Saudações! · salvarem a outros, de acordo com sua visão do que é “Salvação” em Jesus, e...

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Saudações!

Ficamos felizes que você tenha mostrado interesse e deseja aprender mais,

e assim evoluir! Lembre-se de que, independentemente de suas crenças atuais, o

aprendizado e a evolução é algo individual, e cada um evolui por suas próprias

decisões, e caminhos! Então você é responsável por sua própria evolução!

Bem, ainda que você seja o responsável, você não está sozinho neste

caminho. Muitas pessoas, amigos, e situações na vida te ajudam neste processo. Além

disto, há diversos seres espirituais de vários tipos que também buscam e apoiam a sua

evolução! Independentemente de quem você é, quando você evolui e conquista algo

em seu caminho, todos evoluem! Toda a Suprema Divindade cresce!

Talvez você esteja curioso para saber o que a Ordem da Lótus é, o que ela

representa. Pode ser que você tenha ido em um de nossos encontros públicos, e tenha

se encantado com a simplicidade que é aprender mais. Talvez você só queira saber

mais sobre as crenças da O.L., já que seus membros são tão diferentes uns dos outros,

mas se harmonizam dentro dela! Ou ainda, você pode estar interessado em ser um

membro da Ordem da Lótus e assim como seus membros, levar conhecimento e ajudar

outros em seus caminhos evolutivos!

De qualquer forma, é imprescindível que você conheça algo, antes de

tomar qualquer decisão. Este guia foi preparado com amor e carinho para que você

possa aprender conceitos-chave que todo membro da Ordem da Lótus aceita,

compreende e acredita. Esperamos que você também, possa se beneficiar desta

publicação e assim, evoluir.

Seja qual for o seu caminho, que a evolução esteja contigo!

Namaskar,

A Irmandade

Sumário A Ordem da Lótus ......................................................................................................................................... 4

O Que é? ...................................................................................................................................................... 5

Como surgiu? ............................................................................................................................................ 5

É uma religião? ......................................................................................................................................... 5

Preciso pagar para participar de seus encontros? ....................................................................... 5

Crenças e Conceitos ..................................................................................................................................... 7

O Todo e o Além do Todo ...................................................................................................................... 8

Deuses e Deusas – As Divindades ...................................................................................................... 9

Todos têm potencial ............................................................................................................................. 10

Não há Pecado ........................................................................................................................................ 10

Não existe ser-humano melhor ou superior que outro .......................................................... 11

Os 3 Sagrados ......................................................................................................................................... 12

Guardiões ................................................................................................................................................. 16

Divindades-Cabeça .............................................................................................................................. 17

Celebrações da Natureza .................................................................................................................... 17

Celebrações da Lua ............................................................................................................................... 20

Mestres da Ordem da Lótus – Quem são? ................................................................................... 21

A Ordem da Lótus

O Que é? Como o nome diz, é uma Ordem que tem como objetivo principal a

preservação da cultura e conhecimento espiritual e o auxílio aos interessados em seu caminho evolutivo.

Como surgiu?

A Ordem da Lótus ‘nasceu’, por assim dizer, em uma celebração de um Esbbath* de lua negra, realizado aonde hoje é o pequeno santuário da Ordem, na cidade de São Vicente, litoral paulista. Na celebração, haviam 4 pessoas reunidas quando os espíritos-mestres apareceram com questionamentos que intrigaram a todos. Deste primeiro contato, estes pagãos se interessaram na conversa e buscaram saber mais do que tais espíritos falavam. Com o tempo, a Ordem da Lótus seria formada com a guia dos espíritos, com o objetivo primário de manter o conhecimento vivo e levar a sabedoria adiante.

*Esbbath: Celebração da Lua.

É uma religião?

Não. É uma Ordem, não se trata de religião ou dogmas indiscutíveis. Não busca fiéis ou adoradores, nem procura o proselitismo. O nome ‘ordem’ se dá resumidamente por duas simples razões:

Primeiro: para aprender, é necessário ordem e organização e Segundo, a palavra “ordem” significa “paz”, “modo de vida”, representando bem o modo de vida de um membro através do exemplo da flor de lótus, uma flor oriental símbolo da espiritualidade, da evolução, da superação, do divino e sua conexão com o humano.

Preciso pagar para participar de seus encontros? Não. A Ordem da Lótus não cobra/ recolhe dinheiro de ninguém. Como são os encontros?

Geralmente, são encontros pagãos públicos, geralmente realizados em locais abertos como parques, onde todas as pessoas de todos os tipos, crenças, credos, cores e sabores são bem-vindas!

