Saneamento Básico e Qualidade Da Água e Seu PH

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Saneamento Básico e Qualidade da Água e seu pH AmigoNerd.Net » Biologia » Saneamento Básico e Qualidade da Água e seu pH Autor: Eldes José Vieira Instituição: IESNA Saneamento Básico, Qualidade da Água e seu pH Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul S/A - SANESUL NOÇÕES DE SANEAMENTO NOÇÕES BÁSICAS DE SANEAMENTO I - INTRODUÇÃO Saneamento básico compreende os serviços de abastecimento de água, de coleta e destino dos esgotos sanitários e industriais, de drenagem urbana, de coleta e destino final do lixo. Juntamente com os demais serviços públicos, formam a infra-estrutura essencial do habitat humano e à vida comunitária nos núcleos urbanos e zonas rurais. Constituem a infra-estrutura indispensável à saúde pública e a qualquer plano ou programa de desenvolvimento econômico, urbano ou industrial. A disponibilidade dos serviços de saneamento básico com altos níveis de cobertura e com os necessários padrões de qualidade e de confiabilidade, contribuem diretamente para a melhoria das condições de saúde e de qualidade de vida da população. Não obstante esta evidência, os serviços de saneamento básico tem sido os menos contemplados entre todos os serviços públicos nas prioridades, nos programas e nas alocações de recursos governamentais. Decorrem daí, os baixos índices de cobertura, as deficiências e até mesmo a inexistência desses serviços em tantas regiões e comunidades carentes - com os mais graves riscos e conseqüências para a saúde e a qualidade de vida das populações não atendidas ou atendidas de forma precária. Situação atual do Saneamento Básico no Brasil ( Pesquisas realizadas no inicio dos anos 90 - ABES/IBGE)

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SANEAMENTO BÁSICO

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Saneamento Bsico e Qualidade da gua e seu pHAmigoNerd.Net Biologia Saneamento Bsico e Qualidade da gua e seu pHAutor: Eldes Jos VieiraInstituio: IESNASaneamento Bsico, Qualidade da gua e seu pH

Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul S/A - SANESUL

NOES DE SANEAMENTO

NOES BSICAS DE SANEAMENTO

I - INTRODUO

Saneamento bsico compreende os servios de abastecimento de gua, de coleta e destino dos esgotos sanitrios e industriais, de drenagem urbana, de coleta e destino final do lixo.

Juntamente com os demais servios pblicos, formam a infra-estrutura essencial do habitat humano e vida comunitria nos ncleos urbanos e zonas rurais. Constituem a infra-estrutura indispensvel sade pblica e a qualquer plano ou programa de desenvolvimento econmico, urbano ou industrial.

A disponibilidade dos servios de saneamento bsico com altos nveis de cobertura e com os necessrios padres de qualidade e de confiabilidade, contribuem diretamente para a melhoria das condies de sade e de qualidade de vida da populao.

No obstante esta evidncia, os servios de saneamento bsico tem sido os menos contemplados entre todos os servios pblicos nas prioridades, nos programas e nas alocaes de recursos governamentais.

Decorrem da, os baixos ndices de cobertura, as deficincias e at mesmo a inexistncia desses servios em tantas regies e comunidades carentes - com os mais graves riscos e conseqncias para a sade e a qualidade de vida das populaes no atendidas ou atendidas de forma precria.

Situao atual do Saneamento Bsico no Brasil

( Pesquisas realizadas no inicio dos anos 90 - ABES/IBGE)

II -SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE

A - CONCEITOS:

Saneamento : Controla todos fatores do meio fsico que exercem ou podem exercer efeito nocivo sade.

Sade : um estado de completo bem estar fsico, mental e social e no apenas ausncia de doenas ou enfermidade (OMS)

Sade Pblica : a cincia ou a arte de promover, proteger e recuperar a sade atravs de medidas de alcance coletivo e de motivao da populao.

Higiene : Cincia e arte de conservar e melhorar a sade e de prevenir as doenas.

Meio Ambiente : Todas condies e influncias externas que afetam a vida e o desenvolvimento de um organismo.

