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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR CAMPUS DE CAMPO MOURÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

ÁREA: HISTÓRIA

PROFESSORA PDE: DAIANE APARECIDA TREVISAN PROFESSOR ORIENTADOR: FÁBIO ANDRÉ HAHN

CAMPO MOURÃO 2016

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR CAMPUS DE CAMPO MOURÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

DAIANE APARECIDA TREVISAN

EU PESQUISADOR? AS FONTES HISTÓRICAS COMO FUNDAMENTO

PARA APRENDIZAGEM

Produção didático-pedagógica apresentada à

Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR,

campus de Campo Mourão e à Secretaria de Estado de

Educação do Paraná (SEED) para o Programa de

Formação Continuada intitulado Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE), sob orientação

do Prof. Fábio André Hahn.

CAMPO MOURÃO 2016

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Ficha para Identificação – Produção Didático-Pedagógica – 2016

Título: Eu pesquisador? As fontes históricas como fundamento para aprendizagem

Autor: Daiane Aparecida Trevisan

Disciplina/Área: História

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Pedro II Avenida Duque de Caxias, 5910 – Alto São Francisco. CEP 87504-040

Município da escola: Umuarama-PR

Núcleo Regional de Educação: Umuarama-PR

Professor-Orientador: Fábio André Hahn

Instituição de Ensino Superior: UNESPAR - Campus de Campo Mourão, Paraná

Relação Interdisciplinar: Língua Portuguesa

Resumo:

O objetivo deste material didático é apresentar ao professor de história atividades práticas para o trabalho com as fontes históricas em sala de aula, com os alunos de 6º ano do Ensino Fundamental. Buscamos trabalhar o conceito de fontes históricas a partir da Escola dos Annales, que trouxe a ampliação documental para a construção da narrativa histórica. Por ser um grande tema, fizemos o recorte para três tipos de fontes históricas: fontes materiais – vestígios arqueológicos, fontes visuais – fotografia e fontes escritas – notícias/jornal.O enfoque do tema é como aprender história tendo as fontes históricas como fundamento para aprendizagem, possibilitando ao aluno um conhecimento autônomo a partir de análise, investigação, interpretação e a busca de soluções problemas com o uso das fontes históricas. Outro ponto fundamental do trabalho é incentivar o aluno a perceber-se como um sujeito histórico, envolto em um processo de relações humanas no tempo presente e no passado, e com a autonomia do saber ser capaz de escrever sua história no futuro.

Palavras-chave:

Fontes Históricas, Arqueologia, Fotografia, Jornal.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

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Apresentação

Este material didático-pedagógico faz parte das atividades a serem

desenvolvidas pelo Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) – turma de 2016,

tendo, o mesmo, o formato de unidade didática e com a função de apresentar o material

didático pedagógico que servirá de subsídio para outros professores trabalharem a

temática “fontes históricas”. O objetivo é investigar como aprender história a partir do

uso de diferentes fontes históricas em sala de aula.

A linha de pesquisa, fundamentos teóricos metodológicos para o Ensino de

História, foi selecionada pensando na construção de materiais didáticos e práticas

diversificadas que pudessem auxiliar professores e alunos a alcançarem o objetivo

desse trabalho. Os estudos foram realizados à luz da Escola dos Annales, que trouxe a

discussão à historiografia sobre a amplitude documental de fontes históricas, afinal, é

dever do historiador fazer conhecer o que ficou esquecido, não deixando lacunas na

informação.

O entendimento de que a História é um processo, nos remete a analisarmos

também como se deu a inserção do que Jacques Le Goff e Pierre Nora, em uma trilogia

publicada em 1974, chamaram de novos problemas, novas abordagens e novos objetos

para a representação do tempo histórico, afinal, ensinar história requer um trabalho

constante com a temporalidade e com a seleção e interpretação de fontes.

Dentre as problemáticas levantadas, nos atemos à preocupação com a

dificuldade que os alunos tem em estabelecer relações entre o passado e presente, e da

história enquanto processo. As noções de temporalidade histórica e dos conceitos

históricos, bem como o método empregado nos estudos para a construção da narrativa

histórica são fundamentais para uma aprendizagem autônoma, que rompa com a

linearidade e repetição dos fatos. Compreender a construção da história, investigando,

criando hipóteses, questionando e buscando soluções às situações problemas levará o

aluno ao desenvolvimento crítico de seu próprio conhecimento. É o que se busca com a

implementação dessa pesquisa, justificando assim a escolha do tema.

Dessa forma, esse início dos estudos na disciplina de história é fundamental

para que o aluno desperte o interesse nos conteúdos a serem apresentados, analisando

criticamente a história trazida nos manuais didáticos a partir das fontes históricas como

importante recurso para a construção do conhecimento histórico.

A implementação desse trabalho é destinada aos alunos de 6º ano do Ensino

Fundamental do Colégio Estadual Pedro II, instituição de ensino da cidade de

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Umuarama, que atende cerca de 1500 alunos, oriundos principalmente do bairro Alto

São Francisco.

A Unidade Didática está dividida em dois capítulos, totalizando 32h/a para sua

implementação. No primeiro capítulo O Historiador e as Fontes Históricas iniciamos

contextualizando quem é o historiador, qual trabalho desenvolve e como é realizada

sua pesquisa a partir do uso de fontes históricas. A previsão de carga horária para

implementação do conteúdo e atividades desse capítulo é de 8h/a. O segundo capítulo

As fontes históricas em sala de aula: fundamento para aprendizagem é dividido em

três momentos; o primeiro momento intitulado A busca pelo passado e a Arqueologia,

oferece encaminhamentos pedagógicos ao professor para trabalhar com vestígios

arqueológicos em sala de aula. São propostas duas atividades que o professor poderá

optar por qual irá desenvolver, perfazendo 8h/a para o desenvolvimento das atividades.

O segundo momento busca trabalhar com a fonte histórica visual: as fotografias. Com o

título A história por meio das fotografias, apresenta-se duas possibilidades de

atividades, prevendo 8h/a para sua realização. Por fim, o terceiro e último momento

predispõe o trabalho com fonte história escrita, neste caso, os jornais. A história por

meio das notícias - jornais, versa sobre atividade com o uso do jornal em sala de aula,

a partir de uma análise crítica, com carga horária de 8 h/a para sua realização.

O material didático foi construído pensando auxiliar a aprendizagem do aluno,

por isso, toda a linguagem utilizada é didatizada com foco na turma em que será

aplicado (6º ano), podendo o professor imprimir esse material para sua utilização. Ao

final do trabalho, são apresentadas orientações com sugestões de como encaminhar as

atividades.

Por fim, vale ressaltar que Jacques Le Goff, ao evidenciar a principal tarefa do

historiador, aponta que é fazer uma crítica à fonte analisada, uma vez que “[...] o

documento não é inócuo. É antes de mais nada o resultado de uma montagem,

consciente ou inconsciente, da história, da época, da sociedade que o produziram, mas

também das épocas sucessivas durante as quais continuou a ser manipulado, ainda que

pelo silêncio” (LE GOFF, 1992, p. 547-548). Portanto, o documento deve primeiramente

ser entendido, analisado, desmistificando o seu significado aparente. Como destaca Le

Goff, o“documento é monumento”.

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CAPÍTULO I

O Historiador e as Fontes Históricas

Para compreender a intenção desse trabalho em que o tema tem como foco as fontes

históricas, primeiramente precisamos conhecer sobre o que é a história, o que ela pode

representar na vida do ser humano e da sociedade, bem como o papel do profissional que está

diretamente envolvido na construção dessa narrativa histórica, que nos situa no tempo e no

espaço, e reconta as relações das pessoas nesse contexto.

O trabalho do Historiador e a Fontes Históricas

Ao acordamos e ligarmos a TV ou abrirmos alguma página na

internet nos deparamos com inúmeras notícias, sejam elas

regionais, nacionais ou mundiais. São tantas informações que não

paramos para pensar: quem estava ali quando o fato aconteceu?

Como podemos acreditar na veracidade das notícias? Qual a

relação do passado com o presente?

Essas perguntas são algumas das hipóteses levantadas por

um historiador para recontar uma história, ou seja, criar uma

narrativa histórica.

Mas você sabe quem é o historiador? O que ele estuda?

Como estuda? Quais recursos utiliza?

Convido você conhecer um pouco mais sobre esse assunto.

A História e o Historiador

Sempre que pensamos em história, imaginamos que seja algo que aconteceu há

muitos anos atrás, com heróis e grandes personagens, bem distante da nossa realidade,

que não muda mais, estática. Afinal, são essas histórias que geralmente encontramos nos

livros. Entretanto, a História está presente em todos os momentos da vida e em constante

mudança. Todas as pessoas constroem uma história.

Existem muitas definições para o que é História. As Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação Básica, no Paraná, define o objeto de estudo da História como

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Glossário Veracidade: quando atesta a verdade ou diz a verdade

Hipótese: suspeita, suposição, possibilidade

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sendo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no

tempo, tanto no passado como no presente.

Para construir uma narrativa histórica, destaca-se o trabalho do profissional que atua

nessa área: o historiador. Para desenvolver essa função, o historiador reúne dados, coleta

informações, interpreta documentos, analisa o passado de grupos, registrando seus

costumes sociais, ideias, organização de instituições, e tantos outros aspectos relacionados

à religião, cultura, economia, etc.

Para formar um historiador, é preciso que ele curse uma graduação de História na

Universidade. Dessa forma, ele poderá atuar como professor (licenciatura) ou como

pesquisador (bacharelado), dedicando-se à investigação e a novas descobertas. O perfil de

um historiador deve ser de uma pessoa curiosa, ávida por questionamentos e em busca de

respostas, que tenha senso crítico aguçado e que goste de ler. Muitas áreas procuram o

historiador para organização de exposições, preservação da memória, interpretação de

documentos e coleta de dados. O ato de perguntar e buscar respostas é próprio do

ofício do historiador. É claro que não é apenas ele que utiliza dessas estratégias, mas

é nele que elas ficam mais evidentes.

Veja algumas definições sobre o ofício do historiador:

“ A função do historiador é lembrar a sociedade

daquilo que ela quer esquecer”

- Peter Burke

-

“ O dom de despertar no passado as centelhas da esperança é

privilégio exclusivo do historiador”

- Walter Benjamin

-

“A história não é a prisão do passado. Ela é mudança, é o

movimento, é transformação.” - Sérgio Buarque de Holanda

“O passado é, por definição, um dado que coisa alguma pode

modificar. Mas o conhecimento do passado é coisa em progresso, que

ininterruptamente se transforma e se aperfeiçoa”–Marc Bloch

- José Honório Rodrigues

-

Glossário Ofício: trabalho, profissão, missão

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E para você, o que faz o historiador? Como é seu trabalho? Converse com seus colegas e criem uma definição sobre essas

questões.

