Nos 12 meses até setem-bro, o maior crescimento percentual coube para a Região Norte, com 8,7%, seguida pelo Centro-Oeste (5,5%), Sul (5,4%) e Nordeste (1,9%). A Região Sudeste, que concentra 52% do con-

sumo energético nacional, cresceu 1,3% no período.

No Sudeste, o segmento industrial registrou uma que-da expressiva no consumo energético, de 3,4%, em 12 meses. Na comparação do mês de setembro deste ano com outubro do ano passado, o declínio no Sudeste é ainda maior, 9%. Os dados comple-tos podem ser acessados na página da EPE na internet (www.epe.gov.br).

Por Agência Brasil

NACIONAL

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De outubro de 2013 a outubro deste ano, houve um aumento de 2,9% no consumo no país

SP atinge a alta de vendas As informações são da Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário feita desde 1982 pelo Sindicato da Habitação (Secovi)

O movimento de com-pra de apartamentos na região metropo-litana de São Paulo

(RMSP) atingiu o melhor de-sempenho do ano, em setembro último, com alta média de 70,9% no volume de negócios. Na cida-

de de São Paulo, a alta foi 55,1%. A pro-

cura por imóveis

cresceu mais nos 38 municí-pios vizinhos à capital paulista. Excluindo a capital da soma, o mercado quase dobrou com expansão de 99,1%.

As informações são da Pes-quisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário feita desde 1982 pelo Sindicato da Habitação (Secovi). Apesar do resultado na comparação com o mês an-terior, quando comparados os dados com setembro do ano passado, houve queda. Os dados apontam que em São Paulo fo-ram comercializados 2.787 imó-

veis, 5,6% a menos do que no mesmo

mês de 2013.

Na RMSP o total somou 4.798 unidades com recuo de 2% sobre setembro de 2013. Na análise dos dados dos municípios do entorno, o resultado comparativo sobre o mesmo mês do ano passado, indica alta de 3,4%.

O ritmo de crescimento dos lançamentos da região metro-politana fi cou aquém da pro-cura com aumento de 75,5% e 5.908 unidades. Em relação a setembro de 2013, houve queda de 5,7%. De janeiro a setembro, ocorreram 18.367 lançamentos – 15,4% inferior a igual período do ano passado, informou o Secovi, com base em levantamento feito pela Em-

presa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

O vice-presidente de Incor-poração e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emilio Kallas, informou que as empresas do setor estão mais cautelosas diante do novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo. “Com os parâmetros de construção mais restritivos estabelecidos pelo novo Plano Diretor Es-tratégico, é normal a cautela com novos lançamentos. Isso porque, os empreendedores estão lançando projetos que foram aprovados com parâme-

tros do plano ante-rior, preocupados

com a reposi-ção

de seus projetos futuros sem que até agora saibam, exata-mente, qual será a nova matriz de custos”, disse o executivo.

Em sua análise técnica, o Se-covi destacou que ”a pior fase do mercado imobiliário - que foi infl uenciado pela atipicidade do ano e pela Copa do Mun-do - provavelmente já tenha passado”. Por meio de nota, o presidente do sindicato, Claudio Bernardes, disse que “ainda é cedo para se analisar os efei-tos da eleição presidencial no mercado imobiliário futuro”. O setor projeta encerrar o ano com um total de 24 mil unidades comercializadas.

Por Agência Brasil

O setor projeta encerrar o ano com um total de 24 mil unidades vendidas

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Financiamento bate recorde

NÚMERO

O volume de emprés-timos para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança foi o maior para um mês de setembro nos últimos 20 anos, informou na últi-ma semana a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em unidades, foram fi nan-ciados 50.110 imóveis, crescimento de 13,8% em relação a agosto.

Comparativamente a se-tembro de 2013, que até então registrava o maior

número de unidades fi -nanciadas para esse mês (44.218 imóveis), houve alta de 13,3%. Em valores, os empréstimos somaram R$ 10,3 bilhões no mês, alta de 12% tanto em re-lação a agosto como em comparação a setembro do ano passado.

DesaceleraçãoO bom resultado em se-

tembro dá um fôlego ao setor imobiliário, que em 2014 passa por uma de-saceleração. Nos primeiros nove meses do ano foram

destinados R$ 83,1 bilhões à aquisição e construção de imóveis, volume 4,7% superior ao de igual período do ano passado.

