Se eu fosse uma árvore

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Se eu fosse uma árvore Um dia eu estava a dormir. Quando acordei, reparei que tinha folhas na cama, o que achei muito estranho porque no dia anterior não tinha saído à rua. Então, fui lá abaixo ver-me ao espelho para ver se estava suja. Olhei para o espelho e vi que eu era uma árvore, mas o que me interessava mais era o que eu dava de frutos. Fui lá para fora sem que os meus pais me vissem para não se rirem de mim, pois aquilo era muito embaraçoso. Quando cheguei lá fora pedi a uma menina que estava ali a passar para me regar e ela disse imediatamente que sim. No dia seguinte eu acordei e ouvi a minha mãe a gritar Ana!”, mas não liguei lá muito. Antes de tudo olhei para mim e disse: - Mas é incrível, eu dou bandoletes! Então, eu olhei para o chão e vi que as crianças me adoravam por eu dar bandoletes. Entretanto, eu via o meu pai e a minha mãe cada vez mais tristes e nesse mesmo dia pedi às crianças que me dissessem quem me tinha lançado este feitiço. Elas responderam imediatamente que tinha sido uma bruxa ali do bairro e pedi-lhes para me levarem até lá. Não é que eu tenha alguma coisa contra o feitiço, mas é que eu queria voltar a ver os meus pais. Então, quando chegámos à casa da bruxa, que era mais uma caverna, ela disse que voltava a transformar-me em menina.

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árvore, escrita criativa

Transcript of Se eu fosse uma árvore

Se eu fosse uma árvore

Um dia eu estava a dormir. Quando acordei, reparei que tinha folhas na

cama, o que achei muito estranho porque no dia anterior não tinha saído

à rua.

Então, fui lá abaixo ver-me ao espelho para ver se estava suja. Olhei para o

espelho e vi que eu era uma árvore, mas o que me interessava mais era o

que eu dava de frutos. Fui lá para fora sem que os meus pais me vissem

para não se rirem de mim, pois aquilo era muito embaraçoso. Quando

cheguei lá fora pedi a

uma menina que estava

ali a passar para me

regar e ela disse

imediatamente que sim.

No dia seguinte eu

acordei e ouvi a minha

mãe a gritar “Ana!”,

mas não liguei lá muito.

Antes de tudo olhei

para mim e disse:

- Mas é incrível, eu dou

bandoletes!

Então, eu olhei para o chão e vi que as crianças me adoravam por eu dar

bandoletes. Entretanto, eu via o meu pai e a minha mãe cada vez mais

tristes e nesse mesmo dia pedi às crianças que me dissessem quem me

tinha lançado este feitiço. Elas responderam imediatamente que tinha

sido uma bruxa ali do bairro e pedi-lhes para me levarem até lá.

Não é que eu tenha alguma coisa contra o feitiço, mas é que eu queria

voltar a ver os meus pais. Então, quando chegámos à casa da bruxa, que

era mais uma caverna, ela disse que voltava a transformar-me em menina.

Quando cheguei a casa eu disse aos meus pais que tinha tido um dia em

cheio. Eles perguntaram o que é que eu tinha feito e eu respondi que era

segredo. Eles também me contaram que tinham sentido muito a minha

falta, mas como eu já estava lá disseram que estava tudo bem.

No dia seguinte eu acordei como uma braçadeira e repeti o meu dia

anterior, mas desta vez não dava nada. Eu achei muito estranho e fui lá

para fora, reparando que lá estava a senhora que me tinha dito olá da

outra vez que eu estava muito diferente. A senhora era a bruxa e virou-se

para mim e disse-me:

- Amanhã de manhã vais deixar de ter o dom de ser uma árvore e vais

desaparecer por completo e nunca mais ninguém te vai ver. Até à vista

menina!

Então, eu fui até ao covil dela pedir-lhe que não me fizesse desaparecer e

ela concordou e eu, como habitualmente, perguntei-lhe porquê. Ela

respondeu-me que eu era boa pessoa e ela nunca me iria fazer

desaparecer. A seguir fui para casa e contei o dia que eu tinha tido, mas

não contei a parte em que eu me tinha transformado numa árvore, isso

deveria manter em segredo pois se contasse aí é que desaparecia mesmo.