Estes são encontros temáticos, onde há palestras e um belo piquenique – onde

todos partilham de uma refeição juntos. Estes encontros visam reunir povos de diferentes bases, em busca de um objetivo comum: a evolução. No final do encontro, podem haver consultas oraculares gratuitas, para que as pessoas possam ter orientação em seu caminho e jornada. São encontros recheados de boas conversas e muito amor!

Crenças e Conceitos

O Todo e o Além do Todo Esta é a crença básica e fundamental da Ordem da Lótus, que todos os que

desejam ser membros da Ordem da Lótus, devem compreender e aceitar. No que consiste esta crença? Acreditamos que tudo o que existe: o Universo, planetas, estrelas, sóis e luas,

planos existenciais, criaturas, seres, deuses, deusas, divindades, pessoas, você e eu – todos juntos formam O Todo, que é a primeira compreensão importante do Divino-ser dentro da Ordem da Lótus.

“Deus” (do Grego Théos), apesar de ser um título perfeito para este ser, foi pervertido ao longo da Idade das Trevas, sob os domínios da Igreja Católica e foi associado apenas à uma figura masculina, de um deus ‘único’, o que não condiz com o que esse nome representa ou significa. Portanto, a Ordem da Lótus não utiliza o termo ‘deus’ para designar o “supremo ser”, por assim dizer.

Em outras tradições e crenças pagãs, a Divindade é vista como dual: Feminino e Masculino, Deusa e Deus.

Apesar da O.L. ter a visão das forças ‘Feminina’ e ‘Masculina’ na Suprema Divindade, não a vemos simplesmente como “Um Deus e uma Deusa”. Vemos como um Todo, dotado de ambas as forças primordiais, e uma terceira força: A Ponte, que é a perfeita ligação dos Sagrados Feminino e Masculino universal.

Por esta razão, o “Todo” não se trata apenas de tudo o que existe. Mas está além de tudo o que existe!

Alguns chamam essa força de “Suprema Divindade”. Outros a chamam de “Grande Consciência Divina”. Ainda outros dizem ser apenas uma “força” e outros dizem ser uma “rede de luz”. A Ordem da Lótus a define pelo “Todo e o Além do Todo”.

Por ser muito grandiosa, tende a ser incompreensível ao ser-humano. Mas é compreendida de várias formas e formatos, e assim, ainda que não a vejamos por inteira – é possível conhecer ‘lados’ seus.

Desta compreensão básica, é possível compreender todo o sistema de divindades e cultos no mundo, o que nos leva à nossa próxima crença!

Deuses e Deusas – As Divindades Por ser impossível ao ser humano compreender um ser tão grande que é formado

por todo o Universo – e está além dele, a humanidade começou a compreender essa força através das essências (ou partes) do Todo – ao longo das eras.

Foi compreendido que, há a Essência do Amor – e ela é a mesma em qualquer lugar do mundo, em qualquer cultura, a qualquer língua ou povo! Assim como há a Essência da Guerra, a Essência da Justiça e assim por diante. Através das essências, deuses e deusas foram surgindo. “Nomes e faces”, aparências e formatos de uma essência à um povo. Ou seja: Uma forma de um povo compreender um lado do Supremo ser! É como ver um lado do Todo!

Muitos deuses e deusas eram compreendidos como “faces” da Suprema

Divindade, ou essências que juntas, formavam a personalidade deste “Todo”. Por exemplo, na Antiga Suméria, as pessoas compreendiam que Inanna era a

personificação da energia do Amor no universo. Compreendiam-na como a Deusa do Amor e da fertilidade. Já no Egito, o amor era compreendido como Hathor, a Deusa do Prazer, amor e beleza. Na Grécia, era Afrodite. Na Índia, Lakshmi. Em Roma, Vênus. Para os povos Nórdicos, Freya. Em vários povos africanos e brasileiros, Oxum. Na China e povos budistas, Kuan Yin. No Japão era Tsuki, e assim por diante.

Ainda que suas aparências e nomes mudassem, assim como sua personalidade e temperamento às vezes, eram compreensões de uma essência, como no caso do exemplo

acima, a Essência do Amor. Todas estas deusas citadas: Faces diferentes da mesma essência, do Todo.

São tantas as essências que o ser-humano compreende e quanto mais essências, mais faces divinas a serem entendidas!

Fica fácil de se compreender ao se pensar na Luz Branca. Imagine o “Todo” como ela. A luz branca é apenas uma luz, mas ao ser observada através de água, ou cristais – em refração, se descobre que todas as cores/ luzes são provenientes dela! Cores diferentes, entretanto, apenas uma luz branca! As cores do espectro (Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Índigo, Violeta) são como ‘faces’ integrantes da Luz Branca. Olhar para elas, é como olhar para uma parte pequenina da Luz Branca.