Como comparação, o cré-dito imobiliário em 2013 subiu 32% em relação a 2012, para R$ 109,2 bi-lhões. Calendário marcado por Copa do Mundo, elei-ções e um baixo desempe-nho econômico explicam, segundo especialistas do setor, a desaceleração no acumulado do ano.

Por Folhapress

O resultado em setembro dá um fôlego ao setor imobiliário que, em 2014, está desacelerado

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sucessosucesso

Para muita gente, con-tratar um arquiteto ou decorador é a op-ção ideal para evitar

participar diretamente da elaboração e execução de um projeto. Os profissionais do ramo consideram um erro, já que a sintonia entre cliente e arquiteto (ou decorador) é um dos principais fatores para o sucesso na reali-zação de qualquer projeto, afinal são meses de traba-lho juntos e em que o bom gosto e preferências pesso-ais precisam ser alinhados a todo o momento.

“Logo no início do projeto, o cliente precisa se identifi-car com o perfil do profissio-nal que escolheu para reali-zar sua obra ou decoração. Juntos, eles devem ajustar o gosto pessoal, memória afe-tiva e valor disponível para

Memória afetiva, valor disponível e gosto pessoal são alguns dos elementos essenciais para que a residência fi que do jeito do cliente

a execução do projeto. Só assim o resultado final vai atender às expectativas de quem vai usufruir daquele espaço e do profissional que assina a obra ou decoração”, afirmou a arquiteta e deco-radora Mylena Bonfim. De acordo com a profissional, proprietária do ateliê My-lena Bonfim Arquitetura e Interiores, durante o primei-ro contato com o cliente é realizado um briefing em que é traçado todo o seu perfil e suas reais necessidades. “Nesse momento, eu mostro referências de projetos já realizados e procuro saber as expectativas de quem está me contratando. Caso não haja uma sintonia entre as

duas partes, a possibilidade de o projeto não satisfazer o cliente e o profissional é muito grande”, ponderou. Ela disse ainda que, por mais que tenha um perfil próprio em seus trabalhos, sempre atende ao estilo dos clientes. “A gente sempre consegue imprimir uma iden-tidade do profissional, mas sem deixar de lado as pre-ferências pessoais de quem o contratou”, afirmou.

A enfer-meira Maria de Santos

Souza, 32, já teve duas experiências com decoradores, e hoje em dia sabe que participar diretamente na execução do projeto é muito importante para conseguir um bom resultado fi nal. “Na primeira vez, eu ainda morava com a minha mãe, que contratou uma profi ssional que tomou conta de todo o projeto praticamente sozinha. Passa-mos nossas necessidades, mas tivemos uma surpresa desa-gradável ao fi nal do projeto, pois percebemos que em poucos detalhes o nosso gosto pessoal havia sido levado em considera-

ção”, la-mentou.

Quando mudou para o próprio apartamento, a enfermeira fez questão de acompanhar pes-soalmente a execução de toda a obra, mesmo sob a orien-tação de um profi ssional. “Ter um profi ssional ao lado não é um luxo, mas uma necessi-dade que pode até diminuir o preço da reforma e decoração, pois ele conhece os melhores fornecedores, materiais mais modernos e em conta, além das mais modernas tecnologias para os mais diversos tipos de ambiente. Com um profi ssio-nal assim, conseguimos montar

uma equipe e o sucesso da obra será gratifi cante para as duas partes”, explicou.

Mylena afi rma ainda que, mesmo deixando o gosto do cliente sempre em primeiro lu-gar, busca orientá-lo a respeito de suas ideias sobre beleza, pra-ticidade e sofi sticação. Engana - se quem acha que sofi sticação é sinônimo de beleza, ou que o custo de uma obra ou decoração de sucesso é sempre pelo ca-minho mais caro. Busco passar às pessoas que me contratam que sofi sticação é ter exata-mente aquilo que lhe faz bem. “A simplicidade é muito mais difícil de conseguir do que o exagero”, fi nalizou.

