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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

CASTRO 2011

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ELIANE DA SILVA

PRODUÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÒGICA

UNIDADE DIDÁTICA

Produção Didático-Pedagógica, constituída na forma de Unidade Didática, apresentada como um dos requisitos do PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional, 2010/2011, ofertado pela Secretaria de Educação do Paraná.

Orientador: Antonio Paulo Benatte

CASTRO 2011

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A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Professora PDE: Eliane da Silva

Área PDE: História

NRE: Ponta Grossa

Professor Orientador: Antonio Paulo Benatte

IES Vinculada: Universidade Estadual de Ponta Grossa- UEPG

Escola de Implementação: Escola Estadual Profª Matilde Baer

Público objeto da intervenção: Alunos das 8ª séries

B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: Participação de Paranaenses na 2ª Guerra

Mundial

C) TÍTULO: Memória e Identidade Social do Expedicionário Brasileiro da 2ª Guerra

Mundial

D) APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA:

O ensino de História visa à compreensão dos processos relativos às ações e as

relações humanas através de interpretações históricas. Assim, há necessidade de trabalhar

com investigação histórica articulada por narrativas históricas.

O trabalho com documentos na sala de aula proporciona a produção de conhecimento

histórico e permitem a criação de novos conceitos sobre o passado e o questionamento dos

conceitos já construídos.

O estudo a partir das histórias locais é uma forma de enriquecer os conteúdos a serem

abordados, além de promover a busca de produções historiográficas diversas. E dessa

forma, compreender que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que

pode ser complementada com novas pesquisas. Assim, busca-se a compreensão de

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conceitos que permitam pensar historicamente e superar a idéia de História como verdade

absoluta, mas que pode ser interpretada e contextualizada.

Segundo a historiadora Circe Bittencourt (2004), a tendência atual na produção

didática é privilegiar a história mundial em detrimento da local e nacional. Ao enfatizar os

sujeitos históricos de significância local e nacionais, busca-se superar a visão de que são

menos importantes do que os de significância mundial.

A 2ª Guerra Mundial faz parte dos conteúdos trabalhados no Ensino Fundamental,

mais particularmente, na oitava série e aprofundados no Ensino Médio.

É um conflito relacionado às dimensões econômico-social, política e cultural e que

faz parte das temáticas de relações de poder.

Nesse contexto, houve a participação de combatentes brasileiros, que mesmo

despreparados, foram aos campos de batalha lutar ao lado dos Aliados.

O aluno deve ser estimulado à compreender a participação desses brasileiros, suas

vivências, experiências e frustrações durante a 2ª Guerra Mundial, despertando seu senso

crítico através de atividades que tornem o assunto abordado mais significativo.

E) METODOLOGIA:

ROTEIRO DE TRABALHO:

1) COMEÇO DE CONVERSA:

A Força Expedicionária Brasileira

Na década de 1940, a maior parte da população brasileira estava distribuída

irregularmente pelo território nacional. O Brasil era um país essencialmente agrícola e a

zona rural tinha baixa densidade populacional, exceto a região cafeeira paulista e a

campanha gaúcha de criação de gado.

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A maioria dos brasileiros dos centros urbanos e do interior, devido ao alto índice de

analfabetismo, vivia desinformada e alheia ao que ocorria fora do país. Além disso, existia

a carência de militares, de material bélico e plano estratégico de defesa do litoral

nordestino, demonstrando a vulnerabilidade do Estado.

Com o ataque dos japoneses aos EUA em Pearl Harbor, em 1941, o governo de

Getúlio Vargas foi forçado a romper relações diplomáticas com as potências do Eixo:

Alemanha, Itália e Japão. As retaliações logo vieram. Em 23 de março de 1941, o navio

mercante Taubaté foi metralhado por um avião alemão e em 15 de junho de 1942, Hitler

lança uma ofensiva submarina contra a navegação marítima brasileira, torpedeando cinco

navios mercantes, causando muitas mortes. No Rio de Janeiro, ocorreram protestos feitos

pelos estudantes em frente ao Palácio Guanabara, para exigir uma atitude do governo.