Logo, a Ordem da Lótus compreende que, em todas as culturas observáveis pelos seus registros, deuses e deusas e suas divindades, são como ‘faces’ ou partes de uma essência do Todo.

Todos têm potencial

Um ponto importante é compreender que todos têm o potencial. O que isso quer dizer? Muitos se perguntam: Como faço para ser/ me tornar um bruxo? Como adquiro o poder? Bem, entender que você tem o poder, o potencial dentro de si é um passo importante para seguir em frente com o seu aprendizado e sua evolução. Você não precisa “escutar espíritos” ou “conversar com eles” para ‘ser especial’ ou algo assim. Seja você mesmo, e tenha a disposição de querer aprender – isso já te torna especial.

O que precisa ser compreendido, como talvez os tibetanos digam, é que todos têm em si o potencial de alcançar ‘Buddha”, ou seja, alcançar um estado evolutivo superior. Mas alcançar isso não depende de ninguém ou nenhum fator externo – depende de você.

Não há Pecado

A sociedade ocidental em que vivemos atualmente é baseada em um sistema religioso que difunde o medo nas pessoas e implica que a “Salvação” só se dará à uma pessoa, se ela buscar se ‘arrepender de seus pecados’, e aceitar que é uma pecadora, para que possa compreender como Jesus é o Salvador.

Basicamente nisto está fundado o sistema religioso ocidental seja Cristãos, Evangélicos, Católicos, Kardecistas (espíritas), Protestantes, Testemunhas de Jeová, seja quaisquer denominações de base judaico-cristã estão fadados a condenarem alguns e

salvarem a outros, de acordo com sua visão do que é “Salvação” em Jesus, e do que é a “Destruição”.

Entretanto, o que precisa ser compreendido por quem deseja aprender com a Ordem da Lótus o caminho da Magia e da Evolução, é que não existe o “Pecado”.

Em primeiro lugar, é impossível querer evoluir acreditando que você já nasceu errado. Isso não glorifica a dádiva da vida, e o mistério que é o nascimento, apenas mancha isso! Em segundo lugar, a crença em uma vida baseada em punição/ medo não é em prol de evolução, mas em prol de controle. Isso não só interfere no livre-arbítrio de cada um, mas denigre a imagem do próprio ser divino.

Segundo a Bíblia, o pecado consiste em “tudo aquilo – ação ou pensamento – que vai contra a vontade de deus” (1 João 3:4; 5:17). Ainda há também a ideia de que “pecar” é o mesmo que errar. Logo, se você erra, você está pecando – e será punido por isso. Talvez, com conceitos bíblicos modernos, seja perdoado, se houver esforço.

Por essas razões, a Ordem da Lótus não aceita o conceito de Pecado. Qualquer intendente a aprender com a Ordem da Lótus deve compreender que

não há pecado no caminho evolutivo. Há falhas? Sim, mas elas levam à aprendizado. Cedo ou tarde. Mesmo a palavra “falha” é pesada demais, então compreendemos que há “aprendizados”. É impossível aprender e fazer tudo certo de primeira. Qual seria o ponto da evolução se já viéssemos perfeitos à essa Terra?

Entendendo isso, se vive mais facilmente e se vive melhor. Sem o medo, pressão ou sentimento de culpa. Todos estamos aprendendo.

Não existe ser-humano melhor ou superior que outro

Um conceito leva ao outro. Por isso, uma vez compreendido que todos estamos

aqui evoluindo e aprendendo, é necessário entender que não existe uma pessoa superior à outra, na jornada espiritual. Pode haver uma pessoa mais rica que a outra, uma pessoa mais experiente na vida, uma pessoa que encarnou mais. Entretanto, se estão aqui nesta terra ainda – significa que são iguais em questão de aprendizado.

É como uma sala de aula. Imagine dois alunos. Um aprende mais rápido, outro tem mais dificuldade e demora aprender. Mas se ambos alunos estão na mesma turma, significa que ambos são iguais. Enquanto um espírito permanece encarnando nesta Terra – a quantidade de encarnações, experiências, aprendizados é indiferente. Ele permanece igual a todos os demais: evoluindo!

Os 3 Sagrados

Antes de falarmos dos Sagrados, é necessário falar sobre algo muito visível no Paganismo: é muito comum escutar sobre o “resgate ao Sagrado feminino”, ou o “Retorno da Deusa”. Talvez, você ao se deparar com isso se pergunte: Por que isso?

Bem a resposta é bem simples! Ao longo de séculos de perseguições contra Bruxas e Pagãos em geral, o culto à uma Deusa foi suprimido pelo culto à um ‘deus’, de base patriarcal. Ou seja, as famílias passaram a se tornar centralizadas no homem, e em seu papel de “centro” de uma casa. A valorização do ‘homem’, do ‘deus’ judaico-cristão, fez com que qualquer ‘deusa’ ou deuses pagãos fossem suprimidos. Em especial a Deusa, por ser uma representação feminina!