Parceria é garantia de

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Grande parte dos empresários e economistas tem chegado a uma conclusão comum: 2015 não será um bom ano para a economia brasileira. Os motivos são muitos e todos estão liga-dos aos equívocos cometidos pelo governo federal, resulta-dos da “nova matriz econômi-ca” — como fi cou conhecida a política econômica adotada pela presidente Dilma Rousseff (PT). Devido a isso, o próximo governo precisará fazer fortes reajustes para que o Brasil não sofra com uma grande crise.

A indústria também deve re-cuar ainda mais, em virtude da indústria de transformação (que transforma matéria-prima em produto fi nal) e da construção civil, que sofre, entre outros motivos, com a desaceleração do crédito imobiliário. O índice de confi ança da indústria da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que recuou em maio 5,1% em relação ao mês anterior reforça esse cenário.

Depois de o Comitê Política Monetária (Copom) surpreender e elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 11,25%, na quarta-feira passada, os ana-listas de mercado veem um aperto monetário maior em 2015, de acordo com as projeções expres-sas no boletim Focus, do Banco Central. Penso que os analistas do mercado erraram feio quando afi rmaram que havia uma bolha imobiliária no mercado brasileiro e que o estouro era breve. A bolha que vai estourar em 2015 é a in-fl ação. A necessidade do realinha-mento dos preços dos produtos administrados pelo governo vai ser o estopim. Infl ação e taxa de juros alta inviabilizam qualquer fi nanciamento imobiliário.

A revista “Exame” de outubro publicou uma matéria informando que a maioria dos executivos do mercado imobiliário espera que o preço dos imóveis caia ou, na melhor das hipóteses, fi que está-vel nos próximos 3 anos. A con-clusão faz parte de uma pesquisa da consultoria EY feita com 200 profi ssionais do setor e investido-res. Para eles, a situação é mais crítica no segmento de imóveis comerciais, que inclui escritórios, galpões, hotéis e shoppings: 16% afi rmam que o preço deverá di-minuir até 25%, e 51% preveem uma redução de até 10%.

A previsão considera um cres-cimento da economia brasileira entre 1% e 2% ao ano até 2017. Se o ritmo for mais fraco, o impacto no valor dos imóveis po-derá ser maior. Os entrevistados afi rmam ainda que há excesso de oferta de casas, apartamen-tos e escritórios no país, e que isso foi causado, principalmente, pelo otimismo exacerbado das incorporadoras, que construí-ram demais nos últimos anos. A pesquisa mostra também que os investimentos estrangeiros nesse mercado já diminuíram, de 5 bilhões de dólares ao ano para 3 bilhões, de 2012 a 2014. A esperada desaceleração da economia nos próximos anos é o que mais preocupa.

Pela décima primeira vez con-secutiva, o preço médio dos imóveis apresentou desace-leração no acumulado de 12 meses, segundo o mais recente Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do mercado imobiliário de 20 cidades bra-sileiras. O cenário para 2015 é de “vacas magras”. Pense nisso! O seu futuro agradece.

Carlos Cé[email protected]

‘Vacas magras’ em 2015

Carlos Célio é corretor de

imóveis e perito avaliador

A indústria também deve recuar ainda mais, em virtude da indústria de transfor-mação e da construção civil, que sofre, en-tre outros motivos, com a de-saceleração do crédito imobiliário”

Reajuste em índice faz com que aluguel tenha aumentoO IGP-M apresentou uma pequena alta no último mês, servindo de base para alterar o valor dos contratos no país

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apresentou pequena alta em outubro so-

bre setembro, com variação de 0,28% ante 0,20% e elevação no acumulado de 12 meses de 2,96%. Esta última taxa é a que serve de base para a renovação da maioria dos contratos de aluguel. Desde janeiro, o índice já subiu 2,05%.

O IGP-M é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). É medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e registra a infl a-ção de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços fi nais.

Os três componentes do IGP-M apresentaram avanços, com destaque para o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) com aumento médio de 0,23% ante 0,13%. Essa va-riação relativa aos preços no setor atacadista refl ete em grande parte a elevação no subgrupo alimentos in natura (de -6,39% para 0,12%).

Também teve infl uência a co-tação de algumas commodities (produtos primários com cota-ção no mercado internacional) como, por exemplo, o café em grão (de 3,36% para 7%); o minério de ferro (de -5,46%

para -4,97%) e aves ( de 2,36%) para 3,97%). No mesmo perío-do, ocorreram decréscimos em relação aos bovinos (de 3,82% para 2,03%), suínos (de 10,75% para 4,22%) e mandioca (de 10,52% para 4,22%).