Assim, em 22 de agosto de 1942, o Brasil declarava guerra às potências do Eixo.

Em fevereiro de 1943, os presidentes Getúlio Vargas e Franklin Roosevelt traçaram,

na cidade de Natal, um acordo no qual o Brasil devia enviar três divisões expedicionárias

para os campos inimigos. Como não foi possível encontrar o número ideal de soldados

necessários para compor um corpo expedicionário, o governo rebatizou o grupo de Força

Expedicionária Brasileira, a FEB.

Os americanos consideravam os militares brasileiros despreparados e inexperientes

para participar do conflito mundial, pois apenas desejavam que o Brasil cedesse bases

aeronavais, minerais, matérias-primas e alimentos. Como o governo brasileiro tinha um

projeto político para fortalecer as Forças Armadas e dar ao Brasil uma importância global

como aliado dos EUA, enviou a FEB à Itália. Os combatentes brasileiros, sendo alguns

analfabetos, foram à Europa desconhecendo o real motivo do conflito e sem informações

sobre o cenário da guerra.

A Formação da FEB

No dia 09 de agosto de 1943, é assinado o ato de Criação da FEB, decretado a

mobilização militar e aberto o voluntariado em todo território nacional. Deveria ser

formada por caboclos e matutos, pretos e brancos; pobres e ricos; letrados e analfabetos.

Foram convocados 100.000 homens, mas somente 25.300 foram para a guerra, sendo

constituída por uma Divisão de Infantaria (1ª DIE), comandada pelo General Mascarenhas

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de Moraes.

Os reservistas do Paraná e de Santa Catarina eram oriundos da lavoura. A

convocação ficaria para jovens da elite e das camadas mais humildes da população, sendo

que grande parte dos convocados recrutados pertencia à classe menos favorecida.

A primeira seleção exigida obedecia aos padrões americanos: saúde perfeita, 1,75m

de altura, dentadura completa, bom comportamento, que não fosse negro e nem analfabeto.

Como foi difícil atender a essas exigências, a partir de então era feito apenas um exame

médico e entrevista.

Os paranaenses embarcaram na Estação Ferroviária rumo ao Rio de Janeiro, onde

receberiam treinamento sofisticado durante sessenta dias antes de partirem para a Itália,

sendo que alguns simularam doenças contagiosas para fugir ao embarque. O tempo era

escasso e faziam tudo às pressas: instrução, vacinação e distribuição de uniformes verde-

oliva aos pracinhas. (Devido à semelhança de cores dos uniformes dos pracinhas e dos

alemães, houve confusão e quase apedrejamento dos brasileiros em Nápoles).

Durante a viagem, a alimentação era fornecida pelo 5º exército americano,

constituída de feijão, carne, repolho e outros legumes, tudo açucarado, costume que não foi

bem recebido pelos brasileiros. As refeições eram limitadas a duas: se iniciavam às 6h e às

15h, sendo que havia um limite de 45 minutos para permanecer no refeitório. Longas filas

se formavam nas entradas dos refeitórios instalados na popa e proa do navio e tomavam

conta dos corredores. Havia uma cantina a bordo, onde a tropa podia comprar cigarros,

frutas e miudezas.

Os oficiais ficavam no interior do navio, enquanto os praças iam para seus

compartimentos. O calor era intenso nos camarotes, obrigando-os a tomar banho com água

salgada. Os sanitários não possuíam porta que os isolassem, causando constrangimento.

No navio havia exercícios de alarma para abandono do navio e uso permanente e

obrigatório do salva-vidas. Eram frequentes os exercícios de artilharia de bordo contra

alvos aéreos. Para aliviar as preocupações eram exibidos filmes ou feitos alguns programas

de diversões, que ficavam a cargo dos capelães e shows improvisados, onde se

apresentavam contadores de anedotas e cantores de banheiro. A viagem realizou-se com a

escolta de navios americanos e ingleses e cobertura aérea, além de bombas de

profundidade dos destróieres (contratorpedeiros). A única pessoa a bordo que sabia o

destino da tropa era o General Mascarenhas.