Quando se ouve falar em Bruxaria, logo nos vem à mente a imagem de uma Bruxa. Geralmente ela é velha, feia de aparência, com uma roupa preta e um capuz. Esta imagem, ainda que seja muito “Disney”, é a imagem que a perseguição e a Inquisição católica fizeram com o mundo ocidental. A bruxaria tomou a forma de algo errado, associada ao vilão-religioso cristão, o Diabo. O Deus também sofreu. Diante da perseguição, o famoso deus-chifrudo Cernunnos – o valente caçador das florestas – que era cultuado pelos povos celtas (que dominavam a Europa pré-cristã, incluindo o Reino Unido, teve sua imagem associada ao Diabo cristão, com o objetivo de disseminar o medo nas pessoas que não conheciam a Grande Arte.

Deusa e Deus iam aos poucos sendo subvertidos à mente das pessoas. Bruxas eram queimadas, enforcadas, afogadas, torturadas. Mas, por que em especial as mulheres? De uma forma simples, a mulher é a geradora de vida. Ela tem a capacidade de entender a vida melhor que qualquer pessoa, pois é capaz de gerá-la dentro de si!

Há muito tempo, quando o homem ainda era “pré-histórico”, ele acreditava que a vida era gerada espontaneamente – quando a mulher tinha a vontade de fazer tal coisa. Quando veio a descoberta que o homem também era participante do ato de gerar descendência, veio a invenção de um Deus que seria conhecido como “O Único deus Verdadeiro”. Em primeiro aspecto, o deus Bíblico é um Guerreiro valente. Posteriormente, ele tem sua personalidade mudada pelos homens, e se torna um Rei. Então, ele muda novamente e se torna um Pai. À medida que o tempo vai passando, ele vai abrandando sua personalidade impiedosa, em uma personalidade de aceitação e amor. A única coisa que não muda neste deus, e em seus seguidores, é a intolerância a outros deuses e ao culto pagão. Por que disso? Seria um culto ao Diabo? Não. Isso se dá pelo simples fato de que, a ‘Igreja’ se tornaria um poder Estatal, com direitos e poderes tão grandes quanto o de Reis. O “Papa” se tornaria um Imperador, e com isso, o curso da

história mudaria. Desde cedo, o povo Judaico-Cristão descobriu que, dominar povos era mais fácil se sua crença fosse uma só: baseada no medo.

A crença em “um deus verdadeiro” é a chave para o domínio de mentes e povos. Para o poder! E nesta busca desenfreada de poder, muitos foram mortos de maneiras brutais.

Por isso, mulheres eram o alvo da matança, da caça às bruxas. Exterminando o culto à uma ‘Deusa’, seria mais fácil controlar os homens ávidos de poder. Foi impossível exterminar a Deusa da história, ainda que com a união de crenças, feitas nos concílios realizados pela Igreja Católica. Então veio Maria, e suas muitas faces e formas: As Senhoras.

Já ouviu falar de “Nossa” Senhora da

Conceição? É uma face de Maria, celebrando a concepção (parto) de Jesus. E quanto à “Nossa” Senhora Aparecida? Maria também! Em uma face salvadora, que surge das águas e cura – aparecendo então e reafirmando seu aspecto materno-salvador. E “Nossa” Senhora de Fátima? De Lurdes? Maria. Maria. Maria.

Mesmo com o avanço judaico-cristão no ocidente, a Deusa não podia simplesmente ser apagada. Ela precisava ser substituída. Muitas ‘deusas’ então, ganharam nomes de Santas Católicas, e assim elas continuavam existindo, dentro do culto cristão. No Brasil, por exemplo, Iansã se tornaria Santa Bárbara, Iemanjá seria então “Nossa” Senhora dos Navegantes, mas em outras terras, outras deusas seriam outras santas e senhoras. A Deusa permaneceria no coração dos homens.

Com o avanço do neopaganismo, o ‘resgate à Deusa’ viria, ou a retomada do Sagrado Feminino e sua valorização – que é altamente importante para o equilíbrio do mundo. Movimentos – mesmo de cunho não-religioso – seriam tidos, como o Feminismo e lutas em prol de direitos igualitários.

Mas, afinal o que são os Sagrados? Sagrado Feminino é o resgate de uma consciência antiga que nos retorna aos

valores de nós mulheres num todo, social, pessoal, psicológico, religioso, cultural, além de uma busca pela atitude ecologicamente correta. As bruxas têm um papel vital e importantíssimo nisso, ao longo dos tempos, mas movimentos já citados como o Feminismo também, pois buscam a reintegração de poder feminino social, e sua igualdade.

