Programa apoia os produtores e expande cultivo agroecológico
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED · versos (linha do texto), que é mais breve...
Transcript of SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED · versos (linha do texto), que é mais breve...
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Poesia no Ensino fundamental
Autor Andrea Alessandra Serrato
Escola de Atuação Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes
Município da escola Maringá
Núcleo Regional de Educação Maringá
Orientador Drª Mirian Hisae Yaegashi Zappone
Instituição de Ensino Superior UEM
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Produção Didático-pedagógica Literatura
Público Alvo Aluno do 6° ano do ensino fundamental
Localização Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes
Avenida Tuiuti, 1197
Apresentação: A poesia precisa ser resgatada em sala de aula, portanto esta produção pedagógica aborda o estudo da poesia e propõe a leitura do texto literário como objeto de entretenimento e de arte, distinguindo-se pela forma como este utiliza a linguagem. Objetiva incentivar o aluno a ver o e as mundo como cidadão capaz de refletir e questionar sobre as diferentes formas de leitura. Para tanto, serão utilizados vários poemas da literatura infantil bem como algumas músicas destinadas às crianças onde farão leitura e identificarão as
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
convenções do texto poético presentes nas obras propostas.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura,Poesia,Letramento
1- Identificação:
Professor PDE: Andrea Alessandra Serrato
E MAIL: [email protected]
NRE: Maringá
Município: Maringá
Disciplina: língua Portuguesa
Escola de implementação: Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes
Público objeto de intervenção: 6° ano
IES: UEM
Orientadora: Drª. Mirian Hisae Yaegashi Zappone
2- Introdução
Todas as reportagens e mídias nos levam a crer que temos um ponto
comum sobre a leitura: é muito importante ler. Pais, professores, televisão,
todos nos falam o quão fundamental é a leitura para o desenvolvimento do
aluno. Pesquisas mostram que os alunos estão lendo, mas quais são essas
leituras? De acordo com Zaponne (2007) a leitura tem sido feita para
aquisição de conhecimento ou informação, para entretenimento e fruição. A
leitura do texto literário, principalmente da poesia, tem sido deixada de lado
mesmo sendo estes fundamentais na formação do indivíduo, visto que o
valor da poesia enfocando a imitação (mimesis) fornece uma saída segura
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
para a libertação de emoções intensas favorecendo uma valiosa
experiência de passagem da ignorância para o conhecimento. As figuras
de linguagem usadas na poesia são fundamentais para a construção desse
conhecimento. CULLER nos fala da importância do uso dessas figuras:
“A metáfora e a metonímia são as duas estruturas
fundamentais da linguagem: se a metáfora se liga por meio da
semelhança, a metonímia liga por meio da contiguidade”. A
metonímia se move de uma coisa para outra que lhe é contígua
como quando dizemos “a Coroa” em lugar de “a Rainha”. A
metonímia produz ordem ligando coisas em séries espaciais e
temporais, se movendo de uma coisa para outra no interior de
um dado domínio, ao invés de ligar um domínio ao outro, como
faz a metáfora. Outros teóricos acrescentam a sinédoque e a
ironia para completar a lista dos “quatro tropos principais”.
CULLER,p.74,(1999)
Quando o aluno é capaz de perceber esse uso amplo da linguagem e suas
estruturas ele se torna capaz de compreender os sentidos produzidos numa
grande variedade de discursos.
A literatura pode ser divida em gêneros, ou seja, conjuntos de convenções
e expectativas que nos fazem perceber qual é o significado do texto. CULLER
(1999) nos diz que as obras literárias podem ser divididas em gêneros de
acordo com quem fala. Gênero poético ou lírico, que o narrador fala em 1°
pessoa, épico ou narrativo em que o narrador fala em sua própria voz, mas
permite aos personagens falarem e o dramático em que só as personagens
falam.
