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Suspensão,Direção e Freios
Sérgio Noia
Suspensão
Conforto e segurança
• Sustentação de todo o conjunto monobloco
• Controle direcional das rodas (esterço e câmber)
• Controle dinâmico das forças geradas pelos pneus
• Controle da inclinação da carroceria ou rolagem
• Manter o contato do pneu com o solo
• Manobrabilidade e dirigibilidade
Função
Eixo rígido
Vantagens
• Nenhuma variação de câmber sob rolagem
• Pouca variação de câmber em curva
• Menor desgaste de pneu (menor variação de alinhamento)
Desvantagens
• Mais suscetível a transmissão de vibrações à carroceria “SHIMMY”
• Manutenção cara (troca do conjunto completo)
• Maior espaço ocupado
• Maior peso
Suspensão independente
Vantagens
• Menor peso
• Menor espaço ocupado
• Maior resistência a rolagem
• Independência das rodas
• Maior flexibilidade (diferentes geometrias de suspensão)
• Maior conforto (Redução do “Shimmy”)
Alfa Romeo GTV
Suspensão semi-independente
Sistema composto por um eixo semi-rígido que sofre torção. O movimento de uma das rodas é transmitido parcialmente à outra. Este eixo pode ou não ser combinado a uma barra estabilizadora.
Suspensão independente - McPherson
Projetado por Earle McPherson por volta de 1946Principais vantagens
• Menor número de componentes
• Menor custo
• Manutenção
• Espaço transversal ( )
• Peso
Molas
Mola helicoidal
Fatores que influenciam suas propriedades:
• Diâmetro, perfil e composição do fio
• Diâmetro interno e externo
• Altura e número de espiras
Batente de fim de curso
Durante a compressão, absorve a energia excedente que não foi absorvida pela mola.
Batente
Guarda-pó
Protege a haste do amortecer contra impurezas.
Guarda-pó
Batente
Componentes
Válvulas do pistão Válvula da base Selo e guia da haste Haste
Adaptadores
Guarda-pó
Tubo reservatório
• O óleo do amortecedor, ao ser forçado a passar através dos orifícios das válvulas, amortece os impactos e absorve as vibrações transmitidas ao veículo pelas irregularidades do piso
• Quando está em operação, o amortecedor executa centenas de oscilações por minuto, movimentando o óleo em seu interior
• Esta movimentação, associada a temperaturas elevadas, dá origem ao fenômeno da “aeração” - formação de bolhas de ar dentro do óleo
• Estas bolhas diminuem a capacidade do óleo de absorver as vibrações causando também outro fenômeno: vácuo, fazendo com que o amortecedor perca momentaneamente sua ação
• A solução empregada pela COFAP, para eliminar estes inconvenientes, foi a pressurização interna do amortecedor através da utilização do gás Nitrogênio, fazendo com que o óleo fique sob pressão e impedindo a formação de “bolhas” e também a formação de “vácuo”
• A pressurização é feita com baixa pressão – max. 10 bar, e o gás Nitrogênio é inerte e não oxida as partes internas
Manutenção
Verificação de vazamento em amortecedores
Normal
Normal com condensação de óleo
Anormal com vazamento
Escorvamento dos amortecedores
Importância de se escorvar os amortecedores antes da montagem:Função - eliminar o ar presente na câmara de compressão oriundo da estocagem em posição horizontal.
Procedimento: comprimir a haste até a metade do curso útil, rapidamente por no mínimo 6 vezes.
DiagnoseAmortecedor sem ação
• ALGUNS EXEMPLOS REAIS:
Em caso de ruptura da fixação do batente da suspensão traseira
Marea e Marea Weekend
Batente modificado Batente anterior
46750209 46470781
Verificação no veículo
Novo Palio 2V/ Idea - Suspensão Dianteira
1. Coxim da extremidade da barra estabilizado dianteira - rangido metal/borracha.
2. Pino esférico do braço oscilante (folga excessiva) - barulho metálico em calçamento.
3. Buchas do braço oscilante (desvulcanização/desgaste/ruptura da borracha) - barulho em pisos irregulares.
Obs.: Em alguns casos é necessário retirar os braços oscilantes para a avaliação das buchas.
4. Estalos ao frear o veículo em calçamento ou ao passar em buracos - torque insuficiente no parafuso anterior de fixação do braço oscilante à travessa da suspensão. Ver solução Assistencial.
