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ESPECIAL A revista da saúde para um novo conceito de gestão • Ano 02 • nº 12 SUSTENTABILIDADE Como aplicar o conceito de TI verde em sua companhia SAÚDE Saiba por que empresas do setor, como a GE Healthcare, presidida por Claudia Goulart, querem ter a área pública como cliente CLIENTE Ilustração: João Santos

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Revista sobre saude

Transcript of SB 12

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ESPECIAL

A r e v i s t a d a s a ú d e p a r a u m n o v o c o n c e i t o d e g e s t ã o • A n o 0 2 • n º 1 2

SUSTENTABILIDADEComo aplicar o conceito deTI verde em sua companhia

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Hospitais Referência é um estudo que visa promover e divulgar as boas práticas de gestão desenvolvidas pelos hospitais públicos, privados e filantrópicos.

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SB | Índice

� | edição 12 | Saúde BuSineSS

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12 EntrEvistaKaren L. rascati, da Universidade do texas, fala sobre a importância do desenvolvimento da farmacoeconomia para o setor de saúde

16 na dirEçãoBruno dias, diretor presidente da sodexo, escreve sobre a gestão do conhecimento dentro das organizações

18 .ComConfira as notícias que foram destaque no saúde Business Web

24 PanoramaCliente especial: entenda por que o setor público se tornou tão atrativo para as empresas de saúde nos últimos anos

36 GovErnançaGovernança de ti: parte integral da Governança Corporativa

38 GEstãoti verde: saiba como tornar a ti da sua empresa mais sustentável

44 EsPaço JUrídiCoresponsabilidade civil dos administradores

46 EConomia E nEGóCiosvento a favor

48 artiGosobre a eficácia dos gastos governamentais

50 ti & transformaçãosaúde que viaja pela rede

54 marKEtinGsim – sistema de informaçõesde mercado ou sempreinventando modismos?

56 Lado Brenata rozenbit, da Lincx, explica como atrair boas energias

58 Livros

60 rECUrsos HUmanosa contribuição da liderança no processo empreendedor

62 Cartão dE visita a movimentação dos executivos no setor

64 saúdE CorPorativafuncionário saudável gera valor

66 Hot sPot a mesma discussão de sempre

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PRESIDENTE-EXECUTIVO

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO

DIRETOR DE RECURSOS E fINaNçaS

PRESIDENTE DO CONSELHO EDITORIaL

fÓRUNS

PESQUISaS E CIRCULaçÃO

WEB

fINaNCEIRO - aDMINISTRaTIVO

UNIDADE SETORES E NEGÓCIOS • SAÚDE

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Ana Paula Martins • [email protected]

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Alfredo Cardoso • Diretor de normas e habilitações da ANSEdson Santos • Presidente do Grupo Vita e vice-presidente do International Hospital GroupLuiz de Luca • Diretor - superintendente do Hospital 9 de JulhoMarília Ehl Barbosa • Presidente da UnidasMarcos Hume • Gerente Sênior da Johnson & JohnsonPedro Fazio • Diretor da Fazio Consultoria

Gaby Loayza • [email protected]

Ana Luísa Luna • [email protected] Vicari • [email protected]

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Gabriela Marcondes • [email protected] • (11)3823-6629Guilherme Penteado • [email protected] • (11)3823-6706Jucilene Marques • [email protected] • (11)3823-6604

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DIRETOR-EXECUTIVO E PUBLISHER Alberto Leite • [email protected]

(recebimento, alterações de endereço, renovações)

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SB | CARTA DO EDITOR

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MELHORIASAproxima-se o final do ano e a discussão sobre o orçamento da Saúde começa a borbulhar entre as diferentes esferas do governo. Estados e municípios já preveem os investimentos a serem feitos para melhorar o nível de atendimento, enquanto a União continua a discutir as fontes de financiamento do setor. A tentativa, mais um ano, vai girar em torno da regulamentação da Emenda Constitucional nº29 e da criação da Contribuição Social de Saúde, que, juntas, poderão trazer mais R$ 12 bilhões para o setor, segundo o ministro José Gomes Temporão. As chances das medidas esbarrarem nos mesmos conflitos de anos anteriores são grandes. E mesmo que fossem aprovadas, certamente ainda não seria o suficiente para melhorar a acessibilidade à saúde. A grande questão ainda é o avanço do nível de gestão e acredito que até do comprometimento com a melhoria do setor no Brasil. Interessante é observar que mesmo diante desse cenário de busca por mais e mais recursos, a área pública tornou-se um alvo estratégico para as empresas de saúde. Seja para ser um fornecedor, seja para ser um prestador de serviço ou ainda um parceiro em gestão das unidades públicas de saúde. E isso não é para menos: um enorme mercado, que atende quase 150 milhões de pessoas, e por isso mesmo permite o ganho em escala, somado ao fato do governo ser um bom pagador e ainda à alta demanda por atendimento, tornam a área pública um mercado altamente estratégico para quem quer crescer no setor. É isso que você confere na reportagem de capa dessa edição. E ela vem em boa hora. Uma vez que os interesses na área pública são tantos e diversos, e as necessidades de melhorias de políticas de saúde extremas, vale exigir daqueles que se lançarão como candidatos aos postos de governantes de estados e do Brasil no próximo ano propostas concretas e viáveis para impulsionarem o desenvolvimento do setor. Melhorias a serem feitas não faltam.

Boa Leitura!

Ana Paula MartinsEditora

P.S.: envie comentários para [email protected]

Ana Paula MartinsEditora

P.S.: envie comentários para [email protected]

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SB | CANAL ABERTOFo

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Eu leio aSAÚDE BUSINESS

Para anunciar l igue: (11) 3823-6633 • E-mail: [email protected]

Pró xi ma Edi ção

A revista Saúde Business me dá uma visão mais ampla do setor de saúde do que as demais publicações destinadas a esse tema. O ponto forte dessa publicação é a abrangência de assuntos, pautando sempre todos os elos da cadeia de saúde, o que permite uma avaliação mais clara das boas práticas de clientes e fornecedores nesse segmento

HOSPITAIS REFERÊNCIANão perca o estudo que traz o benchmark de boas práticas de gestão no segmento hospitalar

O melhor da última edição

A equipe da Unidade de Saúde da IT Mídia elegeu o anúncio do Hos-pital San Paolo, publicado nas páginas 30 e 31, como o mais bonito da edição nº11. A peça foi criada por Cristina Santos (texto) e Fábio Ha-naoka (arte), da agência AUGI Marketing. A aprovação foi feita por Dr. Paulo Angelis, superintendente do Hospital San Paolo, e por Allison Erick Auriema, supervisor de Marketing.

GLAUCO MARCONDES, diretor da unidade de Negócios Institucionais da Pfi zer

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SB | entrevista

Cálculos de saúdeGestores de saúde vivem em uma procura constante por novas ferramentas que auxiliem na escolha de alternativas terapêuticas eficientes e com custo justificável. É por essa necessidade profissional que atualmente todas as faculdades de Farmácia dos EUA tornaram a disciplina de Farmacoeconomia obrigatória. A área é pouco conhecida ainda no Brasil, mas nos EUA, 90% dos cursos de Farmácia já incluem o estudo no currículo – fora cursos de Medicina, Administração Hospitalar e Economia. É por isso que o livro com caráter didático Introdução à Farmacoeconomia, da professora e membro do Center for Pharmacoeconomics Studies da Universidade do Texas, Karen L. Rascati, chega estrategicamente nos EUA e no Brasil. Segundo informações contidas na obra: “a compreensão dos princípios da Farmacoeconomia ajuda os prestadores de serviços de saúde e os responsáveis pelas decisões a melhorar os desfechos clínicos e humanitários com base nos recursos disponíveis.” Ferramentas essas que, segundo Karen, já são utilizadas em diversos países, com destaque para a Austrália. Confira a seguir a entrevista que a professora de Farmacoeconomia concedeu à Saúde Business durante uma série de palestras aqui no Brasil.

Renata Faggion – [email protected]

Sáude Business: Quando os EUA perce-beram que os gastos com saúde estavam extrapolando os limites possíveis?Karen L. Rascati: Os EUA têm ten-tado diminuir seus custos com saúde há muito tempo. A maior e primeira ação para cortar custos aconteceu em meados da década de 1980. Co-meçaram a trabalhar com reembolso com hospitais, ou seja, quando um paciente chegava ao hospital com um certo tipo de diagnóstico, o hospital recebia um valor ‘x’ pelo tratamen-to. Antes dos anos 1980, mais pro-cedimentos e remédios foram sendo agregados, a lista foi aumentando e aumentando. Foi nessa época então que houve uma restrição, porque o custo crescia na época 50% ao ano. O que era muito! Com o reembol-so o número diminuiu para 3% ao ano. Continuava crescendo, mas num ritmo mais lento. Depois foram criadas HMOs (Health Maintenance

Organization) que deixaram de tra-balhar com o fee for service, ou seja, que permitia ao paciente usar o que quisesse. Elas restringiram o acesso a saúde, dando uma lista de médicos específicos onde os pacientes pode-riam ser atendidos, ao invés de pode-rem ir onde queriam.

SB: E a Farmacoeconomia é con-temporânea a esta época?Karen: O termo surgiu quase na mesma época. Mas o termo anterior a ele, Healthcare Economics, surgiu bem antes. Há livros que falam do termo e da maior reforma da saúde que os EUA viveu provavelmente, no ano de 1965, quando o Medicaid e o Medicare foram desenvolvidos. Os dois sistemas foram criados para aqueles que não têm planos de saúde e para a terceira idade. Até então as pessoas tinham que pagar com di-nheiro pelos medicamentos, sendo

que o Medicare é para maiores de 65 anos e é quase totalmente subsidiada pelo governo. Já o Medicaid é para pessoas pobres e mantida com recur-sos federais e estaduais. A criação das duas foi um sucesso, mas manti-veram o crescimento dos gastos.

SB: No seu livro, a senhora afirma que existe uma barreira cultural e política em relação à Farmacoeco-nomia. Que barreiras são essas?Karen: As pessoas, e estou falando especialmente do povo norte-ame-ricano, estão acostumadas a terem tudo o que querem. Se eles veem uma propaganda de um medicamento na televisão ou leem a respeito, querem aquele medicamento. O médico não é treinado para restringir medica-mentos, então ele prescreve a droga. Alguém precisa avisar ao paciente que ele não pode ter todo remédio novo que aparece, porque talvez ele

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Karen L. rascati:Farmacoeconomia deve ser disciplina obrigatória em todos os cursos da área de saúde

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SB | entrevista

É difícil confiar em dados cedidos pela indústria, afinal, ela está vendendo algo. Além do mais não existe um padrão para se realizar esses cálculos

Karen L. Rascati, da Universidade do Texas

não seja melhor, somente mais caro. O que acontece é que o médico dá a receita, mesmo que esse remédio não tenha um efeito mais significativo. E é o próprio paciente que paga mais pelo medicamento. É esse fato que se quer diminuir nos EUA. Há uma palavra que apavora qualquer nor-te-americano, que é racionalização. Eles veem qualquer ação que tenta diminuir os gastos com saúde como racionalização, ou seja, que estão controlando o que os cidadãos fazem ou deixam de fazer, mesmo que se diga que a ação tem a ver com uma tentativa de aproveitar o dinheiro da melhor maneira. Eles não conse-guem admitir que há um limite de re-cursos, mas não podemos continuar gastando a maior parte da renda do norte-americano com saúde.

SB: A população tende a ver a União como uma mãe, que deve prover tudo. Nos EUA, vemos a população apreensiva com a Reforma da Saú-de proposta pelo presidente Barack Obama, porque não quer perder o

direito de escolher a que tipo de atendimento quer receber.Karen: Uma grande quantidade de norte-americanos acredita que saú-de deve ser um direito do cidadão, como acontece aqui no Brasil. Isso é motivo até de vergonha, porque pa-rece que o governo não se importa com a saúde do povo dos EUA. Há um outro grupo que pergunta: quem irá pagar por isso? Essas são pessoas que já pagam por um plano de saúde e não querem pagar pela assistência pública à saúde de outras pessoas. No entanto, se é a empresa quem paga pelo plano de saúde, quando eles estão desempregados não têm acesso ao atendimento médico. Esse é o problema.Há dois grupos que têm que encon-trar um acordo sobre que nível de atendimento à saúde deve ser ofere-cido para todos, sem gastar muito. Mas há aqueles que argumentam que haverá dois níveis de atendimento: para os pobres e com menor quan-tidade, e para os ricos, por plano de saúde, e que isso seria injusto, em-

bora, provavelmente, é assim que irá acontecer. Eu acredito que a maioria da população hoje concorda que deve haver um mínimo de atendimento para todo mundo. É só uma questão de decidir quanto será gasto.E como são as operadoras de saú-de, e não o governo, que determi-nam que procedimentos estão au-torizados, elas se tornaram as vilãs da história. O atual debate é o de que o governo deve assumir mais a saúde para reduzir custos, já que a União não prevê lucro como a saú-de suplementar.

SB: A senhora cita a Austrália como um exemplo de país que já exige cálculos de Farmacoecono-mia na autorização de produtos e serviços de saúde. Essa é uma ten-dência crescente?Karen: Definitivamente. A cada ano, mais e mais países adquirem esse procedimento. Levou um lon-go tempo, mas na Austrália isso começou na década de 1990, e no Canadá e no Reino Unido no final

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da década de 1980. Agora a maio-ria dos países europeus recomenda esse procedimento. Há informações no site da ISPOR (International So-ciety of PharmacoeconOmics and Outcomes Research) de quais paí-ses têm cálculos Farmacoeconômi-cos como obrigação ou orientação. Atualmente, há muitos países que incluem os cálculos nas suas ações, mas é somente uma sugestão, e não uma regra a ser cumprida. No en-tanto, em países como a Austrália, o governo só autoriza depois que o produto tenha passado pelo proces-so de avaliação Farmacoeconômica.

SB: Como funciona esse cálculo? Quem realiza?Karen: O governo tem um comitê e a indústria, na maioria das ve-zes, reúne a papelada requerida e determina que informações são necessárias. Exceto no Reino Uni-do, onde o próprio comitê coleta os dados da indústria.

