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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · O reconhecimento do papel e a...
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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)
ATUALIZAÇÃO EM VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL DO SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)CURSO
Módulo III (Parte I):Provisões da Proteção Social Especial
Facilitadora: Michelle Rodrigues
3.1 – Estruturação e Oferta dos Serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade
PROTEÇÃO SOCIAL
Proteção Social BásicaProteção Social
Especial
Alta Complexidade
Média Complexidade
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
Organiza a oferta de serviços, programas e projetos de caráter especializado.
Objetivo: contribuir para a construção/fortalecimentode vínculos familiares e comunitários, o fortalecimentode potencialidades e aquisições e a proteção de famíliase indivíduos para o enfrentamento das situações derisco pessoal e social, por violação de direitos.
violência física, psicológica e negligência; abandono;violência sexual; situação de rua; trabalho infantil;cumprimento de medidas socioeducativas em meioaberto; afastamento do convívio familiar, dentre outras.
Na organização das ações de PSE é precisoentender que o contexto socioeconômico,político , histórico e cultural pode incidir sobreas relações familiares, comunitárias e sociais,gerando conflitos, tensões e rupturas,demandando, assim, trabalho socialespecializado.
Contexto
Família
Indivíduo
Acompanhamento e atendimentos continuados e especializados.
Centralidade na família.
Acompanhamento/atendimentos a indivíduos sem referência familiar.
Compreensão de que situações de risco social e violação de direitos se constroem em determinado contexto social e são multideterminadas.
Processo de mudança e enfrentamento inclui intervenções no campo:
•da subjetividade; •das relações familiares e comunitárias; •do acessos a direitos e inserção social.
Pressupõe necessária atenção à intersetorialidade e ao trabalho em rede.
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
Média Complexidade
Vínculos Fragilizados
CREAS
CENTRO POP
Alta Complexidade
Vínculos Rompidos
UNIDADES DE ACOLHIMENTO
O que é a Proteção Social Especial de Média Complexidade?
A Proteção Social Especial (PSE) de Média Complexidadeorganiza a oferta de serviços, programas e projetos decaráter especializado que requerem maior estruturaçãotécnica e operativa, com competências e atribuiçõesdefinidas, destinados ao atendimento a famílias eindivíduos em situação de risco pessoal e social, porviolação de direitos. Devido à natureza e aoagravamento destas situações, implicaacompanhamento especializado, individualizado,continuado e articulado com a rede.
CREAS MUNICIPAL
• Pública
• Abrangência Municipal
• CofinanciamentoFederal
CREAS REGIONAL
• Pública
• Abrangência Regional
• CofinanciamentoFederal e/ou Estadual
• Fortalecer a Rede
• Apoiar tecnicamente os municípios
CENTRO POP
• Pública
• Abrangência Municipal
• CofinanciamentoFederal
• Atendimento para População em situação Rua
Competências do CREAS
O papel do CREAS no SUAS define suas competênciasque, de modo geral, compreendem:
ofertar e referenciar serviços especializados de carátercontinuado para famílias e indivíduos em situação derisco pessoal e social, por violação de direitos, conformedispõe a Tipificação Nacional de ServiçosSocioassistenciais;
A gestão dos processos de trabalho na Unidade,incluindo a coordenação técnica e administrativa daequipe, o planejamento, monitoramento e avaliação dasações, a organização e execução direta do trabalhosocial no âmbito dos serviços ofertados, orelacionamento cotidiano com a rede e o registro deinformações, sem prejuízo das competências do órgãogestor de assistência social em relação à Unidade.
