Saúde - 24 de agosto de 2014

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 DIVULGAÇÃO Excesso de sal é muito prejudicial Saúde e bem-estar F4 Transtornos da ansiedade Ansiosos todos nós somos, em maior ou menor grau, mas quando essa ansiedade passa dos limites e começa a causar problemas no dia a dia, com sintomas graves ou sofrimento psíquico, é hora de procurar ajuda especializada C onhecida muitas ve- zes como um fenô- meno que pode be- neficiar ou prejudicar, a ansiedade requer atenção, dependendo das circunstân- cias ou intensidade em que ocorre. Estudos apontam para os transtornos de ansiedade como doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências da vida, podendo levar o indivíduo a sérios problemas. De acordo com a psicólo- ga clínica Daniela Marinho, a Psicologia busca com- preender e trabalhar essa ansiedade para que, dessa forma, o individuo aprenda a administrar, evitando assim o quadro patológico. “A ansiedade é uma sen- sação normal e natural de todo ser humano e tem uma importante função, que é de nos alertar para situações de risco. Além disso, em certa dose, é considerada saudável, pois nos motiva ao progresso”, explica a profis- sional do Hapvida. Sintomas Conhecida como um fe- nômeno normal, a ansiedade precisa de observação quando traz sofrimento psíquico ao sujeito, ou seja, quando o para- lisa ou o prejudica em alguma área da vida. “Pode atingir o desempenho das atividades de maneira geral, como estudo e trabalho, quando em nível elevado”, explica. Para evitar a situação desconfortável da ansiedade é comum pessoas deixarem de realizar ações simples do dia a dia, como usar um elevador, por exemplo. Entre as estratégias de enfrentamento ao trans- torno cada ser humano vai funcionar de uma maneira distinta. A psicóloga ressalta a importância de aprender a compreender a sensação de ansiedade e negociar com os próprios pensamentos é um caminho. “Para isso, existe a Psicoterapia, que vai auxi- liar o sujeito nesse processo. Além do mais, a pratica de ati- vidades físicas ou atividade prazerosa pode ser indicada como uma forma de externar essa energia”, ressalta. Motivos A empresária Cecília Frei- tas, 31, começou a se sentir mal com a intensidade dos sintomas que sentia. “No co- meço, tinha ‘ataques’ - ficava tão tensa que não conseguia trabalhar direito. Ficava imo- bilizada. Então, come- cei a me sentir tão desconfortável que não con- seguia nem utilizar o elevador do prédio onde moro”, conta. Isso tudo começou quando a Cecília passou por um mo- mento de dificuldade finan- ceira. “Não conseguia dor- mir, estava irritada o tempo inteiro. Aí, quando comecei a perder o controle, tratar mal meu marido e filhos, busquei ajuda. Fui ao médico, mesmo com toda a ansiedade de receber o diagnóstico”, ri. Diagnosticada com Trans- torno de Ansiedade Generali- zada (TAG), Cecília reconheceu todos os sintomas que sentia ao conversar com o psicólogo, e fez terapia para reverter a situação. “Não dá para viver assim, 24 horas por dia em estado de alerta. Isso destrói a vida de qualquer um. O me- lhor mesmo foi ter ido buscar tratamento, e hoje estou bem mais calma, e já não vejo efeitos negativos na minha vida”, revela. Parente próxima do medo, a TAG não pode ser confundida com a síndrome do pânico. Nesta última, a ansiedade é por acreditar estar correndo risco de vida como um ataque cardíaco ou sufocamento. Os transtornos da ansie- dade têm sintomas muito mais intensos do que aque- la ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como preocupações, tensões ou medos exagerados (a pes- soa não consegue relaxar); sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer; preocupações exageradas com saúde, di- nheiro, família ou trabalho; medo extremo de algum ob- jeto ou situação em particu- lar; medo exagerado de ser humilhado publicamen- te; falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da von- tade; ou pavor depois de uma situação muito difícil. Assim como Cecília, a maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de trata- mento. Existem possibilida- des: medicamentos (sempre com acompanhamento e re- ceita médica), psicoterapia com psicólogo ou médico psiquiatra) e a combinação dos dois tratamentos (me- dicamentos e psicoterapia). Por isso, é importante pro- curar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxi- ma. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, o tra- tamento eficaz e o acompa- nhamento por um prazo lon- go são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos. MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO FIQUE ATENTA Mãos ou pés úmidos, en- joos, diarreia, aumento da frequência urinária, sudorese excessiva, di- ficuldade de engolir são alguns dos principais sintomas da ansiedade excessiva, que pode cau- sar danos graves

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

DIVULGAÇ

ÃO

Excesso de sal é muito prejudicialSaúde e bem-estar F4

Transtornos da ansiedadeAnsiosos todos nós somos, em maior ou menor grau, mas quando essa ansiedade passa dos limites e começa a causar problemas no dia a dia, com sintomas graves ou sofrimento psíquico, é hora de procurar ajuda especializada

Conhecida muitas ve-zes como um fenô-meno que pode be-nefi ciar ou prejudicar,

a ansiedade requer atenção, dependendo das circunstân-cias ou intensidade em que ocorre. Estudos apontam para os transtornos de ansiedade como doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências da vida, podendo levar o indivíduo a sérios problemas.

De acordo com a psicólo-ga clínica Daniela Marinho, a Psicologia busca com-preender e trabalhar essa ansiedade para que, dessa forma, o individuo aprenda a administrar, evitando assim o quadro patológico.

“A ansiedade é uma sen-sação normal e natural de todo ser humano e tem uma importante função, que é de nos alertar para situações de risco. Além disso, em certa dose, é considerada saudável, pois nos motiva ao progresso”, explica a profis-

sional do Hapvida.

Sintomas Conhecida como um fe-

nômeno normal, a ansiedade precisa de observação quando traz sofrimento psíquico ao sujeito, ou seja, quando o para-lisa ou o prejudica em alguma área da vida. “Pode atingir o desempenho das atividades de maneira geral, como estudo e trabalho, quando em nível elevado”, explica. Para evitar a situação desconfortável da ansiedade é comum pessoas deixarem de realizar ações simples do dia a dia, como usar um elevador, por exemplo.

Entre as estratégias de enfrentamento ao trans-torno cada ser humano vai funcionar de uma maneira distinta. A psicóloga ressalta a importância de aprender a compreender a sensação de ansiedade e negociar com os próprios pensamentos é um caminho. “Para isso, existe a Psicoterapia, que vai auxi-liar o sujeito nesse processo. Além do mais, a pratica de ati-vidades físicas ou atividade prazerosa pode ser indicada

como uma forma de externar essa energia”, ressalta.

MotivosA empresária Cecília Frei-

tas, 31, começou a se sentir mal com a intensidade dos sintomas que sentia. “No co-meço, tinha ‘ataques’ - fi cava tão tensa que não conseguia trabalhar direito. Ficava imo-

bilizada. Então, come-cei a me sentir tão desconfortável que não con-seguia nem u t i l i z a r

o elevador do prédio onde moro”, conta.

Isso tudo começou quando a Cecília passou por um mo-mento de difi culdade fi nan-ceira. “Não conseguia dor-mir, estava irritada o tempo inteiro. Aí, quando comecei a perder o controle, tratar mal meu marido e fi lhos, busquei ajuda. Fui ao médico, mesmo com toda a ansiedade de receber o diagnóstico”, ri.