SB: Como os governos podem ter certeza da veracidade desses cál -culos? Afinal, muitos podem ale -gar que é possível mentir usando estatísticas. Como lidar com es -sas questões?Karen: Essa é uma barreira nas re-lações. É difícil confiar em dados cedidos pela indústria, afinal, ela está vendendo algo. Além do mais, não existe um padrão para se realizar esses cálculos e fornecer os dados da pesquisa. É preciso que os comitês analisem da onde vieram esses nú-meros, como foram calculados, o que pedir e se os dados são confiáveis. Mas não há muitas pessoas que se-jam boas nas áreas econômicas e de

farmácia para realizar essa análise. Sem dúvida, é preciso ter uma visão bem crítica de tudo o que é enviado pela indústria para o comitê, para pedir mais esclarecimentos ou in-formações quando necessário, além de ter que decidir quando incluir ou não este novo produto ou serviço de saúde. Na Farmacoeconomia, quan-to mais preciso forem os dados soli-citados, mais eficiente será o sistema. Normalmente, esse método leva um bom tempo, porque as informações vão e voltam muitas vezes. A indús-tria farmacêutica apresenta o medi-camento e quanto será cobrado por ele, e o comitê pede mais informa-ções e sugere um outro valor a ser co-brado, e as negociações prosseguem até um acordo.Nos EUA, comitês de plano de saúde fazem isso, embora numa proporção bem menor. Eles cruzam dados dos seus clientes com dados cedidos pela indústria e calculam se o procedi-mento ou medicamento deve ser co-berto ou não pelo plano. Eu faço par-te do comitê de uma dessas empresas nos EUA, e eles me consultam sobre quais informações extras podem ser necessárias para esse cálculo ou se estão no caminho certo. Economis-tas podem auxiliar a saúde suplemen-tar nesses casos.

SB: Nas decisões governamentais, o preço é o ponto principal. Mas a se-nhora cita no seu livro vários tipos de custos e resultados, até intangí-veis. Como um cálculo que não leva todos esses pontos em conta pode influenciar negativamente os gastos com saúde de um país?

Karen: Os governos não levam em

conta esses outros resultados, cha-mados de intangíveis, que não en-volvem dinheiro, mas o sofrimento e a dor dos cidadãos. Eles ligam para os custos com saúde e, alguns casos, para a produtividade dos ci-dadãos. Problemas como enxaque-cas, por exemplo, são importantes, porque muitas pessoas não vão trabalhar quando afetadas, o que diminui a produtividade da popu-lação. Em termos econômicos isso é importante para o país, afinal, te-mos que ter pessoas saudáveis, para que sejam produtivas.

SB: Uma pesquisa recente afirmou que mais de 50% dos brasileiros com plano de saúde gostariam de mudar de seguradora. Um esclare-cimento maior de como o sistema de cálculo funciona poderia melho-rar essas relações?Karen: É um caminho de altos e baixos. Quando as HMOs surgiram, as pessoas não estavam muito satis-feitas com o sistema de saúde nos EUA. Então as seguradoras de saúde mudaram algumas de suas ações e as pessoas se acostumaram com elas. Desde que aja uma outra escolha, que eles possam pagar um montante “x” e receber “x”, ou pagar mais e receber mais, creio que elas ficarão mais satisfeitas. A competição é o melhor caminho por dar o poder de escolha para as pessoas. A questão é que o cidadão nunca sabe quais enfermidades podem lhe abater, en-tão não sabe que tipo de cobertura realmente será necessário. E quan-do o paciente fica muito doente no hospital, ele não pensa no quanto a internação e o tratamento custarão para o plano de saúde.

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SB | na direção

Muito se fala sobre a importância da gestão do conhecimento dentro das organizações como fator fundamental para garantir ino-vação e competitividade solicitadas cada vez mais pelo mercado. Poucas empresas entendem, no entanto, como se trabalhar adequadamente com esse conceito que, mais do que um processo de partilha e co-municação, é um modo de pensar e atuar em todas as etapas produtivas e, como tal, deve fazer parte do DNA da empresa e de seus colaboradores. As instituições que implementam adequa-damente a gestão do conhecimento pas-sam a se enxergar como uma “comunidade humana”, cujo “conhecimento coletivo” representa enorme diferencial competiti-vo em relação aos concorrentes. Uma das principais táticas nesse sentido é colocar os colaboradores em contato direto, criando grupos de trabalho que, por meio de troca de experiências e informações, reflitam, proponham soluções e refinem o conhe-cimento organizacional. É essa a aborda-gem que a Sodexo, como multinacional presente em mais de 80 países, pratica em todos os níveis da organização, não só lo-calmente, mas também junto aos outros países em que atua. Especialmente no segmento Healthcare, a Sodexo vem expandindo essa estratégia de atuação entre todos os países que atuam

nesse nicho como modo de manter sua liderança e competitividade. A cada seis meses a Sodexo promove um evento inti-tulado “Market Champion Healthcare”, promovido pelo CEO mundial com foco em Healthcare, que reúne os diretores responsáveis em cada país com o objetivo de compartilhar experiências e melhores práticas e ainda promover visitas in loco a clientes referência. Isso permite e estimula uma visão global do que acontece no seg-mento favorecendo soluções inovadoras em tempo real e alinhadas com as práticas mais atualizadas do mundo. Após esses encontros, para garantir a disse-minação dos conteúdos dentro da própria Sodexo Brasil, nossa Célula Técnica de He-althcare fica responsável pelo cascading a todos os níveis da organização por meio de reuniões e encontros de atualização. Vale ressaltar que em se tratando de gestão do conhecimento, a própria estruturação de

uma Célula Técnica específica retrata a preocupação com a correta estruturação e disseminação do conhecimento. A célula, que na Sodexo atua independentemente da Operação e com reporte direto à direção, é responsável pelo gerenciamento de todo know how do segmento, incluindo a gestão do conhecimento técnico, treinamento dos profissionais da área, definição e controle de KPIs, e acompanhamento de tendências do mercado dentro e fora do País. Essas iniciativas reafirmam a importância que a Sodexo confere à geração do conhe-cimento bem como à sua correta gestão e à capacidade de seus colaboradores de ge-rarem novas soluções a partir de conteúdo compartilhado e aprimorado internamen-te. Afinal, nosso maior patrimônio são nossas pessoas, e nosso maior diferencial competitivo reside justamente na capaci-dade delas de se aprimorarem e se supera-rem constantemente.

Gestão do conhecimento e troca de experiências

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Bruno DiasDiretor Presidente da sodexo

As instituições que implementam adequadamente a gestão do

conhecimento passam a se enxergar como uma “comunidade humana”, cujo

“conhecimento coletivo” representa enorme diferencial competitivo

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SB | .COM

A Biogen Idec, empresa global de biotecnologia, fez uma proposta para adquirir todas as ações em cir-culação da Facet Biotech Corpora-tion por US$ 14,5 por ação, com o argumento de que a operação é um

bom negócio para ambas as empre-sas. Além disso, a Biogen ressalta que a oferta pode beneficiar os pro-gramas clínicos para o tratamen-to da esclerose múltipla e tumores sólidos. A aquisição das ações seria

em dinheiro e sem a necessidade de aprovação dos acionistas da empre-sa ou até mesmo financiamento. As empresas já trabalham juntas no de-senvolvimento dos remédios dacli-zumab e volociximab (M200).

WEBCAST ENTREVISTAJosé Serra fala sobre a terceirização do setor O governador de São Paulo comenta a aprovação do Projeto de Lei Complementar 62/2008 du-rante a inauguração do Hospital Lucy Montoro, que recebeu investimento de R$ 50 milhões

Assista esta e outras entrevistasno WWW.SAUDEBUSINESSWEB.COM.BR/WEBCASTS

BIOGEN se propõe a pagar US$ 14,5 por ação da Facet

AS 10 MAIS CLICADAS

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Operadoras criam índicepara medir gastos médicos

OMS alerta para o pior da nova gripe

Brasil registra 96 mortes pelo vírus H1N1

Orizon coloca a casa em ordem

Albert Einstein lançaprojeto de redução de custos

Hermes Pardini investeem sistema de gestão integrada

Mudanças da ANS passama vigorar em outubro

Ato Médico é aprovado

SulAmérica anuncia nova executiva

Intermédica está a todo vapor

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Economia

Operadoras discutem relação com hospitais (Se precisar, cortar) A relação entre hospitais, operadoras e clientes deveria ser harmoniosa, já que existe uma questão de coexistência em jogo. No entanto, nem sempre essa relação beira o saudável. Encontrar alternativas para que tais atores alcancem um entendimento vai além da questão de bom relacionamento. Trata-se de sobrevivência. Em pauta: a gestão na nova reali-dade de negócios.

Leia mais:www.saudebusinessweb.com.br – Seção Gestão

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BlogsLeia e discuta com nossos blogueiros os assuntosmais quentes do mês: www.saudebusinessweb.com.br/blogs

Claudia GoulartÚltimo post: o desafio da saúde sustentávelClaudia Goulart é presidente da GE Healthca-re para a américa latina

CylEnE SouzaÚltimo post: o valor da marcaCylene Souza é jornalista especializada em saú-de, com pós-graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM

ildo MEyErÚltimo post: Hospitais de “Grife”ildo Meyer é palestrante motivacional e médico com especialização em anestesiologia e pós-gradu-ação em Filosofia Clínica pelo instituto Packter.

João CarloS BroSSÚltimo post: Somar em lugar de divergirJoão Carlos Bross é arquiteto e presidente da Bross Consultoria e arquitetura.

PEdro FazioÚltimo post: o erro de avaliar plano coletivo como individualPedro Fazio é economista e diretor da Fazio Consultoria.

roBErto latiniÚltimo post: Eficácia ou eficiência?roberto latini é diretor da latini & associa-dos e aborda as regulações do setor de Vigilân-cia Sanitária.

No arParticipe da nossa enquete! Vote emwww.saudebusinessweb.com.br/enquetes

as novas regras da anS para contratação de pla-nos coletivos passam a vigorar a partir de 15 de outubro, conforme publicado no diário oficial da união. a princípio, as mudanças deveriam vigorar no mês de agosto, mas o prazo foi prorro-gado pela própria agência reguladora. de acordo com a anS, os contratos de saúde vigentes que não se adequarem às novas regras não poderão ter novos beneficiários, exceto novo cônjuge ou filho, como determina a lei nº 9.656/98. dentre as principais mudanças estabelecidas está o reajuste de preço que só poderá ocorrer a cada 12 meses. de acordo com a pesquisa rea-lizada pelo portal Saúde Business Web, 48,78% dos leitores apostam que as novas regras devem trazer benefícios, em contrapartida, 29,27% acreditam que as mudanças vão prejudicar as operadoras menores, além de afetar as contas dos planos de saúde.

a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) vai beneficiar o setor?

m não, uma boa gestão é melhor que a criação da CSS

m Sim, uma nova contribuição irá trazer mais recursos para a Saúde

m o problema da Saúde no Brasil não envolve falta de recursos e nem má gestão

Resultadoda enquete

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Logística da gripe suína o ambientalista e consultor de sustentabi-lidade da trevisan consultoria, antonio carlos araujo, relata em seu artigo os diver-sos aspectos da logística do vírus H1n1

as reviravoLtas e aLterna-tivas para a indústria far-macêutica em artigo, o administrador marcos mo-rita explica as estratégias que o setor deve buscar para sair da crise econômica

soLuções verticaLizadas: tendência ou benefício reaL para o cLiente? o diretor da essence, gabriel rodrigues, comenta em seu texto os benefícios da verticalização para os clientes do setor

expectativa de vida maior exige mais investimentos em saúde o presidente da fehosp, José reinal-do nogueira de oliveira Junior, ressal-ta a importância da regulamentação da ec29 dica da redaçãoo ‘blog da redação’, do saúde business Web, foi reativado para trazer novidades e integração com os leitores do portal. o espaço passa a contar semanalmente com assuntos e questões de relevância para o se-tor. após sua reativação, a redação já abor-dou diversas curiosidades como o por que o presidente Lula não utiliza, assim como a maioria dos brasileiros, o sistema público de saúde; a gripe suína e a popularidade do presidente brasileiro; o atendimento espe-cial nas unidades de saúde, e muito mais. confira o blog da redação e opine!

OpiniõesConfira os quatro artigos mais lidos do mês

AnvisA em AçãO!falsificação ou resultado insatisfatório. seja por um ou outro destes motivos, os medicamentos deram o que falar. recentemente, a agên-cia nacional de vigilância sanitária (anvisa) e a polícia federal reali-zaram quase sete vezes mais apreensões de medicamentos falsificados no primeiro semestre deste ano do que em 2008. foram 316 toneladas contra 45,5 no ano passado. segundo a polícia federal, a cada dez apreensões de armas e drogas atualmente, duas têm medicamentos piratas - sendo que os mais encontrados são contra a disfunção erétil, analgésicos e anti-inf lamatórios. a principal rota de entrada é pelo Lago itaipu no paraná, onde o medicamento é transportado por pe-quenas embarcações e depois é embalado e enviado para várias partes do brasil. para combater o problema, a anvisa e o setor farmacêutico estão testando um sistema de rastreabilidade de medicamentos. ter um bom resultado também tem sido o alvo da agência. na segunda semana de setembro a novafarma foi obrigada a retirar de circula-ção os lotes 1100198, 1100199, 1100200, 1100201, 1100202, 1100203, 1100204 e 1100212 do remédio biozatin fabricado em maio de 2008 e com data de validade em maio de 2010, em todo território nacional. o motivo seria o resultado insatisfatório nos ensaios de pH.outra ação importante da anvisa foi a criação de novas regras para a bula de medicamentos, publicada no diário oficial da união. a porta-ria estabelece regras para tornar mais claras as informações referentes à quantidade, características, composição, qualidade e preço disponi-bilizadas nas bulas dos medicamentos. uma das normas diz respeito ao tamanho das letras, que terão que ser maiores. os textos também usarão informações mais claras, linguagem objetiva e conteúdos pa-dronizados. a anvisa também definiu formas de acesso ao texto dos medicamentos para deficientes visuais. a bula do paciente continuará dentro da caixa do remédio, enquanto uma outra será eletrônica, dis-ponível no site da agência. os pacientes também poderão acessá-la.