De forma similar, o Sagrado Masculino é a valorização do homem e seu papel de fertilizador e com tal papel, é o detentor de poder fálico, o introdutor, o semeador, o provedor, o protetor e tantos outros aspectos masculinos. Tal sagrado busca não apenas poder e valorização, mas o equilíbrio com o Sagrado Feminino, pois não se tratam em si de Sagrados separados, mas a evolução só vem da união entre o Feminino e o Masculino.

A semente precisa ir na Terra,

para dela surgir vida. A semente em si, é um potencial gerador de vida. A terra é um potencial gerador

de vida. Sozinhos e separados, são potenciais que podem nunca se tornar ativos e gerar a vida, mas juntos, juntos são capazes de fazer brotar a vida.

Assim se dá com o Sagrado Masculino e com o Sagrado Feminino. Separadamente, são sagrados, ou seja, é algo Santo, Divino – Um aspecto divino! Porém, juntos, tais sagrados se tornam algo superior: evolução e vida.

Há um terceiro Sagrado, que ao longo da história sofreu muito – e até hoje sofre: As Pontes. Ao longo da história da humanidade, este sagrado foi conhecido como “O sagrado Equilíbrio”, o “Tao”, ou a “força neutra”. Com o tempo, ele foi mistificado e repelido, e com o avanço do Patriarcado, foi suprimido junto com o Sagrado Feminino.

No que consiste então as “Pontes”?

As Pontes, como são chamadas pela Ordem da Lótus, já receberam vários nomes

ao longo da história e cultura. Mas o seu papel é compreender os Sagrados Feminino e Masculino, e interliga-los em prol da evolução da humanidade. Este sagrado é tido como ‘neutro’, pois está entre os Sagrados Feminino e Masculino.

Uma pessoa que é Ponte, tem dentro de si energia Feminina e Masculina, mas isso vai além de sexualidade. Por meio de ter ambas energias se equilibrando em seu

espírito, uma Ponte consegue compreender mulheres e homens. As pontes estão em vários contextos históricos, desde a Suméria antiga até os dias de hoje, mas a melhor forma de entende-las é pelas divindades que são Pontes. Algumas delas são:

Bahuchara Mata, Índia. Oxumaré, África e Américas. Cronos, Grécia Antiga. Hermafrodito, Grécia. Loki, Povos Nórdicos. Tu’er Shen, China. Dragões Chineses, China. Kuan Yin (Kannon), Budismo Oriental Tara, Budismo Oriental Mawulisa, África. Anhangá, Tupi-guarani, Brasil. Estas são algumas das divindades que se tem conhecimento de que são Pontes e

regem tal sagrado. Desde Índia, China, Japão, África, Grécia, Povos Celtas e Europa, até nas Américas existem tais divindades e relatos. Talvez você se pergunte: Qual o objetivo do terceiro sagrado?

O Yin e o Yang formam o Tao chinês, ou seja, um ‘Todo’ – Representação do Divino, das Pontes.

O Tao acima é uma bela representação da necessidade das Pontes. À medida que

o Yin e o Yang se entrelaçam e fluem constantemente, forças separadas, porém complementares uma à outra (Feminino e Masculino), o Tao é a força em si. É o todo. Não é um lado e outro, mas é o símbolo inteiro. O Sagrado Feminino representa o aspecto feminino do Todo, da mesma forma o Sagrado Masculino: Deusa e Deus. As Pontes, representam o Todo em si. A perfeita representação da Grande Consciência Divina! Da força proveniente da união do Feminino com o Masculino. Isso é em prol de evolução!

Isso quer dizer que toda Ponte é homossexual, ou lésbica, ou um LGBTQ? Não. Isso não tem a ver com sexualidade, tem a ver com energia. Existem pessoas que são Pontes e são heterossexuais. Não é a sexualidade que determina a energia, nem a energia determina a sexualidade. Isso é além do sexo! É superior, relacionado à forma como as pessoas se conectam com o Divino! Algumas se conectam através do Feminino, outras do Masculino, e outras se conectam com o divino em seu aspecto inteiro e total: sem separações. Reforçando: é isso o que nos leva à evolução. Compreender não apenas um ao outro, mas como a fusão de duas forças podem resultar em uma terceira.

Guardiões

Já ouviu falar de ‘Anjo-da-guarda’? Animal Totem? Guias Espirituais? Bem, todos eles são Guardiões. Mas o que são eles? São reais? Eu tenho um?

Em primeiro lugar, quem são os Guardiões? São pessoas, ou criaturas espirituais que são designadas – ou escolhem – ficar conosco desde quando encarnamos em determinada existência,

Talvez você se pergunte: Por que eu tenho um guardião? Por que preciso dele?