Diagnosticada com Trans-torno de Ansiedade Generali-zada (TAG), Cecília reconheceu todos os sintomas que sentia ao conversar com o psicólogo, e fez terapia para reverter a situação. “Não dá para viver assim, 24 horas por dia em estado de alerta. Isso destrói a vida de qualquer um. O me-lhor mesmo foi ter ido buscar

tratamento, e hoje estou bem mais calma, e já não vejo efeitos negativos na minha vida”, revela.

Parente próxima do medo, a TAG não pode ser confundida com a síndrome do pânico. Nesta última, a ansiedade é por acreditar estar correndo risco de vida como um ataque cardíaco ou sufocamento.

Os transtornos da ansie-dade têm sintomas muito mais intensos do que aque-la ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como preocupações, tensões ou medos exagerados (a pes-soa não consegue relaxar); sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer; preocupações exageradas com saúde, di-nheiro, família ou trabalho; medo extremo de algum ob-jeto ou situação em particu-

lar; medo exagerado de

ser humilhado publicamen-te; falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da von-tade; ou pavor depois de uma situação muito difícil.

Assim como Cecília, a maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de trata-mento. Existem possibilida-des: medicamentos (sempre com acompanhamento e re-ceita médica), psicoterapia com psicólogo ou médico psiquiatra) e a combinação dos dois tratamentos (me-dicamentos e psicoterapia).

Por isso, é importante pro-curar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxi-ma. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, o tra-tamento efi caz e o acompa-nhamento por um prazo lon-go são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

FIQUE ATENTAMãos ou pés úmidos, en-joos, diarreia, aumento da frequência urinária, sudorese excessiva, di-fi culdade de engolir são alguns dos principais sintomas da ansiedade excessiva, que pode cau-sar danos graves

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MANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

De certa for-ma, as ideias de Darwin fomentaram a leitura evo-lucionista de Jean Baptis-te Lamark, um botânico francês”

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Para tudo tem remédio, diz o ditado popular. Mas é fundamen-tal usar o remédio, na hora e na dosagem certa, sob a pena de agravar a doença.

Todo medicamento tem tanto riscos quanto benefícios. Alguns, é claro, são mais perigosos que os outros. Ao mesmo tempo em que é necessário ter precaução, é também importante ter presente que muitos medicamentos funcio-nam bem. Procuramos orientar como se deve lidar com os me-dicamentos no dia a dia.

Conselhos do farmacêutico: Antes de usar qualquer medica-mento, você deve contar a seu médico ou farmacêutico:

• Se você teve alguma vez uma alergia ou reação adversa incomum, quando usou qualquer medicamen-to, alimento ou outra substância;

• Se você está com alguma dieta especial de pouco sal ou pouco açú-car. Muitos remédios contêm além dos ingredientes ativos, açúcar e álcool (ex. xaropes);

• Se você está grávida ou se planeja fi car grávida. Certos me-dicamentos podem causar más formações no feto ou outros problemas no recém-nascido. Em alguns medicamentos, a segu-rança para uso na gravidez não está bem estabelecida. O uso de qualquer medicamento durante a gravidez deve ser considerado cuidadosamente e deve ser bem conversada com o médico;

• Se você está amamentando. Alguns medicamentos passam para o leite materno e causam efeitos indesejados no bebê.

Estocagem de medicamentosÉ importante guardar seus

medicamentos apropriadamen-te. Regras para uma boa esto-cagem incluem:

• Manter fora do alcance das crianças;

• Guarde ao abrigo da luz e em lugares frescos;

• Não guarde medicamentos na geladeira, a menos que seja orien-tado e necessário;

• Não mantenha guardados me-dicamentos com data de validade vencida ou aqueles que não são mais necessários.

Uso apropriado • Tome medicamentos somente

quando prescritos, na hora certa e pelo tempo necessário que seu médico prescreveu;

• Se você sente que seu medi-camento não está “funcionando”, consulte seu médico;

• Medicamento via oral (pela boca), em geral devem ser tomados com um copo cheio de água. Alguns devem ser tomados com a comida, outros com estomago cheio.

Cuidados enquanto usa me-dicamentos

• Nunca dê seu medicamento a quem quer que seja. Ele foi prescrito

para você e para seu problema e pode não ser o tratamento correto para outras pessoas;

• Muitos medicamentos não de-vem ser tomados junto com outros ou com bebidas alcoólicas, siga as instruções dos profi ssionais da saúde para evitar problemas;

• Antes de fazer qualquer tipo de cirurgia (incluindo tratamento dentário), diga a seu médico ou dentista se você está usando algum tipo de medicamento;

Efeitos colaterais • Para o tratamento de alguns

sintomas específi cos, os medica-mentos podem causar alguns efei-tos indesejáveis. Notifi que ao seu médico ou ao farmacêutico.

Informações adicionais• É uma boa ideia você apren-

der o nome dos medicamentos que você usa, escrevendo-os e guardando-os consigo;

•Alguns medicamentos são vendidos somente com pres-crição médica. Não espere que acabem para ir ao médico e conseguir nova receita, princi-palmente aqueles remédios que você toma todos os dias;

• Nunca fi que com receio de per-guntar e tirar dúvida com relação aos medicamentos que você está usando. Pergunte sempre;

•Procure um pronto-socorro imediatamente em caso de in-toxicações.

Figo é uma fruta rica em fi bras e por isso é excelente para o sistema digestivo. Além disso, é aconselhável para as pessoas que querem reduzir seu peso corporal, pois acelera o ritmo digestivo do organismo. Também é um laxativo natural utilizado para tratar a obstipação. Se o caso é bronquite, faça um chá com folhas de fi gueira, é um ótimo remédio para tratar a asma, bronquite e outras doenças respiratórias. Folhas de fi go contêm quantidades elevadas de insulina natural, e por isso o seu consumo reduz a necessidade de injectar a substância. É um excelente remédio natural para aqueles que sofrem de diabetes. Além disso, as folhas da fi gueira ajudam a reduzir os níveis de triglicerídeos no organismo, portanto, devem ser consu-midas regularmente na prevenção de ataques cardíacos e obesidade. É também um bom remédio para úlcera, basta mastigar as folhas e engolir o suco resultante.

Benefícios de folhas de figueira para a saúde

Se o problema são as brotoejas, gelo é o melhor que há para desbloquear as glândulas e suas condutas. Na verdade, fazer cubos de gelo em um pano e colocá-los diretamente sobre a área afetada por cerca de 10 minutos ajuda a eliminar o desconforto. Se o processo é repetido a cada 7 horas, são obtidos resultados satisfatórios. Pó de sândalo também é efi caz. Ele pode ser encontrado em lojas de alimentos naturais. Neste caso, bastaria misturar na mesma proporção com água de rosas para compostagem e em seguida aplicar diretamente sobre a área afetada. Por último, tem o bicarbonato de sódio.Dissolve-se uma colher de água e, em seguida, elimina-se o excesso de líquido derramando a solução em um pano que se aplica diretamente sobre a área afetada. O alívio é imediato .