O IGP-M teve ainda o efeito do aumento de preços no va-rejo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passando de

0,42% para 0,46%.O terceiro componente da

taxa - o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) - atingiu 0,20%, ante 0,16%. Essa alta corresponde a materiais, equipamentos e serviços (de 0,34% para 0,43%). No período, não houve alteração nos valores cobrados pela mão de obra.

Por Agência Brasil

ESTUDOO IGP-M é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). É me-dido pela Fundação Ge-túlio Vargas e registra a infl ação de preços desde matérias-primas agrícolas até bens e serviços fi nais

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) atingiu 0,20% ante 0,16%, correspondendo a equipamentos e serviços

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5MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014

MS CASA

[email protected]

Arquitetando

Design nacional e o que você precisa saberPaulo Ricardo

Sachs Atuante no mercado

nacional de móveis e altadecoração

Ao executar seu projeto de deco-ração, não abra mão de uma boa peça de de-sign. Tem muita gente bacana e diferente no Brasil, inclusive premiadas”

Poltrona Moeda, de Zanini de

Zanin, uma referência

ao contem-porâneo

FOTO

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Ao executar seu proje-to de decoração, não abra mão de uma boa peça de design. Mas o

Brasil tem design ou somente futebol e Carnaval? Tem muita gente bacana e diferente, pre-miada no mercado nacional e internacional. Zanini de Zani-ne, marca poderosa de design do surfer carioca, apresenta novos materiais em móveis de aço corten (usado em cons-trução civil e confecção de esculturas) e madeira, com 16 anos de mercado. Ousado, sem limites de criação.

Sérgio Rodrigues, que mor-reu neste ano, é conhecido internacionalmente por des-contrair a maneira de sentar. A poltrona Chifruda refl ete sua irreverência. Por sua vez, os irmãos Campana, Fernando e Humberto, um arquiteto e o outro advogado, são designers aclamados e conseguiram, de maneira brilhante, elevar

A peça contemporânea que não pode faltar: a premiada poltrona Giramundo, giratória, inox e revestida com capas de fi os de tricô

A premiada Bossa permite

variação de Luz

A árvo-re de Seguso e Som-merso Bottle

simples peças de mobiliário para status de obra de arte. Inovadores e inconformistas eles não se apegam somente ao mobiliário.

Carlos Motta, arquiteto nas-cido na Vila Madalena, em São Paulo, defi ne seu trabalho como a procura do óbvio em suas peças do simples e do longevo. Extremamente liga-do à ecologia, yoga e surf, Motta transpõe em suas peças o DNA de responsabilidade social e ambiental.

Já Mário Seguso é um apai-xonado por vidros, de uma das famílias vidreiras mais tradicio-nais de Murano, Itália, aportou em São Paulo em 1954. Possui feitos como taças com o rosto do ex-pre-sidente Jânio Quadros encravada. Marcus Ferreira enxerga o mobili-ário, principalmente os estofados, com olhos de alta costura. Seu trabalho tem características de tendências sempre dialogando com conceitual: é cinema, alta

costura, estilo e detalhes. Para ilu-minar, Fernando Prado, diretor de criação da Lumini, possui amplo conhecimento para itens sintéti-cos e factíveis; suas luminárias são simples, multiuso e interna-cionalmente p r e m i a -das. Sim, o Brasil tem mui-to!

Poltrona Chifruda, edição limitada criada em 1959 por Sérgio Rodrigues

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6 MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014

Ferramentas on-line podem ajudar a economizar água A ONU prevê que a população precisará de 40% a mais de água em 2030 e, ainda assim, brasileiros estão distantes do tema

A economia de água deve ser praticada por todos os brasileiros, em tempos imprevisí-

veis de mudanças climáticas. E para ajudar as famílias a economizarem, diversos apli-cativos e ferramentas on-line estão disponíveis para fazer a contagem e controlar o que é gasto de água em casa.

Preocupados com a escas-sez de recursos hídricos, um grupo de alunos do Rio de Janeiro desenvolveu um apli-cativo para combater o des-perdício. O iWater.capile.net, que calcula o gasto de água em atividades do dia a dia como, por exemplo, abrir uma torneira, um banho demorado ou uma lavagem de carro com mangueira, e carrega o históri-co de consumo do usuário.