Padres de Potabilidade : Quantidades limites, de diversos elementos, que podem ser aceitos nas guas de abastecimento (os limites so fixados por leis, decretos, regulamentos ou especificaes).

Poluio : Qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas ou biolgicas do meio ambiente. (Ar, gua e solo).

Profilaxia : Conjunto de medidas que tem por finalidade prevenir ou atenuar as doenas, suas complicaes e conseqncias, atravs de medidas de medicina preventiva, saneamento e construtiva.

gua contaminada : a que contm organismos patognicos, substncias txicas ou radioativas.

gua desinfetada : Isenta de microorganismos patognicos.

gua esterilizada : Isenta de microorganismos vivos.

gua poluda : Apresenta alteraes em suas propriedades fsicas, qumicas ou biolgicas.

gua potvel : aquela prpria para o consumo humano.

gua bruta : Em seu estado natural (encontra-se nos rios, lenis subterrneos, lagos, etc.).

gua tratada : Que foi submetida a um ou mais processos para remoo de impurezas e/ou correo de suas propriedades

guas residurias : Esgotos gerados por uma comunidade ou por industrias.

guas de infiltrao : Parcela das guas do subsolo que penetra nas canalizaes de esgotos atravs das juntas, poos de visita e defeitos nas estruturas do sistema.

guas pluviais : Parcela das guas das chuvas que escoa superficialmente.

Contaminao: Elementos em concentraes nocivas vida animal e vegetal. (na gua um caso particular de poluio).

Corpo receptor : Corpo d gua que recebe o lanamento de esgotos brutos ou tratados.

Desinfeco: Destruio de agentes de infeco especfica (destruio de germes patognicos).

Doena de transmisso hdrica : A gua atua como veculo do agente infeccioso.

Exemplos:

Doenas adquiridas atravs da ingesto da gua: febre tifide, disenteria bacilar, hepatite, poliomelite, etc.

Doenas transmitidas pela gua, atravs do contato com a pele ou mucosas: esquistossomose, doenas de pele, infeco de olhos, nariz e garganta, etc.

Doena de origem hdrica : Decorrentes de substncias contidas na gua em teor inadequado (fluorese excesso de flor; metemoglobinemia ou cianose provocada pelos nitratos; saturnismo envenenamento causado pelo chumbo; distrbios causados por substncias radioativas; etc.).

Ecologia : Estudo das relaes mtuas de todos os organismos que vivem num mesmo ambiente e sua adaptao ao meio.

Efluente : Despejos, tratados ou no, de origem agrcola, industrial ou domstica, lanados no ambiente.

Esgotos domsticos : Despejos lquidos das habitaes, estabelecimentos comerciais, instituies e edifcios pblicos.

Esgoto bruto : Esgoto no tratado.

Esgoto tratado : Esgoto aps etapa de tratamento.

Efluentes industriais : Esgotos gerados pelas industrias.

Esterilizao : Destruio de microrganismo causadores ou no de infeces, existentes num substrato ou objeto.

B - ATIVIDADES BSICAS DE SANEAMENTO DO MEIO:

1 - Abastecimento de gua.

2 - Coleta e disposio (tratamento) de guas residuais e industriais (esgotos, resduos e guas pluviais).

3 - Acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou destino final dos resduos slidos (lixo).

4 - Controle da poluio ambiental (gua, ar, solo, acstica e visual).

5 - Saneamento dos alimentos.

6 - Controle de insetos e de roedores importantes na sade pblica.

7 - Saneamento da habitao, locais de trabalho, escolas e recreaes (parques, piscinas, clubes) e hospitais.

8 - Saneamento e planejamento territorial.

9 - Saneamento dos meios de transporte.

10 - Saneamento em situao de emergncia.

11-Outros saneamentos do meio ( cemitrios, aeroportos, ventilao, iluminao, insolaes).

C - A GUA NA NATUREZA

A gua o constituinte inorgnico mais abundante na matria viva : no homem, mais de 60% do seu peso constitudo por gua, e em certos animais aquticos esta porcentagem sobe a 98%.