Remédios caseiros para tratar as brotoejas

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando Monteiro eJoão Alves

Evolucionismo como escolha na medicina

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Cuidado com os medicamentos

A genialidade da teoria de Darwin, na época da publicação, desvinculada dos saberes da genética, embutia o pressuposto de as mudanças impos-tas ao corpo, ditadas pela adaptação ao meio e à sobrevivência dos seres, serem repassadas à descendência.

De certa forma, as ideias de Da-rwin fomentaram a leitura evolucio-nista de Jean Baptiste Lamark. Esse notável botânico francês negou a imobilidade dos seres vivos e os orga-nizou como numa escada rolante das formas menores e mais simples às maiores e mais complexas. Também acreditou que a mudança dos corpos era regida pelas necessidades de cada ser vivente, por meio do uso e do desuso das funções orgânicas e dos sentidos natos e que essas transformações seriam herdadas pelas novas gerações.

Contrariamente ao pensamento corrente, Darwin não descreveu a teoria evolucionista. O maior mérito desse cientista foi enfatizar um mo-delo particular de seleção natural, para explicar a transformação das espécies. Esse modelo, dito seletivo, compreende certo período de tem-po, durante o qual podem ocorrer variações morfológicas, produzidas aleatoriamente entre os seres vivos.

Ao contrário, o modelo de Lamarck

é composto de dois componentes: o primeiro, voltado ao organismo em si mesmo, no qual todos os organismos vivos possuem a tendência de evoluir do menos para o mais complexo; o se-gundo, relacionado ao meio ambiente, no qual todos os seres vivos sofrem a infl uência na natureza circundante e graças a essa interação ocorre a diversidade das espécies.

O exemplo da girafa pode, perfei-tamente, contribuir para diferenciar os dois modelos: no de Darwin, seletivo, em todos os animais po-dem ocorrer variações em todos os sentidos, sem interferência da natureza circundante. Assim, so-mente as girafas com o pescoço mais longo poderão alimentar-se de forma mais adequada e, conse-quentemente, se reproduzir.

No de Lamark, pressupõe a rela-ção entre a necessidade da sobre-vivência-reprodução e a mudança da forma do corpo.

Para a biologia molecular, os seres vivos são constituídos por dois tipos principais de moléculas: os ácidos nuclêicos (AND e ARN) e as proteínas. Cada proteína é elaborada a partir de um gene. Esse gene é, inicialmente, recopiado em ARN (transcriptação), para, em seguida, a partir da có-pia, estruturar a síntese da proteína

(tradução). Dessa forma, a biologia molecular está estruturada sob esse dogma fundamental que sustenta como sendo unidirecional na elabo-ração das proteínas, isto é, só o gene determina a síntese das proteínas e nunca o contrário. Contudo, é possí-vel que esse mecanismo não esteja engessado e, contrariamente, possua certa plasticidade.

Considerando a infi nita complexi-dade dos seres vivos, é mais possível que a relação entre gene e proteína seja regida pela plasticidade e não imobilizada pelo determinismo ge-nético, isto é, os humanos seriam produtos das relações entre a na-tureza circundante versus os copos versus as moléculas.

É desnecessário repetir a resis-tência às novas ideias evolucionis-tas darwinianas, contudo a ruptura com o imobilismo do Gênese bíblico estava claramente iniciada. Darwin trouxe à baila as variáveis da sele-ção natural frente à capacidade de sobrevivência do animal, ligadas às fontes de alimentos, em ambiente es-pecífi co, como o ponto fundamental das transformações biológicas. Na dependência da comida disponível, os mais adaptados ao meio viverão e os outros, menos aptos, serão eli-minados pela seleção natural.

Todo medi-camento tem tanto riscos quanto bene-fícios. Alguns, é claro, são mais perigosos que os outros”

Benefícios de folhas de

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MANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Invista nesses alimentosque ajudam a emagrecerEles contêm substâncias que ajudam a acelerar o metabolismo, o que contribui para o emagrecimento mais rápido

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Pimenta, cenoura, fare-lo de aveia, chá verde. O que esses alimentos têm em comum para

entrar na sua dieta com mais regularidade? Eles podem ser fortes aliados na luta contra aqueles quilinhos a mais que tiram a sua paz de espírito toda vez que você luta para entrar naquele cobiçado jeans.

O fato é que quem está lutan-do contra a balança precisa es-colher os alimentos certos que podem contribuir para o ema-grecimento. Alguns conseguem enganar a fome, aumentam o metabolismo e auxiliam na quei-ma de gordura. Além disso, eles também fornecem benefícios à saúde e são chamados de alimentos funcionais.

Segundo o nutrólogo André Veinert, da Clínica Healthme – Gerenciamento de Perda de Peso, os alimentos funcionais são aqueles que contêm bioa-tivos e substâncias fi toquímicas ou nutrientes que fazem bem à saúde e também ajudam na pre-venção de doenças crônicas.

“Esses alimentos contêm substâncias que ajudam a ace-lerar o metabolismo, o que con-tribui para o emagrecimento e a manutenção do peso. Entre eles estão: chás, frutas, folhas ou legumes, como a cenoura, por

exemplo, que é rica em vitami-nas e estimula o metabolismo, pois contém os minerais silício e potássio”, afi rma.

Um alimento funcional in-dispensável para quem está no processo de emagrecimento é

a chia. “A chia é rica em fi bras e quando entra em contato com a água se transforma em gel que incha o estôma-go aumentando a saciedade”, ressalta o nutrólogo.

Na medida certaTodo mundo sabe que para

emagrecer é necessário manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos. Mas, quando você recebe a orienta-ção de um nutrólogo para ingerir os alimentos certos é possível acelerar esse processo.

Cenoura O seu consumo estimula o metabolismo e a elimina-ção de resíduos, prevenindo infecções do trato urinário e também contribui para o emagrecimento.

Farelo de aveiaÉ rico em substâncias que esti-mulam o organismo a absorver

menos gordura. Além disso, contém fi bras que melhora o trânsito intestinal e prolonga a sensação de saciedade.

Chá verdeRica em catequina (um fi -tonutriente com forte ação antioxidante). Ajuda a acele-rar o metabolismo e queimar gordura, além de diminuir os

níveis de colesterol.

Cereais e folhas frescasEsses alimentos ajudam na recuperação do organismo após um fi nal de semana de exageros na alimentação. O consumo de cereais e folhas frescas aumenta a sensação de saciedade e também dimi-nui as taxas de colesterol.

PimentaAcrescentar 3g de pimenta no seu cardápio pode contribuir para a perda de peso e no com-bate do acúmulo de gordura. A pimenta tem uma ingrediente chamado de capsaicina que é responsável por usar a gordura do organismo para gerar ener-gia, sem contar que ajuda na sensação de saciedade.

