Se eu fosse Maria Moisés

Vila Nova de Famalicão2011


Maria Moisés

FICHA TÉCNICA

TítuloSe eu fosse Maria Moisés

EdiçãoCâmara Municipal Vila Nova de FamalicãoCasa de Camilo – Museu. Centro de Estudos

ColaboraçãoJosé Manuel OliveiraLuísa Alvim

TextosRedigidos no atelier “Se eu fosse Maria Moisés” orientadoPedro Chagas Freitas

Textos e ilustraçõesEB1 AvidosTurma 4 – 4º ano

EB1 S. Miguel-o-AnjoTurma 4 – 4º ano

EB1/JI de LousadoTurma 4B – 4º ano

EB1 Abade VermoimTurma 2 – 4º ano

Capa?

DesignAntonieta Martins

Impressão?

ISBN978-989-8012-21-0

Tiragem250 exemplares

Vila Nova de Famalicão, 2011© Município de Vila Nova de FamalicãoCasa de Camilo

Avenida S. Miguel de Seide, 7584770-631 S.Miguel de Seidegeral@camilocastelobranco.orgwww.camilocastelobranco.orghttp://casadecamilo.wordpress.com

EB1 AvidosTurma 4 – 4º ano

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EB1 S. Miguel-o-AnjoTurma 4 – 4º ano

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EB1/JI de LousadoTurma 4B – 4º ano

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EB1 Abade VermoimTurma 2 – 4º ano


Páginas 7 a 16

AS AVENTURAS INESQUECÍVEIS

EB1 Avidos, turma 4, 4º ano

Páginas 17 a 25

O SONHO DE MARIA MOISÉS

EB1 S. Miguel-o-Anjo, turma 4, 4º ano

Páginas 27 a 36

HISTÓRIAS DA MARIA MOISÉS

EB1/JI de Lousado, turma 4B, 4º ano

Páginas 37 a 44

MARIA MOISÉS E OS DRAGÕES

EB1 Abade Vermoim, turma 2, 4º ano

Se eu fosse Maria Moisés

7

Texto Presidente


9

As aventurasinesquecíveis

DESENHOEB1 Avidos, turma 44º ano


11

Era uma vez uma meni-

na chamada Maria Moisés,

que foi encontrada na bei-

ra de um rio com um gato.

Levantou-se e encontrou

uma rena numa gruta.

Maria Moisés e o seu gato

montaram a rena, partindo

para o Pólo Norte, gritando

liberdade!

Já no Pólo Norte, Maria

Moisés e o seu gato caíram suavemente, com uma finta de um rapaz que

estava a fazer ski. Olharam um para o outro e apaixonaram-se.

Passando alguns anos, Maria Moisés e o rapaz casaram-se e viveram

felizes com os seus filhos.

1º capítulo

12


Maria Moisés teve

três crianças: dois rapa-

zes e uma rapariga. Os

rapazes chamavam-

se Telmo e Gonçalo, a

rapariga cha-mava-se

Ana Rafaela.

Um dia, estavam à

ja-nela a ver a chuva a

cair, porque queriam ir

brincar. Foram pedir à

mãe, Maria Moisés, se os deixava ir lá para fora brincar. Maria Moisés disse

que não. Eles ficaram tristes.

Voltaram a pedir:

– Agora podemos ir?

E a mãe respondeu:

– Podem, mas tenham cuidado!

Quando os filhos entraram disseram:

2º capítulo


13

– Mãe, amanhã podemos voltar a brincar lá fora?

A mãe disse que sim.

No dia seguinte, foram fazer bonecos de neve no quintal e viram a

professora da escola primária.

– Olá, professora, está

tudo bem? – Perguntaram.

– Sim, obrigada. E con-

vosco? – Disse a professora.

– Sim, está tudo bem. –

Responderam os meninos.

– Gostaria de conversar

com a vossa mãe.

– A nossa mãe não está.

Ela anda a trabalhar muito.