Thaia Duó - [email protected]

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Caso Avimed:JustiçA negA pedidO dA Ans a 3ª turma do tribunal regional federal negou provimen-to ao recurso de efeito suspensivo da ans, mantendo a de-cisão favorável aos consumidores da avimed, que poderão contratar novos planos de saúde sem necessidade de cum-prir novas carências, de acordo com a vigência da decisão liminar, de 1º de julho. a decisão atual garante a manuten-ção da liminar conquistada pelo idec - resultado de uma ação civil pública contra a avimed, a ans e as operadoras de saúde itálica e ana costa, que ficaram responsáveis pela cartela de clientes da empresa.

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Eurofarma implantacódigO de bArrAs nOs prOdutOs a eurofarma implantou um projeto de rastreabilidade para auxiliar a rede hospitalar no controle de informações sobre a medicação de cada paciente. por meio de um código de barras bidimensional o produto traz dados relevantes como validade e lote, além de facilitar o processo de unitarização. o laboratório já concluiu a primeira fase do projeto e, atualmente, estuda a próxima fase que incluirá comprimidos e cápsulas. frascos, ampolas e seringas pré-enchidas já podem ser rastreadas.

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Parceria deve reabrir oLAbOrAtóriO de medicAmentOs

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parceria assinada entre a universidade esta-dual de Londrina (ueL) e a indiana triglobal biociência vai permitir que o Laboratório de medicamentos, ligado à instituição, seja rea-berto. o acordo prevê a prestação de serviços para a importação de controle de qualidade de remédios e para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias por meio das instalações e estrutura da ueL. a negocia-ção entre as partes teve início no ano passado e coloca o grupo indiano como responsável pela aquisição de equipamentos e adequação do prédio do laboratório, com contrato de prestação de serviço de 20 anos. a princípio, o Laboratório de medicamentos funcionará como um centro de controle de qualidade de insulina e futuramente na fabri-cação de antibióticos e antivirais, como por exemplo, o tamif lu. Fo

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Bayer investe R$ 14 milhõesem nova linha de produção A fábrica brasileira da Bayer Schering Pharma está investindo cerca de R$ 14 milhões em uma nova linha de produção volta-da para atender as regiões latino-americana e sudeste-asiática. A fábrica, localizada na capital paulista, produz em média 100 milhões de cartelas de contraceptivos por ano, sendo 40% des-tinadas a exportações em mais de 30 países. A expectativa é iniciar as produções da linha multifásica ainda este ano.

Discurso de Obamaaumenta apoio Uma pesquisa publicada pela TV CNN apontou que o apoio à reforma da saúde americana teria passado de 53% para 67% após o pronunciamento do presidente Barack Obama. Isso indica que um em cada sete nor-te-americanos foi convencido pelo presidente de que a reforma, que segundo a Casa Branca custará US$ 900 bilhões num período de dez anos, é necessária e passou a apoiar os planos.

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Novartis deve inaugurarnova fábrica em setembro A farmacêutica Novartis está investindo cerca de R$ 500 milhões na sua primeira fábrica de vacinas no Brasil, com sede em Goiana (PE). A indústria integrará o Polo Farma-coquímico da cidade e deverá atender tanto o mercado na-cional quanto internacional. A estimativa é de que a nova unidade da Novartis tenha um faturamento anual de R$ 800 milhões, sendo R$ 600 milhões só em exportações.

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BNDES vai investirr$ 3 bilhões no profarma até 2012

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O departamento de Produtos Intermediários Químicos e Far-macêuticos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que o Profarma - programa que visa fomentar complexos industriais de saúde no Brasil - tem recursos garantidos de R$ 3 bilhões até 2012. O montante liberado vai ao encontro da perspectiva do BNDES de que o País tenha parques industriais farmacêuticos no nível dos melhores do mundo, com reflexos na política da instituição para o setor.

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Bom pagador e com grande representatividade nas áreas de equipamentos, vacinas e medicamentos, o governo, em suas três esferas, tem merecido esforços cada vez mais direcionados das indústrias e dos prestadores de serviços em saúde

Cylene Souza – [email protected] ESPECIALCLIENTE ESPECIACLIENTE ESPECIA

SAÚDE BUSINESS

Bom pagador e com grande representatividade nas áreas de equipamentos, vacinas e medicamentos, o governo, em suas três esferas, tem merecido esforços cada vez mais direcionados das indústrias e dos prestadores de serviços em saúde

Cylene Souza – [email protected] ESPECIALIENTE ESPECIALIENTE ESPECIALIENTE ESPECIA

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Responsável por 8% do Produto Inter-no Bruto (aproximadamente R$ 160 bilhões), o setor de saúde já está con-solidado como um dos mais relevantes, tanto do ponto de vista social, como econômico com um dos 10 maiores mercados farmacêuticos do mundo, es-timado em R$ 28 bilhões, e com um faturamento de R$ 8 bilhões no setor de produtos médicos. As empresas que atuam no setor são unânimes em afirmar que o Brasil ain-da tem um grande potencial de cresci-mento e é, de fato, a maior potência da América Latina, por seu perfil demo-gráfico e econômico. Para elas, além das instituições de excelência no setor privado, que fa-zem uso de alta tecnologia, o setor público, nas esferas federal, estadual e municipal, é também um grande cliente, por seu poder de escala. Hoje, o governo brasileiro representa quase 50% do mercado de equipamentos, 90% do mercado de vacinas e 25% do mercado de medicamentos e, de acor-do com os últimos dados, de 2006, o gasto direto com produtos e insumos industriais representa 15% dos recur-sos de saúde. Tendo se tornado um bom pagador e honrando seus contratos, o governo passou a interessar ainda mais às em-

presas de todos os segmentos que atu-am na saúde.“Nos últimos 10 anos, a realidade mu-dou. O governo começou a honrar os contratos e as dificuldades foram supe-radas. Além disso, em época de crise econômica, o governo é o único que não deixa de investir”, avalia o diretor de projetos de Administração Pública e Saúde da Indra, Marcelo Palha.A multinacional espanhola de TI apos-ta no potencial de mercado da área pú-blica, especialmente na saúde. “A Indra começou como uma empresa do gover-no espanhol e hoje o mantém como um de seus principais clientes. No Brasil, há uma carência de soluções para o se-tor público e, por isso, a empresa achou que o carro chefe no Brasil era a saúde”, complementa.Na Dasa, seguindo a visão de propor-cionar acesso aos serviços a todas as classes sociais, a empresa percebeu um nicho de mercado em que não atuava e, em 2007, adquiriu a Científica Lab, la-boratório que prestava serviços de aná-lises clínicas para a rede pública em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “A empresa já tinha diversos contratos e o modelo de negócio adequado para este tipo de cliente”, relembra o gestor da Científica Lab, César Franco.Para Franco, apesar do ticket médio

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O governo é atraente por três motivos: pelo poder de escala, por ser fiel aos contratos com as entidades privadas e ter deixado o estigma de mau pagador

César Franco, da Científica Lab

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baixo, a alta demanda do governo torna a composição financeira atrativa para os prestadores de serviços. “O governo é atraente por três motivos: pelo poder de escala, por ser fiel aos contratos com as entidades privadas e ter deixado o es-tigma de mau pagador no passado e por possibilitar sinergias para desenvolver pesquisas. Quanto mais serviços presta-mos, mais temos informações para de-senvolver pesquisas, tanto científicas, quanto de melhoria dos procedimen-tos”, explica.Embora não divulgue números especí-ficos, a Eli Lilly considera as vendas go-vernamentais bastante significativas. “A importância, especialmente do governo federal, se dá pelo acesso aos medica-mentos, já que os planos de saúde não oferecem o benefício farmacêutico. No ano passado, apesar da queda de arre-cadação dos impostos gerada pela crise, não faltou medicamento”, diz o diretor de Assuntos Corporativos da Eli Lilly, Allan Finkel. Na Intersystems, além da estratégia glo-bal de posicionamento, que é colocar sistemas em redes de saúde conectadas, o impacto das ações na esfera pública é o grande chamariz. “Essa é a primei-ra vantagem das ações. No projeto que desenvolvemos no Distrito Federal, atingimos mais de 2,5 milhões de pes-

soas que utilizam o sistema público de saúde. O segundo ponto é a possibi-lidade de colocar tecnologia, proces-sos e gestão do zero, já que o setor é muito deficitário em TI. Com isso, os investimentos são de grande vulto e os resultados na gestão e nas contas são violentos”, avalia o diretor geral da Intersystems para América Latina, Carlos Eduardo Kühl Nogueira. A presidente da GE Healthcare para América Latina, Claudia Goulart, faz coro. “Nossa relação com o governo é ótima. Nunca houve tanto apoio para trazer investimentos ao País. O bom relacionamento facilita a nossa compre-ensão do ambiente de negócios e nos permite tomar decisões mais assertivas e, na parte comercial, há regras claras para licitação.”

Parte da soluçãoVencedora, pelo terceiro ano consecu-tivo, da licitação para o fornecimento de insulina N para o governo federal, a Eli Lilly também comercializa, por meio dos estados e com reembolso do Ministério da Saúde, os medicamentos Zyprexa, para esquizofrenia e transtor-no bipolar, e Evista, para osteoporo-se. “Vendemos medicamentos para as áreas que já têm protocolos claros. Na Bahia, Mato Grosso do Sul e Distrito

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Além de ter começado a honrar os contratos, em época de crise econômica o governo é o único que

não deixa de investir

Marcelo Palha, da Indra

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Federal, já há um protocolo para os-teoporose avançada. Por isso, nestes Estados, comercializamos também o Forteo”, diz Finkel.A crítica fica por conta da falta de atu-alização da lista de medicamentos e protocolos do Ministério. “A lista não é atualizada desde 2002 e só incluiu cinco novos medicamentos. É preciso revisar estes protocolos para evitar a judicialização. O Forteo, por exemplo, é para osteoporose grave, mas não há um protocolo federal para isso, o que leva os pacientes à Justiça para garantir seu acesso ao medicamento. Não acho que todos os novos medicamentos de-vam ser incluídos na lista do SUS, mas é necessário que se faça uma análise dos que são eficazes, seguros e viáveis. Também é preciso mais clareza para que a indústria acompanhe o status das aprovações, como acontece na In-glaterra e Austrália”, defende.

Com vendas consideradas muito rele-vantes para a área pública, a empresa espera aumentar as negociações na li-nha de diabetes, com a comercialização de uma insulina ultra-rápida, na área de osteoporose grave e de oncologia. “Também queremos ter comunicação aberta com o governo. As multinacio-nais empregam e investem no Brasil e não podem ficar distantes da esfera pú-blica. Somos parte da solução, não do problema”, define.

AmpliAção dos serviçosEmbora tenha comprado a Científica Lab, em 2007, para atuar com mais foco na área pública, hoje a Dasa aten-de o governo com diversas marcas de seu portfólio. “Somos mais fortes em São Paulo e no Rio de Janeiro, que têm mercados muito relevantes, mas também atuamos em Minas Gerais e Espírito Santo, além de analisar poten-

ciais negócios em mais cinco estados”, conta Franco. O executivo destaca duas ações que, em sua opinião, levaram a um au-mento do investimento público no setor de prestação de serviços. “Os estados passaram a adotar um mode-lo de gestão em que os hospitais são administrados por entidades privadas filantrópicas, as Organizações Sociais de Saúde (OSS), que buscam parcei-ros também privados para a prestação de serviços de análises clínicas e diag-nóstico por imagem, e, em paralelo, houve a contratualização na área la-boratorial e de imagem. O aumento dos investimentos não é, portanto, motivado pela crise, mas, sim, fruto deste modelo de gestão.”Para Franco, o maior desafio na área pública é lidar com culturas diferen-tes. “No setor privado, o contratante e o contratado seguem as mesmas regras

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O setor público tem uma alta demanda por tecnologia, pois precisa saber como os serviços estão sendo usados

Carlos Eduardo Nogueira,da Intersystems

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de mercado. No público, há um mis-to de mão-de-obra entre concursados, contratados no regime CLT, como no mercado privado, e os terceirizados. Contudo, percebemos uma grande oportunidade de desenvolvimento, es-pecialmente pela adaptação dos nossos serviços quando atuamos em serviços públicos de especialidade.”Em 2008, a área de mercado público na Dasa cresceu 58,7%, se comparada a 2007. Neste período, o setor repre-sentou 12,1% da receita bruta da em-presa. No segundo trimestre de 2009, a área pública cresceu 12,1% se compa-rado ao mesmo período de 2008. Agora a empresa busca aumentar a presença no setor público por meio do crescimento dos serviços de imagem e diagnóstico por métodos gráficos. “Es-tamos conversando com outros estados e municípios e aguardamos licitações em outras regionais.”

AgendA conjuntAA grande ambição da GE Health-care é ser não apenas parceira co-mercial do governo, mas também estratégica.“Temos uma agenda de saú-de pública no mundo, com o Healthyi-magination, e estamos à disposição do governo brasileiro para um diálogo focado em sustentabilidade e soluções integradas”, diz Claudia.Até 2015, a GE investirá US$ 6 bilhões no projeto Healthyimagination, com o objetivo de reduzir em 15% o custo da saúde em todo o mundo. “Em dois me-ses, apresentaremos uma proposta ao governo federal, que é um conjunto de contribuições para vencer os desafios da área pública. Queremos construir uma agenda conjunta em relação à saúde.”Com a construção de uma fábrica de equipamentos médicos em Contagem (MG), a executiva também acredita que o Brasil poderá ter mais relevância para

a GE em nível global não só por seu grande mercado interno, mas também como um possível polo de exportações para África e América Latina. “Com o Complexo Industrial de Saúde que tem a pretensão de que, no longo prazo, o Brasil tenha sua própria tecnologia na área eletromédica, e vendo a trajetória da GE na Índia, China e Japão, acredito que em 10 anos o Brasil pode se tornar um polo de conhecimento e tecnologia da indústria médica, sendo provedor de equipamentos não só para todo o País, como também para exportações. A fá-brica poderá ser um embrião para um objetivo maior.”O exemplo de negócio bem-sucedido vem da China. “Quando começamos, em 2000, a fábrica vendia US$ 50 mi-lhões, entre comercializações internas e exportações. Hoje, temos dois centros de pesquisas no país e a fábrica comer-cializa US$ 1 bilhão”, relembra.