Saiba mais como eles ajudam na dieta

PODEROSAUm alimento indispen-sável para quem quer perder peso, a chia é rica em fi bras e quando entra em contato com a água se transforma em gel que incha o estô-mago, aumentando a sensação de saciedade

Eles também forne-cem benefícios à saú-de e são chamados de alimentos funcionais

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014 F5

Apesar de ser essencial, adicionar sal à dieta não é necessário, pois a quantidade necessária para repor as perdas do nutriente é próxima do conteúdo já existente nos alimentos in natura. Conheça algumas medidas para evitar excessos

Se consumido em exces-so, o sódio pode se tornar um grande vilão para a saú-de. Porém, o sal está presen-te nos mais diversos tipos de alimentos, indo desde sopas a refrigerantes, pas-sando por sopas e queijos. Por isso, se faz necessário um controle próximo, algo que é atingido com o MyFi-tnessPal, a maior platafor-ma digital de saúde e fi tness para se atingir objetivos pessoais de alimentação e exercícios. Com o MFP, o usuário consegue saber o quanto de sódio consumiu e se está dentro do limite de 5 gramas diárias indicadas pela Organização Mundial

de Saúde.Com o MFP, o usuário con-

ta com um banco de dados de 4 milhões de alimentos, com os quais pode construir um verdadeiro diário virtual de suas refeições e, no fi nal do dia, não só controlar as calorias que ingeriu, mas também ter uma ideia pró-xima do sódio ingerido.

No caso dos produtos industrializados, é possível ler o código de barras da embalagem por meio do app do MyFitnessPal para smartphone, facilitando o processo. Se o usuário preferir, inclusive, ele pode usar essa facilidade para consultar diversos pro-

dutos no ato da compra, escolhendo aquele com a tabela nutricional mais dentro dos seus objetivos – incluindo aí a menor quantidade de sódio.

Já para os alimentos ca-seiros, a plataforma traz as principais receitas bra-sileiras, como arroz, bife, feijoada e por aí vai. “Porém, nesses casos, é importan-te também tomar outras precauções, como diminuir o uso do sal de cozinha e procurar caminhos al-ternativos para salgar os alimentos”, afi rma Tina Louise, diretora de Desen-volvimento de Mercado do MyFitnessPal..

MFP ajuda a controlar consumo

O aplicativo MyFitnessPal está disponível para iOS, Android, Windows Phone e Web

Quem abusa do mineral aumenta o risco de ter

hipertensão, doenças cardiovasculares, derrame cerebral e outras doenças

Alimentos com alto teor de sódio (mais de 1.000 mg / 100 g)*

Alimentos com teor de sódio moderado (menos de 1.000 mg /100 g)*

• Amêndoa torrada e salgada - 279 mg• Atum em conserva - 362 mg• Batata chips industrializada - 607 mg• Biscoito recheado com chocolate - 239 mg• Biscoito do tipo cream cracker - 854 mg• Camarão cru - 201 mg

• Extrato de tomate - 498 mg• Leite de vaca desnatado (pó) - 432 mg• Maionese industrializada - 787 mg• Pão de queijo - 773 mg• Seleta de legumes enlatada - 398 mg• Coxinha de frango frita - 532 mg

• Azeitona preta em conserva - 1.567 mg• Azeitona verde em conserva - 1.347 mg• Bacalhau salgado cru - 13.585 mg• Fermento em pó químico - 10052 mg• Linguiça de porco crua - 1.176 mg• Macarrão instantâneo - 1.516 mg

• Queijo parmesão - 1.844 mg• Sal grosso - 39.943 mg• Shoyo - 5.024 mg• Tablete de caldo de carne - 22.180 mg• Tablete de caldo de galinha - 22.300 mg• Linguiça de frango crua - 1.126 mg

Usado para conservar alimen-tos no passado, o sódio é um componente essencial para o bom funcionamento

do organismo: participa da trans-missão nervosa, contração muscular, manutenção da pressão arterial e equilíbrios de fl uídos e ácido básico, entre outros. A principal fonte de sódio é o cloreto de sódio, conhecido como o bom e velho sal de cozinha. Mas, apesar dos benefícios, o consumo em excesso pode acabar comprometendo – e muito – a saúde.

Isso porque quem abusa do mineral aumenta o risco de ter hipertensão, doenças cardiovasculares, derrame cerebral, osteoporose, câncer no es-tômago, catarata... Por isso, a Or-ganização Mundial da Saúde (OMS) aconselha a ingestão máxima de 2 g de sódio por dia – o equivalente a cinco gramas de sal, ou uma colher de chá. O brasileiro, no entanto, utiliza até 12 gramas por dia.

Apesar de ser essencial, adicio-nar sal à dieta não é necessário, pois a quantidade necessária para repor as perdas do nutriente é pró-xima do conteúdo já existente nos alimentos in natura. “Além disso, o organismo apresenta alta capaci-

dade de conservar sódio e perdas importantes do mineral só ocorrem em situações não usuais, como na sudorese prolongada, diarréia e uso abusivo de diuréticos”, explica a nutricionista Analice Amaral.

EvoluçãoAs expressões latinas para saú-

de e saudável, salus e salubris, são derivadas de sal. Isso porque, antigamente, acreditava-se que o consumo trazia apenas benefícios. O acréscimo de sal nos alimentos ocorreu com a introdução da agri-cultura, cerca de 10 mil anos atrás. Anteriormente, os ancestrais con-sumiam uma dieta que continha quantidades pequenas de sal.

Com a descoberta dos chineses, há 5 mil anos, de que era possível conservar alimentos com sal, o consumo aumentou. O problema era que o sistema digestivo ainda não era preparado para excretar uma grande quantidade do con-dimento. Mas, com o advento da refrigeração, o consumo como con-servante voltou a decair. Hoje, as sociedades ocidentais consomem em torno de 10 a 12 gramas, dos quais cerca de 3 g são provenientes dos alimentos, 3 g adicionados durante o processamento e 4 g adicionados voluntariamente.

ConsequênciasNo Brasil, dados da Pesquisa de

Orçamento Familiar demonstram que 71,5% do sódio disponível para consu-mo vem da aquisição de sal de cozinha, enquanto 4,7% de condimentos à base desse sal. O restante do sódio disponível para consumo provém da aquisição de alimentos processados com adição de sal (15,8%), de ali-mentos in natura ou alimentos pro-cessados sem adição de sal (6,6%) e de refeições prontas (1,4%).

Nos dias frios, acontece a tendên-cia de maior consumo de sal decor-rente de refeições mais calóricas e condimentadas. Isso pode afetar a saúde do sistema cardiovascular e, consequentemente, do rim. Embora os rins sejam órgãos fundamentais na eliminação do excesso de sódio ingerido, quando há comprometi-mento da função dos rins a sua capacidade para fi ltrar e eliminar o excesso de sal é limitada.

“É importante verifi car o teor de sódio de alimentos industrializados e consumir aqueles com menores índices”, alerta o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da So-ciedade Brasileira de Nefrologia.

Além disso, o sal é considera-

do um dos principais vilões quan-do o assunto é hipertensão, e está presente cotidianamente na alimen-tação dos brasileiros, que ingerem duas vezes mais o ingrediente do que o recomendado pela OMS. Estu-dos realizados em países ocidentais mostram que entre 60% e 80% do consumo de sal provém dos alimentos industrializados, de restaurantes e cantinas, enquanto apenas 30% vêm do consumo doméstico.