A gua cobre quase 4/5 da superfcie terrestre, desse total, 97,4% refere-se aos mares e oceanos e os restantes 2,6 % gua doce. Desta 2,3 % so formados por geleiras e lenis dgua de grandes profundidades (mais de 800 m), consequentemente constata-se que somente 0,3% do volume total de gua do planeta pode ser encontrado em fontes de superfcie ( lagos, rios) e fontes subterrneas menos profundas ( poos, nascentes).

Esses valores ressaltam a grande importncia de se preservar os recursos hdricos na terra, e de se evitar a contaminao da pequena frao mais facilmente disponvel de um bem imprescindvel sobrevivncia humana.

D - A GUA NA TRANSMISSO DE DOENAS:

Doenas transmitidas pela gua podem ser :

1 - transmisso hdrica : - a gua atua como veculo do agente infeccioso, principalmente no aparelho intestinal e acontece quando microrganismos patognicos atingem a gua com as excrees de pessoas e de animais infectados;

2 - origem hdrica : - a gua por ter excesso ou falta de elementos e / ou substncias qumicas causam doenas. Os principais elementos que possuem propriedades txicas so : arsnio, brio, cdmio, chumbo, selnio, mangans, nitratos e ferro.

3 - Doenas em que a gua tem como agente infeccioso:

3.1 - bactrias: clera, febre tifide, febre para tifide, disenteria bacilar.

3.2 - protozorios: amebase ou disenteria amebiana.

3.3 - vermes : esquistossomose, ancilostomose.

3.4 - vrus : hepatite infecciosa, poliomielite.

4 Doenas em que a gua tem grande importncia por excessivo teor de substncias qumicas.

4. 1 - saturnismo : excesso de chumbo.

4. 2 - fluorese : excesso de flor.

4. 3 - cianose : nitratos.

4. 4 - laxativos : sulfatos.

4. 5 - txicos : zinco, arsnio, cromo, cobre, cdmio, etc.

E - PRINCIPAIS USOS DA GUA:

Abastecimento pblicoIrrigao.Dessendetao dos Animais.Preservao da flora e fauna.Recreao e lazer.NavegaoDiluio de Despejos.Gerao de EnergiaF - IMPORTNCIA SANITRIA E ECONMICA DO ABASTECIMENTO DE GUA :

Controle e preveno de doenasImplantao de hbitos higinicos.Limpeza pblica.Prticas desportivas.Conforto, segurana e facilidade no combate a incndios.Aumento da vida mdia pela diminuio da mortalidade.Aumento da vida eficiente do indivduo (aumento da vida mdia / tempo de afastamento por doena).Aumento do n de habitantes.Implantao de indstrias.Turismo, etc.G - CICLO HIDROLGICO :

o caminhamento da gua desde a atmosfera, passando por varias fases, at retornar atmosfera.

P (Precipitao) : a gua evaporada dos mares, lagos, pntanos, rios, vegetais e animais, produzem as nuvens que alcanando regies frias se condensam e caem em forma de chuva.ES (Escoamento Superficial) : a chuva ao cair, parte escorre sobre a superfcie da terra, formando enxurradas que atingem os rios, os mares, etc.I ( Infiltrao) : Parte da chuva se infiltra na terra, onde vai formar os aqferos freticos e artesianos.ESB ( Escoamento Subterrneo) : os aqferos subterrneos formam nascentes, fontes, poos etc.E ( Evaporao) : parte da chuva ao cair no solo quente se evapora. A gua dos rios, lagos, mares, pela incidncia solar, se evapora. Das plantas e animais (pela transpirao) a gua em forma de vapor, condensado, produz as nuvens e a chuva.

H - Mananciais para abastecimento de gua:

Os mananciais disponveis podem ser divididos em dois grandes grupos : subterrneo e superficial.

Manancial Subterrneo : aquele cuja gua vem do subsolo, podendo aflorar superfcie ( nascentes, minas, etc.) ou ser elevado superfcie atravs de obras de captao ( poos rasos, poos profundos, galerias de infiltrao, etc.).

As reservas de gua subterrnea provm de dois tipos de lenol dgua ou aqfero:

Lenol Fretico : aquele em que gua se encontra livre, com sua superfcie sob a ao da presso atmosfrica. Em um poo perfurado nesse tipo de aqfero a gua no seu interior ter o nvel coincidente com o nvel do lenol. A alimentao do lenol fretico ocorre geralmente ao longo do prprio lenol.