Não compete ao CREAS:
Ocupar lacunas provenientes da ausência deatendimentos que devem ser ofertados na rede pelasoutras políticas públicas e/ou órgãos de defesa dedireito;
Ter seu papel institucional confundido com o deoutras políticas ou órgãos, e por conseguinte, asfunções de sua equipe com as de equipesinterprofissionais de outros atores da rede, como, porexemplo, da segurança pública (DelegaciasEspecializadas, unidades do sistema prisional, etc),órgãos de defesa e responsabilização (Poder Judiciário,Ministério Público, Defensoria Pública e ConselhoTutelar) ou de outras políticas (saúde mental, etc.);
Assumir a atribuição de investigação para aresponsabilização dos autores de violência, tendo emvista que seu papel institucional é definido pelo papel eescopo de competências do SUAS.
É importante destacar...
O reconhecimento do papel e a delimitação dascompetências do CREAS podem ser fortalecidos com omapeamento da rede e construção de fluxos eprotocolos intersetoriais de atendimento, comdefinição de papéis e responsabilidades. Estaconstrução pode, inclusive, contribuir para identificarlacunas e, até mesmo, conflitos de papéis ecompetências na rede.
É importante que o órgão gestor de Assistência Socialseja protagonista na construção, junto ao órgão gestordas demais políticas e órgãos de defesa de direitos, defluxos de articulação e protocolos de atendimentointersetorial a famílias e indivíduos na rede, os quaisincluam o CREAS.
Eixos norteadores do trabalho social no CREAS
1. Atenção especializada e qualificação do atendimento:
desenvolvimento de intervenções mais complexas;conhecimentos e habilidades técnicas mais específicas;conjunto de atenções específicas, de acordo com suasSingularidades; equipe profissional seja interdisciplinar;equipe profissional seja interdisciplinar; prevenção doagravamento das situações atendidas; ações decapacitação e educação permanente, momentos deintegração em equipe, trocas de experiência, estudosde caso e assessoria de profissional externo, dentreoutras estratégias
o território permite compreender a forma como asrelações sociais se materializam num determinadoespaço, as oportunidades e a exposição a riscos, queconformam potencialidades e vulnerabilidadespróprias da dimensão territorial.
Assim, as situações de risco pessoal e social, porviolação de direitos, que incidem nas famílias eindivíduos sofrem influência e se expressamdiferentemente nos territórios, de acordo com asrealidades sociais, econômicas, políticas e culturaisde um determinado contexto.
3. Acesso a direitos socioassistenciais:
• Atendimento digno, atencioso e respeitoso, ausentede procedimentos vexatórios e coercitivos;
• Acesso à rede de serviços com reduzida espera e deacordo com a necessidade;
• Acesso à informação, enquanto direito primário docidadão, sobretudo àqueles com vivência de barreirasculturais, de leitura e de limitações físicas;
• Ao protagonismo e à manifestação de seus interesses;
• À convivência familiar e comunitária;
• À oferta qualificada de serviços.
4. Centralidade na família:
visa compreender, em um determinado contexto, comose constroem e se expressam as relações familiaresentre seus membros.
Essa perspectiva não visa responsabilizar a família eseus componentes no tocante às vicissitudes quevivenciam no seu cotidiano, mas contextualizar asituação vivida e recolocar o papel do Estado comoprovedor de direitos por meio das políticas sociais,fornecendo instrumentos de apoio e sustentaçãonecessários para a proteção social das famílias.
A centralidade na família implica, ainda, reconhecer queesta pode se configurar como um espaço contraditório,onde o lugar da proteção pode ser também o daviolência e da violação de direitos.
5. Mobilização e Participação Social
No que diz respeito às intervenções no território, pode-se destacar ações como campanhas intersetoriais demobilização para a prevenção e o enfrentamento desituações de risco pessoal e social, por violação dedireitos, organizadas a partir de um esforço coletivo darede, envolvendo a sociedade civil organizada, asdiversas políticas e os órgãos de defesa de direitos.