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Apresentaremos uma proposta ao governo

federal, que é um conjunto de contribuições para vencer os desafios da

área pública

Claudia Goulart,da GE Healthcare

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A carência de base instalada, especial-mente no Norte e Nordeste, apresen-tada pela última pesquisa do IBGE, aliada ao crescimento do número de equipamentos (20% nos últimos 10 anos), atributos demográficos, tecnoló-gicos, de recursos naturais, ambiente regulatório e propriedade intelectual também torna a área pública brasilei-ra interessante para a comercialização de equipamentos da empresa. “Tudo isso está alinhado aos nossos requisi-tos para fazer negócios. O ambiente é mais transparente e seguro e o Brasil é o grande mercado da América Latina. Queremos ter uma relação mais pró-xima com o governo para saber aonde quer chegar e do que precisa, para que possamos ajustar nossas estratégias e desenvolver soluções alinhadas a estes objetivos”, conclui.

CONSTRUINDO REDESCom o objetivo de interligar sistemas de saúde, a Intersystems vê nas nego-ciações com o governo federal, estados

e municípios uma oportunidade de de-senvolver projetos de grande impacto. “O setor público tem uma alta deman-da por tecnologia, porque atende uma parcela significativa da população e pre-cisa saber como os serviços estão sendo usados. Por isso, em todo o Brasil, es-pecialmente nos próximos três meses, será observada uma grande movimen-tação na área de tecnologia. Devemos participar de licitações em diversos es-tados e municípios, entre eles, o da rede de atenção primária de Minas Gerais, e a informatização de todos os hospitais municipais da Prefeitura de São Paulo”, conta Nogueira. Para Nogueira, o Brasil tem o maior potencial econômico do continente. “No Chile, os projetos estão mais avan-çados, porque se trata de uma licitação nacional, mas o país é menor, com 16,5 milhões de habitantes. Também temos projetos na Colômbia, Equador e Peru, mas o Brasil vai ser o grande mercado, porque já responde por metade do PIB da América Latina e tem uma massa

crítica maior”, avalia. Se vencer as licitações em andamento, a Intersystems espera fazer pelos esta-dos e municípios o que vem fazendo no Distrito Federal, em que 67 unidade de saúde já foram interligadas, permitindo a integração de informações adminis-trativas, demográficas e clínicas dos pacientes. “O impacto na qualidade de vida da população e na gestão de saúde será muito grande”, afirma Nogueira.

OPORTUNIDADES DETODOS OS TAMANHOSA destinação de recursos específicos para a saúde e a municipalização dos serviços de atenção primária são, na opinião do diretor de projetos de admi-nistração pública e saúde da Indra, dois dos principais atrativos para negocia-ções governamentais. “Há oportunida-des em todos os estados e municípios, independente do tamanho, além do Governo Federal”, avalia Palha.A empresa estrutura sua atuação na área pública seguindo o calendário das

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Foto: Glener Shibata

A proposta de destinar parte do atendimento aos pacientes particulares é uma forma inteligente e moderna de gerenciar o recurso público

Gonzalo Vecina,do Hospital Sírio-Libanês

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COMO TORNAR O SUSUM BOM NEGÓCIOPor considerar a atual legislação para a obtenção do certificado de filantro-pia inviável, no ano passado, o dire-tor presidente do Hospital São Vi-cente, de Curitiba, Marcial Ribeiro, elaborou uma nova proposta para o sistema, que foi enviada à Frente Par-lamentar de Saúde.A ideia é que os hospitais filantrópicos destinem 30% de sua capacidade para internações pelo SUS e se considerem os custos dos demais atendimentos de baixa, média e alta complexidade para efeito de filantropia, ou que se retome a legislação que estabelecia a aplicação de 20% da receita operacio-nal em gratuidades.“Destinar 60% dos leitos para o SUS é inviável. É só ver os hospitais filan-trópicos à beira da falência e se obtém a resposta. No ano passado, os 1.769 hospitais filantrópicos acumulavam dívidas de R$ 1,8 bilhão. A atual polí-tica fecha hospitais”, afirma Ribeiro.De acordo com o executivo, a nova proposta poderia despertar o interes-se até mesmo dos hospitais privados. “Se eles pudessem participar com este mesmo percentual de 30%, o univer-so de atendimentos se ampliaria ex-ponencialmente. Contatei algumas instituições e elas demonstraram in-teresse na proposta, se puderem dedu-zir dos impostos estes atendimentos destinados ao SUS. Neste modelo, o governo perderia um pouco na arre-cadação, mas resolveria os problemas de atendimento”, defende.

O OUTRO LADOA nova proposta para o sistema de saú-de descrita por Marcial Ribeiro também busca formas de tornar os hospitais pú-

blicos e universitários mais saudáveis do ponto de vista econômico.“Na França, os professores titulares dos hospitais universitários podem atender, cada um, de 8 a 10 pacien-tes particulares, o que permite que parte da instituição seja ocupada por atendimento privado, mas só até certo ponto. Este modelo ajuda-ria a sanear os hospitais públicos e universitários, que por sua vez pode-riam também prestar atendimentos a particulares e convênios.”Um modelo parecido com este ide-alizado pelo executivo deve entrar em vigor no Estado de São Paulo, conforme anunciado pelo governa-dor José Serra. A proposta é permi-tir que os hospitais administrados por Organizações Sociais de Saúde (OSS) destinem parte do atendi-mento a pacientes conveniados aos planos de saúde e que as operadoras remunerem o Estado por serviços prestados aos seus clientes.

“Os planos de saúde deveriam aten-der o beneficiário na sua totalidade, mas realizam poucos procedimentos de alta complexidade, como trans-plantes e tratamentos oncológicos. Por isso, é o maior absurdo do ponto de vista administrativo e econômico que a legislação obrigue a atender de graça o paciente que já paga o plano de saúde”, analisa.O superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Gonzalo Vecina, também concorda com a proposta de Serra. “Hoje, 50% da população de São Paulo tem planos de saúde e a alta complexidade acaba atendida no serviço público. Não cobrar do pla-no de saúde o serviço prestado pelo SUS é ignorância. A proposta de destinar parte do atendimento aos pacientes particulares, desde que não gere inequidade, é uma forma inteligente e moderna de gerenciar o recurso público”, finaliza.

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Foto: Ricardo Benichio

Destinar 60% dos leitos para o SUS é inviável

MARCIAL RIBEIRO, DO SÃO VICENTE:

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eleições. “Este ano, os governos esta-duais estão no foco, mas no ano que vem, trabalharemos mais com os mu-nicípios, porque as negociações com os Estados tendem a ficar paradas no período de eleições.”A empresa, que está trabalhando na in-tegração da rede de saúde no Acre, que levará ao mapeamento dos fluxos de atendimento, históricos dos pacientes e prescrição de medicamentos, incluin-do também a estrutura do Programa Saúde da Família, planeja manter seu foco especialmente no Norte, Nordeste e Minas Gerais.Para manter-se próxima dos clientes governamentais e levar informações sobre suas soluções, a Indra patroci-na eventos do Conselho de Secretá-rios Estaduais de Saúde (Conass) e se mantém atenta aos editais. “É um ci-clo longo de negociações e a empresa precisa ser muito meticulosa. Costu-mo dizer que na área privada pode-mos fazer tudo que não é proibido e, na área pública, estamos restritos ao que está descrito na lei.”No Brasil, a Indra não ambiciona ter uma atuação na área pública maior do que a da área privada, mas acre-dita no crescimento das negociações com o governo. “Vamos fortalecer o mercado público especialmente com os acordos de cooperação interna-cional entre governos, para troca de experiências em tecnologia, e vamos crescer no Brasil”, conclui.

VALOR PARA A MARCAResponsável pela administração de duas unidades de assistência médica ambulatorial (AMA), de uma AMA Especialidade e do hospital municipal Menino Jesus, todos na cidade de São Paulo, a OSS constituída pelo Hospital

Sírio-Libanês vem buscando atender às demandas específicas do setor público por meio de atividades diretas solicita-das pelo SUS, especialmente na esfera municipal. “O relacionamento com o sistema público de saúde passou pelo cumprimento das exigências para a ob-tenção do certificado de filantropia e, em 2005, o Sírio-Libanês decidiu con-ciliar melhor o que o poder público ne-cessitava com o que o hospital poderia fazer”, explica o superintendente corpo-rativo, Gonzalo Vecina. Desde então, já foram adquiridos qua-tro equipamentos de ultrassom, insta-lados nas unidades do Jardim Magaldi, Peri-Peri, Jardim Sarah e Sé.No Hospital Menino Jesus, o Sírio-Li-banês foi responsável pela implantação dos serviços de apoio e logística, cons-trução da torre de circulação e implan-tação dos serviços de diagnóstico de ul-trassonografia e ecocardiografia, além de investir R$ 3,75 milhões no novo centro cirúrgico.Na esfera federal, por conta do decreto presidencial que permitiu que seis hos-pitais filantrópicos acreditados pudes-sem fazer jus ao certificado de filantro-pia por meio da prestação de serviços (Sírio-Libanês, HCor, Oswaldo Cruz, Samaritano, Albert Einstein e Moinhos de Vento), o Sírio-Libanês passou a tra-balhar em 21 projetos de capacitação e melhoria de gestão de instituições pú-blicas de saúde.Para o superintendente corporativo, o maior benefício trazido pelas parcerias com a área pública se refere ao valor da marca. “Colocamos toda a nossa ex-pertise à disposição do governo, por-que queremos participar da melhoria de gestão da saúde pública, que tem tudo a ver com a nossa finalidade fi-lantrópica”, conclui.

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Foto: Divulgação

SYLVIA, DO TRENDI, ROSSI E WATANABE:

Empresas interessadas em vender para o governo são consultadas na elaboração de editais

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Embora seja elogiada por defender o interesse do Estado, a Lei de Li-citações (8.666/93), na opinião de algumas empresas, ainda deixa a desejar na prática.“A lei cumpre sua finalidade e tem uma série de regras para garantir a transparência, mas deixa a fase qualitativa do processo de licitação muito aberta. Se o Estado é bem estruturado e tem boas equipes técnicas, consegue ter um processo licitatório que privilegie qualidade e técnica, aliadas ao menor preço. Se não, acaba privilegiando apenas o preço e o estado só percebe o ônus depois que o processo já foi finali-zado”, avalia o diretor da Cientifica Lab, César Franco.Na Intersystems, a falta de especifi-cações mais detalhadas nos editais também atrapalha os projetos. “Te-mos uma grande dificuldade com as licitações no Brasil. Este sempre é um processo longo e difícil em qualquer lugar do mundo, mas en-quanto Escócia, Suécia, Reino Uni-do e Chile têm uma fase profunda de análise técnica, no Brasil esta avaliação é mais superficial. Além disso, o sistema legal abre brecha para a indústria da liminar em to-dos os setores da economia, critica o diretor geral para América Latina da empresa, Carlos Nogueira.Para o diretor da Indra, Marcelo Palha, o problema poderia ser con-tornado com a contratação de em-presas especializadas para escrever os editais. “Em Minas Gerais, a In-dra foi contratada para escrever um edital de licitação, da qual ela não vai participar, para dar mais deta-

lhamento ao processo”, conta.Na opinião d presidente da GE He-althcare, Claudia Goulart, a solução passa por um acompanhamento mais próximo da evolução da medi-cina, em favor da agenda do próprio governo. “Comprar equipamento médico é difícil, é preciso conhecer e acompanhar as evoluções da in-dústria e da medicina. Pode ser que em algum momento seja interessan-te para o governo reconsiderar as especificidades da licitação para o setor de saúde, porque ele pode não se favorecer do processo em algum momento”, pondera. A advogada Heloisa Barroso Uelze, sócia do escritório Trench, Rossi e Watanabe e especialista em con-tencioso tributário, administrativo e judicial, concorda que a lei pode deixar a desejar em alguns pontos, mas defende o bem público. “A Lei 8.666 é burocratizada, mas não im-pede os negócios. Com a jurispru-dência, algumas aspectos mais for-mais são relativizados e as licitações vão melhorando”, avalia.Para a advogada Sylvia Maria Urqui-za Fernandes, sócia da área penal em-presarial do mesmo escritório, as crí-ticas à falta de especificação técnica seriam amenizadas com a contrata-ção de empresas especializadas para escrever os editais. “A solução ideal e isenta é que o projeto básico seja feito por uma empresa especializada, que fica proibida de participar da lici-tação. O problema é que no dia-a-dia o ente público não faz isso e acaba recorrendo às próprias empresas in-teressadas na licitação para escrever o edital, o que acaba direcionando as

preferências para uma determinada marca ou produto.” Sylvia também destaca outros des-vios éticos, cometidos de forma intencional ou não, por empresas interessadas em negócios com o governo. “Diariamente lido com situações nebulosas, especialmen-te para empresas estrangeiras que querem atuar no Brasil. Nos Esta-dos Unidos, por exemplo, o lobby é institucionalizado e regulamentado pela legislação, aqui não, por isso, é complicado encontrar o limiar entre o que é lícito, como levar in-formações, do que é ilícito, que é induzir ou influenciar a decisão.”Para a especialista, o ideal é que as empresas se baseiem no códi-go de conduta do funcionalismo público, que, entre outras coisas, proíbe os funcionários de aceitar presentes superiores a R$ 100, de uso pessoal ou recebido fora de ocasiões festivas. No caso de viagens para apresentar a empresa e seus produtos, a reco-mendação é que o convite seja feito em nível institucional, para que o órgão decida se aceita o convite e qual é a pessoa mais indicada para representá-lo na ocasião. “A viagem tem que ter finalidade educacional e, se houver interesse comercial, o órgão convidado deve arcar com as despesas. Como regra geral, se a empresa fizer qualquer ação com a função de induzir uma decisão ou privilegiar uma pessoa, está come-tendo crime de corrupção ativa. Por outro lado, se tiver qualquer atitude que vise à informação, seus atos são lícitos”, conclui.