– Eu preciso muito de ter

3º capítulo

14


uma conversa com ela, e vai ser uma surpresa para vocês. Podem dar o

recado à vossa mãe? Quero estar com ela às 8h30m.

No dia seguinte falaram sobre a surpresa que iam fazer às crianças.

Os filhos ficaram a saber que era uma corrida. Seria um dia muito

especial e eles ficaram muito contentes com a ideia.

Chegou o dia da corrida. Eles estavam muito entusiasmados, até

disseram:

– Que fixe! Estamos numa corrida.

Ficaram todos em primeiro lugar e ganharam uma medalha em ouro,

que brilhava muito, até parecia o sol.

Eles gostaram muito do prémio e puseram-no a enfeitar o seu quarto.

Passaram alguns dias e já tinham participado em várias corridas e

ganho muitas taças, que brilhavam como pedras preciosas. Nas corridas

participava muita gente.

Certa noite, Maria Moisés e sua filha Ana Rafaela esperaram Manuel

António, que chegava do Brasil, onde tinha ido de viagem.

4º capítulo


15

No dia seguinte, Gonçalo

e Telmo acordaram e, ao

repararem que o pai tinha

chegado, foram logo os dois

a correr e disseram:

– Estávamos a ver que

nunca mais voltavas.

Passado uns dias, era o

Carnaval na aldeia e Maria

Moisés e Manuel António

foram comprar os fatos de

carnaval para os seus três

filhos.

No domingo, foi o desfile

de Carnaval e experimentaram os seus fatos novos.

Maria Moisés e Manuel António foram assistir ao

desfile. O prémio foi para os três irmãos: Ana Rafaela,

Telmo e Gonçalo.

Na aldeia ficaram impressionados. O Carnaval foi o máximo! E, quando

eles foram para a escola, os colegas deram-lhes os parabéns.

16


No fim da escola, as crianças foram para casa sozinhas e, quando

chegaram, os pais não estavam lá. As crianças ficaram tristes.

Ligaram à polícia e deram a morada para investigarem o caso. Ficaram

à espera de notícias. Foram para a esquadra e pediram para os levarem a

casa dos tios.

Já na casa dos tios, a polícia ligou a dizer que já tinham encontrado os

pais. Tinham sido raptados e levados para uma fábrica de pólvora, onde

havia canhões e outras armas. Os raptores queriam dinheiro e diamantes,

mas não conseguiram porque a polícia chegou a tempo e prendeu-os.

Os ladrões apanharam vinte anos de prisão.

Os meninos ficaram muito felizes porque os pais estavam bem. Nesse

mesmo dia foram à praia celebrar e fazer surf.

Apareceu um tubarão, que assustou o pai e começou a aproximar-se

dos meninos. Eles gritaram por socorro e os nadadores-salvadores foram

ajudá-los com o seu barco salva-vidas. Entretanto, o tubarão bateu com

a barbatana no barco, e virou-o. Os nadadores tiveram dificuldade em

regressar à praia a nado, mas puseram toda a família a salvo.

5º capítulo


17

Eles regressaram a casa aliviados depois daquela tão grande aventura.

Ainda muito assustados foram para a cama e sonharam com o terror que

tinha acontecido durante a tarde. A meio do sonho acordaram confusos,

porque não sabiam se era sonho ou realidade. Maria Moisés acorreu ao

quarto dos filhos.

18


– Calma, foi só um pesadelo, já passou. – Disse a mãe.

– Mas parecia outra vez realidade. – Disse Gonçalo.

E voltaram a adormecer.

Pela manhã, os irmãos levaram o pequeno-almoço ao quarto dos

pais.

– Muito bem, meus filhos, estão a crescer cada vez mais. Vamos lá

comer – disse a mãe. – Despachem-se que são horas de ir para a escola.

Na escola, eles contaram as aventuras que tinham acontecido no

fim-de-semana. Os seus amigos ficaram muito impressionados com as

aventuras dos três irmãos e chamaram-lhes “ Os Super Heróis”.