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Em 16 de julho de 1944, desembarcaram 5.081 brasileiros do 1º escalão da FEB,

entre oficiais e praças sob o comando do General de Divisão, João Baptista Mascarenhas

de Moraes; o general obteve armamento e equipamento para treinamento da tropa, que

seria incluída no V Exército americano. Faziam marchas para manter o preparo físico e a

disciplina; revista médica, onde foram verificados casos de doenças venéreas e problemas

dentários. Os escalões seguintes desembarcaram em melhores condições de saúde. O

treinamento ocorreu em Vada e o batismo de fogo foi na região de Vecchiano.

Em seis de outubro, chegariam à Nápoles os 2º e 3º escalões da FEB, nos navios

General Mann e General Meigs, com 10376 homens, que foram transportados em

embarcações de Desembarque de Infantaria ao porto de Livorno e deslocaram-se para a

Quinta Real de San Rossore. Os 4º e 5º escalões desembarcaram em sete de outubro de

1944 e 22 de fevereiro de 1945, composto de 9850 homens, que foram transportados em

aviões da Força Aérea Americana, entre eles 138 oficiais, praças, capelães,

correspondentes de guerra e funcionários do Banco do Brasil.

Em San Rossore, numa área que já dispunha de água, chuveiros e latrinas, os 11.000

homens começaram a levantar as barracas, para formar o grande acampamento. Foram

incorporados ao V Exército Americano, ao comando do General Mark W. Clark, em 13 de

setembro de 1944, que já contava com tropas canadenses, marroquinas, sul-africanas,

americanas, inglesas, polonesas, australianas, neo-zelandesas e hindus. Cada companhia

fazia sua alimentação no rancho, o banho era de água da chuva. E os praças foram

chamados de “pracinhas”.

O cotidiano dos pracinhas: os combates

Segundo muitos relatos de ex-combatentes, as cenas de miséria ao redor do

acampamento eram horríveis: havia crianças, moços e velhos em torno do local, esperando

pela distribuição da sobra do rancho. E os americanos e ingleses admiravam o gesto

humanitário dos brasileiros, que não raro distribuíam sobras de rações.

Eram fornecidos três tipos de rações:

Ração B - consistia em três refeições: café da manhã, almoço e jantar. Era farta e

variada.

Ração C - composta de enlatados à base de carnes, cereais, biscoitos e doces, sendo

consumida apenas por ordem superior.

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Ração K - composta de enlatados em caixas impermeáveis e consistia em três

refeições.

A Companhia de Obuses foi equipada com armamentos americanos, e cada um dos

três pelotões recebeu um jipe, duas viaturas para tracionar os obuses e uma viatura para

transporte da munição.

Em 15 de setembro, as Unidades Táticas receberam a primeira missão de combate, e

no dia 20 os brasileiros sofreram as primeiras baixas. Uma delas foi a do paranaense de

Campo Largo, soldado Constantino Marochi, do 6º RI, morto em Via Santine.

Pracinhas que estavam alojados em um casarão acabaram nas mãos dos alemães e

viajaram três dias em vagões de transporte de animais até chegarem à Alemanha, para

serem recolhidos ao Campo de Concentração em Moosburg, área cercada de arame

farpado, onde a alimentação diária era constituída de um prato de sopa no almoço, uma

fatia de broa, batatas e às vezes um pedaço de salsicha no jantar. Se não fossem fornecidos

alimentos pela Cruz Vermelha, muitos talvez não tivessem sobrevivido. Ficaram esperando

pela liberdade, que só chegou em 29 de março de 1945, quando os tanques do VII Exército

americano cruzaram por Moosburg.

No início de novembro, a 2ª Cia. do 9º Batalhão de Engenharia retirava as minas na

frente do Monte Castello, para possibilitar a entrada das unidades brasileiras. A Estrada 64,

principal via de acesso aos comboios que levavam equipamentos às tropas do V exército

americano, eram rigorosamente vigiados pelos observatórios alemães instalados nas alturas

dos Montes Belvedere, Gorgolesco, Mazzancana, Della Torraccia, Soprassano,

Castelnuovo e principalmente do Castello.