PROBLEMAS NA PRÁTICA

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Governança de TI: parte integral da

Governança Corporativa

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Carlos airton Pestana rodriguesdiretor presidente da governance solutions.([email protected])

Nos últimos anos, empresas modernas, que usam a Tecnologia da Informação de forma crescente em seus negócios, têm despertado para a importância de apri-morar suas práticas de Governança de TI. Cada vez tem se tornado mais clara a interdependência entre Governança Cor-porativa e Governança de TI. Isso porque a Governança Corporativa é a principal direcionadora da Governança de TI e, por outro lado, a Governança de TI tem se tornado uma das principais viabiliza-doras dos compromissos assumidos no âmbito da Governança Corporativa. Sabemos que as boas práticas de Go-vernança Corporativa visam proteger os interesses dos investidores e demais partes interessadas no empreendimen-to (também chamados stakeholders). Portanto, de uma forma geral, a Gover-nança Corporativa visa: assegurar os direitos dos investidores, reduzir riscos, proporcionar eficiência e eficácia opera-cional e, por consequência, bons resul-tados nos negócios. Sabemos que TI contribui, sobretudo, para: redução de riscos operacionais,

maior eficiência e eficácia das opera-ções, conformidade legal nas operações, acuracidade dos registros e dos demons-trativos econômico-financeiros e, tam-bém, para a divulgação tempestiva de resultados ao mercado, entre outras. Já é consenso, inclusive entre as auditorias independentes, que a segurança e quali-dade dos processos de negócios estão in-timamente ligadas ao seu nível de auto-mação. Portanto, processos de negócios maduros e seguros são aqueles que além de bem desenhados, possuem alto grau de automação. É importante também observar que à medida que cresce a importância da TI nos negócios, a dependência em relação à TI se torna mais crítica. À medida que crescem os investimentos em TI, cresce também a necessidade de assegurar que a TI esteja cumprindo seu papel e que os recursos estejam sendo aplicados de forma a assegurar os objetivos da Go-vernança Corporativa. O capital da informação (a informação e os recursos utilizados para produzi-la) representa o ativo mais valioso, em muitas organiza-

ções. O capital da informação se tornou a matéria-prima para a criação de valor na nova economia. As modernas tecnologias da informação têm propiciado a criação de novos mo-delos de negócios que rompem as bar-reiras das fronteiras tradicionais como tempo, distância, cultura, etc. Organi-zações bem-sucedidas são aquelas que reconhecem a contribuição do capital da informação na criação de valor para os acionistas, ao mesmo tempo em que compreendem e administram os riscos associados ao seu uso. A necessidade de assegurar a obtenção do valor de TI, a administração dos riscos relacionados ao seu uso e os cres-centes requerimentos de controle sobre a informação, são agora compreendidos como elementos-chave da Governança Corporativa. É aí que entra a contribui-ção da Governança de TI que visa asse-gurar: 1) A integração de TI e negócios; 2) A entrega de valor aos negócios; 3) A eficiência na aplicação dos recursos de TI; 4) A gestão de riscos no uso da TI e 5) A medição do desempenho da TI.

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322º LUGAR - Entre as 1000 maiores empresas do país

3º LUGAR - Em Receita Líquida no Setor de Atividade Serviços Médicos

8º LUGAR - Em Liquidez Corrente no Setor de Atividade Serviços Médicos

10º LUGAR - Em Crescimento Sustentável no Setor de Atividade Serviços Médicos

O Hospital Santa Catarina está entre as 500 Melhores e Maiores da revista Exame e entre as 15 Melhores do Setor de Serviços

EXAME

Para cuidar da saúde dos pacientes,é preciso administrar a saúde do hospital.

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Um grande hospital precisa ser bem administrado em cada detalhe. Este princípio permite que o Hospital Santa Catarina possa cuidar dos seus clientes com segurança e tranquilidade. Tem sido assim há 103 anos. Os resultados desta gestão são reconhecidos pelo mercado empresarial como um todo. Somos atualmente o único Hospital de São Paulo com Acreditação Internacional Canadense.Oferecemos um serviço diferenciado mesmo nas áreas mais críticas, com UTIs especializadas. Em 2008, investimos R$ 30 milhões em infraestrutura.Nossos 1.900 colaboradores cuidam de mais de 22 mil pessoas todos os meses, oferecendo um atendimento multidisciplinar e humanizado.

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...em um hospital da Somália...

Entre as várias soluções de TI verde, aquelas que diminuem ou eliminam totalmente a presença de papel são as que fazem maior sucesso no setor da saúde

Ações de sustentabilidade são um caminho sem volta. Se alguém ainda não se conven-ceu disso, basta observar o comportamento das maiores companhias do mundo em rela-ção às práticas de sustentabilidade. Segundo um estudo da Delloitte e da CFO Research Service, batizado de “A próxima onda de TI Verde” e realizado com 353 CIOS de em-presas com receitas entre US$ 500 milhões e US$ 10 bilhões, na Europa, América do Norte e China, as tecnologias verdes são o caminho apontado para anteciparem dispu-tas legais, atenuar a volatilidade dos preços das matérias-primas e diminuir a pressão dos acionistas. E a preocupação com o meio ambiente? Há um bom tempo que empresas do mundo inteiro acordaram para a verdade de que a TI verde chegou para economizar recursos e que se preocupar com sustentabi-lidade (na maioria dos casos) pouco tem a ver com proteção ambiental.

Um dos primeiros segmentos a acordar para isso foi o de tecnologia. No último Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro deste ano na cidade de Davos na Suíça, um grupo formado pelas 24 maiores empresas de tecnologia no mun-do, entre elas Microsoft, Dell, Cisco Sys-tems e Intel, prometeu reunir esforços e aumentar as práticas de sustentabilidade. A onda verde também atingiu executivos de TI no Brasil. Segundo a Pesquisa Sy-mantec 2009 sobre TI verde, que entrevis-tou 1.052 executivos em 15 países, como Brasil, Estados Unidos, França, China e Japão, 51% dos executivos brasileiros se dizem preocupados com tecnologias ver-des. Além disso, 73% dos empresários contaram que já planejam uma imple-mentação de resoluções como estas. Não há uma pesquisa que determine o interesse específico de gestores do campo

da saúde em TI sustentável. No entanto, especialistas e empresas que vendem tais soluções afirmam unânimes que a rede hospitalar, a indústria farmacêutica e o setor de saúde suplementar ainda não perceberam com tanta intensidade, como o setor de tecnologia por exemplo, as van-tagens das soluções verdes. Embora esses mesmos especialistas apontem que assim como qualquer instituição que necessite de algum recurso de energia para sobre-viver, o setor irá inevitalmente ser toca-do pela onda verde. Outra razão é que a otimização de custos é uma necessidade geral do mercado e a TI verde vende bem essa ideia. Nas próximas páginas da Saú-de Business você confere empresas que tomaram os primeiros passos e implan-taram ou estão implantando soluções as-sim. Entre as principais iniciativas está o uso mais eficiente de papel e, consequen-

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Renata Faggion – [email protected]

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Foi a partir de decisões judiciais que o governo criou uma política de distribuição de medicamentos. Porém, quando excessiva, a judicialização pode prejudicar o sistema

temente, a economia da energia elétrica e menos emissão de carbono na atmosfera.

Menos papel,Menos contas a pagarReciclar é a palavra de ordem quando se fala em consciência ecológica. No entanto, reciclar papel ainda é um processo caro. Uma das razões seria a pequena quantidade de coleta seletiva no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), apenas 14% dos brasileiros são atendidos pela coleta seletiva, sendo que essa parcela está principalmente concentrada na região Sudeste. Outra razão é a baixa concorrência no negócio. Ou seja, utilizar papel reciclado nas empresas ainda custa mais que comprar aquele papel bran-

quinho vindo direto das florestas. Diante disso, empresas de vários setores, e isto in-clui a saúde, têm investido em processos que envolvam a redução do consumo de papel; ou, como também é chamado, o uso eficiente do insumo.É o caso do Hospital São Vicente de Pau-lo, no Rio de Janeiro, que há cinco anos implantou o sistema TrakCare da InterSys-tems. A princípio a solução criou somente um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) que integrou todos os processos da sua base. A solução foi bem recebida pela instituição, mas sem a certificação digital, o hospital ain-da era obrigado legalmente a imprimir to-dos os prontuários médicos e guardá-los por alguns anos. Com a certificação digital tudo mudou. Há um ano o Hospital São Vicente

de Paulo começou um projeto de redução de papel, já que os médicos não precisavam mais imprimir e assinar os prontuários. E foi necessário apenas um ano para que o hospital se tornasse 100% paperless, ou, em bom português, sem a utilização de papel. “Ainda encontramos dificuldade de ade-quação dos funcionários ao sistema, já que muitos ainda sentem a necessidade da ‘se-gurança’ do papel, mas aos poucos estamos mostrando que com a certificação digital o sistema é totalmente seguro”, conta a geren-te de TI do Hospital São Vicente de Paulo, Bárbara Aguiar. Para garantir a segurança, cada funcionário possui sua própria senha, ou chave privada, que é avaliada por uma chave pública. Além disso, nada do que foi registrado pode ser alterado. “Se um médico

comete um erro de avaliação, ele não pode apagar o erro, somente colocar um adendo corrigindo o que está registrado”, diz Bárbara. Empolgados com os resultados da TI verde, o hospital agora planeja expandir o projeto de pa-perless para outras áreas, como a dos congressos médicos realiza-dos na unidade. “Nosso próximo passo é utilizar palmtops em reu-niões científicas e não imprimir o material utilizado. Com essa ação, vamos incorporar outras pessoas ao novo conceito.”

possibilidadesCasos de redução do uso de pa-pel talvez sejam o mais comum nessa onda verde que está ba-tendo de leve no setor da saú-de. Outro caso bem-sucedido é do Fleury Medicina e Saúde que implantou em 2006 um programa de impressão inteli-gente. No primeiro ano houve uma redução de 6,1% no con-sumo de papel e tinta, e no ano seguinte de 5,6%. O programa deu tão certo na instituição que

nuveMMilagrosa?

A onda verde é também a onda do corte de custos. E para a maioria das instituições, gastos com energia elétrica são um dos

vilões da história. É por essa razão que a virtualização, ou sistema em nuvem, se tornou uma alternativa não somente para economizar energia

elétrica, mas principalmente uma necessidade. Assim como as empresas têm lidado com o problema de grande produção de lixo e do que fazer com ele, a

quantidade de informações digitais criadas nos dias de hoje não para de aumentar. E muitas vezes não se pode simplesmente descartar as informações como se faz com o lixo. Segundo dados da IDC (International Data Corporation), no

ano passado foram gerados mais de três hexalhões de bits. Quem vende a virtualização de datacenter afirma que ter um servidor fora da

empresa funciona da mesma maneira que um interno, com a vantagem de se reduzir a emissão de carbono e aumentar

a segurança dos dados. “Com menos computadores na empresa, o gasto com ar condicionado acaba

inevitavelmente diminuindo”, afirma João Paulo Polessi da EcoSoftware. E o valor

não é nada baixo. Calcula-se que 65% da energia gasta no mundo

vá para ar condicionado.

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Leonardo Bon,da extreme

network BrasiL:

o conceito de ti verde ainda não ganhou força

no mercado

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o Fleury Medicina e Saúde passou a utili-zar algumas regras no setor de TI. Desde então todos os fornecedores de tecnologia devem responder um questionário sobre a questão do meio ambiente e recebem uma pontuação de acordo com as respostas.Notando essa tendência de soluções que prometem reduzir ou utilizar o papel de maneira mais inteligente, empresas do ramo têm oferecido mais e mais soluções neste modelo. Como o software Green-Print que destaca automaticamente e remo-ve páginas indesejadas antes de imprimir, analisando cada uma das páginas enviadas para a impressora e procurando caracterís-ticas comuns de informação desnecessária. O software ainda possui uma função de re-latório que registra todo o papel, dinheiro, árvores e CO2 economizados por colaborador. “A solução in-terage com quem usa”, explica João Paulo Polessi da EcoSof-tware, empresa que comercializa o Green Print no Brasil. “Ela faz sugestões de redução de impres-são ou tinta e com isso conse-gue economizar até 30% com papel e toner por colaborador.” Segundo Polessi, essa interação aumenta ainda mais a redução de papel nas empresas, já que o funcionário se sente mais responsável com a quantidade de carbono que lança individu-almente no meio ambiente, ou como é chamado também em inglês, seu footprint.

seM agressão parao aMbiente e paraas finançasEssa preocupação com a agressão que um indivíduo ou uma instituição pode cau-sar no meio ambiente ainda não é muito comum no setor hospitalar. Por isso mesmo, casos inéditos como do pro-

jeto arquitetônico do Hospital Munici-pal de Uberlândia, em Minas Gerais, chamam a atenção no meio. O projeto, que deve custar cerca de R$ 60 milhões e será concluído no fim deste ano, leva em conta o desenvolvimento sustentável local e a racionalização do uso da água, como a reutilização da água da chuva para irrigar o jardim e lavagem das áre-as externas; e da energia elétrica, com o uso de energia solar e o máximo da luz e ventilação natural. Tudo foi planejado para que enfermarias, corredores e salas de espera não precisem de ar condiciona-do e iluminação artificial durante o dia. “Com essas ações pretendemos reduzir em 50% os gastos com energia e água”, informa o secretário de Comunicação

de Uberlândia, Neivaldo Silva. O local onde a insituição está sendo construída colaborou com o projeto do hospital ver-de criado pelo arquiteto e médico Do-mingos Fiorentini, já que o terreno no bairro Jardim Botânico possibilitou que a área construída de quase 14 mil metros fosse arquitetada totalmente na horizon-tal, sem rampas ou elevadores. “Isso já significava um hospital com baixa ma-nutenção”, avalia Silva. Mas o projeto não para por ai, ao longo dos próximos meses será aberta uma licitação para uma empresa terceirizada administrar o hospital e ainda para a compra de equi-pamentos que integrem o projeto, como computadores com selo verde, ou seja, ser um hospital totalmente verde.