É no gênero lírico, na poesia, que se pretende focalizar a maior atenção
deste projeto, visto que este é um tipo de texto na qual, como afirma Zappone:
(...) todas as características do texto literário encontram-se
potencializadas e no qual a percepção do mundo do leitor é
colocada em suspenso pela percepção do mundo, da vida e
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
dos seres criados pelo poeta. Por essas razões, a leitura da
poesia na escola tem uma função significativa da qual, pais,
professores e alunos não podem prescindir, sob pena de se
formar leitores incapazes de ler e perceber além do que os
olhos não veem, como se a leitura fosse apenas exercício
mecânico de decodificação. ZAPPONE, P.184 (2007).
O gênero lírico ou a poesia é uma das artes tradicionais pela qual a
linguagem humana é utilizada com fins estéticos. Ela pode retratar tudo
dependendo da imaginação do autor e do leitor. De acordo com Aristóteles
(apud Culler, 1999) originou-se pela imitação e pelo prazer de imitar. Esse
gênero textual leva em conta o sentimento e a subjetividade na construção do
assunto e nos dias atuais trará também dos problemas e desequilíbrios sociais,
demonstrando uma atitude reflexiva sobre o nosso cotidiano e a realidade que
nos cerca.
Em cada obra literária com a qual o leitor se depara existe um sistema de
composição específico, características que lhe são próprias e que precisam ser
conhecidas do leitor. Um leitor literário só é formado a partir da apropriação
dessas convenções que oferecem chave para a compreensão do texto, como
afirma Zappone:
[...] sem o conhecimento dessas regras e convenções,
entretanto, a leitura literária fica sendo um grande faz de conta,
pois os alunos raramente compreendem o texto, raramente
produzem para eles sentidos pertinentes, e terminam por
acatar vozes do professor, da crítica do livro didático, que
dizem que o texto significa isso ou aquilo, pois lhe faltam as
chaves da compreensão (ZAPPONE, 2007, p.11).
O ensinar poesia exige o ensino dos saberes necessários para que
realmente ocorra a leitura dos textos poéticos por parte dos alunos. Estudos de
CULLER (1999) enfatizam na leitura dos textos poéticos devem ser
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
observados, convenções que se estabeleçam e merecem atenção; a
ficcionalidade, a organização da linguagem e a função estética.
Os aspectos de ficcionalidade manifestam-se mediante a criação de um
mundo imaginário, no qual acontecimentos e indivíduos são inventados pelo
poeta e parecem reais, porém não o são. Outro aspecto é a organização da
linguagem que difere do uso habitual, por isso é necessário especial atenção à
estrutura e a relação das palavras, pois palavras e estrutura sonora se
relacionam para produzir um sentido global para o texto e um sentido para o
leitor.
CULLER (1999) também fala sobre a função estética da
linguagem poética, ou seja, utilizada para proporcionar a
fruição, gratuidade espontânea e desinteressada e não
como finalidade específica como discussão,
convencimento ou informação. A poesia faz recordar,
funde o mundo interior e exterior onde não há uma lógica
precisa e misturam-se o mundo, o eu e a estrutura da
língua.
Tendo isso em vista, para ler os textos poéticos é necessário considerar as
características do gênero e sua construção estilística. São características
principais do gênero lírico (voz criada pelo poeta que fala dentro do texto); a
relação fluida e inconsistente que se estabelece entre o mundo interior, o
exterior e o tempo, numa explosão de sensações e emoções centradas no
emissor, representados numa linguagem que nos parece se analógica e a
utilização de recursos estilísticos como a musicalidade, as repetições, o desvio
da norma gramatical.
Os elementos estruturais do poema são de ordem sonoro, lexical, gráficas
e semântica e são eles que fazem parte da construção do texto poético e
necessitam ser observados para que se efetue a leitura do texto.