A seguir, compartilhe com a turma.

Professor(a), coloque no quadro as definições apresentadas. É

importante que os alunos anotem no caderno.

Todo o trabalho do historiador é organizado, sistematizado e possui um método

investigativo próprio dessa ciência. Não é possível conhecer uma história em sua totalidade,

afinal, existem vários olhares para um mesmo fato. A necessidade de coletar um vasto

acervo de dados possibilita ao historiador ter mais informações para analisar, interpretar e

reconstruir a narrativa histórica. Esses vestígios e materiais de estudo são chamados de

fontes históricas.

O que são fontes Históricas?

Reflita: quais registros uma pessoa poderia utilizar para contar a sua história? Documentos?

Fotografias? Cartas? Diários? Redes Sociais?

Pois bem, o historiador utiliza desses registros, já que as pessoas deixam vestígios de sua

existência, seja hoje ou no passado. Vestígios esses que representam os costumes, tradições,

memórias de uma determinada época ou sociedade. Entretanto, os documentos ou vestígios não

revelam uma história por si só, é necessário a intervenção do historiador numa ação questionadora,

investigadora, para compreender a maior número de elementos que a fonte pode revelar, interpretá-

las e, junto com outras referências históricas, poder escrever sobre um fato, um acontecimento.

Uma das mudanças na historiografia é a amplitude do conceito de

fontes históricas. Hoje, uma vasta gama de vestígios é considerada fontes

históricas, sendo dividida em: fontes históricas materiais (documentos

pessoais, diários, mapas, fotografias, objetos) e fontes históricas imateriais

(mitos, línguas, crenças, músicas).

“Fonte histórica, documento, registro, vestígio são todos termos correlatos para definir aquilo produzido pela humanidade

no tempo e no espaço; a herança material e imaterial deixada pelos antepassados que serve de base para a construção do

conhecimento histórico. O termo mais clássico para conceituar fonte histórica é documento. [...] Vestígio é a palavra

atualmente preferida pelos historiadores que defendem que fonte histórica é mais do que o documento oficial: que os mitos,

a fala, o cinema, a literatura, tudo isso, como produtos humanos, torna-se fonte para o conhecimento da história. [...]”

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique, Dicionário de conceitos históricos.São Paulo: Contexto, 2006, p. 158

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Glossário Historiografia: é a ciência

que estuda, analisa e

registra os fatos históricos

ao longo do tempo.

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Exemplos de documentos oficiais: Carta de Pero Vaz de Caminha à corte e

Certidões.

Durante muito tempo acreditava-se que apenas os documentos

oficiais eram fontes seguras para considerar um fato verdadeiro.

Entretanto, com novos estudos e a amplitude de fontes, novas formas

de se contar a história ganham espaço. A variedade de fontes é enorme,

sendo alguns exemplos: entrevistas, registros de cartório, contratos de compra e

venda, objetos, vestuário, moradias, fotografias, cartas, diários, filmes,

esculturas, pinturas, obras de arte, literatura, canções, poemas,

certidões, entre tantos outros.

A mudança advinda desse fato é que as pessoas comuns passaram a ser

valorizadas pela história, e não apenas os grandes heróis. Hoje não se acredita mais em

uma história única, mas nas várias vozes que devem ser ouvidas, e posteriormente

comprovadas.

Ao contarmos uma história, muitos elementos se fazem presentes na narração dos

fatos. Vejamos a imagem:

Ao analisarmos a imagem

vemos um contador de história, nas

aldeias africanas conhecido como

griot. Era de costume sentar-se ao

redor dos griots, embaixo de um

sombra ou ao redor da fogueira e

ficar ouvindo as histórias de seus

ancestrais. Os griots remetem-se à

memória para fazer uma narrativa

histórica. Observa-se crianças

sentadas, atentas à história.

A tradição oral é muito importante

para preservação da memória familiar. Você também costuma ouvir

histórias, de seus pais ou avós, por exemplo?

Será que apenas os escritos são considerados história? Pense nisso.

As fontes históricas podem ser classificadas em:

Fontes materiais: objetos, utensílios, vestuário, móveis, instrumentos de trabalho,

construções, restos de pessoas ou animais mortos, restos de alimentos, entre outros.

Fontes escritas: certidões, documentos, livros, cartas, diários, jornais, mapas, entre

outros.

Fontes visuais: pinturas, fotografias, gravuras, filmes, entre outros.

Fontes orais: entrevistas, gravações, depoimentos orais, canções, entre outros.

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Figura 1: Griot em cena da animação Kirikou. Disponível em: https://aculturaafricana.wordpress.com/2013/09/14/a-tradicao-oral-africana-griots/, acesso em 08 dez. 2016.

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Praça Portugal

Colégio Estadual Pedro II

Umuarama

Família

Encaminhamento Metodológico1

Atividade: Eu pesquisador?

O objetivo da atividade é que o aluno tenha uma experiência de como se

desenvolve o trabalho do historiador.

Professor (a), divida a turma em 4 grupos. Para compreender como é o trabalho

com fontes históricas, cada grupo pesquisará um tipo de fonte e recriará a narrativa histórica

de um contexto ou fato histórico.

Grupo 1: Fontes Materiais – Pesquisar sobre a história do

bairro onde mora, ou do bairro onde a escola se localiza (fontes: Tipos de

moradias, tipos de ruas e avenidas, objetos que caracterizam o bairro,

comércio do bairro, entre outros).

Grupo 2: Fontes Escritas – Pesquisar sobre a história da

instituição de ensino (fontes: PPP da escola, Atas de reuniões, histórico

da escola, resoluções, entre outros documentos escritos).

Grupo 3: Fontes Visuais – Pesquisar sobre a história do

Município (fontes: Fotografias, filmes, documentários, redes sociais, entre

outros).

Grupo 4: Fontes Orais – Pesquisar sobre a história da Família

(fontes: entrevistas, coleta de dados por meio de conversas informais,

depoimentos, entre outros)

Após um determinado prazo, as equipes deverão apresentar os resultados de sua

pesquisa para a turma, bem como explicar como os dados foram recolhidos, dificuldades

encontradas e como se deu a interpretação das fontes. Faça um mural para expor o

trabalho.

Observação: Professor (a), adapte a atividade se necessário!

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Encaminhamento Metodológico2

Atividade: Eu pesquisador? (2)

Vamos observar e analisar os documentos abaixo:

Documento 1

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Você sabia

A Certidão de Nascimento, além de ser um documento de identificação, é a primeira garantia de

cidadania e direito a todos os brasileiros.

Com a Certidão de Nascimento, a criança terá direito de ser atendia em todos os serviços públicos como,

por exemplo, hospitais, postos de saúde, escolas etc. Para que esses direitos possam ser exigidos desde

os primeiros dias de vida, todas as crianças devem ser registradas logo após seu nascimento.

Não esqueça: a 1ª via da Certidão de Nascimento é um direito e é gratuita em todo o Brasil.

Para saber mais... conheça a Lei nº 9.534, que dispõe sobre a gratuidade de registros públicos.

Fonte: www.guiadedireitos.org

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document0 2

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Analise o Documento 2 e responda em seu caderno:

1. O que você entende por “documentos”?

2. Qual o nome do documento?

3. Para que serve o documento? Qual sua finalidade?

4. Qual a data do documento? É a mesma do nascimento?

5. A quem pertence o documento?

6. Onde o documento foi lavrado?

7. Qual o número do registro do documento?

8. Quais outros dados do livro de registro?

9. Quais outros dados podemos reconhecer no documento?

10. Quem assina o documento? O que isso significa?

11. É possível ter informações de outras pessoas por

esse documento? Quais?

12. Ao apresentar o documento 1 de Registro Geral (identidade),

os dados são iguais, diferentes ou se complementam? Por que?

13. Como você imagina a pessoa apresentada nos documentos

nos dias de hoje?

Você pode estar se perguntando: mas por que é importante

conhecer a utilização de fontes históricas e documentos

em sala de aula?

O objetivo é que, a partir de uma situação problema, você saiba utilizar um

documento para criar hipóteses, questionar, investigando as fontes, fazendo

relações de tempo e espaço. Assim, conhecendo esse procedimento, será

capaz de fazer a sua narrativa histórica por meio de suas próprias

conclusões. Quanto mais documentos tiver contato, maior será a diversidade

de fontes.

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Curiosidades

Ao se trabalhar com documentos, é

preciso alguns cuidados:

Documentos escritos: Se possível

trabalhar com cópias.

Documentos originais: Manusear

com luvas e máscaras.

Evite colocar os dedos em fotos,

segure-as pelas pontas.

Se possível, não segurar objetos

frágeis, apenas observá-los.

Essas medidas são importantes para

preservação das fontes históricas.

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Observe documentos de outras épocas.

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Faça os mesmos questionamentos da atividade anterior e outros que podem ajudar a recolher

maiores informações. Após esse exercício, observe as semelhanças (permanências) e diferenças

(transformações) entre os documentos, e complete o quadro:

Documento

Permanências

(o que podemos ver de comum nos

documentos?)

Transformações

(o que podemos observar de diferença

nos documentos?)

Certidão de Nascimento

Registro Geral

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Atividade com a família.

Passado e Presente

Agora é sua vez:

Vamos analisar os seus documentos? Afinal, você também faz história! Em casa,

pegue seus documentos (certidão de nascimento ou Registro Geral) e compare com o de

seus pais ou de seus avós. O que consegue observar? Se possível, fotografe-os, anote as

informações e traga para a próxima aula.

Aproveite para pesquisar na internet sobre o que estava acontecendo no mundo

no ano de seu nascimento!

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Referências

CAIMI, Flávia Eloisa. Fontes históricas na sala de aula: uma possibilidade de produção do conhecimento histórico.Anos 90, Porto Alegre, v. 15, n. 28, dez. 2008.

LE GOFF, Jacques Documento/monumento. In: História e Memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 1992. p. 535-549.

LE GOFF, Jacques & NORA, Pierre. História: Novos Problemas, Novas Abordagens, Novos Objetos. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1976, 3 vols.

PINSKY, Carla Bassanezi. Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005.

