SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO … · (indicar o grupo para o qual o ... artista é considerado...

17

Transcript of SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO … · (indicar o grupo para o qual o ... artista é considerado...

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

VALÉRIA TEREZINHA BELAVER

UNIDADE DIDÁTICA

MÁSCARAS AFRICANAS NO ENSINO DE ARTE

Área PDE: Arte Orientadora IES: Ms. Sheilla P. Dias de Souza

MARINGÁ

2012

1

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: Máscaras Africanas no Contexto do Ensino de Arte

Autor Valéria Terezinha Belaver Disciplina/Área (ingresso no PDE) Arte Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Novo Horizonte- Ensino Fundamental e Médio Rua Pacífico Dezem, 428. Santa Clara II- Toledo- PR

Município da escola Toledo- PR

Núcleo Regional de Educação Toledo- PR Professor Orientador Profª Ms. Sheilla P. Dias de Souza Instituição de Ensino Superior UEM – Maringá PR. Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Arte e História

Resumo (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

Nesta Unidade Didática os conteúdos trabalhados tem como eixo norteador o ensino de arte com embasamento em conceitos da cultura africana e afro brasileira, por meio de estudos sobre máscaras africanas. No aperfeiçoamento continuo ainda é comum as pessoas se reportarem aos trabalhos de arte da cultura européia, sobrepondo as manifestações da arte africana e afro brasileira. No Brasil existe uma grande diversidade étnica e cultural, diante disso, se faz necessário reconhecer a difusão das artes em todos os países, e a cultura africana também ocupa papel relevante nesta formação. O objetivo das atividades realizadas com os alunos do 9º ano do ensino fundamental, é romper estigmas e preconceitos, através da apreciação e conhecimento das variadas formas de expressão da arte africana, no respeito a todas as etnias, pois a diversidade cultural no país é que o faz ímpar em sua grandeza.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Arte; Cultura; Diversidade; Máscaras; África Formato do Material Didático Público Alvo (indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)

9º ano do Ensino Fundamental

2

RESUMO

Nesta Unidade Didática os conteúdos trabalhados tem como eixo norteador o ensino de arte com embasamento em conceitos da cultura africana e afro brasileira, por meio de estudos sobre máscaras africanas. No aperfeiçoamento continuo ainda é comum as pessoas se reportarem aos trabalhos de arte da cultura européia, sobrepondo as manifestações da arte africana e afro brasileira. No Brasil existe uma grande diversidade étnica e cultural, diante disso, se faz necessário reconhecer a difusão das artes em todos os países, e a cultura africana também ocupa papel relevante nesta formação. O objetivo das atividades realizadas com os alunos do 9º ano do ensino fundamental, é romper estigmas e preconceitos, através da apreciação e conhecimento das variadas formas de expressão da arte africana, no respeito a todas as etnias, pois a diversidade cultural no país é que o faz ímpar em sua grandeza.

Palavras-chave: Arte; Cultura; Diversidade; Máscaras; África.

3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................4

2 O NEGRO NO BRASIL ...........................................................................................6

2.1 MÁSCARAS AFRICANAS....................................................................................8

3 ATIVIDADES.........................................................................................................11

ATIVIDADE 01 .........................................................................................................11

ATIVIDADE 02 .........................................................................................................11

ATIVIDADE 03 .........................................................................................................11

ATIVIDADE 04 .........................................................................................................12

ATIVIDADE 05 ........................................................................................................12

ATIVIDADE 06 .........................................................................................................12

ATIVIDADE 07 .........................................................................................................13

ATIVIDADE 08 .........................................................................................................13

ATIVIDADE 09 .........................................................................................................13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................14

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS ...............................................................................15

4

1 INTRODUÇÃO

A Unidade Didática tem por intuito desenvolver atividades no ensino de arte

com embasamento em conteúdos da cultura africana e afro-brasileira, por meio de

estudo sobre máscaras africanas.

A escolha deste tema justifica-se porque quando se expressa em arte é

comum as pessoas se referenciarem exclusivamente aos trabalhos da cultura

européia, sobrepondo as manifestações da arte africana e afro-brasileira. Não é

possível desconsiderar que o Brasil possui em sua formação uma grande

diversidade étnica e cultural.