O nível gráfico apresenta-se pelo espaço que o poema ocupa na página o
seu aspecto visual - versos e estrofes e que efeito isso produz para o leitor. No
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
nível sonoro do poema, devem ser considerados aspectos referentes à métrica,
ao agrupamento das estrofes e às rimas. A forma é constituída geralmente em
versos (linha do texto), que é mais breve que do texto em prosa num esforço
de síntese expressiva sugerindo musicalidade e regularidade rítmica. Quando
ordenado em sons, ritmo e sentido, um verso exige uma continuidade,
formando então uma estrofe, que agrupa em determinado número de versos,
configurando assim o poema.
Ao ler o poema, além do sentido das palavras ouve-se uma espécie de
musicalidade que pode ser obtida através da assonância e da aliteração que
adquirem diferentes sentidos apoiados em outros elementos do texto.
A metrificação ou versificação, que consiste em medir o tamanho dos
versos, separando-os em sílabas poéticas é outro recurso que ajuda na análise
do ritmo do poema, bem como o da rima, que ocorre pela igualdade ou
semelhança de sons geralmente presentes no final de dois ou mais versos.
Ao se analisar o léxico do poema, verificando quais palavras o compõe se
revelará ao leitor um nível de linguagem, observando se o poema é coloquial
ou culto, dinâmico ou estático, geral ou particularizado, real ou desejado.
Observar as palavras empregadas e as escolhas que o poeta fez ajudar na
interpretação do poema, pois as escolhas lexicais repercutem nos sentidos que
se manifestam na obra e identificam ideias e valores defendidos que o texto
pode pertencer.
O texto poético também pode ser estudado através de sua estrutura
sintática. Geralmente esta não obedece às convenções de linearidade dos
outros gêneros discursivos, e ao estudar a sua construção sintática e as
inversões utilizadas com frequência nesse tipo de texto, onde a linguagem se
expande além do sentido denotativo pode-se compreender melhor esse tipo de
texto.
O aspecto semântico é um dos fatores mais importantes da análise do
poema, são as relações semânticas que as palavras estabelecem entre si e
darão as significações de um texto poético. Figuras de similaridades como a
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
comparação e a metáfora trazem uma alegoria ao poema associando e
aproximando elemento aparentes sem nenhum parentesco. As figuras de
contiguidade como a metonímia, singularizam o caráter da poesia de firmar
ideias e romper estruturas utilizando-se da linguagem.
Ao associar todas essas estruturas durante a leitura dos poemas o aluno
será capaz de reconhecer no processo o sentido global do texto sem esquecer
também o que cada um lê a partir do seu contexto, do seu conhecimento de
mundo e aos poucos o leitor vai se apropriando da poesia e enriquecendo a
sua vida através do olhar do poeta.
A escola como disseminadora do saber científico, deve ser capaz de
propiciar ao aluno o letramento literário, inclusive do texto poético, e ao seguir
este caminho, de capacitá-lo para entender as convenções poéticas, pode
promover um letramento que faça sentido em sua vida.
Tendo como ponto de partida a importância da leitura literária na escola,
particularmente de poesias e, baseando-se no fato de que formar um leitor
literário implica oferecer-lhe os conhecimentos necessários para adentrar ao
discurso literário, este projeto de ensino terá como objetivo geral levar o aluno
de ensino fundamental a conhecer as particularidades do gênero lírico,
reconhecendo suas características por meio de leitura de textos poéticos
escritos por autores brasileiros e que são destinados à infância.
Partindo deste objetivo, será desenvolvida a sequência didática a seguir:
Ler o poema e fazer os seguintes questionamentos:
Pé de nabo
Composição: Sandra Peres / Luiz Tatit
Ser assim é uma delícia
Desse jeito como eu sou
De outro jeito dá preguiça
Sou assim pronto e acabou...
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Brincadeira, choradeira,
Pra quem vive uma vida inteira
Mentirinha, falsidade,
Pra quem vive só pela metade.
Disponível em: http://letras.terra.com.br/palavra-cantada/447930/
1-Para que se viva intensamente, ou seja, de uma maneira plena e real, o poeta
sugere duas atitudes. Que atitudes são essas?