5. Bieleta da barra estabilizadora - estalos em piso irregular. Conferir torque de fixação da bieleta (verificar folga axial na articulação da bieleta).Utilizando um torquímetro e uma
chave fixa 17 mm, aplicar torque de 56 Nm (5,6 kgfm) na porca de fixação da bieleta ao amortecedor.
Torque: 70 Nm
Novo Palio 2V/Siena
Suspensão traseira
Torque: 37 Nm
Ordem de aperto das fixações dos amortecedores traseiros dos veículos PALIO 2V T.T./SIENA T.T.:
1º Fixação superior do amortecedor2º Fixação inferior do amortecedor
Torque: 123 Nm
Suspensão traseira
Uno Mille Fire
Suspensão dianteira
1. Batente de fim de curso do amortecedor dianteiro - rangido ao passar em quebra-molas - ressecamento/danificação.
Uno Mille
Torque: 59 Nm
Suspensão dianteira
2. Pino de articulação do braço tensor (folga excessiva) - barulho metálico em calçamento.
3. Buchas do braço oscilante (desvulcanização/desgaste/ruptura da borracha) - barulho em pisos irregulares.
4. Estalos ao frear o veículo em calçamento ou ao passar em buracos - torque insuficiente nos parafusos inferiores de fixação dos amortecedores ao montante dianteiro.
Torque: 30 Nm
Torque: 120 Nm
Suspensão traseira
Pick-up Strada/Fiorino/Doblò
Torque: 70 Nm
Suspensão traseira
Torque: 60 Nm
Suspensão traseira
Stilo/Idea
Utilizando um torquímetro e uma chave fixa 17 mm aplicar torque de 56 Nm (5,6 kgfm) na porca de fixação da bieleta ao amortecedor.
Suspensão dianteira
Stilo
Torque: 25 Nm
Suspensão traseira
Stilo/Idea
Torque: 123Nm
Torque: 50 Nm
Suspensão traseira
Novo Palio Weekend
Torque: 70 Nm
Suspensão traseira
Novo Palio Weekend
Torque: 123 Nm
Suspensão traseira
O torque final das peças ou parafusos deve ser feito com o peso do carro apoiado sobre as molas e rodas.
Alinhamento
Câmber Convergência Cáster
Ordem correta de acerto da geometria da suspensão1. Câmber traseiro
2. Convergência traseira
3. Cáster dianteiro
4. Câmber dianteiro
5. Convergência dianteira
Importante
Através de testes efetuados na fábrica, verificamos que a utilização da ferramenta “desempenador automotivo” na suspensão dianteira do veículo, para correção da cambagem das rodas, pode causar danos aos amortecedores dos veículos (tipo estrutural), uma vez que este procedimento irá ocasionar um empenamento do corpo do amortecedor em relação à sua base de fixação ao montante.Esse empenamento pode provocar afrouxamento dos parafusos de fixação do amortecedor, além de submeter a haste a um atrito maior com a bucha/selo de vedação superior ocasionando sua fadiga prematura.
Salientamos que, além de comprometer a integridade dos amortecedores, o procedimento abaixo pode danificar os rolamentos de rodas em função das elevadas cargas que atuam nas pistas internas e externas, deformando as mesmas, gerando por conseqüência, rumorosidade.
Amortecedores gastos
Amortecedores em bom estado
Direção
Caixa de direção
A caixa de direção que constitui o sistema é um conjunto de peças que funcionam transformando o movimento rotativo, produzido pelo motorista no volante, em movimento linear.
O funcionamento é por meio de um engrenamento, que transmite o movimento do volante às barras de direção.
O sistema de pinhão e cremalheira é o que melhor atende às exigências da direção, podendo ser mecânico ou hidráulico.
Caixa de direção com pinhão e cremalheira
A caixa de direção com pinhão e cremalheira é utilizada nos carros mais leves.Esse modelo possui boa absorção de vibrações da roda e não apresenta folga quando as rodas estão esterçadas.Quando o volante de direção é acionado pelo motorista, o pinhão gira e aciona a cremalheira, que comanda as barras de direção e as rodas através dos tirantes.
É um sistema de engrenamento entre um pinhão e uma cremalheira.
A coluna de direção foi muito estudada por exigência de sua posição. Alguns modelos possuem regulagens de altura e distância, proporcionando uma posição de dirigir mais adequada às características físicas do condutor... Além do conforto que é proporcionado quando o veículo possui esse mecanismo.