Segundo Barbosa (2005), o termo “intercultural” significa a interação entre as

diferentes culturas. Assim, se faz necessário reconhecermos a diversidade das artes

produzidas em todos os países e a cultura africana também ocupa papel relevante

nesta formação. Cabe a escola levar este conhecimento acadêmico a seus

educandos, diante do fato de que a cultura das classes sociais desfavorecidas é

ignorada, levando à segregação cultural.

Isto não quer dizer que se deve desconsiderar a arte na perspectiva cultural

dominante (a cultura do colonizador) ao contrário, enquanto profissionais da

educação, devemos promover ações onde todos possam se identificar enquanto

participantes ativos do processo de construção cultural. Destaca-se ainda a

necessidade desta abordagem sobre a interculturalidade no currículo escolar, pois

temos que ter o conhecimento do “todo” da cultura de uma sociedade, para não

valorizarmos apenas a parcialidade desta.

A maneira como os negros foram trazidos para o Brasil, como mera força de

trabalho escravo, faz com que ainda hoje o racismo e o preconceito estejam

fortemente presentes em nosso país, como se a cor da pele estivesse atrelada às

capacidades e incapacidades individuais.

Ao analisar às obras de arte percebe-se que raramente se reportam aos

artistas negros. Do século XVIII aos dias de hoje eles exercem sua arte nos mais

variados gêneros. Muitos deixaram suas obras nos tetos e templos católicos de

quase todo o país. Alguns exemplos a serem mencionados, são: Jesuíno Francisco

de Paula Gusmão (1764-1819) com sua obra óleo sobre madeira foi um dos nomes

de projeção nas artes plásticas. Encontram-se afrescos feitos por ele na Igreja

5

Nossa Senhora do Carmo em Itu (SP). O baiano José Teófilo de Jesus (1758-1847)

realizou “Anunciação”, estudou em Portugal, realizando vários painéis nas Igrejas do

Nordeste. Joaquim Nepomuceno da Natividade produziu os afrescos “Bandeiras de

Procissão da Paixão de Cristo”, realizados na cidade de São Tomé das Letras,

Minas Gerais. Não se tem registros de nascimento e morte deste artista. Antonio

Rafael Pinto Bandeira (1863-1896), criou o retrato “Feiticeira”, em óleo sobre tela,

datado em 1890 (MARTINS, 2009).

Não se pode deixar de lembrar também de artistas plásticos negros de

gerações mais recentes como Sidnei Lizardo (1939), escultor e pintor. Yêdamari

(1936), pintora, ceramista e gravurista nasceu na Bahia e suas obras se encontram

e importantes museus do mundo.

Um dos artistas plásticos mais lembrados nas escolas obras é “Aleijadinho”

(Antonio Francisco Lisboa), que trabalhava com talha, arquitetura e escultura. Era

filho de escrava com um mestre de obras português, suas obras misturam diversos

estilos barrocos. Utilizou como material principalmente a pedra sabão, matéria prima

brasileira, mas também trabalhava com madeira. Aleijadinho é muito reconhecido

por ter esculpido “Os Doze Profetas”, no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. O

artista é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro

(MARTINS, 2009).

6

2 O NEGRO NO BRASIL

Sabe-se que desde quando os povos negros foram trazidos para o Brasil, eles

nunca deixaram de lutar pela sua liberdade. Isso está implícito nas inúmeras e

incansáveis tentativas de fuga, desde o embarque nos navios negreiros. Nas

fazendas enquanto escravos não foi diferente: eles se organizavam de todas as

formas e fugiam para a mata. Organizaram muitos quilombos, sendo o de Palmares,

o maior Quilombo da história; Era localizado na Serra da Barriga, hoje Alagoas, onde

também viviam índios e brancos pobres, cerca de trinta mil pessoas. Este Quilombo

era liderado por Zumbi dos Palmares. Porém em 1695 o Quilombo foi invadido,

Zumbi fuzilado e seu corpo esquartejado numa Praça de Recife.

Após a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, os negros foram

libertos e tornaram-se homens livres. Porém nada lhes foi assegurado. A grande

maioria foi para os guetos e conseguiam aos poucos algum tipo de trabalho. Muitos

foram substituídos por imigrantes europeus que chegaram ao Brasil também em

busca de trabalho. A população negra até hoje encontra sérias dificuldades de

inserção na sociedade.