Quanto à participação social dos usuários, ressalte-seque esta deve também orientar e permear o trabalhosocial no CREAS, uma vez que constitui importanteinstrumento para o conhecimento e a defesa coletiva dedireitos e, por conseguinte, para o exercício doprotagonismo. Nessa direção, cabe destacar aspossibilidades: dos usuários participarem e/ouorganizarem associações, movimentos sociais epopulares, comissões locais dentre outros.
6. Trabalho em Rede
O trabalho em rede tem como objetivo integrar aspolíticas sociais, na sua elaboração, execução,monitoramento e avaliação, de modo a superar afragmentação e proporcionar a integração dasações, resguardadas as especificidades ecompetências de cada área.
Monitoramento e Avaliação no CREAS
Coordenação do CREAS e o órgão gestor de AssistênciaSocial tem a função de monitorar e avaliar as açõesrealizadas, aperfeiçoando e/ou redimensionando asmesmas, no sentido de qualificar a prestação do (s)serviço (s) ofertado (s).
Medidas que podem qualificar o processo demonitoramento e avaliação do CREAS:•Padronização dos instrumentais de registro e coleta dedados e informações;• Desenvolvimento de ferramentas para armazenamento,sistematização e análise dos dados e informações;•Seleção/construção de indicadores, a partir dosobjetivos da Unidade e do (s) Serviço (s) ofertado (s);•Participação dos usuários no processo demonitoramento e avaliação, com possibilidades derealizar proposições;•Integração com as ações da vigilância socioassistencial.
Registro de informações
• O registro de informação constitui procedimento a seradotado pelo CREAS para gerar conhecimento einstrumentalizar a gestão, o monitoramento e aavaliação;
• Deve ser realizado por meio de instrumentais quepermitam armazenar um conjunto de informaçõespertinentes ao trabalho social desenvolvido;
• Recomenda-se que seja organizado de formapadronizada e informatizada;
• Observação de questões éticas: necessidade de sigiloe privacidade;
• Importância de atentar-se para as recomendações dosconselhos de categoria profissional.
Registro de informações Em linhas gerais, o registro de informação no CREAS divide-se em:
Registros para monitorar e avaliar ações e serviços
• Importante meio para conhecer e analisar situações derisco pessoal e social existentes no território e atendidas noCREAS;• Enviadas com organização e periodicidade ao órgão gestor,sobretudo para subsidiar a área de VigilânciaSocioassistencial, que retroalimentará o CREAS com oconhecimento produzido em seu âmbito;• Necessárias ao preenchimento de sistemas de âmbitomunicipal, estadual, federal, a exemplo do CensoSUAS/CREAS;• Importante observar o disposto na Resolução CIT nº 4, demaio de 2011 – institui parâmetros nacionais para o registrodas informações relativas aos serviços ofertados nos CRAS enos CREAS;• Possibilita a gestão da informação, contribuindo para aqualificação das ofertas da Unidade e a consolidação do SUAS
Registros sobre o acompanhamento familiar/individual
• Contribui para a organização e sistematização dasinformações de cada situação acompanhada;• Deve ser restrita à equipe do CREAS, de modo apreservar o sigilo e a privacidade necessária.
Para este registro, pode-se adotar diferentesinstrumentais, dentre os quais:
Prontuários Plano de Acompanahmento Individual e/ou FamiliarRelatórios
Planejamento do Trabalho no CREAS
O trabalho interdisciplinar, base da atuação do CREAS,requer a adoção de estratégias que possibilitem aparticipação e o compartilhamento de concepções portodos os componentes da equipe. Nesse sentido, éfundamental considerar os distintos olhares econtribuições das diferentes áreas de formação, além daexperiência profissional de cada integrante e sua funçãono CREAS.
CoordenaçãoTécnicos de Nível Médio
Técnicos de Nível Superior
Trabalho Social
• Reuniões de Equipe:
tem como objetivo debater e solucionar os problemasidentificados no trabalho, de natureza técnica-operativaou de relacionamento interprofissional.