“O paladar brasileiro foi acostu-mado a grandes quantidades de sal desde a infância, que não se percebe mais o quanto nossa comida é salga-da, portanto, é preciso que sejam to-madas medidas efi cazes para educar a população sobre os perigos deste consumo excessivo”, explica dr. Roberto Franco, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

mais saúdeMenos sódio,

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014 F5

Apesar de ser essencial, adicionar sal à dieta não é necessário, pois a quantidade necessária para repor as perdas do nutriente é próxima do conteúdo já existente nos alimentos in natura. Conheça algumas medidas para evitar excessos

Se consumido em exces-so, o sódio pode se tornar um grande vilão para a saú-de. Porém, o sal está presen-te nos mais diversos tipos de alimentos, indo desde sopas a refrigerantes, pas-sando por sopas e queijos. Por isso, se faz necessário um controle próximo, algo que é atingido com o MyFi-tnessPal, a maior platafor-ma digital de saúde e fi tness para se atingir objetivos pessoais de alimentação e exercícios. Com o MFP, o usuário consegue saber o quanto de sódio consumiu e se está dentro do limite de 5 gramas diárias indicadas pela Organização Mundial

de Saúde.Com o MFP, o usuário con-

ta com um banco de dados de 4 milhões de alimentos, com os quais pode construir um verdadeiro diário virtual de suas refeições e, no fi nal do dia, não só controlar as calorias que ingeriu, mas também ter uma ideia pró-xima do sódio ingerido.

No caso dos produtos industrializados, é possível ler o código de barras da embalagem por meio do app do MyFitnessPal para smartphone, facilitando o processo. Se o usuário preferir, inclusive, ele pode usar essa facilidade para consultar diversos pro-

dutos no ato da compra, escolhendo aquele com a tabela nutricional mais dentro dos seus objetivos – incluindo aí a menor quantidade de sódio.

Já para os alimentos ca-seiros, a plataforma traz as principais receitas bra-sileiras, como arroz, bife, feijoada e por aí vai. “Porém, nesses casos, é importan-te também tomar outras precauções, como diminuir o uso do sal de cozinha e procurar caminhos al-ternativos para salgar os alimentos”, afi rma Tina Louise, diretora de Desen-volvimento de Mercado do MyFitnessPal..

MFP ajuda a controlar consumo

O aplicativo MyFitnessPal está disponível para iOS, Android, Windows Phone e Web

Quem abusa do mineral aumenta o risco de ter

hipertensão, doenças cardiovasculares, derrame cerebral e outras doenças

Alimentos com alto teor de sódio (mais de 1.000 mg / 100 g)*

Alimentos com teor de sódio moderado (menos de 1.000 mg /100 g)*

• Amêndoa torrada e salgada - 279 mg• Atum em conserva - 362 mg• Batata chips industrializada - 607 mg• Biscoito recheado com chocolate - 239 mg• Biscoito do tipo cream cracker - 854 mg• Camarão cru - 201 mg

• Extrato de tomate - 498 mg• Leite de vaca desnatado (pó) - 432 mg• Maionese industrializada - 787 mg• Pão de queijo - 773 mg• Seleta de legumes enlatada - 398 mg• Coxinha de frango frita - 532 mg

• Azeitona preta em conserva - 1.567 mg• Azeitona verde em conserva - 1.347 mg• Bacalhau salgado cru - 13.585 mg• Fermento em pó químico - 10052 mg• Linguiça de porco crua - 1.176 mg• Macarrão instantâneo - 1.516 mg

• Queijo parmesão - 1.844 mg• Sal grosso - 39.943 mg• Shoyo - 5.024 mg• Tablete de caldo de carne - 22.180 mg• Tablete de caldo de galinha - 22.300 mg• Linguiça de frango crua - 1.126 mg

Usado para conservar alimen-tos no passado, o sódio é um componente essencial para o bom funcionamento

do organismo: participa da trans-missão nervosa, contração muscular, manutenção da pressão arterial e equilíbrios de fl uídos e ácido básico, entre outros. A principal fonte de sódio é o cloreto de sódio, conhecido como o bom e velho sal de cozinha. Mas, apesar dos benefícios, o consumo em excesso pode acabar comprometendo – e muito – a saúde.

Isso porque quem abusa do mineral aumenta o risco de ter hipertensão, doenças cardiovasculares, derrame cerebral, osteoporose, câncer no es-tômago, catarata... Por isso, a Or-ganização Mundial da Saúde (OMS) aconselha a ingestão máxima de 2 g de sódio por dia – o equivalente a cinco gramas de sal, ou uma colher de chá. O brasileiro, no entanto, utiliza até 12 gramas por dia.

Apesar de ser essencial, adicio-nar sal à dieta não é necessário, pois a quantidade necessária para repor as perdas do nutriente é pró-xima do conteúdo já existente nos alimentos in natura. “Além disso, o organismo apresenta alta capaci-

dade de conservar sódio e perdas importantes do mineral só ocorrem em situações não usuais, como na sudorese prolongada, diarréia e uso abusivo de diuréticos”, explica a nutricionista Analice Amaral.

EvoluçãoAs expressões latinas para saú-

de e saudável, salus e salubris, são derivadas de sal. Isso porque, antigamente, acreditava-se que o consumo trazia apenas benefícios. O acréscimo de sal nos alimentos ocorreu com a introdução da agri-cultura, cerca de 10 mil anos atrás. Anteriormente, os ancestrais con-sumiam uma dieta que continha quantidades pequenas de sal.

Com a descoberta dos chineses, há 5 mil anos, de que era possível conservar alimentos com sal, o consumo aumentou. O problema era que o sistema digestivo ainda não era preparado para excretar uma grande quantidade do con-dimento. Mas, com o advento da refrigeração, o consumo como con-servante voltou a decair. Hoje, as sociedades ocidentais consomem em torno de 10 a 12 gramas, dos quais cerca de 3 g são provenientes dos alimentos, 3 g adicionados durante o processamento e 4 g adicionados voluntariamente.

ConsequênciasNo Brasil, dados da Pesquisa de

Orçamento Familiar demonstram que 71,5% do sódio disponível para consu-mo vem da aquisição de sal de cozinha, enquanto 4,7% de condimentos à base desse sal. O restante do sódio disponível para consumo provém da aquisição de alimentos processados com adição de sal (15,8%), de ali-mentos in natura ou alimentos pro-cessados sem adição de sal (6,6%) e de refeições prontas (1,4%).

Nos dias frios, acontece a tendên-cia de maior consumo de sal decor-rente de refeições mais calóricas e condimentadas. Isso pode afetar a saúde do sistema cardiovascular e, consequentemente, do rim. Embora os rins sejam órgãos fundamentais na eliminação do excesso de sódio ingerido, quando há comprometi-mento da função dos rins a sua capacidade para fi ltrar e eliminar o excesso de sal é limitada.

“É importante verifi car o teor de sódio de alimentos industrializados e consumir aqueles com menores índices”, alerta o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da So-ciedade Brasileira de Nefrologia.

Além disso, o sal é considera-

do um dos principais vilões quan-do o assunto é hipertensão, e está presente cotidianamente na alimen-tação dos brasileiros, que ingerem duas vezes mais o ingrediente do que o recomendado pela OMS. Estu-dos realizados em países ocidentais mostram que entre 60% e 80% do consumo de sal provém dos alimentos industrializados, de restaurantes e cantinas, enquanto apenas 30% vêm do consumo doméstico.

“O paladar brasileiro foi acostu-mado a grandes quantidades de sal desde a infância, que não se percebe mais o quanto nossa comida é salga-da, portanto, é preciso que sejam to-madas medidas efi cazes para educar a população sobre os perigos deste consumo excessivo”, explica dr. Roberto Franco, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

mais saúdeMenos sódio,

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MANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

Esta jornada foi elaborada para atender demandas profi ssionais da área da saúde da mulher, especi-fi camente da reprodução humana, que envolve aspectos laborato-riais, psicológicos, andrológicos, nutricionais, endocrinológicos, visando sua atualização para o mercado de trabalho.