Lenol Confinado: aquele em que a gua encontra-se confinada por camadas impermeveis e sujeita a uma presso maior que a presso atmosfrica. Em um poo profundo, que atinge esse lenol, a gua subir acima do nvel do lenol. Poder, s vezes, atingir a boca do poo e produzir uma descarga contnua, jorrante. A alimentao do lenol confinado verifica-se somente no contato da formao geolgica com a superfcie do solo, podendo ocorrer a uma distncia considervel do local do poo. As condies climticas ou o regime de chuvas, observados na rea de perfurao do poo, pouco ou nada afetam as caractersticas do aqfero.

As principais vantagens da utilizao das guas subterrneas so:

Potencialmente apresentam boa qualidade para o consumo humano, embora o lenol fretico seja muito vulnervel contaminao;Relativa facilidade de obteno da vazo de demanda, embora nem sempre em quantidade suficiente;Possibilidade de localizao de obras de captao nas proximidades das reas de consumo.O custo das obras de captao subterrnea so menores que os de captao superficial.Manancial Superficial : constitudo pelos cursos dgua (crregos, ribeires, lagos, represas, etc. ) e, como o nome indica, tem o espelho dgua na superfcie do terreno.

As precipitaes atmosfricas, logo que atingem o solo, podem se armazenar nas depresses do terreno, nos lagos e represas, ou alimentar os cursos dgua, se transformando em escoamento superficial. Outra parcela se infiltra no solo.

Mananciais de gua

III - SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE GUA

A - HISTRICO

Suprimento de gua em quantidades adequadas motivo de preocupao desde o comeo da civilizao (conduo de gua a grandes distncias, distribuio centralizada).

At o meio do sculo XVII, no existiam tubos capazes de resistir presses significativas ( tubos de madeira, argila ou chumbo). O desenvolvimento de tubos de ferro fundido e a gradual diminuio do seu custo conjuntamente com a melhoria das bombas movidas a vapor, tornou possvel o suprimento de gua pblico, mesmo para pequenas comunidades e a distribuio individual.

Isto resolveu apenas a metade do problema, pois muitos mananciais continham gua imprpria para consumo humano. Juntou-se a este cenrio o despejo desenfreado dos esgotos, contaminando os mananciais. Portanto mtodos de tratamento de gua tiveram que ser desenvolvidos para proteger a sade das populaes.

Coagulao e floculao foram utilizados desde pelo menos 2000 A/C., muito embora a aplicao destes mtodos, nos USA por exemplo, s ocorreu por volta de 1900. O efeito do tratamento certamente notvel.

As Companhias Estaduais de Saneamento so responsveis por 79% da populao atendida, sendo os demais atendidos por sistemas operados pelas prprias Prefeituras Municipais ou mediante convnio com o governo federal (Fundao Nacional de Sade).

Problemas recorrentes dos SAA, so o no cumprimento dos padres de potabilidade da gua distribuda, e de ocorrncia de intermitncia no abastecimento (quantidade e qualidade da gua comprometidas).

Na mdia, so elevados os ndices de perdas ( vazamentos, desperdcios, ou falta de medio apropriada). Em diversos sistemas o ndice de perdas supera 50%.

B - INTRODUO

O SAA representa o "conjunto de obras, equipamentos e servios destinados ao abastecimento de gua potvel de uma comunidade para fins de consumo domstico, servios pblicos, consumo industrial e outros usos".

A soluo coletiva para o suprimento de gua importante por diversos aspectos. Entre eles pode-se citar:

maior flexibilidade na proteo do manancial que abastece a populaomaior facilidade na superviso e manuteno das unidades instaladasmaior controle sobre a qualidade da gua consumidaganhos de escala (economia de recursos humanos e financeiros)Importncia do SAA: ( aspectos sociais, sanitrios e econmicos )

melhoria da sade e das condies de vida de uma comunidade;diminuio da mortalidade em geral, principalmente da infantil;aumento da esperana de vida da populao;diminuio da incidncia de doenas relacionadas com a gua;implantao de hbitos de higiene na populao;facilidade na implantao e melhoria da limpeza urbana;facilidade na implantao e melhoria dos sistemas de esgotos sanitrios;possibilidade de proporcionar conforto e bem estar;melhoria das condies de segurana.aumento da vida produtiva dos indivduos economicamente ativos;diminuio dos gastos particulares e pblicos com consultas e internaes;facilidade para a instalao de industrias, onde a gua importante;incentivo a indstria em localidades com potencialidade para seu desenvolvimento;Componentes do SAA :