2-O que o ele quer dizer com essas palavras?
3-Você gosta de você como você é?
4- Para você, o que é viver uma vida inteira?
5- E viver só pela metade?
Neste poema o autor expressa seu sentimento mostrando como devemos ser para
que possamos viver felizes. Ele assume a voz que fala no poema, ou seja, o eu-lírico.
Vamos agora ouvir o poema musicalizado por Paulo Tatit e Sandra Peres.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?
v=j_2H04cGJWU&feature=player_detailpage
Vamos ler um poema que fala de uma maneira bastante interessante sobre poesia:
Convite
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Disponível em: Paes, José Paulo - Literatura em minha casa – Palavra de
Poeta. Pg.21
a) Quem é que não gosta de brincar?
b) Qual é a sua brincadeira ou brinquedo favorito?
c) Alguém já brincou com palavras?
d) Como podemos brincar com palavras?
e) Este texto é uma poesia. Como podemos chegar a essa conclusão?
f) Quem é o eu-lírico presente no poema?
g) Quem sabe o que são versos e estrofes?
h) Identifique o número de versos e estrofes do poema Convite.
i) Nesta poesia, o autor faz uma relação entre brincadeira e poesia. Em que
parte do poema acontece essa relação?
A partir deste último questionamento, introduzir o conceito de metáfora e
comparação no texto poético.
Metáfora
É o emprego de um termo com significado de outro em
vista de uma relação de
ComparaçãoÈ a aproximação de dois
termos entre os quais existe alguma relação, como na
metáfora, porém, é feita por
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
semelhança entre ambos. È uma comparação
subentendida
meio de um conectivo e busca realçar a qualidade do
primeiro termo.
Agora você é o poeta!
Faça uma quadra em que apareça uma metáfora e uma comparação. Ilustre-a
com capricho para colocarmos em nosso mural literário.
Após o término da atividade, os alunos lerão o poema O leão, de Vinícius de
Moraes:
O LEÃO
Leão! Leão! Leão!
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês.·.
Disponível em: MORAES, Vinícius. A ARCA DE NOÉ,
Companhia das letrinhas- Literatura em minha casa. Pg.22
Fazer uma leitura coletiva do texto, e a exibição do vídeo referente ao
poema musicado;
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=uH52-
zkc15M&feature=related
a) Por que o poeta compara o rugido do leão a um trovão?
b) Por que vocês acham que o leão é considerado o rei da criação?
c) Que elementos do texto faz com que vocês cheguem a esta conclusão?
d) No poema, existe exemplo de metáforas ou comparações? Quais?
e) O que são rimas? Se há rimas, destaque-as no texto.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
RIMA: È o recurso usado no poema para dar sonoridade. Consiste em colocar palavras com sons iguais a partir da última vogal tônica no meio (rima interna) ou no fim (rima final) do verso.
Leitura do poema Baile do Sereno
Baile no sereno
Cantador canta tristeza Canta alegria também.É de sua natureza Cantar o mal e o bem.pois ele tem dentro dele o canto que o canto tem ...
Disponível em: Rocha, Ruth - Literatura em minha casa – Tempo de poesia –
global editora p.60 – 61.
Propor aos alunos as seguintes questões:
a) Quantos versos possui esse poema?
b) Ele possui rimas? Em caso positivo, aponte-as.
c) O que o cantador canta?
d) Quando é que o cantador vai se calar?
Neste poema, existem outras características do texto poético. Vamos
aprender quais são os efeitos que Ruth Rocha usa para dar mais
expressividade a ele.
Vocês podem notar que Ruth Rocha usa a repetição de uma consoante.
Esse tipo de recurso é chamado de aliteração.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
a) Quais são as consoantes repetidas neste poema?
b) Neste mesmo poema, há palavras que são contrárias. Você sabe dizer
quais são?
c) Esse recurso de usar palavras com sentido contrário, também possui um
nome específico dentro dos textos poéticos. Esse recurso é chamado de
antítese.