A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que a po-pulação precisará de 40% a mais de água em 2030 e, ainda assim, os brasileiros estão mui-to distantes do tema água, que só chama a atenção quando há uma crise instalada.

O estudante Victor Capilé, de 16 anos, que desenvolveu o iWater, explica que, além da contagem, a ferramenta traz informações e curiosidades sobre os recursos hídricos no

mundo. “Acredito que a falta de água ainda pode desenca-dear guerras se não fi zermos alguma coisa. Então decidimos levar o projeto adiante, porque as pessoas precisam ter essa conscientização”, disse Victor.

O aplicativo gratuito, criado como trabalho para a feira de ciências da Escola Gar-riga de Menezes em 2013, já está disponível na internet no iwater.capile.net. Os alunos agora querem aprimorá-lo e também estão arrecadando fundos para disponibilizar a versão para smartphones nas lojas de downloads.

Além do iWater, outros apli-cativos e ferramentas estão disponíveis para a população. O aplicativo Nossa Água, de-senvolvido pelo Instituto Akatu e a Federação Brasileira de Bancos, orienta as pessoas em relação ao consumo conscien-te da água, além de oferecer calculadora de banho, dicas para um consumo efi ciente e game sobre vazamentos. O instituto também possui uma plataforma que testa o consu-mo consciente das pessoas.

Encontramos também encon-trou para downloads os aplica-tivos Hydro, Da Sua Conta, Sai Desse Banho e o Fake Shower.

Por Agência Brasil

O iWater foi desenvolvido

pelo estudante Victor Capilé de

16 anos

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Construtoras voltam a lançar empreendimentosOs lançamentos residenciais na planta somaram 4.018 unidades em setembro, crescimento de 35,6% em relação a 2013

As construtoras retoma-ram os lançamentos de imóveis na cidade de São Paulo neste fi m de

2014, ano marcado pela queda nas vendas e dos novos proje-tos. Como o setor foi atingido pelas incertezas econômicas, pelas discussões do Novo Plano Diretor e pela Copa, que esfria-ram o mercado, as construtoras esperaram o fi m do ano para colocar um maior volume de projetos na rua.

Os lançamentos residenciais na planta somaram 4.018 uni-dades em setembro, cresci-mento de 35,6% em relação ao mesmo mês de 2013. Na comparação com agosto, a alta foi de 90%, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). “O mercado passou por meses mui-to atípicos, mas chega uma certa hora em que o incorpo-rador não pode mais segurar todos os produtos que ele tem”,

diz Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato do Mercado Imobiliário (Secovi-SP).

EstoqueO crescimento do número

de novos projetos se refl etiu na elevação do estoque (ofer-ta) de imóveis novos, que são aqueles não vendidos em um período de até três anos após o lançamento. A oferta atingiu 22.339 unidades - 40% a mais do que no mesmo mês de

2013 e quase recorde desde o início da série, que começou em 2004, segundo o Secovi-SP. Somente em novembro de 2004, com 22.442 unidades, o estoque superou o patamar de setembro de 2014.

Com os lançamentos em setembro, as construtoras buscam testar a recepção do comprador aos novos empre-endimentos em um cenário de baixa nas vendas. Se os pro-dutos não atingirem um bom

nível de vendas, as empresas devem reduzir o número de imóveis lançados, como forma de ajustar demanda e oferta. “Estamos bastante alerta para o movimento dos próximos seis meses”, afi rma Petrucci.

Para Fátima Rodrigues, di-retora da imobiliária Coelho da Fonseca, o mercado ganha impulso com o fi m das eleições, que, como a Copa, também tinham tirado a atenção do com-prador. Na semana passada, a

primeira após o fi m das eleições, o movimento nas imobiliárias já cresceu, segundo ela.

PreçosDe janeiro a setembro, o pre-

ço do metro quadrado subiu 4,78% (ante 4,61% da infl ação do IPCA), para R$ 9.102, segun-do Petrucci. Em 12 meses, a alta é de 10,73%. A perspectiva de profi ssionais do mercado é que os preços se estabilizem.

Por Agência Brasil

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De janeiro a se-tembro, o preço

do metro quadra-do subiu 4,78%

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