Com o avanço tecnológico visando uma maior segurança, foram criados dispositivos como a coluna retrátil que, em caso de impacto frontal, deforma-se impedindo que o motorista seja atingido pelo volante.
Coluna de direção
É o elemento de ligação entre o volante e o mecanismo de direção.
Cuidados na utilização:
• Operar apenas com veículo parado;
• Garantir que a alavanca de regulagem esteja travada antes de movimentar o veículo.
Coluna de direção com regulagem de altura e profundidade
Não prevista lubrificação em manutenção.
Regulagem mínima Regulagem máxima
Alavanca de regulagem
Sistema colapsivo (deformação programada)
Em caso de acidente, o eixo superior escorre através do sistema de fixação por rebites e o eixo inferior trabalha como um telescópio onde a primeira parte irá entrar dentro da segunda parte, permitindo que o sistema absorva energia.
Sistema colapsivo
Rebites
Árvore inferior
A árvore inferior faz a ligação entre a coluna e o mecanismo de direção.
É utilizada nos casos em que ocorre um desalinhamento entre a extremidade inferior da coluna e o pinhão de acionamento, com o objetivo de corrigir esta falha.
O sistema hidráulico é composto de uma caixa de direção servoassistida tipo pinhão e cremalheira que auxilia o sistema mecânico.
Esse sistema reduz o esforço físico do motorista em manobras, em consequência o número de voltas do volante também, deixando a direção com uma resposta mais ágil e segura.
A pressão hidráulica necessária para o funcionamento do sistema é gerada pela bomba, que é acionada pelo motor. O sistema hidráulico funcionará quando o motorista girar o volante.
A direção hidraúlica
Giro do volante no sentido horário (Giro à direita)
Volante na posição neutra (Mecanismo sem ação)
Giro do volante no sentido anti-horário (Giro à esquerda)
De acordo com a torção transmitida pelo volante, o óleo da bomba é enviado ao reservatório ou a uma das câmaras do cilindro operador, determinando o deslocamento do pistão e da cremalheira. Esta está ligada a um êmbolo que desliza, sob pressão do fluido, dentro do cilindro de trabalho.
Para confirmar se a falha é no sistema hidráulico ou no sistema mecânico, utilizar o analisador de vazão.E lembre-se que a direção hidráulica foi desenvolvida para proporcionar maior segurança e conforto ao motorista, e sua aplicação passou pelos mais rigorosos testes nas fábricas.
A direção hidraúlica
A direção hidraúlica - componentes
São vários os componentes do sistema hidráulico, como reservatório, mangueiras, válvulas, cilindros e um outro importantíssimo que é a bomba hidráulica.
Mecanismo de direção hidraúlica
Mangueirade retorno
Reservatório remotoMangueira de alimentação
Bomba hidraúlica
Mangueira de pressão
A bomba hidráulica compõe-se de um grupo rotativo que executa a compressão de óleo.Possui também a zona de controle com a válvula de alívio de pressão, evitando que a bomba continue comprimindo óleo, e a válvula de controle de vazão que determina o volume do fluido fornecido ao sistema.Alguns modelos possuem válvulas controladoras que proporcionam aos veículos uma direção com maior sensibilidade.A bomba hidráulica tem a função de gerar vazão e pressão para suprir o sistema.Seu funcionamento é muito simples, ou seja, quando o motor está funcionando, um eixo aciona o rotor onde estão as palhetas deslizantes, alojadas em ranhuras radiais.
Bomba hidraúlica
Alta pressão de óleo Baixa pressão de óleo
Alta pressão de óleoBaixa
pressão de óleo Forças
iguais e opostas
A direção elétrica
• O Sistema tem um menor número de componentes e portanto um peso e uma complexidade de implantação menor
• A instalação e a manutenção tem tempos reduzidos e maior simplicidade
• A servodireção elétrica absorve energia do motor só quando é pedida a servoassistência, reduzindo consumo e as emissões
• Menor ruído em relação ao sistema hidráulico
• Possibilidade de escolha do modo de direção (CITY / NORMAL)
Sensor óptico de esterço do volante
Central eletrônica e motor elétrico para servoassistência
Vantagens em relação à servodireção hidráulica:
Existe também a função de retorno ativo que garante o retorno do volante ao ponto zero, após a realização de uma manobra. Esta estratégia está relacionada à velocidade do veículo, ou seja, se o veículo desenvolver uma alta velocidade, o retorno à posição “zero” será realizado de forma mais lenta.Se o veículo desenvolver uma baixa velocidade, o retorno a posição “zero“ se dará de forma rápida.Em caso de falha no sensor de velocidade, a central adota uma assistência padrão de 60 km/h.A função CITY aumenta o torque de assistência em manobras com baixa velocidade. Por ex: estacionamento do veículo. A função CITY estará habilitada até 36 km/h.A servoassistência só será habilitada se a central receber o sinal proveniente do D+ do alternador.