O poema fala sobre o cantador, que canta a tristeza e a alegria, o bem e o mal.
Vocês gostam de cantar?
Volte ao poema pé de nabo, observe atentamente a letra da música e responda as
questões que seguem:
a) A música possui rimas? Quais?
b) E aliteração? Em caso positivo aponte a repetição do fonema consonantal.
c) Possui metáforas ou comparações? Em que parte da música?
d) Escreva um pequeno poema com o seguinte título: EU SOU ASSIM. Capriche na
ilustração para ser afixado no nosso mural.
Agora vamos aprender mais um novo recurso usado nos textos poéticos: O hipérbato.
Preste atenção!!!!!!!
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
A música começa assim:
Ser assim é uma delícia,
desse jeito como eu sou.
Houve aqui, uma inversão da ordem direta dos elementos da oração. Na ordem direta
estariam na seguinte forma:
É uma delícia ser assim
Como eu sou desse jeito.
Agora observe a letra de a música Trilhares, do mesmo grupo musical e tente
encontrar outro exemplo de hipérbato.
Trilhares
Composição: Paulo Tatit E Edith Derdyk
As estrelas que de noite eu via
Todas elas lá no céu estão
Mesmo sem vê-las durante o dia
Piscam no céu com o sol gordão.
Disponível em: http://letras.terra.com.br/palavra-cantada/283417/
A) Vocês sabiam que mesmo de dia, há estrelas no céu?
b) Então por que não podemos vê-las?
c) A música traz uma característica humana para o Sol? Que característica é
essa?
Quando o poeta coloca uma característica própria dos seres humanos a um ser
que não possui sentimentos ou a seres inanimados recebe o nome de
personificação ou prosopopeia.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Vamos agora ouvir a música:
Disponível em: http://youtu.be/jwYToI54F6Q
Agora é com você!!!
Distribuir aos alunos pequenos recortes de palavras com nome de seres inanimados e
propor a seguinte atividade:
Atribua característica aos seguintes seres e faça uma ilustração bem original!
Vamos ler agora um poema de Sérgio Caparelli chamado o Rato Roque.
Disponível em: Caparelli, Sérgio- Literatura em minha casa – Poesia fora da estante, editora LePM, pg.13.
Responda agora:a) Qual é o nome do Rato?b) O que o rato rói?c) Por que o poeta repete o nome do rato várias vezes?
Esse recurso utilizado pelo poeta se chama onomatopeia, sabe por quê?
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
E, por falar em ratos, vamos agora ouvir uma música do grupo musical Palavra Cantada em que conta uma história em forma de poesia.
Disponível em: http://youtu.be/E-rXYoax60M
O rato
Paulo TatitTodo rato tem rabo longo
Todo rato tem faro esperto
Todo rato curte escuro, lambe restos
Todo rato deixa rastro
Todo rato trai e mente
Todo rato assusta a gente
Todo rato anda em bando
São os ratos, são os ratos, são os ratos
Bem malandros...
Disponível em: http://letras.terra.com.br/palavra-cantada/391916/
Vamos lá!
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
a-Quais são as características que o eu-lírico apresenta no poema?
b-Quem são as personagens com as quais o rato tenta se casar?
c- No final, com quem o rato se casa?
d- Qual o verdadeiro interesse da ratinha?
e-Podemos observar que neste poema há uma repetição de palavras. Essa
repetição é um recurso que o poeta encontra para dar maior expressividade ao
poema. Que palavras são repetidas com maior intensidade no texto?
f-Essa palavra possui um nome específico. Alguém sabe que nome é esse?
Vamos assistir a um vídeo com o poema o rato:
Disponível em: http://youtu.be/E-rXYoax60M
A seguir, será lido o poema A formiga, de Vinícius de Moraes a partir do qual
será feita uma revisão dos conteúdos já apresentados.