REIS, José Carlos. Escola dos Annales: a inovação em história. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. As fontes históricas e o ensino dehistória. In: Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004, p. 89-110.

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique.Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006.

Referências das imagens

Imagem 1: Disponível em <http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/10/facebook-em-conexao-lenta-feed-de-noticias-fica-mais-leve-no-celular.html>, acesso em 12 ago 2016.

Imagem 2: Disponível em <http://www.frispit.com.br/site/publicidade-na-tv-aberta/>, acesso em 12 ago 2016

Imagem 3: Disponível em <http://agenciaal.alesc.sc.gov.br/index.php/sala_imprensa_single/assembleia-legislativa-homenageia-jornal-a-noticia-pelos-90-anos>, acesso em 12 ago 2016

Imagem 4:Peter Burke.Disponível em <https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=peter+burke&title=Special:Search&go=Go&uselang=pt-br&searchToken=1r2xx414v0t4pdg5zth6jk161#/media/File:Peter_Burke.jpg>acesso em 12 ago 2016

Imagem 5:Walter Benjamin: Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_Benjamin>, acesso em 12 ago2016

Imagem 6:Sérgio Buarque de Holanda:<https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Buarque_de_Holanda>, acesso em 12 ago 2016

Imagem 7:Marc Bloch.Disponível em <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Marc_Bloch.jpg>,acesso em 12 ago 2016

Imagem 8:Disponível em <https://pixabay.com/pt/menina-livros-escola-leitura-160172/>, acesso em 12 ago2016

Imagem 9: Disponível em <http://www.freepik.es/vector-gratis/grupo-de-ninos-vuelven-a-la-escuela_834600.htm>, acesso em 12 ago2016

Imagem 10:Disponível em <http://www.contioutra.com/contando-historias/>, acesso em 12 ago2016

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Imagem 11:Disponível em <https://pixabay.com/pt/menino-menina-lado-a-lado-crian%C3%A7as-160168/>, acesso em 12 ago2016

Imagem 12: Acervo Pessoal

Imagem 13: Acervo Pessoal

Imagem 14:Disponível em <https://pixabay.com/pt/di%C3%A1rio-aberto-indicador-papel-25151/>, acesso em 12 ago2016

Imagem 15: Disponível em <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Carteira_de_Identidade.jpeg>acesso em 12 ago2016

Imagem 16: Disponível em https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Certid%C3%A3o_de_Nascimento_-_Dr._Romildo_Borges_Mendes.jpeg, acesso em 12 ago 2016

Umuarama: Disponível em http://www.umuarama.pr.gov.br/institucional/a_cidade/1 , acesso em 06 nov 2016

Praça Portugal: Acervo pessoal – autor Leandro Lorençatto, 01 dez 2016.

Colégio Estadual Pedro II: Disponível em http://www.umrpedro.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1acesso em06 nov 2016

Família: Disponível em https://pixabay.com/pt/m%C3%A3e-feminino-menina-pai-pais-1782017/

Imagem 17: Disponível em <https://pixabay.com/pt/meninos-estudando-crian%C3%A7as-estudante-1844435/>acesso em 06 nov 2016

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CAPÍTULO II

As fontes históricas em sala de aula: fundamento para aprendizagem

Esse capítulo está voltado para o trabalho das fontes históricas em sala de aula:

como reconhecê-las, investigá-las, interpretá-las para a construção de narrativas históricas.

Pela amplitude de fontes, o recorte realizado especifica o trabalho com três tipos de fontes

históricas: os vestígios arqueológicos (fontes materiais), as fotografias (fontes visuais) e as

notícias/jornal (fontes escritas).

O objetivo desse capítulo é que o aluno perceba-se como sujeito histórico a partir

das fontes históricas que ele mesmo cria (e deixa registrada sua história). É importante

também a compreensão de que as fontes históricas não são neutras e que podem existir

várias versões para um mesmo fato, e dessa forma, quanto mais fontes históricas tiver

disponíveis, maior será o número de informações recolhidas para o estudo das relações das

pessoas no tempo, por meio da investigação e reconstituição histórica do passado.

A busca pelo passado e a Arqueologia

O imaginário das pessoas comumente associam a arqueologia

como algo de um passado muito distante, envolvido por grandes aventuras,

com a busca de tesouros, achados de grandes vestígios de dinossauros ou

dos primeiros habitantes do nosso planeta.

Embora essa visão “hollywoodiana” não esteja totalmente

equivocada, o trabalho do arqueólogo está mais ligada a um

investigador, historiador, que busca respostas no passado, e para ele

os vestígios são uma rica fonte de informações, uma importante fonte

histórica.

Tendo em vista a origem dos homens e os vestígios das

primeiras comunidades, como é possível conhecer uma sociedade

já desaparecida?

Vamos conhecer um pouco mais a arqueologia?

Embarque nessa grande aventura!

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Afinal, o que é Arqueologia?

Desde os primórdios da História, era comum acreditar que apenas os documentos

escritos eram registros confiáveis. Os documentos escritos eram sinônimos de história a tal

ponto que apenas os grupos que tinham os registros escritos poderiam ter uma história,

como podemos notar nos povos da pré-história, que, conceitualmente, eram os povos antes

da escrita. Entretanto, historiadores antigos já se utilizavam de testemunhos, objetos, fontes

materiais para criarem suas narrativas históricas. Podemos concluir então, com base nos

estudos de Pedro Paulo Funari, que os antigos já utilizavam fontes materiais, o que

denominamos atualmente de fontes arqueológicas.

Muitos são os tipos de vestígios arqueológicos que podem ser encontrados. Além de

fósseis e esqueletos, outros elementos são fundamentais: ruínas de edificações,

ferramentas de trabalho, tipos de sepultamento, restos de moradias (ou acampamentos),

pinturas rupestres, artefatos cerâmicos, indícios de atividades cotidianas, entre outros.

Todos são estudados com o objetivo de compreender as relações das pessoas no passado

e no presente.

Esses são alguns exemplos de vestígios arqueológicos: 1. Sambaquis 2. Sarcófago 3. Artefatos líticos 4. Fóssil

5. Papiro

Fóssil Humano - Paranthropus boisei (Leakey, 1959)

Artefato de Pedra Lascada

Sarcófago Sambaqui - Corte estratigráfico de um

sambaqui, comum em assentamentos litorâneos de toda a América, com ossadas e camadas de conchas e artefatos

Papiro

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A Arqueologia deriva da própria História, vem do grego e significa Archaio= antigo,

princípio de tudo e Logos = estudo, isto é, o estudo do que é antigo. Entretanto, não apenas

o que é antigo é estudado, podendo também estudar as sociedades atuais por meio da

cultura material, entendendo os objetos e vestígios materiais como importantes fontes

históricas.

A forma mais comum de se estudar a arqueologia são por pesquisas sobre o solo e

materiais arqueológicos que, no decorrer do tempo foram soterrados. As escavações tem

destaque nas investigações arqueológicas, pois possibilitam encontrar vestígios que não

estão diretamente visíveis na paisagem.

Embora fundamentais para o trabalho do arqueólogo, as escavações podem ser

destrutivas, uma vez que não é possível reconstituir um local escavado, e, por isso, podem

deixar de existir. Por essa razão, a arqueologia conta com métodos específicos de pesquisa,

recorrendo a fichas de escavação, fotografias, representações gráficas e outros

instrumentos importantes para preservação do local e catalogação dos vestígios

encontrados.

Você sabia

De acordo com muitos historiadores do pensamento científico, o início da Arqueologia é

atribuído ao período do Renascimento, ao longo do século XVI, diante da curiosidade

cada vez mais crescente sobre informações perdidas sobre o passado das sociedades ao

longo da evolução dos tempos. O principal lugar das primeiras práticas arqueológicas

foi a Itália, onde as primeiras grandes descobertas realizaram-se, com destaque para a

descoberta das cidades de Pompeia e Herculanum, que haviam sido soterradas por

cinzas da erupção do vulcão Vesúvio.

Me. Rodolfo Alves Pena http://brasilescola.uol.com.br/geografia/arqueologia.htm

Tudo que antes era coletado como objeto de colecionador, de estátuas a pequenos objetos de uso quotidiano,

passou a ser considerado não mais algo para o simples deleite, mas uma fonte de informação, capaz de trazer novos dados,

indisponíveis nos documentos escritos.

(FUNARI, 2008, p.85).

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Leia o texto abaixo, de Pedro Paulo Funari, sobre a importância das fontes materiais:

Por alguns milhares de anos, entre cem e quarenta mil anos atrás,

encontramos esqueletos que correspondem a dois tipos de

humanos: o homo sapiens e o homem de neandertal. Os primeiros

são nossos antepassados diretos, enquanto os segundos, com

capacidade cerebral maior do que a nossa, poderiam ser mesmo

mais inteligentes que os seres humanos, mas provavelmente,

extinguiram-se sem deixar descendentes. As comparações entre os

crânios das duas espécies de antropoides permitem notar que havia

duas diferenças, uma aparente e outra mais sutil. Na aparência, o

neandertal apresentava uma cavidade ocular muito mais marcada do

que a nossa, de modo que sua face se parecia muito mais do que a

nossa com a de alguns tipos de macacos. Contudo, isso não explica

como, tendo um cérebro tão grande, acabou por extinguir-se, à

diferença do homem. O estudo da sua cavidade bucal, entretanto,

levou os estudiosos a proporem que o neandertal, à diferença do

homem, emitia sons, mas não os poderia articular como o homo

sapiens, de modo que a comunicação entre eles nunca poderia

desenvolver-se como entre os humanos. Assim, apesar da

capacidade cerebral menor o homo sapiens teve uma grande

vantagem histórica e fundamental: a possibilidade de transmitir

informações oralmente, de geração em geração, formando o que

chamamos de cultura. A fonte arqueológica, portanto, se estudada

no detalhe, permite ao historiador formular hipóteses tanto sobre

a época mais antiga, como mesmo posterior, pois se essa

interpretação for válida, então mais ainda poderemos considerar

que a que a vida social depende da comunicação e da transmissão

cultural.

Atividade em dupla

Responda com base no texto acima:

1. A quais achados arqueológicos o autor está se referindo?

2. Quais as principais diferenças apontadas pelo autor ao estudar os dois vestígios

arqueológicos?

3. Fica evidente no texto, que ao encontrar um vestígio arqueológico o mesmo deve ser

analisado e devem ser feitas analogias. O que isso significa?