O comandante do IV Corpo do Exército americano resolveu atacar Monte Belvedere

e Monte Castello; devido ao cansaço e má alimentação da tropa, essa operação foi

fracassada. No dia seguinte, os alemães reforçam suas posições e o segundo ataque

americano também foi mal sucedido.

Em 21 de novembro, levantaram acampamento em direção a Filletole. Enquanto os

oficiais saíram para fazer o reconhecimento do itinerário e das posições, a tropa recebeu

uma ligeira refeição fria (tipo C), que continha feijão branco, carne e legumes,

acompanhada de bolachas, café, chocolate, limonada, quatro cigarros, fósforo, balas,

açúcar e papel higiênico.

Nos dias de preparação para o ataque, a visão do front era de silêncio total; mas, em

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questão de segundos, se transformava num inferno de fogo e tiros. A tropa subia os morros

em longas filas, com armamento, a mochila e munição, enfrentando a chuva que caía sem

parar, deixando todos encharcados; seguiam o itinerário que levava às posições de

combate. No caminho, as granadas e tiros de metralhadoras se misturavam com os tiros de

morteiros: era o batismo de fogo. Esse ataque foi comandado pelo General Euclides

Zenóbio da Costa.

A inexperiência da tropa, os campos minados, a artilharia e os morteiros inimigos

fizeram com que a primeira experiência fosse lenta e enervante. Os alemães transpuseram

as linhas e atacaram pela retaguarda, provocando pânico; aqueles que venceram o medo, a

lama e a superioridade do inimigo, procuraram manter suas posições. Com muitas baixas, o

terceiro ataque para a conquista do Monte Castello falhou.

Em sete de dezembro de 1944, chega o 4º Escalão levando 4691 homens da FEB,

que era para recompor as baixas das unidades de linha de frente. No dia 12, ocorreu novo

ataque: sob neblina forte e terreno lamacento, procuravam atingir o cume do morro, mas

também fracassou.

Com o inverno rigoroso, a tropa passou à defensiva e recebeu reforço de agasalhos

americanos para suportar a temperatura, que chegou a 18º negativos. Lareiras estavam

sempre acesas e os soldados esfregavam as mãos e batiam os pés para enfrentar o frio. Os

capotes e capas brancas eram para dissimular-se na cor branca que dominava a paisagem

sob a neve.

O banho era mensal na cidade balneária de Porretta Terme, local de repouso das

unidades de infantaria que se revezavam na linha de frente. O maior problema sofrido com

a neve foi o “pé de trincheira”; surgiram casos de congelamento dos pés e até mesmo

pernas amputadas. Então começaram a se livrar do coturno e usar feno e papel dentro da

galocha para manter a circulação e aquecer os pés, invento criado pelos pracinhas e que foi

adotado pelas demais tropas do V Exército. O navio Gen. Merggs saiu de Nápoles em 27

de janeiro trazendo os feridos mais graves de volta ao Brasil.

Após três meses na linha de frente, a tropa vivia em tensão. Foram organizados

novos planos com apoio da 10ª Divisão de Montanha, conquistaram o monte e recolheram

17 corpos que havia desaparecidos.

No dia 22 de janeiro, chegaram 5082 homens para incorporar ao Depósito Pessoal da

FEB, que ficava em Staffoli.

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Os brasileiros avançaram pelo terreno montanhoso e suas posições se misturam às do

inimigo. Um pracinha, para se proteger dos tiros, saiu em disparada e saltou para dentro de

um buraco; os alemães que lá estavam se assustaram e, vendo o brasileiro com uma

metralhadora, acabaram se entregando. Esses acontecimentos tragicômicos evidenciam o

despreparo da maior parte dos pracinhas para enfrentarem situações de guerra.

Existia um sistema de alarma antiaéreo, transmitido por telefone, e de bombardeio,

que anunciava o recolhimento aos abrigos. O transporte da munição era feito em lombo de

mulas puxadas por soldados, à noite. Os mineiros instalavam minas e o 9º Batalhão de

Engenharia recolhia minas alemãs e italianas de todos os tipos: metálicas, de madeira, de

plástico, de concreto.