A força de resistência das rodas diminui com o aumento da velocidade do veículo, assim sendo, a central de controle baseada no sinal de velocidade diminui a servoassistência.
Servoassistência elétrica
Procedimento de regulagem da caixa de direção StiloAnálise do inconveniente
1. Antes de proceder a regulagem do mecanismo de direção, verificar:• Se o ruído não é proveniente de folgas no sistema
volante/coluna de direção;• Se existe deslocamento axial no volante;• Se existe folga no acoplamento entre a junta universal da
coluna inferior e o pinhão da caixa de direção;• O estado geral das buchas elásticas da barra estabilizadora,
braços oscilantes, pivôs, ponteiras, etc.;• Corrigir os itens não conformes e avaliar novamente o veículo.
2. Normalmente, a rumorosidade ou “batido” da caixa de direção é observado quando se trafega sobre calçamento ou piso irregular, a baixa velocidade e ao se esterçar o volante para ambos os lados. Portanto, o veículo deve ser avaliado nessas condições, para se determinar a necessidade de regulagem da folga da caixa de direção.
3. Procedimento: Com o veículo no elevador, esterçar LENTAMENTE a direção pela
roda para ambos os lados até o final do curso, observando se a cremalheira da caixa de direção não apresenta nenhum “calo” ou ponto mais preso durante o seu percurso. Caso contrário, a caixa deve ser substituída.
4. Posicionar as rodas do veículo “retas para frente”.5. Sob o veículo, localize o tampão de ajuste abaixo do mecanismo
de direção, conforme mostrado na figura abaixo.
Travessa
6. Afrouxar os parafusos de fixação da caixa de direção à travessa. E os 4 parafusos da travessa à carroceria, de modo a permitir o perfeito encaixe da ferramenta no tampão de ajuste.
Travessa
7. Faça uma marca de referência na carcaça da caixa alinhada com um vértice do sextavado do tampão e desaperte o tampão de ajuste (anti-horário) em 5 voltas.
8. Aperte o tampão de ajsute (sentido horário) por 5 voltas, até voltar à posição inicial.
9. Utilizando um torquímetro apertar o tampão de ajuste, aplicando um torque de 20 Nm (2,0 kgm).
10. Agora, encaixar a ferramenta de regulagem no goniômetro (ferramenta genérica), e posicionar conforme indicado nas figuras.
11. Retorne (sentido anti-horário) em 80º o tampão de ajuste.
12. Reapertar a travessa da suspensão dianteira, aplicando um torque de 150 Nm (15,0 kgm ) nos parafusos de fixação traseiros, e um torque de 110 Nm (11,0 kgm) nos parafusos de fixação dianteiros.
13. Reapertar a caixa de direção, aplicando um torque de 85 Nm
(8,5 kgm) nos parafusos de fixação.
14. Em seguida efetuar novamente o procedimento descrito no item 1, verificando se a caixa não ficou “PRESA”.
15. Testar o veículo nas mesmas condições especificadas no item “Análise do Inconveniente”, certificando que a rumorosidade foi eliminada, e que a direção retorna (não está presa) após efetuada uma curva. Caso isso seja observado ou a rumorosidade persista, efetuar novamente o procedimento de regulagem.
16. Utilizando um punção, rebater a aba do tampão para travá-lo.
17. Fazer um lacre amarelo (Pinta de tinta amarela) sobre o tampão de ajuste e carcaça, para indicar que o mecanismo foi ajustado.
Procedimento de regulagem da caixa de direção mecânica família Palio
Este procedimento foi desenvolvido com o objetivo de dotar a oficina do conhecimento necessário para realização de ajustes no mecanismo de direção mecânica.
Antes de iniciar o trabalho faça a análise do incoveniente como esta descrito na página 56, certifique-se de que os outros componentes da direção e suspensão estão em perfeito estado, evitando assim trabalho desnecessário.
Para facilitar a operação de regulagem, foi confeccionado um kit de ferramentas (nº 60353146).