Estudos revelam também as desigualdades de oportunidades da população

negra no acesso e permanência na escola. A pesquisa “Desigualdade Racial no

Brasil: evolução das condições de vida na década de 90”, realizada pelo Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada IPEA, segundo a revista “Gênero e Igualdade Racial”,

divulgada em julho de 2011, constata que em 1999, 8% dos jovens negros/as entre

15 e 25 anos são analfabetos, e apenas 3% entre os brancos. Dos jovens negros

entre 7 e 13 anos 5% não frequentam escola e somente 2% dos jovens brancos da

mesma faixa etária não o fazem. Dos jovens negros/as, entre 18 e 23 anos, 84%

não concluíram o ensino médio contra 63% de jovens brancos da mesma faixa

etária. Dos adultos negros/as 75,3% não concluíram o ensino fundamental contra

57,4% dos adultos brancos. Paralelamente, só completaram o ensino médio, 12,9%

dos brancos e 3,3% dos negros. No ensino superior 98% dos jovens negros em

1999 não ingressaram na universidade e 89% dos jovens brancos.

Portanto, é possível concluir por meio dos dados que, crianças, adolescentes

e adultos excluídos do processo de escolarização do sistema do ensino público

brasileiro têm origem cultural definida, sendo assim estas diferenças farão com que

7

os afro descendentes possuam maiores dificuldades de ascensão social e também

nos demais direitos básicos de sobrevivência.

Com o objetivo de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,

raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, aprovou-se a LEI

Nº 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro Brasileira

em todas as escolas brasileiras públicas e particulares, do ensino fundamental até o

ensino médio, a fim de valorizar a contribuição da população negra em nosso país:

uma vez que ainda hoje a população negra sofre racismo e preconceito, devida a

aos longos de escravização.

Ações como esta objetivam fazer algumas reparações, sanar injustiças e

fazer com que todos, independentes de sua etnia, possam fazer parte do processo

de cidadania.

Observa-se também que esta lei promoveu e ainda leva os professores a

procurarem e exigirem com mais intensidade, uma melhor formação nos conteúdos

referentes à cultura afro brasileira. Infelizmente muitos educadores não davam

ênfase necessária a estas questões e apenas faziam trabalhos esporádicos em

algumas datas mais marcantes, como, por exemplo na “Semana Nacional da

Consciência Negra”, no mês de novembro. Não podemos conceber a idéia de um

povo que tanto contribuiu para o processo de formação da sociedade brasileira,

tenha o conhecimento de sua história restrito a meros trabalhos feitos em datas

comemorativas.

É necessário que todas as etnias sejam respeitadas, pois todas possuem

valores únicos. A diversidade cultural existente em nosso país é que o faz ímpar em

sua grandeza.

Quando se faz referência aos artistas plásticos negros, se expressam

conceitos sobre a diversidade artística presente no país. Pois, é sábio que os

trabalhos dos artistas plásticos do povo africano não são comumente lembrados vida

cotidiana.

Munanga (2005, p.16), afirma que “As chances de a escola ser um núcleo de

resistência e de abrigo contra a violência racial depende de uma completa virada de

jogo”. Assim sendo, os educadores devem colaborar com este processo de

desconstrução da supremacia de um povo sobre o outro. É necessário estar

receptivos à valorização de todas as manifestações artísticas e/ou pluralidade

cultural.

8

Infelizmente ainda existe uma concepção arcaica que coloca a idéia de que a

cultura européia seja superior às demais, porém as culturas são apenas diferentes e

todas possuem uma beleza única em sua plasticidade. Nenhuma deve sobrepor a

outra.

Neste sentido, as atividades a serem desenvolvidas, tem como embasamento

várias discussões teóricas a respeito da diversidade étnica, procurando valorizar a

cultura africana no sentido de compreendê-la enquanto participante ativa do

processo de construção cultural do país, sem referenciá-la como superior as demais,

apenas diferente.