No rancho, o cardápio era sempre o mesmo: espinafre açucarado, acrescido de ovos

em pó e farinha de trigo para engrossar; comida que era empurrada goela abaixo, até que

chegou um feijão preto vindo do Brasil. Após dez meses seguidos comendo em pé,

sentados no chão ou apoiados num caminhão, ingerindo pratos variados e coloridos, mas

sem sabor e aroma, a alimentação constituía um problema de monta. Então o General

Mascarenhas criou uma cozinha-escola em Pistóia, para que os cozinheiros aprendessem a

tornar a comida americana mais aceitável ao paladar brasileiro. Geralmente um terço da

comida era jogado no buraco de detritos ou doado aos italianos. Alguns alimentos nunca

foram aceitos como o suco de tomate, grape-fruit, o corned-beef (apelidado de “carne de

cachorro”) e o damasco dissecado.

Com o início da primavera, seguiram para a região de Riole, para atacar

Castelnuovo. Os alemães permaneciam bem armados e entrincheirados. A equipe de

mineiros fazia a limpeza de Montese; as casas ao longo do caminho e até mesmo cadáveres

podiam conter granadas. A operação feita em Montese foi uma das mais cruéis da Itália,

durou de 14 a 18 de abril, com 426 baixas, entre as quais 34 por morte. Quando a operação

terminou foram encontrados três brasileiros sepultados pelos alemães com a seguinte

inscrição: “Três heróis brasileiros”.

As seções hospitalares instaladas nos hospitais americanos dispunham de equipes

médicas, cirurgiões e enfermeiras da FEB. Diariamente chegavam doentes, feridos,

mutilados, fraturados e alguns com perturbações mentais. Alguns se desesperavam quando

recobravam a razão e se viam mutilados ou cegos.

Durante o período de permanência da FEB na Itália, foram atendidos cerca de 10780

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militares, dos quais 1549 feridos por armas de guerra, 1038 acidentados e o restante por

doenças diversas. O Exército Brasileiro acolheu nesse período 67 jovens voluntárias que

exerceram função de enfermeiras nas proximidades dos campos de batalha; elas fizeram

curso de emergência de seis semanas e receberam o posto de 2º tenente.

A Imprensa Brasileira enviou com a FEB jornalistas denominados correspondentes

de guerra, cinegrafistas e fotógrafos para garantir informações dos pracinhas nos campos

de batalha e para transmitir notícias do Brasil e do mundo aos expedicionários; o jornal O

Globo e a Legião Brasileira de Assistência passaram a editar O Globo Expedicionário e o

Boletim da LBA para enviá-los à FEB, principalmente para quem estava na linha de frente,

por conterem manifestações de carinho aos expedicionários.

O vencimento dos expedicionários era dividido em três parcelas: uma em liras,

entregue ao expedicionário, na Itália; outra, em cruzeiros, entregue à família no Brasil e a

outra era um fundo de previdência na Caixa Econômica ou no Banco do Brasil, em

cruzeiros.

A FEB enfrentou a lama, a neve, a poeira, o vento e os diversos medos (das minas,

do inimigo, da noite, do desconhecimento dos terrenos, do que iria encontrar pela frente, de

ser capturado pelo inimigo e da ameaça vinda do ar) durante a campanha na Itália.

Ocuparam Massarosa, Monte Comunale e Monte Prano.

Depois vieram vitórias expressivas de Monte Castelo, Castelnuovo, Montese, Zocca

e Montalto Collechio. Em 227 dias de combate, a FEB cumpriu 445 missões, avançou mais

de 400 km em território italiano, libertou meia centena de vilas e cidades e fez 20573

prisioneiros, dos 457 mortos da FEB, 13 eram oficiais e 444 praças.

A propaganda nazista denegria a imagem dos negros brasileiros dizendo que

andavam descalços e eram antropófagos. Quando os camponeses locais comemoravam a

libertação, aproximavam de um negro e esfregavam a mão sobre sua pele, para verificar se

era tinta.

No dia 29 de abril de 1945, os alemães se renderam, firmando um acordo para

amparo aos seus feridos de guerra. Entregaram armamentos, equipamentos e foram

aprisionados num velho cemitério de Collecchio. Foram capturados 14779 homens, entre

oficiais e praças, 1500 viaturas, 80 canhões, milhares de armas leves, grande quantidade de

munição e 4000 animais.