Dentre outros aspectos, estes momentos tambémdevem ser utilizados para se avaliar e reavaliar as açõesdesenvolvidas na Unidade, para planejar e organizaratividades de atendimento, revisar instrumentos deregistro utilizados e as sistemáticas de preenchimento,monitorar as ações e os resultados obtidos, reorganizarfluxos internos de trabalho, discutir e definir estratégiasde articulação e de trabalho em rede, dentre outrosaspectos.
•Estudo de Casos:
tem como objetivo reunir a equipe para estudar,analisar e avaliar as particularidades e especificidadesdas situações atendidas, de modo a ampliar acompreensão e possibilitar a definição de estratégias emetodologias de atendimento mais adequadas, além deserviços da rede que deverão ser acionados, tendo emvista o aprimoramento do trabalho.
•Supervisão e assessoria de profissional externo
A supervisão e assessoria de profissional externopermite uma maturação da equipe em relação aoprocesso de trabalho, bem como pode promover espaçode troca de experiência e aprendizagem que conduza àmaior clarificação e transparência das funções epossibilidades de atuação de cada profissional.
É um momento de reflexão do grupo que pode serutilizado para o aperfeiçoamento profissional, dasmetodologias de trabalho edo acompanhamento especializado pela equipe doCREAS.
Controle Social e o CREAS
Aos Conselhos de Assistência Social cabe realizar ocontrole social do CREAS, ou seja, acompanhá-lo efiscalizá-lo desde a sua implantação, de modo a garantiro seu pleno funcionamento nas diversas localidades.
Observada a intersetorialidade do CREAS com outraspolíticas públicas e órgãos de defesa de direitos, ao CAScabe, ainda, articular-se com os conselhos das demaispolíticas públicas e os conselhos de direitos existentes,com o objetivo de fortalecer a integração das ações deacompanhamento a famílias e indivíduos em situaçãode risco pessoal e social, por violação de direitos.
Objetivos da atenção ofertada nos serviços
•O fortalecimento da função protetiva da família;
•A construção de possibilidades de mudança etransformação em padrões de relacionamentofamiliares e comunitários com violação de direitos;
•A potencialização dos recursos para a superação dasituação vivenciada e a reconstrução derelacionamentos familiares, comunitários e com ocontexto social, ou construção de novas referências,quando for o caso;
•O empoderamento e a autonomia;
•O exercício do protagonismo e da participação social;
•O acesso das famílias e indivíduos a direitossocioassistenciais e à rede de proteção social;
• A prevenção de agravamentos e da institucionalização.
Estrutura FísicaPara promover uma acolhida adequada e escutaqualificada aos usuários, o ambiente físico do CREAS deveser acolhedor e assegurar espaços para a realização deatendimentos familiar, individual e em grupo, emcondições de sigilo e privacidade.
Equipamentos e MateriaisDisponibilização de equipamentos e recursos materiaisessenciais que toda Unidade deve dispor e, ainda,equipamentos e materiais desejáveis que possamcontribuir para qualificar as ações e assegurar a suaefetividade.
Equipe TécnicaOs recursos humanos constituem elemento fundamentalpara a efetividade do trabalho e para a qualidade dosserviços prestados pelo CREAS. A vinculação dosprofissionais com a família/indivíduo constitui um dosprincipais elementos que qualificam a oferta do trabalhosocial especializado.
3.3 – Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos – PAEFI
De acordo com o disposto na Tipificação Nacional deServiços Socioassistenciais, é o serviço de apoio,orientação e acompanhamento a famílias com um oumais de seus membros em situação de ameaça ouviolação de direitos.
Compreende atenções e orientações direcionadas para:
promoção de direitos;preservação e o fortalecimento de vínculosfamiliares, comunitários e sociais e; fortalecimento da função protetiva das famíliasdiante do conjunto de condições que as vulnerabilizame/ou as submetem a situações de risco pessoal e social.