Este Simpósio pretende oferecer além do espectro de conhecimentos clássicos desta área da medicina, discutir temas atuais, como novos protocolos de estimulação ovariana, indicações para o coito programado, inseminação artifi cial, fertilização in vitro, Aspectos emocionais da infer-tilidade, avaliação de tecnologias existentes, objetivando a tomada de decisão para incorporação de novos equipamentos biomédicos e procedimentos assistenciais. Para tal, contaremos com a participação de professores do mais alto nível de conhecimento e habilidade na área da reprodução, tanto do Brasil como do exterior, permitindo maior intercâmbio de conhecimentos e ex-periências multilaterais.

Justifi cativaA prática clínica de profi ssionais

da saúde envolve constantes deci-sões sobre utilização de tecnologias em saúde seja para prevenção, diagnóstico e tratamento da inferti-lidade. Tecnologias em saúde com-preendem medicamentos, equipa-mentos, protocolos, procedimentos técnicos, sistemas organizacionais, de informação, educacionais, de suporte, e programas e protocolos assistenciais por meio dos quais a atenção e cuidados à saúde são prestados à população.

Dominar ferramentas de busca e análise crítica das informações dis-poníveis para a tomada de decisão é de extrema importância para permi-tir atuação com melhores resultados

para o profi ssional, clínica, pacientes e o sistema de saúde.

Na última década, o conhecimento desta área vem sofrendo modifi ca-ções rápidas com o surgimento de novas tecnologias que crescem em proporções exponenciais.

Desde o nascimento de Loyse Brown em 1978 na Inglaterra, houve uma gama de avanços nesta área da medicina, que a cada dia se multiplica. Atentar para esse estado de ebulição é de suma importância para todos que atuam direta ou in-diretamente na busca de solucionar a infertilidade de casais.

A SBRH e o LaVitta, juntamente com empresas do ramo, deseja proporcionar aos profi ssionais da área do norte do Brasil, a reno-vação de conhecimentos, colocan-do-os em igualdade aos demais profi ssionais do Sul do Brasil.

Esse é o sétimo evento deste tipo, o qual se perpetua desde 1983, quan-do fui pela primeira vez delegado da SBRH, iniciando com o professor Elsimar Coutinho, um dos pioneiros da contracepção brasileira.

Objetivos geraisFacilitar aos profi ssionais da

área da saúde da mulher a utili-zação de ferramentas, inovações e trocas de experiência.

Objetivos específi cosSensibilizar os profissionais da

área da saúde da mulher sobre a importância da atualização de conhecimentos, uso de novos pro-tocolos, utilizados na assistência das pacientes.

Colaborar no aprimoramento dos conhecimentos, habilidades e atitu-des frente a casais inférteis.

Possibilitar aos profi ssionais da área da saúde da mulher, aplicação prática da avaliação crítica da lite-ratura sobre o tema.

L. R. DE SOUZA(*)Professor Associado 3 de Tocoginecologia da Universidade Federal do Amazonas. Mestre e Doutor em Tocoginecologia pela Unicamp. Felow em Reprodução Humana pelo Instituto Valenciano de Infertilidade – Espanha. Diretor do Hospital Universitário Getúlio Vargas. Diretor do LaVitta – Centro de Medicina Reprodutiva e Infertilidade da Amazônia Ltda

Jornada Internacional de Reprodução Humana

L. R. de Souza Prof. Dr. Lourivaldo Rodrigues de Souza CRM-AM: 960 TEGO: 090/85

Lombalgia crônica e aguda

A coluna vertebral é res-ponsável pela susten-tação e movimentação do corpo. Ela é formada

por 33 vértebras e em seu centro passa a medula espinhal, uma estrutura que atua como um grande canal de comunicação entre o cérebro e as demais par-tes do corpo. Por ser uma estru-tura sensível, cheia de músculos, nervos e discos é comum que alguns danos acometam a re-gião causando as indesejáveis dores nas costas.

“As dores que acometem a região lombar - entre a última costela e o início da nádega - são as que mais afetam homens e mulheres, perdendo apenas para a cefaleia”, des-creve o médico neurocirurgião Paulo Porto de Melo, introdu-tor e pioneiro da neurocirurgia robótica no Brasil.

Denominada lombalgia, essa dor afeta a coluna lombar e não é considerada uma doença. Entretanto, em alguns casos a dor pode irradiar para pernas com ou sem dormência. “Uma infl amação, infecção, hérnia de disco, escorregamento de vértebra, atroes (processo de-generativo de uma articulação) e o período gestacional podem ser algumas das causas para o aparecimento dos incômodos”, indica o médico.

Tipos de lombalgiaBasicamente, existem dois

tipos de lombalgia que são: a lombalgia crônica e a lom-balgia aguda.

Qual a diferença? A aguda é mais frequente em

pessoas jovens e, normalmen-te, surge subitamente depois de um esforço físico. A duração da lombalgia aguda é inferior à duas semanas, mas pode perdurar por cerca de quatro a seis semanas. A lombalgia crônica, entretanto, ocorre na população mais idosa, poden-do perdurar pelo período de mais de 12 semanas.

Por que ocorre?A lombalgia aguda, em uma

grande parte dos casos, apare-ce por causa de uma infl ama-ção das estruturas da região lombar, provocado por um trau-matismo, quedas, impactos diretos, movimentos bruscos ou por esforços repetidos de fl exão e rotação do tronco, bem como posturas incorretas que causam desgaste dos discos interverterias. “A lombalgia aguda apresenta-se com cri-ses de dor lombar central ou lateralizada que se irradia para as nádegas e face posterior das coxas”, explica Melo.

A lombalgia crônica nem sempre se consegue defi nir uma causa direta. “Entretanto, alguns fatores de risco podem colaborar para o surgimento da mesma como idade, passado

profi ssional, obesidade, taba-gismo, estresse e depressão, bem como questões genéticas e físicas como atividade pro-fi ssional, postura e mecânica corporal”, informa o médico.

Como tratar?Na crise aguda de lombalgia,

é necessário fazer um repouso absoluto, deitado na cama, de preferência, na posição fetal que é com as pernas encolhi-das. Não são recomendadas na fase aguda: tração, ma-nipulação, RPG, cinesiotera-pia, alongamento, massagem e exercícios físicos. “Alguns analgésicos e anti-infl amató-rios podem ser utilizados para tratar os incômodos, desde que sejam receitados pelo médico”, afi rma o especialista.

Já nas crises de lombalgia crônica, um tratamento que tem surtido efeito é a rizoto-mia por radiofrequência, uma técnica minimamente invasiva indicada para casos em que a dor não responde ao tratamen-to conservador, com fi siote-rapia, RPG, anti-infl amatórios convencionais, analgésicos ou acupuntura, por exemplo. Esse procedimento é realizado me-diante sedação superfi cial. “O objetivo é desabilitar pequenas áreas de condução de estí-mulos nervosos e, consequen-temente, de dor, através das ondas de calor geradas pela radiofrequência. Diante disso,

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A prática clí-nica de pro-fi ssionais da saúde envolve constantes decisões so-bre utilização de tecnolo-gias em saú-de seja para prevenção, diagnóstico e tratamento da infertili-dade”.