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O retorno

Com o término da guerra, a FEB recebeu ordens para ir a Francolise e aguardar a

ordem de embarque para retornar ao Brasil. O tempo que permaneceram lá foi preenchido

por formaturas de tropas, inspeções e revistas. Organizaram bailes e jogos de futebol com

times italianos locais e receberam instruções para que não comentassem a participação na

guerra. Alguns tiveram vontade de conhecer famosas cidades italianas, que conseguiam

através de autorização oficial e tiveram a oportunidade de ver o Papa Pio XII, numa

cerimônia de saudação aos combatentes.

O maior agrupamento da FEB permaneceu em Alessandria, que depois da ocupação

passou a ser a cidade do pracinha brasileiro. De todos os estados brasileiros, somente o

Maranhão não teve nenhum pracinha morto em batalha.

Na Catedral de Madona della Salve de Alessandria foi realizada em 11 de maio de

1945 uma cerimônia religiosa com símbolos da FEB e do Brasil, celebrada pelo capelão-

chefe Pe. João Pheeney Camargo e Silva, pelas almas dos mortos em batalha; a missa foi

acompanhada pela Banda de Música da 1ª DIE e todos os generais da FEB entoaram o

Hino Nacional Brasileiro no momento da elevação da hóstia.

Os italianos comemoravam pelo fim dos horrores impostos pelos alemães. Também

surgiram conflitos entre os próprios italianos, partizans e fascistas, ou grupos de

guerrilheiros que pretendiam dominar as cidades libertadas.

O símbolo da FEB, projetado pelo Major Aguinaldo José Senna Campos, se

relaciona à expressão Cobra Fumando, que, segundo uma das versões, surgiu da dúvida do

embarque da FEB, por parte dos inimigos. A Canção do Expedicionário, com letra de

Guilherme de Almeida e Música de Spartaco Rossi só chegou a conhecimento dos

expedicionários após ter sido dissolvida a FEB.

Apesar de todas as deficiências e despreparo militar, o combatente brasileiro

demonstrou espírito criativo, adaptando-se às situações desconhecidas, e espírito de

solidariedade entre comandantes e comandados, entre homens de diversas religiões e raças.

Movidos pelo sentimento de orgulho nacional, empenharam-se ao máximo, lutando como

heróis.

No dia 4 de setembro, um navio chegou a Nápoles para levá-los de volta ao Brasil;

no dia 18 aportaram na Baía da Guanabara. Foram recebidos por uma multidão que ia se

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deslocando por ruas e praças à beira-mar. Depois de receberem um lanche, prepararam-se

para o desfile da tropa, pela Avenida Rio Branco. O povo rompeu os cordões de

isolamento e provocando, ao invés de um desfile cívico, uma imensa confraternização.

O país vivia o governo ditatorial instaurado desde 10 de novembro de 1937, o

chamado Estado Novo, sob chefia de Getúlio Vargas; mas a FEB criara uma situação

incômoda, pois como continuar existindo um regime político inspirado nas ditaduras

destruídas pela guerra. Então, logo após a chegada, as tropas foram desmobilizadas e

oficiais e sargentos de carreira foram distribuídos pelo país, para que não fossem uma

presença importuna aos governantes.

Alguns homens no pós-guerra foram incapazes de se reintegrar ao seu grupo social.

Tinham entre 19 e 25 anos, uns não possuíam profissão definida e outros foram

hospitalizados para tratamento neuropsiquiátricos.

Não houve orientação por parte das autoridades aos pracinhas que deveriam retornar

à vida civil, chegaram em pequenos grupos na estação ferroviária de Curitiba e iam em

direção ao interior do Estado, onde deveriam retomar a sua rotina.

Com o passar dos anos surgiram leis de amparo aos ex-combatentes, que

beneficiaram até mesmo desertores, que depois de anistiados passaram a ter os mesmos

direitos daqueles que combateram na Itália.

Os ex-combatentes criaram a Associação dos Veteranos da FEB- ANVEFEB, no Rio

de Janeiro, para reunir os pracinhas que de fato lutaram na Itália.