Manancial : fonte de gua.Captao : conjunto de equipamentos e instalaes utilizado para a tomada de gua do manancial.Aduo : transporte de gua do manancial (adutora de gua bruta) ou tratada(adutora de gua tratada)Tratamento: conjunto de equipamentos e instalaes destinadas a melhoria das caractersticas qualitativas da gua, sob os aspectos: fsico, qumico, bacteriolgico e organolptico ( que se refere as caractersticas da gua que so percebidas pelos sentidos, como gosto e cheiro) de modo a torn-la apta para o consumo humano. Isto ocorre na ETA.Reservao : armazenamento da gua para atender a diversos propsitos, como a variao de consumo horria e a manuteno da presso mnima na rede de distribuio.Rede de Distribuio : conduo da gua para os pontos de consumo, por meio de tubulaes instaladas nas vias pblicas.Estaes Elevatrias: instalaes de bombeamento destinadas a transportar a gua a pontos mais distantes ou mais elevados, ou para aumentar a vazo de linhas adutoras.Ligao Predial : o conjunto de tubos e peas que ligam a rede ao imvel. No caso da Sanesul, sua competncia vai at o cavalete.

C - CAPTAO

a - guas superficiais:

Tomada Direta, Barragem de Nvel, Barragem de Reservao, Torre de Tomada, Canal de Derivao e Flutuantes.b - guas subterrneas:

Poos perfurados, escavados, caixa de tomada, galerias filtrantes e drenos.

D - ELEVATRIAS

So o conjunto de equipamentos ou equipamento utilizados para elevar a presso e/ou velocidade a um fluido (gua). As instalaes elevatria tpicas so formadas por : casa de bombas, bombas, motor de acionamento, linha de suco, linha de recalque e poo de suco

Importante: de suma importncia que o conjunto moto bomba funcione no seu ponto caracterstico para se obter um elevado rendimento. O tamanho da bomba deve ser selecionado com rigor, baseando-se nas condies de capacidade e alturas necessrias pois como conseqncia tem-se os seguintes resultados: maior vida til do equipamento, menor custo de manuteno, menor custo de energia eltrica e menor tempo de paralizao dos sistemas.

E - ADUO

Tubulaes e acessrios para transporte de gua

Materiais mais utilizados em adutoras :

PVC cloreto poli vinila;ferro fundido, cimentado internamente;ao soldado;ao com junta ponta e bolsa, junta travada, etc ;concreto armado;fibra de vidro impregnado com resinas de poliester;polietilenoEfeitos do material da canalizao na qualidade da gua

A qualidade da gua pode ser adversamente influenciada pelo material de que feito a canalizao.Estes efeitos dependem das caractersticas da gua e do material da canalizao.gua cida e com baixo teor de slidos suspensos particularmente predisposta a atacar o cimento e qualquer metal com que ela entre em contato.Ferro dissolvido proveniente da canalizao produz uma cor vermelha e causa um gosto metlico a gua.Chumbo pode ser dissolvido de canalizaes de chumbo ainda em uso em algumas comunidades.Classificao das adutoras

Quanto a natureza da gua transportada:

adutora de gua bruta;adutora de gua tratadaQuanto a energia utilizada para a movimentao da gua:

adutora por gravidade em conduto livre (canal);adutora por gravidade em conduto forado;adutora por recalque.F - TRATAMENTO DA GUA

As caractersticas fsicas e qumicas de interesse para o tratamento da gua bruta so: pH, cor, turbidez, Oxignio consumido e microorganismo.

necessrio tambm ter conhecido o volume da gua que ser tratada:

Vazo: o volume de gua pela unidade de tempo (m2/seg. por exemplo), importante para se calcular a quantidade de produto qumico a ser adicionado a gua para o tratamento.