A dor aguda é mais frequente em pessoas jo-vens e, normal-mente, surge depois de um esforço

Essa dor afeta a coluna lombar e não é considerada uma doença. Entretanto, em alguns casos a dor pode irradiar para pernas com ou sem dormência e está entre as que mais afetam homens e mulheres, perdendo apenas para a cefaleia

é possível aliviar a percepção da dor crônica de origem facetária em toda a extensão da colu-na vertebral. A melhora é imediata.

Calvície sem cirurgia e cortes Homens e mulheres que

enfrentam uma queda de cabelo provocada pela cal-vície podem adotar o méto-do da micropigmentadora Vanessa Silveira, diretora da Clínica Vanessa Silvei-ra. Alguns famosos como o ator e comediante Dedé Santana já aderiu à técnica para cobrir as falhas no couro cabeludo.

A técnica tem a fi nalida-de de camufl ar todas as imperfeições deixadas pela a calvície. “Muitas pessoas ainda confundem a micro-pigmentação com a tatu-agem, ambas são técnicas totalmente diferentes. A tinta utilizada para fazer o preenchimento da calvície não é a mesma usada em tatuagens. Ela é mais suave e visa um resultado natural”, afi rma Vanessa.

A micropigmentação é in-dolor e não necessita de cor-tes ou cirurgias para fazer o procedimento. “Na primeira sessão, é aplicado uma anes-tesia tópica na região e logo

após é iniciado o processo com o aparelho dermográfo que consiste numa agulha muito fi na responsável por depositar os pigmentos no local em que há entradas ou falta de cabelo. No término dessa sessão já é possível notar os resultados”, explica

a micropigmentadora.Cada sessão tem dura-

ção de aproximadamente duas horas. “Depois do pro-cedimento ocorre o proces-so de cicatrização que pode durar até 30 dias. Após essa cicatrização pode ser

feita outra sessão. Mas, logo na primeira já não é possível identificar as regi-ões que estão com falhas”, ressalta a especialista.

A micropigmentação ca-pilar deve ser feita por pro-fi ssionais capacitados. Vale ressaltar que a técnica é indicada para qualquer pes-soa, independente do grau da calvície. “Nos homens, o resultado é de uma apa-rência natural que simula o aspecto de cabeça raspada e nas mulheres é quaser impossível perceber que naquela região tinha uma falha”, comenta Vanessa.

Fique de olhoApesar de a micropig-

mentação capilar ser uma técnica nova no mercado é preciso tomar cuidado na hora de escolher um pro-fi ssional para fazer esse método. “Em alguns casos se a micropigmentação ca-pilar não for feita por um profi ssional ela pode deixar resultados irreversíveis.

A técnica tem a fi nalidade de camufl ar todas as imperfeições deixadas pela calvície

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ACÃO

TRATAMENTO

PARA TODOSA micropigmentação capilar deve ser feita por profi ssionais capa-citados. Vale ressaltar que a técnicaé indicada paraqualquer pessoa, in-dependentemente do grau da calvície

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MANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

O spinning é uma das aulas mais disputadas das acade-mias. E não é por menos. Ele queima gorduras, fortalece os músculos e, de quebra, aumenta a resistência cardio-vascular e respiratória. Para melhorar, o gasto energético varia de 500 a 700 calo-rias por hora, dependendo da intensidade da aula e do condicionamento físico do praticante. Claro que com tudo isso, o emagrecimento acontece e é o grande estí-mulo para a maioria dos pra-ticantes, que além de perder peso ganham em saúde e bem-estar.

Mas o exercício traz tam-bém outros benefícios como a ativação cardiorrespira-tória, o, fortalecimento dos membros inferiores (pernas e glúteos), do abdômen e da região lombar. Como se

não bastasse, ainda con-tribui para a redução do colesterol, da pressão ar-terial, ajuda no controle do diabetes e diminui o risco de doenças coronarianas.

Quer mais razões para pra-ticar o spinning? A prática regular defi ne pernas e bum-bum e aumenta a resistência. Com tantos benefícios, é de se entender porque o ciclismo indoor se consagrou no horá-rio nobre das academias. Se você está começando agora, a dica é usar uma bermuda acolchoada, ou levar um ban-co de gel. O selim da bicicleta é muito duro e estreito para quem não está acostumado.

Regular a bike Primeiro, coloque o banco

na altura dos seus ossinhos do quadril. Depois, certifi que-se que ele não está muito

para frente nem para trás. Para isso, sente-se no banco, com os pés paralelos ao chão, e veja se seus joelhos fi cam alinhados com o tornozelo. Regular o guidão também é fácil. A distância dele para o banco deve ser do mesmo comprimento do seu ante-braço, com os dedos estendi-dos. Lembrando que o guidão deve fi car sempre mais alto que o banco. Depois, suba na bike e verifi que se falta algum ajuste. E lembre-se: a maior parte das lesões está relacionada à má regulagem do equipamento.

Para todosAs aulas de spinning são

frequentadas por homens e mulheres, entre 15 e 60 anos, que demonstram um perfi l ativo e buscam uma ativida-de com grande dispêndio de

energia física. Mas atenção às contra-indicações. Não devem encarar o exercício pessoas que têm problemas cardíacos severos e elevados graus de comprometimento dos joelhos e coluna. Se pra-ticar spinning de duas a três vezes por semana, você verá os resultados mais signifi cati-vos a partir dos dois meses.

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AÇÃO No pique da boa forma com spinning

O gasto energético pode ser até de 700 calorias/hora

Correr faz bem, e como faz!Além do corpo bonito e defi nido, a corrida melhora o humor, a qualidade do sono, tonifi ca os músculos, fortalece o coração, traz equilíbrio para o corpo e ainda aumenta a autoestima, garante o velocista campeão Leonardo Senna

Inquest ionave lmente , na busca pela saúde e bem-estar a corrida é a modalidade preferida de

nove entre dez esportistas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope, são mais de 4,5 milhões de praticantes no Brasil e a boa notícia é que o esporte ganha a cada dia novos adeptos. Capaz de reunir incontáveis benefícios para a saúde, a corrida está entre as modalidades que afasta o risco das doenças cardiovasculares, combate o diabetes e reduz a hiperten-são. Para animar ainda mais quem já está com vontade de iniciar o esporte, a corrida é uma forte opção para quem pretende reduzir o peso e entrar em forma.

Quando começou a correr há 20 anos, Leonardo Senna Santos,42, não pretendia fa-zer disso uma opção de vida, mas a paixão pelo esporte ganhou força e ele acabou se dedicando à modalidade que o transformou em atleta de destaque e o levou a percorrer trilhas em todo o país e até no exterior. “Já participei de muitas provas e representei o Amazonas em vários Estados e no exterior com o orgulho de fazer o melhor que pos-so”, ressalta o vencedor do Circuito da Caixa na Ponta Negra, realizada no início do mês em Manaus.

Leonardo há dois anos passou de corredor de rua à velocista e vem dando conta do recado com toda dedi-cação de quem acorda de madrugada, antes das qua-tro horas e treina em média quatro horas por dia para manter a boa forma e o pi-que. “É preciso muito treino e dedicação porque temos que estar sempre prontos”, ressalta o atleta que não tem nenhum dia de descan-so. “Treino até nos fi nais de semana”, acrescenta.