ATIVIDADE 1:

Para que os alunos percebam de que forma ocorreu essa participação e explorar mais

o assunto, selecionei um documentário sobre a 2ª Guerra Mundial. E para análise do mesmo,

utilizarei o seguinte roteiro:

Analise e responda:

Data:

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a) Identificação:

Aluno(a):

Disciplina:

b) Ficha Técnica do filme:

Título do filme:

Personagens principais:

Direção:

Ano:

Produção:

Duração:

c) Gênero do filme:

( ) comédia ( ) animação ( ) documentário ( ) drama

d) A linguagem predominante é:

( ) formal ( ) informal

e) Temas abordados:

( ) culturais ( ) científicos ( ) políticos ( ) religiosos ( ) psicológicos

f) Qual a contribuição do filme para o estudo da disciplina?

g) Qual o tema do filme? E as idéias principais?

h) Para quê e para quem serve o questionamento mostrado no filme?

i) Todos os eventos retratados no filme são verdadeiros. Descreva a cena que você achou mais

interessante.

j) Você aprendeu alguma coisa com este filme? O que?

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l) Há uma relação direta do filme com o tema abordado em sala de aula? Identifique cenas

onde isso fica claro.

m) Que outras questões podemos levantar a respeito deste filme?

n) Que ideias os produtores procuraram passar para os expectadores através desse vídeo?

Sugestão de Roteiro para Análise de Filme disponível no site:

partilhandosugestoesescolares.blogspot.com

ATIVIDADE 2:

Apresentar a Canção do Expedicionário para que ouçam e sigam o texto para

interpretá-lo posteriormente.

A Canção do Expedicionário, com letra de Guilherme de Almeida e Música de

Spartaco Rossi só chegou a conhecimento dos expedicionários após a FEB ter sido

dissolvida.. Os versos da canção diziam:

Você sabe de onde eu venho?

Venho do morro, do engenho,

Você sabe de onde eu venho?

Venho do morro, do engenho,

Das selvas, dos cafezais,

Da boa terra do coco

Da choupana onde um é pouco

Dois é bom, três é demais,

Venho das praias sedosas,

Das montanhas alterosas,

Do pampa, do seringal,

Das margens crespas dos rios,

Dos verdes mares bravios

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Da minha terra natal.

Eu venho da minha terra,

Da casa branca da serra

E do luar do meu sertão,

Venho da minha Maria

Cujo nome principia

Na palma da minha mão

Braços mornos de Moema

Lábios de mel de Iracema

Estendidos pra mim!

Ó minha terra querida

Da Senhora Aparecida

E do Senhor do Bonfim!

Estribilho

Por mais terras que eu percorra

Não permita deus que eu morra

Sem que volte para lá,

Sem que leve por divisa

Esse V que simboliza

A vitória que virá,

Nossa vitória Final,

Que é a mira do meu fuzil

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil!

Você sabe de onde eu venho

É de uma Pátria que eu tenho

No bojo do meu violão;

Que de viver em meu peito

Foi até tomando jeito

De um enorme coração

Deixei lá atrás meu terreiro

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Meu limão limoeiro,

Meu pé de jacarandá,

Minha casa pequenina

Lá no alto da colina,

Onde canta o sabiá

Estribilho

Por mais terras...

Venho de além desse monte

Que ainda azula o horizonte

Onde o nosso amor nasceu

Do rancho que tinha ao lado

Um coqueiro que, coitado

De saudade já morreu

Venho do verde mais belo

Do mais dourado amarelo

Do azul mais cheio de luz

Cheio de estrelas prateadas

Que se ajoelham deslumbradas

Fazendo o Sinal da Cruz

Estribilho

Por mais terras...

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Analise a Canção do Expedicionário e responda:

A) A Canção do Expedicionário faz referência a várias regiões do Brasil. Identifique-as.

B) Copie os versos que mostrem a religiosidade do eu lírico.

C) Que elementos são necessários e fundamentais para sobreviver numa terra estranha?

D) Que recordações o expedicionário manteve em sua memória, para que este tivesse

vontade de retornar ao Brasil?

E) Os versos: “Esse V que simboliza/ A vitória que virá/ Nossa vitória final”.