4. A que se deve a permanência de uma espécie e não a de outra?

5. Qual a importância dessa fonte histórica (vestígios arqueológicos)?

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E onde são realizadas as escavações?

O principal local de estudos do arqueólogo é sítio arqueológico. São áreas onde as

pesquisas são feitas, em que se obtem uma grande quantidade de informações sobre os grupos

humanos que por ali passaram, como por exemplo: sobre costumes, alimentação, número de

pessoas nas comunidades, como foi feita a ocupação, tipo de habitação, entre outras estruturas

das sociedades. A área do sítio arqueológico deve ser demarcada e os estudos devem ser feitos

seguindo métodos próprios de observação, escavação e catalogação dos achados.

A localização do artefato em relação a sua profundidade tem grande relevância para o

estudo do arqueólogo. Geralmente, quando mais profundo estiver soterrado o achado, mais

antigo ele é, entretanto, deve-se levar em consideração também as possíveis agressões do solo.

"Escavar um sítio arqueológico é como comer

um delicioso bolo que contém as sucessivas

camadas de nossa História"- autor desconhecido

PARA SABER MAIS

O site Itaú Cultural apresenta material sobre

Arqueologia Brasileira. Você poderá conhecer

importantes descobertas e acompanhar de perto

o cotidiano dos arqueólogos em suas andanças e

investigações.

Na opção Linha do Tempo você poderá desvendar

as faixas cronológicas dos sítios arqueológicos

brasileiros, tal como uma fatia de bolo!

Acesse

http://www.itaucultural.org.br/projetos/arqueologia/

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Encaminhamento Metodológico 3

Atividade: Eu pesquisador? (3)

Simulação de um Sítio Arqueológico na escola

Se qualquer pessoa pode encontrar vestígios do passado, como poderemos reconhecê-los

na natureza e não os destruir? E caso encontre tais vestígios, quais os procedimentos

técnicos que devem ser seguidos?

Professor(a), após ter preparado antecipadamente a área do sítio arqueológico, divida a

turma em grupos. Cada grupo deve ter seu material de estudo, o “Kit Arqueólogo, composto

por:

Picareta

Balde

Peneira

Pincéis

Trena

Prancheta e caneta

Luva Cirúrgica

Ao chegar na área demarcada, discuta com seus colegas como a escavação deve ser

realizada. Não esqueça do que seu (sua) professor (professora) orientou em sala de aula

sobre o trabalho do arqueólogo: observação, análise, método de escavação e catalogação

dos achados.

Registre a pesquisa do grupo na ficha de análise.

Após a retirada dos achados, leve-os ao laboratório de ciências da escola

para a identificação através de comparações e da melhor observação das

características do material encontrado.

Depois da realização da escavação, incentive os alunos a falarem sobre a experiência.

Fonte das imagens: Clipart Word 2007.

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FICHA DE ANÁLISE

Série:________

Nome do Grupo:____________________________________

Integrantes:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

Chegada ao Local:

Data:______________

Hora:______________

Descrição do Local:

( ) Vegetação ( ) Campo ( ) Área Alagada ( ) Área Arenosa

Primeiras observações do

local:__________________________________________________

________________________________________________________________________

Instrumentos

Utilizados:________________________________________________________

________________________________________________________________________

Tamanho da Área:________________________________________

1º Ponto de Escavação

Encontrou algum vestígio: ( ) Sim ( ) Não

Qual: _____________________________

Por que o grupo escolheu esse 1º ponto para iniciar a escavação?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

Quais os cuidados que o grupo teve em começar a escavar?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

Depois de encontrar os vestígios

Vestígio Encontrado:___________________________________

Profundidade:________________________________________

Características observadas

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

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Outras questões podem ser aplicadas como uma forma de avaliar o trabalho.

Sobre Arqueologia:

1) O grupo já tinha ouvido falar sobre o trabalho do Arqueólogo? Comente.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Depois do trabalho realizado o que vocês sabem sobre o trabalho do Arqueólogo? Qual

sua importância?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) O que é um sítio arqueológico?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) O que é um fóssil? O que você faria se encontrasse um fóssil por acaso?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5) Qual a importância desse trabalho para a sua vida escolar?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6) Como foi o envolvimento da sua família no projeto?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7) Faça um breve comentário sobre o desenvolvimento do seu trabalho.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Encaminhamento Metodológico 4

Atividade: Eu pesquisador? (4)

Confeccionando Artefatos Líticos

Os artefatos líticos eram os instrumentos desenvolvidos pelos homens do período

paleolítico e neolítico, com a utilização de pedra lascada ou polida.

Nessa atividade, vamos simular a confecção desses instrumentos, utilizando argila,

madeira, rochas, tinta e jornal.

Professor (a), divida a turma em grupos.

Cada grupo deverá confeccionar seu instrumento lítico utilizando apenas os materiais

propostos para essa atividade. Além disso, não poderá ser utilizada a linguagem verbal,

apenas gestos. O objetivo é compreender a importância do trabalho coletivo e dos objetos

desenvolvidos para a vida dos primeiros grupos humanos.

Para auxiliar a atividade, observe a imagem que representa os passos para a

confecção dos artefatos líticos:

Imagem disponível em: https://www.emaze.com/@AFCTTLCT/ , acesso em 15 nov 2016.

Dicas:

Apague as luzes. Coloque som de fundo, com ruídos de animais e sons da natureza.

Fotografe os artefatos produzidos e faça uma exposição juntamente com os objetos.

Utilize o Laboratório de Informática da sua escola para pesquisar sobre os diferentes artefatos criados

pelos primeiros grupos humanos.

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FICHA DE ANÁLISE

Nome do Grupo: ____________________________________________

Integrantes:_____________________________________________________________

1. Qual o artefato produzido pelo grupo?

_____________________________________________________________________

2. Para que serve esse artefato?

_____________________________________________________________________

3. Esse artefato é utilizado nos dias atuais? (Caso a resposta seja SIM, como ainda é

utilizada? – Caso a resposta seja NÂO, por que o grupo acredita que deixou de existir?) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Quais etapas foram seguidas para o desenvolvimento da atividade?

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

5. Qual a maior dificuldade encontrada pelo grupo na confecção do artefato?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. Como foi a realização da atividade sem a comunicação verbal? Como o grupo comunicou-

se?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Qual a importância do trabalho coletivo nas sociedades, desde as primitivas até os dias

atuais?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8. Se alguém do grupo encontrasse esse objeto por acaso, quais procedimentos deveriam ser

adotados?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Faça um breve comentário sobre o desenvolvimento do trabalho ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Referências

CAIMI, Flávia Eloisa. Fontes históricas na sala de aula: uma possibilidade de produção do conhecimento histórico. Anos 90, Porto Alegre, v. 15, n. 28, dez. 2008.

FUNARI, Pedro Paulo. Os historiadores e a cultura material. In: PINSKY, Carla Bassanezi (Orgs). Fontes Históricas. São Paulo : Contexto, 2005.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. As fontes históricas e o ensino dehistória. In: Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004, p. 89-110.

Referências das imagens

Imagem 1: Clipart Word 2007.

Imagem 2: disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia, acesso 14 nov 2106.

Imagem 3: disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasil, acesso 14

nov 2106.

Fóssil: disponível em:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Paranthropus_boisei_fossil_hominid_(Koobi_Fora_Formation,_

Lower_Pleistocene,_1.75_Ma;_Olduvai_Gorge,_western_Arusha_Region,_northern_Tanzania,_eastern

_Africa)_3_(15440774116).jpg, acesso em 15 nov 2016.

Sarcófago: disponível em https://pixabay.com/pt/m%C3%BAmia-sarc%C3%B3fago-egito-

lembran%C3%A7a-258122/, acesso 15 nov 2106.

Sambaqui: disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasil, acesso 15

nov 2106.

Papiro: disponível em https://pixabay.com/pt/egito-papiros-realeza-1744581/, acesso 15 nov 2106.

Pedra lascada: disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bifaz_triangular.jpg, acesso 15 nov

2106.

Pedro Paulo Funari: https://www.youtube.com/watch?v=RXrkyek3z-A

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Peter Burke, 2004, p. 101

Fonte das imagens: Clipart Word 2007.

A história por meio das fotografias

Numa sociedade em que uma imagem diz mais que mil

palavras, a fotografia ocupa lugar de destaque nesse cenário.

A rotina das pessoas é registrada e exposta diariamente nas

redes sociais, afinal, “quem não é visto não é lembrado”.

Mas, por que é tão importante registrar? Durante a

história, como eram feitos os registros da vida das

pessoas? Qual o significado da fotografia hoje e no século

passado?

Você conhece alguma dessas imagens? O que as mesmas representam?

Converse com seu professor!

Legenda: 1: Pouso na Lua, 2: Cangaço, 3: O beijo, 4: Jesse Owens, 5: Guerra do Vietnã

A fotografia é uma importante fonte histórica, capaz de registrar momentos únicos e

revelar uma cultura material que muitas vezes passa despercebida aos olhos destreinados.

A leitura de imagens permite o revelar de histórias que podem ter sido apagadas das linhas

escritas.

Afinal, quantas coisas uma fotografia pode guardar, revelar, ou esconder:

sentimentos, desejos, valores, crenças, tradições, culturas. Capturam expressões,

vestimentas, espaços e temporalidades. Trazem em cada uma delas, vestígios da História,

que recontam a vida de uma pessoa, de um grupo, de uma época, de uma história.

Entretanto, assim como qualquer outra fonte histórica, a fotografia não tem a

neutralidade em sua essência. Ela demonstra uma cultura, uma época, e até mesmo uma

sociedade.

Uma vantagem particular do testemunho de imagens é a de que elas comunicam rápida e claramente os detalhes de um processo complexo,

como o da impressão, por exemplo, o que um texto leva muito mais tempo para descrever de forma mais vaga.

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O professor Leandro Karnal, em uma de suas palestras,

abordou o tema “Se não houver registro, não existe”. Neste vídeo é

possível fazermos algumas considerações sobre a importância do

registro em diferentes épocas.

Assista o vídeoe reflita:(https://www.youtube.com/watch?v=UuDslhTeia4)

Qual a diferença entre o vivenciar e o registrar? Todo registro significa uma

vivência? É possível vivenciar sem registrar? A memória é história? Converse com seus

colegas e professor/a, registre suas impressões sobre o assunto.

A fotografia, como importante fonte histórica, tem que ser analisada, interpretada e

compreendida, pois assim como em outras fontes, não existe uma ingenuidade ou

neutralidade em seu processo de construção. Assim como um texto escrito, a fotografia foi

criada por alguém, com intencionalidade do registro, expressa uma ideologia e, portanto,

não pode ser compreendida como a única expressão da verdade.