O atendimento fundamenta-se no respeito àheterogeneidade, potencialidades, valores, crenças eidentidades das famílias. O serviço articula-se com asatividades e atenções prestadas às famílias nos demaisserviços socioassistenciais, nas diversas políticas públicase com os demais órgãos do Sistema de Garantia deDireitos. Deve garantir atendimento sistemático,continuado e providências necessárias para a inclusão dafamília e seus membros em serviços socioassistenciaise/ou em programas de transferência de renda, de formaa qualificar a intervenção e restaurar direitos.
Os usuários deste serviço são famílias e indivíduos quevivenciam violações de direitos por ocorrência de:
Violência Física, psicológica e negligência;
Violência Sexual: abuso e/ou exploração sexual;
Afastamento do convívio familiar devido à aplicação demedidas sócio-educativas ou medidas de proteção;
Tráficos de pessoas;
Situação de rua e mendicância;
Abandono;
Vivência de trabalho infantil;
Discriminação em decorrência da orientação sexuale/ou raça/etnia;
Outras formas de violação de direitos decorrentes dediscriminação/submissões a situações que provocamdanos e agravos a sua condição de vida e os impedemde usufruir autonomia e bem estar;
Descumprimento de condicionalidades do PBF e doPETI em decorrência da violação de direitos.
Objetivos:
-Contribuir para o fortalecimento da família nodesempenho de sua função protetiva;
-Processar a inclusão das famílias no sistema de proteçãosocial e nos serviços públicos, conforme necessidades;
-Contribuir para restaurar e preservar a integridade e ascondições de autonomia dos usuários;
-Contribuir para romper com padrões violadores dedireitos no interior da família;
-Contribuir para a reparação de danos e da incidência deviolação de direitos;
-Prevenir a reincidência de violações de direitos.
Unidade de oferta: exclusivamente no CREAS
Formas de acesso: Encaminhamento da redesocioassistencial e de outras políticas públicas, órgãos dedefesa de direitos, dentre outros. - Demandaespontânea.
Trabalho social especializado
Consiste em procedimentos técnicos realizados pelosprofissionais do CREAS, de caráter continuado eplanejado, por período de tempo determinado, noqual, via de regra, faz-se necessário o estabelecimentode vínculos entre usuários e o serviço e requer adefinição de objetivos a serem alcançados, a partir dassituações, demandas e potencialidades identificadas.
Nesse processo, as aquisições alcançadas pelafamília/indivíduo devem ser registradas e avaliadas emconjunto com os mesmos.
Acolhida Escuta Estudo SocialConstrução de
plano individual e/ou familiar
Acesso à documentação
pessoal
Orientação sociofamiliar
Diagnóstico Socioeconômico
Monitoramento e Avaliação do
Serviço
Orientações e encaminhamentos
Identificação da família extensa
ou ampliada
Articulação interinstitucional
Elaboração de relatórios
Trabalho interdisciplinar
Referência e contra-referênciaOrientação
jurídico-social
Dimensões complementares do trabalho social especializado
ACOLHIDA
Acolhida inicial dos (as) usuários (as)
-Recepção acolhedora por parte dos profissionais compostura de não discriminação de qualquer natureza.
-Compreensão da situação e das demandas apresentadas.
- Início da construção de vínculos.
Postura acolhedora durante o período deAcompanhamento
- Essencial a toda a equipe, em todos os momentos daintervenção profissional. Refletida na:
- Na organização democrática.
- Na valorização da participação dos usuários.
- No respeito e consideração das suas trajetórias de vida.
Acompanhamento Especializado (Familiar e/ou Individual)
Pressupõe:
Atendimentos continuados (Individual, familiar, emgrupos) e particularizados
Construção participativa do Plano deAcompanhamento.
Espaço de acolhida, escuta qualificada e reflexão.
Estímulo à ampliação da conscientização sobrecontexto familiar e comunitário.