A professora pediu-lhes que escrevessem e ilustrassem essas aventuras

para publicar no blogue da escola. A partir daí ficaram muito famosos e

conhecidos.

FIM

O sonho de Maria Moisés

DESENHOEB1 S. Miguel-o-Anjo, turma 44º ano


21

Era uma vez uma menina chamada Maria Moisés, que foi encontrada

sozinha e abandonada junto a um rio.

Passado algum tempo, veio um se-nhor montado num cavalo branco,

que galopava com muita leveza. Como ele viu a menina, levou-a para

casa.

Quando chegou a casa, deu à menina um produto que tinha vitaminas

e, nesse momento, entrou lá um assaltante e aconteceu uma luta mas…

no fundo, foi tudo uma gravação.

1º capítulo

22


Passado algum tem-

po, Maria Moisés disse

que já estava melhor,

com o produto de vita-

minas.

No dia seguinte,

ela levantou-se e foi

dar comida ao cavalo

branco, e este, depois

de comer, ficou muito

satisfeito!

Como a menina era criança, gostou muito de dar comida ao cavalo e

ele gostou muito dela. Depois apareceu um homem que lhe perguntou

as horas e ela achou-o estranho e perigoso. Ela pegou numa frigideira e

bateu, com ela, na sua cabeça.

Passado algum tempo ela foi ver o cavalo e contou-lhe um pouco da

sua vida. A menina tinha um grande desejo, que era encontrar um príncipe

encantado. Ela gostava que ele viesse ter com ela num Ferrari vermelho.

2º capítulo


23

Um dia Maria Moisés foi dar um passeio a cavalo. Viu um senhor muito

rico, que queria comprar o cavalo branco, mas ela não desejava deixar o

seu amigo, pois gostava muito dele e contava-lhe a sua vida.

Quando o senhor foi embora, a menina viu para onde ele se dirigia:

estava a entrar num Ferrari vermelho.

Ela subiu para o cavalo e foi a galopar até à casa do senhor, seguindo-o.

Quando lá chegou tocou à campainha. Uma empregada abriu a porta e

disse:

3º capítulo

24


– O que quer?

– Queria falar com o seu patrão, pode ser?

– Sim, como se chama?

– Eu chamo-me Maria.

– Um momento, por favor!

Passados uns instantes, apareceu o mesmo senhor, que lhe

perguntou:

– Precisa de mim?

– Sim, há pouco você queria comprar o meu cavalo, mas não posso

vendê-lo. Se quiser, eu junto o cavalo com uma égua e ofereço-lhe a cria.

Aceita?

– Sim, aceito a proposta.

E assim aconteceu… O cavalo arranjou uma namorada e, depois de

alguns meses, nasceu uma cria (um potro macho) que era para o senhor

que acabou por ficar amigo de Maria e que se chamava José.


25

Passados meses, a cria

estava crescida e chamava-

-se Bolinhas.

O senhor José combinou

ir a uma quinta grande,

aprender a equitar, em se-

gurança, devidamente equi-

pado.

Quando chegou lá viu

um cowboy engraçado. Foi

ele quem ensinou José a

equitar. Ensinava muito bem!

Esse cowboy chamava-se Alex e tinha dois ajudantes, o Pedro e o João,

que se tornaram seus amigos.

O José morava longe. Por isso foi almoçar ao “Bar Restaurante de

Equitação” que lá existia. Pediu a ementa e, enquanto esperava pelo seu

pedido, apareceu Maria Moisés. Almoçaram juntos.

4º capítulo

26


Após o almoço, José levou Maria Moisés a casa e deu-lhe amor e carinho.

Maria estava muito cansada e foi dormir uma sesta. Quando acordou, teve

uma grande surpresa:

José tinha-lhe feito um bolo de chocolate com chantilly.

Ele também lhe deu um fio de ouro com diamantes. Maria ficou muito

agradecida e deu-lhe um abraço.