2.1 MÁSCARAS AFRICANAS

Nesta Unidade Didática, o assunto a ser delimitado é sobre as máscaras

africanas por serem pouco exploradas no cotidiano escolar, e também por ser uma

das formas mais populares de artes plásticas do mundo. Ao mesmo tempo percebe-

se que trazem em si aspectos que atraem a atenção do público jovem, por sua

diferença em relação às imagens que em geral têm acesso, e por suas formas

variadas e coloridas. Assim, por meio das mesmas é possível trabalhar muitas

questões que envolvem a cultura e a arte africana

A máscara não é representada por si só, pois ela intervém não só na imagem

do rosto, mas sim de todo o corpo. Ela compõe personagens por meio da utilização

de diferenciados acessórios e instrumentos musicais. A dança também poderá

possuir um papel relevante neste contexto. O incentivo ao trabalho com as máscaras

irá possibilitar aos alunos desenvolverem sua criatividade, num processo de

construção da história.

As máscaras em cerimoniais é prática comum há milhares de anos. Elas são de fundamental importância nos rituais, sejam de iniciação, de passagem ou de evocação de entidades espirituais. As máscaras apresentam-se, também como elementos de afirmação étnica, expondo características particulares de cada grupo. Assim, existe uma enorme diversidade de formas, modelos, técnicas de confecção e aplicações. [...] Na África, o artífice, antes de começar a esculpir uma máscara, passa por um processo de purificação, com reza aos espíritos ancestrais e às forças divinas. Tal prática faria com que a força divina fosse transferida para a máscara durante o processo de manufatura. As máscaras são empregadas, basicamente, em eventos sociais e religiosos. Além de representarem os espíritos ancestrais, em alguns casos objetivam o controle de forças espirituais das comunidades para um determinado fim, sejam estas forças benéficas

9

ou malignas. A matéria prima utilizada na elaboração das máscaras é diversificada. Entretanto, é a madeira a matéria prima mais comum. Isso porque os artífices acreditam que as árvores possuem uma alma, um espírito. A madeira seria interpretada como um receptáculo espiritual, [...] conferindo ao seu portador alguma espécie de poder. [...] (AGUIAR, 2009 p.19).

Observa-se que as máscaras identificam a cultura de um povo, em especial o

povo africano, assim como outros objetos podem caracterizar diferentes etnias, em

suas especificidades. Por isso, a necessidade dos educadores realizarem um

trabalho acadêmico no sentido de conhecimento, valorização e respeito intercultural.

Não se pretende desconstruir ou exaltar nenhuma cultura, pois estaríamos

colaborando para acentuar o preconceito, não sendo este nosso propósito.

Acreditamos que as diferenças culturais são essenciais para o processo de

construção dos grupos étnicos presentes em qualquer sociedade.

Pretende-se trabalhar nesta Unidade Didática as máscaras africanas na

cultura do povo yorubá, por sua singular produção de máscaras. Este grupo é o

segundo maior grupo étnico da Nigéria, dominando a parte ocidental do país.

Durante o tráfico de escravos, o território yorubá era conhecido como a Costa

dos Escravos, pois números foram levados para as Américas, em várias partes do

Caribe e também no Brasil. A sua religião foi combinada com o cristianismo. A nação

yorubá esta localizada no oeste da África. É um povo majoritariamente cristão, com

os ramos locais das igrejas anglicana, católica, pentecostal, metodista e religiões

nativas de que são adeptos. Um quarto da população pertence ao islamismo e o

restante pertence à tradicional religião yorubá.

No Brasil possuem presença significativa no estado da Bahia, sendo ainda

hoje os mais numerosos e influentes. Uma das características que torna o povo

yorubá único é sua tendência a formar grupos em cidades grandes, em lugar de

grupos de pequenas aldeias. A maioria das grandes cidades da Nigéria e Benin é

habitada pelo povo yorubá. (<http://.org/wiki/Iorubás. html>.2012.)

A História o significado de algumas máscaras africanas, conforme site (http://

cuspirmemoria. blogspot.com.br/2012), assim dispõe:

Punu Mask - A máscara Punu está associada com o povo do Gabão e é

pintado de branco. Usavam esta máscara durante celebrações e festivais.

10

Máscara de Guro- Usadas pelos nativos que vivem ao longo da costa do

Marfim. Representava o espírito de “Gu”, personagem da mitologia tribal. Era a

esposa de uma entidade sobrenatural.