Nós precisamos de auxílio para evoluir. Afinal, nós não temos memórias de nossas vidas passadas, nem sequer um bom nível de compreensão das coisas. Então, guardiões são colocados/ ou escolhem estar conosco, para nos auxiliar a encontrar o caminho que nos ajudará a evoluir, nesta encarnação. Entretanto, é uma via de mão dupla, afinal guardiões também aprendem conosco, por nossas ações e feitos, e também evoluem. A maior parte deles irá encarnar novamente, assim como nós, então tudo é uma grande lição para todos! Até podemos nos perguntar: “Ele é meu guardião, ou sou eu guardião dele? ”.

Eles existem, e estão conosco para nos auxiliar a alcançar a evolução.

Muitos se perguntam onde estão tais guardiões então, e se eles existem porque as pessoas continuam sofrendo, morrendo e passando situações ruins. Bem, eles existem, nos auxiliam e tentam dar conselhos. Entretanto, uma coisa é vital compreender: Nós estamos encarnados. Temos a nossa vida. As experiências são nossas, as decisões são nossas, as escolhas são nossas. E as consequências delas também! Os guardiões falam de forma sutil, em geral por meio de outras pessoas, ou com pensamentos que você achará que são ideias da sua mente. É possível sim, aprimorar a comunicação com o seu próprio guardião, isso exige treino e dedicação, mas é possível. Neste momento, é importante que você compreenda que eles existem, e que você tem um guardião.

Divindades-Cabeça A Ordem da Lótus aceita e acredita nas Divindades-Cabeça – ou ainda, Deusa

Mãe e Deus Pai. O que são elas? São divindades (deuses) que acolhem um espírito em sua primeira encarnação terrestre como um filho. Ao fazer isto, se torna um Pai, ou uma Mãe para este espírito e o acompanhará durante todo o seu percurso terrestre e encarnações em prol de evolução. Como um Pai ou Mãe, não será sempre capaz de ensinar seu filho todas as coisas.

Por exemplo, a deusa Sekhmet do Egito, que é deusa da Raiva e do Ódio, seria incapaz de ensinar paciência à um filho seu. Logo, ela pode colocar alguma outra divindade no caminho de seu filho, para ensinar tal coisa. As divindades-cabeça, sempre serão as mesmas em todas as encarnações, mas uma pessoa poderá estar próxima ou longe dela, dependendo da encarnação. Outros deuses poderão estar com a pessoa, tudo dependerá do que ela precisa aprender. Entretanto, o contato com a divindade-cabeça, ou o conhecimento delas é benéfico para uma pessoa que deseja saber mais sobre si mesma e evoluir.

Celebrações da Natureza

A Ordem da Lótus, realiza anualmente celebrações em Honra à Natureza, de forma em que mantemos a tradição de cuidar de nossa mãe-terra. É dever de todo

membro da Ordem, não apenas entender e respeitar a natureza, senão também cuidá-la e lutar por ela.

As celebrações da natureza, são marcos de passagens da natureza, que são vitais para nós entendermos, a fim de nos alinharmos com ela. São elas:

Celebração da Passagem – Celebrada entre a última semana de abril e a primeira semana de maio, na Lua Nova.

O Ritual da Passagem é literalmente uma ‘passagem’, de um ano velho a um novo ano. É o ‘réveillon’ pagão, onde o despertar de um novo ciclo mágico é celebrado. Neste dia que é uma passagem de Lua Negra à uma Lua Nova, um novo ano nasce. Nesta noite, o véu entre os mundos e planos é removido, a névoa que fica sobre o ‘lago’ dos mortos é soprada, e os planos existenciais se alinham.

A Passagem marca também o retorno de ancestrais à suas famílias – a fim de acompanharem o progresso e evolução de sua linhagem. Por isso, nesta noite eles são convidados a se juntarem à nós e celebrarem conosco. Nesta noite, o Sagrado Masculino, o Deus morre. Ao morrer, ele passa para o outro lado, e se recolhe nas sombras. Isso é celebrado de diversas formas, em aspectos sombrios do ‘deus’. É também uma noite muito especial para a Ordem da Lótus e seus membros praticantes, uma noite de magia e de amor. Também esta celebração marca o fim do verão e o prenúncio do inverno.

Solstício de Inverno – Celebrado por volta de 20-23 de junho.

Esta celebração marca o início do Inverno. Nesta data, a noite é mais longa e o dia mais curto. Neste dia é celebrado o renascimento do Sagrado Masculino – do Deus - na Terra. Neste dia, a ‘Mãe’ também é relembrada como a portadora de vida, aquela que dá à luz ao sagrado. Masculino surgindo do Feminino. Em breve, eles se unirão e a terra se alegrará em seu encontro! Este é um dia de agradecimentos, de alegrias, de renascimento.