É de suma importância que, após a regulagem, o veículo seja testado, certificando-se de que o inconveniente foi eliminado, e que o sistema de direção apresenta-se em perfeitas condições de dirigibilidade.
Atenção: Em hipótese nenhuma deve-se esterçar rapidamente a direção pela roda, principalmente deixar que a caixa de direção bata no final do curso, pois, isso poderá danificar o engrenamento entre pinhão e cremalheira.
AssoalhoAntepar
oTérmico
Caixa
Travessa
1. Posicionar as rodas do veículo “retas para frente“. 2. Sob o veículo, localize o parafuso de ajuste abaixo do
mecanismo de direção, conforme mostrado nas figuras.
3. Faça uma marca de referência no parafuso de ajuste.
4. Desapertar a contra-porca do parafuso de ajuste, utilizando uma chave de 17 mm. Em seguida, gire a contra-porca de maneira que esta fique bem livre.
Marca de referência
5. Aperte vagarosamente o parafuso de ajuste utilizando a chave Allen 5mm (kit ferramentas 60353146), até encontrar resistência.
6. Gire a contra-porca para fazer com que a marca sobre o parafuso de ajuste coincida com um vértice da mesma.
Marca de referência
Vértice da contra-porca
7. Segurando a contra-porca nessa posição, com chave Allen 5 mm, retorne o parafuso de ajuste até a metade da face do sextavado.
8. Obs.: O retorno do parafuso de ajuste equivale a um ângulo de 30º.
9. Aperte a contra-porca devagar até encostar na tampa para não permitir que o parafuso de ajuste se mova.
Metade da face do sextavado VérticeReferênci
a
10. Utilizando o kit de ferramentas 60353146, travar o parafuso de ajuste, e aplicar um torque de 25 Nm (2,5 kgm), na contra-porca.
11. Em seguida efetuar novamente o procedimento descrito no item 10, verificando se a caixa não ficou “presa”. Caso isso seja observado, efetuar novamente o procedimento de regulagem.
12. Testar o veículo nas mesmas condições especificadas no item “Análise do Inconveniente”, certificando que a rumorosidade foi eliminada, e que a direção retorna (não esta presa) após efetuada uma curva.
13. Aplicar sobre a porca/parafuso de ajuste/chapa infeiror uma marcação com tinta amarela (lacre), para indicar que a caixa foi ajustada.
Alinhamento de direção
Sistema de freios
O sistema de freios é o que transforma as pressões de aplicação em forças mecânicas para retardar o movimento das rodas até pará-las.
A força aplicada no cilindro-mestre será atuante em todas as lonas e pastilhas de freio localizadas nas rodas.
DiscoCilindro-mestre
Pedal do Freio
Haste
Roda
Caliper
Solo
1
Pressão Hidráulica
Atuação Mecânic
a
FREIOFREIOCILINDRO- CILINDRO- MESTREMESTRE RODARODAPEDALPEDAL
432
Atuação Mecânic
a
Pastilhas
1
2
3
4
Freio a disco Freio tambor
O fluido de freio
O fluido de freio deve ter características que possibilitem o perfeito funcionamento do sistema, dentre elas podemos citar:• Ponto de ebulição entre 205 ºC e 235 ºC,
de acordo com o tipo de trabalho
• Baixa variação da viscosidade de acordo com a temperatura
• PH entre 7 e 11,5 (de neutro a alcalino)
• Baixa higroscopia (absorção de água em contato com o ar)
• Baixo ponto de congelamento
• Resistência às altas temperaturas sem perder propriedades
• Devido à sua característica higroscópica (característica de absorver humidade) o fluido de freio deverá ser substituido a cada 24 meses ou 45.000 km. A presença de humidade no sistema pode comprometer a eficiencia de frenagem, pois a humidade presente no fluido quando aquecida pelo calor gerado durante a frenagem poderá gerar bolhas de ar no sistema.
• O fluido retirado no processo de sangria não deve ser reutilizado.
• A classificação dos fluidos de freios, no que se refere ao ponto de ebulição dos mesmos, é definido pela classificação DOT.
• Em alguns veículos se utiliza o fluido DOT 3 para sistemas sem ABS, e DOT 4 nos sistemas dotados de ABS.
O servofreio
O servofreio é um componente do sistema que auxilia na frenagem, diminuindo o esforço do condutor ao acionar o pedal.
Posição de repouso com motor funcionando
Vácuo
Vácuo Pressão atmosférica
Posição aplicada
Vácuo Pressão atmosférica
Posição de equilíbrio
Sem auxílio do vácuo
Pressão atmosférica
Tem a função de compensar a carga de frenagem entre as rodas dianteiras e traseiras.