Máscara Funeral- A máscara funerária foi usada pelos povos iorubás da

Nigéria. Acreditava-se que estas máscaras personificam os espíritos de pessoas

falecidas e que também ao serem usadas poderiam falar com as almas dos mortos.

Ngil Mask- Esta máscara foi utilizada para iniciar novos membros da

sociedade secreta masculina.

Infelizmente ainda existe uma concepção arcaica que coloca a idéia de que a

cultura européia seja superior às demais, porém as culturas são apenas diferentes e

todas possuem uma beleza única em sua plasticidade. Nenhuma deve sobrepor a

outra.

Neste sentido, as atividades apresentam-se com várias discussões teóricas a

respeito da diversidade étnica, procurando valorizar a cultura africana no sentido de

compreendê-la enquanto participante ativa do processo de construção cultural do no

país, sem referenciá-la como superior as demais, apenas diferente.

O trabalho se finaliza com a exposição na escola das máscaras africanas,

confeccionadas pelos alunos. Além disso, serão selecionados para esta

implementação pedagógica os alunos do 9º ano do ensino fundamental. A duração

deste trabalho será de 32 (trinta e duas horas). As aulas serão realizadas duas

vezes por semana.

A seguir apresentam-se as atividades a serem realizadas durante o período

da implementação pedagógica:

11

3 ATIVIDADES

ATIVIDADE 01

Apresentação do Projeto de Implementação aos alunos, abordando oralmente

os seguintes temas:

- LEI nº 10.639/2003.

- Interculturalismo: debate sobre o tema e realização de um levantamento

sobre os afro descendentes presentes na sala de aula, visando trabalhar a

diversidade cultural e étnica.

Duração: 2h/a.

ATIVIDADE 02

Apresentação de um vídeo com o escritor ”Milton Santos”

Tema: “As desigualdades raciais”

Descrição da atividade:

Neste vídeo o historiador e escritor Milton Santos faz algumas abordagens e

apontamentos sobre a condição dos povos africanos em nossa sociedade.

- Duração do vídeo: 06 min. (http://www.youtube.com/watch?v=xp9_fPuYHXc)

- Após a exibição do vídeo, será realizado um debate com os alunos, no qual

o professor fará questionamentos, visando refletir e aprofundar o tema.

Duração: 2h/a.

ATIVIDADE 03

Palestra com professor convidado.

Descrição da atividade:

Convidar o professor responsável pelas questões étnicas do Núcleo Regional

de Ensino de Toledo (NRE), para fazer um debate mais aprofundado sobre o

assunto.

Tema da palestra: “Preconceito étnico no Brasil e na escola”

Duração: 3h/a.

12

ATIVIDADE 04

Exibição do Filme: “Kirikou”

Duração: 75 minutos

Descrição da atividade:

Este filme relata a história de um menino africano, apresentando a África de

uma maneira positiva (saindo do estereótipo que evidencia apenas a figura do negro

escravo). O filme perpassa por caminhos da ética e de valores. Aborda de forma

simples e direta questões como: a verdade, a dor, o amor, o perdão, a indiferença, o

medo, a amizade e a transformação pela atitude.

Após a exibição, o professor irá fazer uma reflexão teórica sobre o filme com

os alunos.

Duração: 3h/a.

ATIVIDADE 05

Aula expositiva (com apresentação de slides) sobre as máscaras africanas.

Descrição da Atividade:

O professor irá trabalhar o conteúdo das máscaras africanas na cultura

yorubá apresentando para os alunos sua localização,características e costumes.

Será explicado por meio de imagens e mapas que as máscaras possuem suas

peculiaridades para cada grupo africano. Haverá também um debate sobre algumas

máscaras existentes no Brasil. Ex. O Maracatu (Pernambuco) e o Boi Bumbá (Piauí).

Duração: 4h/a.

ATIVIDADE 06

Trabalho teórico: Pesquisa

Descrição da atividade

Os alunos irão fazer um trabalho em grupo a respeito das máscaras africanas,

especificamente as do povo yorubá. Neste trabalho estabelecerão uma relação entre

a produção de máscaras e a cultura yorubá. Este trabalho será apresentado em sala

de aula.

Duração: 4 h/a.