Equinócio de Primavera – Celebrado por volta de 20 a 23 de setembro.

A celebração da primavera marca o desabrochar das flores, o renascimento do solo, a alegria pelo retorno do Deus – da força do Sagrado Masculino, da fertilidade do solo que é indicada pelo renascer das plantas. Desta vez, o renascimento é da Terra, e ela pode ser observada como uma jovem que está desabrochando para a vida. Uma

donzela! É uma celebração que marca o começo: Começo do plantio, começo da fertilização... nela é relembrado o amor, a fertilidade, a amizade e o trabalho. Dia e noite são iguais novamente, há o equilíbrio das forças e todos se alegram.

Solstício de Verão – Celebrado por volta de 20 a 23 de dezembro.

Esta celebração marca o auge solar. Nesta época, os dias são longos e as noites curtas. O Deus – a força arquetípica masculina universal – está em seu auge. É uma época que flores, folhagens e as matas estão em seu auge também. A natureza inteira está plena! Tudo o que nasceu na primavera, agora está adulto. As colheitas são abundantes, e há o agradecimento pelos frutos do solo que vêm à nossas mesas. Há também o reconhecimento da força de plenitude na terra. Esta celebração também marca a fusão das forças arquetípicas do Deus e da Deusa, ou seja, dos sagrados Masculino e Feminino. Esta união de forças é o que permite os frutos abundantes do solo, os alimentos, os filhotes e as descendências. Como tudo neste dia está pleno, é época de colher ervas mágicas, de fazer pedidos, de se alinhar com a plenitude e ficar pleno!

Equinócio de Outono – Celebrado por volta de 20 a 23 de março.

Esta é uma celebração da colheita. Neste dia, todas as coisas ‘colhidas’ são agradecidas. É visto então o resultado de todo um ciclo, de todo um ano. Neste dia, as conquistas serão comemoradas, as derrotas serão reconhecidas. Bom ou ruim, tudo o que foi colhido, foi plantado. Então tudo é agradecido e reconhecido! Os aprendizados são assimilados. As pessoas mais velhas são honradas, as casas são limpas e renovadas. Neste dia, será celebrado o poder ancião do Deus, e o poder provedor da Deusa – os arquétipos das energias femininas e masculinas universais. Este é um dia voltado aos ‘anciãos’, à sabedoria, ao conhecimento, aos resultados.

Então a Roda girará, e a próxima festividade será novamente a Celebração da Passagem.

Celebrações da Lua

A Ordem da Lótus também celebra a Lua e a suas fases. Ainda que seus membros, individualmente, talvez celebrem mais ou menos faces da Lua, a Ordem da Lótus reconhece estas fases lunares:

Lua Negra – A lua crua, nua, sem quaisquer interferências exteriores. Esta é a lua mais pura, mais natural. Uma boa fase para se celebrar o interior, se voltar a si mesmo. Para limpezas, para banimentos.

Lua Nova – Esta é a lua que nasce. Símbolo do renascimento, de coisas novas, novos começos. Boa fase para se celebrar recomeços, empreitadas novas, etc.

Lua Crescente – Esta é a fase que é celebrado o poder crescente da lua. Sua energia começa a ser mais intensa sobre o mar, sobre as águas. Sobre nosso sangue. Boa fase para se trabalhar com prosperidade, com saúde, com a cura.

Lua Cheia – Esta é a plenitude lunar. O mar fica revolto, pois ela movimenta as marés. Nosso sangue se agita dentro de nós. É uma fase onde qualquer coisa pode ser celebrada e praticada: prosperidade, limpeza, purificação, proteção, banimentos. É a lua plena!

Lua Minguante – Esta é a lua anciã. Sua força se recolhe, e por isso, está se prepara para a ‘morte’. Para voltar-se a si mesma. É uma fase para se trabalhar banimentos e limpezas, para se trabalhar com a sabedoria e a austeridade. Para honrar os anciãos e os mais velhos, e para agradecimentos.

Após esta lua, a minguante, a Negra virá. Ela estará crua novamente, interior. E renascerá na Nova, seguindo seu ciclo.

A Ordem da Lótus reconhece as 5 fases da Lua, mas seus membros celebram apenas duas – obrigatoriamente: A Lua Negra e a Lua Cheia. As demais fases são opcionais, e cabe a cada membro celebrá-las ou não.