Observe essa tirinha de Calvin e Haroldo:

Charge 2: MOCELLIN, Renato; CAMARGO, Rosiane de. Perspectiva História6º ano. 3. ed. São Paulo:Editora do Brasil, 2012.

Pensando no seu dia a dia, e nas fotos reproduzidas na mídia, você acredita que

elas demonstram a verdade?

É possível verificar a manipulação nas fotos?

Na tirinha de Calvin e Haroldo, qual o contexto da fotografia e qual a mensagem

que os personagens quiseram passar? Elas condizem com a verdade dos fatos?

Você já tentou manipular o contexto de uma foto? Como fez isso?

Quais cuidados o historiador deve ter ao analisar uma fotografia?

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A problematização da “verdade” histórica por meio da fotografia passa pelo problema do olhar e,

portanto, pela questão da interpretação. Não há “inocência” nesse processo: os objetos incluídos, sua

forma e aparecer, o que ganha expressão e destaque, os efeitos conotativos da fotografia, as legendas ou

informações que a complementam compõem um painel educativo que estrutura determinada memória e

participa da escrita de uma “verdade” histórica (CIAVATTA, 2004, p. 38).

Conhecer as características das obras que irá trabalhar é o primeiro passo para

identificá-las em seu contexto e interpretar a mensagem que se pretende representar.

Informações sobre o autor, cenários, personagens, técnicas utilizadas, contexto histórico,

vestimentas, enfim, são valiosas para identificação da imagem.

Quanto mais informação tiver sobre a obra fotográfica, maior será a possibilidade de

compreensão do seu contexto de criação, de aspectos históricos, sociais, temporais e

espaciais, tanto para o momento de seu registro, quanto da sua representatividade para os

dias atuais.

Vamos exercitar?

Imagine-se numa festa familiar, mais especificamente no casamento de um

parente próximo. Sua família deseja registrar esse momento. O fotógrafo prontamente

vem com o equipamento fotográfico e: “Todos digam xis”. Flash, o registro foi feito.

Como seria essa fotografia?

Desenhe no espaço abaixo ou cole uma fotografia que represente esse momento.

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Mesmo que para muitos seja apenas mais uma fotografia, para quem não estava

presente no evento, a imagem capturada pode revelar muitas mensagens, basta “treinar o

olhar” e observar as vestimentas, cenário, luzes, entre outros elementos.

Portanto, ao analisar uma imagem fotográfica, podemos recorrer a indagações que

nos permitem recolher informações sobre o registro.

SUGESTÃO PARA ANÁLISE DE FOTOGRAFIAS

Forma de expressão: Tamanho do retrato, formato, tipo de foto (instantânea ou

posada), Enquadramento (sentido da foto, direção da foto (o que o leitor olha primeiro),

objeto central), Nitidez (qual o foco, iluminação)

Forma de conteúdo: Espaço Fotográfico (recorte espacial), Espaço Geográfico (Espaço

físico da fotografia), Espaço do objeto (interiores, exteriores, pessoais), Espaço da figuração

(composto pelas pessoas, animais retratados), Espaço da Vivência (atividades, vivência e

eventos que é o objeto do fotógrafo).

Procedência: Autor, local, data, descrição de título (se houver), tema

Finalidade: Contexto do registro, importância do momento registrado, quem tem

posse da fotografia atualmente, marcas de tempo histórico.

Simbolismo: Identificação de simbolismos, interpretações, relações com o tempo

registrado e os dias atuais.

Mesmo diante de tantas possibilidades de análises, é importante ressaltar que uma

foto sozinha não basta, em geral trabalha-se com séries documentais, pois só por meio

das recorrências é possível verificar padrões visuais de determinadas épocas.

Outra dica relevante é se atentar ao contexto de circulação da imagem, isso é,

refletir sobre qual impacto a fotografia pode causar a uma dada sociedade. Como as

pessoas irão se apropriam de seus significados?

Você Sabia

A palavra Fotografia deriva do grego phosgraphein e significa “marcar a luz”, “registrar a

luz” ou “desenhar na luz”. Phosou/photo=luz e graphein=escrita, registro, desenho.

Refere-se ao processo como as fotografias são feitas, a partir da técnica de criação da

imagem pela captura e exposição da luz, através de uma lenta própria e sensível para este efeito

de luz.

Os registros históricos destacam que a primeira fotografia foi feita pelo francês Joseph

NicéphoreNiépce, em 1826.

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Encaminhamento Metodológico5

Atividade: Eu pesquisador? (5)

Agora é sua vez! Vamos tentar desvendar a mensagem que

fotografias de uma mesma época e de um mesmo evento pode

nos trazer?

Em grupos pequenos, vamos analisar as fotos abaixo:

Foto 1

Foto 1

Vandira e

OracyCasamento –

1966

Foto 2

Antonia e Joaquim

Casamento – 1965

Foto 3

Laide e Francisco

Casamento – 1966

Foto 4

Selma e José

Casamento – 1965

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Agora, preencha os dados do quadro abaixo, proposto pela historiadora Ana Maria

Mauad para a análise de fotografias.

Boris Kossoy diz que a imagem fotográfica é um meio de conhecimento que nos

permite entender microcenários do passado, ela não reúne em si o conhecimento do

passado. Nas fotografias acima, nos deparamos com elementos em comum, e isso é

importante para compreendermos o perfil de uma dada época, pois não podemos tirar

conclusões de um único exemplar. Geralmente, os registros de casamento na década de

1960 eram realizadas em estúdio fotográfico, com poucas fotos, e as poses não variavam

muito.

Descreva os elementos que são comuns nas fotografias apresentadas (posição dos noivos,

cenários, enquadramento da fotografia, vestimentas, aspectos físicos, entre outros que

queira destacar).

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

Se compararmos a representação de um casamento nos dias de hoje, podemos dizer que o

objetivo da fotografia é o mesmo?

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

Foto 3

FOTO 1 FOTO 2 FOTO 3 FOTO 4

Fonte:(MAUAD, 1996).

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Quais elementos visuais são semelhantes (permanências)? Quais são diferentes (rupturas)?

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

Toda fotografia registra um momento, uma história. Para que registre essa história,

podemos afirmar que existe uma intenção do fotógrafo ou do objeto/sujeito a ser fotografado.

A partir da escolha pelo registro, o segundo passo é o próprio registro, isso é, a

materialização da intenção; e por fim, o caminho que essa fotografia irá percorrer: quem irá

visualizá-la? Por quais motivos? Ficarão esquecidas?

Agora é sua vez de fotografar!

Em grupo de três colegas, façam uma visita de campo em sua escola, observe

cenários, personagens, curiosidades. Caso tenha celular ou máquina fotográfica,

escolha apenas uma cena e fotografe (se não tiver, solicite à professora).

Ao escolher a cena e o tema do registro, converse com seus colegas:

Por que foi escolhida essa cena?

Qual a intenção de fotografá-la?

Quais personagens e objetos compõem a cena?

Qual mensagem essa fotografia pode repassar ao receptor, sem que o mesmo conheça o

contexto?

Essa fotografia demonstra a realidade de sua escola como um todo?

Qual seria um bom título para essa fotografia?

Você acredita que um dia alguém possa utilizar suas fotografias para criar uma narrativa

histórica?

Em sala de aula, professor, apresente o material de cada grupo, e faça os mesmos questionamentos à

turma. Confronte as respostas.

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Permita que os alunos baixem as fotos no laboratório de informática, e

pesquisem sobre as escolas no Brasil, em diferentes épocas. Registre as

permanências e rupturas de temporalidade histórica.

Faça um painel das fotografias e divulgue esse trabalho a comunidade

escolar.

Para você aluno, é importante ter esses conhecimentos para compreender

que o processo fotográfico não é neutro.

Ao se deparar com imagens no seu dia-a-dia, reflita, questione sobre qual

a intenção do registro, e do autor ao registrar e divulgar a imagem.

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REFERÊNCIAS

CIAVATTA, Maria; ALVES, Nilda(Orgs.).A leitura de imagens da pesquisa social: história,

comunicação e educação. São Paulo: Cortez, 2004.

KOSSOY, Boris. Fotografia & História. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

MAUAD, Ana Maria. Através da imagem: fotografia e história interfaces. Tempo. Rio de

Janeiro, vol1, nº 2.1996. p. 73-98.

PINSKY, Carla Bassanezi. Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005.

Referências Imagens

Jesse Owens: Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Luz_Long

O beijo: Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kissing_the_War_Goodbye.jpg,

acesso 21 nov 2016.

14 bis: Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Voo_do_14_bis.jpg, acesso 21

nov 2016.

Pouso na lua: Disponível em: https://www.flickr.com/photos/isaiasmalta/4566349346,

acesso 21 nov 2016.

Guerra do Vietnã: Disponível em: https://www.flickr.com/photos/100anos/3672044680,

acesso 21 nov 2016.

Cangaço:Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Canga%C3%A7o, acesso 22 nov

2016.

Câmeras antigas: Disponível em:

http://intergalacticrobot.blogspot.com.br/2013/10/tecnologia-e-criatividade.html, acesso 19

nov 2016.

Máquina Love: Disponível em: https://pixabay.com/pt/c%C3%A2mera-retro-look-retro-

812506/, acesso 19 nov 2016.

Foto 1: Arquivo pessoal

Foto 2: Arquivo pessoal

Foto 3: Arquivo pessoal

Foto 4: Arquivo pessoal

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A História por meio das notícias - Jornais

Desde as pinturas rupestres, os primeiros traços nas

cavernas já configuravam importantes registros para uma

narrativa. Hoje, a facilidade de comunicação com tantos meios

escritos, sejam impressos ou midiáticos, a função primordial da

escrita ainda permanece: comunicar-se, expressar-se.

Não podemos negar a influência da mídia nos dias

atuais. Diariamente somos bombardeados por informações

rápidas e numerosas, que diversas vezes, não se preocupam

em investigar a fonte para assegurar-se da veracidade das

notícias que chegam aos olhos do leitor. Leituras rápidas e

atrativas, que passam a ilusão de uma verdade segura.

Entretanto, como analisar as notícias da imprensa que

borbulham em sites e redes sociais, ou mesmo nos jornais

impressos?

Vamos lá!!!

O jornal como fonte histórica

Trabalhar com a fonte histórica de notícias escritas possibilita o desenvolvimento da

criticidade das informações que está em suas mãos.