Ela ficou corada porque gostava muito dele. Mais tarde eles foram

juntos a um restaurante italiano e encontraram lá o Pedro e o João, os

seus amigos. No fim, os dois caminharam até à praia e ficaram a ver o luar.

Também brincaram divertidos.

Quando se sentiram cansados, sentaram-se na areia e olharam um para

o outro. De repente, beijaram-se e disseram, um ao outro, que estavam

apaixonados. Passado algum tempo casaram-se numa igreja, com uma

decoração muito bonita. Foi uma festa maravilhosa e o Pedro e o João

também foram convidados para a cerimónia.

Foram para as Caraíbas passar a Lua-de-Mel, onde se divertiram imenso.

Até viram baleias, leões-marinhos e golfinhos. Um dia foram nadar e viram

um tubarão! Fugiram, cheios de medo, e correram para o hotel. À noite,

5º capítulo


27

estavam eles mais calmos, quando bateram à porta. Era um vampiro. Eles

chamaram imediatamente a polícia.

Os agentes da autoridade foram lá para investigar o caso mas, afinal, o

vampiro era o João que tinha resolvido pregar-lhes uma partida!

Resolvido o mal-entendido, ninguém ficou zangado e continuaram

todos amigos. Até o João ficou uns dias nas Caraíbas a passar férias com

eles! FIM

Históriade Maria Moisés

DESENHOEB1/JI de Lousado, turma 4B4º ano


31

Era uma vez uma menina

chamada Maria Moisés, que

foi encontrada sozinha e

abandonada junto a um rio.

Uma baleia apareceu de

repente no rio e, tão esfo-

meada que estava, engo-

liu-a.

Dentro da barriga da ba-

leia, a Maria Moisés gritou e

fez um grande escândalo.

A meio do caminho, a baleia arrotou e a garganta da baleia fez

interromper a voz da menina.

Como a Maria Moisés tinha sal e pimenta, espalhou-os pela garganta

da baleia e conseguiu derrotá-la.

E assim começou a história da Maria Moisés.

1º capítulo

32


A menina pediu des-

culpa à baleia e fez-lhe

uma surpresa.

A surpresa era um fato

de banho para baleias.

Ela ficou com muita

vergonha e disse:

– Obrigada!

– Desculpa pela pimenta e pelo sal! – disse a Maria Moisés.

– Queres conhecer as minhas amigas? – perguntou a baleia.

– Obrigada por me deixares conhecer as tuas amigas! – disse-lhe Maria

Moisés.

Entretanto, elas começaram a preparar um belo lanche. Mas havia o

perigo de aparecerem tubarões.

– Amanhã os tubarões estarão a dormir e poderemos ir. – Disse a

baleia.

Logo de seguida, os tubarões começaram a acordar…

– Vamos! Fujam! – Gritou a menina.

2º capítulo


33

A baleia lembrou-se de

uma gruta que havia debaixo

de água.

Quando a baleia e a Maria

Moisés iam a caminho da

gruta, um tubarão disse:

– Eu vou-vos apanhar e

vou-vos comer!

Mal o tubarão acabou de

falar, ficaram com medo e

esconderam-se na gruta nova.

A baleia e a Maria Moisés estavam sempre a espreitar, para ver se

estavam lá fora os tubarões.

A Maria Moisés viu que os tubarões já não estavam lá e saíram do

esconderijo, para fugirem.

O tubarão espertalhão escondeu-se, à espera que elas saíssem da

gruta, pensando que ele tinha desistido e ido embora.

Quando os amigos saíram da gruta, o tubarão espertalhão foi a nadar

3º capítulo

34


rapidamente, para chamar os seus companheiros.

E começou a caça às duas amigas…

Os tubarões cercaram a Maria Moisés e a baleia. Logo de seguida, as

duas amigas foram levadas ao rei, que ordenou:

– Levem-nas para as masmorras!