As celebrações lunares se dão em reconhecimento do poder lunar na terra e nos seres que nela habitam – incluindo nós, seres humanos. É conhecido que a Lua e suas fases afetam a terra desde os tempos antigos, e hoje a ciência comprova isto. As colheitas, os plantios, até mesmo a menstruação das mulheres é regida pela Lua e sua energia. Por isto, é muito associada à Deusa, ou seja, ao Sagrado Feminino. Mas a Lua é mais que feminina, ela é a força que movimenta toda a terra e todos os seres nela, pois ela movimenta a força das águas. É válido relembrar que, seres humanos são feitos 70% de

água em seu corpo! Logo, a Lua afeta muito a cada um de nós. Quando buscamos nos alinhar com ela, vivemos mais plenamente e mais felizes, conscientes de nosso poder.

As celebrações, da natureza (solares) ou da lua (lunares), são muito importantes para a Ordem da Lótus, assim como para seus membros.

Mestres da Ordem da Lótus – Quem são?

Para finalizarmos, talvez você se pergunte quem são os “Mestres” que guiam a Ordem da Lótus. Eles não são ninguém. Eles não se dão nomes, nem são cultuados como deuses, como entidades ou algo assim. Não. Quando eles se apresentam à uma pessoa, apenas dizem ser um ‘mestre’. Mesmo assim, não gostam da palavra “mestre”, pois poderia dar a entender que são superiores, quando na verdade a usam apenas por significar instrutor. São mestres pois, nos instruem em como proceder se desejamos evoluir. Se desejamos crescer e nos libertar das mentiras deste mundo. Se desejamos ser plenos e íntegros conosco mesmo. Sem amarras, sem fantasias, sem enganações.

São espíritos diferentes, pois seus membros já perceberam “homens” e “mulheres”, assim como “pontes” que se comunicavam. Mas, agem como se fossem uma só força, uma só pessoa, passando a mesma instrução e se denominando “ninguém”. Quando perguntamos à um deles quem era, e como poderíamos confiar neles, ele disse: “Eu não sou ninguém. Não confie em mim, em nenhum de nós. Confie em si mesmo. Confie em sua força, em seu saber. Confie em seu poder e busque a evolução, o aprendizado. Faça a sua sabedoria dar frutos”.

Talvez você se pergunte:

Como vocês sabem então que estão no caminho certo?

Em primeiro lugar, a Ordem da Lótus não se denomina uma religião, nem acredita estar 100% certa. Isso é difícil de alegar. Além disto, não é nosso desejo estarmos certos. Nosso desejo é evoluirmos. Aprender com a nossa encarnação, e passar o conhecimento adiante, para que outros possam aprender e evoluir também.

Além disso, a Ordem da Lótus poderia ser vista como “Panenteísta”. O que seria isso? Acreditamos que tudo o que existe, incluindo você, eu, as estrelas, os deuses, os seres que existem aqui e em outros lugares, os planos existenciais – tudo, tudo isso forma o Todo. Ou seja, o conjunto de tudo. É como se fôssemos os dedos de uma mão, e a mão é o Todo, de uma maneira bem simples. Cremos que o Todo é a Divindade, ou seja, a combinação das forças que forma o Ser Divino. Entretanto, cremos que o Ser Divino está além disto, por isso não afirmamos que ele é o Todo, mas está além do todo.

Se você compreendeu nossas crenças, e deseja aprender mais e conhecer mais, você pode estudar conosco! Há uma frase do Mestre Jesus, muito conhecido no mundo, mas pouco lembrado em verdade, que diz:

“Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.

O que essa frase quer dizer? Bem, várias coisas de vários pontos de vista diferentes, mas não estamos aqui para discutir teologia, entretanto esta frase é útil a nós nesse momento, ela pode ser vista da seguinte forma:

“Muitos mostram interesse, mas poucos realmente se dedicam”.

O que nós temos a dizer é:

Se você realmente deseja ampliar sua mente, se você deseja aprender mais e sair deste ‘mundo de ilusões’... se você deseja saber o caminho da magia, de sua prática, do conhecimento que leva a sabedoria, sim, mas não apenas disto, senão dos frutos da sabedoria, venha aprender conosco. Ao terminar de ler este Guia Essencial, você estará preparado para absorver mais conhecimento, e transformá-lo em sabedoria. Se desejar ser livre – de mentiras, de conceitos, de grupos e religiões baseadas em medo, em hierarquias, em enganações e em dinheiro – se desejar ser livre de verdade, alcance a sabedoria. Só assim você alcançará a evolução, e a verdadeira paz.

Ordem da Lótus Sabedoria, Liberdade e Paz.

Quer ser um membro da Ordem da Lótus? Quer aprender mais sobre seus conceitos e suas

práticas? Envie-nos um e-mail para [email protected] e saiba como proceder.

Desejamos que de todo o nosso espírito você evolua em seu caminho.