Nos dias de hoje, os jornais tem sido muito estudado por historiadores, não só no

sentido de entender a história da imprensa, mas também, por meio da imprensa, isso é,

como os fatos que acontecem no nosso dia a dia são registrados para o público.

Diante dessa problemática, fica evidente a necessidade de identificar a relevância do

uso do jornal não só a título de informação, mas para a produção do conhecimento histórico.

Algumas questões são de grande importância para realizarmos essa análise: Quais limites e

possibilidades o uso do jornal como fonte histórica oferece? Quais procedimentos de análise

devem ser adotados? Como interpretar os fatos repassados pela imprensa? Quais

personagens são destacados nas notícias? Qual ideologia se pretende transmitir? Quais

vozes são ouvidas e quais são silenciadas?

Imagem 1

Imagem 2

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Imagem 3

Vamos fazer a leitura e análise do poema abaixo, ou assista ao vídeo: “Perguntas

de um operário que lê”, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=So-3yixerOQ>.

Acesso em: 01 dez 2016.

Perguntas de um operário que lê

Bertold Brecht

Quem construiu Tebas, a das sete portas?

Nos livros vem o nome dos reis,

Mas foram os reis que transportaram as pedras?

Babilônia, tantas vezes destruída,

Quem outras tantas a reconstruiu?

Em que casas da Lima Dourada moravam seus

obreiros?

No dia em que ficou pronta a Muralha da China

Para onde foram os seus pedreiros?

A grande Roma

Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu?

Sobre quem triunfaram os Césares?

A tão cantada Bizâncio

Só tinha palácios para os seus habitantes?

Até a legendária Atlântida

Na noite em que o mar a engoliu

Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Índias

Sozinho?

César venceu os gauleses.

Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?

Quando a sua armada se afundou

Filipe de Espanha

Chorou. E ninguém mais?

Frederico II ganhou a guerra dos sete anos

Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.

Quem cozinhava os festins?

Em cada década um grande homem.

Quem pagava as despesas?

Tantas histórias

Quantas pergunta

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Este é um poema de Bertold Brecht, poeta alemão, que destaca a temática dos

excluídos da História em “Perguntas de um operário que lê”, escrito em 1936. Apresenta

indagações importantes sobre quem realmente escreve a história na vida e nos documentos

oficiais.

E para você?

Converse com seus colegas e reflita: como a história é

escrita e quais personagens têm destaque nos acontecimentos

que conhecemos?

Apenas grandes fatos e grandes heróis constroem a história?

Será que as notícias que temos acesso contemplam a visão de todos os

envolvidos?

Professor, abra espaço para o diálogo, ampliando o debate com outros

questionamentos pertinentes.

A imprensa escrita, seja ela jornais, periódicos ou revistas, é um veículo de

comunicação fortemente utilizado pela massa em geral. Hoje, além dos impressos, o

acesso às notícias chega a um número elevado de pessoas por meio das mídias digitais.

Mas é necessário ponderar que a neutralidade ou imparcialidade nem sempre estão

presente nos editoriais.

Como qualquer outra fonte histórica, os jornais fornecem informações importantes

para seu leitor, podendo contribuir para o entendimento de uma determinada época, ou de

um acontecimento, entretanto, a intencionalidade de seus escritos tendem a agraciar

determinados públicos. Portanto, a análise de notícias deve ser criteriosa, a fim de não se

deixar levar por uma interpretação leviana acreditando piamente no discurso da fonte.

José Honório Rodrigues (1968) destaca o jornal como uma das principais fontes de

informação histórica, mas pondera que a independência e exatidão das notícias nem

sempre figuram nesse cenário, podendo misturar o imparcial e o tendencioso, o certo e o

falso.

Assim, Rodrigues alerta, abre os olhos no sentido de que a análise de notícias dos

jornais podem contribuir com nossas pesquisas, porém, pode trazer problemas se ficarmos

na superficialidade das mesmas.

Portanto, a simples leitura não caracteriza as notícias como fonte histórica. Uma

notícia do dia a dia denota uma série de informações, contudo, a análise a ser realizada

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deve ponderar o texto escrito em si, e também a sua subjetividade: o que foi dito e o que

não se quis dizer, os motivos que levaram a tais circunstâncias. Não nos esqueçamos

também de analisar o contexto político-social, de liberdades e de censuras, e tantos outros

fatores que podem interferir na emissão ou omissão de informações.

Até a primeira metade deste século [século XX], os historiadores

brasileiros assumiam duas posturas distintas em relação ao documento-

jornal: o desprezo por considerá-lo fonte suspeita ou o enaltecimento por

encará-lo como repositório da verdade. Neste último caso, a notícia era

concebida como relato fidedigno da verdade.

CAPELATO, Maria Helena Rolim, 1988, p. 21

Você Sabia

O jornal Correio Braziliense, que circulou entre junho de

1808 a dezembro de 1822, mensalmente, tinha seu formato

muito próximo a um livro, com cerca de 150 páginas, com artigos

e matérias que se estendiam por vários números, e trazia

notícias sobre política, comércio e artes; literatura e ciências;

miscelânea e correspondência.

Até a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808,

qualquer tipografia era proibida.

Fonte: Tania Regina de Luca

Foi só a partir de 1970, que o próprio jornal se torna objeto de pesquisa histórica.

Antes disso, os estudos históricos no Brasil não consideravam a imprensa como objeto de

investigação, apenas como uma fonte de confirmação de análises amparadas em outros

tipos de documentação.

Imagem 4: Frontispício do Jornal Correio Braziliense, de Hipólito da Costa, considerado o primeiro jornal do Brasil, apesar de publicado em Londres.

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Como analisar notícias impressas?

Tania Regina de Luca (2015) observa aspectos metodológicos que merecem

atenção ao utilizar a fonte histórica escrita. Um dos aspectos que exige atenção é quanto à

materialidade da notícia impressa (jornal, periódico, revista), levando em conta sua grande

variação em relação à aparência, que prediz a interação dos métodos de impressão com o

lugar social onde estão inseridos, e não é algo natural, mas que está repleto de

significação.

Os diferentes materiais utilizados, formatos, tipos de papel, cores e tipos de

impressão, seleção de imagens, tamanho e tipo de fonte, disposição das colunas e o

grande apelo visual configuram em si uma forma específica para prender a atenção do

leitor.

A estruturação e divisão dos conteúdos também são relevantes na análise. De

pequenas letras apertadas em colunas aos títulos e manchetes coloridas exprimem o

esforço em alcançar objetivos bem específicos a leitura de cada notícia com o público que

se pretende atingir.

Imagem 5: Jornal O Globo 1942 Imagem 6: Jornal do Comércio 1846 Imagem 7: Jornal A Capital 1969

Cada época, cada lugar configura uma maneira de se dar a notícia. A capa de um

jornal é o convite ao leitor para adentrar as páginas de notícias. O advento das ilustrações

nas páginas foi essencial para a diversificação e atrativo de leitores. Os novos métodos de

impressão permitiram o aumento das tiragens com um custo menor, atingindo um público

maior. Uma mercadoria mais atraente e um preço mais popular atraíram também a busca de

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lucratividade e divulgação de produtos. A publicidade nas páginas dos jornais denota a

maestria em se articular com a vida cotidiana, atraindo leitores e ao mesmo tempo,

angariando recursos de patrocinadores.

Tomemos como exemplo a página do jornal Umuarama Ilustrado que circula

diariamente na região Noroeste do Paraná

.

Imagem 8: Capa do Jornal Umuarama Ilustrado 04 dez 2016.

Os elementos que constituem essa capa de jornal devem ser analisadas em séries,

e não isoladamente. Uma fonte histórica deve permitir localizá-la em uma série, pois não se

constitui em um objeto isolado e único.

Atividadeem dupla

Agora é sua vez:

Vamos analisar os jornais do dia de hoje?

Traga os principais jornais de circulação em sua cidade, com notícias do seu

município, do estado, do Brasil e do mundo, ou pesquise na internet.

Analise as capas: Quais elementos são comuns? As notícias se complementam?

É possível compreender o contexto? É atrativo ao leitor?

Anote as principais informações em seu caderno.

Cabeçalho: Identificação do jornal

Manchete: notícia de maior destaque

Chamada: breve resumo da notícia

Publicidade: Anúncios de produtos e serviços

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Para um pesquisador, é importante além de analisar a estrutura física do jornal,

analisar também o discurso da fonte, problematizando a informação imediata da narração

dos fatos e o próprio acontecimento. Não podemos esquecer que alguém faz a seleção das

notícias que serão divulgadas, isso é, alguém escolhe o que o público irá saber e o que, em

sua visão, deve ser escondido ou irrelevante para divulgação. Existe uma motivação

ideológica para essa decisão de dar publicidade a determinados fatos. E a partir do

momento que foi veiculado, outra série de averiguações deve ser realizada.

Daí a importância de se identificar cuidadosamente o grupo responsável pela linha editorial,

estabelecer os colaboradores mais assíduos, atentar para a escolha do título e para os textos

programáticos que dão conta de intenções e expectativas, além de fornecer pistas a respeito da

leitura de passado e futuro compartilhada em seus propugnadores.

Tania Regina de Luca, 2015, p. 140.

A imprensa interfere no dia a dia das pessoas, articula e dissemina ideias, culturas,

modos de pensar, agir. Interfere na vida política, econômica e social da sociedade. Por

isso, independente de seu perfil, há de se ter um cuidado com as “verdades” veiculadas nas

reportagens e notícias. Por ser uma inesgotável fonte de pesquisa, cabe ao historiador

questionar as fontes, criar hipóteses, interpretar, recolher o maior número de informações

para dar conta de compreender contextos e fatos.

Resumidamente, não existe um modelo único a ser seguido para fazer as análises

de notícias, porém, é imprescindível se atentar aos pontos levantados. Tania Regina de

Luca (2005, p. 142) apresenta um quadro de dicas que pode nos ajudar nessa tarefa:

Encontrar as fontes e constituir uma longa e representativa série.

Localizar a(s) publicação(ões) na história da imprensa.

Atentar para as características de ordem material (periodicidade,

impressão, papel, uso/ausência de iconografia e de publicidade).

Assenhorar-se da forma de organização interna do conteúdo.

Caracterizar material iconográfico presente, atentando para as opções estéticas e funções

cumpridas por ele na publicação.

Identificar os principais colaboradores.

Identificar o público a que se destinava.