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SB | gestão

Virtualização, a nuVemque economiza energiaO setor de saúde suplementar é outro alvo das soluções verdes. Afinal, perío-dos de impressão de milhares de faturas em papel, que ainda eram envelopadas e enviadas pelo correio, se tornavam verda-deiros desafios para qualquer seguradora. Esse momento para a Allianz Saúde, no entanto, ficou no passado. Já em 2003, a seguradora implantou o sistema Dex-Total, que permitiu emitir e enviar os boletos online, além de torná-los dispo-níveis para visualização no sistema, pela internet, por um período de seis meses. Ou seja, a Allianz Saúde deixou de utili-zar quatro impressoras por uma semana e ainda equipe de plantão à noite para im-primir 30 mil folhas de documentos. Ou-tra vantagem criada foi que assegurados podem agendar o pagamento eletrônico.

Essa única medida significou reduções de custos com energia elétrica, papel, equipa-mentos e funcionários. E, claro, tempo.Soluções como essas e várias outras que vêm sendo implementadas pelas empre-sas, como a terceirização de processos e a virtualização de servidores, que permite a multiplicação de uma máquina real em várias virtuais, podem reduzir em cerca de 40% o consumo de energia das empre-sas. Além disso, no caso de empresas pa-perless, a cada tonelada de papéis novos, deixam de ser cortadas 22 árvores, e de serem consumidos 10 mil litros de água e 5 MW/hora de energia.“À medida que mais soluções forem implan-tadas e os resultados comprovados, a TI ver-de ficará mais e mais forte”, avalia o diretor geral da Extreme Networks Brasil, Leonar-do Bon. A empresa atua no segmento de redes convergentes para empresas no Brasil

e há um bom tempo tem acompanhado as tendências de TI verde no mercado. Para o diretor geral da Extreme Networks Brasil, a TI verde permite que as empresas visua-lizem quais gastos podem ser reduzidos. “O modelo atual de gestão de recursos nos torna um pouco cegos para os gastos que temos.” Isso porque, com soluções verdes, é possível determinar, por exemplo, em que momentos da semana os telefones devem estar a disposição, ou seja, somente no horá-rio em que realmente há alguém trabalhan-do na empresa – e não ao longo de toda a noite ou fim de semana. Ou ainda, certos processos podem ser ativados quando a tabela de preços das prestadoras de energia é mais barata, como nos fins de semana e à noite. Para Bon, tudo é uma questão de tempo e resultado. “Toda solução que gera redução de custos acaba prosperando no mercado. É inevitável.”

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• A primeira coisa a fazer é um levanta-mento de quanto a empresa gasta com energia no uso dos seus computadores e quanto se paga por kw/h;• Além de um levantamento da quan-tidade de computadores que a empresa possui, assim como modelo e especifica-ções técnicas de cada uma das máquinas;• Depois disso é feita a escolha de um departamento da empresa para medir o consumo de energia nos computadores desse departamento;• A medição é feita com a instalação de um software capaz de realizar um mo-nitoramento dessas máquinas por um período de uma semana;

• A instalação pode ser feita da forma convencional ou, quando em grande quantidade de computadores, pelo sof-tware de distribuição da empresa;• Depois do período de monitoramento as informações de consumo são coletadas e o software, através de uma patente pró-pria de mensuração calibrada de energia, é novamente configurado para que se aplique políticas de economia de energia em cada máquina;• Depois do período com o perfil de economia, os dois dados são confronta-dos e chega-se ao resultado real de quan-to se pode obter de redução de energia com o uso do software;

• Com um perfil de economia padrão é possível reduzir entre 40% a 50% de energia gasta nos microcomputadores de uma empresa;• A precisão dos relatórios irá definir o quanto a empresa deixou de emitir de CO2 e é por meio desses números que se pode oficializar um projeto junto aos órgãos competentes, para a aquisição de créditos de carbono.• As informações de consumo, perfil de economia de energia, usuários com acesso a essas informações, criações de grupos, são monitoradas por um portal com a tecnologia SAAS (Software As a Service) que hoje é tendência no mundo.

Passos Para instalação de Projeto de ti Verde

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SB | espaço jurÍdico

Responsabilidade Civil dos AdministRAdoRes

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Felipe Hannickel Souzaadvogado especialista em direito regulatório na área de saúde suplementar. integrante de neumann, Salusse, Marangoni advogados.

Uma das questões de maior relevância para os gestores de empresas refere-se à possibilidade de sua responsabiliza-ção decorrente da gestão quando em exercício de cargo de administração. O tema comporta múltiplos aspectos, mas limitaremos a presente análise às principais consequências da prática de condutas consideradas inadequadas por administradores. O exercício de cargos de administração deve sempre obedecer os princípios maiores de diligência e lealdade, que se desdobram no dever de informação do profissional, com condutas pautadas na mais completa boa-fé e no melhor interesse dos sócios ou acionistas. Para cumprir com o dever de diligência, o administrador deve agir, na condução dos negócios sociais, com competência profissional e em respeito ao objeto so-cial da empresa. Por dever de lealdade entende-se que o administrador não pode se valer de informações a que teve acesso em de-corrência do exercício de suas funções para beneficiar a si próprio ou a tercei-ro, em detrimento da sociedade. Neste mesmo sentido, é vedado ao adminis-trador utilizar-se de recursos humanos e materiais da empresa para propósitos

particulares. Adicionalmente, o admi-nistrador não deve concorrer com a sociedade ou envolver-se em negócios quando presente conflito de interesses. Agindo dentro dos limites estabeleci-dos, com diligência; lealdade; sigilo e vigilância, não há que se falar em sua responsabilização pessoal por atos re-gulares de gestão, mesmo que resultem em prejuízos à sociedade. O bom administrador deve respeitar os princípios intrínsecos à função que ocupa e empregar cuidado e diligência na administração da sociedade, como aplicaria em seu próprio negócio. Dentro deste contexto, evitando-se decisões catastróficas, é importante que os administradores tomem deci-sões com base em informações com-pletas e que atendam aos respectivos

objetivos sociais das empresas que representam, atuando de forma dili-gente e prudente. Desta forma, qualquer ato do adminis-trador que, no exercício do cargo, cau-se qualquer prejuízo à sociedade por conduta culposa ou dolosa, em decor-rência de violação da lei ou de disposi-ção constante do contrato ou estatuto social, com excesso de poderes, com má-fé, imprudência, negligência ou imperícia, ou sem diligência e lealdade poderá acarretar a sua responsabiliza-ção pessoal, respondendo ele com seus bens particulares aos danos causados à sociedade ou a terceiros, independen-temente da forma de constituição da sociedade. Além disto, também estará sujeito à responsabilização administra-tiva e penal.

O bom administrador deve respeitar os princípios intrínsecos à função que

ocupa e empregar cuidado e diligência na administração da sociedade, como

aplicaria em seu próprio negócio

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SB | economia e negócios

vento a favorana Paula Martins – [email protected]

Enquanto algumas empresas reclamam da morosidade e das dificuldades do ambien-te regulatório brasileiro, outras acabam se beneficiando com algumas medidas. Esse é o caso da Segmenta, empresa especiali-zada em soluções em sistemas fechados, antissépticos e saneantes, que viu seu fatu-ramento dobrar depois da que a Resolução RDC nº 45, da Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa), entrou em vigor. A resolução determina boas práticas de utilização e fabricação com sistema fecha-do de soluções parenterais, proibindo o uso de sistemas abertos. A medida da agência impulsionou os ne-gócios da empresa. A fábrica da Segmenta, localizada em Ribeirão Preto, no interior paulista, recebeu investimentos da ordem de R$ 70 milhões para a instalação de sua quarta linha de produção. Os recursos vie-ram do financiamento do BNDES. “A re-solução da Anvisa fez com que aumentasse muito a nossa demanda por produtos. Foi desafiador atender o mercado nesse perío-do. Isso deu vazão aos nossos projetos de expansão e consolidou a empresa no seg-mento médico-hospitalar”, avalia o diretor de Marketing e Vendas, Wolney Alonso. Hoje, a capacidade de produção da com-panhia é de 10 milhões de unidades de soluções fechadas por mês.O resultado pode ser considerado notável para uma empresa que tem apenas dois anos no mercado, como a Segmenta. A

empresa é originária do grupo Glicolabor, que em 1998 foi adquirido pela Biosinté-tica Farmacêutica, que foi vendida para a Ache, em 2005. Como a negociação não envolvia a compra da Glicolabor, os mes-mos sócios transformaram a marca, e em 2007, fundaram a Segmenta. Já no primeiro ano de funcionamento, em 2007, a empresa faturou R$ 23 mi-lhões. Em 2008, o número chegou a R$ 50 milhões e a previsão é que em 2009 alcance R$ 140 milhões. “Esse cresci-mento é atribuído ao momento pelo qual a Segmenta está passando, que é o alto aumento de demanda pelas mudan-ças na legislação. Logo esse número se estabiliza e a nossa expectativa é manter o crescimento entre 20% e 25% ao ano”, reforça o executivo. Para os próximos cinco anos, os planos da empresa contemplam a expansão do por-tfólio, com a produção de equipos, bom-bas e sistemas de infusão. A Segmenta já estuda também a possibilidade de estabe-lecer parcerias no mercado nacional em injetáveis. “Não descartamos a possibili-dade de aquisição. Estamos vendo opções que mais se adeqúem aos nossos planos de nos posicionarmos como uma empre-sa de soluções completas para o mercado médico-hospitalar.” No portfólio da em-presa constam soro fisiológico, água para injetáveis, glicose 5% e 10%, ringer, além de antissépticos e saneantes.

Visando aumentar a sua competitividade no mercado, a Segmenta também investe na criação de um laboratório de pesquisa e desenvolvimento. Entre os recursos aplica-dos, há um crédito de R$ 5 milhões da Fi-nanciadora de Projetos e Estudos (Finep), ligada ao Ministério de Ciência e Tecno-logia. O objetivo é desenvolver produtos internos, diminuindo a dependência de fornecedores estrangeiros. “Hoje todo o nosso equipamento é proveniente da Ale-manha assim como a matéria-prima de nossos produtos. Vamos buscar a licença de uso de tecnologia para desenvolvermos tudo aqui, além de nacionalizar os insu-mos. Dessa forma, aumentaremos nossa competitividade”, salienta Alonso. No pi-peline de desenvolvimento da companhia, constarão medicamentos diluídos, como antibióticos; e soluções para hemodiálise. Para ter abrangência nacional, a empresa mantém contrato com mais de 1 mil distri-buidores em todo país e ainda mantém um call center para televendas. Para garantir a segurança no manuseio de seus produtos, a empresa implantou esse ano o código de barras bidimensional nas bolsas e frascos e ainda criou marcadores com cores distin-tas para cada uma das soluções de sistema fechado. Para os próximos anos, a meta da empresa é crescer. “Acredito que acertamos o caminho. Nosso objetivo agora é evoluir no trabalho que já temos feito. Vontade e instrumentos para isso não faltam.”

Aproveitando uma oportunidade de mudança de cenário, a Segmenta viu o seu faturamento ser multiplicado por seis vezes em dois anos de atuação no mercado. Investiu em uma nova linha de produção e cria agora um laboratório de desenvolvimento. E planos não faltam para crescer

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Wolney Alonso:Previsão de faturamento para

2009 é de R$ 150 milhões

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Foto: Ricardo Benichio

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SB | artigo

Sobre a eficácia dosgastos governamentais

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Maria Cristina aMoriM Economista, professora titular da PUC/sP

EdUardo PErilloMédico, mestre em administração, doutor em história econômica

A política fiscal atende a três grandes propósitos: promover desenvolvimento econômico, financiar gastos típicos de governo na oferta dos bens públicos e promover distribuição da renda. Os maiores índices de desenvolvimento humano (IDH) no mundo associam-se a sociedades com elevada carga tributá-ria. Já no Brasil, esta infelizmente não guarda relação com maiores taxas de crescimento econômico, muito menos com o aumento do IDH. Assim, qual-quer proposta de ampliação de tributos deve ser discutida à luz da eficácia dos gastos do governo: quais os resultados apresentados para cada real gasto a mais. Aumentar impostos para ampliar recursos, seja lá para qual finalidade, não deveria ser argumento suficiente para legitimar o aumento.Impostos com base de tributação ampla (como a antiga CPMF) e direcionados para segmentos específicos, socializam custos (todos pagam) e particularizam be-nefícios. Em tese, nada de errado nesse sistema. Ocorre que nas sociedades de-mocráticas, grupos politicamente organi-

zados podem ser capazes de absorver par-celas relevantes dos impostos na forma de serviços prestados direta ou indiretamen-te pelo Estado. Como a base tributária é ampla, é pouco provável que haja resistên-cia significativa dos tributados.Quando o governo gasta mais com um determinado setor, mesmo que finan-ciado por aumento de impostos, parte dos empresários, dos servidores públi-cos e dos cidadãos fica muito feliz, pois haverá mais dinheiro circulando e, es-pera-se, maior oferta de serviços para os usuários. Mas o recurso destinado a um setor será necessariamente retira-do de outro. O trade off é inexorável e costuma recair sobre as parcelas mais desprotegidas da população. Seria bem difícil retirar dinheiro do setor expor-tador, mas as favelas podem continuar sem esgoto, ainda que, no orçamento da União, tais gastos não guardem rela-ções. Por esse motivo, a introdução de um imposto apenas se legitima quando promove trocas socialmente justas, au-menta a eficácia das atividades fim e amplia o nível geral de bem-estar.