Funciona a partir de uma mola que é comprimida por uma haste e que libera mais ou menos fluido para a frenagem, de acordo com a carga imprimida nas rodas dianteiras ou traseiras.
Válvula reguladora da pressão
Válvula corretora de frenagem
É uma válvula reguladora de pressão do fluido dos freios traseiros que aplica a carga necessária de acordo com a carga transportada, evitando que as rodas traseiras travem antes das dianteiras nas freadas bruscas.
Rodas e pneus
Roda
Hoje podemos conceituar a roda como um conjunto formado por aro e disco, servindo de elemento intermediário entre o pneu e o veículo.
Portanto, aro é o elemento anelar onde o pneu é montado; e disco é o elemento central que permite a fixação da roda ao cubo do veículo.
Rodas e pneus
Disco
Aro
O tamanho de um aro normalmente é constituído por dois conjuntos de números, sendo que o primeiro representa a largura do aro, medida de flange a flange, em polegadas e o segundo, o diâmetro nominal do aro, também em polegadas. As letras (ou letra) ao lado da largura indicam o tipo de perfil do aro, conforme normas internacionais.
Aro
Onde:
D° = Diâmetro Nominal
PF = Off-Set (Distância entre a linha de centro do pneu/roda e a face de apoio do disco da roda. Geralmente gravado na maioria das rodas).
L =
4,5
D°
PF
Exemplo: 6 JJ X 14Significa um aro com 6” de largura, perfil tipo JJ (aro de centro rebaixado) e com 14” de diâmetro nominal.
(*) Hump é uma saliência que existe no perfil do aro em toda sua circunferência, facilitando o assentamento dos talões do pneu.
X4,50 B 13 H
Roda
Hump
Pneu
Hump (*)
Diâmetro nominal em polegadas
Tipo perfil
Largura do aro em polegadas
H - Altura da seção
Distância entre o calcanhar do talão e o centro da banda de rodagem.
D - Diâmetro do aro
Diâmetro medido entre os assentos dos talões.
L - Largura do aro
Distância entre os flanges do aro, medida internamente.
Circunferência de rotação
Distância percorrida pelo pneu inflado e com carga em uma volta completa da roda, a uma certa velocidade.
O pneu e suas partes
Cinturas
Banda de rolagem
Flanco
Carcaça
Talão
As principais vantagens dos pneus radiais estão na durabilidade, economia de combustível, melhor aderência nas acelerações e freadas mais eficientes.
O quadro abaixo mostra o comportamento dos pneus na relação solo e área de apoio:
Vejamos agora as diferenças básicas dentro dos pneus. Os “sem câmara” possuem no interior uma camada de borracha especial, denominada liner que garante a retenção do ar.
Devem ser montados em aros apropriados, utilizando válvulas especiais.Pneu com câmara (tube type)
Pneu sem câmara (tubeless)
Pneu
Aro a canal (Centro
rebaixado)
Válvula
Câmarade ar
5°
Aro a canal (Centro
rebaixado)
Hump
Pneu
Válvula
Liner5°
Para melhor entendimento das informações, vamos fazer a leitura dos códigos que caracterizam os pneus.Dimensões
Nota: Quando não houver a gravação da relação altura/largura nos pneus, entenderemos código “82”.
Obs: Quanto ao limite de velocidade e índice de carga, consultar tabelas 1 e 2.
165 70 R 13 76 S
Limite de velocidade (até 180 km/h)Índice de carga (máximo de 400 kg por pneu)
Construção radialQuociente percentual entre altura da seção e largura da seção do pneu (A/L = 0,70)Largura da secção do pneu (mm)
Diâmetro interno do pneu (polegadas)
149 70 R 13 74 S
Limite de velocidade (até 180 km/h)Índice de carga (máximo de 375 kg por pneu
Construção radialAltura de seção em %Largura da seção do pneu (mm)
Diâmetro interno do pneu (polegadas)
Codificação do pneu (gravada na peça)
Pirelli
Firestone
Goodyear
Tabela 1O símbolo de “Índice de Carga”(IC) indica a carga máxima a que o pneu pode ser submetido.
Tabela 2
O “Símbolo de Velocidade” indica a velocidade a que o pneu pode ser submetido, à carga correspondente ao seu Índice de Carga nas condições de serviços especificados pelo fabricante do pneu.