Tipos de medidores de vazo:

a) Medio direta: consiste na medida de um tempo necessria para encher um volume Q = V V= rea x h

t rea = largura x comprimento

Q = larg x comp x ht

b) Medidor Parshall: usado para medir a vazo e processar a mistura rpida dos produtos qumicos na gua.

C) Medidor Eletromagntico :

Etapas do Tratamento Convencional

I Coagulao e floculao

A finalidade da coagulao e floculao transformar impurezas que se encontram em suspenses finas, em estado coloidal, assim como bactrias, vrus em partculas que possam ser removidas na decantao.

Esses aglomerados gelatinosos se renem formando flocos.

Os reagentes empregados so os compostos de alumnio ou ferro capazes de produzir hidrxidos gelatinosos insolveis que aglomeram as impurezas.

So Coagulantes :

- Sulfato de Alumnio Al2(SO4)3. 18 H2O

branco sem ferroamarelo com ferronegro com carvo ativado- Cloreto frrico

- Sulfato de Ferro II Fe SO4. 7 H2O

Podem tambm ser utilizados auxiliares da coagulao que so capazes de resultar partculas mais densas e tornar os flocos mais pesados, so eles:

ArgilaSilica ativadaPolieletrlitosCmara de Mistura: Chama-se mistura o processo atravs do qual se adiciona o coagulante em contato com toda a massa lquida em pequeno tempo. Ocorre em duas fases: mistura rpida e mistura lenta.

Mistura rpida: a que permite a disperso dos produtos qumicos em proporo uniforme e constante, de maneira rpida em pontos de turbulncia: calha Parshall ou vertedores.

Mistura lenta: o processo onde as partculas em estado de equilbrio se movimentam atradas entre si para formar o floco, geralmente em cmaras, chamadas de floculadores, que podem ser:

mecanizadas (eixo vertical e horizontal)no mecanizadas (chicana vertical)chicanas com fluxo horizontalAlcalinizantes

So compostos capazes de conferir alcalinidade e pH necessria para que ocorra a coagulao. O pH ideal para coagulao e entre 6.0 e 8.0.

Tipos de alcalinizante:

CaO hidrxido de clcioCa (OH)2 cal hidratadaNa Co3 barrilhaPreparo e dosagens de solues alcalinizantes e coagulantes

Preparo de solues:

Conhecer o volume em litros do tanque destinado a preparao das solues.Conhecer a concentrao (%) que se deseja preparar.Frmula M = % da soluo x V tanque (ml) 100

Dosagem:

determinada por tentativa pelo mtodo do Jartest. Encontrada a dosagem inicial determina-se a vazo de aplicao do produto.

Frmula q = Q x d c x 10

q vazo de aplicao

Q vazo da gua em m3/h

d dosagem ideal em g/m3 (ppm)

c concentrao em %

Dosadores para aplicao de produtos quimicos:

D. N. C. dosador de nvel constanteDosador de cal hidratadaBomba dosadora para calII Decantao

a deposio de materiais em suspenso pela ao da gravidade.

Se consegue tornando as guas tranqilas, reduzindo a velocidade a ponto de causar a deposio destas partculas em determinado tempo

O decantador um tanque com inclinao no fundo e dispositivo de entrada e de sada da gua.

Mecanismo da decantao:

Uma partcula acionada por:

Fora horizontal velocidade da guaFora vertical peso, ao da gravidadeA partcula avana e desce simultaneamente.

O decantador apresenta 4 zonas.

Turbilhonamento entrada da gua, local com certa agitao e nuvem de flocos.De decantao as nuvens parecem estacionrias, no h agitao e as partculas esto avanando e descendo lentamente.De ascenso tranqila, onde o floco que no atinge a zona de repouso ascende para o vertedouro.De repouso onde o lodo acumula.Controle da decantao: para oferecer ao filtro gua de boa qualidade, elevando assim a vida til do filtro, deve-se verificar os seguintes itens de controle.

cor da gua na sada do decantador dever estar entre 5,0 a 10,0 mg/l de Pturbidez remover 90% ooxignio consumido reduo superior a 50%.III Filtrao

Tem a funo no tratamento de clarificar a gua, removendo algumas de suas impurezas atravs de sua porosidade.

