São José do Rio Preto SP 03-02-2017 · Meloidogyne exigua –nematoide das galhas ......

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São José do Rio Preto SP 03-02-2017 Engº Agrônomo, Dr. em Ciência Florestal José Carlos Pezzoni Filho

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São José do Rio Preto – SP

03-02-2017

Engº Agrônomo, Dr. em Ciência Florestal José Carlos Pezzoni Filho

Temas abordados Nematoides na Seringueira

Sintomas

Fatores favoráveis aos nematoides

Meloidogyne exigua – nematoide das galhas

Pratylenchus brachyurus - nematoide das lesões

Experimentos

Métodos de controle

Nematoides na seringueira Principais gêneros:

Meloidogyne exigua raça 3 (exclusiva da seringueira); Endoparasita sedentário

Pratylenchus brachyurus (polífaga); Endoparasita migrador

Outros Gêneros: M. incognita raça 2 e 3; Helicotylenchusdihystera; Xiphinema vulgare; Hoplolaimus sp; Hemicycliophorasp.; M. arenaria

Malásia - Rotylenchulus reniformis, Helicotylenchus, Macroposthoniae Aphelenchoides - menor frequência (Razak, 1978) e os Meloidogyne spp., P. brachyurus

Índia - Helicotylenchus e Aphelenchoides (Thankamony et al., 2002) e o M. incognita, principalmente.

Fotos dos nematoides Meloidogyne exigua – Juvenil

de segundo estádio (J2)Pratylenchus brachyurus –Juvenil de segundo estádio (J2)

* 1 μm (micrometro) = 1 × 10-6 m

Parasitismo por nematoides (Sintomas) Galhas (Meloidogyne);

Necrose das raízes e radicelas (Pratylenchus);

Infestação em “reboleiras” - redução no volume do sistema radicular ;

Murchamento (mudas de seringueira) – redução absorção de água;

Plantas - Raquíticas; Amareladas; Redução na produção; Morte prematura;

Suscetibilidade a outros patógenos – Lasiodiplodia theobromae;

Desfolhamento.

Sintomas - Sistema radicularLesões necrosadas (raízes

escuras) -Pratylenchusbrachyurus

Galhas (“caroços”) –Meloidogyne exigua raça 3

Plantas mortas (M. exigua + patógenos oportunistas)

Fatores favoráveis (de forma geral entre os nematoides)

No solo – preferência de até 30 cm, piores danos em solo arenoso;

Raízes infestadas no solo podem hospedar o nematoide por até 5 anos;

Temperatura ótima: 15-30oC;

Presença de água é essencial -> 40-60% da capacidade de campo é ideal.

Meloidogyne exigua(Nematoide das galhas)

Além de danos diretos predispõe a ação do fungo L. theobromaemorte descendente da planta (SANTOS etal., 1992);

Prejudica a formação das mudas – diminuição da absorção de água e nutrientes redução de látex (LORDELLO; VEIGA, 1983; SANTOS et al., 1992);

Sintomas típicos de deficiência de nutrientes N (VAAST et al., 1998);

Ciclo biológico – 24 à 35 dias; Tº ideal – 25 a 30°C (BLUM, 2006).

Raças de M. exigua Raças fisiológicas - baseados na capacidade de

parasitismo completo (ciclo de vida total) em plantas:

Raça 1 – pimentão e o cafeeiro;

Raça 2 – tomateiro, pimentão e o cafeeiro;

Raça 3 – somente seringueira.

Carneiro e Almeida (2000) e Muniz et al. (2008)

Ciclo de Vida do M. exigua

A – ovos e juvenil J1 e J2; B – Juvenil de 2º estádio – J2 (estádio responsável por infectar a raiz); C, D, E, F, G, H, I – formas do M. exigua que se encontram no interior da raiz; J, K, L – progresso das galhas nas raízes

Fases do parasitismo:

Reação de alguns porta enxertos a Meloidogyne spp

Pratylenchus brachyurus(Nematoide das lesões)

Causador de doença complexa com L. theobromae (Paes-Takahashi et al. 2012);

Parênquima cortical das raízes – interior radicular;

Radicelas infestadas são colonizadas por fungos e bactérias lesões necrosadas/ escuras

Sintomas: sistema radicular reduzido com áreas necrosadas nas radicelas;

Ciclo de vida – 28 dias, temperatura ideal - 30°C-35°C (Lindsey e Cairns, 1971).