Empoderamento e fortalecimento da capacidadeprotetiva;
Fortalecimento de vínculos e construção de novaspossibilidades de relacionamentos familiares ecomunitários, assim como acesso a direitos e às diversaspolíticas públicas.
Fortalecimento da participação social.
Plano de Acompanhamento Individual e/ou Familiar
-Construído de forma participativa junto com os (as)usuários (as).
- Deve ser flexível, dinâmico e repactuado sempre quenecessário.
-Reconhecimento da especificidade de cada situaçãoatendida.
-Reflete necessidades e demandas dos (as) usuários (as), bem como metas e objetivos traçados que se pretendaalcançar.
Metodologias e técnicas possíveis ao acompanhamento
-Entrevista Individual e/ou Familiar
- Atendimento Individual e/ou Familiar
-Orientação e Atendimento em Grupo
-Orientação jurídico-social
-Estudos de Caso
-Oficinas e Atividades de Convívio e Socialização
- Ações de Mobilização e Participação Social -Encaminhamentos monitorados - Registros de Informações no Serviço
ARTICULAÇÃO EM REDE
Encaminhamentos monitorados (redesocioassistencial; órgãos de defesa de direitos; rede dasdemais políticas públicas – saúde, educação, trabalhoetc.; encaminhamento para inclusão no Cadastro Únicopara Programas Sociais e outros).
Pactuação de fluxos e protocolos.
Acompanhamento dos encaminhamentos realizados.
Comunicação permanente com outros partícipes darede (reuniões, discussão de casos, realização deatividades em parceria).
Mobilização da rede e da sociedade: participação emcampanhas de prevenção e enfrentamento.
ARTICULAÇÃO EM REDE
Rede de articulação nos territórios:
CRAS e outras unidades e serviços da rede socioassistencial;
Serviços socioassistenciais de Acolhimento;
Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – AEPETI.
Serviços de saúde mental e demais serviços da rede de Saúde.
Órgãos de Defesa de Direitos;
Educação e demais políticas públicas;
Instituições de Ensino Superior;
ONGs que atuam na defesa de direitos;
Movimentos Sociais, dentre outros.
Órgãos de defesa de direitos que compõem a rede de articulação do CREAS:
•Conselho Tutelar;
•Poder Judiciário;
•Ministério Público;
•Defensoria Pública;
•Delegacias/Delegacias Especializadas;
•Serviços de assessoramento jurídico e assistência judiciária;
•ONGs que atuam com defesa de direitos, a exemplo dos Centros de Defesa.
3.4 – Serviço Especializado em Abordagem Social
Caracterização
O que: trabalho social de abordagem e busca ativa queidentifique, nos territórios, a incidência de trabalhoinfantil, exploração sexual de crianças e adolescentes,situação de rua, dentre outras.
Onde: praças, entroncamento de estradas, fronteiras,espaços públicos onde se realizam atividades laborais,locais de intensa circulação de pessoas e existência decomércio, terminais de ônibus, trens, metrô e outros.
Para quem: crianças, adolescentes, jovens, adultos ,idosos e famílias que utilizam espaços públicos comoforma de moradia e/ou sobrevivência.
Unidades de oferta: CREAS ou unidade referenciada;Centro POP
Proteção social pró-ativa;
EscutaArticulação da
redeConhecimento
do território
Orientações e encaminhamentos
Articulação interinstitucional
Elaboração de relatórios
Informação, comunicação e defesa de direitos
Geoprocessamento e georeferenciamento de
informações
Objetivos
Construir o processo de saída das ruas e possibilitarcondições de acesso à rede de serviços e à benefíciosassistenciais;
Identificar famílias e indivíduos com direitos violados,a natureza das violações, as condições em que vivem,estratégias de sobrevivência, procedências, aspirações,desejos, e relações estabelecidas com as instituições;
Promover ações de sensibilização para divulgação dotrabalho realizado, direitos e necessidades de inclusãosocial e estabelecimento de parcerias;
Promover ações para a reinserção familiar ecomunitária.