Leia o poema de Vinícius de Moraes e responda:
A formiga
Composição: Vinicius de Moraes / Paulo Soledade
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Disponível em: MORAES, Vinícius. A ARCA DE NOÉ,
Companhia das letrinhas- Literatura em minha casa. Pg.40
a) Identifique todos os recursos utilizados pelo poeta nesta poesia?
b) E se você fosse uma formiga, como você veria o mundo? Faça
uma colagem com recortes de revistas retratando como seria o
mundo sob seu ponto de vista.
c) Em casa, pergunte aos seus pais se eles conhecem algumas
parlendas.
Observe a seguinte parlenda:
Parlenda
“Hoje é Domingo,
pé de cachimbo
O cachimbo é de ouro
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Bate no touro,
O touro é valente,
Bate na gente,
A gente é fraco,
Cai no buraco,
O buraco é fundo,
acabou-se o mundo.”
a) Baseado em tudo que apendemos até agora e na definição acima,
identifique os aspectos métricos e rítmicos da parlenda.
b) Agora faça uma carta enigmática com a parlenda acima para colocarmos
em nosso mural literário.
Aprendemos muitas coisas sobre poesia. Conhecemos um grupo musical
chamado Palavra Cantada que trabalha com poesia. Agora, vamos relembrar o
tempo em que éramos pequenininhos e vamos analisar uma canção infantil
que todos conhecem:
Atirei o pau no gato
Cantiga popular
Atirei o páu no gato tô tô
Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Do berro, do berro que o gato deu
Miau !!!!!!
a)Todos conhecem essa música que foi passada de geração em geração.
Bem, ela também pode ser considerada poesia uma vez que possui recursos
que a denominam como tal. Agora responda, quais são os recursos poéticos
presentes no texto?
b) Vamos fazer uma ilustração com capricho para colocar em nosso mural
literário.
c) Por que você acha que na canção o autor repetiu as expressões finais de
cada verso?
O poeta Elias José fez um poema que usa como referência essa cantiga de
roda. Esse poema se chama História embrulhada.
História embrulhada
Atirei o pau no gato-tô
Mas acertei no pé do pato-tô
Dona Chica-ca
Admirou-se-se
Do berrô, do berrô
Que o pato deu.
Disponível em José Elias – Literatura em minha casa- Poesia fora da estante - editora LePM, pg.41.
a) O que você achou do poema?
b) Qual versão você mais gostou?
c) Tanto a canção como o poema apresenta ritmo. Alguém sabe o que é
ritmo?
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Para fim de conversa vamos ouvir uma música do grupo Palavra Cantada e
analisarmos o que ela nos diz:
Criança não trabalha
Composição: Arnaldo Antunes e Paulo Tatit
Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão.
Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão.
Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...
Disponível em: http://letras.terra.com.br/palavra-cantada/447926/
A) Os autores desta música descrevem a infância usando palavras que
fazem referências a mesma. Que palavras usadas no poema nos fazem
lembrar-se de nossa infância?
B) Qual é a relação dessas palavras com o refrão da música?
C) E você? Trabalha ou dá trabalho?
Dê uma olhadinha no vídeo:
Disponível em: http://youtu.be/LLPTluWokdw
Observe que todo poema é formado por palavras sem a presença de nenhum
conectivo, ou seja, o poema é formado apenas por substantivos e vírgulas.
Esse recurso é chamado de Assíndeto.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
1) Crie um poema sem conectivos, retratando sua vida escolar.
Para finalizarmos nosso trabalho, leia esse poema de Manuel Bandeira:
Balõezinhos
Na feira do arrabaldezinho
Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor:
— "O melhor divertimento para as crianças!”
Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres,
Fitando com olhos muito redondos os grandes balõezinhos muito redondos.
No entanto a feira burburinha.
Vão chegando as burguesinhas pobres,
E as criadas das burguesinhas ricas,
E mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.
Disponível em: Bandeira, Manuel. Antologia Poética. 5 ed., Rio de Janeiro,
sabiá, 1969.p.62-3.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
1- Por que os balõezinhos são o melhor divertimento para crianças?