Os tubarões levaram-nas para as masmorras, mas no caminho elas

conseguiram fugir.

Quando elas fugiram, encontraram um sítio mágico.

Maria Moisés disse:

– Esta aventura foi algo muito estranha.

Entretanto, no castelo dos tubarões, o rei estava muito zangado e

irritado. Ele berrava aos seus guardas:

– Vão atrás delas! Rápido! Quero-as aqui imediatamente!

Os tubarões partiram em busca das duas amigas. Como eram mais

velozes, rapidamente as encontraram e apanharam.

Contudo, a baleia deu-lhes com a sua poderosa cauda e conseguiu

derrubar os tubarões.

As duas amigas fugiram para muito longe, pois os tubarões ficaram

desmaiados.

Quando repararam que tinham despistado os tubarões, as duas amigas

fizeram uma corrida para celebrar…


35

Depois de a baleia e Maria Moisés terem feito uma corrida, esqueceram-

-se das amigas da baleia.

– Que bonito! – Disse a baleia, por causa da paisagem.

Elas foram para a costa e encontraram uma baía lindíssima.

– Que fixe! – Exclamou a Maria Moisés.

– Vamos descansar. – Disse a baleia.

Elas estavam muito alegres e feli-zes. Entretanto, a Maria Moisés e a

baleia adormeceram.

Quando elas estavam a dormir, um barco foi ter à costa.

– Que lindo! – Disse o homem.

– Olha uma baleia! É muito gorda! – Disse o amigo.

– Vamos apanhá-la! – Sugeriu o homem.

A baleia ficou espantada, porque nunca tinha visto um barco tão

grande.

Entretanto, a baleia fugiu dali, com Maria Moisés, para o mar alto.

Elas estavam com medo do que lhes podia acontecer.

Os homens meteram-se no barco, porque era muito rápido, e foram

atrás das duas amigas.

4º capítulo

36


Em alto-mar, as duas amigas viram um iceberg e esconderam-se atrás

dele, conseguindo despistar o barco, que já estava a ficar sem gasolina e,

entretanto, voltou para a costa.

As duas amigas continuaram a sua viagem, mas mais cuidadosas…


37

A baleia encontrou as suas amigas.

– O que estão aqui a fazer? – Disse a amiga da baleia.

– Depois eu conto-te, mas diz-me um sítio para me esconder.

5º capítulo

38


Elas foram para casa da amiga.

À entrada, estava um peixe--dourado, que nadava às voltas de um

baú.

Os tubarões acordaram e descobriram a casa onde elas estavam.

Maria Moisés e a baleia fugiram para uma gruta. Lá, morava um caran-

guejo janota.

Os tubarões entraram na gruta e o caranguejo lembrou-se de uma

passagem secreta. Os tubarões foram por uma gruta errada e caíram numa

armadilha perigosa.

Fugiram a sete pés!

Elas esconderam-se atrás de um penedo e os tubarões pensaram que

elas tinham ido para a costa.

Quando saíram de trás do penedo, os tubarões já não estavam lá.

As nossas amigas estavam finalmente livres!

FIM

Maria Moisés e os dragões

DESENHOEB1 Abade Vermoim, turma 24º ano


41

Era uma vez uma menina

chamada Maria Moisés, que foi

encontrada sozinha na beira de um

rio.

A menina tinha fugido dos pais

e foi-se esconder numa fábrica

abandonada. Quando lá entrou,

ficou assustada com aquilo que

viu. Estava um dragão com cauda

cilíndrica de coelho, cabeça de

galinha, pescoço de girafa, asas de

papagaio, pele de sapo e pernas de

formiga.

Como estava muito medrosa,

encostou-se a uma bomba, que rebolou até às outras e começou a ouvir

barulhos estranhos: “tic…tac…tic…tac…” Então fugiu, mas tropeçou

numa pedra, caiu e magoou-se no joelho.

1º capítulo

42


De seguida, ouviu as bombas, que tinham

acabado de rebentar.