13

ATIVIDADE 07

Seleção dos materiais para confecção das máscaras

Descrição da atividade:

O professor irá conversar com os alunos a respeito do material a ser utilizado

para a confecção das máscaras africanas na aula, solicitando que tragam matérias

primas para a confecção na aula posterior. As máscaras serão feitas com papel

machê, folhas de coqueiro, sementes, palha, juta, fitas coloridas, enfim, de acordo

com as possibilidades de materiais e criatividade dos alunos.

Duração: 2h/a.

ATIVIDADE 08

Confecção das máscaras africanas.

Descrição da atividade:

De posse dos materiais, os alunos irão confeccionar as máscaras. Cada aluno

irá fazer a sua máscara de acordo com os conhecimentos adquiridos durante as

aulas e também utilizando a sua capacidade criativa.

Duração: 8 h/a.

ATIVIDADE 09

Exposição das máscaras africanas.

Descrição da atividade:

O professor juntamente com os alunos, irá preparar alguns convites para a

comunidade, os convidando a visitarem a exposição das máscaras por eles

confeccionadas.

Esta exposição será realizada no espaço escolar, podendo também ser

levada para mostras em outros locais do município.

Duração: 4 h/a.

14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Rodrigo. Máscaras africanas: caminhos ancestrais. Disponível em: < www.caminhosancestrais.com.br>. Acesso:nov. 2012. ANDRADE, Mário E. F. Do quilombo à fundação Palmares. Brasília, FCP, 1993. BARBOSA, Ana Mae. Arte, educação e cultura. 2005. Disponível em <www.dominiopublico.gov.br/dowload/texto/nre000079/pdf>. Acesso: nov. 2012. CRUZ, Lirani Maria Franco da. Gênero e igualdade racial. Caderno 03, Julho, 2011. p.17. FIGURA. Máscara de papel machê 1. Disponível em: <http://ivonete-afroarte. blogspot.com.br/ 2010_06_01_archive.html>. Acesso: 06 nov. 2012. FIGURA. Máscara de papel machê 2. Disponível em: <http://www.flickr.com/ photos/omarginal/7834129376/in/photostream/>. Acesso: 06 nov. 2012. FIGURA. Máscara de papel machê 3. Disponível em: <http://danielaarteeedu cacao.blogspot.com.br/2010/08/meus-alunos.html>. Acesso: 06 nov. 2012. FIGURA. Máscara de papel machê 4. Disponível em: <http://zildamachado. blogpot.com.br/2009/05/mascaras-tematicas-de-papel-html>.Acesso: 06 nov. 2012. FIGURA. Máscara de papel machê 5. Disponível em: <http://ivonete-afroarte. blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html>. Acesso: 06 nov. 2012. FIGURA. Máscara de papel machê 6. Disponível em: <http://ocavaletedeima gens.blogspot.com.br/2010/11/desabafo.html>. Acesso: 06 nov. 2012. FIGURA. Máscara de papel machê 7. Disponível em: < http://portaldoprofes sor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9465>. Acesso: 06 nov. 2012. FIGURA. Máscara de papel machê 8. Disponível em: <http://turma-4c.blogs pot.com.br/2008/02/mscaras-de-carnaval.html>. Acesso: 06 nov. 2012. LIMA, Richard. Os Profetas de Aleijadinho. Disponível em: < http://richardlimaarteearquitetura.blogspot.com.br/2009/12/os-profetas-de-aleija dinho.html>. Acesso: 06 nov. 2012. MONTE CARMELO, Jesuino. Enciclopédia Itaú cultura: Artes Visuais. Disponível em:<http://www.itaucultural.org.br/enciclopedia=1851>.Acesso: 06 nov. 2012. MUNANGA, Kabengele. Superando o racismo na Escola. Ed.2. São Paulo. UNESCO, 2005. SILVA, A. da C. A África explicada aos meus filhos. Rio/Janeiro: Agir, 2008, p.80.

15

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS <http://cabanodatabauera.blogspot.com.br/2012/06/padre-pintor.html>. (foto de frei Jesuíno). <http://afro-latinos.palmares.gov.br/_temp/sites/000/6/download/brasil/artigo-artesplasticas-01.pdf>.(História fro-latinos). <http://www.voltairenet.org/Consciencia-Negra-e-o-racismo>. (Consciência Negra e o racismo brasileiro).

<http://www.suapesquisa.com/aleijadinho/> (Sobre Aleijadinho).