Está na ordem do dia a reintrodução de um imposto sobre movimentação financeira para aumentar os gastos com os serviços governamentais de saúde (e dessa vez, só com a saúde!). A ineficácia sistêmica dos serviços de saúde – e suas causas – são sobejamen-te conhecidas. Destinar mais dinheiro a essa estrutura aumentará a eficácia dos gastos, trará melhoria das condi-ções de saúde do brasileiro?Cada setor da economia luta brava-mente por mais recursos do gover-no, os gastos governamentais são es-senciais para a formação da taxa de lucro e para o bem-estar do cidadão. É compreensível, mas não necessaria-mente justificável para a evolução da sociedade e para a justiça social. Des-tinar mais recursos para uma estrutu-ra deficiente, pode significar que, por exemplo, enquanto o cidadão ganha 5% mais de acesso aos serviços de saú-de, os demais agentes talvez ganhem 40, 50, 60% mais.Nós, cidadãos, estamos de acordo com essa forma de distribuição de renda?

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R u a M a c e d o S o b R i n h o , 2 1 - h u M a i t á t e l . : ( 2 1 ) 2 5 3 8 - 7 6 2 6 | w w w . c S S j . c o M . b R

Toda vez que a gente cuida de você, injeta recursos para a saúde, educaçãoe o bem-estar social dos brasileiros.

A Casa de Saúde São José é mantida pela Associação Congregação de Santa Catarina, entidade sem fins lucrativos que destina 100% de sua receita líquida a obras assistenciais em todo o Brasil. Hospitais, organizações educacionais e de

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brasileiros. Porque desigualdade social também tem tratamento.

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SB | Ti & Transformação

Saúde que viaja pela rede

Foto: Divulgação

Um computador, uma webcam, uma impressora multifuncional e acesso à internet. Esses elementos têm mu-dado a maneira como a rede pública de saúde no Rio Grande do Sul lida com problemas antigos do setor, como a falta de profissionais espe-cializados no interior e a ausência de um projeto de educação continu-ada para os agentes do Saúde da Fa-mília. A história começou a mudar com o surgimento de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a distribuição

dos kits do Programa de Telessaú-de em 50 municípios do Estado em 2007. Surgia assim a primeira etapa do projeto piloto que ainda contem-pla a capacitação de médicos, enfer-meiros e dentistas que atuam nessas unidades e que utilizam o equipa-mento e as videoconferências para tirar dúvidas e realizar reuniões científicas. O investimento do Mi-nistério da Saúde na primeira fase foi de R$ 1,8 milhão e as expectati-vas eram muitas, entre elas, realizar uma melhor distribuição dos recur-sos de saúde no Estado.

Com o projeto piloto também surgi-ram os primeiros desafios. “O Saúde da Família possui um perfil bem he-terogêneo. Tivemos que aprender a oferecer aos profissionais soluções de acordo com suas necessidades especí-ficas”, lembra o coordenador executi-vo do Projeto Telessaúde no RS, Pau-lo Fontanive. Para que esse processo se tornasse mais eficiente, o coorde-nador conta que foi essencial a pre-sença de um regulador, ou seja, um especialista em atenção primária para servir de mediador entre a equipe do projeto e as unidades de saúde.

Renata Faggion – [email protected]

carolina, da secretaria de saúde de tapes:

problemas com conectividade e resistência dos médicos estão entre os desafios a serem vencidos

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Saúde BuSineSS | edição 12 | 51

Saúde que viaja pela rede

O Programa Telessaúde comemora primeiros resultados no interior do Rio Grande do Sul

AprendizAdo contínuoOs primeiros resultados, depois dos desafios iniciais, já estão sendo sen-tidos pelos municípios que fizeram parte da primeira etapa do Projeto Telessaúde, como a cidade de Tapes, a 72 quilômetros da capital. A secre-tária de Saúde do município de 16 mil habitantes, Carolina Santanna, conta que o acesso a uma banda de internet que fosse suficiente para a realização de videoconferências foi um dos maiores desafios vencidos. “Há muitos municípios no inte-rior que não têm acesso à internet

banda larga ou então recursos para providenciar esse acesso”, relata a secretária, que se tornou uma das grandes entusiastas do projeto. Ou-tra questão, que ainda não foi re-solvida no município, é a baixa ade-são dos médicos à segunda opinião normativa. “Eles ainda resistem muito à tecnologia. É uma pena”, lamenta. Comportamento muito diferente dos 24 agentes comunitá-rios que trabalham com o Saúde da Família em Tapes. Todas as sema-nas, os grupos se reúnem nas salas de conferência das quatro unidades

de saúde para participar do projeto de educação continuada. “Organi-zamos teleconferências para tirar dúvidas e ainda colocar certos te-mas pertinentes em pauta. Não interferimos na agenda das confe-rências, porque acreditamos que nossos colaboradores não devem focar somente no trabalho, mas se aperfeiçoar quando possível.” A meta do Programa de Telessaúde é que até dezembro deste ano mais 80 municípios sejam beneficiados pelo projeto no Estado, assim como já acontece na pequena Tapes.

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SB | marketing

SIM – SiStema de informaçõeS de mercado ou Sempre inventando modiSmoS?

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Renato BoRgheResisócio-diretor da stRat ConsULting, especializada em assessoria na gestão empresarial de marketing. Mestre em administração e Planejamento pela PUC-sP, atua como professor de pós-graduação da esPM, sendo coordenador do curso de inteligência de Mercado.

Qual dessas duas opções seria a resposta mais provável dos gestores da sua empresa?Pois é, na edição passada eu comentei so-bre os “gestores medievais” e, para esses, nós já sabemos qual seria a escolha.Contudo, como estou tratando do tema Gestão Estratégica de Marketing, preciso considerar o SIM sob a ótica da competiti-vidade e da visão de futuro da organização, pois é o contexto mais apropriado, portan-to, a dos gestores modernos.Para muitos profissionais, não apenas ges-tores, a palavra “sistema” sugere automa-ticamente a ideia de tecnologia da infor-mação, computadores, softwares, etc. Daí à dedução de que o SIM representa um aporte tecnológico complexo, para o qual a empresa muitas vezes não está preparada financeiramente, é um pulo.Mas será que é isso mesmo?Claro que não. Essa é uma ideia limitada da questão que traz em si o agravante de criar uma miopia na visão dos gestores da empre-sa se essa prevalecer sobre a ideia correta.Vejamos. A matéria-prima de todo gestor é a “informação”, ou seja, tomar qualquer decisão sem informação confiável aumen-ta exponencialmente o risco de erro. Assim, a boa informação tem que estar atualizada, tem que ser selecionada, qua-lificada, organizada, objetiva e confiável. Com a informação chegando dessa forma, os gestores poderão vislumbrar possíveis

tendências do mercado e decidir com maior segurança sobre os caminhos a es-colher para a empresa. Mas, com o advento da internet, temos um fenômeno desafiador a considerar. O pro-blema maior na busca da informação, hoje em dia, não está exatamente em encontrá-la, mas sim em saber qual das informações encontradas merece confiança. Quem acha que um SIM se resume a garimpar no Google ou no Yahoo, poderá ter surpresas desagradáveis provenientes do mercado.Um levantamento que realizei há pou-cos meses com mais de trinta executivos de alto escalão de empresas de médio e grande porte revelou que dispor de infor-mações organizadas diariamente é muito importante, mas não é o ideal.A maior carência, segundo eles, é poder dispor de cenários possíveis de tendên-cias do mercado a partir das informações colhidas, analisadas com considerações qualitativas e quantitativas sobre os riscos e as oportunidades de cada cenário para a empresa. Isso sim ajudaria muito mais o processo decisório da alta administração.Porém, temos empresas cada vez mais en-xutas e pessoal mais sobrecarregado de tarefas. Quem na estrutura interna teria condições de assumir tal tarefa?O que pensar da terceirização? Pode ser uma saída. Há assessorias especializadas no mercado e muito qualificadas.

O ponto central da questão, contudo, é que o mercado muda diariamente e a uma velocidade atroz. A perenidade da empresa ou mesmo a sua sobrevivência, então, depende da capacidade da empre-sa de entender os vetores da mudança e de se adaptar rapidamente a ela de for-ma competitiva e lucrativa.Para isso, os gestores necessitam monito-rar o ambiente externo continuamente, sistematicamente, e não “quando tive-rem tempo”.A estrutura de um SIM pode ter o ta-manho e a complexidade que a empresa puder ou quiser. Para algumas organiza-ções, um analista de mercado munido dos programas Access e Excel do Offi-ce do seu computador, será o início de um bom trabalho com um investimento muito pequeno.A implantação de um SIM eficaz não de-pende de se ter uma tecnologia sofistica-da, depende muito mais da convicção dos gestores sobre a necessidade de qualificar mais o seu processo decisório.Se investir na qualificação da matéria-pri-ma dos gestores não for uma prioridade da empresa, quanto será que já se gastou reparando erros cometidos a partir de in-formações imprecisas, superficiais ou sim-plesmente erradas?Pense nisso!Um abraço e até a próxima edição.

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Foto: Ricardo Benichio

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Saúde BuSineSS | edição 12 | 57

Putat aliquip eros adio commodit, vel dolor susto dolum dio eraessit lor sustrud

ting euipit lorer irit praessit, quamet vel eum velessit am dunt at adipsum veril ut

nullamet, quat nismolore dio ea alis at

Fred Linardi - [email protected]

Renata Rozenblit, da Lincx, equilibra as tensões do trabalho com a arte da mandala e estudos da Cabala

Em algumas manhãs, quando chegam para trabalhar, as funcionárias do financeiro da Lincx Sistemas de Saúde recebem, entre os e-mails que chegam a suas caixas-pos-tais, mensagens inspiradoras para maior harmonia inte-rior e melhor convivência entre as pessoas. O remetente, no entanto, não é alguém do setor de Recursos Humanos preocupado com possíveis problemas de relacionamento entre funcionários. A mensageira dessas frases é Renata Rozenblit, diretora financeira da empresa. Trabalhar neste departamento, numa empresa de pla-nos de saúde, não é o trabalho mais propício à paz in-terior e pensamentos positivos o tempo inteiro. Mas é esta a energia que circula na sala de Renata, propagada pelo simples desejo e capacidade de ver o mundo de forma mais leve. Antes de contar sobre as mensagens dos e-mails, ela ha-via mostrado pequenos discos de vidro pintados com tin-tas coloridas. São mandalas produzidas por ela a partir de um curso que fez há quatro meses, quando começou a sentir necessidade de expor essas formas geométricas e repetitivas num plano circular. Mandala, em sânscrito significa “símbolo” e representa a relação dinâmica entre o homem e o cosmo. Muitas figuras sagradas são ilustra-das em imagens com mandalas, mas não é preciso ser religioso ou espiritualizado para perceber sua presença desde em sociedades mais primitivas até nas mais mo-dernas, que construíram cidades e palácios a partir dessa forma exata.Renata explica a prática de fazer os desenhos. “Elas são uma forma de organizar processos inconscientes. São mo-mentos de abstração e que me trazem mais paz.” Segun-do a executiva, todos são capazes de desenhar esses belos símbolos, basta aprender a técnica, utilizando compassos e dividindo o círculo em partes iguais. Os desenhos vão preenchendo essas divisões de acordo com a criatividade

de quem faz, que pode subdividir essas partes do modo que quiser e repetir os traços até fechar a circunferência. “O resultado também mostra o nosso estado de espírito no momento em que a desenhamos.”O estado de espírito de Renata sempre foi beneficiado pelo modo de enxergar a vida. Para ela, é importante sempre ter alguma atividade que desligue da rotina do trabalho. “Sempre evitei sair do trabalho e ir direto para casa. As chances de fazermos atividades desse tipo são inúmeras e não precisam ser onerosas e complicadas”, diz, apontando que a mandala não é sua única atividade extra. Há dois anos, Renata começou a estudar a Cabala, por indicação de um amigo.A Cabala é a vertente mística do judaísmo. “Em resumo, estudamos as regras para aplicar no dia-a-dia, questio-nando as atividades e relacionamentos”, explica Renata, que costuma fazer cursos no Centro de Cabala de São Paulo. Entre os princípios, está o não julgamento das pessoas, assim como a ação de não ser reativo, ou seja, não fazer algo em troca a partir de uma atitude que não gostou de receber. “São ensinamentos simples, porém di-fíceis de aplicar.” Um pequeno caderno de capa vermelha e escritos he-braicos em letras pretas mostram o conteúdo das aulas que Renata já teve. Dentro dele, estão as simbologias deste alfabeto e códigos das Escrituras Sagradas, com os 72 nomes de Deus. Um desses nomes é “Fale o que está pensando”, remetendo ao ato de falar a verdade e de saber ouvir. Fundamentos como esses são ref le-tidos por Renata a cada dia, passados via e-mail para sua equipe e por meio de suas atitudes. Grávida de sete meses, a calma das mandalas e a sabedoria da Cabala a envolvem de boas energias sintonizadas com a chegada de uma nova vida, que verá em sua mãe o exemplo da busca por boas atitudes.

Boas EnErgias

Foto: Ricardo Benichio

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Recomendo o livro de Paulo Coelho intitulado “O vencedor está só”, editora Agir. O assunto de-senvolvido é contemporâneo e trata de valores que permeiam a sociedade e o que ela projeta para carac-terizar o sucesso. A leitura leva o leitor a questionar estes valores e o induz a repensar o que realmente é importante, para que ele tenha sucesso consigo e não apenas em relação ao modus vivendis estipulado como ten-dência ou modelo de sucesso em um momento da sociedade. O verdadeiro sucesso individual está em desenvolver e construir ao buscar o sucesso, os valo-res reais e humanos baseados no respeito. São fato-res que a sociedade pode se projetar e se basear para alcançar o sucesso. Se subjugar às frivolidades para ter reconhecimento e suposto sucesso pode levar à sensação de solidão. Vale a pena a leitura!

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SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 12 | 59

I BA partir de cases desde grandes orga-nizações nacionais até pequenas me-nores, este livro apresenta ideias de inovação, sobretudo a riqueza criativa e o processo de elaboração das ino-vações surgidas no País. Ao fugir da compilação de estatísticas e preocupa-do em ter o próprio formato inovador, o autor apresenta o conceito das “ala-vancas de inovação” – modificações das atividades empresariais importan-tes para saltos de performance. Entre os 26 setores abrangidos pelo livro está o de saúde, farmacêutica, serviços financeiros e varejo.