O serviço deve buscar a resolução de necessidadesimediatas e promover a inserção na rede de serviçossocioassistenciais e das demais políticas públicas naperspectiva da garantia dos direitos.
Ações e estratégias necessárias
Identificação e avaliação das demandas;
Processo gradativo de aproximação para vinculaçãoa serviços;
Trabalho integrado com outras áreas – atuaçãoconjunta. Por ex: saúde;
Mapeamento dos territórios e locais onde seobservam situações de risco pessoal e social;
Conhecimento sobre as ofertas existentes nosterritórios (serviços, benefícios etc.) para informar aos(as) usuários (as);
Identificação de redes sociais de apoio que aspessoas dispõem nos locais onde convivem;
Estreita articulação com o Centro POP eserviços de acolhimento, e com o CREAS eConselho Tutelar nos casos de crianças eadolescentes;
Orientações e encaminhamentos paradocumentação pessoal e inclusão no CadastroÚnico para Programas Sociais;
Excepcional cadastramento das pessoas emsituação de rua nos espaços públicos;
Intervenções na perspectiva preventiva –disseminação de campanhas, orientações,sensibilização.
Crianças e Adolescentes
Comunicar ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciáriacompetente para aplicação de medidas protetivas, sempre quenecessário;
Identificar junto à criança/adolescente os motivos queconduziram à saída de casa e trabalhar pela busca ativa defamiliares/pessoas de referência e rede social de apoio quepossam contribuir para a retomada do convívio e construção doprocesso de saída da situação de rua. (considerar os registros defamílias que procuram por crianças/adolescentes desaparecidos);
Sensibilizar a família para acompanhamento no PAEFI/CREASe/ou trabalhar para a gradativa vinculação a serviço deacolhimento, junto ao CT e autoridade judiciária;
Trabalho infantil – articular para a inserção no SCFV
O Trabalho da abordagem social tem o objetivo maior deprevenir situações mais complexas e o agravamento da situaçãode risco a que crianças e adolescentes já se encontremexpostas.
No processo de aproximação gradativa, ao longo dodesenvolvimento do trabalho de abordagem social, aequipe deverá esclarecer o seu papel e aproximar-separa a constituição de vínculos de confiança,buscando tornar-se uma referência no espaço da rua.
É importante que a equipe não perca de vista omomento em que cada usuário se encontra,respeitando decisões e escolhas. Por isto, aabordagem deverá ser qualificada e, em muitoscasos, persistente, utilizando diversos meios eestratégias que permitam ao (a) usuário (a) vislumbrarnovas possibilidades e projetos de vida, que osmobilize para adesão às alternativas disponíveis narede.
3. 5 – Serviço de proteção social a adolescentesem cumprimento de medida socioeducativa deLiberdade Assistida (LA) e de Prestação deServiços à Comunidade (PSC)
Quais são as medidas socioeducativas em meio aberto?
As medidas socioeducativas em meio aberto, previstasno art. 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA), são aplicáveis a adolescentes autores de atosinfracionais com idade entre 12 a 18 anos incompletos.
Configuram-se em resposta à prática de ato infracional,devendo ter um caráter educativo, e não punitivo. O art.112 do ECA afirma: “Verificada a prática de atoinfracional, a autoridade competente poderá aplicar aoadolescente as seguintes medidas em meio aberto: I -advertência; II - obrigação de reparar o dano; III -prestação de serviços à comunidade; IV - liberdadeassistida;
Algumas dessas medidas têm sua execução nos Centrosde Referência Especializada de Assistência Social(CREAS) por meio do Serviço de Proteção Social aAdolescentes em Cumprimento de MedidaSocioeducativa de Liberdade Assistida - LA, e dePrestação de Serviços à Comunidade - PSC;
A Liberdade Assistida está prevista no art. 118 do ECA eimplica, por um período de no mínimo seis meses, emrestrição de direitos, mas mantém o adolescente nomeio familiar e comunitário, acompanhado por umtécnico de referência.