Identificar as fontes utilizadas pelo jornal para a escrita da notícia.

Analisar todo o material de acordo com a problemática escolhida.

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Encaminhamento Metodológico6

Atividade: Eu pesquisador? (6)

Agora é sua vez! A história é escrita todos os dias!

Para o desenvolvimento dessa atividade vamos utilizar o dia do seu nascimento. Quem nunca ficou curioso para saber o que estava acontecendo no mundo enquanto nascia? Afinal, era o dia mais importante da sua vida!!! Alguns jornais possibilitam essa pesquisa. Os impressos do dia em versão on line. Tendo como referência o quadro de Tania Regina de Luca, como um roteiro para análise, sigamos os passos:

1. No laboratório de informática, acesso os sites pelos links: http://acervo.folha.uol.com.br/

https://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&hl=pt-BR

http://acervo.oglobo.globo.com/consulta-ao-acervo/

Imagem9

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2. Nos campos destinados a pesquisa, preencha com a data de seu nascimento.

3. Ao abrir as páginas, salve o conteúdo das mesmas.

4. Pesquise sobre em que momento da imprensa a notícia foi veiculada (exemplo: censura,

liberdade de expressão, ideologias políticas, entre outros).

5. Quais são as características de impressão?

Qual a manchete e chamada de notícia?

Tem imagens? A impressão é colorida? Descreva-as.

Tem apelo publicitário? Do que se trata?

6. Como a manchete aparece nas páginas do jornal? Qual o destaque dado às outras notícias?

Qual tema é abordado com maior destaque (política, cultura, economia, lazer, esportes, entre

outros)?

7. Como estão organizadas as notícias (tamanho de fonte, cores, títulos, colunas)?

8. Como estão representadas as imagens nas páginas internas do jornal? O que é evidenciado nas

imagens?

9. É possível identificar o responsável pela publicação (autor da notícia)?

10. Quais os principais colaboradores do jornal? É possível identificar uma linha de pensamento,

ideologia, conflitos de ideias? Quais as relações comerciais da notícia com as propagandas?

11. A qual público se destina?

12. Quais as fontes de pesquisa foram utilizadas para a escrita das notícias (ou da reportagem da

manchete)?

13. Qual a importância dessa notícia para a época e para os dias de hoje?

Após a realização da pesquisa, converse com sua família e verifique se ainda há a

memória dos fatos registrados no jornal e quais outras interpretações das notícias podem

ser dadas.

Professor, organize uma exposição da pesquisa.

Para você aluno, é importante compreender que não existe

neutralidade e pura objetividade no discurso da fonte. O registro dos

fatos nem sempre são realizados conforme os fatos aconteceram e nem

se ouvem todas as vozes envolvidas. Por isso a necessidade de

questionar e buscar mais informações.

Foto 1

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Essa atividade pode ser reproduzida com qualquer outro jornal, de outras datas.

Também podem ser analisados jornais de sua cidade do dia do desenvolvimento da

atividade, evidenciando se as notícias de mesma temática são abordadas de forma

semelhante. Professor, selecione o documento mais adequado a sua turma.

O trabalho com o jornal em sala de aula traz um leque de

possibilidades. Mas ao utilizá-lo como fonte histórica, não esqueça de alertar

os alunos sobre as variações de enfoques e interpretações. Leve-os a

uma análise crítica, conduza-os às indagações, questionamentos,

proposição de hipóteses e interpretações. Dessa forma, estaremos

auxiliando nossos alunos na construção de seu próprio conhecimento

e da narrativa histórica.

Imagem 10

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Referências

CAPELATO, Maria Helena Rolim. A imprensa na História do Brasil. São Paulo: Contexto/EDUSP,

1988.

CAPELATO, Maria Helena e PRADO, Maria Ligia. O Bravo Matutino, imprensa e ideologia no jornal O Estado de S. Paulo, SP, Alfa e Omega, 1980.

LUCA, Tânia Regina de. História dos, nos, e por meio dos periódicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi. Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005. p. 111-153. RODRIGUES, José Honório. Teoria da História do Brasil: introdução metodológica. 3. ed. rev. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1968, p. 198-200.

Referências das Imagens:

Imagem 1: CapaJornal Arauto, disponível em: https://www.flickr.com/photos/hemerotecadigital/26305486665, acesso em 01 dez 2016.

Imagem 2: CapaUmuarama Ilustrado, disponível em: http://digitalilustrado.aquisolucoes.com.br/edicao/?edi=417, acesso em 01 dez 2016.

Imagem 3: Óculos, disponível em:https://pixabay.com/pt/%C3%B3culos-escrit%C3%B3rio-oculos-de-grau-568408/, acesso em 01 dez 2016.

Imagem 4: Fronstipício do Jornal Correio Braziliense, disponível em:https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Correio_Braziliense_1817.jpg, acesso em 01 dez 2016.

Imagem 5: Capa do Jornal O Globo 1942, disponível em:https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jornal_O_Globo_1942.jpg, acesso em 05 dez 2016.

Imagem 6: Jornal do Commercio 1846, disponível em:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Folhetim.jpg, acesso em 05 dez 2016.

Imagem 7: Capa do Jornal A Capital, disponível em:http://fotos.sapo.pt/escadinhas/fotos/?uid=Gqk3gLt2CQllsdt8bBhJ, acesso em 05 dez 2016.

Imagem 8: Capa do Jornal Umuarama Ilustrado, disponível em:http://digitalilustrado.aquisolucoes.com.br/edicao/?edi=423, acesso em 05 dez 2016.

Imagem 9: Notícias, disponível em:https://pixabay.com/pt/jornal-papel-manchete-brown-di%C3%A1ria-34126/, acesso em 05 dez 2016.

Imagem 10:Lendo jornal, disponível em: https://pixabay.com/pt/jornal-not%C3%ADcias-leitura-1389980/, acesso em 05 dez 2016.

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Encaminhamento Pedagógico para o professor

Estabelecer o diálogo entre passado e presente é primordial na aprendizagem

histórica. O fato histórico resiste ao tempo, entretanto, existe uma mudança de

significação ao interpretar esse fato, a partir das diferentes fontes. O aluno, muitas vezes,

tem dificuldade em apreender esses conceitos fundamentais para a construção do

conhecimento, e por isso, desmotiva-se em sala de aula ao não reconhecer a importância

da apropriação de tais conteúdos.

O trabalho com a história requer uma preocupação quase que diária com a noção

de temporalidade. A intenção desse trabalho e das atividades propostas é averiguar se o

trabalho com fontes históricas poderá auxiliar nesse entendimento.

Para iniciarmos o trabalho com a turma, sugiro que faça um questionário

diagnóstico para conhecer seus alunos, interesses, rotina. Isso pode facilitar durante todo

o ano letivo, pois terá informações valiosas sobre os mesmos. Se preferir um modelo,

utilize o anexo.

Espera-se que ao conhecer e saber identificar as fontes históricas o aluno

compreenda a relação das mesmas com a construção da história e da narrativa histórica.

Esse procedimento pedagógico é fundamental para que o aluno se aproxime do saber

histórico. Conforme Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli,

Compreender a história com base nos procedimentos históricos tornou-se um dos principais desafios enfrentados pelo professor no cotidiano da sala de aula. Esse desafio é um passo interessante na construção de uma prática de ensino reflexiva e dinâmica, podendo-se afirmar que ensinar História é fazer o aluno compreender e explicar, historicamente, a realidade em que vive (SCHMIDT; CAINELLI, 2004, p. 50).

As questões apresentadas, desde a introdução do capítulo, permitem uma

contextualização do passado com o presente, percebendo a história enquanto processo e

escrita por todos nós, por isso, incentive o aluno a perceber-se enquanto protagonista de

sua história e agente transformador da sociedade.

A utilização das fontes históricas pode ser uma aliada no processo de

aprendizagem histórica, uma vez que pode possibilitar a participação ativa do aluno na

construção do conhecimento, identificando as fontes, investigando-as, criando hipóteses,

manuseando as fontes, exigindo relações conceituais e temporais. Dessa forma, as

atividades propostas nos dois encaminhamentos do Capítulo 1: O Historiador e as

Fontes Históricas, Eu pesquisador 1 e Eu pesquisador 2, vislumbra aproximar o aluno do

método histórico utilizado pelo historiador.

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1. Contextualize as atividades com períodos históricos e os dias atuais, estabelecendo

relações de temporalidade histórica: simultaneidades, rupturas, transformações,

continuidades.

2. Apresente as fontes históricas e a amplitude do conceito de fontes, valorizando os

pertences e objetos da história de vida de seus alunos também.

3. Abra espaço para dúvidas, experiências e discussões. Nossos alunos tem muito a

nos dizer!

4. Crie um ambiente participativo. Valorize as opiniões e o resultado dos trabalhos.

5. Divulgue o resultado!

Para a realização das atividades do Capítulo 2: As fontes históricas em sala de

aula: fundamento para aprendizagem é primordial que sigam também os primeiros

encaminhamentos listados.

Para o momento 1 do capítulo 2, A busca pelo passado e a Arqueologia,

primeiramente é necessário trabalhar os conceitos de fontes históricas, cultura material,

arqueologia, vestígios arqueológicos, sítio arqueológico, conforme apresentado no

decorrer do capítulo.

Para o desenvolvimento da atividade “Eu, pesquisador (3)”, previamente deve ser

criado uma simulação de sítio arqueológico em sua escola. Para isso, escolha a área com

antecedência, enterre vestígios não só do passado, mas dos dias atuais também, para

que o aluno compreenda que seus vestígios poderão ser objeto de estudo. Na

experiência, escolhi enterrar um esqueleto da escola, bem como fotografias tiradas dos

alunos, objetos que utilizam em sala de aula, uma peça de roupa, entre outros. É

importante que o planejamento dessa atividade seja feita com antecedência para que a

área não fique “marcada”.

Divida a área para que as equipes saibam qual é a área do „seu‟ sítio arqueológico.

Não esqueça de incentivar os grupos a trazerem o seu kit arqueólogo, que são os

materiais utilizados na pesquisa. Fotografe, filme, esse registro será importante para

analisar os resultados finais.

Muitos outros vestígios poderiam ser utilizados nessa atividade, bem como

diferentes conteúdos, porém, o intuito dessa proposta ao trabalhar com fontes históricas, é

trabalhar conjuntamente com o conteúdo “a Origem do homem”. Adapte professor, ao seu

conteúdo!