2- O texto acima não possui rimas. Como podemos concluir, então, que
se trata de um poema?
3- Na segunda estrofe do poema há a repetição do conectivo “e”. Esse
tipo de recurso é o inverso do assíndeto, e é chamado de
polissíndeto. Ou seja:
AGORA É COM VOCÊ!!!
3-Crie um poema com duas estrofes em que apareça o polissíndeto. Ilustre-
o para colocarmos em nosso mural.
Aprendemos muitas coisas sobre poemas. Para finalizar nossas atividades,
vamos fazer um Sarau. Sarau é, segundo os dicionários consultados,
reunião festiva, dentro de casa, de clube ou de teatro, em que se passa a
noite a dançar, a jogar, a tocar, etc. Também pode ser concerto musical de
noite, assim como reunião de pessoas para recitação e audição de
trabalhos em prosa ou verso. Sendo assim, vamos terminar nosso trabalho
mostrando aos colegas, pais, professores e comunidade em geral, as
nossas atividades desenvolvidas no decorrer deste projeto.
Referências
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
ANTUNES Arnaldo e Paulo Tatit. http://letras.terra.com.br/palavra-
cantada/447926/ acessado em: 05/06/2011 às 8 h e 40 min.
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. 5 ed., Rio de Janeiro, sabiá,
1969.p.62-3.
BAKHTIN, M.M. Estética da criação verbal in ROJO ROXANE –
Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. 1. Ed. São Paulo:
Parábola editorial, 2009.
CADERMADORI, Ligia. O professor e a literatura para pequenos, médios
e grandes. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
CAPARELLI, Sérgio- Literatura em minha casa – Poesia fora da estante, editora LePM, pg.13.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil - teoria análise, didática. .7. Ed.
São Paulo: Editora Moderna, 2002.
Cosson, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: contexto,
2006.
CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução, São Paulo: Beca
produções culturais, 1999.
Felix, Daniel. Práticas de letramento no Ensino, Leitura e escrita, artigo
publicado em 19/04/2009 – acessado em 12/03/2011.
JOSÉ Elias – Literatura em minha casa- Poesia fora da estante - editora -* * LePM, pg.41.
KLEIMAN, Angela B. Os significados do letramento: uma nova
perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas- SP: Mercado de
Letras, 1995. Coleção letramento, Educação e Sociedade.
MORAES, Vinícius. A ARCA DE NOÉ, Companhia das letrinhas- Literatura
em minha casa. Pg.22-40
LAJOLO, Marisa- Palavras d encantamento - São Paulo- Moderna, 2001.
PAES, José Paulo - Literatura em minha casa – Palavra de Poeta. Pg.21
PERES Sandra Peres / Luiz Tatit http://letras.terra.com.br/palavra-
cantada/447930/ acessado em: 30/05/2011 às 8hs e 22 min.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
REGO, L.L. B Literatura Infantil: Uma perspectiva de alfabetização. São
Paulo: FTD, 1995 p.5.
ROCHA, Ruth - Literatura em minha casa – Tempo de poesia – global editora
p.60 – 61.
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão digital. São
Paulo: Parábola editorial, 2009.
TATIT, Paulo e Edith Derdyk. http://letras.terra.com.br/palavra-
cantada/283417/ acessado em: 01/06/2011 ás 16 h e 12 min.
TATIT, Paulo. http://letras.terra.com.br/palavra-cantada/391916/ acessado em:
04/06/2011 às 19 h e 30 min.
ZAPPONE, Mirian Hisae Yaegashi, Formação de professores EAD n° 19.
Cap. 07 , A leitura da poesia, 21 ed. Eduem, 2007.
________________________________, Modelos de letramento literário e
ensino da literatura: problemas e perspectivas. Revista Teoria e prática da
Educação. Vol. 3, n.10, 2007
Zilbermann, Regina – A literatura infantil na escola. São Paulo. Global,
2003