Nessa mesma noite fui até ao covil da bruxa e perguntei-lhe se me

conseguia arranjar um fato de carnaval. Ela respondeu-me que sim e deu-

me um fato de coelhinho. Como servia, fui para casa e adormeci

profundamente na minha cama, mas antes fui beber um copo de leite com

chocolate acompanhado com torradas bem quentinhas.

Ana Alves 4º Ano

16-2-2011

A árvore que dava amor

Eu um dia quando acordei, reparei que era uma árvore. Eu achei muito

estranho. Depois chegou lá um amigo meu que me disse:

- Que fixe, hoje és tu!

- Sou eu o quê?

- Hoje és tu a árvore do

amor. Sempre desejei ser a

árvore do amor.

- A árvore do amor?! Mas

que história é essa? -

perguntei eu.

- Não conheces a história da

árvore do amor? Então eu

explico-te…

Há alguns anos nasceu

uma árvore chamada

Árvore do amor. Essa

árvore era muito bondosa e

toda a gente gostava dela.

Um dia um grupo de adolescentes veio aqui à frente da árvore e

disseram-lhe que gostavam muito de ser como ela. Então, algum tempo

depois, a árvore telefonou para uma amiga dela que era feiticeira e pediu-

lhe para no dia seguinte ir ter com ela.

No dia seguinte como combinado, a feiticeira foi ter com a árvore. A

árvore disse-lhe que queria que ela a transformasse em humana e que

cada dia transformasse uma pessoa na árvore do amor. Hoje essa pessoa

és tu.

- E como é que tu sabes essa história? Eu acho que tu estás a inventar

essa história toda.

- Não, não estou, eu li num livro.

- E como é que tu podes provar-me isso?

- Mostrando-te. Vem!

- Não posso, não te esqueças que eu sou uma árvore.

- Ah, pois é! Então eu vou buscar o livro.

Algumas horas depois o meu amigo chegou a sua casa e começou a

procurar o livro. Uma hora depois o meu amigo chegou e começou a ler-me

a história. Quando ele acabou de me ler a história, como eu estava cheia

de sono adormeci.

No dia seguinte quando acordei, reparei que estava deitada no chão à

frente da árvore e lembrei-me da história que o meu amigo me tinha

contado.

Depois olhei para a árvore e vi que o meu amigo é que era a árvore e disse-

lhe:

- Hoje és tu a árvore do amor.

- Pois sou. E agora já acreditas na história da árvore do amor?

- Sim, agora já acredito na história da árvore do amor.

Daniela 16\2\2011

A árvore que era rica

Era uma vez uma árvore que era minha, dava-me nove milhões novecentos e

noventa e nove euros por dia. Quando acabou aquele mês eu já era o homem

mais rico do mundo.

Depois a árvore morreu mas nasceram várias árvores iguais à outra que eu

tinha. E depois perguntei ao meu pai:

- Posso ficar com elas?

- Não.

- Vá lá.

- Não.

- Vá lá.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Vá lá, pai.

- Está bem, eu deixo.

Frederico 16/2/2011

Uma árvore imaginária

Um dia vi uma árvore imaginária que tinha muitas bolas de futebol.

No dia seguinte eu dei uma bola a um

colega meu e perguntei:

- Queres uma bola?

E ele respondeu:

- Sim, quero.

- Então toma. – disse eu.

A seguir eu contei a todos os meus

colegas e eles acreditaram que a minha

árvore imaginária tinha bolas de futebol.

De seguida a minha mãe foi buscar-me.

No final todos os meus colegas ficaram com as minhas bolas menos uma porque

aquela era para mim.

Quando cheguei a casa a minha árvore ainda existia.

E quando fui dormir ela começou a desfazer-se e as bolas também.

Então eu comecei a chorar.

No dia seguinte os meus colegas foram logo ao pé de mim e disseram-me:

- As nossas bolas desapareceram, Tiago.

- Eu sei, a minha também desapareceu. – disse eu.

No fim ficámos todos tristes porque as nossas bolas desapareceram para outra

árvore imaginária.

Tiago 16/02/11 4ºano