Este meio poroso a areia preparada sob as quais existem seixos e um sistema de dreno.

O leito filtrante faz:

remove materiais em suspenso e coloidesremove certa quantidade de bactriasaltera caracterstica da guaFenmenos da filtrao

Ao mecnica de coarSedimentao de partculas sobre os seixosFloculao devido a possibilidade de contato entre partculas.Camada gelatinosa de microorganismo que sobrevive neste filtro.Materias utilizados nos leitos filtrantes:

Areia fina capaz de remover a matria e diminuir o fluxo hidrulico.Areia grossa limita a remoo da matria.Carvo antracito remove a matria e retm a vazo de forma mais elevada que a areia.Tipos de filtros

De acordo com o tipo de material do meio filtrante:

de areiade carvo ou antracitode carvo e areiade carvo e areia granuladade terra diatomaceaDe acordo com a disposio do material no leito

Em camadas superpostas de areia e carvo com granulometria diferentesEm camadas superpostas de areia com granulometria diferentesEm camadas de areia e carvo granulados com granulometria diferente.De carvo e areia misturados.Exemplos: meio filtrante misturado, meio filtrante em camadas mltiplas, um s meio filtrante.

De acordo com o fluxo da gua

Filtro rpido composto de areia lavada e peneirada em camadas, o fundo com cascalho e em cima areia fina. A gua passa da areia para o cascalho e recolhida por drenos ou cripinas subterrneas. A lavagem por reverso com gua que recolhida nas calhas.Filtro Russo a filtrao procede de baixo para cima em camada de grande espessura. Sua lavagem feita com ar comprimido.Filtro de presso simples essencialmente um filtro rpido colocado numa carcaa cilindricamente e hermeticamente fechada, utilizada para pequenas instalaes.Filtro Lento para gua de at 50 NTU de turbidez, sem processo de coagulao. Filtra de 2 a 6 m3/m2/dia, para pequenas comunidades.So construdos de alvenaria ou concreto com seixos e drenos no fundo e areia mais fina por cima.

Um bom trabalho dos filtros se deve a aplicao correta do coagulante com boa floculao e coagulao.

Para se avaliar a filtrao verifica-se na sada do filtro as seguintes caractersticas da gua:

Cor mximo de 5,0 mg/l P+Turbidez mximo 1,0 NTUOx consumido menor que 1,8 mg/lContagem de bactrias reduo de 90% em relao ao nmero encontrado na gua bruta.

IV Desinfeco

o processo que provoca a destruio dos microorganismos patognicos.

A desinfeco comumente na ETA feita pelo cloro.

uma medida corretiva e preventiva visto que o longo percurso at o consumidor pode contamin-la.

Tipos de desinfetante a base de cloro:

Cloro gasoso (Cl 2 )Hipoclorito de sdio (NaOCl)Cal cloradaDesinfetante: tem a funo de destruir microorganismos, atuando na membrana alterando as funes.

Oxidante: Altera as caractersticas qumicas, oxida as substncias inorgnicas (Mn, Fe, SO4, NO3) e substncias orgnicas (NH3).

Clorao : o processo mais importante do tratamento para a qualidade da gua, sendo o cloro um poderoso agente oxidande.

A clorao eficiente, barata, de fcil aplicao cujo residual de fcil medir.

Ao do cloro : Ele um agente desinfetante e oxidante.

Os fatores que interferem na clorao so:

pH pH de dissociao maior que 6,0.Concentrao e tempo de contato.Forma do cloro livre ou combinado.Turbidez os microorganismos junto dos flocos dificulta a ao do desinfetante.Reao do cloro com a gua

necessrio que a quantidade de cloro adicionado seja suficiente para a demanda de cloro e aps esta reao entre cloro e impurezas ainda exista o on hipoclorito (OCl- ) ou cido hipocloroso (HOCl- ) e - conhecido como residual de cloro.

A vantagem deste residual de cloro que promove a desinfeco segura, destri compostos orgnicos e reduz o crescimento de microorganismos do sistema distribuidor e de reservao.