A Prestação de Serviços à Comunidade está prevista noart. 117 do ECA e consiste na realização por parte doadolescente de serviços comunitários gratuitos e deinteresse geral, como atividades em hospitais, escolas,creches, entidades e organizações de Assistência Social,com duração máxima de seis meses.
3. 5 – Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)
tem por finalidade prover atenção socioassistencial eacompanhamento a adolescentes e jovens emcumprimento de medidas socioeducativas em meioaberto, determinadas judicialmente.
Deve contribuir para o acesso a direitos e para aresignificação de valores na vida pessoal e social dos (as)adolescentes e jovens.
Para a oferta do serviço faz-se necessário a.observância da responsabilização face ao ato infracionalpraticado, cujos direitos e obrigações devem ser assegurados de acordo com as legislações e normativas específicas para o cumprimento da medida
Na sua operacionalização é necessário a elaboração doPlano Individual de Atendimento (PlA) com aparticipação do (a) adolescente e da família, devendoconter os objetivos e metas a serem alcançados duranteo cumprimento da medida, perspectivas de vida futura,dentre outros aspectos a serem acrescidos, de acordocom as necessidades e interesses do (a) adolescente.
O acompanhamento social ao (a) adolescente deve serrealizado de forma sistemática, com freqüência mínimasemanal que garanta o acompanhamento contínuo epossibilite o desenvolvimento do PIA.
USUÁRIOS: Adolescentes de 12 a 18 anos incompletos,ou jovens de 18 a 21 anos, em cumprimento demedida socioeducativa de Liberdade Assistida e dePrestação de Serviços à Comunidade, aplicada pelaJustiça da Infância e da Juventude ou, na ausênciadesta, pela Vara Civil correspondente e suas famílias.
OBJETIVOS:
- Realizar acompanhamento social a adolescentes durante ocumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida ede Prestação de Serviços à Comunidade e sua inserção emoutros serviços e programas socioassistenciais e de políticaspúblicas setoriais;
- Criar condições para a construção/reconstrução de projetosde vida que visem à ruptura com a prática de ato infracional;
- Estabelecer contratos com o (a) adolescente a partir daspossibilidades e limites do trabalho a ser desenvolvido e normasque regulem o período de cumprimento da medidasocioeducativa;
- Contribuir para o estabelecimento da autoconfiança e acapacidade de reflexão sobre as possibilidades de construção deautonomias;
- Possibilitar acessos e oportunidades para a ampliação douniverso informacional e cultural e o desenvolvimento dehabilidades e competências;
- Fortalecer a convivência familiar e comunitária.
Acolhida Escuta Estudo SocialConstrução de
plano individual e/ou familiar
Acesso à documentação
pessoal
Orientação sociofamiliar
Diagnóstico Socioeconômico
Monitoramento e Avaliação do
Serviço
Orientações e encaminhamentos
Articulação interinstitucional
Elaboração de relatórios
Trabalho interdisciplinar
Proteção social pró-ativaProdução de orientações
técnicas e materiais informativos
IMPACTO SOCIAL ESPERADO
Contribuir para:
- Vínculos familiares e comunitários fortalecidos;- Redução da reincidência da prática do ato infracional;- Redução do ciclo da violência e da prática do ato infracional.
3.6 – Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua
Serviço ofertado para pessoas que utilizam as ruas comoespaço de moradia e/ou sobrevivência.
Tem a finalidade de assegurar atendimento e atividadesdirecionadas para o desenvolvimento de sociabilidades,na perspectiva de fortalecimento de vínculosinterpessoais e/ou familiares que oportunizem aconstrução de novos projetos de vida.
Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e Capacitação
www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]
Telefone: 81 3183 0702
Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES/UNITA
E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096