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SANTIDADE: UM ESTADO OU CARÁTER DE SER SANTO

Wolney Garcia

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“Disse o SENHOR a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o

SENHOR, vosso Deus, sou santo.” (Levítico 19.1-2)

Eis aqui alguns pontos profundamente importantes para uma vida de santidade. Vejamos em primeiro lugar o seu significado:

A palavra “santidade” no seu contexto original hebraico é vdq qodesh ou qadash, denota separação, consagração, preparar-se, dedicar, ser consagrado, ser santo (no sentido de se buscar num processo de busca incessante), ser colocado à parte.

No grego a palavra “santidade”, é expressa quando Paulo instrui o povo de Corinto a viver num aperfeiçoamento na santificação e no temor de Deus (2 Coríntios 7.1). A palavra “santidade” neste texto é agiwsunh

hagiosune, o seu significado é definido por uma “pureza moral” por meio de um processo contínuo de santificação.

“Disse o SENHOR a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” (Levítico 19.1-2).

No original hebraico é:

“Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo”

Mk:yhla hwhy yna swdq yk wyht Mysdq

k’doshim tihiu ki kadosh ani Adonai Elohichem

É o único estatuto que Deus nos deu do Seu Caráter: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo”.

A palavra que se destaca aqui é: “santo” e vem de:

Kad – cortar, separar partes; Kadash – santificar, consagrar; Kodesh – santidade; Kadosh – santo, separado.

O Senhor Deus nunca criou outro estatuto fora desse, como por exemplo:

Ele nunca disse: “sede poderosos por que Eu Sou Poderoso”, e tantos outros exemplos que podemos citar dos atributos de Deus. Mas Ele disse: “Eu Sou Santo e vós também sereis santos”. É de suma importância observar que este é um estatuto perpétuo, e por que não houve outro estatuto? Porque essa é a única virtude divina que abre portas para todas as outras.

Quando entramos na santidade de Deus e ficamos separados para Ele, somos então honrados, pois não somente observamos o Seu mandamento, como também o obedecemos sem questionar. Observamos por meio disso que a salvação é um processo, assim como a santidade é um processo contínuo de santificação, é o renunciar dos desejos carnais (Gálatas 5.19-21) e deixar que o Fruto do Espírito tenha total primazia em nossas vidas (Gálatas 5.22).

Observem o que o apóstolo Paulo diz sobre o processo de salvação:

“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença,

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porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2.12-13).

A palavra: “desenvolvei” no original grego é katergazomai katergazomai, e significa: conquistar, produzir, modelar. Vemos assim, que tanto a santidade, quanto a salvação é uma conquista diária, é o produzir e o exercitar das vontades espirituais, é o modelar do nosso caráter a fim de tornarmo-nos iguais a Jesus. É deixar que Cristo Jesus viva em nós, tendo a total primazia em nosso espírito, alma e o corpo.

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20).

Conhecer a Deus é antes de tudo experimentar da vida do Seu Filho em nós. Portanto estejamos sempre prontos a obedecer e a praticar tudo o que nos foi ensinado, inclusive no conhecer cada vez mais o Senhor dos Exércitos.

Não podemos nos esquecer de que o processo de se tornar santo (a santificação) é realizado na vida do servo somente pela ação do Espírito Santo (Ruwach Hakodesh).

“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2 Ts 2.13).

“Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus o Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas” (1 Pedro 1.2).

Fomos escolhidos por Deus, portanto, separados para a Eternidade. Amém!

Ministrado em Abril de 1999

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