A atividade “Eu, pesquisador” (4) precisa de materiais específicos que podem ser

solicitados aos alunos ou à direção da escola. Pode ser realizada para mobilização do

conteúdo, a fim de desconstruir estereótipos, ou ao final do conteúdo para as discussões

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sobre a cultura dos primeiros povos. A preparação do ambiente é fundamental, até mesmo

se quiserem simular uma caverna ou realizá-la ao ar livre, o que já elucidaria a questão

sobre a escolha do local para o grupo.

No segundo momento do capítulo 2: A história por meio das fotografias,

devemos nos lembrar do que nos diz Kossoy, a fotografia não reconstitui os fatos

passados, ela apenas congela fragmentos de um instante. Cabe ao intérprete

compreender a imagem fotográfica, enquanto uma informação do fato. E ainda

recomenda: Não deixe de ousar ao interpretar.

Para a atividade Eu pesquisador (5), além dos questionamentos da etapa 1 sobre a

informação das fotos, vale questionar: Qual a pose do casal? O significa o véu? Os

vestidos eram de manga longa e pouco decote, qual a mensagem que a vestimenta

remete? As fotos são posadas ou espontâneas? O cenário era natural ou montado?

Mesmo sendo um casamento religioso, os noivos estavam na igreja? Por que? Havia

facilidade em fotografar Quais simbolismos estão representados na imagem? Esses e

outros questionamentos possibilitam a utilização da fotografia como fonte histórica e não

apenas como complementação de um conteúdo.

Espera-se que os alunos percebam que também são produtores de fontes

históricas, especificamente, de fotografias.

Para o momento 3 do capítulo 2, A história por meio das notícias – jornais, abra

espaço para que os alunos tragam as notícias que estão nos jornais no momento da

realização da atividade. Incentive-os a trazerem jornais, observem como estão divididas as

seções e quais temáticas são abordadas. Não esqueça de alertar sobre as

intencionalidades das notícias. Para a atividade Eu pesquisador 6, leve-os ao laboratório,

diga sobre a importância do dia do nascimento deles, muito embora o que é importante

para uns pode não ser relevante para outros. Se você lembrar sobre alguns fatos que

estiver presente no jornal do dia de algum aluno, contextualize, apresente outras versões

para os acontecimentos. Para continuidade da atividade, valorize o jornal local, quem sabe

até levá-los para conhecer um onde são feitos os editoriais.

Professor, conto com você para que juntos possamos trabalhar a história com seus

métodos próprios, incentivando nossos alunos para busca de um conhecimento autônomo.

Obrigada!

Daiane Aparecida Trevisan Sarmento.

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ANEXO1

Questionário

Investigação da realidade sócio educacional dos estudantes

BLOCO I – QUESTÕES SOCIOECONÔMICAS

1) Sexo ( ) F

( ) M

2) Qual é a sua idade?

( ) 11

( ) 12

( ) 13

( ) 14

( ) Outra. Qual? [___]

3) Qual a cidade onde nasceu?

4) Qual a cidade onde mora?

5) Sua residência está localizada na:

( ) Zona rural

( ) Zona urbana

6) Quantas pessoas moram na sua casa? (Contando com você)

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

( ) 6

7) Com quem você mora?

( ) Pais

( ) Avós

( ) Outros parentes (tios, primos)

( ) Amigos

( ) Sozinho (a)

( ) Abrigo

8) Qual a renda familiar?

( ) Até 1 salário (724,00) 1 Adaptado do questionário de Shirlei da Costa Jardim, professora PDE 2014.

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( ) Entre 1 e 2 salários

( ) Entre 2 e 5 salários

( ) Entre 5 e 10 salários

( ) Entre 10 e 20 salários

( ) Mais de 20 salários

9) Recebe algum benefício social? (Bolsa Família, Bolsa Escola, PETI, ProJovem)

( ) Sim

( ) Não

BLOCO II – RELAÇÕES COM O ENSINO

10) Alguma das pessoas da sua família (pai, mãe ou irmãos) já fez faculdade ou está

fazendo?

( ) Sim. Qual? __________________________

( ) Não

11) Você pretende fazer faculdade após a conclusão do Ensino Médio?

( ) Sim

( ) Não

12) Você já teve alguma atividade remunerada durante seus estudos?

( ) Sim

( ) Não

13) Ficou algum ano sem estudar ou repetiu de série?

( ) Sim. Qual? ______________________

( ) Não

14) Sempre foi aluno de escola pública?

( ) Sim

( ) Não

BLOCO III – RELAÇÕES COM INFORMÁTICA E INTERNET

15) Na escola você utiliza o laboratório de informática com frequência?

( ) Sim

( ) Não

16 - Você já utilizou a internet?

( ) Sim

( ) Não

17 - Possui computador em casa?

( ) Sim

( ) Não

18 - Possui internet em casa?

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( ) Sim

( ) Não

19 - Você gostaria de utilizar a internet para aprender História?

( ) Sim

( ) Não

20 - Com que frequência você utiliza a internet?

( ) Todos os dias ou quase todos os dias

( ) Pelo menos uma vez por semana

( ) Pelo menos uma vez por mês

( ) Menos de uma vez por mês

( ) Não acesso internet

21- Em qual local você acessa a internet?

( ) Em casa

( ) Na casa de outra pessoa

( ) Na escola

( ) Local de acesso pago

( ) Em algum outro estabelecimento de ensino

( ) Local público de acesso gratuito

( ) Outro local

( ) Não tenho acesso à internet

21 - Você acessa a internet utilizando o celular?

( ) Sim

( ) Não

23 - Caso tenha utilizado a internet via celular, em qual local acessou?

( ) Fora da escola

( ) Na escola

( ) Não acesso internet via celular

BLOCO IV – RELAÇÕES COM O ENSINO DE HISTÓRIA

24 - Relate com suas palavras o que significa a História para você.

25. Qual a disciplina que você mais gosta? Por quê?

26 - Qual a disciplina que você menos gosta? Por quê?

27 - Assinale a (as) alternativa(s) que você considera fonte para escrever a História.

( ) Achados arqueológicos (vasos, ferramentas, etc)

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( ) Jornais, revistas

( ) Documentos oficiais

( ) Cartas, diários, relatos de viagem

( ) Fontes audiovisuais ( filme, desenho, foto, música)

( ) Fontes orais (depoimentos, entrevistas)

( ) Obras de arte ( pinturas, esculturas)

28 - O que você mais gosta nas aulas de História? Por quê?

29 - O que você menos gosta nas aulas de História? Por quê?

30 - Você considera a História importante para a sua vida? Por quê?

31 - O que significa a História para você?

Discordo totalmente

Discordo Mais ou menos

Concordo Concordo totalmente

a. Uma matéria da escola e nada mais

b. Uma fonte de coisas interessantes que estimula minha imaginação

c. Uma possibilidade para aprender com os erros e acertos dos outros, ensinando assim o que é bom e o que é mau.

d. Algo que já morreu e passou e que não tem nada a ver com a minha vida.

e. Mostra o que está por trás da maneira de viver no presente e explica os problemas atuais

f. Uma forma de entender a minha vida como parte das mudanças na história

32 - Em sua opinião, qual a importância de cada um dos seguintes objetivos ao se

estudar a história:

Muito pouca importância

Pouca importância

Importante Muito Importante

a. Conhecer o

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passado

b. Compreender o presente

c. Buscar orientação para o futuro

33- Quais as formas em que a História aparece que mais te agrada? Enumere de 1 a

10 sendo 1ª a que mais lhe agrada e 10ª a que menos lhe agrada.

a. Livros escolares

b. Documentos e outros vestígios

c. Romances históricos

d. Filmes

e. Novelas e minisséries

f. Documentários na televisão

g. Falas dos professores

h. Falas de outros adultos (pais, avós)

i. Museus e lugares históricos

j. Sites na internet

34 - Qual seu interesse sobre a história dos seguintes lugares: Enumere de 1 a 5 sendo

1ª a que mais lhe interessa e 5ª a que menos lhe interessa

a. A história do lugar onde vivo

b. A história da minha região

c. A história do Brasil

d. A história de países vizinhos do Brasil

e. A história do mundo

35 - Que influência você acha que terão os seguintes fatores na mudança da vida das

pessoas de agora até 2.050?

Muito

pouca

Pouca Média Grande Muito

Grande

a. Invenções técnicas e mecanização

b. Movimentos e conflitos sociais

c. Reis, presidentes e personagens politicamente

importantes no poder

d. Religiões e chefes religiosos

e. Desenvolvimento da ciência e do conhecimento

f. Guerras e conflitos

g. Avanços tecnológicos

h. Interesses econômicos e concorrência econômica

i. Filósofos, pensadores e pessoas instruídas

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j. Revoluções políticas

k. Problemas ambientais

l. Migrações

m. Organização dos trabalhadores

n. Esforço pessoal

o. Cientistas e engenheiros

36 - Como você pensa que era a vida na região em que vive há 40 anos?

a. Pacífica

b. Explorada por um país estrangeiro

c. Próspera e rica

d. Democrática

e. Poluída

f. Agitada por problemas entre ricos e pobres

g. Agitada por conflitos políticos

h. Habitada por mais pessoas que hoje

i. A população era bem menor que a de hoje

37 - Como você pensa que estará a região em que vive daqui 40 anos?

a. Na minha opinião não mudará em nada.

b. Acredito que será mais próspera e rica

c. Vai ser um lugar tranquilo para se viver.

d. Terá maior desigualdade social.

e. Na minha opinião terá muita violência, drogas e insegurança.

f. Penso que a população diminuirá buscando centros maiores para viver.

g. Penso que a população aumentará, pois pessoas dos grandes centros tendem a

buscar

lugares menores para viver.

38 - Como são os jovens de nosso país? Marque duas alternativas.

a. Irresponsáveis

b. Trabalhadores

c. Participativos

d. Violentos

e. Criativos

f. Comprometidos

g. Individualistas

h. Solidários

i. Indecisos

39 - Pensando na sua vida, como você a vê daqui 40 anos:

a. Terei um trabalho prazeroso

b. Terei uma família feliz e harmoniosa

c. Terei bons amigos

d. Terei um salário muito alto

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e. Estarei morando aqui na minha cidade mesmo sem mudanças.

f. Terei liberdade política e individual (vou poder fazer minhas escolhas sem problemas)

g. Vou estar no auge da minha maturidade, ainda curtindo a vida.

h. Participarei da vida política ativamente

i. Terei tempo livre para participar de atividades interessantes de lazer

40- O que minha professora de História deveria saber sobre mim?