Contando com o apoio do Sesi e o patrocínio da Aca-demia Personal Fitness Club, Leonardo, um maranhense que adotou Manaus como sua terra natal, campeão nos 800 metros, diz que a corrida lhe trouxe realização pesso-

al, saúde e a oportunidade de conhecer muitos lugares e muita gente interessante. “O esporte é muito bom, porque além de me trazer bem-es-tar e saúde me proporciona fazer o que eu mais gos-to, correr”, diz e acrescenta que suas três fi lhas também estão sendo orientadas no sentido de fazer do esporte uma opção de vida. “Duas fazem atletismo e uma gosta de natação”, explica. A mu-lher, Sandra Moreti também é atleta e maratonista es-pecialista em 1500 metros. O casal ficou em segundo lugar na Corrida da Espe-rança, também realizada recentemente na cidade.

Para quem está começando a dica de Leonardo é discipli-na e dedicação. Acostumado a se dividir entre os treinos de manhã e à noite e o tra-balho em uma empresa de produtos para academia, ele diz que tem uma alimentação equilibrada, mas não se priva de nada e não tem regras rígidas. “Queimo muitas ca-lorias, então não dá para fi car se privando de jantar ou outras coisas”, ri.

Benefícios da práticaQue correr faz bem para

o corpo e para a mente já é do conhecimento da maio-ria, mas pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, prova-ram que os benefícios psico-lógicos são tão importantes quanto o bem-estar físico que ela proporciona.

Um estudo realizado em Stanford com pessoas se-dentárias e com difi culdades para dormir incluiu na rotina dos participantes trotes de 20 a 30 minutos dia sim, dia não. O resultado foi que o grupo reduziu pela metade o tempo para pegar no sono e ainda aumentou em quase 60 minutos a quantidade de horas dormidas.

Já a melhora da autoestima foi comprovada por um estu-do desenvolvido na Alemanha por neurologistas da Univer-sidade de Bonn,que identifi -caram que há mais recepto-res de endorfi na em quem corre do que em praticantes de outras modalidades.

Leonardo Senna come-çou a correr há 22 anos e somente há dois anos descobriu que era um talentoso velocista

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AÇÃOVERA LIMA

Equipe EM TEMPO

Corra regularmenteA regularidade do exercí-cio faz com que o corpo se acostume aos poucos com o esforço e consiga progredir. Pessoas que não costumam praticar atividade física têm menos fôlego porque a sua atividade aeróbia é fraca e, por conta disso, a capacidade física é menor.

Reduza a velocidadePode ser que você esteja correndo em um ritmo mais rápido do que o seu corpo é capaz - aí não há fôlego que aguente. O ritmo ideal do trei-no deve ser com frequências cardíacas baixas, de modo que todas as funções do or-ganismo entrem em equilíbrio enquanto ele corre.

Intercale com caminhadaTreinar em séries de corrida e caminhada intercaladas per-mite uma maior percepção do esforço físico e um tempo para recuperar o fôlego. Isso ajuda a adaptar o condiciona-mento físico e o desempenho para uma corrida contínua.

Respire corretamente Quanto mais ofegante você fi ca, mais a respiração deixa de ser automática. É preciso controlar o movimento de en-trada e saída do ar para que não fi que acelerado demais durante a corrida. Também pode fazer diferença evitar respirar somente com a boca, que pode aumentar a sensa-ção de cansaço.

Faça outros exercícios Se a impressão é de que a corrida não é sufi ciente para melhorar o seu fôlego, que tal aliar o treino a outros exercí-cios que também melhoram a capacidade respiratória? Praticamente todos contri-buem: natação, treinamento em circuito, vôlei, futebol, tê-nis, ciclismo, entre outros.

Dicas para iniciantes

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F8 MANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014Saúde e bem-estar

Peeling de diamante

Converse com seu dentista, a importância da qualida-de da rela-ção entre o dentista e seu paciente pode ser me-lhorada com a atitude empática do profi ssional”

Rockson Pessoapsicólogo

Amanda GomesFisioterapeuta

Amanda Gomesgomes.fi [email protected]

Cuidar da pele não é mais exclusivida-de feminina. A estética vem atingindo o público em geral. As clínicas de estética vêm inovando e trazendo para si uma clientela masculina enorme e os fi de-lizando. Muitos homens e mulheres em geral têm adotado o peeling de diaman-te como procedimento estético. É um procedimento que possui o intuito de renovar células, devolver a elasticidade, clarear manchas e amenizar as rugas. Ajuda ainda no controle da oleosidade e na prevenção e no tratamento de acnes. É indicado para tratar manchas superfi ciais (chamadas melanoses), que estão localizadas na epiderme, cama-da superfi cial da pele. O peeling de diamante promove a esfoliação da epiderme, promovendo a eliminação das melanoses. Também pode haver melhora nas cicatrizes de acne, mas como nesse caso as lesões são mais profundas, a melhora é mais discreta - ela acontece em função da esfoliação da pele e estímulo à renovação das células da camada superfi cial, mas não age profundamente, onde começam essas lesões. Da mesma forma, rugas fi nas são marcas mais profundas e por isso têm um benefício discreto, ele ocorre principalmente quando, junto ao peeling de diamante, é feito uso de cosméticos que agem suavizando as linhas de expressão. Poros muito abertos, quando submetidos à esfolia-ção do peeling de diamante, também diminuem. Isso acontece por que os poros têm formato de cone, portanto quanto mais pele é removida, mais estreitos eles fi carão.

Muito menos agressivo que alguns peelings químicos, o peeling de dia-mante consiste em uma microdermo-

abrasão superfi cial na qual se utiliza a ponteira de um aparelho para promover a esfoliação. Esta pode ser mais ou menos intensa dependo da fi nalidade e do local tratado. Para que os resulta-dos sejam evidentes é preciso realizar certo número de sessões. O tratamento é progressivo e pode ser feito em todos os tipos de pele, inclusive nas morenas e nas bronzeadas. Somente uma parte da epiderme é retirada com este peeling. Leve e rápido é um dos métodos preferidos entre as mulheres. É realizado em consultórios e clínicas e não produz efeitos colaterais.

Após o procedimento é possível levar o restante do dia como de costume e nenhuma dor é causada. A esfoliação estimula a produção do colágeno, proteína chave para a boa elasticidade e para manutenção do tônus da pele. De forma geral não exis-tem contraindicações, podendo ser aplicado tanto em homens quanto em mulheres. Pode auxiliar na luta contra a fl acidez e linhas de expressão.

O peeling de diamante estimula a produção de colágeno e afi na a pele. É, portanto, um método bastante indicado para pessoas que buscam o rejuvenescimento e realizar correções na pele. É recomendada a suspensão do uso de ácidos, como por exem-plo o ácido retinoíco, de 24 a 48 horas antes do procedimento, pois são componentes que deixam a pele mais sensível. Além disso, a paciente deve questionar o seu dermatologista sobre outros produtos que devem ser suspensos antes das sessões.

Pode ser realizado em qualquer área do corpo e em qualquer tona-lidade de pele.

O peeling de diamante estimula a produção de colágeno e afi na a pele. É, portanto, um método bastante in-dicado para pessoas que buscam o rejuvenesci-mento”.

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