Prtica da clorao

1) Clorao simples: a aplicao do cloro at obter-se um residual desejado. Aplica-se o cloro e aps um tempo verifica-se a quantidade existente e faz ajustes se necessrio.

Os interferentes desta clorao o pH, temperatura e caractersticas da gua como cor, turbidez e oxignio consumido.

2) Pr-clorao: a aplicao do cloro antes de qualquer tratamento com a finalidade de controlar microorganismos, melhorar a condio de coagulao e reduo do nmero de bactrias em guas muito poludas.

3) Ps-clorao: Consiste na aplicao do cloro aps o tratamento, antes da correo do pH.

4) Reclorao : a aplicao de cloro em um ou mais pontos da rede depois da ps clorao.

Para a aplicao do cloro usa-se dosadores de cloro levando-se em considerao a vazo mxima de gua a clorar, o tipo de desinfetante e o tipo de instalaes.

Os dosadores de cloro mais usados so:

Cloradores gasosos instalaes de grande porteBombas dosadoras para cloro liquido e instalaes de mdio porteHidro ejetores para cloro liquido e instalaes de pequeno porteV Correo de pH

um mtodo preventivo da corroso dos encanamentos (rede).

Consiste na alcalinizao da gua para remover o gs carbnico e formar uma pelcula de carbonato na superfcie das tubulaes.

A agressividade da gua pode ser natural ou adquirida no tratamento e quando a gua corrosiva entra no sistema ela ataca o material ferroso.

A agressividade da gua depende do pH, da alcalinidade e gs carbnico.

A adio de alcalinizante neutraliza o gs carbnico e instabiliza o carbonato de clcio que precipita.

A correo feita geralmente em dois pontos:

Calha Parshall para gerar um pH timo para floculao 5,0 a 8,0.Aps a clorao pH timo entre 7,0 e 7,2.VI Fluoretao

A fluoretao visa a preveno de crie dentria. A eficincia na aplicao do flor mais aproveitada quando as pessoas o consomem na infncia.

A concentrao ideal do flor tem uma relao com a temperatura mdia da localidade.

Algumas guas tem concentrao natural de flor e quando em excesso deve-se diluir, pois flor em alta concentrao pode produzir fluorose.

O produto usado para fluoretao o cido fluocilssico H2SiF6 na forma lquida.

aplicado a gua atravs de dosadores que podem ser:

D.N.C. simplesD.N.C. automatizadoHidro ejetoresBombas dosadorasOutros processos de purificao da gua:

AeraoSedimentao simplesCoagulao e sedimentaoFiltrao diretaTratamento por contato para a remoo de ferro, odores e saborCorreo da durezaSimples desinfeco ou tratamento simplificadoControle da corroso e incrustaoVI Portaria n 36 do ministrio da sade de 19 de janeiro de 1990

Nesta portaria encontramos as normas e padres de potabilidade da gua destinada ao consumo humano.

Nela esto os valores das caractersticas fsicas, qumicas e bacteriolgicas da qualidade da gua, acima dos quais a gua no considerada potvel.

G - RESERVAO DE DISTRIBUIO

Permite armazenar a gua para atender as variaes de consumo e as demandas de emergncia da cidade:

Atendimento das variaes de consumo.

O consumo de gua no constante, variando no decorrer das 24 horas do dia.

Essas unidades so dimensionadas para a vazo mdia do dia de maior consumo ao passo que a rede de distribuio, no Brasil, dimensionada para a vazo mxima da hora de maior consumo desse dia.

Atendimento das demandas de emergncia

O reservatrio de distribuio permite a continuidade do abastecimento da rede de distribuio quando ocorrem interrupo no fornecimento de gua, no caso de manuteno do sistema captao - aduo - tratamento ou em certos trechos da prpria rede de distribuio.

Os reservatrios em que se prev um volume de gua para combate a incndio contribuem para a segurana e a economia da comunidade e tambm para a proteo da vida dos habitantes e da propriedade pblica e particulares.

Quanto a localizao no sistema:

Reservatrio de montante : situado antes da rede de distribuio; causa uma variao relativamente grande da presso nas extremidades de rede ( pon