M , Aos que acreditam que “tempo é dinhei-ro”, vale a pena conferir este livro e ver que as coisas podem ser bem diferentes. Segundo os autores, existem maneiras de ganhar dinheiro sem consumir tanto tempo, assim como aproveitar mal o tem-po pode custar muito dinheiro. O livro é a união de ideias entre um profissional especializado em administação de dinhei-ro e outro especialista em administração de tempo. Ambos chegam a uma das dis-cussões mais presentes na vida moderna. Dizem que não importa a quantidade de tempo que as pessoas possuem, mas sim a forma como se utiliza este recurso.

E VÉ fato que a ecomomia sustentável atin-giu uma força inédita e veio para ficar. O interesse está em ambos os lados: for-necedores prezam pela produção ecoló-gica e distribuidores e consumidores chegam a estabelecer este diferencial como um pré-requisito. Discussões em torno dessa estratégia são abordadas por um dos maiores especialistas no as-sunto, neste livro repleto de exemplos reais que vão desde companhias gigan-tes até empresas iniciantes. Com ideias e propostas práticas, são exemplos para a compreensão do complexo e lucrativo segmento da economia verde.

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Autor: Gustavo ZevallosEditora: Monitor GroupPreço sugerido: R$98,00Número de páginas: 228

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60 | edição 12 | Saúde BuSineSS

SB | recursos humanos

A contribuição da liderança noprocesso empreendedor

Foto:

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ADILSON SOUZASócio-diretor da EstAção RH Consultoria Empresarial. Mestre em Psicologia e pós-graduado em Administração de Empresas e RH. Bacharel em Economia. Coach de Empresários e executivos. Desenvolve programas de liderança com foco estratégico. [email protected]

Em um mundo cada vez mais competiti-vo e globalizado, percebe-se uma neces-sidade que demanda profissionais dife-renciados, com características e perfis diferentes do que até então estávamos acostumado a encontrar. Tal cenário exi-ge líderes que apresentem duas compe-tências determinantes: visão estratégica e visão do negócio. A primeira delas diz respeito a como a empresa organiza seu ciclo virtuoso, sen-do essa competência responsável pela in-teração da empresa com o mercado em que atua. É a partir dessa visão que se trabalha o médio e longo prazo, a cria-ção e interação com cenários, de tal for-ma que eles sejam favoráveis à organiza-ção. A segunda competência diz respeito à visão do negócio, tão necessária para uma melhor tomada de decisão. Conhe-cer o negócio significa compreender as forças, fraquezas, ameaças e oportunida-des e somar a demais análises e dados da empresa e mercado para desenvolverem o tão falado Planejamento Estratégico. Até aqui nenhuma novidade, certo? Cer-tíssimo! Pois o diferencial se dá não pe-las visões e planejamento, mas sim pelas ações. E aqui entra justamente o aspecto

determinante da liderança, a qual deve estar preparada para lidar com os novos talentos, fazendo com que as visões e o planejamento sejam um mapa efetivo e não imutável para o alcance de resulta-dos. E também vale lembrar que visão sem ação não serve para nada.Se então, a necessidade é de pelo menos caminhar, caminhe na direção certa. E qual é a direção certa? Certamente é aquela na qual você tem muitas dúvidas e algumas convicções, suficientes para você avançar, superar, surpreender e se necessário retroceder, pois é na convic-ção que se encontra aonde você, profis-sional ou organização, quer chegar. É também esse um dos mecanismos (modelo mental) dos empreendedores. Primeiro onde quero chegar e depois o que tenho que fazer para chegar lá. Talvez um dos melhores exemplos seja a estratégia de criatividade “WD”, a qual preconiza três pontos estratégicos: so-nhador, crítico e realista. A princípio é muito simples, o sonhador simplesmen-te se permite sonhar, sem limites. Aliás, no sonho tudo pode. O segundo ponto diz respeito ao crítico, que sempre apon-ta o que deve ser feito para que tudo dê

certo. Lembre-se o que devemos fazer para que o sonho se realize, isso significa analisar e nos precaver para preservar o sonho de tal forma que nos permita rea-lizar. Trata-se de um olhar capaz de criar condições para realizar, o que nos leva ao terceiro ponto, que é o realista. Trata-se do plano de ação com tudo o que estamos dispostos a fazer para tornar o sonho uma realidade. Já identificaram o que significa “WD”? Em 2007, par-ticipei de um seminário internacional pela Florida Christian University em Orlando, onde tive a oportunidade de estudar e conhecer os bastidores da Disney, o que me deu uma melhor compreensão de como a estratégia de criatividade utilizada, e, logicamente, criada por Walt Disney se configurava naquele mundo extraordinário. Nem preciso dizer o quanto o processo foi, é e provavelmente será empreendedor. E para finalizar um pensamento de Walter Elias Disney, certamente um dos maiores empreendedores que já tivemos. “Você pode sonhar, projetar, criar e construir o lugar mais maravi-lhoso do mundo, mas é preciso pessoas para o tornar o sonho realidade.”

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62 | EDIÇÃO 12 | SAÚDE BUSINESS

SB | CARTÃO DE VISITA

ROBERTO SANTORO

ROBERTO MARQUESCHAIRMAN DE CUIDADOS PESSOAIS E PARA A SAÚDE

Johnson & Johnson

O executivo iniciou há 22 anos sua carreira na empresa como gerente de produto, no Brasil. Em 1996, Marques esteve a fren-te da vice-presidência de marketing da Johnson & Johnson e logo após assumiu a presidência da empresa na Colômbia. Além disso, recentemente, ocupava a presidência mundial da Divisão de Cuidados Visuais da empresa (Vision Care). Mar-ques atuará nos Estados Unidos e terá como responsabilidade os negócios e produtos globais do setor.

Foto: Divulgação

PRESIDENTE

Hermes Pardini

O executivo assumiu o cargo no lugar de Vi-

tor Sérgio Couto Santos. Formado em Me-

dicina, pela UFMG, e com MBA executivo

da Fundação Dom Cabral, Santoro atua na

empresa há seis anos, sendo o último cargo

de diretor de Medicina Diagnóstica.

Renato Dias de Castro, que atuava como

diretor administrativo, assumiu a vice-presi-

dência executiva.

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Page 63: SB 12

SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 12 | 63

RUBENS SEPPI

DIRETOR COMERCIAL

Ameplan

O executivo tem experiência de 18

anos na área comercial, sendo 16

anos em operadoras de planos de

saúde, odontológicos e de emergên-

cias médicas, tendo passado pela

Universal Saúde e pelos grupos

Bem, Santa Marina Saúde e N.S. de

Lourdes - Saúde Medicol.

Foto: Divulgação

Hermes PardiniIDAL BEER E SIMONE TCHERNIAKOVSKY

RESPONSÁVEIS PELA DIVISÃO MEDICATION DELIVERY E PELA GERÊNCIA

DE VACINAS PARA A AMÉRICA LATINA, RESPECTIVAMENTE

Baxter

O executivo, graduado em Medicina pela Faculdade de São Pau-

lo, com MBA em Gestão de Saúde pela Fundação Getúlio Var-

gas, e extensão na Universidade da Califórnia, atuou por quatro

anos como gerente clínico da Baxter Brasil.

Simone Tcherniakovsky assume a gerência de Vacinas para a

América Latina. Há seis anos na companhia, a executiva, inicial-

mente, assumiu como gerente de Produtos Senior da Unidade

de Negócios Bioscience e, nos últimos três anos, como gerente

de Comunicação.

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SB | saúde corporativa

Funcionário saudável

gera valorEsse é o lema da diretora de Desenvolvimento e Benefícios da Rede Globo, Heloísa Machado

Renata Faggion – [email protected]

A notícia de que a Lei Antifumo seria expandida para todo o Estado de São Paulo acabou inf luencian-do várias regiões do País. Além da capital paulista, Curitiba (PR), Goi-ânia (GO) e Salvador (BA) também aderiram a ideia. Seguindo o onda do governo paulista, a Assembleia Legislativa do Rio também aprovou um projeto de lei que proíbe fumar em locais públicos no Estado. Isso tudo, para a infelicidade ou não dos fumantes, afinal, restaurantes, ba-res e empresas de todos os gêneros têm vestido a camisa do antitaba-gismo. Até porque, além da multa a que estão sujeitos estabelecimentos que são f lagrados com fumantes, há uma perda muito maior para a humanidade: calcula-se que 5,4 mi-lhões de pessoas morrem todos os anos por consequência do vício. Somado ao preço das mortes, o sis-tema de saúde também tem sentido no bolso os altos custos do trata-mento das doenças decorrentes do cigarro. Consciente desses riscos e pensando no bem-estar dos seus colaboradores, a Rede Globo, maior canal de televisão aberta do Brasil, investe em campanhas que incenti-vam a qualidade de vida dos funcio-nários. A frente dessas campanhas

há mais de 16 anos está a diretora de Desenvolvimento e Benefícios da Rede Globo, Heloísa Machado, que festeja os resultados de um pro-grama de tratamento antitabagista. “Desde que assumi a área, desen-volvemos diversas ações que têm a saúde e o bem-estar do funcionário como foco principal”, lembra. Mais satisfação,Mais rendiMentoA maneira como a Rede Globo cui-da dos seus funcionários se tornou marca no mercado, indo além do seu poder de inf luência como mídia. Do ponto de vista dos benefícios, o de-partamento de Desenvolvimento e Benefícios da Rede Globo reviu todo o pacote, ou seja, a forma de gestão e ampliação da prestação de serviços com qualidade. “Gradualmente, nos adaptamos às práticas de mercado e incluímos também como depen-dentes cônjuges e companheiros do mesmo sexo, garantindo o respeito à diversidade”, conta Heloísa com um tom de orgulho. E há motivos para tal sentimento, afinal, cuidar dos in-teresses de tantos funcionários não é uma tarefa fácil. Só no benefício Bradesco Saúde o número de cola-boradores chega a 9.240, além dos

12.290 dependentes. O volume de agregados gira em torno de 1.330 vi-das. Já no plano odontológico opcio-nal, só no Rio de Janeiro são cerca de 2.270 titulares e 2.660 dependen-tes. Além da opção do plano médico Amil Agregados (custeado pelo fun-cionário), caso o colaborador deseje cadastrar pais, irmãos, filhos acima de 24 anos e netos. “Funcionários saudáveis e satisfeitos geram mais va-lor para a companhia.”Foi justamente neste pacote de be-nefícios, que abramge muito mais que atendimento médico e odonto-lógico, que entrou o programa de tratamento antitabagista, integral-mente absorvido pela Rede Globo. Os resultados são promissores: após nove meses do programa, 36% para-ram de fumar e outros 34% reduzi-ram o número de cigarros. Progra-mas como esses fazem parte de uma postura de prevenção, uso racional do plano de saúde e também de compartilhar responsabilidades, di-fundida dentro da empresa. “O re-sultado final de qualquer esforço é sempre decorrente da contribuição de todos. Com saúde, particular-mente, isto é ainda mais verdadeiro, já que há ações que dependem es-sencialmente de cada um.”

64 | edição 12 | Saúde BuSineSS

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A mesmA discussão de sempre

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Alberto leiteAlberto leite é Diretor executivo e Publisher da it Mídia S.A

Leio hoje, dia 14 de setembro de 2009, que 17 cidades brasileiras maquiaram seus balanços, deixando de destinar algo como R$ 3,6 bilhões em saúde pública. Outros recursos, avaliados em cerca de R$ 5,4 bilhões do Minis-tério da Saúde, também não recebe-ram seu destino correto. Tudo isso consta em matéria escrita pela Folha de São Paulo desta mesma data.Tudo isso me leva à pergunta que me fez trabalhar na criação desta revista. Existe dinheiro e má gestão ou não existe dinheiro?Desde o início acreditei fielmente na primeira hipótese. Agora fica claro que eu estava certo.O dinheiro público, cada vez mais es-casso em razão de inúmeros projetos, deve sim ser cada vez mais fiscaliza-do pela população e pelos veículos de imprensa, por esta razão a discussão vem à tona. Dinheiro de saúde, ainda mais, uma vez que grande parte das pessoas ligadas à gestão da saúde do País reclamam pela falta de recursos. A pergunta é: por quê?Porque um cidadão, com cargo de

prefeito, acorda cedo, vai trabalhar em algo que acreditamos que tenha sido um objetivo seu de carreira, re-cebe uma quantia X de recursos para investir em saúde pública e não o faz. Um cidadão desses consegue dormir, sabendo que com o dinheiro que usou, sei lá para o que, poderia ser destinado a um novo hospital que salvaria algumas vidas, ou a tecnolo-gias e recursos para hospitais falidos, ou para o aumento do quadro ou de condições das equipes médicas de sua cidade?Enfim, perguntas que ficam no ar todas as vezes que leio algo assim nos jornais.Do mesmo jeito que leio sobre isso e fico indignado, penso que temos em mãos algo valioso: a capacidade de avaliar e criticar de forma segura e responsável. Podemos criar projetos e os levar adiante, mesmo que sejam simplesmente descartados. Vejo com orgulho os avanços na área da filantropia, o que fez que grandes e organizadas insituições da saúde conseguissem destinar seus recursos

para a gestão pública, muito mais interessantes do que simplesmente abrir seus leitos para a população ca-rente. A transferência de tecnologia e inteligência pode sim multiplicar seus maiores ativos, que não são ligados a máquinas ou prédios, e sim, à gestão do negócio.Sinto uma imensa dor de ler e multi-plicar essa notícia dos recursos.Nada me faz entender como um administrador da saúde consegue simplesmente descartar tamanho montante de recursos, ou alocá-los de forma incorreta. A crítica, apesar de severa, é responsável, uma vez que nós mesmos escolhemos quem cuida desse recurso.Aprendi há algum tempo que quando se empresta um carro, você é 100% responsável por tudo o que acontece com ele.Quando escolhemos alguém para administrar dinheiro público, somos responsáveis por isso, tanto quanto eles. Temos que simplesmente cobrar, criticar e na próxima vez escolher al-guém mais competente para fazê-lo.

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