Demonstra qual era o objetivo do expedicionário?

F) Segundo a Canção do Expedicionário, esse combate foi conquistado com luta ou com

facilidade? Retire do texto versos que comprovem sua resposta.

ATIVIDADE 3:

Formular questões juntamente com os alunos para realizar a entrevista com o ex-

combatente e 2º Tenente Wilson Garcia de Lima.

ATIVIDADE 4:

Realização da entrevista com o expedicionário 2º Tenente Wilson Garcia de Lima e

anotações da mesma.

ATIVIDADE 5:

Em equipes os alunos deverão relatar a entrevista e ilustrar o texto sobre a

participação de paranaenses na 2ª Guerra Mundial, em seguida poderão expôr as atividades

desenvolvidas em um mural para socializar com os demais alunos da escola.

Para desenvolver essa atividade, será feito recortes do texto explicado aos alunos no

início, e eles deverão ilustrar o mesmo.

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a) Os paranaenses embarcaram na Estação Ferroviária rumo ao Rio de Janeiro, onde

receberiam treinamento sofisticado durante sessenta dias antes de partirem para a Itália.

b) Durante a viagem, a alimentação era fornecida pelo 5º exército americano, constituída de

feijão, carne, repolho e outros legumes, tudo açucarado, costume que não foi bem recebido

pelos brasileiros.

c) Os oficiais ficavam no interior do navio, enquanto os praças iam para seus compartimentos.

O calor era intenso nos camarotes, obrigando-os a tomar banho com água salgada.

d) Em San Rossore, numa área que já dispunha de água, chuveiros e latrinas, os 11.000

homens começaram a levantar as barracas, para formar o grande acampamento.

e) Nos dias de preparação para o ataque, a visão do front era de silêncio total; mas, em

questão de segundos, se transformava num inferno de fogo e tiros. A tropa subia os morros

em longas filas, com armamento, a mochila e munição, enfrentando a chuva que caía sem

parar, deixando todos encharcados; seguiam o itinerário que levava às posições de combate.

f) Com o inverno rigoroso, a tropa passou à defensiva e recebeu reforço de agasalhos

americanos para suportar a temperatura, que chegou a 18º negativos. Lareiras estavam sempre

acesas e os soldados esfregavam as mãos e batiam os pés para enfrentar o frio. Os capotes e

capas brancas eram para dissimular-se na cor branca que dominava a paisagem sob a

neve.

g) O maior problema sofrido com a neve foi o “pé de trincheira”; surgiram casos de

congelamento dos pés e até mesmo pernas amputadas. Então começaram a se livrar do

coturno e usar feno e papel dentro da galocha para manter a circulação e aquecer os pés,

invento criado pelos pracinhas e que foi adotado pelas demais tropas do V Exército.

h) No dia 4 de setembro, um navio chegou a Nápoles para levá-los de volta ao Brasil; no

dia 18 aportaram na Baía da Guanabara. Foram recebidos por uma multidão que ia se

deslocando por ruas e praças à beira-mar.

BIBLIOGRAFIA:

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1985.

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LIMA JÚNIOR, RAUL DA CRUZ. Quebra-Canela. Rio de Janeiro: Biblioteca do

Exército, 1981.

LIMA, 2º Tenente. Wilson Garcia de. Entrevista oral concedida à pesquisadora.

Castro, 16/11/10. Acervo pessoal.

MELLO, 2º Tenente. Manoel Ferreira de. Entrevista oral concedida à

pesquisadora. Castro, 21/02/2011. Acervo pessoal.

PRIOTO, 2º Tenente. Elzevir. Entrevista oral concedida à pesquisadora. Castro,

27/01/2011. Acervo pessoal.

VERDE-OLIVA. Brasília. Centro de Comunicação Social do Exército, ano XXXII, nº

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O EXPEDICIONÁRIO. Rio de Janeiro: Editora Expedicionário Ltda,ano VI, nº 71,

nov./1979.

O EXPEDICIONÁRIO. Rio de Janeiro: Editora Ex-Combatente, ano XII, nº 128, maio/

jun,1985.

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agos.,1983.