Agora, os seus pais já não estavam preo-

cupados, porque tinham a menina em casa.

Aquele dragão, quando as bombas reben-

taram, fugiu com os duendes mágicos numa

nave espacial.

Os seus amigos ficaram felizes, porque o

dragão tinha fugido para a floresta e ia casar

com uma dragoa.

– Amanhã vamos ao casamento do dragão

e da dragoa. – Disse Maria Moisés.

– Vai ser giro. – Disse a mãe.

– Mas eu nunca fui a um casamento de

dragões.

A dragoa estava com um problema: tinha o lábio magoado.

– Sabes, mãe, o problema, da dragoa é o seu lábio torto e feio.

– Não te preocupes - disse a mãe. – Não olhes para o seu lábio.

2º capítulo


43

Maria Moisés e os seus pais, quando lá chega-

ram, viram muitos dragões a brincar, a comer, a

andar de baloiço e no escorrega, a andar à luta, a

jogar à bola, a jogar ao macaquinho chinês, a jogar

às caçadinhas…

Então chegou a hora do almoço. Havia comida

para pessoas e para dragões.

Após o almoço, foi o casamento.

Entretanto, chegou muita gente e outros dragões.

Em cima da mesa ficaram os restos de comida e

os outros dragões, que chegaram atrasados ao

casamento, comeram-nos. Depois celebrou-se a

cerimónia.

O padre casou os dragões e ficaram todos muito

felizes. Na hora do lanche, a dragoa atirou o ramo de flores ao ar.

No dia seguinte, eles zangaram-se e ficaram chateados um com o

outro.

3º capítulo

44


De seguida, o dragão fugiu de casa e foi para um armazém

abandonado.

Nesse armazém, estavam pessoas a fumar e a deitar gasolina no chão,

para o incendiarem.

O dragão não ligou e foi-se

embora.

Como ele continuava fora de casa,

decidiu atirar-se ao mar. Encontrou

uma sereia que tinha cabeça de

escritor, corpo de dicionário e cauda

de estupidez.

O seu namorado chamava-se Quim

Roscas.

Uma vez que o dragão estava

zangado, começou a lutar com o Quim

Roscas, que tinha olhos azuis.

4º capítulo


45

Foi a um palácio que era lindo e lá dentro estava uma donzela que

tinha nariz de macaco, rabo de galinha, corpo de armário, cabeça de

rinoceronte e chamava-se Troblé.

O dragão pediu-a em casamento.

- Está bem, eu aceito casar contigo. – Disse a Troblé.

O casamento foi com flores à volta da igreja.

O altar estava coberto de dragões pequeninos.

Os dragões estavam vestidos de fatinhos janotas.

A Troblé tinha um vestido com flores e algas.

O dragão estava com um fato preto e uma gravata branca.

As alianças tinham diamantes vermelhos.

Quando o padre anunciou que eles já eram marido e mulher, um vulcão

explodiu.

Interrompeu-se o casamento e as pessoas assustaram-se e fugiram.

Depois um dragãozinho lambeu a lava do vulcão e da sua boca saíram

mil chamas.

5º capítulo

46


Os dragões, muito aflitos, atiraram-

-se uns para cima dos outros.

Quando o dragãozinho estava a

atirar chamas, começou tudo a arder.

A sereia, com o bom faro que tinha,

cheirou um elefante bombeiro, que

estava à beira do lago. Pediu-lhe ajuda

e ele foi, atirando água para a boca do

dragãozinho. E assim o dragãozinho

não cuspiu mais fogo.

Então, a mãe pôs o dragãozinho de

castigo para ele aprender a não voltar

a fazer aquilo.

O dragão ficou de castigo quinze

meses no quarto.

Mais tarde, quando já era adulto, ele encontrou uma gruta cheia de

pérolas e diamantes, que brilhavam no escuro.

E assim ficou rico, casou e ficou muito feliz para sempre.

FIM

Se eu fosse Maria Moisés

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