Ciclo de vida do Pratylenchus spp

A – desenvolvimento; B – fases móveis infestantes (E2, E3, E4); C, D, E – penetração nas raízes com formação das lesões ; F, G, H, I – formação das lesões

Fases do parasitismo:

Diferenças de Agressividade Meloidogyne spp. - postura média de 500 ovos durante seu ciclo;

Pratylenchus spp. – nº muito reduzido e variável de acordo com a espécie.

Por exemplo, Pratylenchus penetrans, a produção entre 16-35 ovos durante todo seu ciclo.

(Manzanilla-López et al., 2004, Castillo e Vovlas, 2007)

Meloidogyne spp - têm dois ovários [didelfas], + AGRESSIVO;

Pratylenchus spp. – apenas um ovário [monodelfas].

(Moens e Perry, 2009)

Ocorrência de nematoides em viveiros de produção de mudas de seringueira em SP

V. Paes-Takahashi (2015)

REAÇÃO DE PORTA-ENXERTOS DE SERINGUEIRA A M. EXIGUA E A P. BRACHYURUS

Paes-Takahashi et al., NEMATROPICA, Vol. 45, No. 2, 2015

Distribuição de Nematoides em SPWilcken et al. (2015) Revista Summa Phytopathologica

75 seringais;

64 municípios;

Clone RRIM 600;

Pratylenchus:66 % das

amostras

Meloidogyne:49,3% das

amostras

Maiores infestações:P. brachyurus - 196 nem. /10 g raiz (Itajobi); 160 nem. / 250 mL de solo (Nova Luzitânia)Meloidogyne - 256 nem./10 g raiz (Pontalinda); 320 nem./ 250 mL de solo (Novo Horizonte)

Levantamento nematológico – Área experimental

Município de Itiquira – MT;

Área total de 6.646 ha plantados com seringueira;

Clones : GT 1 – 1.529 ha; PR 255 – 1.251 ha; PB 235 –1.203 ha; PB 217 – 1.044 ha; RRIM 600 – 880 ha; entre outros.

Faixa de profundidade das raízes coletadas - 10 cm;

Maio e Novembro de 2013, plantas entre 12 e 35 anos;

Pezzoni Filho, (2014)

A - 265 Pontos amostrais em maio B - 227 amostras em novembro

Amostras de novembro ocorreram no mesmo ponto geográfico de maio

Métodos de análise

Raízes – Coolen e D’ Herde (1972);

Contagem em microscópio e lâmina de Peters –aumento de 40 vezes;

Nº de indivíduos (ovos e J2) em 10 g de raízes.

Redução %:

Clone GT 191,4 %

Clone PR 255 90,35 %

Clone PB 235 81,76 %

Clone PB 21790,19 %

Clone RRIM 60086,67 %

Infestações nas raízes

Disseminação do M. exigua raça 3Prata – MG Goianésia – GO

Nanuque – MG Pinheiros – ES Imagens: Google Earth

Métodos de Controle de Nematoses da galha e das lesões em Hevea:

* *Evitar a introdução de nematóides em áreas isentas – mudas sadias, maquinário livre de solo contaminado;

* Plantas antagonistas = Crotalarias cultura armadilha e Controle biológico – minimiza em M. exigua, para o P. brachyurusserá + eficiente (parasita migrador);

Incorporar matéria orgânica no solo – minimiza (presença de inimigos naturais);

Resistência genética – no momento não ocorre;

Rotação de culturas – hevea (seringueira) é planta perene;

Nematicidas – onerosa e baixa eficiência.

Conclusões A utilização de mudas com substrato apresenta

segurança ao heveicultor – em áreas sem nematoidesevita a introdução do patógeno;

Depois que o nematoide é introduzido no local sua exclusão é difícil;

Precisam ser realizadas mais pesquisas – desenvolver clones resistentes ou métodos que reduzam consideravelmente o nematoide em áreas infestadas.

MUITO OBRIGADO!!!

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